13 inOvações para 2013
jovens pesquisadores criam seres vivos em laboratórios
O nOvO Wii U
Testamos o console da nintendo que tem um tablet como controle
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carro-robô, compuTador de vesTIr, TurIsmo no espaço. a empresa pesquIsa TecnologIas que vão mudar a nossa vIda
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O futurO segundO O gOOgle / 13 inOvações para 2013 / Hackers de dna / O nOvO wii u
Informação | TendêncIas | Inovação | culTura dIgITal
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janeiro 2013
uma seleção de serviços que você precisa conhecer
Hackers de dna
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INFORMAÇÃO | TENDÊNCIAS | INOVAÇÃO | CULTURA DIGITAL
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Computador fáCil de usar info.abril.com.br
informação | tendênCias | inovação | Cultura digital
turismo no espaço
A buscA chegou A o futuro . AgorA, o segundo pAsso dos inovAdores d o google é MudAr o Modo coMo viveMos energias limpas
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o FUtUro seGUndo o GooGle
Casas inteligentes, gadgets de vestir e elevador espacial fazem parte das pesquisas da empresa
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8 Carta do editor 14 WWW 18 Cartas
33 O MELHOR DE BILL GATES /
livro mostra o lado humano, pão-duro e engraçado do criador da microsoft
34 URÂNIO PARA OS OUVIDOS / Projeto utiliza amostras de material radioativo para criar melodias 35 NÚMEROS DO MÊS / Dados sobre o impacto da tecnologia em várias áreas
74 PRÊMIO INFO 2012 / As empresas, os produtos, os serviços e as personalidades que se destacaram em 2012 80 A INTERNET QUE VEIO DO FRIO / As empresas russas que deixam Google, Amazon e Facebook para trás em audiência e faturamento teste
36 ALESSANDRA LARIU /
87 TESTE / O iNFOlab testou para esta edição produtos como Wii U, iPad mini, tV 4K da lG e outros lançamentos
38 MANOEL LEMOS /
Por que queremos a internet livre?
96 RADAR / Outros produtos avaliados pelo iNFOlab
Game propõe corrida para ver quem chega primeiro ao centro de um cubo digital
40 DAGOMIR MARQUEZI / Uma biblioteca acessível a todos
Ctrl + z
24 JOGO DE PALAVRAS /
42 ANTHONy E. ZUIkER / Criador de csi conta como fez a série para a web cybergeddon
enter
20 ESCOLA DE MONSTROS /
Curso na web ensina a criar alienígenas, dinossauros e zumbis
23 O MISTÉRIO DO CUBO /
O enredo dos videogames anda tão sofisticado que agora os livros pegam carona nos jogos
28 MODERNO É SER RETRÔ / Desenho clássico dos produtos dos anos 1950 e 1960 inspira a criação de gadgets 30 APLICATIVOS DO MÊS /
Uma seleção de apps para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry
31 COMO FOTOGRAFAR O TEMPO / Apps montam uma sequência de imagens que mostra a passagem do tempo
32 5 DICAS PARA COMPRAR FORA / Como comprar em sites estrangeiros sem se dar mal
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ideias De volta para o passado
114 CÂMERA DE PULSO / em 2002, no auge da empolgação com a fotografia digital, a Casio criou um relógio que tirava fotos
inovação
46 HACkERS DE DNA /
Jovens pesquisadores manipulam material genético para criar organismos vivos não encontrados na natureza
52 ENFIM, OS E-BOOkS / O livro eletrônico dá um grande passo no Brasil com a chegada da Amazon e dos leitores Kobo e Kindle 68 13 INOVAÇÕES PARA 2013 /
O jeito como fazemos compras, navegamos na web ou usamos o smartphone vai mudar este ano
ilUStrAçãO: p.h. marcondes e furia
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/
Uma viagem ao fUtUro
EstA é A primEirA carta do ano. Tempo
de desejar zetabytes de felicidades em 2013 e de mostrar o que nos reserva o futuro próximo. Se você anda ansioso porque a tecnologia não para de surpreender, com novidades que nem de longe passavam por sua cabeça, sinta-se reconfortado, porque fizemos o trabalho de minerar as tendências para ajudá-lo a ficar por dentro do que vem por aí. A reportagem de capa, feita pelo editor Maurício Moraes, explora uma fonte de inovação que nem todos sabem como pode ser encantadora. Maurício mergulhou no mundo que o Google desenha para o futuro, com iniciativas que, se derem certo, podem mudar a nossa vida. O Google Glass, o carro que dispensa motorista e a busca inteligente você, que acompanha a cultura digital, já conhece. Mas a matéria vai além. Mostra as implicações que essas invenções incríveis terão na nossa vida e aponta outras áreas de pesquisa do Google que vão surpreender. A empresa estuda energias limpas, formas espertas de conectar os eletrodomésticos da casa, e até um elevador espacial e a internet interplanetária. Para ilustrar o futuro, recorremos ao passado. A matéria mostra as inovações do Google por meio das tradicionais histórias em quadrinhos em estilo japonês, que surgiram no século 12. O traço do ilustrador Pedro Henrique Marcondes, que desenha mangás com maestria, foi colorido pelo mestre
do Photoshop João Carlos Furia. O resultado você pode ver nas páginas da reportagem e na capa da edição, que mais uma vez inova, ao trazer um elemento gráfico impactante. Mas se você acha que o futuro para o qual nos leva o Google está ainda um tanto distante, experimente mergulhar nas tendências apuradas por Juliano Barreto. A reportagem 13 Inovações para 2013 mostra que os gestos devem substituir os toques nas telas, que vamos finalmente ter 4G no Brasil, que os tablets devem ganhar espaço no mundo corporativo, que vamos depender cada vez menos das tomadas e que as redes sociais com foco específico, como o LinkedIn, devem ganhar mais espaço. Confira todas as previsões na página 68. Esta edição olha para o ano de 2012 pela última vez, antes que fique tão velho quanto o fax e o StarTAC. Comemoramos os ganhadores do Prêmio INFO 2012, eleitos pelo voto de 8,5 mil leitores. O resultado é um time de inovadores de dar inveja. Boa leitura! Até fevereiro! E não esqueça que a INFO tem notícia quente nos tablets todos os dias. Baixe a edição digital e veja as atualizações.
/ katiam@abril.com.br
o mangá
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Ao lado, o processo de criação das ilustrações da edição. O esboço, a arte final e o desenho já colorizado
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VICTOR CIVITA (1907-1990)
fundador:
Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:
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Supermercado inteligente Facebook
Brincadeira arriscada
Após a onda de planking, brincadeira em que as pessoas posam para fotos deitadas sobre superfícies improváveis, como no teto de um caminhão, o Facebook agora é usado para promover uma atividade ainda mais arriscada, o skywalking. Jovens de diversas partes do mundo publicam imagens ousadas de alpinismo em arranha-céus, antenas de telefonia e grandes construções, arriscando a vida para compartilhar imagens impressionantes na internet. Saiba como as ferramentas sociais estão incentivando esse comportamento e por que um grupo de mães está em guerra contra o Facebook.
/ O engenheiro americano Frank Riso, pesquisador da Motorola Solutions, conta a INFO quais tecnologias vão transformar os supermercados nos próximos dez anos. Riso explica como o uso de redes sem fio, gôndolas eletrônicas e até a leitura da íris do consumidor permitirão ir às compras sem levar a carteira, caminhar direto para as prateleiras com seus produtos preferidos e ir para casa sem passar pelo caixa.
Vídeo compara versões do iPad
Transistor 3D brasileiro / Elementos básicos da computação, os transistores de silício são peças fundamentais para construir tablets, smartphones e notebooks. Um projeto desenvolvido pela Escola Politécnica da USP permitiu que, pela primeira vez, se fabricasse no Brasil transistores 3D que permitirão a construção de chips menores, mais leves e mais poderosos que os atuais.
1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br. Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/comparativoipad
extras da edição / O presidente do Google no Brasil faz um balanço do ano da empresa / Vídeo mostra como funciona o Wii U e mais / Cinco games que devem fazer sucesso em 2013
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ilUStRAçãO artnEt digital
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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONLiNe
Apesar do preço, centenas fazem filas por iPhone 5
abr.io/fila-iphone5 O iPhone não é mais o smartphone de referência. Os aparelhos Samsung Galaxy S III e Motorola Razr HD, por exemplo, são rivais que batem o iPhone em várias características. E têm 4G que funcionará no Brasil. Celso Pimentel / Santos [SP]
EDIÇÃO ATUALIZADA
Genial a ideia de atualizar a edição do mês no iPad. A INFO oferece ao leitor mais informação, além da que já tem na revista e no site. Gostei dos vídeos colocados na última edição para iPad. Carlos Soares Matos / Porto Alegre (RS)
Útil e relevante a atualização da INFO digital. Tenho um Galaxy Note de 10,1 polegadas e adorei ver mais notícias na capa, de um jeito fácil de abrir e fechar e com boa usabilidade. Márcia Maria S. Torres / São Paulo (SP)
A TV MORREU
Com a TV digital, tudo tende a se modernizar. As pessoas que tiveram a oportunidade de vivenciar a história da TV à válvula jamais esquecerão aquela época. Os aparelhos eram enormes e precisavam esquentar para a tão esperada imagem aparecer na tela. Edilton Saldanha / Fortaleza [CE]
Realmente faltava uma matéria que mostrasse todo o potencial da TV interativa. Parabéns por vocês conseguirem realizar isso de maneira clara e objetiva. Não perco uma INFO. Sempre leio no iPad, desde a sua primeira edição digital. Carlos Wangles / Tianguá [CE] Uma pena as emissoras de TV sequer cogitarem seguir um modelo mais escorado na cultura, como acontece na internet. O que continua e continuará a matar a TV é a insistência na burrice. Ricardo Capri / São Paulo [SP] Morta a televisão não está, não, porque ainda uso a minha TV como monitor. Victor Olinda Ruy / São Paulo [SP]
Conheça dez novidades sobre a nova política de uso do Facebook
abr.io/facebook-privacidade Você quer manter a sua privacidade? Apague as contas nas redes sociais, queime seus documentos e vá escrever um diário dentro de uma caverna. João Artur Freire / Maceió [AL] TwiTTer
@rdorval
A TV morreu. resta saber até quando vamos ficar nesse velório!
@FBrunaldi
Como disse a @_iNFO, a TV está morta. Durante a semana já é ruim, no domingo, então...
@Rogerio_Schmitt
A redação do vestibular da UFSC pedia um artigo sobre redes sociais. Nada que leitores da @_iNFO não dessem conta.
@andrezx10r
estou impressionado com os robôs que recriam seres da natureza. O LS3 é incrível, deu até vontade de construir um.
@dbleite52:
Sou assinante e leio a edição digital da @_iNFO nos tablets. Acho ótima.
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broncAS do mêS Sem banda larga
Tablet Android sem Wi-Fi
Moro em um bairro central de Belém e tive dois pedidos negados para a instalação da banda larga da NET. Os agentes autorizados dizem que a região da minha casa não é cabeada, mas vários dos meus vizinhos contam com a conexão oferecida pela empresa. Desde setembro insisto, sem obter uma resposta. Um técnico da operadora chegou a me visitar e confirmou a existência do cabo. Mesmo assim, a NET não libera a instalação. Walber Soares / Belém [PA]
Após atualizar o sistema do meu Galaxy Tab 7.7, da Samsung, o tablet parou de fazer a conexão por Wi-Fi. Liguei para o suporte e recebi apenas instruções gravadas mandando testar o gadget em outra rede ou levar o aparelho a uma assistência técnica. Pesquisando o problema na internet, descobri que até no site oficial da empresa havia postagens solicitando uma correção. Está claro que existe um bug na atualização do sistema operacional. Sérgio Antony F. Pinto / Rio de Janeiro [RJ]
RESPOSTA DA NET A NET, em atenção à manifestação do leitor, informa que, após atendimento técnico realizado em sua residência, a questão foi solucionada. A empresa mantém-se em contato com o cliente, acompanhando a conclusão do caso.
RESPOSTA DA SAMSUNG A Samsung informa que entrou em contato com o leitor e o orientou a encaminhar o aparelho a uma assistência técnica autorizada, para que uma avaliação mais detalhada do produto fosse feita.
Comentário do leitor O escritório da NET em Belém atendeu meu pedido em caráter de urgência.Verificaram que o cabo óptico que passa na minha rua não aparece para a equipe da empresa em São Paulo, responsável pelas assinaturas do serviço.
Comentário do leitor A Samsung entrou em contato de forma atenciosa, mas a resposta da empresa foi protocolar. Pela grande quantidade, na internet, de relatos da mesma falha, parece-me óbvio que estamos diante de um caso de bug na atualização e não de um caso para a assistência técnica.
líderes da bronca
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foto RAoni mADDAlenA
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Andiara Peterle/
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As empresas mais citadas pelos leitores em dezembro
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Por que leio info
Diretora de estratégia e novos negócios da e.Bricks Digital, do Grupo RBS
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em ação Aluno da Universidade de Virgínia (EUA) finaliza criatura supervisionado por professores da Stan Winston School
Escola dE monstros Discípulos de Stan Winston, uma lenda dos efeitos especiais de Hollywood, montam na web cursos para ensinar a criar alienígenas, dinossauros, zumbis e outras criaturas assustadoras. As primeiras aulas são grátis. Vai encarar? / Por cauã taborda
foto cole Geddy
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Assustar sempre foi o maior ta-
lento do especialista em efeitos especiais Stan Winston, morto em 2008. O artista americano ganhou quatro Oscars e deixou a sua marca em boa parte dos principais filmes de ação, ficção científica e terror dos últimos 30 anos. Ele deu vida a personagens como o psicopata Jason, os robôs de O Exterminador do Futuro, os gigantes azuis de Avatar e os dinossauros de Jurassic Park. Para homenagear o pai, o ator Matt Winston decidiu criar uma escola para ensinar os segredos da fabricação de monstros. Essa fábrica assustadora só existe na internet. “Todos sentiam falta do meu pai. Ele era o chefe da nossa família, o chefe do estúdio, o líder dessa indústria. E tinha só 62 anos quando morreu. Por isso decidimos homenageá-lo”, disse Matt a INFO. Matt conta que há três anos começou a tomar lições de guitarra pela internet e notou que as pessoas aprendem online coisas sobre os mais variados temas. “Foi como me dei conta de que poderíamos manter a arte do meu pai viva e espalhá-la ao máximo”, afirma. O resultado são dezenas de cursos disponíveis no Stan Winston School of Character Arts, que oferece aulas
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ConCeito
Desde o primeiro rascunho, as aulas cobrem os fundamentos do design
completas em vídeo, transmitidas por streaming ou vendidas em DVDs. Entre os professores estão diversos vencedores do Oscar, como Bill Corso, responsável pela maquiagem do filme Desventuras em Série, e Barney Burman, criador de monstros para séries como MIB – Homens de Preto e Star Trek. Os cursos ministrados pela Stan Winston School dão o tom das peculiaridades dos monstros. É possível, por exemplo, aprender a criar presas, pelagens e olhos falsos, fabricar diferentes tipos de sangue, desenhar criaturas em 3D e até desenvolver monstros utilizando mecatrônica. “Nossa ideia é atender mais o público que os profissionais. Tentamos ao máximo mostrar que se pode usar apenas itens acessíveis, como na lição em que montamos um Tyrannosaurus rex usando apenas cola e espuma”, afirma Matt Winston. Com aulas que custam entre 20 dólares, para quatro lições, e 300 dólares, para cursos de até 12 meses, a Stan Winston School oferecerá, a partir deste ano, uma certificação para seus alunos. As primeiras quatro aulas costumam ser gratuitas. Que tal colocar um curso de maquiagem de lobisomens em seu currículo? ↙
maquete
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O aluno passa do papel para os protótipos que darão suporte ao monstro final
OS PROFESSORES
Entre os instrutores da Stan Winston School estão desde o ferreiro que forjou a espada de Jack Sparrow, de Piratas do Caribe, até o designer da armadura do Homem de Ferro. Veja abaixo ChRiStOPhER SwiFt Foi supervisor de maquiagem e de efeitos especiais de dezenas de filmes. Mas nada supera seu trabalho mais popular: a armadura do Homem de Ferro hOwaRd BERgER Especialista em mecatrônica, produziu os efeitos especiais de filmes como Kill Bill, Bastardos Inglórios, Transformers e da série The Walking Dead JOhn ROSEngRant Discípulo de Stan Winston, trabalhou recentemente na criação de personagens para Avatar e a saga Crepúsculo JORdu SChEll É o escultor que deu vida aos personagens de Hellboy, 300, MIB – Homens de Preto e Aliens vs. Predador tOny SwattOn Ferreiro profissional, desenvolveu as armas para a série Piratas do Caribe e participou de produções como O Escorpião Rei, O Último Samurai e Van Helsing
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exeCução
Depois de guiados pelos estudos e miniaturas, é hora de dar corpo à criação
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/ Game
O mistério do cubo Game para smartphone propõe corrida para ver quem chega primeiro ao centro de um cubo digital, com a promessa de uma revelação que transformará a vida
/ Por Marcus Vinícius Brasil Foi após uma palestra do cineasta
J.J. Abrams que o time do estúdio 22Cans teve a ideia de um jogo cujo enredo girasse em torno de um cubo misterioso. O diretor da série Lost discutia a relação entre curiosidade e criatividade durante uma fala no TED de 2007, na Califórnia. Como metáfora, Abrams mostrou uma caixa que havia comprado de um mágico, há anos, e guardava sem saber o que havia dentro dela. O desenvolvedor Peter Molyneux, autor de games como Dungeon Keeper
(1997) e Black & White (2001), ouviu J.J. Abrams e daí surgiu o conceito do Curiosity. Poucas horas após ser lançado com exclusivididade para smartphones e tablets, em agosto, ele explodiu em popularidade e derrubou os servidores da companhia. Sua interface tem apenas um cubo tridimensional flutuante, visto simultaneamente por todos os jogadores conectados. É composto por camadas de milhões de cubos menores, que desintegram com o toque do usuário na
tela touchscreen. A pergunta que movimenta o game: o que há no interior da caixa? À procura da resposta, todos os dias 250 mil jogadores se conectam e escavam freneticamente as faces do misterioso objeto, com média de dois cliques por segundo por jogador. “Somos um time pequeno, e 50 mil pessoas baixaram o game somente na primeira hora depois do lançamento. A partir de então, cresceu de modo exponencial, não esperávamos por isso. Foram longas noites até termos tudo consertado”, disse a INFO Sam Van Tilburgh, um dos diretores da 22Cans. A resposta do cubo (capaz de mudar a vida de uma pessoa, segundo os criadores) será revelada a quem chegar primeiro ao centro, o que pode demorar de quatro a cinco meses para acontecer. Por enquanto, só Molyneux e Van Tilburgh sabem o que há dentro da caixa. “Quando me perguntam, parece que são meus sobrinhos curiosos querendo saber o que há lá”, diz Van Tilburgh, aos risos. À INFO, ele não deu nenhuma dica. Resta baixar o aplicativo, que é gratuito, e entrar na corrida.
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/ cultura geek
Jogo de palavras
O enredo dos videogames anda tão sofisticado que agora os livros pegam carona nos jogos – e não mais o contrário. Aqui, cinco best sellers para quem curte joystick
/ POr Eric costa
World of Warcraf – Marés da guerra (ed. galera record_ r$ 34,90) O universo do game de estratégia já serviu de base para quatro livros. Neste, em português, a história mostra eventos de Warcraft ii, com a feiticeira Jaina Proudmore costurando a paz entre humanos e orcs
god of War (ed. leya_r$ 29,90) A história conta as origens do protagonista Kratos, o guerreiro espartano que luta contra os deuses do Olimpo. É uma boa chance para conhecer a mitologia grega e colocar algum sentido na matança que rola nos jogos
assassin’s Creed – renegado (ed. record_r$ 34,90) O novo livro da série que frequenta a lista de mais vendidos no Brasil desde 2011 mostra a vingança de Haytham Kenway na Londres do século 18. No roteiro há suspense, violência e um belo spoiler
diablo – a ordem (ed. galera record_ r$ 34,90) O único livro, entre oito existentes, a ser lançado no Brasil até o momento tem foco em Deckard Cain, um dos poucos personagens que apareceram em todos os jogos da franquia. No enredo, mais detalhes dos místicos ambientes e dos personagens de Diablo iii
Uncharted – o Quarto labirinto (ed. Benvirá_r$ 32,90) Com jogos que lembram os filmes de Indiana Jones, nada mais natural que o livro seja baseado nas aventuras do caçador de tesouros Nathan Drake. Nesta obra, o protagonista tenta resolver um mistério ligado ao labirinto do mítico Minotauro
Acesse o link para baixar o primeiro capítulo do livro inspirado em God of War
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/ Objetos de desejo
lá fora
Clearaudio Concept Além do visual elegante, este toca-discos conta com um sistema magnético capaz de evitar que a agulha risque os LPs 1 977 dólares
Moderno é ser retrô
Desenho clássico dos produtos dos anos 1950 e 1960 inspira a criação de gadgets que unem o melhor das tecnologias do presente ao acabamento primoroso do passado
Cassette to iPod Converter Sem cabos nem computador, este case para iPhone toca e converte o conteúdo de fitas K7 em MP3 129 dólares
Philips Original Radio Com 10 watts de potência, a dock inspirada no rádio Philetta 254, de 1955, tem um visual perfeito para ouvir Chuck Berry, tomando milk-shake 199 dólares
Get Up Stand Up Home Audio System Bob Marley nunca ouviu música em MP3, mas se ouvisse iria curtir muito os graves desta dock com acabamento de madeira e subwoofer 486 libras
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SpyMaster Binoculars A aparência só é de binóculo antigo até o LCD de 1,5 polegada ser levantado e transformar o gadget em uma câmera digital de 5 Mpixels 632 libras
Braun MobileShave Ao ver a beleza e a praticidade deste barbeador elétrico, inspirado nos modelos do anos 1950, dá para entender porque a alemã Braun inspirou o design da Apple 29 dólares
Polaroid z2300 Para quem só usou câmeras digitais, vale explicar. A Polaroid faz fotos coloridas com muito estilo e, logo depois, imprime a imagem em formato 5 por 7 cm 210 dólares
USB Typewriter Fácil de instalar como qualquer teclado USB, a máquina de escrever funciona com PCs, Mac, iPads e até com papel 76 dólares
De’Longui Vintage Icona Lembra-se do Rodney Lataria, do filme Robôs? Não? Tudo bem. A aparência dessa torradeira não é seu único diferencial. Ela também conta com uma função para descongelar alimentos 129 dólares
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/ apps que valem a pena
AplicAtivos do mês / POR fabiano Candido
iphONe
ipad
BlackBerry
FOap Captura fotos e as compartilha numa rede social. Usuários podem comprar a foto por 10 dólares. Metade do valor fica com a Foap; a outra vai para o autor. Para iOS 5 ou superior / Grátis
all-IN FItNess prO Com Centenas de diCas para aprender a malhar, este aplicativo tem calculadora de calorias e recurso para elaborar um plano de como perder peso. Para iOS 4.3 ou superior / 19,99 dólares
pacemaker brinquem de dj com a ajuda deste app. Ele permite fazer mixagens, aplicar efeitos, acelerar batidas e até criar sons a partir das músicas do celular. Para BlackBerry 2 ou superior / 9,99 dólares
NO ler mOBIle quem usa este software tem menos chances de sofrer com tendinite e lesões por esforço repetitivo (LER). Ele indica pausas e exercícios. Para iOS 5 ou superior / Grátis
dOcumeNt maNaGer prO o gerenCiador de arquivos ajuda a organizar fotos, planilhas e apresentações no tablet e faz backup do conteúdo usando o serviço iCloud. Para iOS 4.3 ou superior / 2,99 dólares
smart OFFIce 2 edite doCumentos do Word, do PowerPoint e do Excel na tela do BlackBerry com este aplicativo que tem recursos para compartilhar dados na nuvem. Para BlackBerry 1 ou superior / 9,99 dólares
Waze os motoristas podem monitorar, em tempo real, a condição do trânsito, conhecer a melhor rota para um destino e saber a situação de uma estrada. Para iOS 4.3 ou superior / Grátis
WuNderlIst 2 Lembra as tarefas diárias, compartilha compromissos com seus contatos e traça rotas para que você não se perca no caminho das reuniões. Para iOS 4.3 ou superior / Grátis
super FIle maNaGer ALÉM DE ENCONTRAR arquivos espalhados pelas pastas do smartphone, este app apresenta ainda recursos para mover, cortar e copiar arquivos. Para BlackBerry 1.0.8 ou superior / 1,99 dólar
aNdrOId / Celular
aNdrOId / tablet
WINdOWs phONe
GOOGle aGeNda feito para organiZar compromissos, este app oficial do Google sincroniza os eventos criados pelo site com o smartphone e conta com alertas. Para Android 4.0.3 ou superior / Grátis
clOud drIve phOtOs quem tem medo de perder suas fotos pode fazer cópias de segurança com este app que tem selo de qualidade da Amazon. E não é cobrado nada por isso. Para Android 2.3 ou superior / Grátis
BOx indispensáveL para quem está sem espaço na memória do celular. Ele oferece cinco gigabytes na nuvem, onde é possível salvar arquivos, fotos e músicas. Para WP 7.5 ou superior / Grátis
taWkON medindo a radiaÇÃo que o smartphone emite durante uma chamada, o aplicativo alerta sobre possíveis riscos no uso prolongado do telefone. Para Android 2.2 ou superior / Grátis
pIxlr express Com dois CLiques, o programa melhora fotos usando um arsenal de 600 efeitos para clarear dentes, realçar cores e evitar o excesso de flash. Para Android 2.2 ou superior / Grátis
cONtrOle de FINaNças Free preCisa eConomiZar? Um dos caminhos é baixar este app para anotar os gastos diários e ver gráficos, acompanhando de perto suas finanças. Para WP 7.5 ou superior / Grátis
Whale traIl classIc Com jeito psiCodÉLiCo, o game tem como protagonista uma baleia que voa entre nuvens e inimigos coloridos para capturar bolhas de ar. Para Android 2.3 ou superior / 2,99 dólares
skype 3.0 o ComuniCador por VoIP tem uma interface própria para tablets, onde os contatos e os recursos são divididos por blocos e integrados ao MSN. Para Android 2.1 ou superior / Grátis
GdrIve Wp7 o googLe drive não tem um app para smartphones com o sistema Windows, mas este aqui resolve o problema, fazendo backups com facilidade. Para WP 7.5 ou superior / Grátis
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/ Fotografia
/ Como fizemos as imagens desta página acesse o Qr code para ver mais dicas sobre o efeito time-lapse
COmO FOtOgraFar O tempO Com a ajuda de apps é possível montar sequência de imagens que mostra a passagem do tempo em paisagens e pessoas
Você já deve ter assistido um daqueles vídeos que mostram uma pessoa
/ Por Eric costa
sendo fotografada diariamente na mesma posição e cenário e, em segundos, sua barba cresce, é raspada, cresce de novo, o cabelo muda. A técnica usada nesse tipo de filme é chamada de time-lapse ou salto no tempo. Produzir esse efeito requer três itens: uma câmera, um local fixo para capturar as fotos e um pouco de paciência. Selecionamos alguns aplicativos que ajudam a organizar e montar esses vídeos.
A preparação
No notebook
A captura das imagens pode ser feita por câmera fotográfica, celular ou notebook. É essencial posicionar o aparelho sempre no mesmo lugar. Use um tripé ou suporte. Não tem um? Improvise fazendo uma marcação com fita adesiva na mesa ou no parapeito de uma janela. Não mude a distância entre a câmera e o assunto a ser fotografado.
Optar por um notebook ou desktop pode agilizar a montagem do vídeo. Com o programinha gratuito JellyCam (abr.io/jellycam), é possível registrar as cenas apenas teclando Espaço. Depois, basta escolher a ordem das imagens e a trilha sonora a ser usada. Outra opção é o Muan (abr.io/muan), que roda nos sistemas Windows, Mac e Linux.
No smartphone
Os aplicativos Estúdio Stop Motion (abr.io/smstudioios), para iOS, e Clayframes (abr.io/cframesandroid), para Android, contam com os principais recursos para a criação dos filmes, incluindo importação de imagens e efeitos de transparência que sobrepõem as imagens já capturadas. Outra opção é o Lapse IT, para iOS e Android.
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Dicas para comprar em sites De fora uma seleção de respostas para as dúvidas mais comuns de quem pretende comprar produtos em sites estrangeiros
calcule o imposto
Antes de comprar, verifique se o preço realmente vale a pena adicionando 60% de imposto ao valor. Essa é a taxa média para compras no exterior.
evite a malandragem
Compras abaixo de 50 dólares não pagam imposto. Isso vale para encomendas entre pessoas físicas, mas a Receita já conhece as lojas que usam o truque.
Não use o cartão
O melhor é optar por um meio de pagamento digital como o PayPal. Mesmo em sites confiáveis, o uso de meios eletrônicos é mais seguro.
rastreie a encomenda
O serviço ajuda a acompanhar com precisão em que parte do mundo sua encomenda está, além de ser útil nos casos de extravio ou devolução.
Não fique ansioso
Para aplacar a ansiedade da espera, use sites como o Muambator (abr.io/muambatorweb), que avisa por e-mail ou Twitter quando a encomenda entrou no Brasil.
O TED DOs ilusTrEs
saiba quais são as palestras favoritas de personalidades como a cantora björk e philippe starck e inspire-se!
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por Marcus Vinícius Brasil
A palestra de uma artista que projetou um traje funerário com cogumelos, para melhorar a decomposição de cadáveres, está entre as favoritas da islandesa Björk no TED.com. Veja, a seguir, o que seis personalidades recomendam assistir.
PhiliPPe Starck
Mikko hyPPonen
Kevin Slavin_como algoritmos
Clay Shirky_como a internet pode transformar os governos
Amber Case_agora somos ciborgues que usam celulares
Larry Lessig_leis que
Neil Gershenfeld_um laboratório que fabrica de tudo
Marc Goodman_ a tecnologia poderá ajudar o crime no futuro
(designer) abr.io/8HWe
podem moldar o mundo
(perito em segurança digital) abr.io/8HWt
sufocam a criatividade
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o melhor de Bill Gates
Livro de frases mostra o lado humano, pão-duro e engraçado do criador da Microsoft em quase quatro décadas de vida pública
Meu filho Mais velho não deixa o Mais novo ouvir Músicas coM palavrões. por isso conheço poucas Músicas da lady GaGa
coMo no Mcdonald´s coM Mais frequência do que a Maioria das pessoas
acho Muito Melhor uMa criança viciada eM coMputador do que eM televisão, porque no MíniMo sua Mente está fazendo escolhas hoje preferiria ser uM Gênio nascido na china a uM cara coMuM nascido no interior dos eua
Autora_Lisa Rogak Editora_Campus Nº de páginas_176 Preço_R$ 39,90
BoBak Ferdowsi (engenheiro da Nasa) abr.io/8HWj
Björk
(cantora) abr.io/8HW4
reGGie watts (músico e comediante) abr.io/8HWx
(fundador da Microsoft) abr.io/8HWv
Hans Rosling_Novas ideias para sair da linha de pobreza
Jae Rhim Lee_Um traje funerário feito de cogumelos
Paul Stamets_6 maneiras de os cogumelos salvarem o mundo
Hans Rosling_Estatísticas que mudam sua visão de mundo
Ken Robinson_Por uma escola
Suzanne Lee_Como cultivar
Ron Eglash_Fractais no centro
Michael Specter_O perigo por
da arte e do design africano
trás da negação da ciência
Rachel Armstrong_Prédios
Chimamanda Adichie_
David Christian_A história de
que não mate a criatividade
Stephen Hawking_O físico famoso questiona o universo
suas próprias roupas
capazes de crescer sozinhos
A literatura africana
Bill Gates
nosso mundo em 18 minutos
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/ Música
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AO vivO Kristofer Hagbard toca, em show, sua harpa radioativa
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EscAlA Parte do material radioativo usado para o som
Faça sua música com isótopos No site do projeto Radioactive Orchestra é possível criar combinações melódicas utilizando sons gravados com uma série de isótopos radioativos
Urânio para os ouvidos Projeto Radioactive Orchestra utiliza amostras de material radioativo para criar melodias que parecem ficção musical
/
POR MarcUs ViníciUs Brasil
O sueco Kristofer Hagbard
aproxima uma amostra de urânio de um instrumento metálico conectado a seu MacBook. Assim que o material radioativo se aproxima do objeto, os altofalantes do computador explodem em notas musicais graves e agudas, numa onda melódica que parece sair de um filme de ficção científica. Realizada em outubro de 2012, a exibição é parte do projeto artístico e pedagógico Radioactive Orchestra, que além de shows ao vivo inclui a produção de um disco e um site.
“Queremos fazer pela radioatividade o mesmo que Lady Gaga fez pela moda”, diz o sueco Georg Herlitz, líder do quarteto. Desenvolvido com um grupo de físicos nucleares o instrumento captador traduz a radiação em forma de notas musicais graças a um software criado para isso. Dependendo do material, o som sai de forma diferente. “Queremos convidar artistas conhecidos a experimentá-los”, afirma Herlitz. “Seria muito interessante ouvir o que a Björk poderia fazer com um desses.”
1 Acesse a página da aplicação em abr.io/8L8m
2 Escolha um isótopo da enorme lista fornecida no gráfico, como césio 125 ou mercúrio 189
3 Combine e edite os variados sons no painel da aplicação. É possível modificar notas e volumes, por exemplo
4 Grave o resultado da mistura e compartilhe com os amigos
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Números do mês 40 zetabytes
será a quantidade de dados presentes no mundo até 2020, segundo previsão do instituto IDC. Isso equivale a 57 vezes o número de grãos de areia de todas as praias da Terra
39% dOs dOnOs de celular
37% das Ofertas pOr e-mail nãO chegam
entrevistados pelo instituto Pew dizem que seus amigos reclamam por não terem as ligações atendidas prontamente
De acordo com a Return Path, 19% das mensagens eletrônicas promocionais solicitadas pelos usuários são consideradas spam e 18% são bloqueadas
Os cOrinthianOs mais cOmentadOs
ilustrações
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Paulo anDré
TiTE
Cássio
ralf
alEssanDro
Danilo
Paulinho
J. hEnriquE
GuErrEro
EmErson shEik
Durante a Copa do Mundo de Clubes da Fifa, o Corinthians foi o assunto mais comentado nas redes sociais. O UOL listou os jogadores mais citados
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/ Vivendo em Beta
De volta para o passado
As redes sociais são a nossa memória. No lugar dos velhos álbuns de fotos, os check-ins e pin-drops ajudam a lembrar bons momentos
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ssisti recentemente, no canal a cabo Bravo, um programa da série Start-Ups: Silicon Valley (bravotv.com/startups-silicon-valley) que me causou arrepios. E isso não foi nada bom. A série do reality show para a televisão não tem nada de real. Os seis personagens nerds que apareceram no programa americano glamorizam um estilo de vida que, na realidade, é difícil, quase mundano e com a possibilidade de fracasso sempre presente. As dificuldades da vida de empreendedor tech são discutidas tangencialmente no programa, ofuscadas por muitas festas bacanas e descoladas, carrões bonitos, roupas da moda e o melodrama de quem está ficando com quem.
memórIa dIgItal Apesar disso, o programa tem algumas cenas interessantes que relatam o comportamento genuíno da nova geração tech. Uma delas é essa ideia de estar constantemente ligado, conectado, gravando cada momento. Check-ins no Foursquare, fotos para o Instagram, relatos no Facebook, estilo pessoal no Pinterest. Tudo isso fica catalogado. Os bares, as cidades e os lugares visitados passam a ser arquivados no ciberespaço.
Atividades que parecem imediatas, ou do momento, a cada ano adquirem uma caraterística mais nostálgica. Você lembra onde estava no Natal de 2011? O que comeu no seu aniversário em 2012? E exatamente o que estava fazendo no dia em que, de acordo com o calendário maia, a terra iria acabar? Se a resposta for sim, de repente não é porque você tem uma memória supra-humana, mas porque você fez uma “cola” no Foursquare ou no Facebook. Arquivar as atividades nas redes sociais é a nossa nova memória. Assim como cartas e fotografias, que há alguns anos nos ajudavam a relembrar o passado, uploads, check-ins e pin-drops constituem a maneira presente de se lembrar da vida. E se você estiver se perguntando se já existem startups especializadas nessa nova forma de memória digital, a resposta vem com dois exemplos: Timehop.com e Rewind.me.
lembraNças apagadas O Timehop é um app para o iPhone que grava todas as suas atividades em redes sociais como o Facebook, o Twitter, o Foursquare, o Instagram e o Flickr. A cada dia que você acessa sua página, a interface do Timehop revisita o que você postou um ano atrás no mesmo dia. Já o Rewind.me traz uma novidade.
AlessAndrA lAriu
Ele transforma atividades nas redes sociais em uma competição entre amigos, ou seja, quem fez mais coisas ganha pontos pelos seus uploads. Assim, se desde maio de 2012 você foi a dois restaurantes por dia, acumulou 480 visitas a restaurantes no ano. Aposto que ganhou a competição na categoria Comer Fora. Mas abrir um arquivo do passado por meio de memórias guardadas nas redes sociais pode trazer também lembranças desagradáveis. Para aliviar esse efeito, os aplicativos oferecem uma função que bloqueia pessoas e determinados dias do ano. Excelentes para exnamoradas e períodos difíceis da vida.
passadO lucratIvO De qualquer modo, o Vale do Silício começa a investir em companhias que usam os dados arquivados em redes sociais não só para lembrar o passado, mas também para “capitalizar”. Agora que o Timehop conhece suas datas especiais, o app pode sugerir presentes ou atividades e ganhar uma comissão por isso. Relembrar o passado não só ficou mais fácil, mas também mais lucrativo. ↙
Alessandra Lariu, 40 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.
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/ BizTech
Por que queremos a internet livre? A rede só chegou onde chegou porque é livre e neutra. Mas tem gente querendo regular a internet e isso pode ser bem ruim
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uito se tem discutido a respeito de como regular o uso da i nter net. Nos últimos anos, temos acompanhado no Brasil a discussão e a votação (ainda não concluída) do Marco Civil da Internet, cujo objetivo é definir o conjunto de regras, direitos e responsabilidades dos usuários, empresas e instituições que fazem parte da rede. Recentemente, o mundo se reuniu em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para discutir os novos regulamentos internacionais para as telecomunicações, na Conferência Mu n d i a l de Te le c omu n ic aç õ e s Internacionais (WCIT). O que também é bacana, pois é importante que se definam regras para facilitar e estimular as interconexões e a interoperabilidade dos serviços de telecom. Afinal, ao usar um desses serviços, como a internet, é importante não termos problema ou nos preocuparmos se conseguiremos nos conectar com outros usuários e serviços em todo o mundo. No entanto, dependendo dos caminhos que essas discussões tomem, muitos dos aspectos mais interessantes e poderosos da internet podem ficar comprometidos por regras, acordos e
leis que prejudicam seu funcionamento. É claro que tudo faz parte de um grande jogo de interesses e poder que está sendo travado em palcos desconhecidos pela sociedade. Entre as coisas que estão em risco há desde a garantia dos direitos humanos fundamentais até a questão da neutralidade da rede. Sem negar a importância dos outros pontos, vamos pensar na neutralidade da rede. Esse princípio é a defesa de que provedores de acesso e de infraestrutura não restrinjam o acesso dos usuários às redes que fazem parte da internet. A ideia é impedir tratamento diferenciado no modo como usuários, sites, dispositivos, conteúdos e plataformas atuam na rede. Parece simples, mas não é. Uma das maneiras de diferenciar o acesso é pela cobrança. Imagine, por exemplo, que os donos de um determinado serviço na internet queiram pagar para que usuários de seus serviços tenham facilidades em relação a um concorrente com menor poder econômico. Estamos falando de pagar para que o acesso de um usuário (que já paga por sua conexão) tenha vantagens frente ao de outro serviço. É como se estivessem fazendo uma escolha por meio do poder econômico. Ou como se você tivesse dificuldades para entrar no site que prefere
Manoel leMos
pelo fato de que alguém pagou para que outro site seja mais fácil de ser acessado. Imagine o impacto disso nas startups, que não podem pagar por essas facilidades? Além da competição ficar desigual, a quantidade de inovações cairia e nós, os usuários, sairíamos perdendo. Mas a coisa pode ser ainda pior. Hoje, os usuários são beneficiados pela competição entre os provedores de acesso, que precisam oferecer cobertura, melhores serviços, menores preços e mais inovação para aumentar suas receitas. O incentivo para ganhar mais é conquistar novos usuários e melhorar os serviços. Porém, se puderem cobrar mais de provedores de serviços para que tenham o acesso facilitado, o incentivo some e os usuários perdem. Se imaginarmos quanta riqueza é gerada pela rede e as oportunidades que traz para toda a sociedade, é fundamental a preocupação e a defesa de uma rede livre e neutra. Regulamentada, sim! Mas de modo que os interesses e os direitos das pessoas sejam observados e garantidos. #freenet ↙
Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.
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/ Cérebro Eletrônico
Uma biblioteca acessível a todos
digitalizados, os livros que estão mofando no armário ganham vida. Com o superscanner bFS-auto esse trabalho será fácil
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scanner é o mais i nj u s t i ç ado do s periféricos. Filho bastardo do fax, ficou meio imutável e abandonado por décadas. Ninguém dá muita bola para scanners. Mas esse aparelho desprezado vai ter cada vez mais importância. Por ter juntado muitos tesouros culturais pela vida, levo o scanner muito a sério. É ele quem eterniza livros de papel que estão se esfarelando. É vital para quem se preocupa com a preservação da memória. O problema é que o escaneamento continua um processo muito lento. Porque o conceito do scanner ficou ultrapassado. Alguém precisava pensar além. Foi o que fez o laboratório de pesquisa da Universidade de Tóquio, com o BFS-Auto. Ele usa um porta-livro, duas câmeras fotográficas com flash e um sensor a laser. As câmeras apontam uma para cada página do livro aberto. O laser calcula a ondulação da página. As fotos são tiradas em 400 dpi, as distorções corrigidas e, acredite, a página é virada automaticamente. Você coloca o livro no BFS-Auto e esquece. Ele processa até 250 páginas por minuto! Sua biblioteca pode ser digitalizada em poucos dias. As bibliotecas
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públicas, idem. Não estou dizendo para jogar o livro de papel fora. (Eu pessoalmente me desapeguei.) O importante é digitalizar livros e revistas antes que se deteriorem. Guarde a versão em papel. O BFS-Auto ainda é um protótipo e seu lançamento está marcado para este ano que começou. (Para ver essa pequena maravilha em ação, acesse k2.t.u-tokyo.ac.jp/vision/BFS-Auto/) Provavelmente não será barato. Mas é um sonho concretizado, a caminho da loja. Antes que o BFS-Auto esteja à venda em 24 vezes sem juros na Casas Bahia, tenho que continuar a preservação da minha biblioteca no método manual. Se alguém estiver interessado no meu método, aqui vai o passo a passo.
1_Fora capa e contracapa, escaneio as páginas em dupla. Para as de texto, escaneio em escala de cinza (300 dpi). Salvo numa pasta de imagens não tratadas. 2_Depois, crio arquivos individuais para cada página, tudo numerado na ordem exata em que vai ser publicado. Coloco esses arquivos numa outra pasta.
Dagomir marquezi
tical; b) dou 100% de contraste, o que limpa a página das suas manchas e defeitos; c) limpo o resto das imperfeições com o controle de meios-tons e com a correção automática; d) se a página não ficou boa, repito o processo alternando contraste com meios-tons. Salvo. O procedimento muda nas páginas com fotos.
4_Quando todas as páginas estão alinhadas, limpas e contrastadas, crio um livro em PDF. Algumas páginas ficam desalinhadas, meio tortas. São as limitações formais do papel. Uma edição mais cuidadosa levaria muito mais tempo.
5_Criado o PDF, mando o livro digitalizado para o Google Drive, guardo uma cópia no computador, mando uma terceira cópia anexada num e-mail para mim mesmo. Pronto.
6_Publico o livro no site Scribd e mando ao Kindle para que possa ser lido em computadores, tablets e celulares. O volume que estava mofando na estante agora está vivo e disponível para o mundo. Que venha logo o BFS-Auto. ↙
3_Abro cada página num programa gráfico para tratamento. Pela ordem: a) alinho a página (com o comando “girar”) para que fique perfeitamente ver-
Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.
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/ Inside Information
O crime em horário nobre
O criador de CSI e roteirista de Hollywood conta como fez para a web a série Cybergeddon, após ter seu site hackeado pelo cibercrime
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m dia, em um passado não muito remoto, cliquei em um link no meu site e muita pornograf ia começou a invadir a tela. Meu site tinha sido hackeado. Era a primeira vez que vivenciava algo assim. Depois do ataque, eu e minha equipe entramos em contato com a Agência de Segurança Nacional e eles disseram: “Olha, se você conseguir ensinar as pessoas a não usar a palavra senha ao definir uma senha, isso já resolveria metade dos nossos problemas”. Fui para Washington fazer algumas pesquisas e fiquei impressionado com toda a informação que descobri. Foi quando Cybergeddon nasceu, algo gigantesco como Armageddon, de Jerry Bruckheimer. Mas em vez de ser apresentado em salas de cinema, foi dividido em nove episódios de dez minutos e distribuído pelo Yahoo! para 25 países. Qual a melhor maneira de contar uma história de cibercrime senão usando o mundo online em que ela é baseada? Ainda assim, estava acostumado com CSI, uma série com diversos passos, que tem uma equipe de nove escritores, além de pesquisadores, uma lousa grande com pincel atômico e pessoas gritando suas ideias em uma sala.
Minha primeira lembrança de assistir algo online é de um programa do YouTube chamado Ghost Girl. Ele me fez pensar na natureza visceral de um conteúdo feito em tamanho tão pequeno. A maior audiência com CSI foi de 30 milhões de espectadores para o episódio final da quinta temporada, dirigido por Quentin Tarantino. Mas online estamos falando de centenas de milhões de espectadores. Ainda assim, como fazer um conteúdo compartilhável de alta qualidade? É isso que vamos descobrir. Para a série Cybergeddon prender a audiência em tablets, smartphones e laptops, cada segmento de dez minutos precisava ter início, meio e fim, além de um gancho forte que motivasse o espectador a voltar. O ritmo deveria ser acelerado, com números e telas divididas. É emblemática a mudança de comportamento com a tecnologia. As coisas precisam ser rápidas. E isso se refletiu na produção. No processo normal de um filme, o roteiro pode levar de um a três anos, às vezes até cinco ou dez anos, para ser elaborado. Estive envolvido no roteiro de O Exterminador do Futuro: A Salvação, que levou 77 dias para ser gravado. Mesmo um episódio de CSI pode levar oito dias e meio de filmagem. Fizemos o Cybergeddon completo em 18 dias pratica-
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mente com o mesmo orçamento. É algo inédito, assim como a possibilidade de interatividade disponível. E é só assim que se pode fazer coisas tão rapidamente, com um nível tão alto de qualidade. Há um feedback instantâneo e numerosas maneiras de oferecer conteúdo. Temos em Cybergeddon um filme de 90 minutos, 70 peças de conteúdo, incluindo minifilmes de 60 segundos sobre os personagens, guias e cenas extras, com as quais o espectador pode brincar em sua casa, usando o aplicativo oferecido. As formas de consumir o conteúdo são infinitas. Isso me faz pensar em como é arcaica a programação para TV. É quase tão antiquada quanto o rádio, com uma música após a outra, sem a possibilidade de mudar o fluxo para atender o gosto do ouvinte. Para contar a história do futuro do crime, no entanto, não usamos apenas o futuro do cinema e uma forma inédita de narrativa. Fomos aonde a nova geração de criminosos está. Todos os episódios de Cybergeddon estão no Yahoo! O jogo gratuito móvel também está disponível para o iOS e o Android. ↙
Anthony E. Zuiker, 44 anos, é criador e roteirista da série CSI: Crime Scene Investigation, do canal CBS. Produz as versões: CSI Las Vegas, Miami e New York. É autor do livro Grau 26.
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Jovens da USP manipulam material genético e criam organismos não encontrados na natureza
Enfim, os e-Books / 52 O Futuro Segundo o Google / 56 13 Inovações para 2013 / 68 Prêmio INFO 2012 / 74 A Internet Que Veio do Frio / 80 FOTO raOni maddalena
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na usp Os alunos Cauã Westmann (ao fundo), Andrés Ochoa (em pé, de óculos), Oto Heringer, Marcelo Boareto, Pedro Henrique Medeiros, Francisco Camargo e Joana Guiro se reúnem semanalmente no Clube de Biologia Sintética
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Hackers de dna Uma geração de Jovens pesqUisadores qUe manipUlam material genético começa a criar organismos vivos ainda não encontrados na natUreza. em Universidades, laboratórios e até em casa eles atUam nUma área chamada biologia sintética
/ Por Paula Rothman
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Numa tarde
de dezembro, um grupo de estudantes da uSP discutia uma maneira de evitar ressaca. não, não era um papo de bar. Reunidos na biblioteca do cam-
pus da Universidade de São Paulo, os 17 alunos travavam um debate acadêmico. “Podemos usar um fungo para identificar bebidas adulteradas”, disse Pedro Henrique Medeiros, 24 anos, formado em biologia e aluno do segundo ano de farmácia. O tal fungo, uma levedura, é um organismo bastante curioso. Ele poderia brilhar em amarelo fosforescente quando a vodca, por exemplo, apresentasse alto teor de metanol, um álcool mais barato e responsável por grande parte das dores de cabeça de quem exagera na dose. É a solução perfeita, por exemplo, para testes rápidos de qualidade na balada. Só tem um detalhe: esse fungo não existe. Pelo menos, não ainda. Criar organismos que não são encontrados na natureza é o objetivo de Medeiros e de seus colegas do Clube de Biologia Sintética da USP. Há cerca de um ano, eles se encontram semanalmente para estudar e tentar colocar em prática ideias como a da levedura. “Poderíamos utilizar partes de um vaga-lume para obter a coloração ama48 / INFO Janeiro 2013
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relada sempre que ela entrar em contato com o metanol”, afirma o biólogo Medeiros. As partes do vaga-lume a que se refere não são as asas ou as patas, mas os genes do inseto. Nos projetos do clube, os alunos alteram o DNA de seres vivos inserindo trechos que permitem a esses organismos realizar tarefas que antes não poderiam fazer. Assim como hackers que escrevem linhas de código no computador, esses pesquisadores conseguem programar seres vivos. “Podemos desenhar novas formas de vida da mesma maneira que um designer projeta um objeto”, disse a INFO George Church, professor de genética na Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e um dos pioneiros dessa área, conhecida como biologia sintética ou synbio. O termo começou a ser usado há pouco mais de dez anos para tentar definir uma variação da engenharia genética focada em facilitar a construção de novas moléculas de DNA. O material genético é uma espécie de receita de bolo dentro das células dos seres vivos. Cada pedacinho, ou gene, é responsável por uma parte do
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Biohacker caseiro
O irlandês Cathal Garvey criou um laboratório em casa. Ele usa panelas de pressão como esterelizadores, potes de isopor como estufas e encomenda DNA pela internet, que chega pelo correio para seus experimentos
funcionamento do sistema. “O que fazemos é catalogar esses trechos em um formato específico que pode ser utilizado em qualquer experimento”, afirma Marie-Anne Van Sluys, doutora em microbiologia e professora do Departamento de Botânica da USP. Chamados de biobricks, ou tijolos biológicos, esses pacotes de informação ficam armazenados em grandes bancos de dados digitais. Basta acessar um deles, por exemplo, para descobrir qual gene específico produz a cor amarela no vaga-lume e se ele tem chances de funcionar na levedura. “É como brincar de Lego usando partes que já existem na natureza para fazer novas combinações”, diz Marie-Anne, que apoia o Clube de Biologia Sintética e cede seu laboratório para os experimentos.
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funcionam como uma impressora”, diz George Church, de Harvard. “A tecnologia está se tornando cada vez mais rápida e barata.” Com isso, começaram a surgir empresas especializadas em vender material genético. Basta enviar a combinação desejada que elas associam os componentes químicos e devolvem genes ou sequências prontos para uso. Com matéria-prima disponível e cada vez mais barata, a manipulação de material genético deixa de ser privilégio dos grandes laboratórios e universidades. A popularização da tecnologia tem efeitos já conhecidos. Na década de 1970, as garagens do Vale do Silício foram o palco de grandes inovações na área de computação. Algo similar começa a acontecer com a biotecnologia.
FeItO em casa ImpressOra de dNa O clube surgiu há pouco mais de um ano por iniciativa dos próprios alunos, que queriam participar do iGEM, a maior competição mundial de synbio. Organizada pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, essa competição contou com 191 inscritos no ano passado. “Em 2012, nós fomos os únicos representantes do país”, diz Andrés Ochoa, um dos diretores do grupo. Para isso, os estudantes recorreram a um site de financiamento coletivo, o RocketHub, e levantaram 3 mil dólares para pagar a inscrição e as camisetas do time. A USP ajudou com as passagens aéreas para a etapa eliminatória, realizada em outubro, na Colômbia. “Em 2013 queremos chegar à final. É por isso que estamos nos reunindo desde já para ter ideias de projetos”, afirma Ochoa. Nos encontros, os alunos se alternam apresentando opções. Uma
delas é a detecção de bebidas adulteradas. Aluno do segundo ano de química, Otto Heringer, 22 anos, foi um dos principais idealizadores do clube. “O que me atraiu na biologia sintética foi a mistura de várias disciplinas”, diz. O próprio grupo é um reflexo dessa característica da synbio. Além de biologia, farmácia e química, há alunos da oceanografia, ciências moleculares, engenharia e física biológica. Qualquer que seja o projeto escolhido para a competição de 2013, os estudantes sabem que podem contar com os biobricks já catalogados para pôr em prática suas ideias. A enorme quantidade de informação acumulada nas últimas décadas de pesquisas em engenharia genética é uma das principais bases da biologia sintética. Mas outros avanços tecnológicos também foram cruciais para o desenvolvimento da área. “Hoje é possível sintetizar DNA usando máquinas que
Cathal Garvey é um irlandês que costuma encomendar DNA pela internet. Os pedidos são entregues sem problema na porta de sua casa em Cork, uma cidade de menos de 130 mil habitantes no sul da Irlanda. Há cerca de um ano, ele deixou seu emprego em um laboratório local e passou a fazer pesquisas por conta própria. “Queria estudar coisas de que gosto, e não apenas o que dá dinheiro para a empresa”, disse Garvey a INFO. Para isso, juntou alguns itens de cozinha, comprou peças pela internet e criou seu próprio laboratório caseiro. Uma panela de pressão, por exemplo, funciona como um esterilizador. “Qualquer coisa que fique dentro dela por 15 minutos está limpa”, diz Garvey. Uma grande embalagem térmica de isopor com aquecedor e termostato acoplados virou uma estufa. A geladeira pode ser usada para resfriar os materiais biológicos, desde que o jantar da família não divida espaço com as amostras. Frascos e tubos de
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AfinAl, pArA que serve?
O ObjetivO da biOlOgia sintética é desenvOlver sOluções cOmerciais que tragam algum benefíciO aO meiO ambiente e à sOciedade. Ou que tenham aplicaçãO direta na indústria. veja O que já está sendO feitO
Cerveja perFeIta
quem entende de cerveja sabe que a floculação é uma etapa importante da fabricação da bebida. ela ocorre no final da fermentação, quando as leveduras se aglutinam e descem ao fundo do recipiente. a floculação no tempo errado pode estragar a cerveja. para ter mais controle sobre essa etapa, estudantes da universidade de boston, nos estados unidos, modificaram uma levedura. alterando os genes, eles criaram um timer que inicia a floculação exatamente quando necessário.
FábrICa de plástICO
O etileno é um composto químico obtido a partir do petróleo e muito utilizado na produção de plásticos. todos os anos, são consumidas mais de 100 milhões de toneladas de etileno no mundo, danificando o meio ambiente. para cada tonelada produzida, são liberadas até três de cO2 na atmosfera. no departamento de energia dos estados unidos, uma cianobactéria promete resolver o problema. alterando seu processo metabólico, pesquisadores conseguiram fazêla produzir o etileno sem petróleo e consumindo cO2 no processo.
tratameNtO para a aIds
algumas pessoas naturalmente imunes ao hiv possuem uma falha no gene ccr5, responsável pelo receptor que permite a entrada do vírus nas células do sistema imunológico. a americana sangamo reproduz essa falha em laboratório. ela altera o gene nas células de pessoas infectadas e as recoloca na corrente sanguínea. em alguns pacientes, houve queda na contagem viral, mesmo interrompendo a medicação. não cura, mas impede que o vírus debilite o organismo.
bIOCOmbustível
a empresa americana joule também modificou uma cianobactéria, mas para produzir combustível limpo. sem petróleo, cana-de-açúcar ou qualquer tipo de biomassa, ela obtém produtos equivalentes ao diesel e ao etanol. O segredo são as alterações feitas no microrganismo, que consome apenas cO2, luz solar e água não tratada. a tecnologia é patenteada e secreta, mas sabe-se que envolve alterações no mecanismo de fotossíntese da cianobactéria. a joule já arrecadou 110 milhões de dólares em investimentos.
vidro foram comprados online, assim como uma das centrífugas. A outra, ele mesmo construiu imprimindo algumas partes em uma impressora 3D. Um tutorial pode ser encontrado no canal que ele possui no YouTube (onetruecathal). “O objetivo é ajudar aqueles que, assim como eu, estão fazendo isso que chamamos de biohacking por conta própria”, diz Garvey. Quem não tem a sorte de ter uma área livre em casa pode procurar espaços coletivos, cada vez mais comuns nos Estados Unidos e na Europa. O Genspace, em Nova York, por exemplo, reúne artistas e pesquisadores amadores e profissionais interessados em biotecnologia. Foi em um fórum de discussão na internet que a americana Ellen Jorgensen conheceu os outros cinco fundadores do Genspace. Aos 52 anos, e após mais de 25 trabalhando com biologia molecular para a indústria, Ellen decidiu se dedicar a um novo projeto. “Começamos as reuniões em 2009, na casa de um colega, forrando pisos e móveis com plástico para evitar contaminação”, afirma. Em alguns meses, o grupo conseguiu uma sala em um galpão que cede espaços gratuitos para projetos educativos e artísticos. O vizinho de porta é um arquiteto que recolhe objetos de prédios demolidos e ajudou a mobiliar o laboratório. As banquetas, por exemplo, vieram de uma antiga lanchonete. Os equipamentos foram comprados no eBay ou doados. O Genspace funciona como um hub que concentra negócios. Atualmente são 12 sócios que pagam uma mensalidade de 100 dólares. Ela dá direito a usar o espaço e a alguns reagentes necessários nos experimentos. Também há aulas e palestras avulsas que custam até 300 dólares e atraem centenas de pessoas todos os anos. “Um dos eventos
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mais populares é o Biohacker Boot Camp, um intensivão de como construir seu laboratório caseiro”, diz Ellen. Metade dos frequentadores do laboratório é formada por artistas e designers que usam a biotecnologia em seus projetos. Um grupo de garotas, por exemplo, coleta fios de cabelo em lugares públicos e tenta desenhar o rosto dos donos a partir de características que conseguem extrair do DNA. Isso não é biologia sintética, mas é um trabalho com material genético que dificilmente poderia ser feito sem um local como o Genspace. “Esses ambientes são ótimos para trocar ideias”, diz Marcelo Rodrigues, engenheiro elétrico criador do Lab de Garagem. A casa, em São Paulo, é uma espécie de incubadora de projetos e clube dos amantes de eletrônica. Desde 2010, o Lab de Garagem vende equipamentos e orienta quem quiser criar, por exemplo, uma cafeteria que tuíta quando o café está pronto. Agora, Rodrigues quer focar na biologia. No ano passado, visitou o BioCurious, na Califórnia. “Busco parceiros para montar estruturas de trabalho como as que vi nos Estados Unidos”, diz Rodrigues.
Laboratório coLetivo
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O Genspace, em Nova York, cobra mensalidade dos sócios e oferece cursos livres. Pesquisadores dividem a bancada com artistas que usam manipulação genética nas obras
O movimento “faça você mesmo” está em alta na biotecnologia, mas não são só os hackers independentes que investem nele. Pesquisadores em laboratórios de ponta trabalham para aumentar a produção de alimentos, de combustível limpo ou até mesmo combater o vírus da aids sem medicamentos. Uma das empresas com a qual George Church está envolvido patenteou uma espécie de bactéria modificada que usa CO2, água e luz solar para produzir um combustível tão eficiente quanto o diesel, mas sem petróleo. “Com tempo, dinheiro e os avanços tecnológicos, não acho que existam limites para o que se pode fazer com engenharia biológica”, diz Church. A tecnologia é sofisticada e envolve aspectos éticos. De olho no potencial das pesquisas, grandes empresas já se aproximaram dos espaços coletivos de biohacking. “Tenho reuniões com algumas das maiores companhias dos
Estados Unidos e todas elas querem saber o que estamos desenvolvendo”, diz Ellen. O irlandês Cathal Garvey conseguiu investimento de um fundo de venture capital para suas pesquisas. No Brasil, os garotos do Clube de Biologia Sintética da USP começaram a trocar figurinhas com Marcelo Rodrigues, do Lab de Garagem. Quem sabe não surge daí um hub de empreendedorismo em biotecnologia? Mas, para os não-iniciados, como aproveitar esse tipo de pesquisa? Ellen Jorgensen dá alguns exemplos práticos: descobrir qual cão da vizinhança está deixando “presentes” em sua calçada, como fez recentemente um jornalista americano cansado de recolher cocô na porta. Jogando bolas de tênis a cada cão da rua, ele obteve amostras de DNA que cruzou com o material ofensivo para descobrir o autor da sujeira. Outro exemplo? Checar se o seu cereal orgânico contém material geneticamente modificado. Ou ainda criar uma levedura para detectar poluentes. Para quem não acredita no potencial desse novo tipo de hacker, vale lembrar o que a última geração de jovens pioneiros da programação conquistou.↙ Janeiro 2013 INFO
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ENFIm,Os E-bOOks A transição para o livro eletrônico dá um passo importante no país, com a chegada de Amazon e Google Play, de leitores digitais, como Kindle e Kobo, e de mais opção de conteúdo / Por Daniela Moreira
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ra novembro de 2007 quando a Amazon lançou o Kindle. Com o leitor de livros eletrônicos, surgia também uma loja própria de conteúdo digital. Três anos depois, a venda de e-books na Amazon.com superava a de livros físicos. Na Inglaterra, a virada aconteceu em agosto do ano passado, puxada pelo sucesso estrondoso de Cinquenta Tons de Cinza, a trilogia da escritora inglesa E.L. James que vendeu 2 milhões de e-books em quatro meses. Enquanto isso, no Brasil, o livro digital engatinhava. Hoje, representa menos de 2% do total de livros vendidos. Mas tudo indica que esse cenário deve mudar. A chegada da Amazon, gigante americana do varejo que opera em nove países, pode ser o marco dessa virada. “Acreditamos no potencial do mercado brasileiro”, afirma o americano David Naggar, vice-presidente de conteúdo do Kindle, que esteve no Brasil, no mês passado, para o lançamento da loja virtual. foto barry makariou
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“Foram meses preparando a chegada. Queríamos um acervo grande, pois o que interessa é vender conteúdo", diz. A estreia da Amazon, após longa negociação com as editoras brasileiras, deve impulsionar a venda de e-books e o e-commerce brasileiro. Com quase 190 milhões de clientes cadastrados (estima-se que 300 mil sejam brasileiros, com conta na loja americana), é pouco provável que a Amazon se limite a vender apenas livros no país. Mas, por enquanto, é o que a empresa criada por Jeff Bezos irá ofertar por aqui. Suas prateleiras virtuais somam 1,4 milhão de títulos, 13 mil deles em português. Além dos livros, chegou também o Kindle. Mas o leitor digital que acelerou a transição do papel para a era da leitura digital não estará sozinho. No início de dezembro, a Livraria Cultura começou a vender com exclusividade o Kobo, e-reader que detém 46% do mercado canadense. Com uma configuração semelhante à do Kindle de quarta geração, o Kobo Touch Edition tem tela e-ink de 6 polegadas sensível ao toque que suporta 16 níveis de cor e vem com 2 gigabytes de armazenamento interno, expansíveis por cartão de memória microSD. Fácil de manusear, pesa só 180 gramas. É compatível com os principais formatos de livro digital (ePub, PDF e Mobi), além de outros mais específicos, como CBz e CBr, usados em histórias em quadrinhos. Para baixar livros, Janeiro 2013 INFO
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o usuário precisa acessar a loja por Wi-Fi ou optar pelo cabo microUSB ligado ao PC. No INFOlab, mudando quatro páginas por minuto, a bateria do Kobo resistiu por longas 46 horas e 27 minutos, uma ótima marca. Possui ainda os recursos tradicionais dos leitores digitais, como marcação de página e de texto, favoritos, dicionário de sílabas e radicais, além de anotações. Uma das barreiras para o mercado brasileiro de e-books era a falta de leitores digitais de qualidade a preços acessíveis. O Kindle está disponível na versão básica, por 299 reais. Como a Amazon ainda não montou uma estrutura de distribuição no país, o aparelho é vendido pelo Pontofrio.com e pela Livraria da Vila. Futuramente devem chegar outros modelos, como o tablet Kindle Fire, que também permite ver filmes e séries e baixar aplicativos pela loja da Amazon. O Kobo Touch, oferecido pela Livraria Cultura em suas prateleiras físicas e virtuais, custa 399 reais. Embora os e-readers agradem por oferecer menos distração e mais conforto em suas telas sem reflexo, o crescimento do mercado de e-books deve ser
mesmo alavancado pela ascensão de tablets e smartphones. Estimativas da consultoria IDC apontam que existem mais de 2,6 milhões de tablets em uso no Brasil. Para este ano, a previsão é que outros 5,4 milhões sejam vendidos. A base de smartphones é ainda maior. Segundo o instituto de pesquisas Ipsos, são mais de 27 milhões os usuários de celulares inteligentes, boa parte potenciais compradores de e-books.
GOOGle Play O crescimento do acesso às redes de dados 3G também cria condições para que os downloads possam ser feitos diretamente nos aparelhos, simplificando a experiência de uso. Esse é um fator crucial para um mercado em estágio inicial de amadurecimento. Lá fora, enquanto tablets crescem, e-readers perdem espaço. Nos Estados Unidos, houve queda de 36% nas vendas em 2012, segundo o IHS iSuppli. Além da infraestrutura, a oferta de conteúdo é outra frente importante para o desenvolvimento do mercado. Nesse campo, a Amazon e as livrarias virtuais brasileiras terão que dispu-
tar espaço com o Google, que estreou a venda de livros no Google Play também em dezembro. Com 4 milhões de títulos (10 mil em português), o Google oferece ainda filmes para compra ou aluguel. “O Brasil tem uma das maiores penetrações de Android do mundo. A chegada do Google Play era um movimento natural”, afirma o brasileiro Hugo Barra, vice-presidente mundial do Android. O acervo das lojas digitais deu um salto no Brasil em 2012, e a previsão é de que continue crescendo. Na Livraria Saraiva, as vendas de e-books mais do que dobraram em relação a 2011. “Comparando o total das 102 lojas da rede, os e-books seriam a 13ª loja em volume de vendas”, afirma Marcílio Pousada, diretor-presidente da Saraiva. No iba, loja virtual que comercializa livros, jornais e revistas no formato digital, pertencente ao Grupo Abril, que edita a INFO, as vendas crescem a taxas de 35% ao mês desde julho passado, quando estreou. Mais de 1,5 milhão de exemplares já foram baixados, diz Ricardo Garrido, diretor de operações do iba. Também na Livraria Cultura, que já vendia livros digitais antes da par-
FísIcO Ou vIrtual?
Compare a receita e os valores dos livros em papel e de e-books nos mercados dos Estados Unidos e do Brasil
PaPel
e-Book
Vendas de liVros nos estados Unidos, em 2011
Us$ 13,9 bilhões
Us$ 2,1 bilhões
Vendas de liVros no brasil, em 2011
r$ 4,8 bilhões
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títUlos Vendidos no brasil em 2011
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preço médio do liVro 50 Tons de Cinza nos eUa
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preço médio do liVro 50 Tons de Cinza no brasil
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Fontes: the association oF american pUblishers, book indUstry stUdy GroUp, pew internet project, Fipe, bUscapé, amazon
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ceria com a Kobo, o crescimento é acelerado. Em 2012, o salto foi de mais de 200%, segundo Sergio Herz, presidente da rede Cultura, que afirma preferir ter concorrentes aqui do que lá fora. “Pelo menos jogamos no mesmo campo, pagando os mesmos impostos e enfrentando os mesmos problemas”, diz Herz.
EscrItOrEs INdEpENdENtEs Para os autores independentes, plataformas digitais representam novas possibilidades. É o caso de Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse, que vendeu cerca de 360 mil exemplares desde o lançamento, em 2010. Spohr lançou
na internet primeiro
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O escritor Eduardo Spohr lançou o livro A Batalha do Apocalipse pela Nerdstore, a loja do site de humor Jovem Nerd
seu livro de maneira independente, pela Nerdstore, loja virtual do site de humor Jovem Nerd. Após o sucesso das vendas online, Spohr fechou um contrato com a Editora Record. Mas apesar do bom desempenho no e-commerce, o livro não tem vendas tão expressivas na versão digital. “É curioso, mas meu público não parece ser muito do e-book”, diz Spohr. Já a escritora americana Amanda Hocking faturou 2 milhões de dólares com livros digitais produzidos por conta própria. Amanda entrou na onda dos romances adolescentes de vampiros e encontrou nas lojas de aplicativos uma alternativa para difundir seu trabalho. O livro interativo para crianças Frankie for Kids, dos escritores brasileiros Samira Almeida e Fernando Tangi, do Yellow+Blue Digital Content Studio, é outro exemplo. Lançado às vésperas do Halloween, em outubro, o aplicativo e-book com versões em português e em inglês chegou à terceira posição entre os mais baixados de sua categoria na App Store. “Vendemos para o mundo todo. A intenção inicial era chamar a atenção das editoras para o trabalho. Mas percebemos que a autopublicação pode ser um excelente negócio”, afirma Samira. Já existem livros interativos que incorporaram trilha sonora, vídeos e fotografias à narrativa. Na Inglaterra, uma edição de Sherlock Holmes emite sons quando o leitor vira a página, como gritos e ventos uivantes. Só o universo digital permite esses estímulos aos sentidos. Resta agora saber se eles ajudarão a aumentar o nível de leitura no país. Em parte da Europa, apesar do forte hábito de leitura, o livro eletrônico não pegou. Na França, por exemplo, a penetração não chega a 1%. “Quem usa o Kindle lê mais. Esperamos que isso também se incorpore à cultura do brasileiro”, diz David Naggar, da Amazon. ↙ Janeiro 2013 INFO
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/ Organizar a infOrmaçãO dO planeta é só parte da missãO dO gOOgle. Um mUndO cOm casas inteligentes, gadgets de vestir e tUrismO nO espaçO está nOs planOs da empresa para tOrnar nOssa vida mais cOnectada e divertida
o futuro seGundo o GooGle / Por maurício moraes
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ilustração
P.H. marcondes e furia
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O GOOGle quer mais.
A missão de organizar toda a informação do mundo e torná-la disponível continua a mover a empresa, mas seus fundadores têm um objetivo muito mais ambicioso. Querem construir um futuro em que a tecnologia se torne bem mais presente no cotidiano e ajude a melhorar a nossa vida. O sucesso do buscador e sua contínua evolução são só o início desse processo, que hoje se divide em múltiplas áreas, de objetos inteligentes conectados à web a usinas de energia térmica. O pioneirismo está presente na cultura da companhia. “Temos de estar sempre dois passos à frente da compreensão habitual das pessoas. Desenvolver tecnologias futuristas nada mais é do que criar tendências”, disse a INFO Fabio Coelho, diretorgeral do Google Brasil. Segundo ele, há uma preocupação em transformar em algo comum aquilo que hoje pode ser visto como extraordinário. O foco mantém-se no usuário final. “Temos de fazer o básico, mas ao mesmo tempo sonhar com o impossível”, diz Coelho. Desde que se tornou presidente mundial da empresa, em 2011, Larry Page tem motivado os funcionários a se dedicar a ideias que produzam impacto positivo no planeta. Foi isso que levou à criação do Google X, o laboratório de onde saíram os carros autônomos e o Google Glass. “Nosso papel é pensar em coisas que as pessoas nem imaginam que vão precisar”, disse Page à revista Fortune. Segundo ele, o Google só conseguiu realizar 1% do que espera atingir. É difícil prever como será o mundo se as iniciativas da empresa derem certo, mas uma coisa é certa: ele será bem diferente. Conheça, nas próximas páginas, um futuro que vai além da imaginação. Janeiro 2013 INFO
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uma casa conectada O cOnceitO AndrOid@HOme fAz pArte de umA bAse tecnOlógicA pensAdA pelO gOOgle pArA dAr inteligênciA AOs ObjetOs, que funciOnAriAm cOnectAdOs A um sistemA que cOntrOlA O cOnsumO de energiA
Para a sua geladeira ser perfeita, só falta falar. A lâmpada também. Objetos e eletrodomésticos capazes de se conectar à internet, trocar informações pela rede e serem controlados remotamente, por tablets ou smartphones, fazem parte das iniciativas futuristas do Google. A empresa quer deixar o mundo inanimado mais esperto e interativo; e, portanto, mais útil. Nesse cenário, não é difícil imaginar um refrigerador que informe ao supermercado, pela internet, que faltam determinados produtos e, depois, compre tudo remotamente. A eterna promessa de que todos vão morar em uma casa inteligente está mais próxima de se concretizar do que você imagina. O primeiro passo do Google nessa direção foi o projeto Android@Home (“android em casa”). Na apresentação do conceito, foram exibidas lâmpadas de LED que podem ser controladas por tablets ou smartphones com Android. Engenheiros da companhia apresentaram acessórios que se comunicam com celulares e também uma central multimídia futurista, o projeto Tungsten. A pequena caixa com luzes brilhantes usava a tecnologia de comunicação NFC (near field communication) para tocar músicas. O conceito evoluiu para o Nexus Q, um gadget inovador, mas extremamen-
te complicado de usar. O Google desistiu de vendê-lo para torná-lo mais simples. Apesar dos contratempos, as experiências da empresa criaram uma base tecnológica para tornar os objetos mais inteligentes. A ideia de uma internet das coisas tem entre seus principais defensores um dos pais da rede mundial de computadores, Vint Cerf, que desde 2005 atua como vice-presidente e evangelista-chefe de internet no Google. Cerf acredita que esses eletrodomésticos 3.0 vão funcionar conectados a um smart grid, sistema inteligente de distribuição e fornecimento de energia elétrica. Em momentos de pico, os que não forem necessários naquele instante poderão decidir que é melhor entrar em modo econômico, evitando a sobrecarga da rede. Projetos capazes de gerar energia renovável, um complemento ideal para esse cenário de muitos gadgets inteli-
gentes, também recebem investimento do Google. A ideia é fazer painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas se tornarem capazes de produzir eletricidade em larga escala. Pelo menos cinco iniciativas de energia eólica e quatro de energia solar são financiadas pelo Google. Outro tipo de planta, a térmica, também recebe apoio da companhia americana. Uma delas, a BrightSource, recebeu 10 milhões de dólares do Google e fica no deserto de Mojave, nos Estados Unidos. Centenas de espelhos refletem a luz solar no topo de uma torre, o que faz a água em seu interior ferver. O vapor criado nesse processo gira turbinas para produzir eletricidade. “Há lugares do mundo que não têm energia, mas temos energia em cima da gente, com o Sol. Há uma abundância não utilizada”, diz Fabio Coelho, do Google Brasil. A empresa também faz a lição de casa e se esforça para diminuir seu impacto no meio ambiente. “O Google acredita que sua criatividade e inovação fazem a diferença em uma área fundamental para o planeta, que é a substituição das fontes energéticas não renováveis, fósseis, por outras, que não emitem gases de efeito estufa. É um exemplo que deveria ser seguido por outras corporações”, afirma Heitor Scalambrini Costa, professor associado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em energias limpas.
o uso de energias renováveis deve triplicar no mundo até 2040
2010 16,6 %
2020 23,6 %
2030 34,7 %
2040 47,7 %
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Turismo fora da Terra No GooGle X, pesquisadores estudam a criação de um elevador que dimiNuiria os custos da eXploração do espaço. com ele seria possível colocar satélites em órbita e até levar turistas para ver o plaNeta do alto. outra aposta é a web iNterplaNetária, que permitiria a troca rápida de iNformações com a terra
Projetos criados ou patrocinados pelo Google podem fazer a exploração do espaço dar um salto nas próximas décadas. Isso porque a corrida espacial contará com múltiplos atores. Empresas vão competir para extrair recursos de asteroides, realizar missões de reconhecimento, lançar satélites ou ganhar dinheiro com o turismo espacial. A internet será interplanetária. Isso significa que astronautas em uma futura viagem a Marte vão trocar informações com a Terra mais rapidamente. Robôs poderão ser enviados a outros planetas do sistema solar, com o objetivo de coletar dados e abrir caminho para negócios literalmente de outro mundo. No Google X, pesquisadores estudam a criação de um elevador espacial. A ideia diminuiria custos e já foi analisada pela Nasa. Difícil é construir algo tão ambicioso e complexo. Um carrinho teria de subir por um cabo de mais de 30 mil quilômetros de extensão, feito de nanotubos de carbono e amarrado a um contrapeso que o deixaria esticado. Por meio dele seria possível colocar em órbita satélites, transportar peças de naves e suprimentos para uma estação espacial ou até levar turistas para ver o planeta do alto. Mas até hoje ninguém foi capaz de fabricar um filete de nanotubos de carbono tão comprido.
O Google investe também na Lunar X Prize, competição que vai distribuir 30 milhões de dólares às equipes que conseguirem mandar um robô para a Lua. Qualquer pessoa pode tentar, mas não será simples. À primeira vista, pode parecer estranho que o Google participe de iniciativas tão distantes da realidade atual. Mas a companhia quer estimular as pessoas a usar os recursos disponíveis hoje para encontrar soluções para desafios complexos. “É como uma feira global de ciências. Há uma crença arraigada na cultura da empresa de que, quando você aumenta o desafio, precisa ser mais criativo para resolver problemas”, diz Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil. A inovação pode levar a tecnologias inéditas e tanto o Google como o mundo ganham. “O Google e seu presidente,
Larry Page, acreditam que terão sucesso se desenvolverem novos tipos de produtos, possíveis somente por meio de tecnologia de ponta. Ao fazerem essas grandes apostas, poderão ser donos de coisas que ninguém tem”, disse a INFO Steven Levy, autor do livro Google – A Biografia. Assim, surgem mercados em que o Google sai na dianteira. A exploração espacial está ligada ao interesse pessoal dos fundadores da empresa, fãs de ficção científica. Page e Eric Schmidt, presidente do conselho de administração, investiram na Planetary Resources, empresa que estuda formas de minerar asteroides. O interesse da empresa pelo espaço é tratado com humor. No Google, quem gerencia as iniciativas espaciais é Tifany Montague, monarca todo-poderosa da Federação Intergaláctica e comandante do universo. Sim, é esse o cargo oficial dela.
PróximOs vOOs esPaciais da Nasa
2025 Visita a um asteroide
2030 Viagem a Marte
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notebook ultrafácil Os cOmputadOres serãO baratOs e simples, pOrém rápidOs e pOtentes. cOnseguirãO rOdar prOgramas pesadOs e games em 3d. O lOgin cOm uma cOnta dO gOOgle permitirá acessar aplicativOs e dOcumentOs na nuvem
Esqueça os vírus, as vulnerabilidades de segurança, as atualizações intermináveis, o processo de instalação de aplicativos ou a necessidade de criar backups de arquivos. O futuro planejado pelo Google prevê computadores mais baratos e muito fáceis de usar, que mantenham todos os seus programas e documentos na web. Isso não quer dizer que essas máquinas serão pouco potentes – elas vão conseguir rodar até mesmo games 3D e aplicativos pesados de edição de fotos e vídeos. A ideia tem sido perseguida pela empresa há pelo menos quatro anos. Começou com a criação do navegador Chrome e ganhou força com a sua transformação em um sistema operacional, o Chrome OS, que roda em notebooks básicos, os Chromebooks. Em julho de 2009, Larry Page afirmou, durante uma palestra para estudantes, que o modo como os computadores atuais funcionam é precário. “Crescemos com sistemas operacionais da Microsoft em 95% das máquinas. Não gostávamos desse mundo. Acho, como cientista da computação, que é um mundo muito ruim para se viver”, disse Page, na época. Segundo ele, perdese muito tempo para cuidar de vários computadores (o de casa, o do trabalho, o notebook) e isso prejudica a produtividade. É necessário sincronizar arquivos,
atualizar o sistema e o antivírus e manter backups regulares. Quando se compra uma máquina nova, é preciso instalar os programas usados e copiar arquivos. Page contou ainda que, em uma reunião de que participou, percebeu que todo mundo levava notebooks potentes e usava só o browser. “Se conseguirmos fazer com que possuir um computador seja fácil, teremos um monte de máquinas de 300 dólares. Um computador e uma cadeira custariam o mesmo valor.” O sonho de Page já está se realizando. Os primeiros Chromebooks começa-
O tráfegO de dadOs na web explOdirá nOs próximOs anOs 2016 1 429 bilhões de gigabytes
2011 33 bilhões de gigabytes
ram a ser vendidos nos Estados Unidos em junho de 2011. A segunda geração de modelos, mais barata e mais potente, chegou às lojas americanas no fim do ano passado. Embora ainda não sejam um sucesso de público, três das quatro máquinas anunciadas recentemente custam menos de 299 dólares, como previa Page. O conceito também segue a visão do fundador. Basta fazer o login com uma conta do Google, em qualquer um desses aparelhos, para acessar aplicativos e documentos, sincronizados com a nuvem. O sistema é atualizado automaticamente e detecta tentativas de alteração, o que o torna muito seguro. A rapidez também é uma preocupação. Em menos de 10 segundos é possível ligar o notebook e começar a usá-lo. Mas nem tudo é perfeito. Programas mais complexos ainda não rodam nessas máquinas e, por enquanto, alguns aplicativos funcionam de modo precário quando não há conexão à web. Os Chromebooks dependem muito da internet, e o acesso a conexões de alta velocidade continua difícil em boa parte do planeta, inclusive no Brasil. Isso deve mudar com o passar do tempo. O Google já deu sinais de que não tem pressa. Tanto que o primeiro slogan dos Chromebooks era “Pronto, quando você também estiver”. Para Michell Zappa, pesquisador especializado em tecnologias emergentes, a internet já é a principal interface para obtermos informação. “O Google vem procurando alternativas mais eficientes para que a distância entre o usuário e a informação seja a menor possível. Computadores com sistemas operacionais puramente web ainda soam como uma ideia peculiar, principalmente por concorrerem com o Android, mas apontam bem a mentalidade da empresa”, afirma Zappa.
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A buscA entende o pensAmento A intenção do GooGle é levAr As buscAs pArA um pAtAmAr que Antecipe As necessidAdes do usuário e respondA A questões complexAs, em diferentes dispositivos. A empresA desenvolve AindA GAdGets de vestir. o GooGle GlAss é só o primeiro desses ApArelhos, mAs já impressionA pelA cApAcidAde de interAção
Antes mesmo de você pensar em fazer uma pesquisa, o Google será capaz de dizer o que você quer saber. A ideia é levar as buscas para outro nível, ao antecipar as necessidades dos usuários e lidar com dúvidas complexas, respondidas em diferentes dispositivos. “No meu mundo ideal, seria capaz de chegar até o computador e perguntar: ‘Ei! Qual é a melhor época para plantar sementes na Índia, uma vez que as monções ocorreram mais cedo neste ano?’”, afirmou Amit Singhal, vicepresidente sênior do Google e principal responsável pela área de busca, em um vídeo divulgado recentemente. Mas, para isso, o Google precisa ir além da criação de um ranking inteligente de links. Terá de entender o significado das coisas. Em 2010, a empresa deu um passo decisivo nessa direção, com a compra da startup Metaweb. A empresa criou o Freebase, um banco de dados aberto e colaborativo, hoje com mais de 570 milhões de entidades cadastradas e 18 bilhões de fatos e conexões entre elas. Isso permitiu ao buscador conhecer desde as principais personalidades da história até cidades, empresas e clubes de futebol. Foi esse catálogo, além de informações de fontes externas, como a Wikipedia, que resultaram no Painel do Conhecimento.
Dependendo do termo procurado, o Google exibe uma ficha com uma série de dados sobre o assunto, montada automaticamente e de forma instantânea. O serviço estreou em dezembro no Brasil. Outra inovação é o Google Now. O assistente pessoal, disponível a partir do Android 4.1, responde a perguntas objetivas como a Siri, da Apple, mas tem uma vantagem. Como o Google conhece o histórico de buscas e os contatos de cada usuário, o Now exibe automaticamente dados relevantes. Um exemplo? Se você faz uma pesquisa sobre um restaurante no PC, o Now cria uma rota até o local, calcula o tempo e exibe os dados no smartphone. Se está perto da hora de sair do trabalho, o serviço informa como está o trânsito. Tudo automaticamente. “É plausível que, dentro de dez anos,
GooGle Glass
ApArelhos começAm A ser enviAdos este Ano pArA quem pAGou 1 500 dólAres nA pré-vendA
o ato de planejar um almoço com seu melhor amigo aconteça praticamente sem o envolvimento seu ou dele”, disse a INFO o pesquisador Michell Zappa. O Google desenvolve ainda dispositivos vestíveis que integram essas funções de forma natural. O Google Glass é só o primeiro desses aparelhos. Fabio Coelho conta que experimentou os óculos durante um evento. “É um protótipo, mas quando você usa, dá para vislumbrar a capacidade de transformação que ele tem em relação ao modo como a gente interage e se conecta. A busca por voz é poderosa. Isso vai evoluir a ponto de as pessoas não precisarem usar as mãos para interagir com os aparelhos”, afirma Coelho. A ideia de criar computadores vestíveis não é nova. Luisa Paraguai Donati, especialista no tema e professora de mestrado em design na Universidade Anhembi Morumbi, lembra que protótipos semelhantes ao Google Glass já foram desenvolvidos. Embora se trate de uma tendência, nenhum deles virou um produto. “Uma das características imaginadas é libertar o usuário, para que faça outras atividades em conjunto”, diz Luisa. O maior desafio é evitar que se tornem invasivos. Colados ao corpo o dia todo, os aparelhos poderão monitorar uma pessoa em um nível inédito. Janeiro 2013 INFO
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Meu carro não bate Os carrOs autOnômOs dO GOOGle já rOdaram 500 mil quilômetrOs nOs estadOs unidOs. mas quandO GanharãO as ruas de fatO? existem ainda prOblemas, mas O carrO-rObô será melhOr que Os humanOs aO vOlante
Por mais futurista que possa parecer, a tecnologia necessária para produzir carros autônomos já existe, graças, em parte, ao trabalho dos pesquisadores do Google. Os veículos desenvolvidos pela companhia circulam há tempos pelo Googleplex, em Mountain View, na Califórnia, e receberam recentemente autorização legal para circular em três estados americanos. O passageiro só precisa dizer o destino e deixar que uma espécie de motorista-robô faça o resto. Não há um boneco de metal sentado no carro, mas um sistema inteligente capaz de entender comandos, traçar rotas e operar o veículo de maneira segura. A empresa aposta na adoção em massa dessa tecnologia, que poderia reduzir drasticamente o número de vítimas. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde, 1,3 milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito todo ano no mundo. “Quanto antes tivermos carros que dirigem por nós, mais vidas salvaremos. Os veículos autônomos vão se tornar o principal meio de transporte ainda na nossa geração”, disse Eric Schmidt. Em agosto, o Google anunciou que seus carros tinham circulado por 483 mil quilômetros sem se envolver em acidentes. “Projetos como o do carro fazem parte do desafio do Google de pensar
grande, de imaginar coisas que possam mudar o mundo”, afirma Felix Ximenes. Em um futuro onde os carros-robôs fossem comuns, ninguém precisaria se preocupar em disputar vaga em estacionamento. “Vamos economizar milhões de dólares no Google. O carro poderá deixar o funcionário na entrada do edifício onde trabalha e, depois, parar sozinho. Quando precisar dele, o smartphone indica que a pessoa está saindo do prédio e o veículo chegará imediatamente”, disse Larry Page à Fortune. Os automóveis facilitariam inclusive a produção de conteúdo para o serviço Street View. No futuro, carros autônomos poderão circular pelo planeta tirando fotos o dia inteiro, parando só para abastecer. O maior obstáculo à popularização desses automóveis não está na tecnologia. Será preciso adaptar as leis de trân-
sito de cada país para que ganhem autorização para rodar livremente. “Meu palpite é que se tornem mais comuns em 15 a 20 anos, assumindo que todo o aspecto legal seja resolvido”, afirma Denis Wolf, coordenador do Laboratório de Robótica Móvel e professor da USP em São Carlos (SP). Wolf é um dos pesquisadores que desenvolvem um carro autônomo. Em locais que não dependem de legislação, como fazendas, veículos automatizados serão realidade em menos tempo. Os automóveis vão incorporar novos sistemas em breve, como a capacidade de evitar atropelamentos ou de bater no carro da frente. Haverá um momento em que os carros autônomos serão considerados melhores que os seres humanos no volante. “Hoje um motorista ainda é necessário, em parte porque a visão computacional (o modo como os sistemas do carro veem o mundo) ainda é precária. Mas, em duas décadas ou menos, as máquinas serão melhores que os homens e vão precisar de rotinas éticas”, diz Gary Marcus, professor de psicologia da Universidade de Nova York. Caso estejam prestes a se envolver em um acidente, os veículos terão de decidir como poderão salvar mais vidas, por exemplo. Se esse futuro desejado pelo Google se concretizar, será difícil não nos imaginar num filme de ficção científica. ↙
Tipos de veículo que devem se Tornar auTônomos primeiro
Colheitadeira
Empilhadeira
Caminhão
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inovações para 2013
PrePare-se Porque o ano Promete muitas inovações. elas vão transformar o Jeito como navegamos e fazemos comPras na internet, usamos o smartPhone e até as redes sociais. é isso é muito bom / Por juliano barreto
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O que esperar de 2013?
A primeira providência é esquecer os estereótipos. Se antes a exploração espacial era exclusividade da Nasa, neste ano uma startup é que vai testar o foguete mais moderno do mundo. A Microsoft se voltará para os tablets e os sensores de gestos. A Apple será pressionada a inovar. Gigantes de todas as áreas precisarão se reinventar porque a concorrência nunca foi tão acirrada. Intel, Google e Samsung têm missões em novas áreas, experimentando gadgets que carregam suas baterias sem fio e trocam dados por meio de lâmpadas de LED. Uma coisa é certa. Nossa vida vai mudar. Veja, nas próximas páginas, como isso será possível com 13 tecnologias, serviços e inovações que começarão a moldar o futuro.
A rede Walmart usa a força de suas lojas físicas para acelerar a chegada dos produtos comprados pela internet. O Walmart To Go funciona em cinco cidades e cobra 10 dólares para entregar qualquer produto na hora marcada pelo cliente. Nenhuma loja virtual, no entanto, investiu tanto quanto a Amazon na busca pela entrega super-rápida. Foram mais de 965 milhões de dólares em armazéns mais próximos das áreas populosas das grandes cidades e outros 775 milhões na aquisição da Kiva Systems, empresa que cria robôs capazes de manipular estoques com rapidez. A meta da empresa de Jef Bezos é tornar a opção do same day delivery disponível para todos os produtos oferecidos pelo site. O comércio eletrônico brasileiro terá muito a aprender com essas iniciativas. CONsuMO
eNtrega a jatO Gigantes do comércio eletrônico, Amazon, eBay e Walmart disputaram uma corrida nos Estados Unidos, em 2012, para encontrar a melhor fórmula de entregar produtos em poucas horas. O resultado da competição deve aparecer com a popularização do conceito de entrega no mesmo dia em todo o mundo. Entre as experimentações, a mais ousada é a do eBay Now, em fase de testes nas cidades de São Francisco e Nova York. Por 5 dólares adicionais, o serviço garante que em até uma hora o usuário receba em casa qualquer produto disponível nos estoques das lojas físicas Target, Best Buy, Macy’s e Home Depot. O eBay contratou entregadores independentes e coordena a logística com a ajuda de um aplicativo.
COMO FuNCIONa O eBaY NOW 1_ O cliente compra um item no eBay. 2_ Todos os entregadores terceirizados pela empresa recebem um alerta por meio de um aplicativo de iPhone. 3_ O entregador que pega o trabalho recebe uma rota pelo app para ir até a loja mais próxima entre ele e o consumidor. 4_ Ao chegar à loja para retirar o pedido, o entregador usa o app para avisar o cliente que está a caminho e envia sua posição para ser visualizada em um mapa. 5_ No ato da entrega, o profissional usa um leitor de cartões de crédito conectado ao iPhone para receber o pagamento pelo produto e os 5 dólares adicionais pela entrega expressa.
“MeNOs estresse, MaIs vIda”
arIaNNa HuFFINgtON, presidente e editora-chefe do The huffingTon PosT, sobre a necessidade de melhorar a qualidade de vida e as relações profissionais Janeiro 2013 INFO
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TrabalhO
TableTs NO escrITórIO
espaçO
o espaço vai ficar mais perto Não será só no novo filme Jornada nas Estrelas, previsto para julho, que missões espaciais irão aonde nenhum homem jamais esteve. Elon Musk, empreendedor que investe em carros elétricos e em viagens espaciais comerciais, deve testar o foguete Falcon Heavy pela primeira vez. Sua empresa, a SpaceX, quer provar que pode ir além da Nasa, oferecendo o dobro da potência dos foguetes atuais e assim permitir o transporte de equipamentos que antes não podiam entrar em órbita. O Falcon Heavy tem uma propulsão equivalente à de 15 aviões Boeing 747. Outra iniciativa inédita ocorrerá em agosto, com a sonda Gaia, que criará um mapa em 3D da galáxia. Desenvolvido pela Agência Espacial Europeia, o equipamento tem uma câmera capaz de focalizar um fio de cabelo a mil quilômetros de distância. Já a Nasa ampliará a exploração em Marte com o satélite Maven, que decola em novembro com o objetivo de analisar a história da atmosfera marciana.
Mais gente vai trabalhar usando seus próprios gadgets e as empresas encontrarão maneiras de incentivar essa prática. É o que concluiu o instituto Gartner, que prevê um crescimento intenso das políticas corporativas de Byod, sigla em inglês para “traga o seu próprio dispositivo”. Um dos motivos para isso é o aumento expressivo no número de tablets e smartphones no mercado. Até o fim deste ano, serão vendidos mais de 1,2 bilhão desses aparelhos no mundo. Outra tendência que colabora para o Byod é a grande penetração de serviços baseados na web, a chamada computação em nuvem. Ao usar Google Docs e iCloud, as pessoas se acostumaram à ideia de ter seus arquivos acessíveis em qualquer dispositivo. Nas empresas, e-mails e documentos não ficarão mais guardados só no computador do funcionário. “Haverá uma nuvem híbrida, composta por serviços privados e públicos, vindos de diferentes provedores”, afirmou Thomas J. Bittman, vice-presidente do instituto Gartner Research, em seu blog. Seguindo essa trilha, a Microsoft oferecerá diversas opções de interação com a nuvem no Office 2013.
cOlabOraçãO
IdeIas FINaNcIadas Se no ano passado projetos de games, gadgets e álbuns de bandas iniciantes saíram do papel graças à ajuda de doações de fãs por meio do crowdfunding, neste ano o financiamento colaborativo pela internet vai se espalhar por todos os tipos de negócio, dando uma força para as empresas como um todo e não apenas viabilizando projetos isolados. Um pacote de leis que amplia as modalidades de investimentos feitos por sites como o Kickstarter e o Indiegogo foi aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos. Entre as novidades, há a possibilidade de colocar dinheiro em empresas de todos os tipos, numa espécie de fundo de private equity. É o mesmo que dizer que será possível comprar cotas de participação em empresas fechadas.
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“Neste aNO, veremOs veNcedOres e muItOs perdedOres eNtre as plataFOrmas de publIcIdade móvel” tara Walpert levy, dIretOra de publIcIdade e marketINg dO yOutube
eNergIa
Menos toMadas As bater ias dos nossos gadgets aguentam cada vez mais horas de uso intenso. Mesmo assim, trememos quando não há uma tomada por perto. A boa notícia é que algumas das maiores empresas do mundo querem resolver o problema. A tecnologia para facilitar a recarga de eletrônicos já existe e está disponível para uso graças à técnica de indução de energia, que usa duas bobinas magnéticas, uma no aparelho receptor e outra no provedor, para criar uma corrente elétrica capaz de reabastecer baterias. Tudo é feito sem fios ou conectores, uma vez que o campo de transferência é flexível. A rede de cafés Starbucks, por exemplo, testa uma solução de recarga por indução usando as mesas de algumas de suas lojas nos Estados Unidos. E a companhia aérea Delta experimenta o uso dos carregadores sem fio nas poltronas dos aviões. Já começou uma corrida para definir um formato-padrão para esse tipo de serviço. De um lado está a Power Matters Alliance, que tem o apoio da operadora AT&T, do Google e da Procter & Gamble, dona da marca Duracell. Do outro, Energizer, LG e Nokia dão suporte ao Wireless Power Consortium. Correndo por fora, a Intel investe em um formato que funcionaria a partir de seus chips e possibilitaria, já no segundo semestre deste ano, carregar o celular apenas deixando o aparelho próximo a um notebook.
gadgets
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O NOtebOOk ameaçadO Modelos híbridos, que ficam no meio do caminho entre o tablet e o notebook, chegaram ao mercado de maneira tímida, mas isso vai mudar rápido. Pesquisa da consultoria NPD mostra que até 2016 as vendas de tablets vão superar as dos notebooks. Os primeiros sinais dessa guinada aparecem com o aumento da concorrência entre as fabricantes de processadores. Soberana nos chips para notebooks, a Intel precisa mostrar força no mercado móvel. Enquanto Qualcomm e Apple devem responder com chips ainda mais velozes. O resultado dessa corrida será uma geração de tablets com processadores potentes o suficiente para encarar as tarefas dos notebooks. “A migração já está acontecendo”, diz Roberto Medeiros, diretor sênior de desenvolvimento de produto da Qualcomm. “A escolha do gadget não será mais decidida pela velocidade do chip, mas sim pelo resultado geral da experiência do usuário.”
redes sOcIaIs
o Facebook já deu? Já pensou em sair do Facebook por não aguentar mais as mesmas piadas e comentários? Se a resposta é sim, saiba que você não está sozinho. De acordo com o chefe de pesquisas global da consultoria Experian, Bill Tancer, 2013 será o ano de ascensão das redes sociais de nicho. Tancer refere-se aos sites de relacionamento focados em assuntos específicos. “Essas redes não tentaram ser o Facebook. Elas identificaram brechas no mercado e usaram a escala da rede maior para alcançar seus usuários”, disse Tancer ao analisar o sucesso de sites como o Pinterest. Outro nome forte é o LinkedIn. O site para contatos profissionais está avaliado em 12 bilhões de dólares e tem 187 milhões de usuários. “As pessoas percebem cada vez mais a diferença entre gastar e investir tempo nas redes sociais”, afirma Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor-geral do LinkedIn Brasil.
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“a próxIma graNDe cOIsa será bem pequeNa”
pete cashmOre, presidente do site Mashable, prevendo que eM lugar de coMpartilhar notícias nas redes sociais, os usuários vão postar só trechos e frases
mObIlIDaDe
Seu celular terá li-Fi
INOvaçãO
Não, não estamos falando chinês. O termo Li-Fi refere-se à tecnologia que usa pequenas lâmpadas de LED para transmitir dados a velocidades de até 10 gigabits por segundo em distâncias curtas. Cotado para equipar smartphones, tablets e controles remotos de TVs que poderão começar a chegar ao mercado neste ano, o Li-Fi traz como vantagens o uso de um espectro de transmissão inexplorado, que evita interferências em outros aparelhos, além de proporcionar conexões mais seguras que Wi-Fi e Bluetooth. É esperar para ver se funciona mesmo.
De OlhO Na apple >
Dona de produtos que evaporam dos estoques logo após o início das vendas, a Apple terá um ano decisivo. Em 2012, a agenda de iGadgets manteve um tom de anticlímax, com produtos que só adicionaram recursos aos aparelhos já existentes. Para 2013, a espera por um grande lançamento deixa consumidores, acionistas e até os dirigentes da Apple ansiosos. “Existe mais pressão interna em relação aos lançamentos do que externa. Nossos clientes têm um nível de exigência incrivelmente alto, mas temos um nível ainda mais alto para nós mesmos”, disse Tim Cook à revista Bloomberg Businessweek. O presidente da Apple mostrou-se satisfeito com o cenário, afirmando que 80% do faturamento da empresa vêm de produtos que não estavam no mercado 60 dias antes. Mesmo assim, os rumores em relação à chegada de uma iTV se intensificam. Patentes registradas em nome da Apple poderiam servir para a construção de uma tela de 40 polegadas, usando a tecnologia FFS, que proporciona mais nitidez e contraste às imagens. Outras especulações dão conta de que haverá uma nova linha de máquinas híbridas que mesclam características do MacBook Air às do iPad. Fala-se até mesmo de um novo iPhone com tela inquebrável e um software que recebe comandos ao filmar os olhos do usuário.
INterNet
bIg Data e vOcê Entender o comportamento de bilhões de pessoas na internet e, assim, prever suas preferências foi a principal aplicação de big data nas grandes empresas. Em 2013, a possibilidade de aprender e decidir usando os dados que geramos diariamente vai ser mais democrática. Um exemplo é o serviço Scoutmob, que analisa a localização do usuário e seus gostos para, a partir de avaliações de pessoas com os mesmos interesses, sugerir programas como jantares ou exposições em uma determinada cidade.
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teleFONIa
VamOs ter 4G? Demorou, mas o Brasil terá a cobertura das redes de quarta geração. A Claro oferecerá o serviço nas seis cidades que sediarão jogos da Copa das Confederações até o final de abril e ampliará o número de locais atendidos ao longo do ano. A expectativa, no entanto, é de uma expansão acelerada em todo o país. “Diferentemente do que aconteceu com o 3G, neste ano as operadoras precisam resgatar a confiança dos clientes”, diz Erasmo Rojas, diretor da organização 4G Americas para América Latina e Caribe. A meta da Anatel é que todas as cidades com mais de 100 mil habitantes recebam cobertura LTE até o final de 2016. Com otimismo, é possível até mesmo prever uma antecipação dos planos. “É mais fácil instalar o 4G, porque será possível reaproveitar antenas já existentes nas cidades”, afirmou a INFO Eduardo Tude, diretor da consultoria brasileira Teleco.
INterFaces
GestOs NO luGar de tOques crIaçãO
a Impressão 3D muDará a InDústrIa Mais acessíveis e precisas, as impressoras 3D vão equipar empresas cada vez mais inovadoras. A startup belga Melotte, por exemplo, planeja imprimir mais de 40 mil próteses para deficientes. Já a rede Staples terá quiosques para impressão de objetos em algumas de suas lojas na Holanda e na Bélgica. Qualquer pessoa pode produzir em casa um suporte para iPhone ou uma máscara do grupo Anonymous. É o começo de uma revolução.
Os gadgets começarão a ser comandados por acenos e olhares e não mais por toques. E isso não está longe de acontecer. A tecnologia que ficou popular graças ao Kinect, em 2010, foi aperfeiçoada e hoje já pode ser usada com mais precisão e facilidade. Um exemplo é o projeto Leap Motion, que permite controlar qualquer notebook ou desktop com gestos. Em pré-venda por 70 dólares, o dispositivo tem o tamanho semelhante ao de um iPod nano e, ao ser colocado próximo a um monitor, transforma os movimentos das mãos do usuário em comandos para usar o Windows ou o Mac OS. A Microsoft também prepara uma versão mais inteligente do Kinect, que pode chegar junto com o novo Xbox, no final deste ano. “Aumentaremos os investimentos nas maneiras mais naturais de interação, com gestos, toques e voz”, afirmou o presidente da Microsoft, Steve Ballmer, em reunião com os acionistas da empresa. Enquanto a versão atual do dispositivo precisa de cerca de 2 metros de distância entre a tela e o jogador, o novo Kinect funcionaria de forma integrada com as webcams de tablets, notebooks e smartphones.
“VamOs Falhar rápIdO e apreNder maIs rápIdO aINda” JIm YONG KIm, presidente do Banco Mundial, soBre a Melhor forMa de evoluir profissionalMente eM 2013 Janeiro 2013 INFO
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Prêmio iNFo 2012 A buscA por inovação está cada vez mais acir-
rada no mercado brasileiro, tendência que marca o resultado do Prêmio INFO 2012. Foi uma das edições mais equilibradas dos últimos anos, com prêmios para 16 empresas, em 28 categorias. Apenas cinco conquistaram mais de um troféu, indicador de que a tecnologia não está mais tão concentrada. Para escolher empresas, produtos, serviços e personalidades que se destacaram no ano passado, 8 506 leitores votaram pelo site da INFO. O Google é o grande campeão, com vitória em quatro categorias: CEO, app do ano, gadget mais inovador e serviço online. “É um reflexo do trabalho em equipe do Google”, diz Fabio Coelho, diretor geral da empresa. Empatados em segundo lugar aparecem Apple e Bradesco, com três prêmios cada. A Apple ganhou em notebook, tablet e áudio e vídeo. O Bradesco é o banco
mais conectado, Aurélio Boni é o CIO do ano e Luca Cavalcanti o profissional de canais digitais que mais se destacou. Tanto Samsung como Facebook conquistaram dois prêmios e dividiram a terceira posição no ranking. Juntas em quarto lugar ficaram 11 companhias que venceram em uma categoria, com destaque para a recém-chegada Amazon Web Services. O Facebook conquistou os prêmios de empresa do ano e de melhor rede social. Apple e Samsung protagonizaram o fiasco de 2012, pela guerra de patentes. A melhor campanha publicitária online foi do Banco Itaú, com o filme Bebê – Sem Papel, criado pela agência África. “A ideia era conscientizar para o fim da fatura em papel, por isso o vídeo tinha que ser simpático”, diz Luiz Fernando Vieira, vice-presidente da África. Conheça os líderes da inovação escolhidos por quem vivencia a tecnologia no dia a dia, o leitor da INFO.
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CEO dO anO 1
2
3
Fabio Coelho Google / 42 %
Alexandre Hohagen Facebook / 35 %
Antonio Carlos Valente Telefônica/Vivo / 13 %
“
Nosso obJetiVo Não é gANHAr diNHeiro Com produtos Como o street View, mAs FACilitAr o ACesso à iNFormAção
“
Fabio Coelho, diretor geral do Google Brasil, sobre a missão da empresa, campeã do Prêmio INFO
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1
Francisco Deusmar de Queirós Pague menos / 33 %
google chrome / 31 %
1
Bel Pesce lemon / 19 %
2
instagram / 25 %
3
Whatsapp / 20 %
2
Leonardo Simão e Juliana Della Nina Bebê store / 15 %
3
google / 21 %
3
apple / 20 %
Fiasco do ano Guerra de patentes apple contra samsung / 30 %
3
apple maps / 29 %
Campanha Perdi Meu Amor na Balada nokia / 28 %
3
aVg / 19 %
kaspersky / 16 %
gVt / 61 %
2
net / 22 %
telefônica/Vivo / 12 %
3
/
2 3
1 amazon Web services / 38 %
sony neX-7 / 24 %
samsung WB850F / 19 %
2 locaweb cloud server Pro / 27 %
carro geek
3 uol host cloud computing / 16 %
1
honda cr-V / 34 % Fiat Punto com social drive / 26 %
smartPhone
2
3
avast / 35 % 2
1
câmera digital melhor serViço de cloud 1 nikon d800 36 %
antiVÍrus do ano 1
melhor Banda larga
tV lg cinema screen 47lm8600 / 17 %
3
itaú / 34 %
Banco do Brasil / 18 %
tV samsung un46es8000 / 27 %
1
2
3
2
Facebook / 26 %
Bradesco / 37 % 2
apple iPod nano / 30 %
emPresa do ano 2
1
Áudio e VÍdeo 1
1
Banco mais conectado
aPlicatiVo do ano
emPreendedor do ano
Ford ecosport Freestyle / 26 %
hardWare do ano samsung galaxy s iii / 33 % 1
2
1
samsung galaxy s iii / 34 % 2 3
nokia lumia 900 / 12 %
taBlet apple novo iPad / 41 %
1
2
apple iPhone 5 / 21 % 3 samsung galaxy note 10.1 / 14 %
apple iPhone 5 / 30 %
3
samsung galaxy note 10.1 / 27 %
google nexus 7 / 17 %
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“
Os CAnAis DigitAis ERAm vistOs COmO ALtERnAtivOs nO BAnCO. HOJE sãO PERCEBiDOs COmO PRinCiPAis
CIo do ano 1 Aurélio Boni bradesco / 37 % 2
PRoFISSIonaL de CanaIS dIGItaIS
“
Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais do Bradesco Dia e Noite. O banco venceu em três categorias
1
Luca Cavalcanti bradesco / 61 %
2
Romeo Busarello tecnisa / 26 %
3 Andréa Dietrich Pão de açúcar / 12 %
MeMe do ano 1
Cristiano Hyppolito Cinemark / 33 % 3 Edson Badan Ford do brasil / 21 %
notebook 1
2
apple Macbook Pro Retina / 36 %
Ultrabook Samsung Série 9 / 20 % 3 Ultrabook asus Zenbook UX31 / 16 %
Psy Gangnam Style / 33 % 2
Oficina de Propaganda Menos Luiza, Que está no Canadá / 23 %
3 Autor Desconhecido Campanha um Pen drive para nina / 15 %
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PerFiL geek dO anO 1
2
Otário A. Anonymous Canal do Otário / 34 %
Mauricio Cid nãosalvo / 24 % Marcelo Cidral Como eu me sinto Quando... / 21 % 3
PrOFissiOnaL de marketing
“
1
VAMOS COnTInuAR InVeSTIndO PARA PROPORCIOnAR A MeLhOR exPeRIênCIA POSSíVeL PARA AS MãeS
2
startUP dO anO
“
1
3
Predicta / 15 %
mgaia studio / 14 %
1
Facebook / 58 %
2
instagram / 18 %
3
O gadget mais inOvadOr 1 google glass (óculos interativos) / 46 % 2
Lytro (câmera fotográfica) / 11 %
Spoleto – Parte II Porta dos Fundos/ spoleto / 22 %
videOgames
1
google street view / 37 % 2
google drive / 22 % 3
3
Manifesto do Corinthians para a Maior Torcida do Brasil F/nazca saatchi & saatchi/ nike / 22 %
1
3
3
netflix / 21 %
JOgOs 1
nintendo Wii U / 38 % 2
Linkedin / 10 %
serviçO OnLine dO anO
nike FuelBand (pulseira) / 21 %
Bebê – Sem Papel agência África/ Banco itaú / 27 %
2
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rede sOCiaL dO anO
Bebê store / 39 % 2
CamPanha OnLine dO anO
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João Ciaco Fiat / 27 % 3 Luciana Feres Coca-Cola / 23 %
Leonardo Simão, presidente da Bebê Store, startup que fundou em parceria com a mulher, Juliana Della Nina
1
Roni Cunha Bueno(1) netshoes / 50 %
sony Ps vita / 37 %
angry Birds space / 30 % 2
resident evil 6 / 19 % 3
diablo iii / 18 %
nintendo 3ds XL / 25 %
(1) Hoje é vice-presidente global de marketing e publicidade do Terra
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A internet que veio do frio É bem possível que você nunca tenha ouvido falar em Yandex, ozon e vkontakte. eles são o GooGle, a amazon e o facebook da rússia. e deixam os GiGantes americanos para trás em audiência e faturamento / Por Fernando Valeika de Barros, de Moscou
ilustração artnet digital
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Esqueça a Alemanha, a França ou a Inglaterra.
A Rússia é hoje um dos países mais quentes da Europa em negócios web. Os internautas russos somam 63,4 milhões, o dobro do que havia em 2006 e mais do que os alemães. Em 2012, a Rússia foi o país europeu que mais incorporou internautas com acesso por banda larga. Foram 5 milhões, algo como 28,3% dos usuários de computadores do país. Segundo estudo do banco GP Bullhound, incluindo acessos feitos por smartphones, a Rússia deverá ter 93 milhões de internautas no final de 2013. O país tornou-se um bom mercado para o comércio eletrônico e as redes sociais. Conheça, a seguir, três estrelas da internet russa.
YaNdex, O GOOGle mOscOvIta O escritório do Yandex, na Rua Leo Tolstoy, em Moscou, fica bem longe do Vale do Silício californiano. Mas basta rodar pelas salas para sentir o clima semelhante ao das startups americanas. Móveis coloridos, clima descontraído, com mesas de xadrez no terraço
e jornadas de trabalho flexíveis para os cerca de 2,5 mil funcionários. Fica ali a sede de um dos raros concorrentes do Google, que é capaz de surrar a companhia americana, ao liderar o mercado russo de buscas. “Nossa empresa conseguiu fazer uma tecnologia de buscas e conteúdo boa o suficiente para que os russos tenham o direito de escolher qual motor preferem”, disse a INFO Elena Kolmanovskaya, editorachefe do Yandex. Em torno de 19 milhões de internautas russos acessam o Yandex diariamente. Representam 61% do mercado, enquanto o Google fica com 26%. Em 2012, o Yandex ba-
teu, com 900 mil espectadores, a audiência do Canal 1, a maior emissora de televisão russa, em um claro sinal de como os russos estão conectados. Fundado em 1997 pelo empreendedor Arkady Volozh, 48 anos, o Yandex tem finanças sólidas. No último balanço, registrou um lucro de 179 milhões de dólares, comparável ao do grupo Gazprom, o gigante russo de exploração de gás natural, uma das riquezas do país. Com 622 milhões de dólares de faturamento, o Yandex tornou-se a maior empresa de internet da Rússia. Ao abrir seu capital na Nasdaq, a bolsa eletrônica de Nova York, arre-
O Yandex, líder russo das buscas, reproduz o clima das startups americanas, com móveis coloridos e horário flexível para 2,5 mil funcionários
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cadou 1,3 bilhão de dólares. Está agora em plena fase de internacionalização. Depois de ocupar um espaço considerável no mercado russo e em países vizinhos, que falam línguas escritas em cirílico, como a Ucrânia, o Cazaquistão e a Bielorrússia, o Yandex tem planos de conquistar espaço mundo afora. Em setembro de 2011, a empresa começou a operar na Turquia, um mercado com 35 milhões de internautas e com grande potencial para publicidade online. Boa parte do sucesso do Yandex se deve à habilidade para dominar a complexidade do idioma russo. Além do cirílico, a morfologia da gramática russa, recheada de sufixos e declinações, tornou-se uma barreira para os americanos. “Para que uma pesquisa em russo seja bem-sucedida, é preciso levar em conta declinações de nomes e adjetivos e conjugações verbais complexas”, diz Ilya Segalovich, CTO do Yandex. Por ignorar essa complexidade
no início da sua ofensiva no país, as pesquisas do Google não eram tão precisas. Nos últimos tempos, o serviço melhorou, mas não o suficiente para abalar a liderança do Yandex, que desde 1997 indexou cerca de 10 bilhões de páginas. Como acontece com o Google ou o Bing, são os anunciantes que pagam a conta e geram receita. Com algoritmos como o Yandex.Direct (similar ao AdWords, do Google) e Yandex.Metrica (semelhante ao Google Analytics), o sistema de buscas russo pode mapear parâmetros como nenhum outro no país. “Podemos chegar ao nível de detalhes de cidades”, afirma Elena, do Yandex. Isso acaba sendo uma mão na roda para conquistar clientes em um momento em que anunciar na internet está cada vez mais popular na Rússia. Os 238 mil anunciantes que usaram a plataforma do Yandex no primeiro semestre de 2012 significam 55% do mercado russo. Nos primeiros quatro meses
de 2012, o faturamento do Yandex foi de 200 milhões de dólares, cerca de 51% mais do que no mesmo período do ano anterior. Um dos alvos agora é a geração de conteúdo para dispositivos móveis. Recentemente foram lançados o Yandex.Music, serviço para baixar (pagando, é claro) 3 milhões de músicas, e o Yandex.Taxi, aplicativo com mapas do caótico trânsito de Moscou e São Petersburgo. Só na capital já existem cerca de 6 mil táxis conectados ao sistema. Há ainda o Yandex. Money, sistema de pagamento usado por 15% das transações de e-commerce, o Yandex.Real Estate, para organizar 1,8 milhão de anúncios imobiliários em 200 sites, e o Yandex.Auto, para compra de carros em 300 sites. Acordos com Samsung e Microsoft fizeram com que smartphones usando sistemas operacionais Bada e Windows Phone 8 tivessem instalados motores de busca e aplicativos do Yandex.
⁄
estrelas da web O empreendedor Arkady Volozh fundou o serviço russo de buscas Yandex em 1997. Hoje, é maior que o Google no país. A francesa Maelle Gavet é presidente da Ozon, empresa de comércio eletrônico inspirada na Amazon
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OzON, a amazON russa Você acha que daria certo um negócio de e-commerce com operação em um território com quase três vezes o tamanho do Brasil, onde são raras as compras com cartão de crédito e a burocracia é enorme? Pois mesmo com dificuldades de logística, a Ozon está se dando muito bem. Considerada a Amazon russa, a Ozon registrou, no seu último balanço semestral, publicado em setembro do ano passado, faturamento 78% maior que no mesmo período de 2011. Foram 232 milhões de dólares, e o site chegou aos 11 milhões de usuários registrados, quase o dobro que tinha no ano anterior. Dois terços das vendas da empresa estão concentradas em livros (34,3% do total) e produtos eletrônicos (33,7%). “O segredo para fazer um negócio online dar certo na Rússia é construir uma relação de confiança e eficiência com os clientes”, disse a INFO a francesa Maelle Gavet, presidente da Ozon. “Cada pedido é cuidadosamente monitorado, com ajuda de sistemas de gestão.” Para driblar a desconfiança dos russos em relação ao pagamento com cartão de crédito e ao mesmo tempo não tornar os veículos da empresa alvos de assaltos, a Ozon bolou 15 alternativas para sistemas de pagamentos e entrega de encomendas. É possível, por exemplo, retirar os objetos em cerca de 2 ,1 mil pontos de distribuição em várias cidades, e 10% das encomendas são
Outras estrelas
Negócios de iNterNet em versão russa que chamam a ateNção do muNdo
entregues em casa pelos correios. Em Moscou ou São Petersburgo, boa parte dos entregadores usa um carro particular, conduzido por portador sem uniforme, para não atrair ladrões. Uma hora antes da entrega, o consumidor recebe uma ligação perguntando se está no endereço. Na chegada, o pacote é conferido e o pagamento é efetuado, quase sempre em rublos. Segundo Maelle, quatro em cada cinco transações na Rússia são feitas com dinheiro em espécie e só 20% pagos com cartões de crédito. A Ozon foi fundada em 1998, inspirada na Amazon de Jeff Bezos, nos tempos em que a internet engatinhava. “A empresa foi criada por geeks que acharam que havia possibilidades, pois na Rússia as pessoas adoram ler”, diz Andrey Chechin, diretor comercial. A ideia demorou para decolar. Havia, de um lado, a desconfiança em relação ao e-commerce; de outro, uma estrutura de entregas que demorou para engrenar, em um país extenso e com nove fusos horários. Há sete anos, mesmo com o crescimento da internet, seu faturamento atingia modestos 19 milhões de dólares. A gestão de Maelle Gavet apostou na diversificação das atividades. Nascida em Paris, ela aprendeu russo na adolescência. Depois de se formar, começou a trabalhar na consultoria BCG (Boston Consulting Group). Rodou por África do Sul e Índia, e chegou à Rússia em 2009, primeiro para trabalhar no
BigliOn biglion.ru considerado a versão russa do groupon, o site de compras coletivas realiza vendas anuais de 140 milhões de dólares
Kupivip kupivip.ru site especializado em vendas de artigos com até 70% de desconto, tem carteira com 200 mil clientes
marketing da Ozon, para quem a BCG elaborava um plano de estruturação, depois para ser sua principal executiva. “Nossa companhia ficou mais eficiente, com treinamento de funcionários e uso de softwares para controlar cada mercadoria nos armazéns ou a caminho de pontos de entrega”, diz Maelle. “Houve ainda a decisão estratégica de ampliar o foco das operações. Hoje a Ozon é muito mais do que uma livraria virtual.” Um consumidor russo gasta o equivalente a 300 reais, em média, em uma compra pela web. Para tentar atrair mais rublos, outra aposta é o crescimento do braço voltado ao turismo, a Ozon. Travel, que fez acordo com cerca de 500 companhias de aviação e 160 mil hotéis. Para driblar as ineficiências do serviço de correios da Rússia e ganhar agilidade, foi criado um braço para a entrega das encomendas, a empresa O-Courier, que trabalha para a Ozon e para outros 70 clientes. Usando sua própria estrutura de transporte e logística, 26 escritórios próprios e uma centena em regime de franquia, hoje a Ozon entrega cerca de 15 mil itens a cada dia, muitos a milhares de quilômetros do seu principal centro de distribuição, localizado em Tver, a meio caminho entre Moscou e São Petersburgo. A Ozon entrega em cerca de 500 cidades na Rússia e nos países vizinhos Cazaquistão, Ucrânia e Bielorrússia.
nginx nginx.ru cerca de 12% dos sites no mundo, incluindo o WordPress, utilizam os serviços de cloud computing da empresa
ZeptOlaB zeptolab.com criadora do jogo Cut the Rope, a empresa de games de moscou tem foco em tablets e celulares
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VkONtakte, O FacebOOk VersãO sãO PetersburgO Em outubro do ano passado, Marc Zuckerberg fez uma visita relâmpago a Moscou. Postou no Facebook fotos fazendo pose na Catedral de São Basílio. Fez reuniões com figurões de empresas russas de internet, como o Yandex, e teve uma audiência com o primeiroministro Dmitry Medvedev. Patrocinou uma competição com programadores russos, para incentivá-los a criar para sua rede social. A visita foi estratégica. No mercado russo, o Facebook perde feio para a rede local VKontakte, Vegetariano e budista
No mercado russo, o Facebook perde feio em audiência para a rede VK, criada por Pavel Durov, um jovem de 28 anos que ficou bilionário em três anos expressão que significa “em contato”. Segundo a consultoria TNS Global, a VK, como a rede é conhecida, é acessada diariamente por 33 milhões de russos, inclusive por smartphones. O Facebook vem só em quarto lugar, com 10,7 milhões de seguidores. Atrás do líder russo, os concorrentes mais próximos também são prata de casa: o Odnoklassniki (“colegas de classe”) e o Moy Mir (“meu mundo”). Ambos pertencem ao portal Mail. ru, cujo dono, o bilionário Alisher Usmanov, é uma espécie de rei das redes sociais do país. Ele tem 40% da VK. A VK tem outra vantagem sobre a concorrência: seus usuários ficam conectados por mais tempo. Em um mês, a média é de 492 minutos contra 29 minutos no Facebook. O VK tem fer-
ramentas para baixar filmes e músicas por P2P, que muitos consideram não estarem dentro das regras de direito autoral. Outro foco de polêmica é seu layout, que lembra o do Facebook, com a faixa azul e a mesma disposição do menu. Os russos dizem que é coincidência. O cara que inventou a VK, Pavel Durov, é jovem como Zuckerberg. Tem 28 anos e é ainda mais irreverente. Vegetariano e zen-budista, em maio do ano passado fez um protesto inusitado. Jogou uma dezena de aviõezinhos feitos com notas de 5 mil rublos (330 reais) pela janela do escritório, numa das avenidas mais movimentadas de São Petersburgo. “Quis criar uma atmosfera festiva, mas as pessoas reagiram como animais”, tuitou Durov. Considerando que ele tem um patrimônio estimado
⁄
Pavel Durov criou a rede social VK na faculdade. Hoje ela vale US$ 1,84 bilhão
em meio bilhão de reais, o capricho não lhe fará falta. Mas, por trás do jeitão maluco, Durov foi capaz de levar adiante uma ótima ideia. Como aconteceu com o Facebook, sua rede social nasceu nos tempos de estudante, quando frequentava a Universidade de São Petersburgo. Junto com o irmão, Nikolai, programador como ele, criou o SPBGU.ru, fórum para os estudantes compartilharem suas experiências e impressões. Três anos depois, a VK contabilizava 1 milhão de seguidores e valia um bom dinheiro. Foi quando o fundo DST decidiu colocar 65,2 milhões de dólares na mesa para comprar 24,99% das ações. Hoje estima-se que o valor de mercado da VK chegue a 1,84 bilhão de dólares. Para manter seu negócio em alta, Durov se apoia em publicidade e na distribuição de jogos sociais. Hoje a VK é uma bem estruturada companhia, instalada em um colorido escritório de São Petersburgo. Apesar do barulho de sua visita à Rússia, Zuckerberg e seu Facebook não terão vida fácil no país.↙ Janeiro 2013 INFO
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/ fotos Rafael evangelista
Notas 10,0
Impecável
9,0 a 9,9
Ótimo
8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0
Muito bom
a 8,9 a 7,9 a 6,9 a 5,9 a 4,9 a 3,9 a 2,9 a 1,9 a 0,9
Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo
Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl
Wii U/ 88 TV/ 90 Monitor/ 91 iPad mini/ 92 Docks/ 93 Câmeras/ 94 Kangoo Jumps/ 95 Radar/ 96
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UM gaMe, dUaS telaS
No Wii U, novas maneiras de se divertir aparecem quando os jogos são divididos entre a tela da TV e o touchscreen do controle / Por LeoNardo Veras
De olho Ainda existem poucas aplicações para a câmera, além do bate-papo com vídeo do Wii U Chat
Toca aqui A tela do GamePad é resistiva: reconhece apenas um toque por vez, mas é boa para desenhar
2,2 cm
13,4 cm
25,9 cm
Wii U / NiNteNdo Juntando o controle com sensor de movimentos que fez a fama do Wii e o con-
ceito de duas telas do DS, o novo console da Nintendo traz uma experiência diferente de tudo o que já se viu nos videogames atuais. Para começar, a atenção do jogador é dividida entre a TV e o GamePad, um controle que combina uma tela de 6 polegadas com giroscópio e câmera, mas, mesmo assim, é leve e confortável de segurar. Cada jogo usa os recursos do tablet de uma forma diferente e pode combiná-los com comandos de controles comuns. No modo multiplayer, enquanto os jogadores que usam o Wiimote tradicional interagem com a tela da televisão, o usuário do GamePad assume outro papel. Ele pode, por exemplo, criar obstáculos no meio de uma partida de Super Mario Bros. U com um toque na tela. A bateria do controle especial, porém, durou 3 horas e 28 minutos nos testes do INFOlab, o que obrigou muitas interrupções das partidas. Outro ponto fraco são os gráficos dos jogos. Apesar de ser mais poderoso que o Wii original, a qualidade visual dos games não é muito superior à do PS3 ou do Xbox 360. O Wii U demora a carregar jogos e menus. A criatividade dos produtores de jogos para explorar os recursos do Wii U é que determinará se o novo videogame da Nintendo vai ou não fazer bonito na nova geração de consoles.
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iBM espresso 1,2 GHz tri core / disco proprietário / 32 GB de memória flash / Saídas de vídeo: HdMi e AV (com adaptador) / 4 USB / Slot para cartão Sd / Wi-Fi n / Bluetooth / NFC avaliação Técnica: 8,2 cusTo/benefício: 7,4
/ R$ 1 889(1)
EDIçãO DE ImAGEm artnet digital IlUSTrAçÕES evandro Bertol (1) Preço praticado no mercadolivre. Não há data oficial de lançamento do Wii U no Brasil
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Travado O drive do Wii U lê apenas os discos da Nintendo, ou seja, nada de DVD nem Blu-ray
multiplAyer múltiplo Além do GamePad que já vem com o console, há dois outros tipos de controle
Wii U Pro O Pro é uma alternativa mais barata, e sem tela, ao GamePad
Wiimote Os controles do Wii original são compatíveis com o Wii U
universo GAmer
Na rede social Miiverse, jogadores podem criar grupos de discussão, compartilhar conquistas, publicar desenhos e postar screenshots
16,5 cm
4,6 cm
26,7 cm
Acervo promissor Foram anunciados 56 jogos para o Wii U. Confira alguns dos que estão à venda
Super Mario Bros.U
Assassin’s Creed III
ZombiU
Nintendo Land
Rabbids Land
Just Dance 4
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Perfeição na tela
Com quatro vezes mais definição que uma tela full HD, nenhum detalhe da imagem se perde na smartTV 4K de 84 polegadas da LG / por AirTon Lopes
SOLTE O VERBO A postagem em redes sociais pelo aplicativo da TV é feita com reconhecimento de voz
VÍDEO PELO AR A TV recebe por Wi-Fi conteúdo de aparelhos compatíveis com WiDi e Wi-Fi Direct
PANCADÃO A trilha sonora para as imagens 4K fica a cargo de dois falantes e dois subwoofers
4 cm
121,4 cm
191,6 cm
39,9 cm
84LM9600 / LG É difícil descrever a imagem desta smartTV de 84 polegadas da LG com tecno-
logia 4K, também chamada de ultra HD, sem desfilar uma série de adjetivos. Com o conteúdo adequado, isto é, com material produzido originalmente em resolução de 3 840 por 2 160 pixels, o vídeo apresenta definição perfeita a qualquer distância. A única ressalva é a saturação de cor acima do ideal na maioria das configurações predefinidas pela LG, o que exigiu um ajuste fino manual. Como o único material dessa tercnologia em 3D disponível para testes era uma animação de 30 segundos, o clipe serviu mais para reforçar a excelência da imagem que para formar opinião sobre o efeito tridimensional com vídeo em 4K. Uma surpresa no INFOlab foi perceber que o mesmo conteúdo em Blu-ray ficou melhor quando visto em 3D do que no modo normal. Com os óculos 3D passivos, a perda de definição inevitável na adaptação dos vídeos em Blu-ray (1 080p) e TV digital (1 080i) para a tela 4K foi bem mais discreta, quase imperceptível.
Tela de 84” / 4K (ultra HD) / LCD com LED / 3D passivo, vem com 6 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi AVALiAçÃO TéCNiCA: 9,3 CuSTO/BENEfÍCiO: 6,5
/ R$ 44 999
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Monitor esperto
Com recursos de smartTV, o monitor da Samsung esbanja conectividade para trabalhar no PC e exibir vídeos por Wi-Fi / PoR airTon loPeS
missões diferentes Enquanto uma USB executa arquivos, a outra é um atalho para a porta do PC
nem pra cima, nem pra baixo A inclinação da tela é ajustável, mas não dá para aumentar a altura
2,2 cm
47,4 cm
63,6 cm
20,4 cm
T27B750 / SAmSUng Nas lojas será possível achá-lo na prateleira dos monitores, mas este mo-
delo da Samsung fica mais à vontade ao lado das smartTVs. Com tela de 27 polegadas, ele tem sintonizador de TV digital, várias funções presentes nos melhores televisores inteligentes e design bacana. O Wi-Fi embutido facilita a diversão com aplicativos e a reprodução de mídia apresentada por outros aparelhos. Nos testes do INFOlab com conteúdo compartilhado na rede local, o monitor tocou em 1 080p os formatos de vídeo mais relevantes e carregou legendas externas e embutidas. Para a ligação direta por Wi-Fi a outros equipamentos, o monitor é compatível com as tecnologias WiDi (Wireless Display) e Wi-Fi Direct, que falhou em todas as tentativas de conexão com tablets e smartphones. A qualidade das imagens é muito boa. Mas, se a intenção for usar o monitor a maior parte do tempo para trabalhar, sua resolução full HD não é a ideal, já que existem monitores de 27 polegadas com telas de 2 560 por 1 440 pixels.
Tela de 27” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Entradas: 2 HDmI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub, 2 RF, 1 RCA, 1 P2 / 2 USB / Ethernet, Wi-Fi avaliação técnica: 8,4 custo/benefício: 7,1
/ r$ 1 599
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/
Leve, muito Leve
O iPad mini encolheu sem sacrificar a ótima experiência de uso de seu irmão maior e a duração da bateria / POr AirtOn LOPes
COMO O IRMÃO Além do conector Lightning, o mini também tem versão com entrada para nanoSIM e 4G
0,7 cm
20 cm
13,5 cm
APONTE O MINI Fotografar com o iPad grande é meio ridículo. Mas com o mini melhora. Dá para clicar em 5 MP e filmar em 1 080p
iPad mini
/ APPLe A tela de 7,9 polegadas dá a impressão que o iPad perdeu o conforto para leitura e navegação na internet. Engano. O mini não sacrificou as qualidades do iPad tradicional e ainda ganhou portabilidade. Tem como trunfos o corpo levíssimo de 308 gramas (é o tablet mais leve que já passou pelo INFOlab) e a autonomia de bateria, que chegou a 9 horas e 18 minutos com reprodução contínua de vídeo. Outro gol de placa comprovado no INFOlab é a compatibilidade total com os apps feitos para o iPad maior. Diferentemente do que ocorre no universo Android, o conteúdo que funciona bem na tela maior é exibido em menor escala, sem prejuízo da qualidade. Somente quem faz questão de ler com letras grandes pode reclamar de um certo aperto na tela. A qualidade da tela, de 1 024 por 768 pixels, e o desempenho para rodar apps são os mesmos do iPad 2. Mas distantes da exuberância da Retina Display e da força dos chips A6X e Android com quatro núcleos.
Tela de 7,9” / A5 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB / 308 g / iOS 6 / 9h18min de bateria(1) AvAlIAçÃO TéCNICA: 8,7 CusTO/bENEfíCIO: 6,3
/ R$ 1 699(2)
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(1) Duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço praticado no MercadoLivre. Não há data oficial de lançamento do iPad mini no Brasil
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Os tablets fazem a festa A música que ganha força nos falantes das docks da Samsung e da Acoustic Research não vem só dos celulares e dos tocadores de MP3 / por AiRton LoPeS
19,3 cm
16,4 cm
63 cm
MP3 Por USb A dock toca músicas salvas no pen drive, mas a falta de display atrapalha a operação
Wireless Audio Dock DA-E651 /
SAmSung Os gadgets da Apple com conector antigo e os smartphones grandalhões das linhas Galaxy S e Note dividem espaço pacificamente nesta dock com design estiloso da Samsung. Na sua base há um conector de 30 pinos para iPod, iPhone e iPad e um microUSB. A diferença é que, nos Androids, o plugue serve só para carregar a bateria. A transmissão do áudio é feita por Bluetooth. Com dois falantes e um subwoofer, o som é forte e de boa qualidade. No entanto, não se equipara ao de docks de alta fidelidade. berço retrátil A base para gadgets pode ser recolhida quando não está em uso
40 W de potência / Entradas: p2, uSB, microuSB / Bluetooth / Compatível com ipod, iphone e ipad (conector de 30 pinos) e smartphones galaxy S e note / 3 kg AvAliAção técnicA: 7,9 cUSto/benefício: 7,0
/ r$ 899
16,4 cm
21,5 cm
40,2 cm
AR-S35i / ACouStiC rESEArCh Graças a adaptadores, a dock
lida bem com tablets e smartphones. Além de amplificar o som das músicas armazenadas em produtos da Apple, esta dock permite que o iPad seja encaixado na horizontal, exibindo vídeos em tela cheia. Também dá para enviar as imagens para a TV, mas só em 480p. Ou seja, sem alta definição. Com um predomínio dos médios, o áudio do modelo não entusiasma.
20 W de potência / Entradas: p2 / Saída: vídeo componente / rádio Fm / Compatível com ipod, iphone e ipad (conector de 30 pinos) / 2 kg AvAliAção técnicA: 7,2 cUSto/benefício: 7,5
/ r$ 539
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/
Superzoom de bolSo
O zoom generoso das câmeras compactas da Canon e da Sony facilita o enquadramento quando é preciso clicar de longe / por AirtOn LOpeS
3,4 cm
6,2 cm
10,4 cm
LUZ e soMBras Em cenas com essa combinação, a área clara fica superexposta
dois cartões A câmera vem com um Memory Stick Duo de 8 GB, mas também aceita cartões SD
Cyber-shot DSC-H90 / Sony A lente com zoom
óptico de 16x e a variedade de recursos desta Cyber-shot são uma mão na roda para fotografar temas distantes com menos risco de errar. O estabilizador e os modos automáticos e de reconhecimento de cenas facilitam bastante a vida de quem não tem a mão firme e não quer quebrar a cabeça com ajustes. A qualidade geral das fotos é boa, mas não o suficiente para conquistar quem faz questão de imagens livres de ruídos e com riqueza de detalhes absoluta.
16,1 Mp / Zoom de 16x (24 a 384 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3” / Capacidade 27 MB (interna) + MS Duo (vem com um de 8 GB) ou SD / 193 g avaLiação técnica: 7,6 cUsto/Benefício: 7,6
/ r$ 809
4,5 cm
7,3 cm
11,2 cm
PowerShot SX150 IS / CAnon As opções de controles manuais tornam esta compacta da Canon com zoom de 12x uma alternativa interessante para quem não pretende ficar preso aos ajustes automáticos da câmera o tempo todo. A empunhadura é boa, mas a máquina tem o porte um pouco exagerado para um modelo de bolso, além do acabamento espartano. A qualidade das imagens produzidas nos testes do INFOlab foi satisfatória. O que incomoda é o tempo exagerado para a câmera da Canon salvar o arquivo e ficar pronta para o clique seguinte. 14,1 Mp / Zoom de 12x (28 a 336 mm) / Filmagem em 720p / LCD de 3” / SD (vem com um de 4 GB) / 302 g avaLiação técnica: 7,5 cUsto/Benefício: 7,8
/ r$ 599
94 / INFO Janeiro 2013
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Diversão para emagrecer Testamos uma bota canguru para malhar dentro e fora da academia sem forçar as articulações. E uma máquina para cortar cabelo sozinho / pOR AirTon LopEs e MArcus Vinícius BrAsiL
9,5 cm
SUPERTÊNIS Não dá para subir em paredes, mas a linha da Reebok com heróis da Marvel é confortável
44 cm
32 cm
KJ-XR3 / KaNgOO JuMps
O que acontece com quem se aventura a correr ou saltar por aí com 1,7 quilo amarrado em cada pé? Com as botas da Kangoo Jumps, o resultado é diversão e calorias a menos, preservando joelhos, tornozelos e outras articulações. O enorme sistema de amortecimento com arcos de molas reduz em até 80% o impacto e devolve a energia como impulso, o que acaba transformando a monotonia das corridas e das aulas de ginástica em brincadeira divertida.
NaS alTURaS O amortecedor deixa o atleta 18 centímetros mais alto, mas é fácil manter o equilíbrio sobre ele
avalIação TéCNICa: 7,8 CUSTo/bENEfíCIo: 6,2
/ R$ 790
8,6 cm
10 cm
Even Cut / CONaIR Quem quer aparar o cabelo sem pasCIRCUlaRES Os dois pentes que a acompanham são capazes de fazer cortes em quatro alturas
sar pelo barbeiro pode tentar um voo solo com esta máquina. Com design diferente do convencional, ela tem pentes circulares e um formato cônico, de uso confortável, ajustes fáceis e corpo leve. Mas o bocal é grande e complica o corte próximo às orelhas. Foi preciso usar a tesoura que a acompanha para o acabamento, manobra com grandes chances de dar errado.
avalIação TéCNICa: 6,5 CUSTo/bENEfíCIo: 6,3
/ R$ 240
Janeiro 2013 INFO
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/ Radar BLU-RAY PLAYERS
Ultrabooks
// IdeaPad Yoga Lenovo
// Player esperto
Com o desempenho de um ultrabook de primeira categoria e tela sensível ao toque, o Yoga é a primeira máquina que chega ao Brasil preparada para extrair o máximo do Windows 8. O grande destaque é a tela que gira 360 graus e o transforma em tablet.
Exceto pelos recursos de reconhecimento de voz, gestos e face, o Blu-ray player BDE5900 tem todos os aplicativos e funções das smartTVs mais bacanas da Samsung. Roda filmes em Blu-ray normal e 3D. E também arquivos armazenados em pen drives, em PCs da rede local e no serviço de armazenamento online SugarSync. O Wi-Fi embutido faz a conexão com a internet.
// Envy 4 HP
Os recursos do Envy 4 são os que se espera de um ultrabook com boa configuração e preço na faixa de 3 mil reais. Na autonomia, o aparelho supera todos os modelos de 14 polegadas avaliados pelo INFOlab. Na duração de bateria, suportou 2 horas e 16 minutos.
// Ultrabook F7 CCE Info
Se para alguns gravador de DVD é item imprescindível, esta máquina se destaca entre os ultrabooks de 14 polegadas. Outro ponto positivo é o desempenho proporcionado pelo processador Core i7. O visual é legal, mas o acabamento deixa a desejar.
Especificações
Blu-ray 3D / DivX, XviD, MKV, MPEG-4, WMV, MOV em 1 080p / Saídas: 1 HDMI, 1 áudio coaxial / USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 698 AvALIAçãO INFOLAB
// vaio SvT13115FBS Sony
8,3
Típico ultrabook intermediário com drive de memória flash e HD trabalhando em conjunto. A performance nos testes foi satisfatória. O visual é bonito, mas o peso (1,6 quilo) é maior que o desejado em ultrabooks de 13,3 polegadas.
// Z430 LG
Com tela de 14 polegadas e 1,5 quilo, se destaca pelo peso reduzido. A aparência também é boa. Nos testes, o modelo ficou entre os melhores da categoria na execução de tarefas comuns. No entanto, a autonomia longe da tomada deixou a desejar.
// Especialista em 3D
Além de tocar Blu-ray 3D, o BDP-S490 possui um aplicativo só com conteúdo em três dimensões. Para outros tipos de mídia, os recursos do player da Sony são apenas satisfatórios. A reprodução de arquivos dos PCs da casa e o uso de aplicativos online são feitos pela rede cabeada. Quem quiser Wi-Fi terá de gastar 249 reais em um adaptador para o player.
// G27 Racing Wheel Logitech
Este conjunto para simuladores de corrida deve agradar aos fãs de jogos mais realistas. Confortável e com acabamento em metal e em couro, o volante simula bem a resistência de um carro de verdade.
Microsoft
Blu-ray 3D / XviD, MKV, MPEG-4, WMV, MOV em 1 080p / Saídas: HDMI, vídeo composto, áudio óptica, coaxial, RCA / USB / R$ 449 AvALIAçãO INFOLAB
7,9
96 / INFO Janeiro 2013
IN325_Radar.indd 96
Tela de 13,3” / Intel Core i7-3517 1,9 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB/ SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,5 kg / Windows 8 Pro / 2h03min de bateria(1) / R$ 8 999 AvALIAçãO INFOLAB
8,6
Especificações
Tela de 14” / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSO de 16 GB e HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,7 kg / Windows 7 Home Premium / 2h16min de bateria(1) / R$ 3 299 AvALIAçãO INFOLAB
8,4
Especificações
Tela de 14" / Intel Core i7-3517U 1,9 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 30 GB e HD de 500 GB / Vídeo onboard / DVD-RW / 1,9 kg / 1h31min de bateria(1) / R$ 2 399 AvALIAçãO INFOLAB
8,0
Especificações
Tela de 13,3" / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 32 GB + HD de 320 GB / Vídeo onboard / 1,6 kg / 2h18min de bateria(1) / R$ 2 999 AvALIAçãO INFOLAB
8,0
Especificações
Tela de 14" / Intel Core i7-2637M 1,7 GHz (Sandy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB e HD de 320 GB / Vídeo onboard / 1,5 kg / 1h29min de bateria(1) / R$ 3 599 AvALIAçãO INFOLAB
7,9
Games
// Wireless Speed Wheel Especificações
Especificações
O volante sem fio para games de corrida do Xbox 360 tem botões fáceis de acionar, mas, sem um eixo fixo, a precisão dos movimentos fica prejudicada e os braços se cansam rapidamente.
/ R$ 764 AvALIAçãO INFOLAB
/ R$ 319 AvALIAçãO INFOLAB
8,0
6,5
FOTOS RafaEL EvanGELISta (1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-fi ativado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes
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Tablets
// iPad 4ª Geração Apple
O modelo mais recente do tablet da Apple com tela Retina Display (2 048 por 1 536 pixels) traz um processador mais veloz e um novo conector, menor que o anterior. Nos testes, o maior ganho foi na duração de bateria.
// Galaxy Note 10.1 Samsung
O tablet com configuração forte e chip de quatro núcleos pode dividir a tela e rodar dois apps juntos ao mesmo tempo. O recurso pode, por exemplo, ser usado no aplicativo S Note, que faz anotações com ajuda da caneta stylus.
// Galaxy Tab 2 10.1 Samsung
A segunda versão do tablet traz poucos avanços. Além do Android 4, ele ganhou entrada para cartão microSD e um visual novo. O modelo com slot para SIM card navega nas redes HSPA+ e também realiza ligações telefônicas.
// Ypy 7 Nova Geração Positivo
O modelo tem alguns recursos interessantes, como entrada miniUSB e saída miniHDMI, mas falha na sensibilidade, na qualidade da tela e na duração da bateria. Seu display tem resolução de 1 024 por 600 pixels.
Especificações
Tela de 9,7” / A6X Cortex A9 1,4 GHz dual core / 32 GB / 660 g / iOS 6 / 10h59min de bateria(1) / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlab
9,2
Especificações
Tela de 10,1” / Exynos 4412 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / 3,5 G (HSPA+) / 592 g / Android 4 / 6h04min de bateria(1) / R$ 1 899 avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
Tela de 10,1” / Cortex A9 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / 3,5G / Wi-Fi / 587 g / Android 4 / 7h43min de bateria(1) / R$ 1 599 avalIaçãO INFOlab
8,2
Especificações
Tela de 7” / ARMv7 Cortex A9 1 GHz / 16 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 396 g / Android 4 / 3h07min de bateria(1) / R$ 999 avalIaçãO INFOlab
7,1
Fones de ouvido
// OE2i Bose
Une som de primeira e conforto, pois seu corpo é bem leve. Nos testes, a qualidade de áudio foi boa e mostrou-se bem equilibrada em itens como volume, amplitude e tonalidade. Os graves são menos intensos que os de outros fones da mesma marca.
// Fidelio M1 Philips
O som dos fones não chega a ser excepcional, mas alcança um nível de detalhamento superior ao da maioria dos equipamentos de sua categoria, sem exagero nos graves. O design é uma bela combinação de metal, couro e plástico.
// HD 419 Sennheiser
Sem a pretensão de satisfazer audiófilos ou DJs, este fone tem som de boa qualidade, mas os agudos poderiam ser mais destacados. Apesar de grandalhão, é leve e permite movimentar as conchas. Não é possível dobrá-lo.
(1) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados
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Especificações
Formato on-ear / Headset / Conexão P2 / Cabo de 1,7 m / Sensibilidade: não informada / Resposta de frequência: não informada / 92 g / R$ 872 avalIaçãO INFOlab
8,2
Especificações
Formato concha / Conexão P2 / Cabo de 1,2 m / Sensibilidade: 106 dB/mW / Resposta de frequência: 15 – 24 000 Hz / 119 g / R$ 549 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
Formato over-the-ear / Conexão P2 / Cabo de 1,4 m / Resposta de frequência: 20 – 20 000 Hz / 200 g / R$ 299 avalIaçãO INFOlab
8,0
Janeiro 2013 INFO
/ 97
12/26/12 6:45:04 PM
/ Radar Smartphones
// iPhone 5 Apple
O modelo ganhou um display de 4 polegadas, mas o corpo ficou 20% mais leve e manteve a largura do iPhone 4S. A autonomia melhorou, mas é inferior à dos Androids grandes. Conector e slot para SIM card ficaram menores. O 4G não funciona no Brasil.
// Razr HD Motorola
A Motorola saiu na frente e trouxe o primeiro aparelho compatível com o 4G brasileiro antes mesmo de as operadoras oferecerem o serviço nos grandes centros. Outro destaque é a saída microHDMI: é possível ligá-lo na TV e curtir vídeos em full HD.
// lumia 900 Nokia
O aparelho utiliza o mesmo processador do Lumia 800, mas ganhou tela maior, uma câmera com 8 MP de melhor qualidade e outra frontal para videochamadas. Apesar do bom conjunto, não será atualizado para Windows Phone 8.
// Galaxy S II lite Samsung
Modelo intermediário com tela de 4 polegadas e chip dual core. O conjunto é bem afinado e não exige demais da bateria. A memória interna tem 8 GB, mas apenas metade fica disponível para o usuário preencher com arquivos.
// Xperia U Sony
Este smartphone, que tem chip dual core e visor de 3,5 polegadas, teve bom desempenho para um aparelho intermediário. Não é lento na execução das tarefas, apesar de apresentar algumas limitações, como a falta de entrada para cartão de memória.
Especificações
4G (LTE) / iOS 6 / A6 1,3 GHz dual core / 64 GB / Tela de 4" / Câmeras de 8 MP e 1,2 MP / 112 g / 7h55min de bateria(1) / R$ 2 999(2) avalIaçãO INFOlab
9,2
Especificações
4G (LTE) / Android 4 / Snapdragon S4 1,5 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,7” / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 148 g / 10h47min de bateria(1) / R$ 1 899(2) avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
3,5G (HSPA+) / Windows Phone 7.5 / Snapdragon 1,4 GHz single core / 16 GB / Tela de 4,3” / Câmeras de 8 MP e 1 MP / 160 g / 12h18min de bateria(1) / R$ 1 399(2) avalIaçãO INFOlab
8,4
Especificações
3G / Android 2.3 / Cortex A9 1 GHz dual core / 8 GB + microSD / Tela de 4" / Câmeras de 5 MP e 1,3 MP / 119 g / 9h19min de bateria(1) / R$ 899(2) avalIaçãO INFOlab
8,3
Especificações
3G / Android 2.3 / Cortex A9 1GHz dual core / 8 GB / Tela de 3,5” / Câmera de 5 MP e 0,3 MP / 116 g / 7h31min de bateria(1) / R$ 664(2) avalIaçãO INFOlab
8,0
Filmadoras
// HDR-PJ200 Sony
Além de filmadora, o modelo funciona como projetor. O painel de LCD é sensível ao toque, com tecnologia resistiva. As imagens gravadas tiveram qualidade satisfatória, mas a gravação de áudio apresentou um alto nível de ruído de fundo.
// HC-v100 Panasonic
O diferencial deste modelo compacto é o zoom óptico de 34 vezes, que chega a até 42 vezes no modo i.Zoom. A estabilização digital funciona muito bem. Nos testes, a qualidade das imagens gravadas foi boa. Não tem touchscreen.
98 / INFO Janeiro 2013
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Especificações
HD (1 080i) / Cartão SD ou MS Pro / Zoom de 25x/300x (óptico/digital) / LCD de 2,7” / 241 g / 1h51min de bateria / R$ 1 802 avalIaçãO INFOlab
7,8
Especificações
HD (1080i) / Cartão SD / Zoom de 34x/90x (óptico/digital) / LCD de 2,7" / 223 g / 2h45min de bateria / R$ 1 699 avalIaçãO INFOlab
7,5
FOTOS RAfAel evANgeliStA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados
12/26/12 6:45:07 PM
TVs
// UN46ES7000 Samsung
SmartTV com visual bacana e recursos avançados, como reconhecimento de voz, gestos e face. A TV também se destaca pela qualidade na exibição de conteúdo em 3D e o amplo suporte a formatos de arquivo para reprodução de vídeo.
// viera TC-P65vT50b Panasonic
São excelentes as imagens produzidas nas 65 polegadas, com nível de preto excepcional. O Bluetooth usado para sincronizar os óculos 3D ativos também transmite o áudio a fones e docks e permite ligar um teclado na TV.
// Cinema Screen 42lM7600 LG
A TV apresenta um recurso 3D que deixa as disputas de games de corrida mais divertidas. Ao ativar a função Dual Play, em vez de enxergar a tela dividida, cada jogador usa os óculos para ter a visão do seu carro na tela.
// bravia KDl-40HX755 Sony
A maior virtude desta TV é a qualidade de imagem no modo 3D ativo. As cenas assistidas com efeito tridimiensional têm brilho mais intenso do que na maioria dos aparelhos similares. Mas o modelo vem só com um par de óculos.
Especificações
Tela de 46" / Full HD / LCD com LED / 3D ativo, vem com 4 óculos / Entradas: 3 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 4 999 avalIaçãO INFOlab
8,9
Especificações
Tela de 65" / Full HD / Plasma / 3D ativo, vem com 2 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 13 999 avalIaçãO INFOlab
8,7
Especificações
Tela de 42” / Full HD / LCD com LED / 3D passivo, vem com 6 óculos / Entradas: 4HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 2 799 avalIaçãO INFOlab
8,5
Especificações
Tela de 40” / Full HD / LCD com LED / 3D ativo, vem com um par de óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 2 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 2 499 avalIaçãO INFOlab
7,7
Câmeras
// Coolpix P310 Nikon
Apesar de compacta, esta máquina esconde uma série de controles manuais. É indicada para quem gosta de fotografar e procura um modelo que caiba no bolso. Nos testes, a câmera produziu boas imagens, mesmo em condições de pouca iluminação.
// lumix DMC-GX1 Panasonic
As fotos desta câmera reproduzem cores fiéis, além de exibirem alto nível de detalhes, criando imagens de encher os olhos. O modelo também funciona muito bem em modo macro com a lente-padrão, vendida em conjunto.
// ST200F Samsung
Leve e compacta, tem Wi-Fi para enviar fotos e vídeos por e-mail e compartilhar conteúdo pelo Facebook, Picasa e YouTube. As imagens têm qualidade média, com definição prejudicada quando há muitas sombras e áreas iluminadas na mesma cena.
Especificações
16,1 MP / Zoom de 4,2x (24 a 100 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3" / 192 g / R$ 1 799 avalIaçãO INFOlab
8,1
Especificações
16 MP / Zoom de 3x (28 a 84 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3” / 418 g / R$ 3 499 avalIaçãO INFOlab
8,0
Especificações
16,4 MP / Zoom de 10x (27 a 270 mm) / Filma em 720p / LCD de 3" / 163 g / R$ 679 avalIaçãO INFOlab
7,7
Janeiro 2013 INFO
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OPORTUNIDADES E OFERTAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA
CADERNO
HARDWARE . SOFTWARE . SERVIÇOS . SUPRIMENTOS . CARREIRAS E CURSOS . AUTOMAÇÃO
PARA ANUNCIAR
(11) 3037.5868 / (11) 3037.2700 OUTRAS LOCALIDADES: 0800.701.2066 sergio.albino@abril.com.br classificados@abril.com.br PARA SABER MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE O SITE http://info.abril.com.br/midiakit O conteúdo deste caderno é de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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INFORME PUBLICITÁRIO
CADERNO
É HORA DE ACERTAR O PONTO PARA COMEÇAR O ANO BEM, AS EMPRESAS QUE USAM SISTEMAS DE PONTO ELETRÔNICO DEVEM SE ADEQUAR À NOVA LEGISLAÇÃO, QUE JÁ ESTÁ EM VIGOR
C
c
d
e
b
e
r
p
t
d
A
i no novo, hora de resolver pendências e colocar em
G
dia a vida da empresa. Para as que usam sistemas
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eletrônicos de registro de ponto dos funcionários
J
e ainda não se adequaram à Portaria 1 510/ 2009, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é o momento
e
de pôr em prática as novas regras – e evitar multas ou
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advertências neste ano que está começando.
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Implantada no decorrer de 2012, em três etapas
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(a última entrou em vigor em setembro), a nova legislação
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atinge todas as empresas com mais de dez empregados
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que já utilizam sistemas de ponto eletrônico. Quem ainda
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usa meio manual (livro de ponto) ou equipamento mecânico
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para o controle da jornada de trabalho dos empregados está
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dispensado do cumprimento dessa lei. Empresas que não
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quiserem se adequar a ela também têm a opção de voltar aos meios de controle de ponto manual ou mecânico.
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Embora não exista um número oficial sobre esse universo, a Associação Brasileira de Empresas Fabricantes
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de Equipamentos de Registro Eletrônico de Ponto
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(Abrep) calcula que é da ordem de 400 000 a 500 000
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empresas, de todos os portes e áreas de atividade.
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“Cerca de 320 000 delas já instalaram os novos
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equipamentos de Registro Eletrônico de Ponto (REP)”,
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estima André Garcia, vice-presidente da entidade.
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Ele destaca, entre os resultados positivos da nova legislação, a enorme redução na quantidade de ações
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trabalhistas referentes ao pagamento de horas extras –
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principal motivo alegado pelo MTE para a instituição da
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Portaria 1 510. “No caso das empresas de médio e grande
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porte, que estavam no primeiro grupo a se adequar à nova
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lei, praticamente não existem mais novas ações trabalhistas
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referentes a horas extras”, diz Garcia.
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COMPROVANTE IMPRESSO A causa dessa redução está em uma das principais
André Garcia afirma que o preço médio do REP baixou – atualmente, está entre 2 000 a 2 500 reais – e que existem
características do novo REP: o fornecimento do comprovante
modelos adequados a todos os orçamentos. Em geral, o valor varia
de registro do ponto para o funcionário. Para isso, o
principalmente em função da tecnologia adotada na identificação
equipamento incorpora uma pequena impressora com
do funcionário – que o sistema associa às informações de data e
bobina de papel, que imprime os comprovantes de entrada
hora fornecidas pelo relógio. “Hoje, os equipamentos mais vendidos
e saída do empregado na empresa.
são os que fazem a identificação por cartão, com código de barras
Esses comprovantes (semelhantes aos das operações
ou com tecnologia de proximidade, por serem mais baratos”, diz
realizadas com cartão de crédito) devem ser guardados
ele. “Mas os modelos baseados em biometria, embora um pouco
pelo funcionário e podem ser usados no caso de uma ação
mais caros, vêm crescendo bastante em vendas no país, dividindo
trabalhista reivindicando o pagamento de horas extras. “Antes
o mercado com os equipamentos de identificação por cartão.”
desse sistema, era preciso chamar testemunhas para resolver impasses desse tipo entre patrões e empregados”, observa Garcia. Segundo ele, hoje ainda existem cerca de 3 milhões de ações trabalhistas relativas a horas extras tramitando na Justiça – em processos geralmente demorados. Para a Abrep, aí está o grande benefício da nova lei e da introdução do novo sistema de REP: a possibilidade de fraudes e manipulações de dados praticamente deixa de existir. Na verdade, esse é um aperfeiçoamento da automação do controle de ponto, tecnologia utilizada já há vários anos por milhares de empresas no Brasil e que oferece uma série de outros benefícios – entre eles, a apuração automática e precisa das horas trabalhadas e das faltas dos funcionários e a rápida transmissão de informações diretamente para sistemas de folha de pagamento e de gestão de recursos humanos.
MAIS DE 160 MODELOS Para se adequarem aos requisitos da Portaria 1 510, as empresas terão que trocar seus equipamentos de ponto eletrônico pelo REP. Além da impressora para emitir o comprovante para o funcionário, esse novo equipamento possui um meio de armazenamento permanente, chamado Memória de Registro de Ponto, que tem a função de impedir que os dados registrados possam ser apagados ou alterados. Outra característica desse produto está na porta USB, destinada à coleta dos dados armazenados na sua memória (com um pen drive, por exemplo) pelos fiscais do trabalho. O portal do MTE na internet traz uma lista com mais de 160 modelos de REP registrados, de 41 fabricantes e tecnologias diferentes, homologados de acordo com as exigências da nova legislação. É importante consultar essa lista – disponível no endereço http://portal.mte.gov.br/pontoeletronico/rep-registradosno-mte.htm – antes de adquirir o equipamento, para ter certeza de que ele realmente atende às novas normas e pode ser usado para
ESCOLHA BEM O SEU MODELO Uma rápida pesquisa na internet mostra que a quantidade de modelos de REP disponíveis no mercado é bem ampla e variada. O melhor ponto de partida, para as empresas que ainda não trocaram seus equipamentos de ponto eletrônico, é a consulta à lista dos modelos homologados, no portal do Ministério do Trabalho e Emprego. Outra dica importante: escolha o produto – e a tecnologia – adequado ao porte e à realidade da sua empresa. Desde que a Portaria 1 510 passou a valer também para as micro e pequenas empresas, diversos fabricantes anunciaram modelos de REP específicos para esse segmento. Em geral, são equipamentos mais baratos, que permitem gerenciar um número limitado de usuários (normalmente até 50) e possuem recursos mais simples – como a identificação do funcionário por teclado (para a digitação dos dados) ou leitura de código de barras. Mas há modelos mais sofisticados, por exemplo, com tecnologia de identificação por biometria de alta qualidade (capaz de fazer a identificação em um segundo), ou com duas impressoras e duas bobinas de papel. A impressora, por sinal, é um recurso importante a ser avaliado na hora da escolha do REP, uma vez que pode representar um gargalo – e filas – nos horários de entrada e saída de funcionários. Por isso, alguns fabricantes oferecem modelos com duas impressoras, cada uma com sua bobina (se uma falhar ou o papel acabar, a outra entra em ação automaticamente). Existem também produtos com sistema de detecção de pouco papel, que alertam o usuário para a necessidade de troca da bobina, ou com guilhotina para o corte correto dos tíquetes – evitando que o papel enrosque na impressora.
o controle legal da jornada dos empregados.
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s o da ã ç u l a r e s o s p el era atos feitabutida no fo ra em V-10, Q câmeelógio W sio r da C a
câmera de pulsO Em 2002, no auge da empolgação com a fotografia digital, os engenheiros da Casio devem ter pensado que unir câmera e relógio no mesmo gadget seria a melhor tradução para convergência. O conceito do modelo WQV-10, porém, não empolgou. Poucos se arriscaram a pagar 1 400 reais pelo relógio, que tinha capacidade para guardar até 100 fotos com 176 por 144 pixels de resolução. Para se diferenciar dos celulares com câmera, o WQV-10 trocava, sem fio, as imagens com outros aparelhos. Bluetooth? Wi-Fi? Nada disso. As transferências eram feitas por meio de infravermelho, mesma tecnologia dos controles remotos das TVs. Pelo menos a equipe de marketing da Casio caprichou, pois o slogan era “Conecte seu pulso ao futuro”. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz
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