Prêmio iNFo start
empresas vencedoras têm negócios inovadores
carros + seguros
entenda como são feitos os crash tests virtuais
Big data e eleições
Tecnologia dá vitória a barack obama nos eUA
Informação | TendêncIas | Inovação | culTura dIgITal
e el imo Bikos úlTeNTos e çAm lAN
Nº 324
>> A ProgrAmAção AcAboU. Você Vê o qUe qUer, qUANdo qUer >> TAbleTs e celUlAres são sUA segUNdA TelA >> eNgAjAmeNTo NAs redes VAle mAis do qUe AUdiêNciA >> bem-ViNdo à NoVA TV
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@_INFO
A TV esTá morTA / PrÊmio info sTArT / CArros + seguros / Big dATA e eleições / TeCh dreAms
h tecams drseurFaécter,icas
R$ 11,90 / ed. 324 / dezembro 2012
dezembro 2012
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tech DReAMS
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O INFOlab testou lançamentos dos sonhos de qualquer geek, como esta câmera EOS 5D Mark III, da Canon
6 Carta do editor 12 WWW 14 Cartas enteR
18 O HOMEM QUE IMPRIME COISAS /
Artista italiano se prepara para construir um prédio com uma impressora 3D
20 RAVE PARA PROGRAMADORES / O hackathon que reuniu desenvolvedores dispostos a programar por mais de 24 horas em São Paulo 22 MÃOS NO iPAD MINI / Menor e mais leve, o tablet da Apple chega para competir no segmento das telas de 7 polegadas 24 APLICATIVOS DO MÊS /
Uma seleção de apps para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry
25 NúMEROS DO MÊS /
Os recordes e as marcas que ajudam a entender o que acontece nos mundos da tecnologia e da ciência
26 SEU JANTAR EM UM CLIQUE /
Testamos a agilidade dos serviços online de entrega de comida
28 MONA LISA NO VIDEOGAME / Museu do Louvre utiliza o portátil 3DS, da Nintendo, para aumentar a interatividade das visitas 4 / INFO Dezembro 2012
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iDeiAS
32 ALESSANDRA LARIU / Minhas apostas para 2013
34 MANOEL LEMOS /
O que você quer no Natal? Seu celular sabe
36 DAGOMIR MARQUEZI /
A vida ao vivo no celular
38 FLOURISH KLINK /
Você sabe o que é podfic?
inovAção
42 BIG BROTHER OBAMA /
Como a equipe do presidente americano utilizou a tecnologia de big data durante as eleições
74 PREPARADO PARA O FIM DO MUNDO? / Selecionamos 12 dicas úteis e divertidas para encarar o Apocalipse sem passar nenhum aperto teSte
81 TESTE – TECH DREAMS /
Tablets, ultrabooks, câmeras, TVs e outros sonhos de consumo dos geeks em um desfile de testes
104 RADAR / Outros produtos avaliados pelo iNfOlab ctRl + z
122 O BISAVÔ DO SMS / Quando a tecnologia móvel começava a nascer, o Pager era a melhor solução para encontrar as pessoas
48 ELES SÃO INOVADORES /
Conheça os vencedores do prêmio iNfO Start, competição de startups promovida pela INFO
58 A TV MORREU. VIVA A TV! /
Conteúdo customizado, integração com redes sociais, reconhecimento por voz. Essa é a televisão do futuro
68 CRASH TEST MAIS SEGURO
E BARATO / Montadoras utilizam simulações virtuais para desenvolver carros cada vez mais seguros
fOTO: Dulla PrODUçãO: melissa thomé EDiçãO DE iMAgEM: artnet Digital
/ TirAgEM DA EDiçãO: 121 640 exemplares
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a NOva INFO dIgItal Se Além Do pApel
você está acostumado a ler a INFO no iPad ou nos tablets com Android vai se surpreender nesta edição. As principais reportagens da seção Inovação serão atualizadas na versão digital. Isso mesmo, você poderá ler diariamente as últimas notícias sobre as empresas e os temas tratados na revista, sempre que surgirem novidades ou assuntos relacionados. Tudo de uma forma rápida e prática. O conteúdo, feito exclusivamente para a nova versão da INFO nos tablets, terá uma chamada no rodapé da capa da edição e na primeira página das reportagens. Não será necessário baixar o app a cada atualização, mas o tablet precisa estar conectado à internet. Dessa forma, você poderá acessar a INFO digital várias vezes durante o mês e sempre encontrará novidades. Um aviso por push alerta sobre as atualizações. O desafio aqui na INFO é estar sempre um passo à frente, para acompanhar a velocidade com que as novas tecnologias invadem o nosso dia a dia. Nossa versão digital sempre foi pensada sob essa perspectiva da inovação e mais de 80 mil leitores já baixaram nossos aplicativos para iPad e Android.
Nesta edição, além das reportagens da revista, nos tablets você poderá acessar nove vídeos. Eles complementam e enriquecem os textos. Alguns são pura diversão. Não perca o vídeo que apresenta o Surface, o novo tablet da Microsoft, gravado pelo editor Airton Lopes em parceria com Cadu Silva, nosso produtor multimídia. Ou os divertidos tutoriais da repórter Paula Rothman, que mostram como fazer fogo usando uma bateria de 9 volts e palha de aço ou ainda como fazer uma maquiagem de zumbi. Eles complementam a reportagem assinada pelo redatorchefe Juliano Barreto, que listou 12 dicas para você se salvar caso a profecia dos maias esteja certa e o mundo acabe mesmo no dia 21 de dezembro. Como Juliano é cético em relação ao fim do mundo, suas dicas servem também para casos menos graves, como contornar a falta de energia para recarregar a bateria do celular ou proteger os equipamentos do sol. Para você conhecer melhor a nova INFO nos tablets, esta edição será gratuita. Baixe na App Store, no Google Play ou no iba (iba.com.br). Boa leitura!
/ katiam@abril.com.br
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AtuAlizAção A partir desta edição, algumas reportagens da INFO serão atualizadas na versão digital. Basta clicar nas chamadas do rodapé para acessar os textos
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VICTOR CIVITA (1907-1990)
fundador:
Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:
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Segurança
Manequins espionam consumidores
Big data contra o crime organizado em São Paulo Com informações sobre o furto de armas e veículos e os relatórios da Junta Comercial, do Disque-Denúncia e dos boletins de ocorrência emitidos online, a polícia paulista consegue antecipar as ações do crime organizado no estado. O sistema relaciona dados colhidos pelas autoridades de diferentes estados do Brasil e sugere linhas de investigação, cruza as descrições de suspeitos com dados biométricos e emite alertas que preveem o possível local de novos crimes.
Como criar seu próprio game / Desenvolvedores e designers especialistas em jogos eletrônicos explicam como uma pessoa que não sabe programar pode criar um game completo e disputar espaço com os títulos consagrados nos smartphones e na internet.
/ A fabricante italiana de manequins Almax estreou, em Nova York, modelos que, no lugar dos olhos de plástico, possuem câmeras de vídeo. A ideia é captar a reação dos consumidores ao ver diferentes peças nos manequins e ajudar os atendentes a aumentar as vendas, entregando a eles dados sobre o comportamento dos clientes. O manequim espião é capaz de reconhecer rostos e as expressões de satisfação e de frustração.
Veja como funciona o tablet Surface
1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br. Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/surface
extras da edição / Veja em vídeo como foi a premiação do INFO Start / Pedido pela web chega na hora? Confira o vídeo do nosso teste no site / Guia de compras mostra os melhores produtos testados pelo INFOlab para sua lista de presentes de Natal
12 / INFO Dezembro 2012
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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONLiNe
Microsof inova mais que a Apple, diz Wozniak
ESPECIAl SAÚDE
Sou médico urologista e parabenizo a INFO pela excelente cobertura do tema saúde. A última edição destacou apps para prevenção, tratamento e monitoramento de exercícios físicos, sono e alimentação. Mas não há muitos aplicativos no mercado para temas específicos, como osteoporose e doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, gostaria de apresentar meu app, Saúde Sexual (abr.io/appsaudesexual). Alain Dutra / São Paulo (SP)
abr.io/wozelogiawindows Acho que Wozniak está dizendo para o pessoal da Apple: “Acordem, vocês estão parados”. O que eles fizeram de inovador desde o iPad? Nada. Seria uma pena se ela se tornasse apenas mais uma fabricante de celulares. Casimiro P. Araújo
Procon notifica empresas por maquiar descontos
abr.io/blackfridaybrasil As facilidades de lesar o consumidor no Brasil são tantas que até imitando a Black Friday americana as empresas daqui acham formas de nos enganar. Cesar Carnevale TwiTTer
@Rafael_Gedanken
Sugiro voltar ao assunto e mostrar apps específicos para a saúde sexual. Amalia Rodrigues / São Paulo (SP)
Saúde hackeada
A edição no 322 da INFO está ótima, sobretudo a reportagem Bem-Estar Móvel. O passo seguinte seria fazer uma matéria sobre os apps que dialogam com o inconsciente. Existem vários, com resultados surpreendentes. Jeferson Guedes / Rio de Janeiro (RJ) As matérias mostraram dados sobre prevenção e tratamento. Há aplicativos para dietas, exercícios físicos e monitoramento de sono e glicemia.
Foi muito bom saber pela INFO que a tecnologia também serve à medicina. Shirley Hengler / São Bernardo (SP)
Natureza recriada
Impressionantes os robôs que imitam animais mostrados pela INFO. Mauro Mendes Sousa / Goiânia (GO)
Itu
Reportagens como a sobre Itu mostram a força do interior de São Paulo. Márcia Maria F. Silva / Jundiaí (SP)
O texto do rodrigo Gonçalves está fantástico! Publiquem essa história no site. Todo o mundo tem que ler. É muito boa!
@doom_calheiros
Li um artigo na @_iNFO sobre o fim da carteira e concordo. Na minha opinião, em 10 anos, cartões de crédito e identidades vão estar no celular
@patujonas
Peguei hoje minha @_iNFO de novembro. Achei incrível ver a revista com três capas sobre saúde
@fellipeassuncao
A edição especial da revista @_iNFO está demais! Tirou as dúvidas que estavam consumindo minha mente!
@Nosdnew
A edição 323 está nota 1 000! Já sei o que quero ganhar no Natal. Valeu iNFOLab!
14 / INFO Dezembro 2012
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broNcAS do MêS 72 dias sem smartphone
Venho tendo inúmeros problemas com a Samsung devido à aquisição de um smartphone Galaxy Note. Fiquei sem o equipamento e sem previsão de ser ressarcido. Depois desta experiência, passei a entender que é de extrema importância conhecer bem os fabricantes antes de comprar um produto. Jamais teria adquirido algo da Samsung se soubesse o tamanho da incompetência deles no pós-venda. Evandro Zahn Stedile / Caxias do Sul [RS]
iPhone sem solução
Comprei um iPhone 4S de 32 GB para minha filha e, quando foi realizada a atualização do sistema operacional, o aparelho parou de funcionar. Depois de vários dias pedindo o suporte da Apple, fui orientado a enviar o aparelho defeituoso para receber um smartphone novo. Segundo o rastreamento dos Correios, a entrega foi feita, mas um atendente do suporte disse que não sabia onde estava meu iPhone. Não sei mais a quem recorrer, porque isso já dura quase dois meses. Nelson Levy K. de Freitas Macêdo /
RESPOSTA DA SAmSuNg A Samsung Eletrônica da Amazônia informa ter feito uma proposta ao consumidor e também que ele aceitou o acordo, ficando ciente dos prazos e dos processos para a finalização do caso.
Cuiabá [MT]
Comentário do leitor A Samsung disse que enviaria um novo smartphone em 10 dias. O equipamento chegou no prazo, mas na cor branca, diferente do que havia comprado. Esperei 72 dias, e ainda mandam um aparelho diferente. Provavelmente será o último equipamento da Samsung que compro.
Comentário do leitor A Apple não entrou em contato, mas insisti e consegui uma respsta.Disse que não faria o conserto do aparelho alegando “dano físico”. Afirmou também que faria a devolução do aparelho, mas isso ainda não aconteceu. E lá se vão quase três meses sem solução para o problema.
RESPOSTA DA APPlE A Apple afirma que não comenta casos particulares. No entanto, ressalta que está avaliando o problema do leitor.
As empresas mais citadas pelos leitores em novembro
Samsung 13% Sony 8%
Outros 62%
redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Twitter / info.abril.com.br/twitter Google+/ abr.io/Googleplus Pinterest/ pinterest.com/revistainfo Instagram/ @revista_info assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades serviço de atendimento ao cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax loja InFO info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.
“Leio a INFO por ser uma referência quando o assunto é tecnologia, com abordagens bem completas sobre as tendências do mercado digital”
lídErEs da brOnca Vivo 17%
fale com a
Por que leio info
Ariel Jarovsky / Gerente de marketing do Google+
Ops! Erramos / Na matéria o iPad do Mario (edição 323), o correto seria dizer que o aumento de memória do Wii U permite crescer de uma dúzia para algumas dezenas o número de carros num game de corrida
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O homem que imprime casas O italiano Enrico Dini construiu uma impressora 3D e jĂĄ produziu obras de arte e abrigos para astronautas. Agora, prepara seu maior desafio: fazer um prĂŠdio / Por Paula rothman
18 / INFO Dezembro 2012
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sem cimento Na página ao lado, estrutura inspirada nos trabalhos de Gaudi, impressa com areia e cola; ao lado e abaixo, a impressora D-Shape em ação. A máquina feita pelo engenheiro italiano Enrico Dini fica em um galpão de 100 metros quadrados na cidade de Pisa, na Itália
O engenheiro italiano Enrico Dini ergue paredes
sem a ajuda de pedreiros ou mestre de obras. Suas criações possuem curvas acentuadas e recortes assimétricos que não poderiam ser feitos com tijolo e cimento. Dini usa uma impressora 3D para construir peças como a Radiolaria, uma enorme estrutura circular vazada de 2 metros de altura em que não há marcas de remendos ou junções. Desenvolvida pelo próprio engenheiro e batizada de D-Shape, a máquina 3D surgiu com um ambicioso propósito: imprimir casas. “Sou um inventor, um criador. Adoro um desafio”, disse Dini a INFO. Construída em um galpão de 100 metros quadrados na cidade de Pisa, na Itália, a D-Shape foi montada sobre uma estrutura quadrada que mede 6 metros de lado com um braço que se movimenta sobre ela. Ao longo desse braço, cartuchos liberam um fino spray de areia e uma espécie de cola de magnésio para unir cada uma das camadas depositadas. “Em tese, poderíamos usar qualquer grão, mas ainda é preciso aperfeiçoar a tecnologia para materiais como concreto e gesso”, afirma Dini. Com capacidade para imprimir até 2,5 mil metros quadrados ao ano, a máquina funciona seguindo as linhas e curvas de modelos projetados em software CAD. Dini diz ter investido meio milhão de euros na construção da impressora. Desde 2007, a máquina produziu peças como a Radiolaria e foi testada pela Agência Espacial Europeia como possível forma de criar habitações na Lua. A intenção agora é emplacar um projeto grande na Sardenha, uma ilha italiana no Mar Mediterrâneo. “Queremos fazer uma casa aos pedaços. Imprimimos uma parte, colocamos andaimes temporários, movemos a impressora e produzimos o resto”, diz Dini. O prédio serviria como vitrine para as possibilidades da D-Shape. Mas, para tirá-lo do papel, falta acer-
fotos divulgação
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tar os detalhes da parceria que bancaria o custo de mais de 20 milhões de euros. “Já coloquei muito dinheiro nesse sonho. Agora, para levá-lo adiante, preciso de investidores”, afirma. O primeiro contato de Enrico Dini com impressoras 3D foi na década de 1990. Comandando a empresa de automação e robótica da família, ele via fabricantes de calçados usarem essa técnica na produção de moldes e solados. Mas a ideia de imprimir prédios e casas só surgiu em 2004, quando Dini conheceu uma nova máquina americana que utilizava pó na impressão. “Com a chegada da crise à Europa e a queda na demanda por serviços, pensei que essa poderia ser uma forma de aproveitar o conhecimento que tenho de robôs”, afirma. A história do engenheiro e de sua D-Shape deve virar um documentário já batizado de O Homem que Imprime Casas. Sobre o título escolhido pelos produtores ingleses do filme, Enrico Dini prefere ser cauteloso: “Sou o homem que deseja imprimir uma casa. Por enquanto, só imprimi pedaços dela”. ↙ Dezembro 2012 INFO
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/ Cultura hacker
A PlAylist do torneio maratona
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Acima, equipe da Evernote apresenta as regras do hackathon. Ao lado, participante cochila após várias horas programando um novo aplicativo para Android
Rave paRa pRogRamadoRes Hackathon em São Paulo reúne cerca de 100 desenvolvedores e designers em mais de 24 horas de programação, abastecidas com energético, música alta e paixão por tecnologia
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POR marCus viníCius brasil
Passava das 10 horas
da manhã do domingo, 11 de novembro, e os programadores estavam em cacos. Latas vazias de energético sobre a mesa, olhos vermelhos mirando intermináveis linhas de código. Faltavam 50 minutos para o prazo de entrega dos projetos e Should I Stay or Should I Go, do The Clash, tocava alto nas caixas de som. Hora de abrir mais um energético. Foram assim os momentos finais do hackathon da empresa californiana Evernote no Brasil. A maratona de programação começou às 9 horas do sábado e desafiou os participantes a criar, partindo do zero, um app com a plataforma Evernote, usada para anotações e listas de atividades.
20 / INFO Dezembro 2012
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Os amigos Bruno Lemos, Caio Cesar Flores e Maurício Giordano, todos no primeiro ano da USP, passaram por uma maratona antes mesmo de chegar à competição. Subiram num ônibus em Piracicaba, às 5 e meia da manhã e desembarcaram na local do evento às 9 horas e 20 minutos, pouco antes do fim do credenciamento. “Vale pela experiência”, diz Flores. Dormiram apenas duas horas naquela noite, e não voltariam a fechar os olhos até o fim da disputa. Ao longo da madrugada, conforme os integrantes desistiam de manter os olhos abertos, um espaço com pufes ficou lotado e era comum ver colchões de ar inflados ao lado das mesas. Às 11 horas da manhã de domingo
Toda festa precisa de música, e num hackathon não é diferente. Algumas das faixas ouvidas no evento da Evernote em São Paulo Upside Down Diana Ross Anarchy in the UK Sex Pistols Drain You Nirvana Dani California Red Hot Chili Peppers Rock the Casbah The Clash
encerraram-se os projetos e começaram as apresentações, em inglês, para a equipe da Evernote. Alguns protótipos mal funcionaram e um dos times só pegou o microfone para anunciar não ter conseguido executar sua ideia, mas que a experiência tinha valido a pena. Ganhou o time que desenvolveu o Epicnote, um aplicativo que incentiva o uso do Evernote, ao conceder medalhas virtuais, em um sistema semelhante ao usado no Foursquare. Os integrantes ganharam duas viagens para conhecer a sede da empresa no Vale do Silício. No fim do hackathon, mesmo quem não ganhou nada estava otimista. O trio de Piracicaba não levou prêmio, pois o programa não funcionou. Mas ninguém reclamou por ter passado o fim de semana acordado e trabalhando sem parar.↙ FOTO marCus viníCius brasil
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Mãos no iPad Mini Menor e mais leve, o caçula da família de tablets da Apple chega como uma opção premium aos rivais de 7 polegadas / Por Luke Peters
PRIMEIRAS IMPRESSÕES TELA
Com 7,9 polegadas, parece mais quadrada que a do iPad normal. Apesar de ter a mesma resolução do iPad 2, a tela menor deixa as imagens mais vivas e puras
CORPO
Embora seja menor e mais fino, passa a sensação de ser durável e bem construído
EXTREMIDADES
Como no antigo iPhone, as bordas do iPad Mini são arredondadas
DESEMPENHO
mercado de tablets. A Apple vendeu 100 milhões de unidades em dois anos e meio e desde então sua fórmula mágica pouco mudou. Até agora. Nas três versões anteriores do aparelho, o tamanho da tela se manteve, e um mercado inteiro de aplicativos baseou-se naquelas dimensões. Agora, acenando aos bem-sucedidos Nexus 7, da parceria Google/Asus, e Kindle Fire HD, da Amazon, a aposta da Apple foi menor – 7,9 polegadas, para ser preciso. O iPad Mini é um tablet pequeno e elegante, construído, de acordo com a opinião de Jonathan Ive, chefe de design industrial e interfaces da Apple, a partir do zero, sem utilizar qualquer processo de miniaturização. é leve e fino, mas dá a impressão de ser durável e bem construído. Seu quadro de alumínio mede 7,22 milímetros e pesa 308 gramas, o que o torna 23% mais fino que os iPads de quarta geração. A tela multitoque tem a mesma resolução do iPad 2. Então, nada de retina display. Porém, por causa das bordas menores, sua imagem é viva e pura, com mais espaço que os tablets competidores de 7 polegadas. O aparelho possui um chip A5 dual core que dá conta do recado, ainda que não tanto quanto o quad core do Nexus 7. Sua principal vantagem está no aumento da portabilidade, por isso, a duração da bateria passou a ser um ponto importante. E a Apple não desapontou, pois o aparelho apresenta impressionantes dez horas de autonomia. O INFOlab vai mostrar se esse número se confirma, na próxima edição da INFO.
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0,72 cm
20 cm
Com seu lançamento, em 2009, o iPad definiu o
É difícil ter certeza, sem passar pelo rigor do INFolab, mas o processador A5 foi capaz de rodar aplicativos e jogos sem problemas
Sua câmera frontal HD pode ser usada com o FaceTime, e a traseira de 5 megapixels captura vídeo HD em 1 080p. Como é menor, se tornou um pouco mais aceitável tirar fotos com o Mini do que com seu irmão maior – mas só um pouco. Vem com Wi-Fi dual-band que suporta velocidades de até 150 Mbps. A Apple faz questão de ressaltar que isso é o dobro das versões anteriores. Também há uma versão com 4G. O iPad Mini parece, de certo modo, enfrentar os rivais de igual para igual, mas seu preço é mais alto. Isso era esperado, pois a Apple não jogaria fora sua imagem premium tão facilmente. Se isso vai ser suficiente para atrair uma multidão de consumidores, só esperando para ver. ↙
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fotos divulgação
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/ apps que valem a pena
AplicAtivos do mês / POR faBiaNo caNdido
ipHONe
ipad
bLaCkberry
Grubster Gosta de comer fora? Este app reserva mesas em restaurantes e ajuda a economizar. Ele sugere lugares que dão até 30% de desconto em São Paulo. Para iOS 4.3 ou superior / Grátis
LeGeNdary HerOes Neste Game o jogador comanda um time de heróis que deve vencer inimigos em 30 fases. Os gráficos caprichados e os desafios são os pontos fortes. Para iOS 4.2 ou superior / Grátis
CLImatempO o proGramiNha mostra na tela do celular a temperatura, em tempo real, de cidades e praias de todo o país. Indica o tempo no período de uma semana. Para BlackBerry 4.6.1 ou superior / Grátis
truCOON Não seria leGal gritar “Truco! Seis, nove, doze!” em qualquer hora do dia? Essa é a proposta deste game que leva o tradicional jogo de cartas ao iPhone. Para iOS 4.3 ou superior / Grátis
damas deLuxe o app simula no iPad um tabuleiro e permite o duelo entre duas pessoas. Quem mora sozinho pode competir com um oponente controlado pelo iPad. Para iOS 3.1 ou superior / Grátis
FeIjuCa o aplicativo ensina a preparar uma deliciosa feijoada. Ao ser informado do número de pessoas que vai comer, o app calcula a quantidade de ingredientes. Para BlackBerry 4.5 ou superior / Grátis
muambex Bom para quem faz compras em viagens ao exterior, o app mostra o imposto a ser cobrado pela Receita Federal na alfândega e as taxas do cartão de crédito. Para iOS 4 ou superior / Grátis
taxIbeat o proGramiNha usa o GPS do tablet para mostrar, em um mapa, onde estão os táxis mais próximos. Um clique é suficiente para solicitar uma corrida. Para iOS 4.3 ou superior / Grátis
LIGHt It up o desafio No Game é ajudar um peixinho a capturar o maior número possível de pilhas, que mantêm uma lâmpada acesa e o ajudam a fugir de bichos. Para BlackBerry 1 ou superior / Grátis
aNdrOId / celular
aNdrOId / tablet
wINdOws pHONe
IFOOd pelo Número do cep, este app exibe os restaurantes mais próximos, seus cardápios e permite a escolha da comida para delivery e a forma de pagamento. Para Android 1.6 ou superior / Grátis
COwbOy vs. NINjas vs. aLIeNs um cowBoy mal-humorado precisa de ajuda para derrotar ninjas e ETs que invadiram suas terras. Ao eliminar inimigos, o jogador ganha dinheiro e armas. Para Android 2 ou superior / Grátis
Fs FINaNças um app para quem precisa controlar as finanças. O usuário anota gastos diários, compras parceladas, controla o saldo da conta e do cartão de crédito. Para WP 7.5 ou superior / us$ 1,50
paLCO mp3 Gosta de coNhecer novas bandas musicais? Este aplicativo para Android oferece um acervo de 500 mil músicas e, a cada dia, apresenta uma nova banda. Para Android 2.1 ou superior / Grátis
meuCarrINHO No app, o usuário anota o que quer comprar no supermercado e faz as contas de quanto vai gastar. Há informações detalhadas sobre os produtos. Para Android 2.1 ou superior / Grátis
vIda bOa quer emaGrecer? Este app traz receitas de pratos leves. Exibe, além disso, uma lista de exercícios que ajudam a queimar calorias de modo rápido. Para WP 7.5 ou superior / Grátis
mONster Cube o oBjetivo deste game viciante para Android é acabar com o cubo formado por monstros. De que maneira? Criando filas com três monstros ou mais. Para Android 2.1 ou superior / us$ 0,99
Lapse It o app usa a câmera do Android para fazer vídeos com o efeito time lapse, que simula o tempo acelerado. O programa gera vídeos em alta definição. Para Android 1.6 ou superior / us$ 1,99
Caça-paLavras o visual é simples, mas o desafio vicia. O game inclui 230 mil palavras e permite disputas online. Ganha quem descobre a palavra certa mais rápido. Para WP 7.5 ou superior / Grátis
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Números do mês
112 milhões de tablets serão fabricados até o final deste ano. O número chegará a 261 milhões em 2016, segundo os números do IDC
990 milhões de dólares
+16 aNos
é a classificação etária de ted, o filme que ultrapassou a marca de 500 milhões de dólares em bilheteria e se tornou o mais lucrativo da história nessa faixa de classificação
112 mutações do dNa
são semelhantes em humanos e porcos, que tiveram o genoma mapeado recentemente. A partir do estudo dessa analogia, pode-se descobrir a origem de doenças como a dislexia e o mal de Alzheimer
é quanto o Google já investiu em soluções de energia limpa. A última aquisição foi um parque de energia eólica em Iowa (EUA), comprado por 75 milhões de dólares
85 vezes mais forte
do que um músculo humano, a fibra artificial criada pela Universidade do Texas é feita de nanotubos e seus fios reagem a estímulos elétricos ilustrações
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/ Serviços online
Seu jantar em um clique
Pedir pizza por telefone é coisa do passado. Crescem no Brasil os sites que fazem parcerias com restaurantes para oferecer serviços de entrega e apresentam vários tipos de gastronomia. INFO testou quatro deles
/
Disk Cook
No restaurante selecionado, foi possível fazer o pagamento online. Mas a taxa de entrega, de 15,90 reais, foi a mais alta do teste. O yakissoba do restaurante Banri chegou 15 minutos depois do horário previsto, mas saboroso e com direito a biscoitos da sorte.
iFood
PoR Thiago Tanji
O site atende quase 90 cidades brasileiras e permite que o cadastro seja feito usando a conta do Facebook. O temaki de salmão pedido no restaurante Kiichi chegou na temperatura ideal, mas a entrega ultrapassou os 30 minutos informados.
Restaurante Web
Com navegação fácil, o serviço tem mais de mil restaurantes cadastrados. É possível acompanhar online a entrega. O sanduíche pedido na lanchonete Toninho Freitas chegou bem montado e no prazo estipulado pelo site.
Peixe Urbano Delivery
Pode-se agendar o pedido, caso o restaurante ainda não esteja aberto. O serviço envia avaliações de satisfação após a entrega. A pizza de mussarela da Integrale estourou o horário de chegada em 35 minutos, mas estava quente e saborosa.
Isto é um computador! A foto ao lado mostra, em tamanho real, um PC Raspberry Pi. Ele tem as mesmas medidas que um cartão de crédito, custa 170 reais e funciona com sistemas gratuitos tv inteligente
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Acesse este código para aprender a transformar uma TV comum em smartTV usando um Raspberry Pi
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/ Cultura de acordo com suas áreas de interesse – é impossível visitar todo o museu em um só dia –, e conta com um acervo de imagens em 3D e alta definição para explorar detalhes das principais obras expostas. O Louvre espera, assim, atrair um público que não frequenta galerias de arte. Ainda é cedo para dizer se a iniciativa atingiu seu objetivo, mas os novos guias já fazem sucesso.
PercursOs teMátIcOs
MONa LIsa NO vIdeOgaMe
Parceria entre Nintendo e Louvre permite visitas guiadas com o console 3DS pelo museu. O videogame tem audioguias, imagens das obras em três dimensões e GPS para orientar o visitante POr Gustavo RibeiRo, de paris
Imaginar milhares de pessoas percorrendo as salas e galerias do mais tradicional museu do mundo vidradas numa telinha de videogame certamente dá calafrios nos mais tradicionais amantes da arte. Pois é justamente isso que acontece no Museu do Louvre, em Paris, desde abril. Uma parceria
com a Nintendo produziu os novos audioguias do museu para consoles Nintendo 3DS. Agora, a visita guiada ao maior museu de arte clássica do mundo proporciona uma experiência mais interativa. Em lugar de simplesmente ouvir os comentários sobre uma obra, o visitante recebe sugestões de percursos
Entre todas as novas funcionalidades, a mais útil é o serviço de GPS. Quem já tentou percorrer a estrutura labiríntica do Palácio do Louvre, contando apenas com o próprio senso de orientação, sabe como é difícil se localizar. Agora é possível saber onde se está e qual é o caminho mais rápido para chegar à obra que gostaria de ver. “É o melhor guia que já vi. O museu é imenso, e seria muito fácil me perder”, diz a analista de TI americana Cindy Mendoza. O sistema também propõe percursos temáticos. O mais acessado é o das obras-primas, que contempla apenas o mainstream do acervo, como a Mona Lisa e a Vênus de Milo. “Essa é a primeira vez que venho ao Louvre e não sei quando voltarei. Quis aproveitar para conferir as obras mais famosas”, afirma o funcionário público Victor Araújo. Há também uma rota traçada especialmente para crianças e os percursos das exposições temporárias. Para os próximos meses, o Louvre vai apresentar novos roteiros cujo objetivo é explorar as áreas menos visitadas do museu. Outra novidade que impressiona são as imagens em 3D e alta definição. O recurso ajuda a conferir os pequenos detalhes das principais pinturas e esculturas. É algo especialmente útil quando se deseja analisar obras famosas, como a Mona Lisa.
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Visita guiada Total de consoles / 5 mil Preço / 5 euros Pontos de retirada / na entrada das alas Denon, Sully e Richelieu e na pirâmide central Autonomia da bateria / entre 2h e 3h30 Idiomas disponíveis / inglês, francês, espanhol, italiano, alemão, japonês e coreano. Está prevista, mas ainda sem data para estrear, a inclusão de comentários em português e chinês
O famoso quadro de Leonardo da Vinci, além de ser protegido por um espesso vidro, cria ao seu redor uma aglomeração que impede a apreciação da obra com a calma necessária. Desde o lançamento dos consoles, o número de pessoas que aluga o guia
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eletrônico dobrou. São quase 2 mil por dia atualmente. “Metade do nosso público tem menos de 30 anos. São jovens já familiarizados com a tecnologia”, disse a INFO Agnès Alfandari, chefe de multimídia do Louvre. O preço de 5 euros ajuda. Os mais refratários a
videogames podem usar o guia à antiga, digitando o código de cada obra e ouvindo o comentário preparado por curadores do museu. Entre obras do acervo permanente e exposições temporárias, são 700 comentários, que abrangem mais de 35 horas de áudio, interpretados por atores e especialistas. Para a Nintendo, a parceria é uma chance de atrelar a marca a uma instituição cara aos franceses em um mercado onde a gigante japonesa ainda patina. O acordo entre a Nintendo e o Louvre é de cinco anos, e mais novidades já estão sendo projetadas, ainda que em segredo. “Só posso dizer que nossa intenção é explorar ao máximo o potencial dessa parceria”, afirma Agnès. O Louvre, que já serviu de cenário para filmes e romances, poderia ser palco de uma nova aventura do encanador Mario? Quem sabe.
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/ Vivendo em Beta
Minhas apostas para 2013
O que vai dominar a conversa no próximo ano? Aqui, cinco exemplos que podem mudar nosso comportamento como consumidores
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e você de gosta de tecnologia, neste ano ouviu falar do conceito de big data, do assistente pessoal Siri para iOS, do Windows 8, o principal lançamento da Microsoft, e das redes Pinterest e Path. Esse grupo de temas preponderou nas conversas entre consumidores e conquistou admiradores em vários países. Mas o que esperar para 2013? Quais serão as tendências teconológicas dominantes? Aqui vão as minhas apostas, baseadas em conversas com amigos geeks, diretores de aceleradoras e empresários da área digital.
Vrm Na edição de outubro da INFO, toquei nesse assunto. Agora, o controle de privacidade estabelecido pelo consumidor tem um acrônimo: VRM, do inglês vendor relationship marketing. Empresas pioneiras nesse campo estão construindo ferramentas para devolver ao cliente o controle total de seus dados. Isso vai revolucionar a maneira como negociamos com marcas, pois é o consumidor quem vai comandar o tipo de mensagem – e até as ofertas recebidas – e não mais a empresa, como acontece hoje. Para saber mais, leia sobre o projeto Diaspora em diasporaproject.org.
AlessAndrA lAriu
PersONalIzaçãO extrema
glasses
Para pessoas que moram em grandes centros urbanos, pesquisas sugerem que ganhar tempo é mais importante do que ganhar dinheiro. A conectividade tem roubado tempo das pessoas e, por isso, vai crescer a demanda por aplicativos para automatizar tarefas. Há ainda a força do trabalho pessoal. O aluguel de ajuda por hora para realizar microtarefas, tais como montar móveis ou ir ao banco, ficou mais acessível às pessoas de classe média. O serviço personalizado está se democratizando e deixa de ser um privilégio dos ricos.
O Google começou a testar os óculos de realidade aumentada Project Glass. Eles têm minicâmera, microfone e tela. Permitem conversar com amigos, navegar na web ou ditar e-mails. Tudo sem usar as mãos. A promessa é lançá-lo no fim de 2013, por 1,5 mil dólares. Leia sobre isso em en.wikipedia. org/wiki/Project_Glass. A Microsoft também trabalha em óculos interativos, mas ainda não há muitos detalhes.
eNtrega acelerada Ainda na direção do “não tenho tempo, quero tudo agora”, serviços de e-commerce disputam o mercado e tentam desbancar a concorrência por meio de uma nova oferta: a entrega em domicílio acelerada, em que os produtos chegam em menos de uma hora. Não importa se por meio de terceirização, usando programas avançados de logística, como os das empresas americanas UPS ou Fedex, ou construindo sua própria infraestrutura, como no caso da empresa UrbanFetch (urbanfetch.com). Em todos essas situações, os produtos comprados online vão começar a chegar à sua porta mais rápido do que a pizza.
aPPle PassbOOk O Passbook, da Apple, vai concorrer com o Google Wallet. Depois do lançamento do iOS 6.1, a empresa da maçã promete transformar o iPhone em cartão de crédito para pagamentos. Ao menos é o que afirmam os gurus da tecnologia. De simples ideias a produtos futurísticos, essas tendências, sozinhas ou em grupo, vão revolucionar nosso comportamento, fazendo de 2013 um ano interessante não só para geeks, mas também para todos os consumidores conectados. E você o que acha? Quais são as suas apostas para 2013? ↙
Alessandra Lariu, 40 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.
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/ BizTech
O que quer de Natal? Seu celular sabe Associação de big data com tecnologias móveis e sociais desvenda os segredos do comportamento e até prevê nossos gastos
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e existe um argumento que vários institutos de pesquisa usam para justificar a relevância das mídias sociais é o de que as recomendações de amigos são a principal influência na decisão de compra. É bem provável que exista uma verdade nessa afirmação, mas recentes pesquisas sobre o comportamento humano, que estão sendo possíveis graças à mistura de big data com tecnologias móveis e sociais, mostram facetas surpreendentes de como tomamos decisões. No MIT, o professor Alex “Sandy” Pentland, considerado um dos maiores cientistas de dados do mundo, dirige o Laboratório de Dinâmicas Humanas, que se dedica a estudar o comportamento e a influência das redes sociais (físicas ou virtuais) em nossas vidas, trabalho, saúde e até na forma como usamos diferentes tecnologias. Coletando rastros digitais deixados por nossos celulares, computadores e carros e processando tudo com o poder agora chamado de big data, os segredos são aos poucos desvendados. Em uma das linhas de pesquisa, o MIT tenta entender como o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho pode influenciar sua perfor-
mance. Para isso, desenvolveu uma espécie de supercrachá eletrônico que coleta informações sociométricas dos funcionários estudados. Esses crachás reúnem continuamente informações como o tom de voz nas conversas, a posição do corpo em relação ao interlocutor, a postura em um grupo e a linguagem corporal por meio da movimentação de braços e cabeça. Não é coletada nenhuma informação sobre o conteúdo das conversas, mas muito pode ser dito com o resultado das análises. Por meio de padrões sociométricos, os dados mostram, por exemplo, quais são os grupos mais produtivos e como se diferenciam. Agora imagine o que podemos fazer com esse tipo de abordagem. A simples análise dos sinais de celulares na rede de uma operadora de telefonia pode fornecer informações valiosas sobre as regiões mais interessantes da cidade para morar, as baladas mais movimentadas e até mesmo para onde a polícia deve mover seu contingente, otimizando a segurança. Tudo sem que nenhuma ação tenha sido tomada pelos usuários, como o check-in em um bar ou restaurante. Detalhes de nossas conversas telefônicas, como o tom de voz e a frequência de espirros e tosse, podem prever surtos de gripe ou de outras doenças respiratórias antes que alguém perce-
Manoel leMos
ba que estão acontecendo. Informações sobre transações com cartão de crédito relacionadas às das pessoas com quem passamos mais tempo podem dar bons indícios do que realmente afeta nossas decisões de compra e como copiamos comportamentos. Isso é fascinante e quase mágico, mas se olharmos por outro ângulo, pode parecer assustador. A ameaça mais eminente é a da perda total de privacidade, mesmo que não façamos parte de qualquer rede social ou não tenhamos o hábito de compartilhar tudo o que fazemos na internet. Outra questão é saber o que esse poder pode fazer se utilizado para fins criminosos ou menos nobres. E se a avaliação de nossa performance no trabalho considerar previsões que ainda nem se concretizaram? Lidar com esses problemas faz parte dos desafios que legisladores, nações e a indústria terão que enfrentar nos próximos anos. É preciso equilibrar as necessidades e os direitos das pessoas sem limitar as maravilhas que isso pode trazer para nossas vidas. ↙
Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.
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/ Cérebro Eletrônico
A vida ao vivo no celular
apps de transmissão de vídeo em tempo real, como o twitCasting, permitirão que cada um tenha uma emissora de tV no smartphone
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mar televisão é... arriscar a vida por uma recepção melhor. Para o meu pai (e toda a classe média nos anos 1960 e 1970), a TV era o centro da casa. Os aparelhos (preto & branco) captavam os sinais das emissoras por uma antena “interna” de alumínio, às vezes reforçadas por esponjas metálicas de cozinha Bombril. Tem gente que ainda faz isso. Mas na época era a única opção. Para conseguir uma sintonia melhor, a solução era uma antena externa, parafusada no telhado. A nossa casa tinha dois andares. Meu pai subia no telhado para ajustar a antena. Minha mãe e minha irmã ficavam no térreo, como monitoras de qualidade de recepção. Eu ficava no andar superior como intermediário. Sobre as telhas, seu Decio girava aleatoriamente a antena. “Melhorou?”, perguntava com um berro. As moças no térreo respondiam e eu repetia a resposta para meu pai, que movia a antena mais um pouquinho e perguntava de novo: “Melhorou?” Num desses diálogos, seu Decio perdeu o equilíbrio, atravessou a claraboia e rolou pela escada coberto de cacos de vidro. Parou no térreo, de cabeça para baixo. Por muita sorte se safou dessa. 36 / INFO Dezembro 2012
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Hoje isso mudou. Transmissão em 3D com seis canais de som está virando padrão. O domínio por décadas de uma única rede (a Globo) com um programa que determina costumes nacionais (a novela das 21 horas) ainda vai durar um tempo, por pura incompetência dos concorrentes. Mas a TV aberta está vendo a audiência escorrer entre os dedos. É a era da fragmentação. O telespectador está procurando seu canal específico, seja de animais, de skate, comida, viagens, história, seja de música e séries. É a televisão feita por profissionais. No entanto, o maior canal de TV hoje é o YouTube e seu potencial só cresce. Qualquer camerazinha de fotografia filma em HD. Qualquer computador tem um editor básico de vídeo. É uma pena que o nível dos vídeos seja tecnicamente tão baixo. Com um pouco de capricho e imaginação a gente já estaria competindo com os profissionais. E olha que eles estão fazendo um esforço danado para ficar cada vez mais amadores. A TV como conhecemos já viveu dias mais poderosos. Continua ainda um grande instrumento de diversão e educação. Mas senti um grande potencial de mudança de paradigma com o TwitCasting. Para quem não conhece, é um aplicativo de
Dagomir marquezi
transmissão ao vivo pelo celular ou tablet. Funciona com wireless ou 3G. Cada cidadão que tenha uma conta no Twitter e um celular com câmera agora possui uma emissora ao vivo. A transmissão surge como um post (ou uma janela no site feio deles). Há ainda a opção de deixar a transmissão gravada. Por ser ainda pouco conhecido, o TwitCasting tem a grande maioria de usuários no Japão. O que assisti por enquanto foram bobagens, como monólogos de meninas entediadas. Um garoto ensaiando com sua guitarra. Mas o potencial desse app é impressionante. Todos transmitindo para todos. A gente já postava vídeos gravados. Mas ao vivo é outra coisa. A possibilidade da surpresa nos prende. A ideia da simultaneidade nos mantém hipnotizados. Festas, jantares e formaturas serão transmitidos pelo TwitCasting. Brigas em locais de trabalho, as gracinhas do cachorro, o primeiro beijo, o debate no boteco, a papinha do bebê, o basquete entre amigos, o bate-boca na fila do caixa. É a vida ao vivo. A novela precisará ser muito boa para concorrer com isso. ↙
Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.
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/ Inside Information
Você sabe o que é podfic?
Fãs que escrevem livros em sites de fan fiction começam a gravar em áudio suas histórias. É o podfic, termo emprestado de podcast
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s fãs de programas de televisão são, já faz muito tempo, early adopters de novas tecnologias. Quando os videocassetes surgiram, na década de 1970, eles logo compraram o aparelho, aprenderam a programá-lo para gravar os shows e espetáculos e, assim, construir um acervo com aqueles favoritos. Quando os computadores e a internet se tornaram disponíveis para o grande público, os fãs de TV correram para a rede a fim de discutir suas obsessões, provando que pessoas comuns (e não apenas os acadêmicos) podiam construir comunidades online. Mais recentemente, as comunidades de fãs da TV previram a ascensão do e-book. Dez ou mesmo cinco anos atrás, o senso comum dizia que as pessoas simplesmente não suportavam ler longos textos em uma tela de computador. Elas ficavam com dor de cabeça e não gostavam da luz que vinha da tela; não queriam ter a leitura distraída pelo Outlook, quando anunciava novos e-mails. Elas preferiam o papel, de maneira geral, quando desejavam ler ficção. Enquanto isso, os fãs de séries de televisão formavam um grupo de pessoas que lia e escrevia ficção online.
Entusiastas de séries como Jornada nas Estrelas e Arquivo X, sentindo falta de seus programas favoritos no intervalo entre as temporadas ou interessados em explorar o que poderia ter acontecido na série, escreveram (e ainda escrevem) milhares e milhares de textos nos sites chamados de fan fiction. Eles começaram a criar tramas com a participação de seus personagens prediletos. Como essas histórias se utilizam de material que está sob propriedade intelectual, elas não podem ser vendidas para obter lucro. Os fãs, então, passaram a colocá-las online, gratuitamente, em busca de elogios e críticas. Alguns entusiastas da TV se juntaram em organizações sem fins lucrativos com o objetivo de compartilhar custos de hospedagem online e criar complexos sistemas de arquivos para fan fiction. São arquivos com literalmente milhões de histórias. A título de comparação: o Kindle, da Amazon, foi lançado, em 2007, somente nos Estados Unidos. No lançamento, apenas 88 mil títulos digitais estavam disponíveis. Qual é a grande fronteira editorial e de tecnologia que os fãs estão explorando agora? A resposta aponta para os audiobooks. Fãs que falam inglês começaram a gravar em arquivos de áudio as suas fan fictions e criaram uma
Flourish KlinK
denominação para eles. São os podfics, um termo adaptado de podcast, que, por sua vez, é derivado da marca iPod. O podfic permite que os fãs escutem as suas histórias preferidas no caminho do trabalho e enquanto se exercitam ou realizam tarefas domésticas. Qualquer pessoa que tenha um computador e um microfone consegue gravar e oferecer o conteúdo online de graça. O podfic é normalmente lançado ao mesmo tempo que a versão escrita das histórias. Alguns escritores dedicados conseguem até mesmo lançar seus livros em múltiplas línguas e formatos. Tudo isso ao mesmo tempo. O mercado tradicional de audiobooks conta com produtos muito caros (um livro nesse formato pode custar até 60 dólares) cujos lançamentos acontecem meses ou até anos após a publicação da edição em papel. Após um histórico que o caracterizava como um serviço voltado para pessoas com problemas de visão, os audiobooks agora passam por uma revolução do “faça você mesmo”. Uma revolução iniciada e puxada pelos aficionados por séries de televisão. ↙
Flourish Klink, 25 anos, é chief participation officer da Alchemists Transmedia Storytelling. Mestre pelo MIT, fundou o FictionAlley.org, site de fan fiction centrado em Harry Potter.
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Rodrigo Palos, da Fretejet, durante a competição de empreendedorismo digital promovida pela INFO
Big Brother Obama / 42 A TV Morreu. Viva a TV! / 58 Crash Test Mais Seguro / 68 Preparado para o Fim do Mundo? / 74
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OBAMA Ao reunir umA imensA quAntiDADe De DADos sobre A populAção e usAr A tecnologiA De big DAtA pArA orientAr A cAmpAnhA, A equipe De bArAck obAmA inovou mAis umA vez nA eleição / Por Maurício Moraes
As eleições mudaram radicalmen-
te depois da primeira campanha de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, em 2008. O uso das redes sociais transformou o mundo digital em peça-chave da disputa. Hoje, nenhum candidato tem a ousadia de desprezar a web, inclusive no Brasil. Obama acaba de transformar novamente as eleições e, desta vez, de uma maneira ainda mais radical. A equipe do presidente americano foi além das redes sociais e usou a tecnologia de big data na conquista de votos. Para isso, montou um gigantesco
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banco de dados, com detalhes de cada eleitor e de como as pessoas reagiam a diferentes abordagens. As informações orientaram voluntários, indicaram as melhores formas de arrecadar fundos e apontaram quem poderia ser convencido a apoiar a reeleição do presidente. No quartel-general da campanha, em Chicago, um grupo de cientistas especializados na análise de grandes quantidades de dados foi contratado para trabalhar exclusivamente com big data, sistema usado para analisar uma enorme quantidade de informa-
ções, processar tudo e tirar conclusões a partir dos números. O time de Obama aposentou a intuição. Jogou no lixo regras consideradas infalíveis pelos partidos políticos, como concentrar toda a propaganda de TV no horário nobre, enviar pelo correio toneladas de material com conteúdo idêntico ou disparar um mesmo e-mail para todos os eleitores cadastrados. Nesta eleição, cada procedimento foi pensado para atingir um conjunto específico de pessoas. O resultado de cada ato era medido, comparado e analisado. Todas as infor-
foto Divulgação
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Adeus, bolA de cristAl Enquanto parte da mídia americana indicava uma eleição apertada, Drew Linzer, professor da Universidade Emory, nos Estados Unidos, sabia que tanta histeria não fazia sentido. Semanas antes de os americanos irem às urnas, ele previu a reeleição de Obama, usando big data. Também chegaram à mesma conclusão Nate Silver, do blog FiveThirtyEight.com, do jornal The New York Times; Simon Jackman, da Universidade S t an f o r d; e S am W ang , d o Princeton Election Consortium. Eles processaram um enorme volume de informações para identificar a preferência do eleitorado. Linzer cruzou dados históricos, como o desempenho da economia e a popularidade do presidente, com mais de 1 200 pesquisas. “Estava claro que Obama estava na frente”, disse Linzer a INFO. Vários comentaristas políticos criticaram o trabalho dos analistas, dizendo que em algumas pesquisas Mitt Romney estava na frente. Mas os quatro acertaram o tempo todo. “É só ter dados suficientes para obter resultados confiáveis. Espero que as pessoas que nos questionaram tenham aprendido a lição”, afirma Linzer.
mações eram incorporadas ao banco de dados, que se tornava cada vez mais inteligente. “A história vai mostrar que essa foi a campanha mais sofisticada do planeta. Qualquer candidato, partido político ou organização que não se adaptar a esse novo modo de conseguir apoio corre o risco de ser desconsiderado ou até extinto”, afirmou a INFO Andrew Rasiej, especialista no uso de tecnologia na política e fundador do site Personal Democracy Media (personaldemocracy.com). Segundo ele, enquanto Obama usou a tecnologia para montar uma estrutura de campanha comparável a um centro de pesquisa científica, Mitt Romney criou o equivalente a uma loja de computadores. Para produzir um enorme arquivo de informações, Jim Messina, coordenador da equipe de Obama à reeleição, não perdeu tempo. A montagem do banco de dados começou no ano passado, com a contratação de Rayid Ghani como cientista-chefe. Ghani ocupava o cargo de pesquisador sênior e diretor do grupo de análises do Accenture Technology Labs. Entre suas especialidades está a identificação de padrões de consumo. Um de seus muitos feitos foi criar um sistema capaz de prever o preço final de um item em leilão no eBay com 96% de acerto. Detalhes sobre o trabalho liderado por Ghani foram mantidos em segredo e só começaram a ser conhecidos agora,
após a vitória de Obama. Um dos aplicativos criados por eles foi batizado de Dreamcatcher (“apanhador de sonhos”, em inglês). A equipe inovou tanto ao montar um verdadeiro Big Brother eleitoral como na forma de transformar essas informações em votos. Muitas das soluções criadas para atingir os eleitores foram adaptadas de técnicas usadas por empresas para atrair consumidores, como marketing direcionado e microssegmentação. O objetivo era convencer as pessoas certas a fazer doações, trabalhar buscando apoios e comparecer às urnas, pois o voto não é obrigatório nos Estados Unidos. O nível de detalhes impressiona. Imagine uma mãe de duas crianças que vive em uma cidadezinha no estado de Ohio, no centro-oeste dos Estados Unidos. Ela votou na última eleição, cadastrou-se e navegou algumas vezes no site de Obama (menos do que na disputa de 2008), mas nunca doou. Seus filhos estudam em escola pública. Ela costuma tuitar sobre o meio ambiente e ainda mantém uma página no Facebook sobre comida orgânica. Tudo isso ficaria registrado no banco de dados da equipe de Obama. “A campanha mandaria para ela e-mails de Michelle Obama sobre as políticas ambientais planejadas pelo presidente e sobre educação pública”, afirma o consultor Andrew Rasiej. Apenas mulheres com perfil semelhante receberiam esse tipo de mensagem.
Antes de enviar uma mensagem por e-mail, a equipe de campanha montava um perfil detalhado do eleitore para descobrir os seus temas de interesse
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EngEnharia política
Obama deve sua reeleiçãO a váriOs especialistas que deixaram de ladO a intuiçãO e aGiram cOmO uma startup para vencer a disputa
Várias foram as fontes usadas pela campanha para conhecer cada um dos eleitores. Além de dados públicos, como a lista dos que votaram, foram comprados pacotes de dados de empresas especializadas em consumidores, como a Experian e a Acxiom. O time de Obama vasculhou também as redes sociais, em especial o Twitter e o Facebook, para agregar mais dados a cada perfil. Segmentou os eleitores pelo tipo de navegação no site oficial da campanha, observando, entre outras coisas, do que tinham gostado. Foram, então, separados em grupos, de acordo com o comportamento. “Adotamos a mentalidade de que ter dados é bom, mas ter mais dados é melhor ainda”, disse a INFO Bill Schmarzo, um dos diretores de tecnologia da empresa EMC e especialista em big data. Nada disso funcionaria sem o uso intensivo de tecnologia. Clint Ecker, engenheiro sênior da campanha de Obama, disse ao site Ars Technica que usaram a Amazon Web Services para armazenar e processar o enorme volume de informações gerado. Foram adotadas ferramentas de computação em nuvem para lidar com bancos de dados, como o Amazon DynamoDB e Amazon RDS. Uma das principais preocupações
Jim Messina
Coordenador da campanha Foi dele a ideia de usar big data para orientar decisões e arrecadar fundos
rayid ghani
Cientista-chefe experiente nos algoritmos de análise de dados, chefiou a equipe contratada por messina
foi permitir que essa base fosse trabalhada por diferentes aplicativos escritos em qualquer linguagem de programação. Foi com isso em mente que se desenvolveu o Narwhal, um conjunto de serviços que funcionava como interface entre os dados e os muitos programas criados para a campanha de Obama.
MeNsageM só pra vOcê Tentar atingir grupos específicos não é algo incomum na campanhas políticas. Mas geralmente a população fica dividida em fatias grandes, como homens de 30 a 39 anos, mulheres de 20 a 29 anos ou aposentados com mais de 60 anos. A equipe de Obama enquadrou os americanos em núcleos bem mais específicos. Além da idade, acrescentou itens como perfil familiar, assuntos de interesse, organizações de que participam, principais preocupações políticas, nível de engajamento na campanha e até a probabilidade de as pessoas votarem. Com tudo disponível online para consulta, os voluntários tentavam abordar os eleitores. Faziam isso pessoalmente, por telefone ou por email. E tocavam nos temas que sabiam que iriam interessar àquelas pessoas. O trabalho começou em abril do ano passado. O time de tecnologia teve exa-
Michael slaby
Diretor de inovação e integração defendeu a ideia de conhecer a fundo os eleitores antes de abordá-los
tos 583 dias para organizar a infraestrutura e desenvolver todos os sistemas e o software e, depois, desmontar tudo. Scott VanDenPlas, um dos líderes de projeto de Obama, tuitou que, durante esse período, foram transmitidos 4 gigabytes por segundo, feitos 8,5 bilhões de requisições ao banco de dados e usados 180 terabytes de armazenamento em três data centers. “Tínhamos de ser ambiciosos. Sabíamos que precisávamos arquitetar tudo de modo que funcionasse. Também sabíamos que haveria limitações de pessoas e dinheiro”, disse Harper Reed, diretor de tecnologia da campanha, ao Ars Technica. O jeito foi contratar uma equipe que trabalhasse como uma startup, produzindo com rapidez e sem gastar muito.
LOcaLIzadOr de eLeItOres Uma das armas criadas pelo grupo foi um aplicativo para smartphones com os sistemas iOS, da Apple, e Android, do Google. Ao baixar o Obama for America, voluntários podiam ler e compartilhar as últimas notícias sobre a campanha, ver mensagens do candidato e de sua mulher, conferir eventos programados e memorizar dados úteis para convencer eleitores em dúvida. Também podiam, com poucos cliques,
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fazer doações. Mas o maior diferencial do software era um mapa com o primeiro nome e o endereço dos eleitores cadastrados como apoiadores de Obama, que reunia ainda dados sobre essas pessoas. Isso permitia que os voluntários visitassem as casas desses eleitores para conversar sobre a disputa, abordando seus temas de interesse. Os resultados dessa abordagem eram depois enviados para o quartel-general em Chicago. O aplicativo Obama for America serve como um bom exemplo do uso prático do imenso banco de dados criado na campanha. Os republicanos não fizeram nada parecido. A eficiência do uso dos smartphones ficou evidente em
ferramenta, o Call Tool, que listava números telefônicos de eleitores. Os voluntários que decidissem ligar viam automaticamente um texto com o que deveriam falar para convencer determinada pessoa a votar em Obama, com argumentos personalizados. Mais uma vez, o banco de dados serviu como a base de onde as informações eram extraídas.
Em busca dOs INdEcIsOs As novas tecnologias não levaram a equipe a abandonar as redes sociais. Elas só deixaram de ser as protagonistas. A equipe de Obama conseguiu três vezes mais fãs no Facebook do que a de Romney. No Twitter, o número de se-
Redes sociais não foram protagonistas, mas continuaram importantes. No Twiter, Obama chegou a ter 20 vezes o número de seguidores de Mit Romney dois tuítes escritos dias antes da eleição. Os republicanos escreveram no microblog que haviam feito visitas a 75 mil casas em Ohio, no domingo anterior à disputa. Logo depois, os democratas responderam que, no mesmo dia, fizeram o mesmo em 376 mil residências. O estado era um dos lugares decisivos na disputa, uma vez que Obama e Romney estavam praticamente empatados ali. Os voluntários contaram ainda com um aplicativo online, o Dashboard, uma mistura de rede social e escritório virtual. Bastava entrar no site para conversar com outros apoiadores, coordenar times locais e participar de grupos internos de discussão. Dentro do Dashboard era possível usar outra
guidores foi 20 vezes maior. Michelle Obama, sozinha, tinha mais seguidores que Romney. O uso do site oficial de Obama foi agressivo. “Eles recebiam em torno de 10 milhões de visitantes diários, enquanto Romney tinha cerca de 3,6 milhões”, diz Bill Schmarzo, da EMC. Segundo ele, os líderes da campanha também abraçaram a experimentação. Tentavam métodos diferentes de abordagem de um grupo microssegmentado, por exemplo. Quando uma das maneiras dava certo, não perdiam tempo tentando compreender por quê. Repetiam o modelo. A campanha tomou um cuidado especial com os eleitores que ainda não tinham decidido o voto. Em vez de abor-
dar todos da mesma maneira, também usou a tecnologia para convencê-los. A escolha de alguns indecisos para receber ligações de voluntários era aleatória, segundo o site ProPublica. No início do telefonema, eram convidados a dar uma nota para o seu apoio ao presidente. Depois disso, discutiam assuntos políticos e, no fim da conversa, voltavam a avaliar Obama. Os resultados eram encaminhados à equipe de Chicago, que usava informações demográficas para definir os grupos com mais chance de serem convencidos numa abordagem. O big data ajudou até a arrecadar recursos. De acordo com a revista americana Time, a equipe de Obama fez um bem-sucedido jantar com George Clooney para conseguir doações na Costa Oeste. Quando decidiu reproduzir a experiência na Costa Leste, usou os dados para determinar qual celebridade teria mais apelo para mulheres entre 40 e 49 anos – segmento identificado como mais inclinado a contribuir. Chegou-se, então, ao nome da atriz Sarah Jessica Parker e o sucesso se repetiu. Esforços como esse garantiram que a campanha arrecadasse quase 1 bilhão de dólares. Por certo a vitória de Obama acendeu um sinal de alerta entre os adversários republicanos. É bem provável que, daqui para a frente, todas essas tecnologias passem a ser utilizadas tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo. Isso não quer dizer que os métodos antigos serão abandonados. “Ir de porta em porta ainda é muito eficiente. A diferença é que, agora, quem sai às ruas para pedir votos tem informações sobre as pessoas com quem vai falar e a região onde vivem”, diz o especialista Andrew Rasiej. Como o Big Brother eleitoral direciona a mensagem para os eleitores certos, difícil mesmo será vencer sem ele. ↙
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ElEs são inovadorEs
empreendedoreS dIGITAIS
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Daniel Zylberstajn, da Centpics, apresenta sua empresa ao público e aos jurados durante a competição INFO Start, em São Paulo
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O que faz uma empresa iniciante ser inOvaDOra? São várias as respostas possíveis a essa questão. Uma ideia inédita (e viável) certamente conta. Ter um modelo de negócios escalável também é importante. Esses foram alguns dos critérios usados na avaliação das 490 empresas inscritas no prêmio INFO Start, iniciativa da INFO para ajudar a impulsionar o empreendedorismo digital no país. Na etapa final da competição, no dia 22 de novembro, no bar Republic Pub, em São Paulo, foram eleitas duas startups promissoras nas categorias 8 bits, para projetos em fase inicial, e 16 bits, para aquelas com o negócio mais estruturado. Os fundadores apresentaram suas startups a uma banca de jurados formada por investidores, incubadoras e veteranos do empreendedorismo digital. Conheça aqui os finalistas e os dois grandes vencedores.
por marcus vinícius brasil fotos olga lysloff
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O CAMPEãO O gaúcho Rodrigo Krug, da Cliever, venceu o INFO Start com empresa que fabrica impressoras 3D
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startup CampeÃ_16 bits
Cliever TeCnologia Fundador_ rodrigo Krug Sede_Porto Alegre (rS)
No mês passado, o gaúcho Rodrigo Krug enfrentou um problema muito comum às pessoas que usam óculos. Uma de suas hastes quebrou. Mas a solução que Krug encontrou para o problema foi bem pouco usual. Ele imprimiu na sua casa uma nova armação. Depois foi só mandá-la a uma ótica e colocar as lentes de grau. Rodrigo Krug, 26 anos, estudante de engenharia de controle de automação, é fundador da empresa Cliever Tecnologia, fabricante de impressoras 3D, localizada em Porto Alegre e campeã da principal categoria da competição INFO Start. O projeto começou como uma ideia, em 2008. Com um passado de trabalho no mercado de modelagem a partir de formas de aço, o gaúcho decidiu trabalhar em seu próprio negócio e desenvolveu 12 protótipos, até a primeira impressora 3D ser lançada, em fevereiro de 2012, durante a Campus Party de São Paulo. A estreia comercial da Cliever CL-1 foi em junho. A empresa já tem clientes como a Embraer, que utiliza uma das máquinas no desenvolvimento de protótipos de botões e peças menores para os consoles de aeronaves. Apesar de o foco da Cliever ser o mercado corporativo, outros perfis de clientes foram atraídos pelo preço da máquina, que custa 4,5 mil reais. Artistas plásticos e dentistas estão na carteira de clientes da empresa, que tem 30 máquinas no mercado e 100 encomendas até o fim deste ano. Depois de receber a impressora, alimentada por filamentos plásticos, o processo de instalação dura cerca de uma hora. O usuário já pode começar a imprimir seus projetos, que podem ter até 120 milímetros de altura e uma área de 180 x 180 milímetros. Durante a apresentação da startup no INFO Start, uma questão levantada pelos jurados especializados em empreendedorismo digital foi a possível concorrência de gigantes da tecnologia, como a HP, por exemplo. Outro problema que pode desafiar a Cliever no futuro, de acordo com os avaliadores, é a distribuição em escala mundial. O gaúcho Krug espera que esse tipo de análise ajude a Cliever a refinar seu modelo de negócio. “Aperfeiçoar e transformar sempre a ideia original foi o que nos trouxe até aqui”, afirma ele. Dezembro 2012 INFO
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Finalistas_16 bits
Felipe Schepers, da Heap Up, focada em pesquisas online
Emílio Maciel, ao centro, com Murilo, Beatriz, Carol e Luiz, time da startup 55Social
55Social
Fundadores_ emílio maciel, Fred Pericini, FeliPe Bogéa e Francisco mingote Sede_São Paulo (SP) Depois de uma temporada de seis meses na China, em 2011, envolvido com a operação do Groupon naquele país, Emílio Maciel, 32 anos, voltou ao Brasil e criou a 55Social, que tem como investidores os fundos iG Expansion e Redpoint Ventures. “Vimos que existiam tecnologias para gestão de mídias sociais nos Estados Unidos e poderiam ser adaptadas ao mercado brasileiro”, diz Maciel. A empresa oferece software e serviço. Seu sistema foi desenvolvido internamente, por uma equipe que tem hoje 30 pessoas. Outros 40 funcionários atuam em serviços. Eles fazem gestão de murais no Facebook, criação de campanhas, análises de dados, engajamento de usuários e promoções. Os planos de assinatura variam de 1,5 mil reais ao mês a mais de 10 mil reais, caso de clientes grandes com presença forte nas redes. Segundo Maciel, a principal diferença em relação aos concorrentes é o foco em resultados. “Outras empresas se preocupam em ter fotos bonitas. Nós nos preocupamos em mostrar números bonitos”, afirma Maciel.
Heap Up
Fundador_FeliPe schePers Sede_Belo Horizonte (MG) A tecnologia tem a capacidade de tornar alguns serviços muito mais simples e baratos, e a Heap Up pretende fazer isso com o mercado de pesquisas de opinião. A startup foi lançada em março e é chefiada pelo mineiro Felipe Schepers, 26 anos, que trabalhou por sete anos em uma empresa tradicional de pesquisas. Foi com essa experiência que Schepers identificou alguns problemas na maneira como esse mercado funciona atualmente. Entre eles, o custo alto de mão de obra de quem aplica os questionários e a ausência de regulamentação da profissão e de demanda fixa, por exemplo. Schepers decidiu atacar esses problemas por meio do crowdsourcing. A Heap Up reúne um painel com 11 mil pessoas cadastradas, dispostas a responder questionários em troca de benefícios, que podem ser créditos em operadoras de celular, por exemplo. A startup pretende ampliar o negócio com clientes que ainda não atende, como pequenas empresas e indivíduos que nunca poderiam recorrer a esse tipo de serviço, pelo alto custo. “Vamos democratizar o mercado, dando informações às empresas com pesquisas rápidas e mais baratas”, diz Schepers. Na Heap Up, cada questionário aplicado custa em média 22 reais. Quanto maior o volume, menor o custo. Em métodos tradicionais, o valor chega a ser três vezes mais alto.
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ConheÇa o jÚri >>> AdAlbertO brANdãO é chefe de operações do GVcepe, centro de pesquisas focado em capital de risco da FGV, e do prêmio Desafio Brasil
Scup
Fundadores_ renato shirakashi e diego Monteiro Sede_São Paulo (SP) Amigos de infância, Renato Shirakashi, 28 anos, e Diego Monteiro, 29, sempre cultivaram o interesse por computadores e a vontade de lançar um negócio juntos. O primeiro passo foi criar uma rede social própria. Com as mudanças no mercado, resolveram que era hora de pular para um novo empreendimento, e seguiram na direção de soluções corporativas. Em 2009, a dupla desenvolveu uma ferramenta de análise para redes sociais. Batizaram de Scup. A startup paulistana foca seus esforços no cálculo da repercussão de marcas em sites de relacionamento. O software por ela desenvolvido pode interpretar dados, como o comportamento online dos usuários, além de administrar contas em diferentes redes. “Não queremos fazer o trabalho das agências”, diz Shirakashi. As vantagens da ferramenta da Scup são várias, como ter todo o controle a partir de uma única plataforma, manter estatísticas e mapear o comportamento de usuários. Os planos variam de 500 a 25 mil reais, e a empresa tem 400 clientes, entre usuários diretos e agências de conteúdo. Segundo a startup, cerca de 22 mil profissionais já utilizam sua ferramenta.
Gustavo Zaiantchick, Sally Medrado e Claudia Gasparini, da Scup
>>> ANdersON thees é diretor do fundo
Redpoint e.ventures para América Latina e ex-presidente do Apontador >>> ANdIArA Petterle é diretora de estratégia
e novos negócios da e.Bricks Digital, empresa de desenvolvimento de negócios do Grupo RBS >>> CAssIO sPINA criou a Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos que fomenta o investimento em projetos de tecnologia >>> FAbIO bruggIONI é presidente
da e.Bricks Digital, do Grupo RBS >>> FAbrICIO blOIsI fundou a Movile, empresa de serviços para celular que desenvolve portais, jogos, apps e soluções de marketing >>> MANOel leMOs é diretor-geral digital da Abril Mídia, colunista da INFO e investidor em tech startups >>> MArCelO sAles é sócio-fundador
da aceleradora de startups 21212 e membro do conselho da Movile >>> PAulO huMberg é presidente da A5 Investments e membro do conselho do serviço de compras coletivas Clickon >>> rIChArd luCht formou-se em engenharia
aeronáutica. É diretor geral da ESPM-Sul >>>YurI gItAhY é fundador da Aceleradora,
empresa de gestão e investimento de capital semente para startups
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startup CampeÃ_8 bits
Fretejet
Fundadores_ rodrigo e Fundadores_ rodrigo PalosPalos e José José guilherme nogueira Sede_RibeiRão PReto (SP)
Os amigos amigos Rodrigo Rodrigo Palos, Palos, 24 anos, 24eanos, José Guilhere José me Nogueira,Nogueira, Guilherme 25, trabalhavam 25, trabalhavam em uma consultoria, em uma consultoria, em 2011, quando em levaram 2011, quando um susto levaram com osum resultachoquedo dos com projeto os resultados que faziamde para umaprojeto área de logística. que fizeram Eles na área de logística. calcularam que 46% dos Eles caminhões calcularam andavam que 46% vazios dos caminhões pelas estradas circulavam do país. Os vazios números pelas não melhoraram estradas do país.medições nas Os números de desperdício não melhoravam de cargana e de medição aproveitade desperdício mento de rotas. de carga Ao saírem e de aproveitamento a campo para a pesquisa, de rotas. confirmaram Quando foram que a realidade a campo confirmaram era mesmo péssima. que a realidade “Falamos eracom realmente as empresas ruim. e vimos “Falamos que elas comtêm as empresas sérios problemas e vimos de cotação que elasdetêm frete. problemas O processosérios todo é de cotaçãoe pouco demorado de fretes. confiável”, O processo diz Palos. todo A dupla é demoraencondo e oportunidade trou pouco confiável”, de lançar diz um Palos. negócio, A dupla vencedor enconna trou aí uma categoria 8 Bits oportunidade do INFO Start, dedestinado lançar seu a empresas próprio negócio, vencedor iniciantes que ainda não na receberam categoria aporte 8 Bitsfinanceiro. do INFO Start, A Fretejet destinado é uma a empresas plataforma iniciantes online que e que pretende ainda não receberam facilitar o processo aporte de contratação financeiro dede empresas investidores. de frete. Seu A Fretejet funcionamento é uma éplataforma simples. Asonline transportadoras que pretende facilitar cadastram suasorotas, processo cidade depor contratação cidade, informande uma empresa do a capacidade de frete.dos Seu caminhões. funcionamento Essesédados simples: ficam as transportadoras disponíveis para cadastram consulta dosuas contratante rotas, cidade por uma por cidade, informando ferramenta de busca.também Mesmo que a capacidade os resultados de seus não caminhões. Esses correspondam exatamente dados ficam à necessidade disponíveis do clienpara consulta te, o sistema do oferece contratante alternativas, por meio com de rotas uma eferratammenta bém com de abusca. capacidade Mesmo deque caminhões os resultados semelhantes. não correspondam Tambémexatamente fazem parteàda necessidade equipe os administrado cliente, o sistema dores Ricardo ofereceIguchi, alternativas, 26 anos, com e Felipe datas, Itoyama, rotas e capa27. cidades Todos investiram de estocagem 30 mil nos reais caminhões na viabilização semelhantes. da ferramenta A equipe e emconta marketing. tambémAtualmente, com os administradores se esforçam Ricardo para fazer Iguchi, a empresa 26 anos,ganhar e Felipereconhecimento Itoyama, 27. Os no quatro sócios mercado em que gastaram atuam30 e expandir mil reaisapara baseviabilizar de clientes, a ferramenta que tem hoje 43 e investir empresas emcadastradas. marketing. Atualmente, Por enquanto eles o serviço se esforçam é gratuito, paramas fazer deve suaser empresa cobrado. ganhar O modelo reconhecimento que estudam é a cobrança dentro dode mercado uma mensalidade e expandir aentre base 50 reais de clientes, (para um que caminhão tem hoje cadastrado) 43 empresasecadastra580 reais. das.Eles Por enquanto trabalham, o serviço além deé tudo, gratuito, para mas incrementar no futuro deve a ferramenta. ser cobrado. “Algo No modelo que os que jurados os empreendedores do INFO Start estudam, aimportante acharam ideia é cobrar foiuma o modelo mensalidade matemático mínima que de 50 reais usamos na(para pesquisa”, um caminhão disse Palos cadastrado) após a premiação. até um “É a primeira coisa que vamos procurar melhorar .” 54 / INFO Dezembro 2012
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FRETE ONLINE Ricardo Iguchi, Rodrigo Palos e Felipe Itoyama, da Fretejet, inovam no setor de logística
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Leo Zysman e Marcel Figueiredo criaram uma ferramenta de controle de despesas
Wagner Marioto, do Já Entendi, plataforma online para aulas
Já EntEndi gBolso
Fundador_Marcel Figueiredo Sede_São Paulo (SP) Em 2007, o analista Marcel Figueiredo, 33 anos, descobriu que sofria de ceratocone, uma doença que provoca distorção gradual da visão, cujo tratamento envolve um transplante de córnea. Afastou-se, então, de seu trabalho na IBM. Passou a receber do INSS um valor mensal bem inferior ao salário da empresa, e precisou cortar gastos. A situação o inspirou e surgiu o projeto gBolso, em 2008. Como não conseguia enxergar direito as anotações que fazia no papel, Figueiredo criou uma ferramenta online de controle de finanças. Um amigo escreveu o código da primeira versão da planilha. Em um mês, o projeto estava no ar. “Perguntei ao médico se dava para tocar o projeto. Ele disse que sim, porque eu poderia passar até dois anos em casa”, diz. Atualmente, Figueiredo trabalha em um novo produto, que acredita ser revolucionário. O sistema ainda está fechado, em fase de testes. Figueiredo contou aos jurados do INFO Start que a ferramenta será capaz de acessar automaticamente todas as transações bancárias feitas pelo usuário e organizá-las, sem que nenhum dado precise ser incluído manualmente. Só não explicou como fará essa mágica. Vamos conferir.
Fundadora_gladys Mariotto Sede_Curitiba (Pr) Aos 36 anos, a educadora Gladys Mariotto prestou seu primeiro vestibular. Como tinha dificuldades para entender os conceitos que lia nos livros didáticos, decidiu que reescreveria todas aquelas apostilas complicadas numa linguagem mais simples, para facilitar o estudo. Mas Gladys descobriu que seu problema era o mesmo de milhares de estudantes. A ideia evoluiu, até que começou a escrever seus próprios livros didáticos. Agora, com o Já Entendi, lançado no mês de maio, ela pretende fazer o mesmo a partir de uma plataforma online. Sua ferramenta de ensino são vídeos curtos, com duração média de sete minutos, acessados pelo site. São 300 as aulas disponíveis. Na versão gratuita, é possível assistir três vídeos, como degustação. Para o acesso ilimitado as taxas mensais vão de 19,90 a 39,90 reais, contou aos jurados do INFO Start Wagner Mariotto, filho de Gladys. “Nossa maior vitória está no fato de cerca de 70% dos usuários assistirem os vídeos até o fim”, afirma Gladys. Nos clipes, abordam-se temas variados, como filosofia e matemática, sempre em linguagem simples e com vários recursos audiovisuais. Agora a startup se prepara para lançar um aplicativo para o iPad.
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TbiT Tecnologia e SiSTemaS
Fundadores_ adriano arlei de Carvalho, igor ChalFoun, Joel Yutaka sugano e Willian rodrigues de Moura Sede_LavraS (MG) Máquinas complexas e confiáveis para separar grãos de café já estão disponíveis no Brasil, mas os fundadores da Tbit querem dar um novo passo na automatização desse mercado. Eles pretendem substituir o processo manual de avaliação e classificação dos grãos, uma das principais referências para definir o preço de um lote, por um sistema digital e mais confiável. Para isso, desenvolveram o Olho Digital do Café, que funciona em dois estágios. Primeiro, a análise é feita por uma máquina equipada com bandeja, onde são colocadas as amostras do lote de café. Em seguida, os grãos são fotografados por câmeras de alta resolução. As informações sobre textura, cor e geometria são interpretadas por um software, responsável pela categorização. Existem pelo menos 200 critérios a serem mensurados. Com os dados, a Tbit planeja criar uma plataforma digital em que compradores e cooperativas possam conferir o valor de cada um dos lotes disponíveis. A automatização pode reduzir o valor do processo em até 50%, dizem os empreendedores. “É um mercado grande, que pode se expandir para outros grãos, como soja e milho”, diz Igor Chalfoun, 32, um dos fundadores da Tbit.
Joel Yutaka Sugano e Guilherme Campos, da Tbit, que faz análise de grãos
Daniel Zylberstajn, André Arruda, Rodrigo Rigoni, Caio Pachá e Maurice Cohen, da Centpics
cenTpicS
Fundadores_ daniel ZYlberstaJn, bernardo sChuCMan e denis MandelbauM Sede_ São PauLo (SP) O hábito de revelar fotos pode parecer coisa do passado. Mas um grupo de empreendedores de São Paulo não pensa assim. Os amigos Daniel Zylberstajn, 32 anos, Bernardo Schucman, 32, e Denis Mandelbaum, 28, acreditam ser possível combinar as mais novas tecnologias de compartilhamento de fotos na web com o velho papel fotográfico. Lançaram a Centpics, em 31 de outubro, após a mãe de um dos sócios ver-se com poucas opções ao precisar imprimir uma foto. No site da empresa é possível se conectar ao Facebook, Instagram e Flickr. Em seguida, o usuário seleciona fotos dos álbuns virtuais que quer ver no papel, escolhe o formato da impressão e faz o pagamento. Enquanto isso, no escritório da Centpics tudo é feito automaticamente. Um software envia as imagens a uma máquina que as imprime. A embalagem é feita de modo manual e depois os pacotes são despachados pelo correio para o usuário. Para Zylberstajn, a atenção aos detalhes é o que fará a diferença na sua empresa. A possibilidade de criar bordas coloridas, por exemplo. “Além de ser um processo fácil, surpreendemos com a embalagem, com o conjunto do produto. Queremos que se tenha a experiência de revelar na Centpics”, diz Zylberstajn. No ar há menos de um mês, já recebeu 250 pedidos. ↙ Dezembro 2012 INFO
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A TV morreu. Passar horas sentaDo Passivamente à frente De uma tela granDe é um hábito Do PassaDo. a televisão que Por DécaDas Ditou os costumes e os Desejos De consumo começa a se reinventar. Diga aDeus ao velho moDelo
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No futuro
transparente e flexível, a tela simulada aqui é quase realidade. séries como the Walking Dead (foto) oferecem extras em várias plataformas
viva a nova tv!
Diga Olá para a televisãO DO futurO. ela permite assistir O que vOcê quer, quanDO quer. a segunDa tela é um tablet Ou smartphOne. e O engajamentO nas reDes sOciais tOrna-se mais impOrtante DO que a auDiência. preparaDO para essa revOluçãO? / Por Paula Rothmann
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fotos Dulla
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Você vai chegar em casa e, ao acenar e dizer olá para a parede da sala, surgirão jogadores de futebol, atores de Hollywood e fotos de seus amigos em 3D. Todas as cenas pipocando na parede virão de uma tela finíssima e transparente. Ela poderá reconhecer quem está por perto e sugerir filmes, séries e jogos. Conectada à internet, possibilitará compras online e compartilhamento em redes sociais. Sincronizada com o tablet e o celular, permitirá assistir a programação onde e quando o espectador quiser. Quem manda é o conteúdo online, interativo e customizado. Bem-vindo à TV do futuro. “A televisão como conhecemos hoje vai se transformar”, afirma Luiz Lima. “Haverá uma migração do broadcast tradicional para a transmissão por internet. E isso muda tudo”. Lima é diretor da Cisco Internet Business Solutions Groups no Brasil. A empresa traçou as principais tendências para o negócio de TVs nas próximas duas décadas. A conclusão: tudo mudará e como consequência, haverá aumento da interatividade. Em um jogo de futebol, será possível rever os gols ou escolher os ângulos de uma câmera específica. As tecnologias para isso já existem. Falta apenas integrá-las.
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Não se trata só de transformações tecnológicas, mas também dos hábitos do espectador. “Cada vez mais as pessoas usam seus gadgets de múltiplas formas e não querem que a TV seja apenas uma TV”, diz Vinícius Andrade Pereira, diretor do ESPM Media Lab, centro da Escola Superior de Propaganda e Marketing. “Já existe muito conteúdo transmitido por todos os meios. Isso faz com que as pessoas otimizem seus aparelhos.” Pesquisas recentes comprovam essas mudanças. Acompanhe.
>>>74% dos usuários conectados em 56 países assistem vídeos em PCs, tablets e celulares, mostra a Nielsen. >>> 80% dizem que o consumo de vídeos na televisão e nos gadgets acontece com a mesma frequência. >>> 200 milhões de tVs com acesso à internet estão em uso no mundo. Em 2017, serão 600 milhões, estima a consultoria inglesa Digital TV. >>>43% dos brasileiros conectados navegam na web enquanto assistem TV. Desses, 70% buscam mais informações sobre o que estão vendo, diz o Ibope.
Essa interferência cada vez mais intensa da internet no comportamento do espectador já começa a transformar o próprio modelo de negócios da televisão. Os maiores serviços de streaming do mundo iniciaram uma pequena revolução, ao medir a audiência antes mesmo de o conteúdo começar a ser produzido. Desde o início do ano, o Hulu, das gigantes do entretenimento Disney, NBC e Fox, lançou cinco séries. No ano que vem, o Netflix deve estrear quatro títulos próprios. Isso acontece porque os dois serviços sabem o que o público quer ver. A série House of Cards, por exemplo, será um drama político estrelado pelo ator Kevin Spacey que já nasce com audiência certa. “Dramas nos quais um episódio se liga ao outro, como em Prison Break, Lost e 24 Horas, são muito populares”, disse a INFO Joris Evers, diretor de comunicação corporativa do Netflix. C om m a is de 3 0 m i l hõ es de usuários em todo o mundo, o serviço Netflix já representa uma parte considerável do consumo de banda larga nos Estados Unidos. Segundo a empresa especializada em redes Sandvine, 60% dos bites enviados e recebidos nos país em horários de pico são para o entretenimento em tempo real, com o consumo
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de filmes e música. Só o Netflix responde por 33% do tráfego de música e vídeo, seguido pelo YouTube, com quase 15%. Esse grande volume de acessos permite ao Netflix ter um poderoso sistema de recomendação que indica programas baseado nos hábitos de consumo. A partir de fevereiro, ele será usado para direcionar suas produções. “Sabemos quando as pessoas assistem só metade de um episódio ou quando gostam tanto que emendam sequências sem parar. Esse é o tipo de informação que a transmissão tradicional não dá às emissoras de TV”, afirma Joris Evers.
AssIstIr, curtIr e cOmpArtIlhAr As redes sociais são, hoje, um dos maiores termômetros de audiência. Um estudo realizado em diversos países pela Ericsson constatou que 62% das pessoas usam sites como o Facebook ao mesmo tempo em que assistem TV. No Japão, a empresa responsável pelas medições da audiência da TV já estuda uma forma de utilizar o Twitter como métrica. E o próprio Ibope, no Brasil, está desenvolvendo uma ferramenta para medir um mesmo conteúdo em diferentes horários e plataformas. Enquanto ela não sai, já há quem analise todos os comentários, curtidas ou compartilhamentos da programação. A Bluefin Labs é uma das empresas que se especializaram nos dados da chamada social TV. “Ajudamos emissoras, anunciantes e agências a se tornarem mais eficientes, usando os sinais que os usuários colocam nas redes sociais”, disse a INFO Tom Thai, vicepresidente de marketing da Bluefin. Criada por dois alunos do MIT Media Lab, a Bluefin tem três escritórios nos Estados Unidos, onde atende grandes grupos de mídia e anunciantes. “Hoje é crucial ter algum serviço de aná-
lise de dados sociais. Sem ele, emissoras e anunciantes ficam com um ponto cego em relação ao consumidor”, diz Thai. A social TV representa uma grande mudança na forma como os espectadores consomem conteúdo. “A audiência está sendo afetada pelos comentários, elogios ou críticas que fazem enquanto assistem TV. Isso não acontecia antes”, diz Vinícius Pereira, do ESPM Media Lab. Imagine se todos os espectadores começassem a conversar dentro de uma sala de cinema, no momento em que assistem o filme. “Se acontecesse, o cinema precisaria repensar sua linguagem”, afirma Pereira. Pois é exatamente isso o que a TV começa a fazer. Se os usuários utilizam várias plataformas simultaneamente, a solução é marcar presença nelas. Uma das formas de fazer isso é com a narrativa transmídia, conteúdo criado para diferentes ambientes que complementa a história principal. Outra forma é facilitar a integração com conteúdos disponíveis em várias plataformas. Desde setembro, o aplicativo Shazam, famoso por identificar músicas, passou a investir em TV. O app, que já tem 250 milhões de usuários, dos quais 10 milhões no Brasil, exibe páginas com conteúdo extra, perfil dos atores nas redes e notícias relacionadas aos programas. “Hoje, 54% dos usuários já abrem o app com conteúdo de TV”, afirma David Jones, vice-presidente
do Shazam. “A maioria quer descobrir o nome da música do comercial ou do programa que está vendo, mas cada vez mais pessoas buscam os extras”. A empresa fez parcerias para aumentar o engajamento. Alguns seriados exibem o símbolo do Shazan, indicando que os espectadores podem ver mais conteúdo. “As emissoras de TV perceberam que as pessoas que interagem com os programas em outras plataformas voltam à sua programação”, afirma Jones. Outros apps seguem pelo mesmo caminho. O Zeebox funciona como um guia de programação baseado no que os amigos assistem ou comentam. Em sua página, as emissoras podem adicionar conteúdo extra ou realizar enquetes sobre a programação. Três grandes grupos (HBO, NBC e Comcast) investiram na startup. O site americano GetGlue, uma espécie de Foursquare dos seriados, fez parceria com vários canais para permitir que usuários façam check-in e mostrem o que assistem. Todas essas experiências podem ser compartilhadas nas redes sociais. Além de grandes salas de bate-papo sobre a programação, cada vez mais elas se tornam as próprias plataformas de visualização. O Facebook já é o segundo maior site de vídeos dos Estados Unidos em usuários únicos, de acordo com a comScore. Só perde para as páginas do Google, dona do YouTube.
As redes sociais são o termômetro da audiência. Pesquisa mostra que 62% dos espectadores em todo o mundo navegam em sites como o Facebook ao assistir TV
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Como será sua TV
Cada vez mais as pessoas usam seus gadgets para interagir Com os programas. aCabou a passividade diante da tela
1_ INVISíVEL Fabricantes trabalham para tornar as grandes telas transparentes e flexíveis. Um software permitirá ao aparelho imitar as cores da parede, fazendo com que a TV pareça invisível quando desligada
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2_INTERATIVA Os aparelhos serão controlados por reconhecimento facial e de voz. Com sensores como o Kinect, da Microsoft, será possível contar as pessoas na sala e cobrar proporcionalmente pelo streaming de vídeo
3_IMAGEM REAL Aparelhos com resolução de 8K, ou 16 vezes a das atuais full HD, farão com que a tela pareça uma janela para o mundo real. Imagens em 3D serão exibidas sem o uso de óculos
4_SEGUNDA TELA Os programas e os anúncios oferecerão algum tipo de interação, por meio de tablets e smartphones. Os espectadores escolherão a plataforma em que desejam assistir e acessar apps, vídeos e conteúdo extra
5_TV SOCIAL Conectados à internet, os televisores serão usados para acessar as redes sociais. A interação com os espectadores será o termômetro da audiência e permitirá saber antes da estreia se um programa terá sucesso
infográfiCo eVAnDrO berTOl
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Em agosto, o canal Fox anunciou que exibiria duas de suas novas séries no Facebook e no Hulu antes que na TV. A estreia da terceira temporada da comédia Raising Hope foi transmitida no Twitter, tornando-se o primeiro episódio completo já exibido no microblog. O Twitter adquiriu a startup Vine, especializada em edição e compartilhamento de vídeos. Para os analistas, isso poderá render novas possibilidades para anúncios e parcerias com emissoras. “A internet é o futuro da televisão”, diz Joris Evers, do Netflix. “Haverá uma redução de canais. Os usuários irão assinar vários serviços e escolher a forma de acessar o conteúdo.” Essa mudança completa do modelo de negócios da TV não está em um futuro muito distante.
Apps pArA A TV
6_COMprAs NA TELA O carro da propaganda interessou? Gostaria de saber em quais salas de cinema o filme anunciado no trailler está passando? As informações serão exibidas na tela e os produtos comprados sem levantar do sofá
“Os consumidores estão em diferentes plataformas. Então precisamos chegar a todas elas”, diz Guillermo Sierra, vice-presidente sênior para América Latina da rede inglesa BBC. “Sites como o YouTube são concorrentes da TV, pois competem pela atenção do espectador”. Para não ficar atrás na nova briga pela audiência, a BBC turbinou seu departamento de tecnologia e, além de produzir séries e documentários, passou a criar aplicativos. Aparelhos com Android e iOS e players multimídia, como a Apple TV, permitem assistir a programação da BBC fora do horário regular da grade. O mesmo conteúdo está disponível para alguns países no site BBC iPlayer. “Havia uma ideia errada de que o streaming canibalizaria a emissora. Notamos que oferecer o conteúdo só atrai mais espectadores”, afirma Sierra. A BBC não está sozinha. As grandes emissoras americanas seguiram o exemplo. HBO, NBC e Fox criaram
apps para várias plataformas, incluindo consoles de games, como o Xbox. A Sony lançou o serviço Crackle, que oferece conteúdo gratuito, mas exibe anúncios, diferentemente do modelo pago, porém sem comerciais, do Netflix. No Brasil, emissoras testam modelos. Band, SBT, Rede TV! e Globo possuem apps para iOS ou TVs conectadas. E experimentam formatos mais interativos. A Band, por exemplo, coloca a íntegra dos episódios do programa Pânico no site. Quem assiste online tem acesso a conteúdo exclusivo, como espiar o camarim das assistentes de palco. Encerrada a transmissão, o programa continua por mais 30 minutos na web. A iniciativa faz parte do processo de reformulação do site da emissora. “Um dos objetivos é ampliar a sinergia do site com a TV”, diz Eliane Leme, diretora executiva do portal. “As equipes do online e da produção dos programas começam a trabalhar juntas. Esse é o modelo do futuro.” A segunda temporada do reality show Mulheres Ricas terá um termômetro da popularidade de cada participante, medida a partir da reação dos espectadores nas redes sociais. “A segunda tela já é uma realidade. Se colocarmos informações pertinentes, teremos a participação e a fidelização do espectador”, diz Milton Turolla Jr., diretor de conteúdo comercial da Band. A Globo também começa a olhar para as redes sociais, ainda que timidamente. A novela Avenida Brasil, exibida entre março e outubro, figurou várias vezes entre os dez tópicos mais comentados do Twitter. “A internet enriquece a experiência de ver televisão, adiciona interatividade e permite a construção de comunidades em torno dos programas”, diz Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação. Dezembro 2012 INFO
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Se Avenida Brasil conquistou as redes sociais, a atual novela das 9, Salve Jorge, caminha no sentido oposto. Quase que diariamente, durante a exibição da novela, internautas têm levado ao topo do ranking do Twitter o tópico #EssaHoraEmAvenidaBrasil, num movimento de desagravo ao formato e à trama repetitiva da novelista Glória Perez. Nova aposta da Globo para os domingos, o programa The Voice Brasil dá um passo além na interatividade. Na competição de cantores iniciantes, os participantes usam tablets para conversar com os espectadores antes e depois de suas apresentações. Ao vivo, o programa acompanha os comentários nas redes sociais e exibe mensagens na tela, enquanto os calouros cantam. A interatividade gera resultados. Durante as transmissões, o site do programa registra 790 mil usuários. Desde a estreia, em setembro, foram cerca de 15 milhões de visitas. Os vídeos do The Voice Brasil tiveram 45 milhões de visualizações. Bom para a emissora, que lucra com a publicidade online. No seu braço de TV por assinatura, a Globo também está em busca de inovações. “Optamos por um modelo gratuito que agrega valor ao pacote de assinatura”, diz Gustavo Ramos, diretor de mídias digitais da Globosat. Assim, quem assina Sky, por exemplo, e tem acesso também ao Premiere FC, pode assistir partidas de futebol no
PC, no tablet ou no celular. O mesmo vale para clientes da Net com acesso ao Telecine Play ou ao Muu, um app que exibe a programação dos canais. À frente de um departamento com mais de 100 pessoas, responsável pela criação dos aplicativos, Ramos afirma que o comportamento do brasileiro ainda é tímido. “O consumidor vê valor, mas ainda não acessa sempre”, afirma. Mesmo que de forma gradual, é inevitável que as emissoras passem a disponibilizar conteúdo de vídeo sob demanda, ou VOD, na sigla em inglês. A possibilidade de organizar a própria grade é uma das maiores mudanças na relação entre o espectador e o canal de TV desde a realização da primeira transmissão, há 80 anos.
Telas FlexíveIs Além disso, o streaming quebra a velha cadeia de distribuição de conteúdo, na qual filmes saíam do cinema para o DVD, chegavam aos canais pagos e, somente depois, à TV aberta. Hoje, todos brigam pelos blockbusters assim que eles saem das telonas. Aí incluídos os fabricantes de aparelhos de TV. “Até bem pouco tempo, nossa maior preocupação era com a qualidade da imagem. Hoje, é com o conteúdo”, afirma Marcelo Natali, gerente de conteúdo de smartTVs da Samsung. “O foco é entregar uma experiência melhor ao usuário. Isso implica investir em
Até pouco tempo, a preocupação dos fabricantes era com a qualidade da imagem. Hoje, é com o conteúdo e a entrega de uma boa experiência de uso
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televisores inteligentes, com muita interação.” A coreana Samsung lançou modelos que reconhecem rostos, realizam buscas, postam mensagens em redes sociais com comandos de voz e exibem vídeos em 3D. Embora os aparelhos ainda exijam o uso de óculos, os fabricantes trabalham para lançar aparelhos que dispensam o acessório. Outra tendência são as telas OLED (sigla em inglês para diodo orgânico emissor de luz), que geram imagens com mais nitidez e brilho que as LEDs porque não precisam de iluminação traseira. “Hoje é inviável construir OLEDs muito grandes, mas a tendência é que todas as telas grandes sejam substituídas por essa tecnologia”, diz Natali. Os fabricantes investem ainda na resolução da imagem. Samsung, Sony e LG já comercializam modelos 4K, com telas quatro vezes mais precisas que as de alta definição (full HD). Panasonic e Sharp foram além e mostraram aparelhos de 8K, cuja resolução é 16 vezes maior que a de uma full HD. Diante deles, a imagem parece o mundo real. “O céu é o limite para a resolução”, diz Marcelo Zuffo, coordenador do Centro Interdisciplinar em Tecnologias
foto Rede Globo/João MiGuel JúnioR
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Interação O programa Pânico, da Band, ganha mais conteúdo na web; a série House of Cards foi criada pelo Netflix com base em análises do comportamento do espectador; The Voice Brasil, da Globo, tem interação pelas redes
Interativas (Citi), da Universidade de São Paulo, que trabalha na pesquisa de equipamentos que estarão em uso nos próximos 10 anos. “Com o aumento do tamanho, as telas devem se tornar flexíveis. Elas se curvarão de forma a criar um ambiente melhor para a visualização e facilitar o transporte”, diz Zuffo. A Samsung já exibiu protótipos de pequenas telas flexíveis e transparentes. A empresa inglesa NDS, adquirida pela Cisco, criou um software que transforma os televisores em centros de controle da casa. “A TV irá ocupar toda a parede e se adaptará à sala”, diz Simon Parnall, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da NDS. Com o software, a TV mimetiza a parede e, assim, passa despercebida quando desligada. Em funcionamento, mostra um programa em um dos cantos da tela, e no outro exibe informações sobre o tempo, as atualizações das redes sociais ou as imagens das câmeras de segurança da casa.
A Microsoft tem planos para o Kinect, seu sensor de movimentos. Nos Estados Unidos, demonstrou ser possível usar o corpo para controlar o enredo de um episódio de TV, pelo menos dentro de um aplicativo. O app do programa Vila Sésamo permite que crianças interajam com os personagens. O Kinect também poderá ser usado para contar as pessoas em uma sala e cobrar proporcionalmente pelo streaming.
Guerra das plataFOrmas O console Xbox 360 é hoje o aparelho mais usado para assistir streaming em televisores nos Estados Unidos, segundo a Forrester. Nele, os usuários acessam todo tipo de apps, do Netflix ao YouTube. “As pessoas já usam os consoles como centro de mídia”, diz Guilherme Camargo, gerente geral da Xbox no Brasil. Com 70 milhões de unidades vendidas, o console da Microsoft está à frente do Google TV,
com menos de 1 milhão de usuários, e da Apple TV, com 5 milhões. As gigantes da internet e dos smartphones estão longe de liderar o mercado de TV. Para facilitar a entrada de novos competidores, a SmartTV Alliance, organização fundada por LG, Toshiba e TP Vision, quer padronizar a ling uagem de desenvolv imento de aplicativos. Assim, espera rechear os aparelhos com conteúdo, que é o que realmente interessa aos consumidores. “Os fabricantes irão se tornar editores”, diz Albert Mombarg, diretor da SmartTV Alliance. Mais do que isso, os canais agora são desenvolvedores e quem apenas distribuía vídeos passou a produzi-los. “Ao mesmo tempo em que a TV se torna mais onipresente, ela desaparece como meio específico e ganha a cara de um objeto híbrido”, afirma Vinícius Pereira, do ESPM Media Lab. “Será como um grande sofá virtual, com cada um assistindo o que quer no seu canto, mas comentando o que vê com todos”. A televisão como conhecemos hoje dará lugar a uma TV interativa e sem grade fixa de programação, em que tablets e smartphones complementam os programas com extras atraentes. Sai o controle remoto e entram o sensor de movimento e o reconhecimento de voz. O engajamento de fãs na web valerá mais do que a audiência e as telas darão lugar a uma finíssima película na parede. Tecnologia para tudo isso já existe. ↙ leIa maIs em INFO.abrIl.cOm.br/extras
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contra a parede O crash test tradicional (acima)
ganha em precisão na versão digital. Na página ao lado, uma simulação da Lexus, divisão de luxo da montadora Toyota, mostra como funciona o Total Human Model for Safety, sistema que analisa o impacto de uma colisão em 2 milhões de pontos do corpo humano
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Lorem vamso PsUm
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Selecione Texto legenda amso amos aindaMssit augiam, quatuerat atumsandre doloreril
Crash test mais segUro e b a r at o Supercomputadores simulam acidentes e mostram como uma colisão afetará a estrutura de carros que ainda serão fabricados. Entenda como os dummies virtuais estão substituindo os bonecos reais para proteger a sua vida / Por Thiago Tanji Dezembro 2012 INFO
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Criado há mais de seis déCadas e r espo nsável p o r s a lv a r inúmeras vidas, o Crash test dummy anda meio esquecido,
quase deixado de lado. Se antes o manequim amarelo era a figura central nos testes de segurança dos protótipos das grandes montadoras e “pilotava” previamente todos os lançamentos da indústria, hoje seu papel não é tão revelante. O boneco virou um mero dublê para as novas estrelas do crash test, os dummies virtuais que dirigem carros e batem em paredes que só existem nas simulações dos supercomputadores. O boneco amarelo ainda não morreu. Continua a servir como garantia confiável nos testes de segurança, mas seu uso pela indústria é cada vez menor. As vantagens das simulações digitais vão do corte drástico nos custos das avaliações até a maior rapidez no desenvolvimento de novos modelos, passando, é claro, pelo aumento da segurança. “Trabalhei na engenharia experimental de segurança da Volkswagen
no final dos anos 1970. Naquela época, a probabilidade de alguém sair vivo de um impacto em uma rodovia era quase nula. Hoje é bem diferente”, disse a INFO Lothar Werninghaus, consultor técnico da Audi, relembrando uma época em que a preocupação com a resistência do carro era maior do que os cuidados com a integridade dos passageiros. Parece um paradoxo. Afinal, o aumento da resistência do carro tinha a função de proteger seus ocupantes. Mas não funcionava assim. É por isso que a tendência atual é personalizar os testes, para garantir de fato a integridade de todos os tipos físicos de motoristas. Enquanto o crash test tradicional destrói o carro contra uma parede para monitorar os estragos causados em um motorista com determinada compleição física, a simulação por computador descobre as consequências do impacto em uma infinidade
de cenários. “Existem dummies virtuais que seguem diversos padrões humanos, com diferentes massas e dimensões” diz Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat. “Também simulamos partes do corpo analisadas em provas específicas, como o tronco e a cabeça.” Atualmente, o boneco mais utilizado em choques frontais tradicionais é o Hybrid III, cujo preço gira em torno de 50 mil euros. Suas características são as de um homem adulto com estatura mediana e ele tem 120 sensores capazes de avaliar as áreas do corpo mais afetadas durante a batida. Isso pode parecer muito, no entanto o projeto Total Human Model for Safety, da Toyota, simula, por meio de software, um corpo humano com 2 milhões de pontos de informação, fornecendo dados que verificam a gravidade do choque em tecidos, ossos, articulações e órgãos vitais, como coração, pu l mão, f íg ado e r i ns. A Ford, por sua vez, trabalha no primeiro dummy virtual de uma criança. Baseando-se em dados obtidos por meio de tomografias e ressonâncias magnéticas, a montadora americana tem como meta recriar detalhadamente toda a estrutura de ossos e tecidos infantis, incluindo a região cerebral, a fim de entender como a segurança dos assentos traseiros pode ser reforçada. Até a técnica motion capture, utilizada pelas produtoras de videogame e por empresas de efeitos especiais para filmes, vem sendo usada para aprimorar os crash tests virtuais. No cinema, a captura dos movimentos é feita por meio de uma série de sensores colocados no corpo dos atores, que depois terão seus gestos e expressões gravados e convertidos em dados. Assim, no Instituto de Pesquisa de Transporte da Universidade de
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Michigan, nos Estados Unidos, o que o grupo de biociências fez, foi aproveitar esse método para escanear o corpo de pessoas reais dentro de carros e abastecer um banco de dados capaz de analisar o resultado do impacto no corpo de um idoso, de um obeso ou de uma mulher de estatura pequena, por exemplo. A análise da estrutura corporal dos motoristas e passageiros é bastante detalhada, feita por um scanner a laser que registra mais de 500 mil pontos. Isso permite aos técnicos saber exatamente a posição da coluna vertebral de um idoso ou a altura dos olhos de uma criança de três anos durante uma colisão.
Velozes e cuidadosos Veja os carros médios que melhor protegem o motorista, as crianças e até a pessoa atropelada
Volvo V40, modelo campeão de segurança, segundo a Euro NCAP
Melhor proteção para o motorista
98%
97%
96%
96%
95%
VolVo V40
VW Golf
CheVrolet Cruze
hyundai Veloster
audi a3
réplica no pc Antes de machucar o dummy virtual, no entanto, existem várias etapas. A primeira é desenhar uma réplica perfeita do carro a ser testado no computador. Para isso é necessário desenvolver modelos em três dimensões de todas as peças. “Carroceria, chassis, motor e câmbio são modelados em 3D com base em seus projetos CAD, levando em conta as formas, a espessura e os materiais”, afirma Ricardo Dilser, da Fiat. “A seguir, as peças são todas encaixadas, formando um carro virtual com todas as características de um automóvel real.” Para isso, a equipe de desenvolvimento deve calcular com exatidão o volume e a espessura dos componentes, recriando cada milímetro do automóvel. “A simulação virtual consegue localizar e solucionar previamente possíveis erros de engenharia, sem que haja tempo perdido com a construção de protótipos”, afirma Alessandro Rubio, técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária do Brasil, instituição dedicada a pesquisas de reparação automotiva, com sede em São Paulo. Após a montagem da versão f i-
Melhor proteção para as crianças
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87%
86%
84%
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hyundai i30
audi a3
VW Jetta
bMW série 3
CheVrolet Cruze
atropelamento com menos danos
88%
78%
74%
72%
72%
VolVo V40
bMW série 3
audi a3
ford foCus
subaru iMpreza
Levantamento realizado pela Euro NCAP (euroncap.com), instituição de segurança automotiva independente mantida pela União Europeia. Todos os carros pertencem à categoria chamada Small Family Car. As porcentagens mostram as pontuações dos modelos alcançadas em cada bateria dos testes de segurança.
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carro virtual
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Equipe da PSA Peugeot Citröen modela cada peça do carro em sistemas de CAD para que o crash test seja reproduzido de maneira fiel. No detalhe, dummy virtual da Toyota é protegido por airbag
nal do automóvel virtual, é hora de verificar se a teoria consegue ser aplicada na prática, usando programas de computador que analisam os choques resultantes das colisões. A opção mais usada pela indústria é o pacote Madymo, nome que resulta da abreviação do termo mathematical dynamic models. Criado pela empresa holandesa Tass, o programa também é utilizado por engenheiros na construção de helicópteros, motocicletas e trens. Na indústria automotiva, o Madymo simula os mínimos detalhes de cada peça de um carro. Vai do desgaste dos pneus até a resistência da barra de direção ou da suspensão. Nas montadoras, a equipe responsável testa virtualmente os mesmos parâmetros exigidos no crash test real, que variam conforme as leis de cada país. No Brasil, dois valores são aceitos: o americano, que exige uma batida frontal a 48 quilômetros por hora contra uma barreira indeformável,
e o europeu, que exige uma colisão de 40% da dianteira do veículo contra um obstáculo deformável feito de alumínio, a 56 quilômetros por hora. “Checamos a consistência dos parâmetros simulados e, com o resultado em mãos, verificamos quais são os pontos fracos do modelo”, afirma Renato Maracini, gerente de simulação numérica e crash test da PSA Peugeot Citröen. “São levados em conta todos os riscos nesses experimentos, para que a única certeza, durante o teste físico, seja a de que o carro é sólido.” Para validar os testes, as montadoras precisam ainda passar por uma série de provas de segurança que incluem a checagem de vazamentos de combustível e o nível de preservação da chamada cé-
lula de sobrevivência, a estrutura onde ficam os ocupantes do veículo. Também é analisada a resistência dos cintos de segurança e dos bancos e é feita uma verificação das portas em casos de capotamento ou de deformação da carroceria.
POPULARES mAIS SEgUROS Com a redução do número de carros batidos contra paredes, as montadoras ganham tempo e economizam. Assim, é possível criar carros que seguem um padrão de qualidade global em prazos mais curtos. Para o consumidor, a vantagem é encontrar carros populares com itens de segurança antes restritos aos modelos mais caros. Renato Maracini, da PSA Peugeot Citröen, afirma que, na prática, a montadora conseguiu
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diminuir custos e dinamizar o tempo de desenvolvimento de seus veículos. “Antes, eram feitos, em média, 11 crash tests físicos para realizar o ajuste dos air bags. Hoje, não passam de cinco.” Como as montadoras instaladas no Brasil não possuem um laboratório completo destinado à realização desses testes, na maioria dos casos também era necessário enviar amostras dos novos modelos para as sedes das empresas, na Europa, nos Estados Unidos ou na Ásia. O transporte de veículos entre os continentes elevava ainda mais os custos operacionais dos lançamentos. Apesar de não revelar o valor exato, Maracini afirma que uma avaliação desse tipo pode custar até 500 mil reais por carro. Com o crash test virtual, esse valor cai dez vezes. “Como não são necessárias peças físicas e nem mesmo instalações para a realização das provas virtuais, há também uma economia em recursos para a construção de protótipos”, afirma Dilser, da Fiat. O governo brasileiro aumentou as exigências de segurança para os carros nacionais. Antes, a norma determinava que os crash tests deveriam calcular apenas a absorção de impacto no veículo. Com a nova resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), todos os modelos são obrigados a passar por testes biomecânicos, capazes de avaliar os danos aos ocupantes do automóvel. Além disso, até 2014, todos os carros vendidos no país deverão ter airbag duplo e freios com sistema antitravamento do tipo ABS como itens de série. A adoção de outros dispositivos de segurança será incentivada, com descontos nos tributos pagos pelas montadoras. Virtuais ou não, os dummies terão de bater em muitas paredes para atender as exigências. E, assim, oferecer mais segurança aos ocupantes dos carros.
foursquare dos carros Rede social do trânsito, em teste nos EUA, permite que automóveis troquem dados evitando derrapagens e batidas
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tela que salva Os carros equipados com o protótipo do sistema Car-to-X informam as condições da pista
Desde agosto último, carros, caminhões e semáforos de Ann Arbor, cidade de 113 mil habitantes localizada no estado americano de Michigan, passaram a usar uma espécie de rede social do trânsito. Desenvolvido com participação da Audi, da Mercedes Benz, da BMW, da Volkswagen e da Ford, o projeto Car-to-X, que também é testado em algumas centenas de carros em Frankfurt, tem o objetivo de evitar acidentes ao compartilhar dados sobre situações de risco em tempo real. Equipados com sensores especiais, os 3 mil carros que testam a tecnologia trocam informes como localização, velocidade e alertas sobre as condições da pista. Tudo sem interferência do motorista. Caso esteja próximo de um cruzamento sem sinalização, por exemplo, o automóvel indicará ao motorista se há outro veículo por perto, comunicando a sua posição, a aceleração e o possível risco de uma colisão. Os testes devem se encerrar no ano que vem, quando o órgão responsável pela segurança do trânsito de Michigan vai analisar os resultados e decidir se o sistema já pode ser utilizado em larga escala ou se ainda é preciso fazer reparos.
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PreParadO Para O FIm dO muNdO?
SelecionamoS 12 DicaS para encarar o apocalipSe Sem paSSar aperto. e Se naDa acontecer no Dia 21, você terá aprenDiDo truqueS úteiS para SituaçõeS De emergência
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/ Por Juliano Barreto ilustrações evandro Bertol
az mais ou menos 3 mil anos que os maias avisaram. O mundo vai acabar no dia 21 de dezembro de 2012. Mas nossa mania de deixar tudo para a última hora é muito mais forte e antiga. Nem adiantou o profeta pop Nostradamus nos lembrar, há uns quatro séculos, que a hora estava chegando. Quando esta edição da INFO estiver em suas mãos, faltarão poucos dias para que o Sol se alinhe aos planetas da Via Láctea, encerrando um ciclo que começou há aproximadamente 26 mil anos. Já está ficando apavorado com essa história de fim do mundo? Pois saiba que ainda é possível agir. Muita gente começou a se preparar para o pior há anos. São os preppers, grupo que ganhou revista e até um reality show nos Estados Unidos. A essa altura, eles estão mais do que prontos para diferentes cenários de devastação e publicam suas técnicas de salvamento em blogs, fóruns e apps. Turma de malucos? Pode ser, mas uma coisa é certa: as dicas são bem úteis para situações de emergência, como as que envolvem tempestades eletromagnéticas e tsunamis. E , OK, também para ondas de zumbis. Separamos aqui 12 dicas úteis dos preppers. Afinal, mesmo que a ciência não dê a menor bola para essas previsões catastrofistas, não custa se prevenir.
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legeNda dO maNual
Escolha sEu armagEdom
Qual a chancE dE usar isso?
Os ícones abaixo mostram em que situação as dicas podem ser úteis
Blecaute tOtal
Desastres naturais
De repente, no acampamento ou na praia
Útil para situações específicas
Em último caso, durante uma emergência
tempestaDe eletrOmagnética
epiDemia zumBi
Quase nunca. Só de brincadeira
Finja-se de zumbi No filme Zumbilândia, Bill Murray convive pacificamente com os zumbis, usando uma maquiagem para fingir que também é um morto-vivo. Abra o link do QR Code acima para aprender a fazer esse disfarce.
mONItOre Os desastres PelO twItter As contas do Twitter das agências especializadas em desastres naturais fornecem informações prévias sobre a possibilidade de terremotos, tsunamis e outros momentos de fúria da natureza. Para ficar ligado, siga: @AsteroidWatch, @DisasterAlerts, @Info4Alerts, @NASAHurricane, @NewEarthquake, @Quakeprediction e @Tsunami_Alarm.
PrOduza a PróPrIa eNergIa Se algo der muito errado com a rede elétrica e as cidades ficarem por dias sem energia, é possível encontrar várias saídas para manter os eletrônicos funcionando. A mais barata é comprar um carregador com dínamo, que pode ser encontrado por cerca de 30 reais em sites como o Mercado Livre Com uma saída USB, o aparelho gera energia a partir do movimento de uma espécie de manivela e é capaz de abastecer o celular para alguns minutos de uso. Se a ideia é prover energia para toda a casa, o jeito é comprar um gerador. Há modelos domésticos que podem quebrar o galho sem ocupar muito espaço. O Honda EU20i, por exemplo, que custa 3 841 reais, funciona com gasolina comum e tem medidas enxutas (29 x 42 x 51 cm). Ele gera energia suficiente para ligar lâmpadas e aparelhos eletrônicos. Outra opção é investir em um painel fotovoltaico e transformar a luz solar em energia. Kits para uso doméstico com todos os acessórios custam cerca de 1 250 reais. Um exemplo é o conjunto da empresa NeoSolar (neosolar.com.br).
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Faça Fogo sem isqueiro ou FósForo esfregar um graveto no outro? Pode ser uma opção, mas descobrimos outra maneira – bem mais fácil e moderna – de fazer fogo. ela consiste em friccionar os contatos de uma bateria de 9 volts com uma palha de aço. Confira como fazer no QR Code abaixo.
purIFIque a água Com ou sem apocalipse, é importante ter certeza da pureza da água usada para beber ou lavar alimentos. No primeiro caso, uma solução prática e portátil é o LifeStraw (30 dólares, em lifestraw.com.au). Trata-se de uma espécie de canudo que absorve a água por um lado, filtra as impurezas e libera o líquido potável do outro, sem precisar de bateria ou de qualquer tipo de refil. Para filtrar alguns litros a mais de água é possível usar pastilhas purificadoras à base de cloro, que são encontradas em lojas de produtos para trilhas e acampamentos. Outra boa opção é usar o método Sodis (solar water disinfection), indicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Basta encher dois terços de uma garrafa PeT e deixála em cima de um telhado, coberta por plástico preto, por um período que deve variar entre 6 horas e dois dias inteiros, dependendo da condição em que se encontra a água.
CrIe uma Cápsula dO tempO As horas que antecedem uma catástrofe são o momento ideal para deixar um recado para as próximas gerações. Mais ou menos como fez o pai do Super-Homem. Só que em vez de mandar um bebê para o espaço, o recomendado é usar um recipiente resistente, como uma caixa de ferramentas, lotado de itens que representem uma época. Vale colocar fotos, páginas de jornal, entre outros objetos. Coloque cada peça em um saco plástico com bom fechamento e enterre a cápsula. Registre o tesouro arqueológico na International Time Capsule Society (sim, ela existe!), no endereço abr.io/capsula-tempo.
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separe Os remédIOs certOs
Veja, ao lado, uma lista com os medicamentos essenciais para situações de extrema dificuldade, baseada em posts do Survivalist Blog (thesurvivalistblog.net).
Proteja os gadgets da ira solar Uma erupção solar muito forte pode ter efeitos devastadores nos aparelhos eletrônicos. Dependendo da intensidade, uma tempestade eletromagnética poderia fritar tudo que usa chip e energia elétrica de uma só vez. Então, proteja os eletrônicos. Como? De acordo com os preppers, basta envolver uma caixa de papelão com uma tela de fios de cobre e colocar os gadgets dentro. A técnica da gaiola, criada pelo físico inglês Michael Faraday no século 19, faz com que a carga externa seja distribuída por um material condutor e os objetos do interior fiquem ilesos.
BicarBonato De sóDio
compressa De gaze
óleo De fígaDo De Bacalhau
Vinagre De maçã
Alivia problemas estomacais
Tem vitaminas A e D e Omega 3, que ajudam na alimentação
Para cobrir ferimentos. Quanto maior, melhor
Alivia dores causadas por artrites, indigestão e candidíase
ignatia amara
Medicamento homeopático contra insônia e depressão
uísque
Limpa ferimentos e serve como anestésico para dor de dente
ioDato De potássio
Ajuda a evitar contaminação por radiação
Vitamina c
Ajuda a reforçar o sistema imunológico
FIque amIgO de OutrOs sObrevIveNtes Os preppers são meio egoístas e pensam mais em armas do que em amigos, mas pode valer a pena conhecer o pessoal dessa comunidade e compartilhar informações sobre proteção e preparação contra tragédias. Nos Estados Unidos, além de várias comunidades e blogs, existe a revista Survivalist (survivalist.com), com versões para iPad e Kindle. Há também uma rede social para quem acha que vai sobreviver ao fim do mundo, a AliveAfter.com. No Brasil, ainda há poucos seguidores da filosofia prepper, mas é possível conhecer alguns entusiastas na página dos Preparadores no Facebook (abr.io/preparadores).
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CaprIChe Nas COmpras Boa parte dos cenários apocalípticos envolve ficar trancado em algum lugar seguro. Por isso, abastecer a dispensa é uma das coisas mais importantes para os preppers. Existem alguns aplicativos que podem ajudar nas compras, indicando itens, quantidades e dicas de conservação. Para Android, há o Doomsday 2012 Survival Guide, que custa 2,03 reais, e pode ser encontrado no link abr.io/doomsday. Para iOS, uma boa opção é o Prepper Me, que custa 0,99 dólar, e pode ser baixado pelo link abr.io/prepper.
prepare-se para jogar sozinho Assumindo que a dica de criar suas próprias fontes de energia deu certo e que o mundo está infestado de zumbis ou contaminado por radiação nuclear, imagine que um bom game pode ajudar na espera de dias melhores. Escolha jogos que não têm uma fase final, não dependem da internet nem precisem de outras pessoas para jogar. Parece chato? Não é, acredite. Experimente os jogos de corrida infinita, em que personagens superam obstáculos enquanto avançam. Alguns bons exemplos: Jetpack Joyride e Agent Dash. Grátis, eles têm versão para iOS e Android. Há ainda o Doodle Jump, que custa 0,99 dólar na versão para iPhone e 2,03 reais na versão para Android. Um baralho também pode ajudar.
TesTe sua preparaçãO O canal pago National Geographic exibe, nos Estados Unidos, o reality show Doomsday Preppers e tem um site com vídeos e dicas sobre o assunto. Entre textos, entrevistas e episódios do programa, você vai encontrar um teste prático para descobrir seu nível de preparação para o fim do mundo e pode receber dicas para melhorá-lo. O questionário, em inglês, está no endereço abr.io/doomsday-teste.
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969826-INFOGLOBO COMUNICACAO E PARTICIPACOES S.A.-1_1-1969826-INFOGLOBO COMUNICACAO E PARTICIPACOES S.A.-1_1-1.indd 79
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Uma lista de sonhos O infOlab testou 18 lançamentos que vão surpreender. não perca a tv de 84 polegadas, o tablet surface, notebooks, câmeras e a bike elétrica aí ao lado
Tablets / 82 Ultrabook / 85 Notebooks / 86 Dock / 88 Desktop / 90 Monitor / 91 Câmeras / 92 TVs / 94 Fone de Ouvido / 96 Home Theater / 98 Radar / 104 / fotos Rafael evangelista Dezembro 2012 INFO
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Tablet com pinta de laptop
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O Microsoft Surface surpreende, mas enfrenta as limitações do sistema Windows 8 RT / Por airton lopes
Surface / MiCrosofT
0,9 cm 17,2 cm
27,5 cm
Quando revelou protótipos do Surface, a Microsoft parecia prestes a revolucionar o conceito de tablet definido pelo iPad. Como? Um dispositivo tão bom para navegar na web, ver vídeos, jogar e ler revistas quanto para trabalhar fora do escritório seria como um ultrabook com Windows 8. Lançado nos Estados Unidos em outubro e sem previsão de chegada oficial ao Brasil, o Surface surpreende, mas não cumpre todas as expectativas. o tablet tem tela de 10,6 polegadas e corpo feito com liga de magnésio. Ele é leve, tem acabamento primoroso, suporte para mantê-lo em pé e capas magnéticas que o protegem e funcionam como teclado. A mais simples, a Touch Cover, possui 0,3 centímetro de espessura e teclas e touchpad “desenhados” em sua superfície. Nos testes do INFolab, a digitação no teclado rígido causou um estranhamento inicial. Mas não é difícil se adaptar. Com tais atributos, trabalhar no office pré-instalado se torna um dos maiores atrativos do Surface. Manusear o tablet apenas pela touchscreen também é muito agradável. Só que, apesar da boa configuração, o tablet sofre travamentos ocasionais e a abertura de aplicativos não é instantânea. No entanto, a maior frustração causada pelo Surface é a limitação para instalação de aplicativos imposta pelo Windows 8 rT. Nesta versão do sistema, os milhões de programas feitos para PCs não rodam. Ele só aceita aplicativos adaptados disponíveis na Windows Store, cujo acervo é muito menor que os das lojas da Apple e do Google. ou seja, a busca pelo híbrido que substitui tablet e ultrabook sem traumas continua. Tela de 10,6” / Tegra 3 Cortex A9 1,3 GHz quad core / 32 GB + microsD / UsB / 688 g (898 g com a capa) / Windows 8 rT / 7h04min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,7 / custo/benefício: 7,0
/ R$ 1 999 + 300 (touch cover)(2)
Basta encaixar a Touch Cover para usar o teclado
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EdIção dE IMAGEM artnet digital ILUSTrAçÕES evandro bertol E denis freitas (1) duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço praticado no Mercado Livre. Não há previsão de preço e lançamento oficial do Surface no Brasil.
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SURFACE PRO /
A solução para quem sonha com a praticidade do tablet e a produtividade do laptop em um único aparelho poderá ser encontrada no Surface Pro. Equipado com chip Intel Core i5, ele conseguirá rodar aplicativos de Windows feitos para PC, terá 4 GB de RAM, tela full HD de 10,6 polegadas e porta USB 3.0. Só não se sabe ainda quando chega às lojas e qual será o preço.
As câmeras, localizadas na frente e na traseira, têm apenas 1,3 MP
A porta USB 2.0 funciona como em um PC. Nos testes reconheceu HD, pen drive, teclado e mouse e carregou a bateria de gadgets. Mas a instalação de multifuncionais falhou
Como é possível criar múltiplos usuários, várias pessoas podem dividir o tablet sem que uma tenha acesso aos arquivos ou altere as preferências de configuração da outra Além de não rodar aplicativos feitos para PC, o Windows 8 RT ocupa muito espaço. No Surface de 32 GB, quase metade da memória é consumida pelo sistema
Imperceptível quando fechado, o suporte mantém o tablet em pé no modo paisagem, para exibir vídeos ou digitar com a Touch Cover. Só não é possível ajustar a inclinação
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a FamílIa / Com o ipad de quarta geração, o modelo conhecido como novo ipad morreu. O ipad 2 segue como opção de tablet com tela grande e preço atraente (a partir de 1 299 reais). O ipad mini é mais barato, mas não sabemos quanto, porque ele ainda não é vendido no Brasil. O mini e o ipad de quarta geração só devem chegar oficialmente ao país em dezembro.
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Fôlego renovado
A quarta geração do iPad faz frente à concorrência. Tem processador mais veloz e bateria que aguenta 11 horas rodando vídeos em alta definição / Por airton lopes 0,9 cm 24,1 cm
18,5 cm
iPad (4ª geração) / Apple os sete meses que separam a geração anterior do iPad desta nova versão não foram suficientes para que a Apple trouxesse surpresas, mas isso não quer dizer que o update não seja bemvindo. o desenho do tablet não sofreu alterações. Tem como única diferença o novo formato do conector, menor e mais prático, mas incompatível com acessórios produzidos para o tradicional formato de 30 pinos. A performance deste novo iPad, por outro lado, melhorou muito. Com processador mais veloz e câmera frontal capaz de captar vídeo em 720p, o iPad com 32 GB e sem 4G mostrou nos testes do INFolab que sua principal qualidade é o ganho de autonomia. Ele suportou quase 11 horas rodando vídeo, recorde absoluto entre os tablets avaliados pelo INFolab. A excelente tela retina Display e a boa integração entre o hardware e o sistema ioS 6, além de um ecossistema de aplicativos superior, reforçam o posto do iPad como melhor tablet do mercado. Tela de 9,7” / A6X 1,4 GHz dual core / 32 GB / 660 g / iOS 6 / 10h59min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 9,2 custo/benefício: 7,6
/ R$ 1 749(2)
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(1) Duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço estimado. o iPad (4ª geração) deve ser lançado no país em dezembro
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executivo descolado Com acabamento em fibra de carbono, o ThinkPad X1 Carbon tem visual sofisticado sem deixar o desempenho de lado / Por airton lopes muitos estilos
A variedade de ultrabooks nas lojas facilita a escolha de modelos que combinam com cada estilo
O teclado selado impede danos causados por derramamento de líquidos
MacBook Air fininho de design
HP Envy 14 bateria de fôlego
2,3 cm
ThinkPad X1 Carbon / LenOvO
22,3 cm
32,9 cm
Sony SVT1311FBS para diversão
Quem disse que não existe elegância fora do planeta Apple? o X1 Carbon, da tradicional família ThinkPad, alia leveza, conforto e visual sofisticado ao seu corpo de fibra de carbono. Com apenas 1,4 quilo, a máquina oferece bom desempenho na hora do trabalho em frente à tela fosca de 14 polegadas com resolução de 1 600 por 900 pixels. o teclado do modelo honra os antigos portáteis da IBM. Escrever em suas teclas largas, levemente côncavas e com iluminação é muito agradável. Amplo e esperto para reconhecer gestos, o touchpad também é acima da média. A configuração e o desempenho do X1 Carbon estão próximos dos observados nos ultrabooks de última geração que passaram pelo INFolab. Algumas limitações também se repetem, como o pouco espaço livre para arquivos. o maior problema do X1 é a pouca variedade de conexões, com só duas portas USB (uma 3.0 e uma 2.0) e nada de HDMI ou D-Sub. A única saída de vídeo é por MiniDisplayPort. Tela de 14” / Intel Core i5-3427U 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Professional / 1h24min de bateria(1) AVAliAção TécnicA: 8,3 / cuSTo/BEnEFício: 6,8 / R$ 7 089
(1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes.
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Jogo sério
Com telas de 17 polegadas e placas de vídeo poderosas, os notebooks para gamers podem rodar qualquer jogo / Por Cauã Taborda
O revestimento fosco da tela full HD evita que reflexos atrapalhem o jogo
5,7 cm
GT70 / MSI
28,5 cm
43 cm
A performance arrasadora nos testes do INFolab mostrou que o notebook da MSI está pronto para rodar os games mais pesados do mercado com o máximo de qualidade gráfica. Além de processador de última geração e 16 GB de memória, o GT70 tem uma placa de vídeo GeForce GTX 675M. Com esse conjunto, o modelo quebrou todos os recordes da categoria nas ferramentas de medição de desempenho para games, como o teste 3DMark 11, em que cravou 3 571 pontos. outra vantagem deste grandalhão de 3,8 quilos é o número de conexões. São três portas USB 3.0, duas USB 2.0 e saídas de vídeo HDMI e D-Sub. Com o leitor de Blu-ray é possível assistir filmes na tela full HD, de 17,3 polegadas, com som de ótima qualidade produzido por dois alto-falantes e um subwoofer. Seguindo a linha extravagante das máquinas para gamers, um software gerencia a iluminação colorida do teclado e determina o comportamento dos LEDs. o GT70 só peca na ergonomia. Por ter uma carcaça muito alta, o uso prolongado do notebook torna-se desconfortável. Tela de 17,3” / Intel Core i7-3610QM 2,3 GHz (Ivy Bridge) / 16 GB / HD de 750 GB / Nvidia GTX 675M 2 GB / Leitor de Blu-ray / 3,8 kg / Windows 7 Home Premium / 1h13min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,7 / custo/benefício: 6,6 / R$ 7 999
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(1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes
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aNO agItadO / O fã de games que tem um notebook poderoso não vai poder reclamar dos lançamentos previstos para o ano
que vem. Além do esperado GTA V, estão previstos títulos para todos os gostos. Na categoria dos jogos de tiro, os destaques são Crysis 3, Far Cry 3 e The Walking Dead: Survival. Quem prefere um bom roteiro, terá The Elder Scrolls Online.
DO SEU JEITO
O jogador define funções para as teclas do touchpad OLED e salva os ajustes na nuvem
Das três portas USB, só uma é 3.0. Devido ao pouco espaço no SSD, ela será muito usada com HDs externos
2,2 cm
Blade / RAzER
27,7 cm
42 cm
Com a espessura de um ultrabook e as configurações de um desktop parrudo, o Blade tenta unir o melhor desses dois mundos. Em preto fosco, ele mantém o visual típico da categoria, mas tem uma carcaça compacta de apenas 2,2 centímetros. Um efeito colateral da magreza é a menor eficiência para dispersar o calor. Nos testes, a temperatura chegou a 39 graus em um ponto do notebook. Outro problema é a ausência de um drive óptico. Mas isso não quer dizer que falte espaço ou conforto para jogar. O espaçoso teclado tem iluminação verde e é equipado com um painel OLED sensível ao toque que funciona como uma pequena tela que assume características específicas em games como Battlefield 3 e Star Wars: The Old Republic. Equipado com uma placa de vídeo GeForce GT 555M, o Blade encara os games de última geração, mas não foi capaz de rodar o Crysis em modo extremo. Nos testes com a ferramenta 3DMark 11, atingiu 1 564 pontos. Tela de 17,3” / Intel Core i7-2640M 2,8 GHz (Sandy Bridge) / 8 GB / SSD de 256 GB / Nvidia GT 555M 2 GB / 2,9 kg / Windows 7 Home Premium / 1h10min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,5 / custo/benefício: 6,2 / R$ 9 999
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SÓ FORÇA A porta USB do cubo serve para carregar as baterias do iPhone ou de smartphones Android
22,9 cm 22,9 cm
22,9 cm
Música ao cubo
Com o jeitão de amplificador portátil, a dock da TDK toca o som dos arquivos MP3 por Bluetooth / Por airton lopes
Wireless Sound Cube V513 / TDK Para fazer a música chegar a todos os cantos do ambiente, a dock em forma de cubo da TDK atira para todos os lados. o som produzido pelo seu amplificador de 2.1 canais é distribuído por falantes localizados em três faces do cubo e nas quatro quinas superiores. o poder do áudio produzido pela Wireless Sound Cube nos testes do INFolab surpreendeu principalmente pela força, a despeito da modesta potência nominal de 27 watts rMS. Não é preciso avançar acima de 75% da escala de volume para obter uma massa sonora imponente, com peso nos graves e sem distorção. A conexão de smartphones, tablets, MP3 players e laptops é feita por Bluetooth ou por cabo P2, o que torna a Wireless Sound Cube uma caixa de som universal. Apesar da alça no topo, o modelo não é um equipamento portátil para animar festas em locais abertos, pois não funciona com bateria. outros recursos que fazem falta são o rádio FM e um display para facilitar os ajustes de graves e agudos. o controle remoto serve apenas para alterar o volume e a fonte de áudio. Potência de 27 W / Entradas: P2, USB / Bluetooth / 4,4 kg AvAliAÇãO técnicA: 7,6 / cuStO/beneFíciO: 6,7 / R$ 1 099
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FEITO PARA OS DEDOS /
Concebido para tablets e PCs, o Windows 8 é bem mais atraente em telas sensíveis ao toque e laptops com touchpad grande. Operações simples, como deslizar o dedo para trocar de tela ou ativar um menu, acabam sendo trabalhosas em um desktop que depende do mouse. É preciso recorrer a barras de rolagem ou caçar com o cursor o ponto certo na lateral.
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Férias para o mouse
O desktop HP Envy 23 tem tela grande com tecnologia de tablet para explorar os novos recursos do Windows 8 com os dedos / POr airton lopes
45,7 cm
FILME NO PC O leitor e gravador de Blu-ray é uma opção para aproveitar a qualidade da tela full HD
5,2 cm
58 cm
ESPAÇOSO O HD de 2 TB vem com 1,75 TB livre, o suficiente para baixar 448 filmes em 1 080p
21,3 cm
TouchSmart Envy 23 / HP Os desktops do tipo “tudo em um” com tela sensível ao toque sempre fizeram mais sentido pela estética do que pela possibilidade de comandar a máquina tocando o display. Com a chegada do Windows 8 e um LCD de altíssima qualidade, o Envy 23 mostra que esse cenário pode mudar. Sua tela exibe imagens com cores excelentes e é do tipo capacitiva. Isto é, reconhece os toques com a mesma eficiência e precisão dos visores dos tablets. Explorar o Windows 8 e os seus aplicativos nativos deslizando os dedos e executando movimentos sobre a tela é uma tarefa fácil para quem quiser substituir o mouse em atividades simples. A configuração reforçada da máquina ajuda a criar uma boa experiência de uso. Nos testes, o desempenho do Envy 23 na execução das tarefas cotidianas foi notável. A placa de vídeo dedicada ajuda na diversão com jogos, mas não impressiona gamers exigentes. Tela de 23” touchscreen / Intel Core i5-3330S 2,7 GHz (Ivy Bridge) / 6 GB / HD de 2 TB / AMD Radeon HD 7650A 2 GB / Gravador de Blu-ray / Wi-Fi / Windows 8 Single Language AvALIAÇãO téCNICA: 8,6 CuStO/bENEFíCIO: 7,1
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BOTÕES TOUCH Os ajustes do monitor são feitos na haste, por controles na superfície sensível ao toque
USB MAIS PERTO Para facilitar a conexão de gadgets no PC, o monitor simula um hub com duas portas USB 2.0
56,7 cm
2,4 cm
64,5 cm
24,7 cm
Design com praticidade Com resolução que equivale a de quatro telas HD, o monitor Samsung Série 9 tem entrada para exibir o conteúdo de smartphones / Por airton lopes
Série 9 S27B970D / SamSUng o monitor Série 9 encanta pela qualidade das imagens que produz e pelo design bonito e prático. A sua tela de LCD com LED de 27 polegadas exibe conteúdo em 2 560 por 1 440 pixels, resolução que equivale a quatro vezes a de uma tela de alta definição (720p). Além de cores vibrantes e um preto intenso, o display oferece bastante espaço para manter várias janelas abertas ao mesmo tempo. o único eventual incômodo durante o trabalho diante da tela são os reflexos no vidro que cobre toda a frente do monitor. o design do Série 9 permite ajustes de inclinação e de altura. A variedade de conexões é boa. Todas as tomadas ficam na base do monitor. o destaque é a entrada HDMI com suporte a MHL (Mobile High-Definition Link), o que permite conectar smartphones e tablets compatíveis e enviar vídeo ao monitor. o que falta é uma entrada P2 para receber o áudio do PC quando a conexão de vídeo é feita por um cabo DVI. Nos testes, os alto-falantes do monitor apresentaram boa qualidade e volume acima da média. Tela de 27” / LCD com LED / QHD (2 560 x 1 440 pixels) / Contraste dinâmico: não divulgado / Contraste estático: 1 000:1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas: 1 HDmI, 1 DVI, 1 DisplayPort / 2 USB AvAlIAçãO TéCnICA: 8,8 / CUSTO/BEnEfíCIO: 6,4 / R$ 3 599
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Cliques de alto nível
Os controles ficam bem distribuídos e o LCD tem ótima resolução
Três câmeras para quem quer investir muito e mergulhar no mundo da fotografia / POr Maurício Moraes
21,5 cm 12 cm
15 cm
Com zoom de 4,4 vezes, a lente vendida com a câmera é versátil
EOS 5D Mark III / CANON
6,7 cm
Sólida e robusta, por fora e por dentro. Esta Canon faz excelentes fotos graças ao seu sensor do tipo full frame, tão grande quanto um negativo de 35 milímetros. O modelo se sai bem mesmo em cenas com pouca iluminação, uma vez que a degradação das imagens fica vísivel apenas acima de ISO 6400. Além de se encaixar bem nas mãos, com controles bem distribuídos, a câmera apresenta menus fáceis de entender. Há muitas opções de personalização. De todas as câmeras já testadas pelo INFOlab, é a que tem o visor de LCD com melhor definição. O modelo da Canon é veloz para achar o foco correto, usando 61 pontos distribuídos pelo sensor. O microfone embutido grava apenas em mono. No Brasil, a câmera custa o mesmo que um carro popular zero quilômetro. 22,3 MP / Zoom de 4,4x (24 a 105 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3,2” / 1,639 kg AvAliAção técnicA: 8,9 / custo/benefício: 6,1 / R$ 23 999
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Qual a DIFereNça? /
As câmeras reflex, como a EOS 5D Mark III e a D600, nestas páginas, usam lentes que podem ser trocadas e têm visor óptico, que exibe exatamente o que será retratado. A X-Pro 1 está na categoria das câmeras híbridas. Esses modelos permitem trocar lentes, mas são mais fáceis de usar. Contam ainda com sensores menores e corpo bem mais compacto.
31,8 cm 11,4 cm
14,2 cm
D600 / NIKON
8,4 cm
Indicada para quem ama fotografia, a D600 é uma câmera do tipo full frame compacta, mais leve do que outros modelos da mesma categoria. Seu grande sensor permite imagens excepcionais, com alto nível de detalhes e cores equilibradas. A fidelidade ao retratar cenas mantém-se em qualquer condição de ambiente. Suas fotos começam a apresentar ruído mais intenso a partir de ISO 5000. Iniciantes terão dificuldades para lidar com a enorme quantidade de controles. Mas o maior impeditivo é o preço, que corresponde ao de um carro popular usado.
Há tantos controles que iniciantes podem ficar confusos ao usar a câmera
24,3 MP / Lentes intercambiáveis (não incluídas) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3,2” / 864 g (só o corpo) AvAliAção técnicA: 8,6 custo/benefício: 6,1
/ R$ 13 999
10,7 cm 8,2 cm
13,9 cm
4,2 cm
X-Pro 1 / FUJIFILM O belo design retrô desta Fujifilm faz qualquer fotógrafo amador se sentir um Henri CartierBresson. Nas imagens obtidas pela câmera, chamam a atenção a grande quantidade de detalhes e as cores, muito fiéis à realidade. O bom desempenho deve-se ao novo tipo de sensor desenvolvido pela Fujifilm, o X-Trans, capaz de registrar tonalidades de modo semelhante ao de um antigo filme 35 milímetros. O modelo traz muitas opções de ajuste manual. Conta ainda com um visor híbrido, que pode funcionar como óptico, digital ou uma combinação de ambos. O ajuste de foco demora mais do que seria desejável.
O número de botões não é exagerado e os ajustes são feitos com rapidez
16,3 MP / Lentes intercambiáveis, sem zoom / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 445 g (só o corpo) AvAliAção técnicA: 8,3 custo/benefício: 7,1
/ R$ 7 999
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Janelas mágicas
Testamos as maiores smartTVs de LCD com LED do Brasil, que trazem o máximo do realismo em 3D e a qualidade exuberante das imagens em 4K / Por airton lopes
WEBCAM RETRÁTIL Quando não está camuflada, câmera e microfone ativam funções de reconhecimento de gestos e voz
CONTROLE TOUCH Além do remoto tradicional, a TV vem com um modelo que funciona como touchpad
103,6 cm
3,6 cm
UN75ES9000 / SAmSung
167,8 cm
32,8 cm
Imersão total e luxo. Isso é o que promete e cumpre a TV 3D de LCD com LED de 75 polegadas da Samsung. Nos testes do INFolab, a enormidade da tela proporcionou um ganho evidente no realismo do efeito 3D em relação ao observado em TVs de 40 a 47 polegadas. As reações instintivas para pegar com as mãos pétalas flutuando no ar ou desviar da bola de futebol chutada em direção à câmera, nos vídeos usados nos testes, se repetiram com todos os espectadores que usaram os óculos 3D ativos para conferir o realismo das cenas tridimensionais. Assim, para quem gosta de 3D, as telas gigantes realmente fazem uma tremenda diferença na sensação de imersão. Como as melhores smartTVs da Samsung, o modelo possui tecnologia de reconhecimento de voz, gestos e face para acionar aplicativos e comandar a TV sem precisar do controle remoto. Só fica devendo a conexão por WiDi (Wireless Display), função que permite clonar na TV vídeo e som do laptop, utilizando Wi-Fi. o toque extra de sofisticação é o design com acabamento de ouro-rosa na moldura. Tela de 75” / Full HD / LCD com LED / 3D ativo, vem com 4 óculos / Entradas: 3 HDmI, 1 vídeo componente, 1 composto / 3 uSB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth AvALIAçãO TéCNICA: 9,0 / CUsTO/BENEfíCIO: 6,2 / R$ 25 999
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SEM CONTEÚDO /
A única forma de aproveitar ao máximo a qualidade da TV da Sony é rodar vídeos de demonstração 4K em PCs poderosos. Ainda não há filmes ou transmissões em 4K. Para preencher toda a tela, o sinal de vídeo do Blu-ray (1 080p) e da TV aberta (1 080i, o equivalente a 720p) é adaptado em um processo chamado upscaling, realizado por um processador da TV.
150 cm
9,2 cm
ÓCULOS 3D Apesar de custar 100 mil reais (é isso mesmo!), a TV vem com apenas dois pares de óculos
214 cm
57 cm
MUITO SOM Com 50 W e 10 falantes, o sistema de áudio simula um home theater com 5.1 canais
Bravia XBR-84X905 / Sony Se não é difícil ficar de queixo caído diante de uma tela full HD, é bom preparar o babador antes de encarar este aparelho de TV de 84 polegadas com resolução 4K. A sua tela de 3 840 por 2 160 pixels tem uma definição quatro vezes maior que a das TVs full HD. Ao exibir conteúdo compatível, a imagem que se viu no INFOlab foi exuberante, impecável. Além de cores, brilho e contraste incríveis, ela apresenta uma profundidade que não é produzida em outras telas. O fundo não fica chapado. Texturas e detalhes se destacam. Mesmo a menos de 1,6 metro, distância considerada ideal pela Sony para ver vídeos em 4K, a imagem parece perfeita, sem pixels aparentes, ruídos ou falhas. Infelizmente, não há conteúdo 4K em 3D disponível para os testes. Com filmes em Blu-ray 2D e 3D e afastando a cadeira 3 metros da tela, as imagens ficam muito boas, mas inferiores às de uma TV full HD. A perda de definição é mais evidente em cenas movimentadas ou escuras. Curiosamente, com TV aberta (1 080i) a adaptação para a tela 4K pareceu quase tão boa quanto a do sinal em 1 080p. Tela de 84” / 4K (ultra HD) / LCD com LED / 3D passivo, vem com 2 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 2 USB / Ethernet, Wi-Fi AvALIAçãO TéCnICA: 9,3 / CUSTO/benefíCIO: 5,4 / R$ 100 000
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sIlêNcIO artIFIcIal /
Muitos fones de ouvido contam hoje com sistemas de cancelamento de ruído, ótimos para garantir um som mais puro, sem interferências externas. Os mais eficientes fazem isso por meio de um sistema eletrônico, mas dependem de pilhas. Em outros modelos, o design das conchas é pensado para vedar toda a região da orelha, eliminando boa parte do barulho.
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Música com leveza
Fácil de transportar, leve e com design caprichado, o fone da Bose traz boa qualidade de áudio para quem está sempre em movimento / Por Maurício Moraes 5,1 cm
17 cm
13 cm
OE2i / BOSE
Alto-falantes acolchoados cobrem boa parte da orelha, o que reduz os ruídos externos
Fones de ouvido como este, que unem som de primeira e tamanho compacto, tornaram-se uma necessidade para quem gosta de ouvir música, em casa ou em trânsito. As hastes são dobráveis, o que torna o fone compacto. o peso, de apenas 92 gramas, é outro ponto positivo. o formato anatômico dos alto-falantes torna o uso confortável por várias horas, além de isolar muito bem o ruído ambiente. Nos testes, a qualidade de áudio foi boa e mostrou-se bem equilibrada em itens como volume, amplitude e tonalidade. os graves são menos intensos que os de outros fones da mesma marca, mas quase não houve distorção. Um controle no cabo permite avançar, retroceder, parar e controlar o volume, e funciona com dispositivos da Apple e alguns celulares Android. Embora o cabo possa ser removido, o formato de um dos conectores é pouco comum, de 2,5 milímetros, o que impede o seu uso em outros aparelhos. Formato concha / Headset / Conexão P2 / Cabo de 1,7 m / Sensibilidade: não informada / Resposta de frequência: não informada / 92 g AvAliAção técnicA: 8,2 custo/benefício: 6,1
/ R$ 872
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Som sem frescura
Em vez de duplicar os recursos que já existem na smartTV, o sistema 5.1 da Onkyo prioriza a qualidade do áudio / Por airton lopes
SOM QUENTE Nem pense em colocar o Blu-ray player sobre o home theater. O modelo esquenta bastante
iGADGETS NOVOS A USB permite ouvir música de iPhones e iPads, inclusive dos modelos com o novo conector
HT-S3500 / ONkyO Se já se investiu em uma smartTV e um Blu-ray player 3D, o home theater que poderá completar essa sala de cinema particular não precisa ser um modelo com Wi-Fi e centenas de aplicativos. Uma boa alternativa são os sistemas integrados vendidos sem o player, como este onkyo. Mesmo sendo o home theater 5.1 mais simples da marca, a qualidade sonora e o número de entradas de áudio e de vídeo deste equipamento são superiores ao que oferece a maioria dos modelos com Blu-ray player 3D, caixas em forma de torre e funções de smartTV. o som produzido nos testes do INFolab com filmes foi muito bom em definição, detalhamento e impacto. o subwoofer passivo com corpo de madeira é grande e bem eficiente. Com música, a superioridade é ainda mais flagrante. o home theater não tem dock, mas amplifica as músicas do iPod, iPhone e iPad por meio da porta USB frontal, usando o cabo dos iGadgets. Por ela também dá para rodar arquivos salvos em pen drive, mas apenas os de música. 5.1 / 680 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 2 composto, 1 RCA estéreo / Entradas: 4 HDMI, 2 vídeo componente, 4 composto, 2 áudio óptica, 1 coaxial, 5 RCA estéreo / USB AVAliAçãO TécNicA: 8,4 / cUSTO/bENEfíciO: 6,8 / R$ 2 799
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Like a boss
A poltrona Comfort Boss oferece diferentes tipos de massagem, que podem ser personalizadas pelo controle remoto / Por Thiago Tanji 120 cm
123 cm
73 cm
O encosto reclinável massageia os ombros e o pescoço
Comfort Boss / Relaxmedic Após um longo dia de trabalho, não há nada melhor do que acomodar-se em sua poltrona preferida e dedicar um tempo para relaxar. E por que não adicionar a esse momento uma massagem? Com estofado confortável e acabamento caprichado, a Comfort Boss propicia sessões de massagem de 15 minutos, ajustadas pelo controle remoto localizado em um dos braços da poltrona. Além das funções predeterminadas, como “relaxamento total” e “terapia”, é possível selecionar regiões do corpo a serem massageadas e indicar a intensidade e o tipo do “toque”. Entre os mimos, o usuário pode reclinar o encosto e o apoio para os pés em até 180 graus, além de ativar o aquecimento na região das costas. A Comfort Boss consegue transmitir uma impressão próxima à massagem realizada com as mãos, proporcionando uma sensação de bem-estar ao fim de cada sessão. o problema é o preço, mais de 8 mil reais. Bivolt / consumo de energia: 200 W / Tempo máximo de operação: 60 min / 74 kg AvAliAção técnicA: 9,0 custo/benefício: 7,5
/ R$ 8 172
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Para ir longe
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Bicicleta elétrica da Dafra tem potência para rodar por mais de uma hora e pode até levar passageiro na garupa / Por Thiago Tanji
A carga da bateria pode ser recuperada durante o uso, com pedaladas
69 cm 99,6 cm
192 cm
Dafra DBL / DAfrA Trocar o carro por uma bicicleta para o transporte entre a casa e o trabalho é saudável e ecologicamente correto. No entanto, se chegar ao escritório com a roupa suada não for uma opção, será necessário uma bike elétrica, como a DBL, da fabricante nacional Dafra. Nos testes do INFolab, a bateria deste modelo durou uma hora e dez minutos no modo autônomo. Esse é o tempo suficiente para se percorrer quase 26 quilômetros de distância sem pedalar sequer uma vez. No modo assistido, com propulsão elétrica e pedaladas mescladas, além de mais velocidade, é possível recarregar a bateria com a força dos movimentos. De construção sólida, a DBL tem lugar para um passageiro na garupa, um eficiente freio a disco na roda dianteira e pneus Levorin, mais rígidos e com maior durabilidade. Só não dá para exigir muito da bicicleta nas subidas. Pesando 30 quilos, a bike não aguenta pistas íngremes. E aí, vai ser preciso trocar de marcha e suar a camisa para conseguir chegar ao destino desejado. Câmbio Shimano SIS 7 marchas / Aro 26 / Velocidade máxima: 27 km/h / Tempo de bateria: 1h10min / 30 kg AvAliAção técnicA: 8,5 / custo/benefício: 6,8 / R$ 2 999
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Com solado flexível, o tênis dá mais liberdade de movimento nas corridas
Nike Free Run+ 3 Shield / Nike Na contramão dos tênis com solados altos e cheios de amortecedores, este modelo da Nike é feito de materiais que permitem uma movimentação mais natural. Muito flexível, o calçado se molda facilmente ao formato dos pés do corredor, proporcionando um encaixe firme, porém confortável. A maior sensibilidade no contato das pisadas com o solo dá a impressão de correr descalço, o que proporciona uma sensação de maior controle dos movimentos. Alguns músculos dos pés e dos dedos, entretanto, sentem a diferença com esse novo tipo de pisada. Por isso é aconselhável que, para uma melhor adaptação, o uso do tênis seja intercalado com o de modelos comuns. AvAliAção técnicA: 8,1 custo/benefício: 7,6
/ R$ 299
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/ Radar Docks
Notebooks
// MacBook Pro Apple
// Som por Bluetooth
O display de LCD de alta definição chamado de Retina Display é o destaque do aparelho. No INFOlab, a qualidade da imagem superou a de todos os outros notebooks avaliados até hoje. Seus problemas são o preço e a dificuldade de fazer atualizações.
Para quem não quer desgrudar do iPad nem mesmo quando ele está conectado a um aparelho de som, o Wireless Boombox, da Logitech, é uma pedida. Com esta dock, a transmissão de áudio pode ser feita por Bluetooth. Outra vantagem é a eliminação do cabo de força quando a bateria interna entra em ação. Além disso, o som é potente para um aparelho de seu porte.
// XPS 14 Dell
A máquina da Dell destoa dos laptops de 14 polegadas pela configuração acima da média. Nos testes, ela apresentou um ótimo desempenho, especialmente em tarefas com gráficos 3D. O design conta com revestimento emborrachado.
// IdeaPad Yoga Lenovo
Com o desempenho de um ultrabook de primeira categoria e tela sensível ao toque, o Yoga é a primeira máquina que chega ao Brasil preparada para extrair o máximo do Windows 8. O grande destaque é a tela que gira 360 graus e o transforma em tablet.
Especificações
Potência não divulgada / Entradas: P2 e Bluetooth / 1,1 kg / Bateria interna / 3h39min (modo Bluetooth) e 4h38min (modo P2) de bateria(1) / R$ 560 avalIaçãO INFOlaB
// Envy 4 HP
8,3
Os recursos do Envy 4 são os esperados para um ultrabook com boa configuração e preço na faixa de 3 mil reais. Na autonomia, o aparelho supera todos os modelos de 14 polegadas avaliados pelo INFOlab. Na duração de bateria, suportou 2 horas e 16 minutos.
// Bonita e versátil
Com um design diferente, a dock BeoPlay A3 surpreende por sua funcionalidade. Em pé, na horizontal ou na vertical, o aparelho oferece as melhores posições para assistir vídeos ou explorar o player de música do iPad. Nos testes do INFOlab, a qualidade do áudio foi boa, mas sem impacto, clareza ou fidelidade notáveis.
// aspire S5 Acer
Equipado com um processador Core i5 da linha Ivy Bridge, a mais moderna da Intel, o ultrabook mostra uma força digna do rival MacBook Air. O corpo do modelo é leve e conta com laterais limpas. A ergonomia do teclado, no entanto, poderia ser melhor.
Especificações
Tela de 15,4” / Intel Core i7-36150M 2,3 GHz / 8 GB / SSD de 256 GB / Nvidia GT 650M 1 GB / 2 kg / Mac OS 10.8 Mountain Lion / 1h42min de bateria(2) / R$ 9 999 avalIaçãO INFOlaB
9,0
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i7-3517U 1,9 GHz (Ivy Bridge) / 8 GB / SSD de 128 GB e HD de 500 GB / GeForce GT 630M 1 GB / 2,1 kg / Windows 7 Home Premium / 2h09min de bateria(2) / R$ 3 999 avalIaçãO INFOlaB
8,6
Especificações
Tela de 13,3” / Intel Core i7-3517 1,9 GHz (Ivy Bridge) / 4GB/ SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,5 kg / Windows 8 Pro / 2h03min de bateria(2) / R$ 8 999 avalIaçãO INFOlaB
8,6
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i5-3317U 1,7GHz (Ivy Bridge) / 4GB / SSO de 16 GB e HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,7 kg / Windows 7 Home Premium / 2h16min de bateria(2) / R$ 3 299 avalIaçãO INFOlaB
8,4
Especificações
Tela de 13,3” / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB/ SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 7 Home Premium / 1h27min de bateria(2) / R$ 3 899 avalIaçãO INFOlaB
8,3
Games
// G27 Racing Wheel Logitech
Este conjunto para simuladores de corrida deve agradar aos fãs de jogos mais realistas. Confortável e com acabamento em metal e em couro, o volante simula bem a resistência de um carro de verdade.
// GTF430 Thrustmaster
Especificações
Potência não divulgada / Compatível com iPad (vem com adaptadores para todos os modelos) / 1,25 kg / Bateria interna / 4h57min de bateria(1) / R$ 1 950 avalIaçãO INFOlaB
7,0
104 / INFO Dezembro 2012
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Este conjunto, inspirado nos carros da escuderia Ferrari, traz o volante e os pedais em uma única peça e se comunica com o PlayStation 3 ou o computador por conexão sem fio. Na comparação com outros modelos, porém, o volante perde em realismo.
/ R$ 764 avalIaçãO INFOlaB
/ R$ 1 400 avalIaçãO INFOlaB
8,0
7,9
FOtOS RAfAeL evAngeLisTA (1) Duração de bateria medida com a reprodução contínua de música (2) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-fi ativado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes
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Tablets
// iPad 3ª Geração Apple
O novo iPad ficou melhor para quem devora e-books e joga no tablet. Com resolução de 2 048 por 1 536 pixels, a tela deixa os textos com uma nitidez notável. No entanto, o equipamento esquenta (chegou a 34,5 graus no INFOlab) e a bateria dura menos.
// Galaxy Note 10.1 Samsung
Com configuração forte, o tablet com chip de quatro núcleos pode dividir a tela e rodar dois apps juntos ao mesmo tempo. O recurso pode, por exemplo, ser usado no aplicativo S Note, que faz anotações com ajuda da caneta stylus.
// Tablet S Sony
A configuração do tablet é boa, principalmente pelo Android 4 Ice Cream Sandwich, uma das versões mais recentes do sistema do Google. Um recurso bacana do aparelho é o infravermelho para transformar o Tablet S em controle remoto universal.
// Galaxy Tab 2 10.1 Samsung
A segunda versão do tablet traz poucos avanços. Além do Android 4, ele ganhou entrada para cartão microSD e um visual novo. O modelo com slot para SIM card navega nas redes HSPA+ e também realiza ligações telefônicas.
// Ypy 7 Nova Geração Positivo
O modelo tem alguns recursos interessantes, como entrada miniUSB e saída miniHDMI, mas falha na sensibilidade, na qualidade da tela e na duração da bateria. Seu display tem resolução de 1 024 por 600 pixels.
Especificações
Tela de 9,7” / A5X Cortex A9 1,2 GHz dual core / 32 GB / 4G (LTE) / Wi-Fi / 662 g / iOS 5.1 / 6h24min de bateria(3) / R$ 1 749 avalIaçãO INFOlab
8,9
Especificações
Tela de 10,1” / Exynos 4412 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / 3,5 G (HSPA+) / 592 g / Android 4 / 6h04min de bateria(3) / R$ 1 899 avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
Tela de 9,4” / Nvidia Tegra 2 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB + SD / Wi-Fi / 593 g / Android 4 / 5h11min de bateria(3) / R$ 1 399 avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
Tela de 10,1” / Cortex A9 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / 3,5G / Wi-Fi / 587 g / Android 4 / 7h43min de bateria(3) / R$ 1 599 avalIaçãO INFOlab
8,2
Especificações
Tela de 7” / ARMv7 Cortex A9 1GHz / 16 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 396 g / Android 4 / 3h07min de bateria(3) / R$ 999 avalIaçãO INFOlab
7,1
Fones de ouvido
// HDP DJ-Pro M1001 Hercules
Criado para DJs, este fone tem design que privilegia a resistência e a praticidade. As conchas são confortáveis e permitem uma grande variedade de posições. Áudio com clareza e baixo nível de distorção.
// Fidelo M1 Philips
O som dos fones não chega a ser excepcional, mas alcança um nível de detalhamento superior ao da maioria dos equipamentos de sua categoria, sem exagero nos graves. O design é uma bela combinação de metal, couro e plástico.
(3) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados
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Especificações
Formato concha / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabo de 1,5 m (espiral de 3 m) / Sensibilidade: 107 dB/mW / Resposta de frequência: 5 – 30 000 Hz / 382 g / R$ 798 avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
Formato concha / Conexão P2 / Cabo de 1,2 m / Sensibilidade: 106 dB/mW / Resposta de frequência: 15 – 24 000 Hz / 119 g / R$ 549 avalIaçãO INFOlab
8,1
Dezembro 2012 INFO
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11/29/12 7:24:28 PM
/ Radar Smartphones
// Galaxy S III Samsung
O aparelho tem configuração estelar: processador de quatro núcleos e uma exuberante tela de 4,8 polegadas. A rapidez para executar tarefas e a qualidade do display são incontestáveis, além da bateria com boa autonomia.
// Optimus 4X HD P880 LG
O passeio pelos menus e a execução de tarefas exigentes, como a reprodução de vídeos em 1 080p, ocorrem com fluidez. Utilizando o dedo, é possível rabiscar sobre o conteúdo exibido na tela ou em uma página em branco.
// Razr HD Motorola
A Motorola saiu na frente e trouxe o primeiro aparelho compatível com o 4G brasileiro antes mesmo de as operadoras oferecerem o serviço nos grandes centros. Outro destaque é a saída microHDMI: é possível ligá-lo na TV e curtir vídeos em full HD.
// lumia 900 Nokia
O aparelho utiliza o mesmo processador do Lumia 800, mas ganhou tela maior, uma câmera com 8 MP de melhor qualidade e outra frontal para videochamadas. Apesar do bom conjunto, não será atualizado para Windows Phone 8.
// Xperia U Sony
Este smartphone, que tem chip dual core e visor de 3,5 polegadas, teve um desempenho bom para um aparelho intermediário. Não é lento na execução das tarefas, apesar de apresentar algumas limitações, como a falta de entrada para cartão de memória.
Especificações
4G (HSPA+) / Android 4 / Exynos 4212 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 4,8” / Câmeras de 8 MP e 1,9 MP / NFC / 133 g / 8h23min de bateria(1) / R$ 2 099(2) avalIaçãO INFOlab
9,4
Especificações
4G (HSPA +) / Android 4 / Tegra 3 Cortex A9 1,5 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 4,7” / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 140 g / 8h36min de bateria(1) / R$ 1 899(2) avalIaçãO INFOlab
8,8
Especificações
4G (LTE) / Android 4) / Snapdragon S4 1,5 GHz dual core) / 16 GB + microSD) / Tela de 4,7”) / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP) / 148 g) / 10h47min de bateria(1) / R$ 1 899 (2) avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
4G (HSPA+) / Windows Phone 7.5 / Snapdragon 1,4 GHz single core / 16 GB / Tela de 4,3” / Câmeras de 8 MP e 1 MP / 160 g / 12h18min de bateria(1) / R$ 1 399(2) avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
3G / Android 2.3 / Cortex A9 1GHz dual core / 8 GB / Tela de 3,5” / Câmera de 5 MP e 0,3 MP / 116 g / 7h31min de bateria(1) / R$ 664(2) avalIaçãO INFOlab
8,0
Filmadoras
// Everio GZ-EX210 JVC
A filmadora conta com Wi-Fi e pode compartilhar, em poucos cliques, gravações de até 15 segundos de duração. Nos testes do INFOlab, a qualidade das imagens foi boa, apesar da definição de detalhes apenas razoável e de cores sem vivacidade.
// HDR-PJ200 Sony
Além de filmadora, o modelo funciona como projetor. O painel de LCD é sensível ao toque, com tecnologia resistiva. As imagens gravadas tiveram qualidade satisfatória, mas a gravação de áudio apresentou um alto nível de ruído de fundo.
106 / INFO Dezembro 2012
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Especificações
Full HD (1080i) / Cartão SD / Zoom de 40x/200x (óptico/digital) / LCD de 3” / 234 g / 1h29min de bateria / R$ 1 599 avalIaçãO INFOlab
7,8
Especificações
Full HD (1 080i) / Cartão SD ou MS Pro / Zoom de 25x/300x (óptico/digital) / LCD de 2,7” / 241 g / 1h51min de bateria / R$ 1 802 avalIaçãO INFOlab
7,8
FOTOs RafaeL eVaNGeLiSta (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados (3) Valor estimado com base no preço de lançamento do iPhone 4S de 64 GB sem planos de voz e dados. Não há preços e data para a chegada oficial do iPhone 5 ao país.
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Áudio e vídeo
// Cinema Screen 42LM7600 LG
A TV vem com um conversor 3D que deixa as disputas de games de corrida mais divertidas. Ao ativar a função Dual Play, em vez de enxergar a tela dividida, cada jogador usa os óculos para ter a visão do seu carro na tela.
// HX906TXW LG
Este home theater acentua a sensação de envolvimento sonoro ao utilizar falantes extras no topo das caixas em formato de torre. Isso funciona muito bem com filmes e surpreende na reprodução de músicas. A boa potência dispensa exageros no volume.
// HT-E6750W Samsung
Produzido por um amplificador valvulado, o som deste equipamento agrada pela profundidade sonora acima da média dos sistemas integrados. O modelo traz os mesmos aplicativos de smartTV das TVs Samsung, além de dock para iPhone.
// bravia KDL-40HX755 Sony
A maior virtude desta TV é a qualidade de imagem no modo 3D ativo. As cenas assistidas com efeito tridimiensional têm brilho mais intenso do que na maioria dos aparelhos similares. Mas o modelo vem só com um par de óculos.
Especificações
Tela de 42” / Full HD / LCD com LED / 3D passivo, vem com 6 óculos / Entradas: 4HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 2 799 avaLIaçãO INFOLab
8,5
Especificações
Blu-ray 3D / 7.1 / 100 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 RCA estéreo, 1 P2, 2 P10 / 1 USB / Dock para iPhone / Ethernet, Wi-Fi / R$ 3 599 avaLIaçãO INFOLab
8,5
Especificações
Blu-ray 3D / 7.1 / 1 300 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo composto / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 RCA estéreo, 1 P2 / 1 USB / Dock para iPhone / Ethernet, Wi-Fi / Bluetooth / R$ 4 319 avaLIaçãO INFOLab
8,5
Especificações
Tela de 40” / Full HD / LCD com LED / 3D ativo, vem com um par de óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 2 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 2 499 avaLIaçãO INFOLab
7,7
Câmeras
// X-Pro1 Fujifilm
Apesar do design retrô, esta máquina apresenta tecnologia de ponta e produz imagens de grande qualidade. Isso porque usa um novo tipo de sensor criado pela Fujifilm que registra cores de modo semelhante ao de um filme de 35 mm.
// Lumix DMC-GX1 Panasonic
As fotos desta câmera reproduzem cores fiéis, além de exibirem alto nível de detalhes, criando imagens de encher os olhos. O modelo também funciona muito bem em modo macro com a lente-padrão, vendida em conjunto.
// D3200 Nikon
Este modelo inclui o modo Guide, um guia eletrônico que traz informações detalhadas sobre a máquina. Tem controles simples e interface amigável. Mas seu foco automático não é tão ágil como o de câmeras da mesma categoria.
Especificações
16,3 MP / Lentes intercambiáveis, sem zoom / Filma em 1 080p / LCD de 3” / 445 g (só o corpo) / R$ 7 999 avaLIaçãO INFOLab
8,3
Especificações
16 MP / Zoom de 3x (28 a 84 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 418 g / R$ 3 499 avaLIaçãO INFOLab
8,0
Especificações
24,2 MP / Zoom de 3x (27 a 82,5 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 765 g / R$ 3 799 avaLIaçãO INFOLab
7,7
Dezembro 2012 INFO
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OPORTUNIDADES E OFERTAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA
CADERNO
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INFORME PUBLICITÁRIO
CADERNO
CERTIFICAÇÃO, PASSAPORTE PARA O SUCESSO EM TI INVESTIR NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL É O MELHOR CAMINHO PARA SE MANTER ATUALIZADO, VALORIZAR O CURRÍCULO E BRILHAR NA CARREIRA
P
ossuir certificação profissional hoje em dia é tão importante quanto ter diploma universitário, para quem quer ter uma carreira de sucesso na área de TI. A faculdade é importante,
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO O aumento constante das ameaças à segurança dos dados, sistemas e redes corporativas coloca esse tema entre as
pois dá a formação básica e uma visão mais abrangente das diversas
prioridades dos diretores e executivos de TI das companhias dos
tecnologias disponíveis no mercado. Já a certificação torna o
mais diversos segmentos, em todo o mundo. Por isso, eles estão
M
profissional um especialista em determinada tecnologia ou produto,
sempre em busca de profissionais especializados – de preferência,
u
valorizando o seu currículo. E, em uma área em que a evolução é
certificados – capazes de detectar brechas de segurança em
e
muito rápida e contínua – como é o caso da tecnologia da informação
sistemas e redes e, assim, evitar os ataques de cibercriminosos.
2
Uma das principais certificações nessa área é a Certified
e
–, a certificação é a melhor forma de se manter atualizado.
Information Systems Security Professional (CISSP), que é
M
profissionais de TI que têm no currículo uma ou mais certificações
administrada por um consórcio internacional chamado (ISC)²
a
técnicas – o que significa melhores salários, maiores chances de
(www.isc2.org). Envolve conhecimento e habilidades que
t
promoção e de upgrade na carreira. Porém, segundo especialistas
permitem tratar os vários aspectos da segurança dos ambientes
em recursos humanos, existem mais de 1 700 certificações
de negócio, com base nas melhores práticas do mercado.
É por isso que as empresas dão cada vez mais valor aos
para, de fato, alcançar o sucesso desejado na carreira? Um estudo recente realizado pelo Foote Research Group,
u
p
profissionais na área de TI. Como saber em qual delas investir
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
c
Entregar projetos no prazo e dentro do orçamento previsto
C
dos Estados Unidos, apontou 23 certificações em TI que levam
é um dos principais desafios na área de TI. Por esse motivo,
s
aos salários mais bem pagos pelo mercado nessa área. Elas
os profissionais com a certificação Project Management
m
se concentram, basicamente, nos segmentos de segurança da
Professional (PMP) são bastante valorizados – e procurados –
c
informação, gerenciamento de projetos e de processos, redes e
no mercado. Administrada pelo Project Management Institute
comunicações, arquitetura e administração de sistemas e banco
(PMI – www.pmi.org), é a certificação internacional mais
c
de dados. Esses segmentos aparecem também em outras listas
importante na área de gerenciamento de projetos.
a
á
de certificações mais valorizadas em TI – inclusive no Brasil, embora o peso de algumas delas nem sempre seja o mesmo atribuído no mercado norte-americano. Se você está disposto a investir em uma certificação nessa área, confira algumas dicas apontadas por essas pesquisas:
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ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS
p
As certificações Microsoft sempre foram muito requisitadas
u
e valorizadas pelo mercado de TI, em especial na área de
P
administração de sistemas. Hoje, quem possui a qualificação
g
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,
REDES E COMUNICAÇÕES As principais – e mais valorizadas – certificações nessa área são as concedidas pela Cisco, cujos equipamentos formam a base de muitas redes corporativas. É possível começar com a qualificação Cisco Certified Network Associate (CCNA), que oferece conhecimentos básicos sobre os sistemas e a operação das redes, e depois evoluir para a Cisco Certified Internetwork Expert (CCIE), uma das mais importantes nessa área, mas que requer vários exames e, portanto, um investimento mais alto.
GERENCIAMENTO DE PROCESSOS A qualidade dos serviços de TI hoje está associada a um conjunto de boas práticas de gerenciamento de processos chamada de Information Technology Infrastructure Library (ITIL). Segundo as previsões do mercado, a busca por profissionais certificados em ITIL deverá continuar crescendo nos próximos anos, acompanhando o aumento da preocupação dos departamentos de TI em prestar serviços de qualidade, cada vez mais adequados às necessidades e requisitos dos clientes.
Microsoft Certified IT Professional (MCITP) está apto a dar um upgrade importante na carreira, principalmente se a área escolhida for a administração de sistemas Windows Server 2008. Antes de chegar a esse nível, que requer uma série de exames, é possível começar investindo em uma certificação Microsoft Certified Technology Specialist (MCTS), que dá ao profissional um diploma de especialista em uma das tecnologias Microsoft – ao todo, são mais de 50 opções. O crescimento do uso do ambiente operacional Linux no universo corporativo também tem feito aumentar a procura por profissionais especializados nesses sistemas. Entre as certificações mais valorizadas nessa área está a Red Hat Certified Engineer (RHCE), que qualifica administradores de nível sênior do sistema Red Hat Enterprise Linux. No Brasil, também merece destaque a certificação Linux Professional Institute (LPI), concedida a especialistas em sistemas GNU/Linux. A onda de virtualização de sistemas, trazida pela computação em nuvem (cloud computing), deverá levar ao aumento da demanda por profissionais especializados nessa área nos próximos anos, de acordo com a previsão de diversas pesquisas sobre o mercado de TI. Se essa for sua opção, um dos caminhos é ir atrás da qualificação VMware Certified Professional (VCP), que fornece o conhecimento necessário para gerenciar ambientes baseados nessa plataforma de virtualização.
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COMO CHEGAR LÁ O caminho para a conquista de uma certificação profissional em TI passa por uma boa dose de estudo, dedicação e, principalmente, investimento financeiro. A preparação para as provas, de modo geral, envolve muita leitura e, em muitos casos, a realização de cursos em escolas e faculdades credenciadas pelas instituições ou empresas responsáveis pela certificação. O domínio do inglês é um requisito fundamental para quem está disposto a enfrentar esse desafio, pois boa parte do material de estudo e até algumas provas estão nesse idioma. Mesmo que o candidato à certificação tenha conhecimento suficiente para pular a etapa do treinamento, é preciso pagar para realizar a prova, que geralmente é aplicada online por uma instituição credenciada e reconhecida internacionalmente. O custo médio de um exame desse tipo na área de TI varia entre 150 e 350 dólares, dependendo da certificação. Mas há provas que chegam a custar mais de 500 dólares – como é o caso do exame para obter a certificação Project Management Professional (PMP). E, se for reprovado, o candidato precisa pagar a taxa novamente, se quiser tentar de novo. Por isso, antes de fazer esse investimento, vale a pena dedicar algum tempo à análise dos seus objetivos em relação à carreira em TI. A partir daí, escolha as certificações adequadas à sua área de atuação e comece a se preparar para conquistá-las – uma de cada vez.
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automação | 4
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5 | CaRREIRaS E CuRSoS / HaRDWaRE
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CarreIraS e CUrSOS / hardware | 6
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HArDWAre / serviรงos | 8
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da r a ca a p to x e limit de te era onsagema a um me enviad quase r. Ou es pageatro tuít qu
O bIsavô dO sMs Numa época em que a telefonia móvel era coisa de filme, o Pager apareceu como a solução mais rápida e certeira para encontrar alguém que estivesse fora de casa ou do trabalho. Criado nos anos 1970, o aparelho emitia um sinal sonoro, um bipe, assim que alguém deixava um recado de voz em um serviço semelhante à caixa postal dos celulares atuais. Apenas no final da década de 1980 apareceram os primeiros pagers que mostravam o texto desses recados, tornando os aparelhos mais úteis e inteligentes. No Brasil o bipe chegou em 1992 e fez sucesso. Um ano após a estreia, já eram 100 mil os usuários do serviço. Em 1996, chegaram a 800 mil. Números que soam nanicos diante da febre do celular que viria em seguida. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz
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