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teste

nokia 808

Um celular que fotografa em altíssima definição

faCuldade em Casa

estude de graça em Harvard, stanford e no mIt

um ano sem steve jobs

Apple mantém-se como a maior, mas perde talentos

setembro 2012

adeus

Chefe

R$ 11,90 / ed. 320 / seteMbro 2012

@_INFO

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Adeus Chefe / um Ano sem steve jobs / fACuldAde em CAsA / teste nokiA 808

Para uma nova realidade

Monte uM negócio (e fique rico) coM seu Pc e o celular

Nº 320

>> coMo ter uMa eMPresa de sucesso >> e fazer uM aPP de arrasar >> o criador do aPP songPoP e quatro brasileiros contaM coMo se dar beM >> 10 Presidentes de eMPresas sugereM ideias Para novos negócios

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/ Setembro de 2012 6 Carta do editor 12 WWW 14 Cartas enter

16 DE OLHO NOS JOGOS DO RIO /

Centro de alto rendimento alia ciência e tecnologia para melhorar o desempenho dos atletas brasileiros

20 JOGOS MORTAIS / Entenda como alguém pode morrer após longas sessões de videogame

58 ELES ARRISCARAM. E SE DERAM MUITO BEM / Descubra a história de jovens que criaram negócios de sucesso com talento e ousadia 62 FALTA UMA BOA IDEIA? / Dez presidentes de empresas revelam em que mercados investiriam nos próximos anos 64 É PRECISO REINVENTAR A RODA? / Saiba até que ponto a disputa de patentes pode prejudicar o consumidor

68 XEQUE-MATE / A fabricante

21 ASTRONAUTA FASHION / Estilista da Victoria´s Secret e engenheiro se unem para criar um novo traje espacial

de PCs chinesa Lenovo aposta na inovação e no preço atraente para chegar à liderança do mercado

22 QUANTO VALE SEU ACERVO DIGITAL? / Entrevista com Christopher Bray, vice-presidente da McAfee, sobre a preocupação dos brasileiros com a segurança digital

72 ENTRE A UNICAMP E O VALE

24 APLICATIVOS DO MÊS / Lista de apps para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry

de Harvard, Stanford e Princeton sem sair de casa. E o que é melhor: de graça

28 GEEK EM QUALQUER LUGAR /

Uma série de produtos que vão deixar seu dia a dia mais divertido

DO SILÍCIO / Criada em Campinas, a Movile quer se tornar uma empresa global de entretenimento para celulares

76 O NOVO E-LEARNING / faça cursos

84 DICAS / À Moda das Startups gringas; Divulgar Sim, Spam Não; Além do google Apps; Linha Direta no Bate-Papo; fique ao Lado dos gigantes

teste

89 TESTE / Notebook, Áudio, Smartphones, tablet, relógio + gPS, Câmeras 98 RADAR /

Os produtos de destaque que passaram pelo iNfOlab

Ctrl + z

122 O VIDEOCASSETE DIGITAL / Por 5 999 reais, gravador de DVD da Philips foi lançado para quem não abria mão de guardar os programas favoritos de tV

fOtO: dulla PrODUçãO: meliSSa thomé EDiçãO DE iMAgEM: artnet digital

31 2D OU 3D? / Artista americana

cria imagens realistas que combinam elementos da pintura e da fotografia

ideias

32 ALESSANDRA LARIU /

Os nerds invadem as colunas sociais

34 MANOEL LEMOS /

Você não é dono de seus dados na web

36 DAGOMIR MARQUEZI / A terceira grande revolução industrial 38 FÁBIA JULIASZ /

O segundo salto da web no Brasil

inovação

42 A APPLE SEM JOBS / Perto de completar um ano sem seu grande líder, a empresa está mais forte. Mas precisa encarar alguns desafios 56 APRENDA COM OS MELHORES /

Criadores do SongPop e do Draw Something dão dicas para criar aplicativos de sucesso

4 / INFO Setembro 2012

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voCê é o dono

A fórmula que ajudou a transformar startups em gigantes como o Facebook começa a se consolidar no Brasil

/ Tiragem da edição: 128 456 exemplares

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Uma edição qUente A RePoRTAgeM de capa desta edição da

INFO, sobre empreendedorismo digital, movimentou boa parte da Redação. Para escrever a matéria de abertura do especial Adeus Chefe, a repórter Paula Rothman ouviu empreendedores, investidores, incubadoras e aceleradoras de negócios. O resultado é um guia que vai direto ao ponto. O Brasil vive um excelente momento para quem quer montar um negócio digital, e Paula dá o caminho das pedras. Ao estagiário Thiago Tanji coube a missão de perfilar quatro jovens que resolveram criar suas empresas, passaram por todo tipo de dificuldade, mas venceram e hoje só crescem. O editor-assistente Marcus Vinícius Brasil entrevistou os criadores de dois games sociais de sucesso. O francês Mathieu Nouzareth, presidente da empresa que criou o SongPop, e o americano Dan Porter, que desenvolveu o Draw Something, contaram à INFO que a próxima onda nas app stores serão os aplicativos para plataformas móveis com forte elemento social. E o melhor: eles dão dicas práticas para quem quer criar um app com vocação para se tornar blockbuster. Aproveite! O colaborador Eric Costa testou serviços online que podem dar uma mão e tanto para as startups, como gerenciadores de projetos, pacotes de escritórios, serviços de hospedagem, e até sistemas de atendimento ao cliente por chat.

Enquanto a turma do texto corria atrás da melhor informação, o diretor de arte Rafael Costa pensava em como ilustrar a reportagem de modo divertido e surpreendente. Depois de ideias que envolviam um crachá quebrado e um boneco de vodu representando a libertação do chefe, Rafa resolveu botar fogo na empresa. Literalmente. Afinal, o empreendedor não vai mais precisar voltar ao seu cubículo corporativo, certo? Mas como representar essa imagem sem recorrer aos efeitos do Photoshop? Pondo fogo de verdade. Com ajuda da produtora Melissa Thomé, Rafa montou a cena que seria incendiada. Uma mesa velha e uma carcaça de computador foram parar no jardim do estúdio do fotógrafo Dulla. “Para uma ideia maluca, só um louco para executar”, diz o divertido Dulla, que já clicou várias capas da INFO. “Precisei ser muito rápido para fazer a foto”. O resultado do “incêndio” você vê na capa e na abertura da reportagem, em dois momentos diferentes da cena. No iPad, na edição para tablets Android e no nosso site você pode assistir o vídeo com o making of da foto. Espero que o especial Adeus Chefe o inspire. Se você já é um empreendedor digital, mande a história de sua startup para a INFO. Queremos muito conhecê-la. Escreva para katiam@abril.com.br, ou direto para nossos editores, em contateinfo@abril.com.br. Boa leitura e até outubro!

Em cEna Mesa pega fogo para a foto da capa. Ao centro, o fotógrafo Dulla, Rafael Costa e Melissa Thomé. Abaixo, Thiago, Paula e Marcus, autores das reportagens

/ katiam@abril.com.br

6 / INFO Setembro 2012

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VICTOR CIVITA (1907-1990)

fundador:

Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:

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Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fabio Petrossi Gallo Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor de Planejamento Estratégico e novos negócios: Daniel de Andrade Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretora Superintendente:

Gomes

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/ Extras

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O muNdO dOs jOgOs O novo canal INFO Games reúne o noticiário da indústria, reviews de games e de consoles, downloads e vídeos. Conheça as novidades do site

JOgOs ONlINe

Games testados e comentados pelo INFOlab para jogar direto no seu navegador

TOp News

O carrossel de imagens traz os conteúdos mais relevantes do dia no topo da página

Imprima seu jantar / Conheça o projeto da Modern Meadow, que já captou 300 mil dólares para desenvolver uma impressora 3D que criará carne artificial a partir de células animais.

Saia da web e leia um livro DOwNlOaDs Jogos para PC, iOS e Android disponíveis para download, organizados por plataforma

ÚlTImas NOTícIas

Área de notícias, com os lançamentos, prévias e tudo o que acontece no mundo dos jogos

/ Por causa da distração causada pela internet, os leitores de livros eletrônicos não fizeram a venda de e-books decolar. Saiba como as editoras querem virar esse jogo.

Veja teste do Nokia 808 FóRum

Leia e compartilhe dicas de games com a comunidade da INFO

RevIews

As análises do INFOlab para os games de PC, Xbox, PlayStation e plataformas móveis

víDeOs

Canal com trailers, detonados e videoanálises de games

1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br. Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/nokia808

e mais / 10 aplicativos para pagar as dívidas, conseguir um emprego novo, arrumar um amor e mudar de vida

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/ o que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONliNe

Anatel aprova proibição de cobrança para ligação refeita

CoMo fAzER

Estava andando na Avenida Paulista, em São Paulo, quando deparei com a última capa da revista. Comprei e já comecei a ler a reportagem. Adorei as dicas e coloquei três delas em prática. Foi realmente muito útil, parabéns a INFO! Continuem assim e, com certeza, conquistarão mais um leitor. Luiz Sifer / São Paulo (SP) Ser hacker é o novo rock n’ roll Invenções inusitadas e geniais

É muito bom ver que não são apenas os americanos a terem grandes ideias no mundo da tecnologia. A história do Carlos Wolke é um dos ótimos exemplos da busca do ser humano por adaptação. Além disso, são impressionantes os projetos dos outros inventores para a melhoria da segurança. Fico muito orgulhoso de meu país quando vejo exemplos como esses. Gabriel Pinho e Souza / Salvador (BA) Gostei da reportagem sobre as invenções brasileiras. Principalmente a história do cofre que não aceita notas falsas. Isso só a tecnologia pode fazer. Carlos Antonio Marques / Londrina (PR)

Discordo do comentário da colunista Alessandra Lariu em seu texto publicado na edição de agosto da INFO. Acho que ainda vai demorar um pouco para que o termo hacker deixe de ser um nome famigerado. Evilasio Ciqueira / Rio de Janeiro (RJ)

Sempre atualizado

Sou muito grato ao dia em que resolvi fazer a assinatura da revista. Não sabia que a Abril tinha uma publicação voltada a tecnologia tão bem organizada como a INFO. Espero o mês inteiro ansioso pela próxima edição. Trabalho com vendas de telefonia móvel da Vivo e divido a revista com todos para que estejamos sempre atualizados. Aguardo uma análise do INFOlab sobre o iPhone 5. Vinicius Rocha / Goiânia (GO)

abr.io/proibicaoanatel Finalmente a Anatel está exercendo seu papel de agência reguladora. Depois de muitos anos de omissão, parece ter perdido o medo das teles. Rodrigo Melo

Usuários terão dificuldade com Windows 8, diz especialista

abr.io/dificuldadewindows Inicialmente, tive dificuldade para localizar itens cruciais no sistema. Mas agora estou totalmente adaptado. Wellington Sena

TwiTTer

@ricardobur

Ótimas as 35 dicas que a revista @_iNFO traz na matéria de capa deste mês.

‫_@‏‬geenari

Baita matéria da @_iNFO deste mês sobre o #android.

@carlloseduardo

A @_iNFO deste mês está igual à tela retina do novo iPad: perfeita!

@KelioMarcio

Não é hipocrisia. Todo mês fico numa expectativa contagiante esperando a revista @_iNFO. Gosto de novidades tecnológicas.

@JoaoNaoPorOpcao

e mais uma vez a revista @_iNFO me salvando na hora de escrever ensaios acadêmicos. Dessa vez sobre redes sociais. Valeu!

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bRonCaS Do mêS Internet cara e lenta

Tenho um contrato de internet 3G com a Claro, que deveria me disponibilizar uma conexão de 500 Kbps no valor de 59,90 reais. Após realizar alguns testes com medidores de velocidade, constatei que só recebo 100 Kbps. É justo? Daniel Caminha / Jaboatão dos Guararapes (PE)

Problemas com a assistência

Levei meu celular Samsung Omnia Pro a uma assistência técnica no início de julho. O motivo? A placa principal estava queimada. Após 28 dias, o aparelho foi entregue com outro problema: a rede GSM tinha parado de funcionar. Foi aberta outra ordem de serviço e depois de 35 dias continuo sem celular. Renato Silva / Uberlândia (MG)

RespOsta da ClaRO A Claro entrou em contato com o leitor e informou que a solicitação está em análise no departamento responsável. Assim que tiver um parecer, entrará novamente em contato. Caso haja outra dúvida quanto aos serviços prestados, a empresa se coloca à disposição.

RespOsta da samsuNg A empresa afirma que entrou em contato com o leitor e prestou-lhe todos os esclarecimentos, efetuando os procedimentos necessários para a solução do caso. A Samsung afirmou que o cliente retirou o produto no dia 13 de agosto.

Comentário do leitor Recebi uma ligação da Claro afirmando que o problema seria analisado. No entanto, acho que a resposta da empresa foi muito vaga. Acredito que, infelizmente, continuarei sem receber o serviço contratado com a operadora.

Comentário do leitor Retirei o aparelho na data informada e ele se encontra em boas condições de uso. Apesar de elogiar o atendimento da Samsung, ainda acho que a empresa deveria contar com uma ouvidoria própria para receber reclamações dos clientes.

Ops! erramos / A WCS é uma empresa de telecomunicações, e não de soluções de VoiP

e call center, como publicado no ranking INFO200 (agosto/2012) / na dica de como fotografar no escuro, da matéria Como Fazer, o correto é aumentar a abertura do diafragma da câmera.

LídeReS dA bRONCA As empresas mais citadas pelos leitores em agosto

MercadoLivre 8% Dell 8%

Outros 60%

FOTO RAFAEL EVANGELISTA

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Samsung 8% Sky 8% Vivo 8%

Por que leio inFo

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“Leio a INFO porque é uma publicação que cobre, de forma moderna, séria e isenta, todo o ecossistema de tecnologia. Seu conteúdo nos inspira e nos ajuda na formatação dos nossos programas de educação.” Gustavo Gennari / Presidente da Fiap

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de olho nos jogos do rio centro alia treinamento e tecnologia para melhorar o desempenho de atletas

/ por thiago tanji / fotos alexandre severo Fios, notebooks, câmeras de vídeo,

passo a passo

Sensores como este ativam cronômetros que medem o tempo das passadas. Com a ajuda de câmeras, o sistema corrige falhas de postura

sensores de movimento. Nem só com suor, treino e talento se forja um campeão olímpico. Prática comum entre os países considerados potências esportivas, a utilização de recursos tecnológicos para auxiliar no preparo de atletas de alto rendimento começa a se tornar uma realidade no Brasil. Para melhorar o desempenho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (e tentar esquecer o fiasco de Londres), esportistas de diferentes modalidades começam a procurar locais com condições de oferecer suporte técnico e científico para seu treinamento. Inaugurado há um ano, o Núcleo de Alto Rendimento Esportivo do Grupo Pão de Açúcar já recebeu mais de 500 atletas olímpicos brasileiros. Dirigido por Irineu Loturco, mestre em alto rendimento esportivo pela Universidade Autônoma de Madri, na Espanha, o centro conta com uma série de equipamentos de última geração capazes de avaliar diferentes características dos atletas, como velocidade, impulsão, reação e força muscular. Monitoradas por câmeras e sensores, as atividades do esportista são registradas por um software e arquivadas em um notebook. A partir dessas informações,

edição de imagem artnet digital

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suor e processadores

No sentido horário, panorama da sala do Núcleo de Alto Rendimento Esportivo do Grupo Pão de Açúcar, em São Paulo; abaixo, detalhe dos sensores que coletam dados e enviam a computadores de mão. Com a ajuda de sofwares, atleta levanta peso para medir sua potência muscular

a equipe de Loturco realiza uma avaliação total do atleta e indica para a sua comissão técnica o que ainda pode ser explorado para aumentar a performance. “Com os dados, observamos qual é a melhor carga de treinamento, os intervalos necessários para a recuperação muscular e quanto cada atleta pode render”, afirma Loturco. O centro esportivo mantém aparelhos que determinam a velocidade e a potência, bem como a força máxima empregada pelo músculo no exercício. Para isso, os equipamentos para levantamento de peso, por exemplo, são conectados por fio a um notebook, que coleta os dados que informam as características físicas do atleta. O centro também estuda a movimentação do atleta durante a prática esportiva por meio

de um conjunto de sensores que, quando ultrapassados, ativam cronômetros que medem o tempo de cada passada. Para analisar o posicionamento do corpo durante o deslocamento, a equipe técnica utiliza câmeras de alta frequência, capazes de gravar movimentos em até 2 mil quadros por segundo. Analisadas por um software específico, as imagens ajudam a corrigir falhas que prejudicam o desempenho ao longo da prova. Lutador de MMA (Mixed Martial Arts), esporte que se popularizou no Brasil nos últimos anos, Tiago Alves percebeu na prática os resultados da avaliação. Faixa preta em jiu-jitsu, ele treina com a equipe de Irineu Loturco há quatro meses. “Os primeiros testes indicaram que eu tinha muita força, mas não contava com tanta potência e veloci-

dade de execução”, afirma Alves. “Com o treinamento específico, a melhora no desempenho é nítida. Durante a luta, o soco sai mais rápido, de forma mais precisa e a reação ao movimento melhora.” Ao trabalhar com modalidades de alto rendimento, em que os detalhes determinam a vitória ou o fracasso, Loturco e a sua equipe acreditam que o desempenho do esporte brasileiro vai melhorar no médio prazo. “À medida que os resultados vão evoluindo, é necessário achar as mínimas diferenças para que nosso atleta consiga ser superior aos seus competidores. E isso só é possível por meio do conhecimento científico”, diz Loturco. Se estiver certo, aumentam as nossas chances de conquistar mais medalhas nos Jogos do Rio de Janeiro.

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/ saúde

jogos mortais Desidratação, trombose, queda de pressão... as sessões extremas de games, que duram várias horas em condições precárias, podem matar. Entenda os principais motivos

/ Por Marcus vinícius brasil coração

cérebro Não há registros de danos cerebrais irreversíveis provocados por longas sessões de games, mas elas podem causar enxaquecas e convulsões

a desidratação extrema é a maior inimiga numa maratona de jogos. sem se alimentar ou ingerir líquidos, a pressão sanguínea cai e órgãos vitais são afetados

pulmões No caso de uma trombose, o coágulo formado nos membros inferiores pode viajar pela corrente sanguínea e chegar aos pulmões, provocando embolia pulmonar

rins também sofrem com a desidratação aguda, que pode provocar insuficiência renal, em casos extremos. o risco é maior para diabéticos

circulação Ficar sentado mais de 12 horas pode formar coágulos sanguíneos nas pernas, principalmente em pessoas com excesso de peso, varizes e problemas circulatórios

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ilustração evandro bertol

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/ A última fronteira

Vaquinha no espaço

Para flutuar

Bandas de fibra de carbono na cintura substituem as pesadas tiras metálicas usadas para sustentação do traje inflado

Grupo arrecada doações para criar satélite que pode ser alugado

/ POr CAuã tAboRDA

Astronauta fashion

Designer da marca de lingerie Victoria’s secret e ex-engenheiro da agência espacial russa se unem para criar o 3G space suit, traje mais leve, bonito e barato / POr PAulA RothmAn

Usar satélites para fotografar o espaço pode deixar de ser privilégio de cientistas dos grandes programas espaciais. Essa é a meta dos criadores do Ardusat, que pediram 35 mil dólares no Kickstarter e acabaram recebendo três vezes mais. O projeto, desenvolvido por um trio de pesquisadores da Nasa, usará placas programáveis arduino, que qualquer pessoa pode comprar e customizar, e será equipado com 25 sensores diferentes, incluindo GPs, acelerômetro, giroscópio e até detector de radiação. Depois de pronto, o cubo de apenas 10 centímetros quadrados e 1 quilo poderá ser alugado por pesquisadores e estudantes que queiram rodar apps, caçar meteoros ou fazer fotos do espaço ou da Terra. Além do preço mais acessível em comparação a satélites convencionais, o Ardusat possuirá documentação aberta e o apoio dos desenvolvedores para novos projetos.

Ted Southern e Nikolay Moiseev são a prova

de que os opostos se atraem. Southern é um designer americano acostumado a criar fantasias. Moiseev é um engenheiro russo que trabalhou por oito anos na agência espacial de seu país. Sócios na Final Frontier Design, eles desenvolveram um traje para ser usado por astronautas dentro das naves que custa 50 mil dólares, um quinto do valor pago hoje pela Nasa. Com recortes especiais, o 3G Space Suit tem uma camada de tecido (em geral essas roupas possuem duas). Além disso, possui menos partes metálicas para sustentação. O novo traje é quatro quilos mais leve que os atuais, o que gera uma economia extra de 20 mil reais. “Tornamos a roupa mais leve, melhoramos os movimentos dos astronautas e diminuímos o custo das viagens”, afirma Southern.

FOTOs DivulgAção

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O satélite tem forma de cubo de 10 cm de aresta e pesa 1 quilo

Mundo da fantasia

Aos 34 anos, Ted southern (à dir.) se especializou em criar fantasias e, há dez anos, é responsável pelas asas gigantes dos desfiles da Victoria’s secret. Já Nikolay Moiseev, 56 anos, colaborou com diversas agências espaciais para elaborar trajes de astronautas.

A base tem sensores e computador feito com Arduino

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/ Olha o backup!

Por que o brasileiro se preocupa mais do que os outros com a proteção dos seus arquivos digitais? Em geral,

os consumidores perceberam que os dados valem mais do que o aparelho. Esses documentos, como fotos, vídeos e contatos da agenda, são insubstituíveis. Se o aparelho for perdido, não há como tê-los de volta. O brasileiro já tem mais de um dispositivo onde armazena arquivos. Todos esses arquivos estão devidamente protegidos ou ele se preocupa apenas com o PC? No

início dos anos 2000 havia tanta publicidade quando um malware era criado que as pessoas se deram conta rapidamente do problema. Eles pensavam “preciso proteger meus computadores”. No mundo dos dispositivos móveis isso ainda não é tão óbvio. Por quê? Esse tipo de crime mudou. Ele não é mais

Quanto vale seu acervo digital? Pesquisa da McAfee mostra que os brasileiros avaliam suas fotos, vídeos e documentos em 240 mil reais. Mas a maioria ainda não se protege, principalmente no smartphone

/ Por Paula ROthman

feito por moleques, mas pelo crime organizado. Hoje o malware é mais subversivo, quer ser invisível, sem chamar a atenção. Não tem essa grande visibilidade das ameaças da era dos PCs. As pessoas não se deram conta de que é preciso proteger o smartphone. Qual é o benefício de ter um antivírus rodando na nuvem? Você não precisa se preocupar em ter todas as

assinaturas de arquivos no seu dispositivo. Quando detecta uma ameaça, o aparelho envia um sinal à nuvem perguntando “O que é isso?” E ela responde: “É ruim”. Sem precisar se atualizar. O consumidor pode confiar nessa inteligência coletada do mundo todo.

foto maRcOs camaRgO

Fotos e vídeos guardados no smartphone são superva-

liosos e perdê-los seria apagar momentos importantes da sua vida. Disso todo mundo sabe. A novidade é que agora eles têm um valor. A pesquisa O Valor dos Ativos Digitais no Brasil, da McAfee, mostra que o brasileiro avalia em 240 mil reais seus arquivos. INFO conversou sobre os resultados do estudo com Christopher Bray, vice-presidente sênior mundial da McAfee.

O que as pessoas podem fazer para se proteger no dia a dia? A coisa mais simples é instalar programas de

segurança e mantê-los atualizados. Os dados mostram que 50% dos usuários de PC têm software expirado, não instalado ou não configurado. A outra coisa é a falsa sensação de segurança de estar num Mac. Não é verdade. Qualquer sistema, seja ele PC, Mac ou Android, tem riscos. E é preciso se proteger deles.

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/ apps que valem a pena

AplicAtivos do mês / POr fabiano canDiDo

iPhONe

iPaD

BlackBerry

PItFall SuceSSo no Atari há trinta anos, o game volta com o mesmo nível de dificuldade e visual caprichado. Ótima oportunidade para matar as saudades. Para iOS 4.3 ou superior / 0,99 dólar

StIcky NOteS+ Útil para os esquecidinhos, o app cria um mural no tablet e permite colar lembretes. Dá para incluir imagens nas notas e ainda compartilhar o conteúdo na web. Para iOS 3.2 ou superior / 0,99 dólar

3D IcONS theme o aplicativo DÁ cara nova ao celular, deixando todos os ícones do sistema com uma aparência 3D. Também funciona naqueles aparelhos mais antigos. Para BlackBerry 4.6.0 ou superior / Grátis

GPS cOPIlOt Sem DepenDer Do 3G, sugere caminhos com base em um banco de dados de mapas e pontos de interesse, como bares e museus, baixados previamente. Para iOS 3.0 ou superior / Grátis

cOOlIrIS monta uma Galeria 3D com as imagens armazenadas no tablet. Além de bonita, a galeria permite a rápida localização das imagens e o compartilhamento. Para iOS 5.0 ou superior / Grátis

PIcmIx o Software aplica filtros e mensagens nas fotos feitas com a câmera do celular, além de aplicar molduras que dão acabamento estiloso e diferente. Para BlackBerry 4.6.0 ou superior / Grátis

Where’S my Perry o Game é um quebra-cabeças em que o jogador precisa lidar com água, gelo e vapor para passar de fase. Um inimigo tenta atrapalhá-lo nessa missão. Para iOS 4.0 ou superior / 0,99 dólar

Sky GamBlerS: aIr SuPremacy o joGo de combate aéreo com mais de 60 tipos de aviões tem como ponto forte os gráficos de qualidade. Mas controlar os aviões é bem difícil. Para iOS 5.0 ou superior / 4,99 dólares

FONt cONtrOl para embelezar o BlackBerry com o uso de um banco de dados de centenas de fontes. Permite ainda aumentar ou diminuir o tamanho das letras. Para BlackBerry 5.0.0 ou superior / Grátis

aNDrOID / celular

aNDrOID / tablet

WINDOWS PhONe

VOIce recOrDer muitaS verSõeS do Android não incluem gravador de voz. Este app resolve. Com um clique grava conversas em boa qualidade e usa a nuvem para guardá-las Para Android 1.5 ou superior / Grátis

Galaxy Pack pacote De imaGenS espaciais decora o background do tablet. Para não prejudicar o desempenho é possível ativar recurso para economizar a bateria. Para Android 2.1 ou superior / 1,99 dólar

traPSter Útil para evitar multas de trânsito, o app funciona como GPS e avisa, em português, se o motorista dirige acima da velocidade permitida. Identifica radares. Para Windows Phone 7.5 ou superior / Grátis

Qual OPeraDOra revela a operadora usada pelos contatos da memória do smartphone e permite gerenciar as ligações pagas e gratuitas do plano e economizar. Para Android 2.1 ou superior / Grátis

aSPhalt 7: heat a nova edição do já tradicional jogo de corrida para celular ganhou gráficos mais bonitos dos 60 carros. As corridas ficaram muito mais realistas. Para Android 2.1 ou superior / 0,99 dólar

mINeSWeePer releitura do jogo Campo Minado, sucesso antigo do Windows, teve o visual redesenhado para o celular. O desafio é limpar um tabuleiro das minas. Para Windows Phone 7.5 ou superior / Grátis

WIND-uP kNIGht com GrÁficoS em 3D, o jogo usa a mecânica de clássicos como Super Mario para contar a história de cavaleiro medieval que precisa superar desafios. Para Android 2.2 ou superior / Grátis

FPSe emulaDor que transforma o tablet no PlayStation 1. Oferece uma ampla gama de ajustes de controles e gráficos, rodando jogos no formato ISO. Para Android 2.1 ou superior / 3,99 dólares

caraNGO ajuDa na manutenção do carro. Lembra o motorista das datas para troca de óleo do motor e demais itens que pedem revisão periódica. Para Windows Phone 7.5 ou superior / Grátis

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/ Objetos de desejo lá fora

Porsche Design P’9981 BlackBerry Para quem diz que um BlackBerry nunca será cool, a RIM lançou este modelo assinado pelo estúdio da Porsche 2 012 dólares

Geek em qualquer luGar

De férias no acampamento, fazendo faxina em casa, cantando no banheiro ou andando numa bicicleta dobrável. Veja aqui alguns produtos que deixam mais divertidas todas as situações do dia a dia

Néfos Suspension Cloud Light Se seus dados podem ser colocados na nuvem, que tal decorar sua casa com essa obra do italiano Paolo De Lucci? 784 dólares

Cobra Long Tom Driver Desenhado para tacadas de longa distância, este taco de golfe tem apenas 269 gramas. Seu corpo de titânio aguenta qualquer pancada 456 dólares

Evolution Drone Controller Esse joystick é compatível com smartphones e tablets com sistema iOs e Android e também para PC ou Mac. Tudo para jogar por Bluetooth Preço sob consulta

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Montague Navigator Pavement Leva somente 20 segundos para transformar esses 12 quilos de alumínio amontoado em uma bicicleta de verdade 1 420 dólares

Aperion Audio Aris Quem confunde Wi-Fi e Hi-Fi não precisa se preocupar com essa caixa de 100 Watts. ela recebe as músicas sem fio e toca com alta fidelidade 509 dólares

Dyson DC34 Animal Exclusive embora pareça uma pistola de seriado sci-fi, esse aspirador de mão é ótimo para pequenas limpezas 284 dólares

FieldCandy Tends Perdeu sua barraca na Campus Party? este chamativo modelo de poliéster com teflon e cara de tenda de circo é fácil de localizar 623 dólares Lexon Tykho Perfeito para quem adora cantar no chuveiro, esse rádio am/Fm aguenta água e vapor à vontade. ele é protegido por borracha, dos botões à antena, e vem em 18 cores 56 dólares

FOTOs divulgação ediçãO de imagem artnet digital

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Números do mês Bolt x Phelps. O duelo entre os dois mitos do esporte está bem apertado no Facebook. O velocista jamaicano tem

505.347.842

8,1 milhões

é o número de canais do YouTube que podem ser acessados com a ajuda de um app exclusivo recém-lançado pelo Google para o PlayStation 3

de curtis na rede social. O nadador,

6,3 milhões

300% foi quanto aumentou o acesso

à web feito por celulares e tablets no Brasil entre maio de 2011 e o mesmo mês deste ano. Segundo a comScore, o tráfego dos dispositivos passou a representar 2,4% do total

1 250 salas de cinema com telas de alta definição devem ser criadas na China para suprir a demanda por filmes 3D. É metade do total de salas no Brasil

955 milhões de pessoas acessam

o Facebook ao redor do mundo, crescimento de 30% em relação a 2011

170 mil anos-luz é a distância entre a Terra e a nebulosa Tarântula, fotografada recentemente pelo telescópio espacial Hubble 30 / INFO Setembro 2012

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é a pontuação do presidente americano, Barack Obama, no medidor de influência online Klout. A marca veio com uma reformulação do sistema, que passou a considerar menções na Wikipédia como critério de desempate. Antes, o cantor Justin Bieber estava à frente de Obama ilustrações

EVANDRO BERtOl

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/ Arte

2d ou 3d?

artista usa uma mistura de pintura e fotografia para fundir os limites entre a percepção de cenas reais e suas obras

/ Por JuliAno BArrEto Tudo começou quando, num arroubo de curiosidade, alexa meade começou a pintar o contorno das sombras que se formavam na superfície dos objetos de sua casa. a ideia transformou a vida da americana, que até então trabalhava nas equipes de comunicação dos políticos de Washington, incluindo o presidente Barack obama. alexa se transformou numa das pintoras mais comentadas do mundo da arte. em vez de telas, ela pinta rostos, corpos, paredes, móveis e o que mais estiver ao seu alcance. as pessoas e objetos pintados são fotografados e o resultado causa estranheza. entre a profundidade das cenas em tinta e em pixels surge uma ilusão de ótica que desafia a nossa percepção de 2d e 3d. Para ver mais obras de alexa acesse flickr.com/photos/alexameade.

IlusÃo

Cenas do cotidiano ou mesmo autorretratos servem como base para as obras de Alexa Meade

É doloroso / Mark Zuckerberg, criador do Facebook, durante reunião com os funcionários para falar sobre a queda das ações da empresa. Em apenas três meses o valor dos papéis despencou 50%

fotos

divulgAção

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/ Vivendo em Beta

Os nerds invadem as colunas sociais Empresários do mundo digital ganham as páginas de moda e comportamento das revistas. Isso é bom para a cultura geek?

A

lém de hacker tornarse uma marca, como mostrei na edição passada de INFO, nerds agora viraram celebridades. Artistas dividem capas de revistas de moda e colunas sociais dos principais jornais com programadores do Vale do Silício. Mais especificamente com os nerds que se tornaram empresários bem-sucedidos. Essa fascinação recente da imprensa com os nerds é uma tendência interessante. Até o início deste ano, empresários da área de tecnologia só apareciam em revistas como a Wired, cadernos de tecnologia de jornais e blogs, como o Engadget e o TechCrunch. E se eles já fossem superpopulares, sairiam também em publicações voltadas para negócios, como as revistas Businessweek, Forbes ou Fast Company. Mas nos últimos meses tenho observado que a nerdice invadiu as páginas das revistas Vogue, Vanity Fair e as colunas sociais. Dennis Crowley, um dos fundadores do FourSquare, que também já pousou de modelo para a Magazine GAP, apareceu recentemente num comercial da empresa de eletrônicos Best Buy. Isso aconteceu também com outras celebridades do mundo da tecnologia,

como Kevin Systrom, do Instagram, e Jim McKelvey, do Square. Perry Chen, um dos fundadores do site de crowdfunding KickStarter, divide as páginas da publicação de comportamento americana Details com seus sócios. A edição italiana da revista Vogue (abr.io/vogueguru) fez uma matéria sobre estilo não só com Chen e seu KickStarter, mas também com David Karp, do Tumblr, Andrew Mason, do Groupon, e Evan Williams, do Twitter. Quer saber das últimas tendências da moda? Pergunte ao seu diretor de TI.

Jet-set da prOgramaçãO Carter Cleveland, ex-estagiário e programador do banco CityGroup, saiu do seu cubículo em Nova York para fundar o a galeria virtual Art.sy e acabou nas páginas da revista Vogue com a sua nova BFF (sigla em inglês para melhor amiga), Wendi Murdoch, esposa do magnata Rupert Murdoch, recentemente envolvido no escândalo de grampos ilegais na Inglaterra. Em uma festa patrocinada pela grife Louis Vuitton, Carter foi o centro das atenções e posou para uma coluna da revista de comportamento Departures. Esse burburinho em cima dos empresários nerds vem acompanhado de polêmica. Alguns investido-

AlessAndrA lAriu

res veem esse comportamento com cinismo. Segundo eles, em vez de se socializarem no jet-set, os nerds deveriam pensar em formas de expandir suas empresas. Outros já acham que essa tendência traz um certo frescor para o mundo frívolo da moda e serve como exemplo para novas gerações.

exemplO a ser seguIdO? Não há duvidas de que a maioria desses nerds trabalhou duro para chegar aonde estão hoje e não há problema algum em desfrutar disso. Por um lado é interessante ver que o status dos nerds se transformou em exemplo. Que legal seria ver uma criança falar que quando crescer vai ser empresária no Vale do Silício! Por outro lado, essa superexposição pode trivializar etapas culturais importantes que a nerdice conquistou. Seria uma pena ver futuros empresários querendo pertencer à área de tecnologia só para sair em colunas sociais e não por desejo de transformar o status quo que foi o sonho de jovens como Perry Chen e Dennis Crowley. ↙

Alessandra Lariu, 40 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.

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/ BizTech

Você não é dono de seus dados na web Sempre se discute sobre privacidade na internet, mas será possível controlar suas informações pessoais na rede?

U

ma das principais vulnerabilidades do Facebook como negócio é a questão da privacidade. Desde que foi criado, o site vem alterando drástica e frequentemente a maneira como lida com os dados em busca do melhor modelo. Tudo indica que o que vemos é uma exposição cada vez maior das nossas informações, porém com controles cada vez melhores para os usuários. Mas vamos deixar o Facebook de lado e pensar um pouco nas seguintes questões: é possível saber onde estão nossos dados na rede e, principalmente, é possível controlar seu compartilhamento? Antes de responder, vamos acompanhar a jornada de um foto compartilhada no Twitter. Você está no show de sua banda preferida e tira um retrato com seu iPhone. Uma cópia da foto fica em seu dispositivo e outra é imediatamente enviada para o nuvem da Apple por meio do serviço Photo Stream. Depois você saca o app do Twitter e envia um tuíte com a imagem para a rede. Como normalmente os posts são públicos, qualquer pessoa pode visitar seu perfil no Twitter e ver a mensagem e a foto. Pela dinâmica do serviço, rapidamente seus seguidores e também os seguido-

res de seus seguidores receberão a mensagem. Isso pode rapidamente escalar para milhares e até milhões de usuários. Além de seus seguidores, uma infinidade de serviços e robôs que estão o tempo todo indexando tudo que acontece no Twitter realizarão cópias da mensagem para apresentar em seus sites ou utilizar com os mais diversos fins. Alguns minutos depois sua foto já poderá ser encontrada em serviços como o Twicsy (abr.io/2zNf).

MeMórIa eterNa Como quase tudo isso acontece na web e está disponível para visualização pública, é questão de tempo que os motores de busca Google e Bing indexem sua mensagem original e todas as réplicas dela que aparecerem pela rede. Como se não bastasse, serviços criados para evitar que a memória da rede se apague, como o The Way Back Machine (abr.io/2zQX), copiarão e armazenarão algumas dessas páginas para sempre. Imagine agora que você se arrependeu de postar aquela foto e quer removê-la da rede. Você pode ir até o Twitter e apagar o post, mas isso não garante que ele será removido da web. Com um pouco de paciência é bem provável que outra pessoa consiga encontrá-lo, queira você ou não.

Manoel leMos

É muito difícil saber por onde os dados passaram e onde foram armazenados. Isso sem ficar um pouco mais paranoico e descer para as camadas inferiores dos protocolos de rede da internet. Nas profundezas da web, os dados passam quase sem forma, sem informações de origem e de como serão utilizados. Entre os diversos roteadores que criam a infraestrutura física da rede, interligando todos os pontos do planeta, esses dados também podem ser armazenados e, com um pouco de esforço, acessados e consumidos. É quase impossível saber onde ficam armazenadas as informações e como são distribuídas. Por mais que os serviços se esforcem para criar recursos de controle de privacidade na rede, os governos trabalhem para aprovar leis que garantam a privacidade dos usuários e estes se preocupem mais com sua privacidade, a rede manterá, sempre, uma memória de tudo que acontece nela. É como um anônimo já disse: “Você não consegue tirar algo da internet. É como tirar xixi da piscina.” ↙

Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.

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/ Cérebro Eletrônico

A terceira grande revolução industrial as impressoras 3d vão decretar o fim da era made in China, de mão de obra baratíssima que produz coisas para o mundo

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éculo 21, segundo milênio depois de Cristo. Ter um simples emprego virou um privilégio. Quem tem emprego reivindica melhores condições. Quem não tem, vai para casa virar a madrugada em bicos mal pagos. Temos uma legislação trabalhista parada no tempo há quase um século, que atrapalha quem quer trabalhar e quem quer empregar. Enfrentamos labirintos dentro de ilógicos labirintos burocráticos. Sem carteira de trabalho, saltamos todos os dias no trapézio sem rede de segurança. E a cada dia vemos um dilúvio de inovações tecnológicas e aplicativos feitos para agilizar as relações de trabalho. Qualquer pessoa em qualquer lugar com um celular/tablet/notebook conectado à internet está pronta a realizar prestações informais de serviços. Digitalizamos as comunicações, a cultura, a memória, o dinheiro, a informação e o que mais você pensar. Era natural que a nossa própria organização econômica assumisse uma personalidade digital. Tudo é mais rápido, fluido, global, como os zeros e uns que meu notebook produz neste instante. Por enquanto essa digitalização plena acontece apenas num nível da economia mais leve ligada a informações e serviços. Mas isso deve mudar rapidamente com a 36 / INFO Setembro 2012

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chamada impressora 3D. A revista inglesa The Economist chamou essa invenção de “a terceira grande revolução industrial”. A primeira foi a criação de manufaturas organizadas em fábricas no século 19. A segunda, a criação da produção em massa com Henry Ford e seu Ford Modelo T.

prOduzIr rIquezas A impressora 3D vai mudar a forma como vivemos. Aliás, “impressora” é um termo completamente equivocado. Essas máquinas constroem coisas em três dimensões com o material que você quiser. Já são usadas para criar produtos altamente personalizados, como aparelhos para deficientes auditivos. Não é preciso que o fabricante crie 5 mil aparelhos numa fábrica. Ele produz apenas um, customizado para um único cliente. A primeira consequência disso vai ser o fim da era made in China, de mão de obra baratíssima produzindo coisas para o resto do mundo e gastando combustível poluente para transportar mercadorias pelos oceanos. Um produto criado em Hanover vai ser produzido em Hanover. Basta imprimi-lo. As distâncias entre produtos e clientes vão diminuir drasticamente. O que tem tudo a ver com a preocupação com sustentabilidade. E que se parece com o início de um caminho para o teletransporte.

Dagomir marquezi

Em seguida, essas impressoras vão baratear e se espalhar por nossas casas e home ofces. Seremos todos potencialmente empresários industriais. A Nike poderá nos pagar para fabricar pares de tênis personalizados para o bairro em que moramos. As indústrias convencionais (da sociedade “analógica”) continuarão existindo. Operários baterão ponto, gerentes serão necessários, departamentos de transporte, faxineiros, secretárias, presidente, vice, conselho de administração, pessoal do RH, financeiro e tudo mais. Mas essa será cada vez menos a única forma de se produzir riquezas. Estamos nos movendo em grupos cada vez menores de produtores, cada vez mais ágeis – e desprotegidos. Os índices de desemprego (que medem a saúde da economia) terão que se adaptar a essa nova realidade. Seremos cada vez mais frilas. Vamos virar industriais com a impressora 3D. Fabricaremos telescópios e poltronas customizadas dentro de nossas casas, com a mesma facilidade com que hoje imprimimos notas fiscais. Tudo vai mudar. Menos, claro, a legislação trabalhista brasileira. ↙

Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.

foto alExandrE battibugli

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/ Inside Information

O segundo salto da web no Brasil

O acesso à rede por smartphones e tablets já chega a 10% da população metropolitana e vai crescer muito nos próximos anos

A

internet brasileira cresceu e alcançou um invejável patamar de maioridade. Chegamos a cerca de 80 milhões de brasileiros com acesso, a um uso mensal ativo de mais de 40 milhões e a uma média de navegação por mês maior do que a de americanos, europeus e japoneses. Esses números não poderiam deixar de se refletir no investimento publicitário online. Este, no final de 2011, aproximou-se de 10% de participação do total investido em propaganda em todos os meios. Mas as perspectivas são ainda mais favoráveis com o crescimento da banda larga, as velocidades mais altas, as plataformas móveis e a crescente conscientização por parte dos anunciantes brasileiros da importância da internet no mix de meios. A partir de 2004, muitos brasileiros que até então não se interessavam pela internet viram nas redes sociais uma importante motivação para comprar um computador ou ir até um cybercafé. Foi a partir da descoberta das redes sociais que houve uma explosão do uso de lan houses no Brasil, prova de que a cultura do povo brasileiro é a do puro relacionamento social, até mesmo na internet.

Já em 2007 o brasileiro, que usava computadores em locais públicos para navegar em sites sociais, aproveitou a recuperação da economia e o aumento da renda e trouxe a internet para dentro de casa, mudando mais uma vez a maneira como se relacionava com a rede. Computador com internet passou a ser sinônimo de entretenimento, acesso à cultura e uma garantia en relação ao futuro dos mais jovens, tornando-se, por isso, uma das prioridades nos investimentos familiares.

FOcO NO cONsumIdOr Assim como são responsáveis por expandir o número de usuários de computadores, as redes sociais contribuem para o avanço rumo à próxima fronteira da internet no Brasil, que é o acesso por meio de plataformas móveis. O uso frequente de smartphones, como BlackBerry e iPhone, ou de tablets para acesso à internet já é possível a quase 10% da população metropolitana. E deverá se intensificar nos próximos anos, como resultado da migração dos telefones pré-pagos para pós-pagos e com acesso 3G. Em um cenário de inovação, onde as novas plataformas e ferramentas seguem em desenvolvimento constante, quase impossível de se acom-

Fábia Juliasz

panhar, é fundamental manter o foco no consumidor, seus hábitos e atitudes e em como ele se relaciona com o mundo e os meios de comunicação. Os serviços de pesquisa e análise buscam dar respostas mais concretas, por exemplo, sobre a real importância das redes sociais para as marcas e como investir com inteligência nesse segmento, maximizando o retorno no canal e minimizando riscos. Da mesma maneira, a tecnologia é crítica, na gestão de grandes bases de dados e informações desestruturadas, para gerar conhecimento e embasamento na hora de tomar decisões nos negócios. Empresas de pesquisa, como o Ibope Nielsen Online, que acompanham a internet brasileira há mais de dez anos, colaborando para o crescimento do mercado com métricas relevantes, são decisivas para antecipar tendências sobre o consumidor e o consumo de conteúdo multiplataforma. Ainda bem que, junto com a complexidade, cresce a consciência geral de que boa informação não é luxo, mas uma necessidade para um país que quer ser líder num mercado globalizado. ↙

Fábia Juliasz, 47 anos, é diretora de novos negócios e relações societárias do Ibope. É bacharel em ciência da computação, com especialização em finanças e marketing pela FGV-SP.

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48 Você é o dono

A fórmula que ajudou a transformar startups em gigantes chega ao Brasil

A Apple Sem Jobs / 42 É Preciso Reinventar a Roda? / 64 Xeque Mate / 68 Entre a Unicamp e o Vale do Silício / 72 O Novo e-Learning / 76 FOTO dulla

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a mais valiosa

Vista aérea da sede da Apple em Cupertino, na Califórnia 42 / INFO Setembro 2012

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a apple sem Jobs Um ano após a morte do líder visionário, a apple está maior, mais forte e mais leve, graças a tim Cook, o novo e respeitado presidente. mas não faltam problemas / Por leander kahney, esPecial Para a iNFo*

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Quando Steve Jobs perdeu a longa batalha contra o câncer, em outubro de 2011, a pergunta mais repetida entre analistas do mercado, executivos da concorrência, funcionários da Apple e, principalmente, a legião de fãs da marca era: qual será o destino da Apple sem seu cofundador e grande líder? Quase um ano depois, a resposta não poderia ser melhor. Produtos como iPhone, iPad e MacBook continuam vendendo como água, o valor de mercado da empresa não para de crescer e o clima nos corredores da sede em Cupertino, na Califórnia, Estados Unidos, está muito mais leve. Um dos principais responsáveis pelo bom momento da Apple é Tim Cook, apontado por Jobs para assumir a presidência da empresa há um ano. “Eu daria a ele uma nota dez”, disse a INFO Ken Dulaney, vice-presidente e ana44 / INFO Setembro 2012

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lista da consultoria Gartner. “Quando uma pessoa assume o lugar de um ícone, tem de pensar em não estragar tudo. Cook se preocupou com isso.” É bem verdade que Cook não é nenhum Jobs. Mas basta uma rápida passada pelos números para ver que a situação da Apple hoje é muito melhor do que há um ano. O preço das ações tem subido vertiginosamente sob o comando do novo presidente. Oscilando em torno de 663 dólares por ação, o valor de mercado da empresa aumentou em mais de 275 bilhões de dólares. Com uma capitalização de cerca de 624 bilhões de dólares verificada em meados de agosto, a Apple tornou-se a empresa mais valiosa da história. É 2,5 vezes maior

do que a sua antiga rival, a Microsoft, e 220 bilhões de dólares maior do que a multinacional do petróleo Exxon Mobil. O reconhecimento do mercado está ancorado em seu bom desempenho. No ano em que Cook assumiu o comando, a Apple lançou novos produtos, como o iPhone 4S, o iPad e os MacBooks com telas de altíssima resolução. A recepção não poderia ser melhor. Em 12 meses foram vendidos mais de 134 milhões de iPhones e 45 milhões de iPads. O resultado? Lucros recordes e uma montanha de 117 bilhões de dólares guardados no caixa da empresa. O bom desempenho da Apple é ainda mais impressionante, porque foi alcançado num ano recheado de crises e percalços. Em janeiro deste ano,

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sempre presente

⁄Após denúncias de abuso, Tim Cook faz vistoria em linha de produção de iPhones, na China

o jornal americano The New York Times publicou uma reportagem preocupante sobre as duras condições de fábricas que produzem os iGadgets na China. A reportagem detalhava suicídios de trabalhadores, acidentes industriais e até trabalho infantil. “A Apple nunca se preocupou com nada além de aumentar a qualidade dos produtos e diminuir o custo de produção”, disse um executivo da antiga fábrica ao jornal. Tim Cook levou a crítica para o lado pessoal. Como principal arquiteto da cadeia de fornecimento asiática da Apple, disse estar indignado e ofendido, segundo um e-mail que enviou, no dia seguinte, a todos os funcionários. Para reverter a situação, Cook dobrou o número de auditorias por inspetores da Apple nas fábricas e abriu suas portas para a Fair Labor Association (FLA), uma ONG dedicada a melhorar as condições para os trabalhadores ao redor do mundo todo. A Apple é a primei-

ra empresa de tecnologia a trabalhar com a FLA. Cook também visitou as fábricas na China, um movimento que sempre foi impensável para Steve Jobs. A faceta mais humana de Cook é visível também no dia a dia da empresa. Os funcionários da Apple gostam do novo presidente porque ele tem sido mais comunicativo do que seu antecessor. Cook envia memorandos e reage às críticas publicamente, como no episódio das fábricas de fornecedores na China. Ele faz questão de responder aos e-mails de funcionários e clientes.

FOTO Bowen Liu/AppLe inc./BLoomBerg/getty imAges

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Na hora do almoço, costuma se sentar com empregados aleatórios no refeitório da empresa. É o oposto de Jobs, que era tido como assustador e distante. Graças às suas raízes do Alabama, Cook é impecavelmente polido. Ele nunca levanta a voz. Sua autoridade é silenciosa. Cook obteve enorme respeito e lealdade de seus colegas e também dos concorrentes. Seus funcionários dizem que ele dá instruções claras e simples e recompensa as pessoas com elogios ou presentes quando fazem um bom trabalho. “Todo o mundo o ama”,

“Ainda existe aquela pressão maluca, com ou sem Steve Jobs”, diz um funcionário da Apple. “Mas tem um monte de coisas legais por vir”

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liderança silenciosa Tim Cook

apresenta o novo iPad. Ele nunca levanta a voz e costuma elogiar os funcionários

na prática ele já estava tocando a Apple, permitindo que Jobs se concentrasse nos produtos e em questões estratégicas, como fazer acordos com as gravadoras e estúdios de cinema. “Tim já vem comandando a Apple há um bom tempo”, disse Michael Janes, ex-colega de Cook, ao site Wired.com. “Steve é a cara da empresa e era muito envolvido com o desenvolvimento de produtos, mas Tim é a pessoa que pega esses projetos e os transforma numa pilha de dinheiro.”

disse um funcionário da Apple que pediu para não ser identificado. “Não tenho nada de negativo a falar sobre ele.” O bom desempenho de Tim Cook não é surpresa para quem acompanhou de perto sua trajetória na Apple. O presidente atual assumiu o cargo efetivamente em 24 de agosto de 2011, depois que Jobs anunciou sua renúncia em um e-mail aos funcionários da empresa.

AsceNsãO meteórIcA Era o ponto mais alto da carreira de Cook, que teve início em março de 1998, quando saiu da Compaq para assumir como vice-presidente sênior de operações da Apple. Sua missão? Dar um jeito nas dispersas operações de fabricação dos Macs, que estavam em ruínas. A operação era caótica e cheia de desperdícios. Algumas máquinas eram parcialmente feitas na Ásia, enviadas à Europa para montagem e depois mandadas de volta à Ásia para embalagem. Cook aprimorou o processo e, provavelmente, tirou a Apple de vez do negócio de fabricação. Fechou fábricas e 46 / INFO Setembro 2012

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Apesar dos excelentes resultados, no último ano a Apple perdeu talentos e a liderança em smartphones. Estará se tornando uma empresa burocrática?

depósitos e forçou fornecedores a se instalarem ao lado das linhas de produção. O processo tornou-se enxuto e eficiente. Graças ao bom trabalho, teve ascensão meteórica na Apple. Apenas dois anos após sua chegada, ele foi apontado por Jobs para o comando da força de vendas e da operação de atendimento ao cliente. Em 2002, virou chefe mundial de vendas. Mais dois anos e foi escolhido para liderar a divisão Macintosh e, em 2005, nomeado chief operating officer, supervisionando as vendas e as operações mundiais, além da divisão Macintosh. Em menos de dez anos, Cook tornou-se o executivo mais bem pago da Apple. Com tantas responsabilidades,

As semelhanças entre os dois executivos vão além do sucesso à frente da Apple. Assim como Jobs, Cook teve um encontro com a morte, em 1996, quando foi diagnosticado de forma equivocada com esclerose múltipla, uma experiência que o teria abalado profundamente. Após o erro médico, Cook se tornou obcecado com a saúde. Passou a comer de forma saudável, malhar em academia e começou a praticar ciclismo de longa distância. Da mesma forma que Jobs, Cook é um workaholic. Trabalha longas jornadas e frequentemente faz reuniões logo cedo ou conferências telefônicas tarde da noite, especialmente quando fala com fornecedores no exterior.

FOTO DaviD Paul Morris/BlooMBerg/getty iMages

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Apesar do bom desempenho à frente da Apple, muita gente ainda olha para o trabalho de Cook com desconfiança. O motivo? Os problemas que a Apple enfrenta em áreas consideradas vitais. Um dos problemas é o rápido domínio do Google no mercado de smartphones. A Apple impulsionou a revolução nessa área e manteve a liderança pelo pioneirismo. Mas, no ano passado, viu o Android, sistema operacional do Google, ultrapassar o iOS como plataforma mais usada em smartphones. Quando Steve Jobs morreu, em outubro de 2011, o Android e iOS disputavam o mercado cabeça a cabeça, com respectivamente 47% e 43%, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado NPD. Menos de um ano depois, o Android já respondia por impressionantes 68% do mercado de smartphones. A Apple caiu para tímidos 17%, segundo a consultoria IDC.

debaNdada de taleNtOs Mas, para alguns, a assistente virtual Siri, do iPhone 4S, é o melhor exemplo do declínio da Apple sob a gestão de Cook. A Siri mal funciona. Se os usuários não têm problemas de conexão, têm problemas de compreensão. Ela muitas vezes tem dificuldades em entender frases simples e frequentemente interpreta comandos de forma errada. Até mesmo o outro cofundador da Apple, Steve Wozniak, criticou a Siri, dizendo que o sistema não consegue entendê-lo. Outro problema tem sido a debandada de talentos. Em março de 2011, o então vice-presidente sênior de engenharia de software, Bertrand Serlet, anunciou sua demissão. Não explicou os motivos, mas, de acordo com o site Business Insider, Serlet fundou uma startup de cloud computing. Foi ele o responsável por várias versões do

quebra de recOrdes Em Um ano, Tim Cook sUpEroU os rEsUlTados dE sEU anTECEssor, sTEvE jobs

US$

7 bilhões

foram investidos em equipamentos e instalações

28%

de iPhones foram vendidos a mais no último ano, totalizando 134 milhões de unidades

78%

foi quanto as ações da Apple se valorizaram desde a morte de Steve Jobs

US$

624 bilhões é o valor de mercado da Apple. Isso a torna 2,5 vezes maior do que a antiga rival Microsoft

75%

dos tablets vendidos no mundo são iPads. Neste ano, 45 milhões de unidades foram comercializadas

sistema Mac OS X. Logo depois veio a saída do vice-presidente sênior de engenharia de hardware Bob Mansfield, que se aposentou em junho, após 13 anos na companhia. Sua partida foi vista como um sinal de problemas. Perder funcionários é do jogo. O estranho é não substituí-los à altura. No lugar de líderes respeitados como Serlet e Mansfield, Cook parece ter contratado um monte de gerentes de nível médio. Reportagem da revista Fortune afirmou que 2 153 funcionários da Apple, de um efetivo de cerca de 28 mil, usaram o termo MBA em seus perfis do LinkedIn. Mais da metade desses MBAs estão na Apple há menos de dois anos. No Vale do Silício, MBA significa gerente médio chato. É o contrário do talento criativo, como designer ou engenheiro. A implicação disso é que a Apple de Cook está se tornando uma empresa mais corporativa e burocrática. Apesar das mudanças, a diretoria executiva da Apple continua intacta. A equipe montada por Jobs, com nomes como o designer-chefe Jonathan Ive, o chefe mundial de marketing Philip Schiller e o responsável pelo iOS, Scott Forstall, continua na ativa. Jobs passou grande parte dos últimos cinco anos de vida montando um programa para transmitir o DNA do que faz a Apple e seus produtos incríveis a toda uma nova geração de executivos. “Ainda existe aquela pressão maluca, com ou sem o Jobs”, disse outro funcionário que prefere não revelar o nome. “Mas tem um monte de coisas legais por vir.” Um ano depois da morte de Jobs, a pergunta que as pessoas se fazem agora é: qual é o limite para a Apple? ↙ Leander Kahney, 46 anos, é ex-repórter sênior do site da revista Wired, autor do Livro A Cabeça de Steve Jobs e editor do site The Cult of Mac.

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Você é Cansado de seu CubíCulo na empresa? esta é a hora de mudar. a fórmula que ajudou a transformar pequenas startups em gigantes Como o faCebook Começa a se Consolidar no brasil. e uma dessas empresas iniCiantes pode ser a sua

produção melissa thomé edição de imagem artnet digital

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EspEcial

adeus chefe

o Dono / por paula rothman

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fotos dulla

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C

ansado de seu chefe e da rotina na empresa? Que tal seguir o exemplo americano e partir para uma startup? Elas crescem rápido e têm na tecnologia a base de seus negócios. As startups se popularizaram nos Estados Unidos durante o boom da internet, no final da década de 1990, e agora começam a marcar presença no Brasil de forma mais intensa. Hoje já são mais de 6 mil no país, ou quase 1 000% mais do que nos anos 2000, segundo a Associação Brasileira de Startups. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, o país já é considerado o segundo mais atrativo para investidores internacionais, atrás apenas dos Estados Unidos. Em julho deste ano, dois grandes fundos americanos, o Redpoint e o e.ventures, anunciaram uma parceria no Brasil para injetar 130 milhões de dólares em empresas iniciantes. O resultado da união, o Redpoint e.ventures, buscará apenas startups cujos negócios sejam focados em internet. O interesse é justificado. “Empresas ligadas à inovação, como as de web, precisam de menos gente e dinheiro para crescer de forma rápida”, diz Adalberto Brandão,

Para cOmeçar, uma bOa IdeIa

diretor do GVcepe (Centro de Estudos de Venture Capital e Private Equity da Fundação Getulio Vargas) e coordenador do Desafio Brasil. O evento, a maior competição de startups de base tecnológica do país, viu quase triplicar o número de inscritos nos últimos dois anos. “O empreendedorismo já se transformou em opção de carreira”, diz Brandão. De acordo com dados do GVcepe, somente no ano passado foram investidos 750 milhões de dólares em empresas novatas, contra 300 milhões entre 2005 e 2008. No final de agosto, o governo federal anunciou um plano de 486 milhões de reais em investimentos para incentivar a área de tecnologia no país. Desse total, 40 milhões serão destinados às startups. É pouco? Pode ser, mas pelo menos é um começo. Quer ter um negócio de sucesso? INFO traz um guia que pode ajudar. Veja, nas próximas páginas, um passo a passo para criar sua startup e casos de sucesso de quem já fez. Falta uma boa ideia? Perguntamos a dez presidentes de empresas no que investiriam se fossem montar uma empresa hoje. Tudo muito inspirador. Aproveite!

Em 2011, Vinícius Roveda, José Sardagna e João Zaratine entraram para a lista de 1,2 milhão de brasileiros que abrem um negócio próprio todos os anos. Na época, os três trabalhavam em uma empresa de Santa Catarina e tinham dificuldades para controlar online as finanças do escritório. A solução foi desenvolver um programa de gestão que, de tão bom, acabou adotado até por outras empresas. “Quando percebemos o potencial do produto decidimos nos dedicar a ele”, diz Roveda.Surgiu assim a ContaAzul, startup que fez treinamento no Vale do Silício, obteve investimento e já se prepara para expandir. A história dos três colegas é o melhor exemplo de como surgem as boas ideias: a partir de um problema. “Se a pessoa se concentra nisso, pode identificar uma oportunidade, seja pela ausência de uma solução seja porque as soluções existentes não são boas”, diz Adalberto Brandão, do GVcepe. Outra dica é participar de competições e encontros de startups, os chamados meetups. Esses eventos são ótimas formas de trocar experiências. Num desses eventos, a ContaAzul foi selecionada pela aceleradora americana 500 Startups. Um tipo de incubadora fora das universidades, as aceleradoras oferecem toda a estrutura que a empresa precisa para alavancar a ideia. No caso da ContaAzul foram qua-

Para evitar falhas, toda ideia precisa passar por um processo de validação. Isso significa encontrar clientes reais e usá-los para melhorar o produto ou o serviço

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tro meses de aprendizado na Califórnia. “Os investidores valorizam o time, que deve ter as competências para fazer o negócio funcionar”, diz Roveda, formado em ciência da computação. O sócio Sardagna também fez ciência da computação, enquanto Zaratine cursou administração de empresas.

MONte uM bOM tIMe Os sócios da ContaAzul possuem a equipe considerada ideal: uma mistura de pessoas com experiências técnica e em negócios. Dados da Startup Genome, uma rede mundial com mais de 80 mil empreendedores e investidores cadastrados, mostram que times com essa formação mista arrecadam 30% mais dinheiro e conseguem fazer crescer 2,9 vezes mais sua base de usuários. Não à toa, Niklas Zennström, o cofundador do Skype e do Kazaa, deu um único conselho aos futuros empreendedores web após uma palestra em maio, no Insper, em São Paulo: “Se você não é

saúde é a bola da vez

InvestIdores procuram startups em setores com crescImento acelerado e espaço para Inovação

um engenheiro, deveria virar o melhor amigo de um e torná-lo seu cofundador”. A afirmação mostra o quanto pessoas capazes de desenvolver o produto são importantes nesse tipo de empreendimento. Afinal, é a equipe técnica que deve resolver as questões que envolvem transformar uma ideia em um negócio.

de sites de notícias médicas a sistemas de agendamento de consultas online, a área de saúde é uma das mais quentes hoje para investir. “É um dos setores que mais valorizamos”, diz Francisco Jardim, gestor do criatec são paulo. o fundo está investindo em equipamentos médicos adaptados a mercados emergentes, mas não descarta os serviços na web ou em dispositivos móveis. “o Brasil deve se tornar em breve o terceiro maior mercado de saúde do mundo, atrás dos estados unidos e da china”, diz vitor asseituno, fundador da startup saúde Brasil, aceleradora voltada para projetos na área. “É um dos setores em crescimento, com muita demanda e espaço para inovação”, afirma cassio spina, fundador da anjos do Brasil. a instituição, que reúne investidores, lista ainda outras áreas com as características em que apostar, como biotecnologia, educação, entretenimento, energia, produtos sustentáveis e tI.

“Quando decidimos criar a ContaAzul, a primeira medida foi pesquisar o mercado”, diz Vinícius Roveda. A partir daí, o time passou a responder a uma série de perguntas, como qual problema específico dos usuários o software deveria resolver, quem teria interesse nele e como o produto seria vendido. Todas essas (e muitas outras) questões fazem parte do chamado Modelo de Negócio, um plano estrutural que ajuda o empreendedor a planejar o projeto. Uma das melhores maneiras de defini-lo é usar a ferramenta Business Model Canvas (BMC), um quadro no qual as principais perguntas estão divididas em nove retângulos temáticos.

DeFINa O MODelO De NegócIO

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trabalho e diversão CoNhEçA AlGuNS MEETuPS E EVENToS quE REúNEM iNVESTiDoRES E EMPREENDEDoRES

Meetups Geeks on beer

geeksonbeer.com

BR New Tech

meetup.com/BrNewtech

Circuito Startup

circuitostartup.com/portal/pt

agenda Endeavor

endeavor.org.br/eventos

Associação Brasileira de Startups abstartups.com.br

Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital abr.io/abvcap

GVcepe

gvcepe.com/site/events

Aceleradora

aceleradora.net/blog

Startupi

startups.ig.com.br/eventos

Sebrae Startup Day

sebraestartupday.com.br

Na área Media Lab do site do Desafio Brasil há um link para uma explicação detalhada de como preenchêlo. Já o blog Startup Biz Model posta, também em português, modelos de quem deu certo – como a Lemon ou o Peixe Urbano. Mas preencher o BMC não é sinônimo de sucesso. Uma das máximas do mundo das startups é a de que nenhuma ideia sobrevive intacta ao primeiro contato com os consumidores.

endedores. Como parâmetro, também vale conferir a Startup Compass, ferramenta para avaliação de desempenho com informações de mais de 10 mil startups de internet de todo o mundo. O serviço é gratuito, mas baseiase só em números. Dados da Startup Genome, que mantém a ferramenta, mostram que é bom contar com um auxilio mais pessoal. Afinal, quem alia a preocupação com as medições de dados à presença de um mentor levanta sete vezes mais investimentos, mostram as estatísticas. Cabe às incubadoras e às aceleradoras dar esse suporte aos novos projetos.

VAlIde suA IdeIA Para evitar que dinheiro seja gasto em um plano cheio de falhas, toda ideia precisa passar por um processo de validação que leva de seis meses a um ano. “Validar significa encontrar clientes reais, usá-los para melhorar o produto e comprovar que existe um mercado para ele”, diz Felipe Lachowski, fundador da Startup House, que ajuda empreendedores a transformar uma ideia em um modelo definido. Um dos projetos da Startup House é um sistema de envio de cartões pelo correio. A hipótese era a de que as pessoas gostariam de compartilhar fotos de forma mais pessoal do que nas redes. Para testá-la, um site foi criado e interessados começaram a enviar seus arquivos. “Com menos de 200 reais conseguimos saber quem era o público, qual a taxa de retenção do site e qual o tipo de imagem mais enviado”, diz Lachowski. Testes simples e baratos como esse podem ser feitos pelo próprio time de empre-

Acelere O NegócIO Não existe regra definida para quando uma startup deve procurar a aceleradora. “Muitas vezes a empresa já fatura mais de 1 milhão de reais por ano, mas ainda não conseguiu a validação necessária para atrair investidores de peso”, diz Rafael Duton, um dos criadores da 21212. A aceleradora, fundada no ano passado por brasileiros e americanos, tornou-se referência para estrangeiros em busca de oportunidades no país. Além de fornecer um espaço físico, as aceleradoras costumam investir entre 20 mil e 150 mil reais nas startups selecionadas. É com esse dinheiro que serão realizados os processos de validação final da ideia e de construção do chamado MVP, sigla em inglês para produto minimamente viável. Um exemplo? Quando a ResolveAí chegou à aceleradora 21212, sua ideia era criar um sistema de auxílio ao usuário

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TesTe seu merCado

compEtiçõEs pERmitEm quE Você mostRE A suA iDEiA. VEjA quAis são As pRiNcipAis DisputAs

Desafio Brasil

desafiobr.com.br/site

Desafio sebrae

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sua ideia Vale 1 milhão

suaideiavale1milhao.com.br

iBm Global Entrepreneur abr.io/desafioibm

latin America startup challenge latamstartupchallenge.com

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Conversa rápida

DicAs DE como VENDER o pRojEto DA suA EmpREsA Num ElEVAtoR pitch Em apenas um minuto você precisa convencer alguém a investir uma bolada na sua ideia. Esse é o conceito por trás do elevator pitch. A partir de uma apresentação de slides, um vídeo curto ou uma conversa, é preciso ir direto ao ponto. “Fale de cara qual é o problema que vai solucionar e qual é o tamanho desse mercado”, diz Adalberto Brandão, do GVcepe. “Ressalte as qualidades do time, mostrando porque estão preparados para o projeto”. E continue sendo objetivo na hora de falar de dinheiro. “Não adianta dizer ‘preciso de 100 mil reais para marketing’, mas sim ‘esses 100 mil serão gastos desta forma porque nossa experiência mostrou que...’”, diz Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.

para conseguir o meio de transporte mais rápido em qualquer lugar que estivesse. Com pesquisas e orientação, a startup focou primeiro em táxis e criou um aplicativo para celular que localiza motoristas e usuários. Hoje, o serviço está sendo implementado nas frotas do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Parte importante do processo de aceleração é o contato com outros empreendedores. A Wayra possui um espaço de 1 200 metros quadrados em São Paulo para seus times. Outro ponto forte das aceleradoras é a rede de mentores, empresários e executivos que ajudam, sem custos, os que estão começando. Para eles, é a oportunidade de ter contato com novos negócios. Como pagamento pelos serviços, a aceleradora entra como sócia e fica com 5% a 20% do negócio. Se der errado, o empreendedor não precisa devolver o dinheiro. “Empreender é arriscar. Em média, só um em cada dez projetos dá certo”, diz Duton. “E para que isso aconteça é fundamental levantar dinheiro”.

ObteNha INvestImeNtO O tipo de financiamento depende de cada projeto e de seu estágio. Linhas de crédito especiais, como as do BNDES, podem se encaixar em alguns casos. No entanto, os diferentes tipos de investidor que oferecem dinheiro e orientação é que sáo a combinação ideal para as startups. Os chamados investidores anjo, por exemplo, são empresários ou executivos que colocam dinheiro em ideias promissoras. “Além do capital, trazem uma rede de contatos e experiência valiosa para o dia a dia do negócio”, diz Cassio Spina, da Anjos do Brasil, uma das associações que reúne esse tipo de investidor no país. Sozinhos ou em grupos, colocam entre 100 mil e 1 milhão de reais em projetos embrionários. Ficam com fatias que variam entre 5% e 20% do negócio. Já os fundos do tipo Venture Capital (VC) ou Private Equity (PE) utilizam recursos próprios e de terceiros para injetar quantias mais polpudas nas startups das quais se tornam sócios. Gestores profissionais,

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Veja em www.INFO. abrIl.cOm.br/extras cOmO gaNhar dINheIrO cOm FOtOs, VídeOs e e-bOOks. e Na seçãO dIcas (pág. 84), FOrmas de gereNcIar a empresa

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eles podem mexer na estrutura do negócio, mas deixam o controle nas mãos do empreendedor. Os VCs costumam investir durante todos os estágios da empresa e ficam com 20% a 50% do capital. No Brasil, Astella, Criatec e o recém-criado Redpoint e.ventures são alguns dos que oferecem um programa de mentoria, além de aportes que variam entre 250 mil e 4 milhões de reais. Os fundos de PE desembolsam ainda mais para elevar um modelo de negócio já bem-sucedido a um novo patamar. A ponte entre o dinheiro e o empreendedor é feita pelas aceleradoras, por competições de startups e pelos meetups. Associações como a Anjos do Brasil e o Desafio Brasil cadastram startups, anjos, mentores e investidores para esses encontros. “Ao conversar com o investidor, é sempre bom mostrar algum resultado, seja o MVP, seja a audiência online”, afirma Spina.

CONstrua um sIte No caso das startups, montar um site pode significar bem mais do que ter um cartão de visitas na web. Se a página não é o próprio negócio em si (caso de redes sociais, por exemplo), é muitas vezes a plataforma de acesso ou meio de fazer o download do serviço ou produto. Para evitar problemas no futuro, vale registrar mais de um endereço, com duas ou três variáveis do nome da empresa em diferentes domínios (.com, .br ou .net, por exemplo). Sites como o GoDaddy oferecem uma busca rápida por todos os domínios, mostrando quais estão disponíveis e seu preço. Normalmente os serviços de hospedagem se encarregam de fazer o registro. Investir em perfis nas redes sociais também é obrigatório, não só para divulgar o produto, mas para interagir com atuais e futuros clientes.

esteja Nas redes sOCIaIs Uma pesquisa realizada pela consultoria Bain & Company nos Estados Unidos mostra que consumidores que se relacionam online com as empresas gastam entre 20% e 40% mais com elas. “Nas redes sociais, a startup pode ser mais ágil porque tem menos burocracia para aprovar postagens do que as grandes empresas”, afirma Pedro Ivo, presidente da Agência Riot, especializada em mídias sociais. Para tirar vantagem, vale fazer posts com referências a notícias do dia ou a piadas que circulam na web, os chamados memes. Mas é importante manter o foco para não criar perfis que o time da empresa não consegue atualizar. Em geral, Facebook e Twitter são as redes sociais onde a empresa não pode deixar de estar. “Aproveite que a base de seguidores é menor para criar um relacionamento mais pessoal, ouvindo críticas e chamando as pessoas pelo nome”, diz Ivo. Muitas dessas plataformas criam também novas oportunidades de negócios. Um exemplo disso aconteceu com a Netshoes. Maior loja virtual de produtos esportivos da América Latina, a empresa já registra vendas originadas na rede social Pinterest, por exemplo. É esse tipo de mudança de comportamento gerada pelas redes sociais que, aliado a outros fatores, abre espaço para os empreendedores. Com o crescimento do acesso móvel, o aumento das conexões de banda larga e a expansão da classe C, o Brasil torna-se carente em áreas já maduras em outros mercados. “O momento é este”, afirma Gustavo Caetano, presidente da Associação Brasileira de Startups. “Os investidores já olham para o Brasil como um país que está criando tecnologia e inovação. Agora é a hora de mostrar que sua ideia é boa e que você é capaz de fazer alguma coisa.” Já parou para pensar em quê? ↙

erros a evitar em Que um emPReenDeDOR PRecISa PReSTaR aTençãO PaRa OBTeR InveSTImenTOS Que vaRIam De 100 mIl a 1 mIlHãO De ReaIS Para Fábio Bruggioni, presidente da Holding Digital do Grupo RBS, fundo que investe em empresas de mídia digital, e-commerce segmentado e mobile, um dos principais elementos para o sucesso de uma startup é a qualidade do time. “Privilegiamos sócios ou fundadores que mostrem uma relação com seu produto que vai além da comercial”, afirma Bruggioni. “Ter paixão aumenta as chances de sucesso. Se é um app para fotos, por exemplo, queremos ver se a pessoa possui histórico com fotografia. Também gostamos de que um dos membros tenha conhecimento robusto de tecnologia. Isso faz toda a diferença para colocar o negócio em pé. Tecnologia não se contrata, ela tem de ser intrínseca ao projeto, fazer parte da ideia.” Outra questão é a escalabilidade do negócio. Se precisa de muita mão de obra para crescer, ou se é limitado geograficamente, dificulta. Os investidores não gostam de empreendedor cuja meta é vender o projeto no cur to prazo. “Qual é a chance de o negócio funcionar se já se dá a largada pensando em vender?", diz Bruggioni.

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no celular Para Mathieu Nouzareth, criador do SongPop, o futuro dos games e dos apps estĂĄ nos smartphones e tablets

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EsPEcial

adeus chefe

ApreNdA cOm Os melhOres

OS criadOreS de SOngpOp e draw SOmething cOntam a INFO cOmO chegaram aO mOdelO ideal de game SOcial e dãO dicaS para criar Um app de SUceSSO

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/ Por marcus vinícius brasil

dia 22 de julho vai ficar na história da desenvolvedora de jogos FreshPlanet. Foi quando os 12 funcionários da empresa, fundada em 2009, em Nova York, comemoraram mais um recorde: 3 milhões de pessoas acessaram, num único dia, o SongPop, game lançado apenas dois meses antes. Sua boa aceitação é mais um sinal da corrida que movimenta o mercado de aplicativos e games. Ela mostra que os jogos para celular com forte elemento social são uma aposta promissora. Espera-se que dessa onda, escancarada pelo sucesso de SongPop e Draw Something, surjam os próximos blockbusters das app stores. “Até pouco tempo, jogar no celular era uma coisa solitária. No Facebook, a pessoa brincava com vários amigos, mas não em movimento”, disse a INFO o francês Mathieu Nouzareth, presidente da FreshPlanet. “O futuro da indústria é ter pessoas jogando entre si, mas em smartphones e tablets”. Nouzareth e sua empresa seguem à risca essa receita. No SongPop, duas pessoas se enfrentam para ver quem acerta em menos tempo o nome de uma música, ouvindo trechos dela. Segundo Nouzareth, 65% jogam no celular e o restante no Facebook. O game simples e viciante caiu no gosto dos brasileiros. O país já é o terceiro maior mercado do SongPop, atrás de Estados Unidos e Reino Unido. “O mundo dos games casuais está dividido”, diz Nouzareth. “De um lado, há companhias focadas em mobile. Há os criadores de Angry Birds, que são muito bons, mas nas redes sociais não são o número um. De outro, existem especialistas em games sociais, como a Zynga, fortes no Facebook e com dificuldades no celular. Agora, todos buscam o Santo Graal da convergência.” Dan Porter, criador do game Draw Something, comprado pela Zynga em maio último, acredita que a ideia da conver-

foto luiz maximiano

gência vai além do mercado de games. “Não é só porque jogos são populares que um desenvolvedor deve apenas apostar neles”, disse Porter a INFO. “Há um grande apetite por aplicativos que conectam pessoas. A chave é entender como elas utilizam seus aparelhos e aperfeiçoar essa experiência.” Segundo os criadores de SongPop e Draw Something, para desenvolver um app de sucesso é preciso reunir uma equipe que se sinta confortável com a ideia de que o produto nunca estará realmente acabado. Recomeçar faz parte do jogo. Profissionais com experiência em plataformas móveis são recomendados, além de designers focados em interação. Veja, abaixo, dez dicas dos dois empreendedores. Aposte nas plataformas móveis. Elas crescem mais rápido. Trabalhe em um projeto por vez. Foco é a chave do negócio. Prefira uma área que você tenha familiaridade. Apps voltados ao entretenimento, que conectam as pessoas, estão em alta. Reúna uma equipe formada por desenvolvedores especializados em plataformas móveis e designers mais focados em interação do que na criação apenas de interfaces bonitas. Fique atento à maneira como as pessoas usam seus celulares. A partir daí, boas ideias podem começar a surgir. Lembre-se de que o o produto nunca está pronto. Tenha paciência. Os aplicativos mais baixados e populares das app stores não fizeram sucesso na primeira tentativa. Aprenda com os erros cometidos nas versões anteriores. Aproveite ao máximo a interface sensível ao toque dos aparelhos. Se for um game, deve ser o mais intuitivo possível. A interface deve ser fácil. Nada de manual de instruções . LeIa maIs em www.INFO.abrIL.cOm.br/extras

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biruta ideias mirabolantes

William Hertz apis3

Douglas Hertz apis3

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Marcelo Marzola predicta

EsPEcial

adeus chefe

ElEs arriscaram. E sE dEram muito bEm O cariOca alan JameS cOmeçOu Sua empreSa nO banheirO de uma incubadOra. OS irmãOS William e dOuglaS hertz largaram empregOS prOmiSSOreS nO gOOgle e na leW’lara para criar uma agência de marketing digital. marcelO marzOla abriu uma filial de Sua predicta nO Vale dO SilíciO. O que eSSaS hiStóriaS têm em cOmum? bOaS ideiaS, determinaçãO e trabalhO durO. cOnheça a traJetória inSpiradOra deSSeS quatrO empreendedOreS / Por thiago tanji

foto joene knaus

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empreendedorismo Iniciativa Jovem e, considerado o destaque da turma, teve a oportunidade de desenvolver seu negócio numa incubadora. “Todas as salas da incubadora estavam ocupadas e o único lugar que restava era um banheiro sem janela nem ar-condicionado. Os caras queriam fazer uma reforma, mas pegamos a chave e começamos a trabalhar ali mesmo, na hora.” No casarão onde funcionava o projeto conheceu os três sócios, que o acompanham até hoje. Batizada de Biruta Ideias Mirabolantes, a startup criada em 2003 saiu do nicho da propaganda aérea e ampliou seus negócios. Passou a criar ideias inovadoras em marketing. Com um computador e uma dívida inicial de aproximadamente 20 mil reais, a agência não demorou a transformar o saldo negativo em lucro.“Em

Prêmio Brasil de Fórmula 1. A empresa promoveu simulações de um pitstop nas ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro, o que rendeu o prêmio Globes Awards International, maior concurso mundial de marketing promocional. Com previsão de faturamento de 20 milhões de reais neste ano, a agência conta com escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza e emprega 70 funcionários. Aos 36 anos, James se recorda do passado com orgulho. Prefere, no entanto, olhar para a frente e continuar com suas ideias birutas e mirabolantes. “A primeira coisa para um negócio dar certo é ter um sonho. Como sonhar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho, sonhe grande. Mas o mais importante é ter atitude, ir lá e fazer”, diz James. “Muitas vezes perdemos boas oportunidades de aprender por medo de errar.”

Hoje com faturamento anual de 20 milhões de reais e 70 funcionários, a Biruta Ideias Mirabolantes começou no banheiro de uma incubadora

quatro meses faturamos o primeiro milhão. Conquistamos clientes importantes ainda na incubadora e passamos a crescer cada vez mais”, afirma James. A Biruta apostou na criatividade. No Réveillon de 2004, a agência montou um telão de 800 metros quadrados em Copacabana, para a contagem regressiva de Ano-Novo. “Foi a maior loucura da minha vida, tinha tudo para dar errado, mas acabamos marcando um golaço”, diz James. Outra ação marcante aconteceu em 2005, no Grande 60 / INFO Setembro 2012

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empresa apis3 atuação MarketINg DIgItal investimento inicial ZerO escritório SãO paulO

Colmeia empreendedora Para uma empresa dar certo é importante que os sócios tenham afinidade. Para Douglas e William Hertz, isso não foi problema. “Quando nasci ele estava ao lado do berço”, brinca William, dois anos mais novo que o irmão Douglas. Eles sempre sonharam em montar uma empresa. “Nosso pai gostava de

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ler livros sobre empreendedorismo e gestão. Tínhamos ideias malucas e imaginávamos como seria legal ter um negócio”, afirma Douglas, hoje com 28 anos. Nascidos em Florianópolis, mudaram-se ainda jovens para São Paulo, quando seguiram caminhos diferentes. Douglas fez engenharia mecatrônica na Unicamp e seu último emprego foi no Google. William formou-se em publicidade pela USP e atuou na agência Lew’Lara. “Trabalhávamos muito, mas sempre de olho no nosso projeto”, diz William. Em março de 2011, com o bom momento da economia brasileira, os irmãos decidiram que era hora de empreender. Deixaram seus empregos e criaram a agência de marketing digital apis3, cuja missão é tornar-se uma colmeia do empreendedorismo. “Apis é abelha em latim. Pensamos nas marcas como organismos vivos que precisam de três ações: planejamento, execução e mensuração”, diz William. Com pouco mais de um ano e meio de vida, a apis3 tem 16 funcionários e atende 40 clientes, como Google, Vivo e Paris Filmes. A mais nova conta é da Caixa Seguros. A agência será responsável por toda a comunicação digital, a construção da marca na web e a criação de novos produtos. O investimento inicial para montar a apis3 foi quase zero, já que os irmãos precisaram apenas do próprio notebook para buscar contatos. Após bater em seis meses a meta de crescimento do ano inteiro, os empreendedores acham que o mercado está aberto para novas ideias. Apesar do sucesso, William se preocupa com a euforia criada pelas startups nacionais. “Você está preparado para abrir seu próprio negócio? A partir do momento que o pontapé inicial foi dado, você está no jogo. É preciso se preparar ao máximo.”

Citada pela revista americana Fast Company como uma das mais inovadoras do mundo, a Predicta abriu um escritório no Vale do Silício

empresa predIcta atuação sOluções dIgItaIs investimento inicial 40 mIl reaIs escritórios sãO paulO (sede) e vale dO sIlícIO

Os nerds querem O mundO Em 1999 a internet começava a se popularizar no Brasil. Para o carioca Marcelo Marzola, a novidade já era uma velha conhecida. Nerd assumido, ele passou a adolescência descobrindo novas tecnologias, além de se divertir com o amigo de infância Philip Klein nos serviços de comunicação BBS, o precursor da internet. Após iniciar os estudos na faculdade americana de Babson, Marzola decidiu voltar ao Brasil e formou-se em administração pelo Ibmec. “Não queria ter uma vida de classe média nos Estados Unidos. Queria fazer alguma coisa no Brasil”, afirma. De volta ao Rio de Janeiro, Marzola conheceu Walter Silva e o apresentou ao amigo Philip Klein. Estava montada a base da Predicta, que, no início, tinha como objetivo tornar-se um site de venda de ingressos de cinema. Após um período de planejamento, os sócios perceberam que o total de 40 mil reais que dispunham não era suficiente para o projeto. Procurar financiamento também não era uma opção naquele momento, já que os investidores ainda sentiam o impacto do estouro da bolha da internet, em 2000.

O plano B tornou-se, então, mais rentável do que a ideia inicial. Usando o conceito de publicidade online, a Predicta criou um novo segmento, o de gerenciamento de venda de espaços publicitários na internet. Após mudar a sede para São Paulo, em 2001, a startup tornou-se referência nacional. Mas o mercado local ficou pequeno para os planos de Marzola e de seus sócios. Em 2008, eles criaram a BTBuckets, que utiliza um serviço em nuvem para fornecer uma plataforma capaz de analisar as características das compras online. “Hoje temos milhares de clientes usando o BTBuckets em mais de 100 países”, afirma Marzola. Com crescimento anual de 50% e 140 funcionários, a Predicta quer mais. Criou, em 2011, o SiteApps, uma loja de aplicativos para sites que permite a instalação de recursos funcionais e de design sem a necessidade de programação. Citada pela revista americana Fast Company como uma das 50 empresas mais inovadoras do mundo, a Predicta acaba de abrir um escritório no Vale do Silício. Aos 35 anos, Marzola e seus sócios não têm dúvidas de que o Brasil pode se tornar um celeiro de grandes ideias. “Temos um grande potencial, uma cabeça empreendedora e um espaço gigante para crescer. Isso ajudará o Brasil a se transformar numa referência mundial”, diz. Setembro 2012 INFO

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ESPECiAl

adeus chefe

Falta uma boa ideia?

PerguntamoS a 10 PreSidenteS de emPreSaS no que inveStiriam Se foSSem abrir um negócio hoje

Fernando Martins

Presidente da Intel Brasil “Vejo oportunidades em software, hardware e tecnologia da informação em geral. Negócios baseados em compartilhamento de recursos pela internet, como nas áreas de carros (zipcar.com, buzz.com), imóveis (bnbfinder.com), inteligência (crowdsource.com), cursos (coursera.org), serviços (taskrabbit.com) e capital (kiva.org). Há espaço para uma empresa de microcrédito com captação e distribuição usando a internet, um negócio que conecta pessoas para que ambos melhorem sua condição social, em um ciclo virtuoso. Com pouco dinheiro é possível oferecer uma oportunidade real a alguém que queira transformar sua vida. O grau de inadimplência entre as pessoas que utilizam microcrédito é baixíssimo, menos de 2% do total dos empréstimos feitos.“

Gilberto Mautner

Presidente da Locaweb “Para criadores de software, o momento é muito bom para produtos de SaaS (do inglês Software as a Service). Os custos de infraestrutura estão atraentes, graças ao cloud computing, e a internet facilita encontrar especialistas que complementem sua atividade. Com aplicativos móveis isso fica ainda mais potencializado. Outra área que tem chamado a atenção é a de ensino. Vejo oportunidades para oferecer serviços às escolas que querem tirar proveito do conteúdo vasto disponível na internet, desde videoaulas de instituições de prestígio até plataformas de interação e de colaboração entre alunos e professores, como o uso de games para o aprendizado. Capacitar professores e escolas é uma grande oportunidade. Aplicativos voltados para esse mundo também serão bem recebidos.”

Sérgio Chaia

Presidente da Nextel “Se fosse abrir uma empresa hoje, investiria em educação. Conhecimento aliado a uma formação diferenciada serão os ativos mais valiosos no futuro. O mundo digital em que vivemos facilita a troca de conteúdos e as conexões entre as pessoas, além de derrubar custos, permitindo uma real customização do desenvolvimento de cada aluno, com novas e interessantes oportunidades. Seria um projeto para trabalhar na formação de novas competências, que acredito serem fundamentais e ainda pouco desenvolvidas nos modelos educacionais atuais, como criatividade, design, comunicação interpessoal, curiosidade e fantasia.“

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Nelson Campelo

German Quiroga

“Investiria em uma empresa de serviços que oferecesse comunicação por vídeo com mobilidade. Isso combinaria duas demandas atuais: eliminação da necessidade de estar em um ambiente físico específico com a forma de comunicação por vídeo. É como o que já se fez para conference calls só que disponibilizado por um link, com a possibilidade, inclusive, de os participantes trocarem materiais.”

“Investiria em uma empresa B2C (Business to Consumer) de serviços digitais que fossem consumidos também por mobile devices, com baixo custo unitário ao cliente, mas alto impacto prático percebido. Minha segunda opção seria um negócio com modelo de receita atrelado à publicidade, sem custo para o cliente. São pontos cruciais embutir no serviço questões como dependência para as atividades diárias, incentivo à viralidade pelas redes sociais, sentimento de satisfação memorável após a utilização do serviço e capacidade de adquirir dados que permitam um conhecimento crescente do consumidor. Mercado-alvo potencial: todos os terráqueos consumidores, dado que todos estarão conectados. Características interessantes: altíssima escalabilidade, baixo custo, logística simplificada com acesso instantâneo e conhecimento do consumidor.“

Presidente da Avaya

Rafael Steinhauser Cleber Morais

Presidente da Bematech “Investiria em food service, setor em evolução devido ao crescimento da alimentação fora de casa. Além da boa refeição, o ponto alto do negócio seria a tecnologia: mobilidade, cardápio digital integrado ao atendimento, tablets e celulares para o cliente se conectar à rede da casa e consultar cardápio, fazer pedido, fechar a conta e até pagá-la.”

Presidente da Qualcomm para América Latina “Investiria em uma empresa voltada para o mercado de smartphones. Hoje esses dispositivos representam pouco mais de 20% do total de 60 milhões de celulares vendidos anualmente no Brasil e devem crescer rapidamente. Esse aumento será impulsionado por produtos com preço mais acessível e com aplicativos relevantes para o usuário, adaptados à nossa realidade. Há oportunidades para empresas que queiram produzir smartphones localmente e para os empreendedores nas áreas de software e aplicações.“

Presidente da Nova Pontocom

Celso Loducca

Laércio Cosentino

Fabricio Bloisi

“Investiria novamente em comunicação, porque é uma ferramenta indispensável à sociedade, portanto perene como negócio. Assume formas diferentes de expressão, mas será sempre a capacidade de unir pessoas a marcas, ideias e outras pessoas.”

“Nos dias atuais, criar o diferente e ter sucesso significa investir no mundo digital ou em setores tradicionais, mas com viés digital. Investiria na pesquisa e análise do sequenciamento do DNA, em busca do diagnóstico e da prevenção de doenças preexistentes. Uniria o conhecimento técnico da medicina com fantásticos algoritmos digitais.“

“Abriria uma empresa de criação de apps para TVs conectadas, que serão centenas de milhões nos próximos anos. No Vale do Silício, empresas com 5 ou 10 pessoas criam apps usados por milhões no mundo. Há excelentes oportunidades no mercado global de TVs para as startups brasileiras.”

Presidente da agência Loducca

Presidente da Totvs

foToS CLAUDIO ROSSI, ALEXANDRE BATTIBUGLI, GERMANO LUDERS E DIvULGAçãO

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Presidente da Movile

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É preciso reinventar a roda? CriadaS para proteger a inovação, aS patenteS tornaram-Se o Centro de diSputaS milionáriaS. tal Como a da apple Contra a SamSung. maS até que ponto iSSo prejudiCa o ConSumidor e torna oS gadgetS maiS CaroS e Com menoS funçõeS? / Por Maurício Moraes

imagine se a roda fosse patenteada. Seu formato, um círculo perfeito que permite o encaixe de um pneu, não poderia ser reproduzido sem que se pagasse uma licença para o criador. Assim como a roda, o movimento giratório também ganharia proteção. Agora pense se a empresa responsável pelo invento o utilizasse num carro. Bastaria que alguém criasse um automóvel com rodas de formato parecido para sofrer um processo. Se perdesse, teria de usar pneus em outro formato, como o quadrado da ilustração ao lado. Ou seja, as patentes, criadas para proteger a inovação, serviriam também para bloquear a competição entre as empresas. E restringiriam o acesso do consumidor a melhorias.

ilustração artnet Digital

O relato não passa de ficção, mas algo semelhante tem acontecido no mundo da tecnologia. Desde pequenos recursos até detalhes da interface recebem registro de patente no Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos, uma agência do governo americano. O carimbo oficial permite seu uso em enfrentamentos judiciais, como na recente rixa entre a Apple e a Samsung. Ao criar o iPhone e o iPad, a Apple patenteou uma série de funcionalidades, como o movimento de deslizar um retângulo para destravar a tela ou o de pinça para dar zoom. Com isso, acusou a concorrente de copiá-la. A Samsung contra-atacou, dizendo que foi copiada pela Apple.

As patentes foram criadas para defender a inventividade. Quem obtém o registro ganha o monopólio da sua criação por um prazo determinado. É uma maneira de premiar boas ideias, que podem ou não ser licenciadas para outras empresas. Até aí, perfeito. Mas até que ponto o movimento de um botão virtual é revolucionário? O sistema de patentes americano tem recebido críticas por permitir que essas funcionalidades, criadas por software, sejam protegidas do mesmo modo que um sistema mecânico de controle de avião. Os julgamentos costumam levar anos, em processos milionários. Independentemente de quem sai vitorioso, a conta é paga pelo consumidor.

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“Os custos são repassados para o produto”, diz Mônica Stefen Guise Rosina, professora da FGV e especialista em regulação de propriedade intelectual. Em junho, a Oracle perdeu uma longa disputa com o Google, acusado de usar indevidamente o Java no sistema Android. As alegações não foram aceitas e o que sobrou foi a conta dos procedimentos judiciais. Estima-se que o processo tenha custado dezenas de milhares de dólares. Como foi inocentado, o Google entrou com um pedido para que a Oracle pague 4 milhões de dólares dos gastos da sua defesa. Desse valor, 2,9 milhões serviram para copiar e organizar 97 milhões de documentos. A Oracle diz que vai recorrer.

CapItalIsmO selvagem A defesa da propriedade intelectual é apenas um dos motivos que levaram Apple, Oracle e outras à Justiça. Por trás dessas batalhas há uma intensa guerra comercial. Criado pelo Google, o Android tornou-se o principal sistema operacional para dispositivos móveis do mundo, com 1 milhão de ativações por dia em junho. O sucesso começou a atrapalhar os lucros da Apple e colocou a Samsung, maior fabricante de aparelhos com Android, a HTC e a Motorola em rota de colisão com a companhia. Apple e Samsung, contudo, são grandes parceiras. Dificilmente um julgamento levará as duas empresas a romper relações. Numa audiência na Califórnia, em junho de 2011, a juíza Lucy Koh tentou um acordo ao perguntar o valor dos negócios que ambas mantinham. Um dos advogados disse que a Apple gasta 7 bilhões de dólares por ano em compras de componentes da Samsung. No conflito, a Apple pedia uma indenização de 2,5 bilhões de dólares, menos de um terço desse valor.

a patente é de quem? Conflitos comerciais envolvendo patentes acontecem há tempos. Conheça alguns que entraram para a história

Liga pra mim

No século 19, a Bell Company, dona das patentes do telefone, derrotou a Western Union, que copiou o invento, na disputa judicial para vender linhas nos Estados Unidos

Voo soLo

Os irmãos Wright, que patentearam o sistema de controle de voo do avião, processaram concorrentes e paralisaram a inovação na área no início do século 20

Laser contra Laser

Apesar de ter inventado o laser, o estudante Gordon Gould teve a patente negada em 1959. Um ano depois, a Bell Labs fez o registro. A briga levou 28 anos e Gould venceu

guerra das interfaces

A Apple processou a Microsoft em 1988, alegando que o Windows copiava elementos da interface do Macintosh. Cinco anos depois, perdeu a disputa

Bonecas cLonadas

A pequena MGA, criadora da boneca Bratz, foi processada pela Mattel, dona da Barbie. Mas a Mattel acabou condenada, por roubar segredos industriais da concorrente

As guerras de patentes têm dois objetivos principais: forçar o licenciamento de uma inovação – o que rende lucros por um bom tempo para o inventor – ou impedir seu uso. “O pagamento de licenças pode tornar os produtos mais caros. O medo de parar na Justiça costuma levar à remoção de recursos de determinados produtos”, disse a INFO Florian Mueller, consultor americano especialista em propriedade intelectual. A Samsung modificou a interface de alguns de seus novos smartphones, por exemplo, para evitar problemas com algumas patentes da Apple. Apesar de os conflitos renderem ampla cobertura jornalística, não são a forma mais adotada para resolver esse tipo de pendência. A regra é deixar o tribunal de lado e aceitar o licenciamento. A Microsoft, por exemplo, adotou essa estratégia com os fabricantes de dispositivos que utilizam Android. Até outubro do ano passado, 55% dessas empresas assinaram acordos que resultaram em pagamentos de 5 a 15 dólares por aparelho. A Samsung está entre elas. Antes de processá-la, a Apple propôs um licenciamento que custaria 30 dólares por smartphone e 40 dólares por tablet. É difícil dizer se esse valor seria repassado ao preço final. Mas patentes envolvendo a interface não fariam parte do pacote, que acabou rejeitado. Os conflitos travados pela Apple foram instigados por Steve Jobs, que considerava o sistema do Google uma cópia criminosa do iPhone. “Vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Estou disposto a entrar em uma guerra nuclear por causa disso”, disse Jobs ao seu biógrafo, Walter Isaacson, logo após ser aberto um processo contra a HTC. Jobs afirmou que seu objetivo não era financeiro. Ele queria impedir o uso indevido das inovações da Apple. “Acho

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que essa visão continua. E é fato que o porcentual de mercado da Apple e suas margens de lucro vão implodir se a empresa não conseguir resolver os problemas que o Android impõe ao seu modelo de negócios”, diz o consultor Mueller. No Brasil, brigas como essas não aconteceriam. Aqui, o sistema de registro de inventos funciona de modo diferente. “Software não é patenteável no Brasil, pois é protegido pelo direito autoral”, diz Newton Silveira, diretor geral do Instituto Brasileiro de Propriedade Intelectual (IBPI). Recursos da interface de um aparelho, portanto, não estão protegidos. O fato de o sistema de patentes ser diferente em cada país complica ainda mais as guerras judiciais. O que se decide nos Estados Unidos não vale para outros lugares. Mas, por ser um dos maiores mercados do planeta, qualquer confronto por lá tem forte impacto financeiro para uma companhia.

A concessão de registro para pequenas funcionalidades tem sido criticada porque, além de limitar a competição, acaba consumindo esforços que serviriam para criar produtos. “As chamadas invenções incrementais não deveriam merecer patente. Em vez de promover, esse sistema está travando a inovação”, diz Silveira.

CapItalIsmO selvagem Diante desse cenário, comprar patentes de terceiros tornou-se prática comum. “Ao fazer isso, a empresa está adquirindo tecnologia. Ela quer se tornar mais competitiva e oferecer produtos melhores”, diz Júlio César Castelo Branco Reis Moreira, diretor de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Também é uma forma de se defender de processos, o que motivou o Google a adquirir a Motorola Mobility. Ao justificar a de-

cisão em um comunicado a investidores, o Google explicou que o portfólio de invenções da empresa resguardaria o Android de futuros ataques. Como as inovações ocorrem a uma velocidade incrível, é provável que as brigas judiciais continuem. Não devem tirar produtos do mercado, mas alguns ficarão mais caros ou diferentes. O lado positivo é que, no tribunal, segredos acabam sendo revelados. Na disputa entre Apple e Samsung, soubemos que um tablet de 7 polegadas era uma ideia de que Jobs gostava. E que no local onde trabalhava a equipe da Apple criadora do iPhone tinha uma placa em que se lia Clube da Luta. No filme, a primeira regra diz: “Não se fala sobre o Clube da Luta”. Diante de um juiz, as empresas falam. ↙ leIa maIs em www.INFO.abrIl. COm.br/extras

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atacar e proteger

O presidente da Lenovo, Yang Yuanqing, quer ganhar espaço em novos mercados e cuidar das áreas onde é forte

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Xeque mate Produtos inovadores, com design moderno e preços competitivos. Essa é a estratégia da chinesa Lenovo para tentar vencer a HP na disputa pelo primeiro lugar do mercado de PCs. Conseguirá? / Por Gustavo Poloni

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ma das expressões mais repetidas nos corredores da sede da fabricante de PCs Lenovo é fu pan, que significa “refazer um movimento de xadrez”. O conceito é dar um passo atrás e revisar a última jogada com o objetivo de melhorar a próxima. Em outras palavras, trata-se de um processo que ajuda a aprender com os próprios erros. No competitivo mercado mundial de computadores pessoais, o fu pan tem sido usado, por exemplo, para avaliar se vale a pena investir em um novo ultrabook e numa linha de smartphone ou para decidir quanto a empresa vai gastar em

foto Chad inGraham

pesquisa e desenvolvimento. Mais do que isso, o conceito tem sido apontado como um dos segredos para o sucesso da Lenovo. Fundada em Pequim, a Lenovo é a fabricante de PCs que mais cresceu nos últimos três anos, quando deixou para trás dois rivais, a Dell e a Acer, para assumir a segunda colocação do mercado. Agora prepara-se para ser a primeira marca chinesa global e, mais importante, roubar da HP o posto de maior produtora de computadores do mundo. Para isso, aposta numa estratégia que ficou conhecida como Proteger e Atacar. “Precisamos ganhar espaço em mercados com boas perspectivas e cuidar das áreas onde já somos fortes”, disse a INFO Yang Yuanqing, presidente mundial da Lenovo.

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qualidade e inovação Acima, fábrica onde são produzidos os computadores da Lenovo; ao lado, um dos três laboratórios que receberam 320 milhões de dólares para pesquisar e desenvolver novos produtos, como smartphones, tablets e televisores

A explicação para o raciocínio de Yuanqing está nos números da empresa. Cerca de 70% do seu faturamento vem dos PCs da linha ThinkPad, que tem como principais clientes o mercado corporativo e os governos. É essa a parte a ser protegida a todo custo. O espaço para crescimento está nas vendas aos consumidores finais. A Lenovo aposta numa nova linha que reúne a qualidade e o preço de seus produtos ao design atraente da Apple. A empresa também está dando os primeiros passos em novos mercados. Durante uma tradicional feira de eletrônicos realizada no início do ano nos Estados Unidos, a Lenovo anunciou o lançamento da primeira televisão inteligente equipada com sistema operacional Android, do Google, que faz sucesso em smartphones e tablets. A princípio a TV será vendida apenas na China. O país funciona como uma espécie de laboratório para os produtos novos, como smartphones e tablets.

Em 2011, os computadores da Lenovo foram eleitos os mais confiáveis do mercado pela Computer Reliability Report, à frente de Apple e HP “Queremos transformar a empresa numa das mais poderosas marcas de gadgets de todo o mundo”, afirma Yuanqing.

FOcO NO BrasIl Uma das estratégias da Lenovo é o investimento em pesquisa e desenvolvimento. A fabricante conta com 3,2 mil engenheiros espalhados por laboratórios na China, no Japão e nos Estados Unidos. Só no ano passado, foram gastos 300 milhões de dólares em pesquisa. Esse investimento fica evidente nos produtos. Em 2011, seus computadores foram eleitos os mais confiáveis

do mercado pela tradicional Computer Reliability Report, à frente de Apple e HP. “A Lenovo tem um ótimo background de engenharia”, diz Mika Kitagawa, analista do Instituto Gartner. “A empresa oferece marcas premium por um bom preço.” Com vendas de 29,6 bilhões de dólares no último ano fiscal, a Lenovo responde por 12,9% do mercado mundial de PCs, pouco mais de um ponto percentual atrás da líder HP. O Brasil ocupa posição de destaque na estratégia da Lenovo para chegar ao topo do mercado mundial de PCs. A empresa anunciou, em julho, inves-

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Packard, a HP se transformou na maior fabricante de PCs do mundo. Mas, nos últimos anos, a empresa fez aquisições desastrosas, errou na gestão e viu a presidência trocar de mãos três vezes em pouco mais de dois anos. No final de 2011, a HP deixou o mercado inquieto ao anunciar que pretendia parar de fabricar PCs, fato depois negado pela nova presidente da empresa, Meg Whitman. A história da Lenovo confunde-se com o crescimento da China nos últimos anos. A empresa foi fundada na periferia de Pequim em 1984, poucos anos depois do fim da Revolução Cultural comandada por Mao Tsé-tung.

timento de 30 milhões de dólares para construir uma fábrica e um centro de distribuição em Itu, no interior de São Paulo. A unidade vai produzir a linha completa de computadores e deverá entrar em operação até o final deste ano. A explicação para tanta atenção? Com o crescimento da economia brasileira, o país se transformou no terceiro maior mercado de PCs do mundo. “O Brasil poderá subir mais uma posição no ranking”, afirmou a INFO Kevin Shih, vice-presidente de operações para mercados emergentes da Lenovo. “Estamos fazendo de tudo para crescer rapidamente aqui.” Hoje a empresa tem 5% do mercado brasileiro. O objetivo é chegar aos dois dígitos até 2013. O sucesso da Lenovo pode ser atribuído à combinação de investimento, estratégia, qualidade e preços competitivos. Mas ele também está ligado à derrocada da primeira colocada no ranking, a americana HP. Criada numa garagem por William Hewlett e David

fotos

divulgação

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Os númerOs da LenOvO

2º lugar

é a posição da Lenovo no mercado mundial de PCs

29,6 bilhões foi a receita da fabricante de PCs em 2011

160

é o número de países onde a Lenovo vende seus produtos

15 mil

lojas tem a Lenovo na China. É quase o número do Starbucks em todo o mundo

27 mil

funcionários da Lenovo estão espalhados pelo mundo

Seu criador, Liu Chuanzhi, era pesquisador da Academia Chinesa de Ciências. Com 10 colegas, Chuanzhi investiu 25 mil dólares na startup Chinese Academy of Sciences Computer Technology Research Institute New Technology Development Co. O nome era tão enfadonho que os computadores que saíam da sua linha de produção.

15 mIl lOjas Na ChINa Quando a empresa começou a crescer, Chuanzhi decidiu trocar o nome para Legend e, depois, para Lenovo.A empresa foi a primeira a levar para o mercado chinês um computador com processadores Pentium, da Intel, e logo se transformou na maior fabricante da China. Hoje, tem mais de 15 mil lojas espalhadas pelo país. É quase o mesmo número que a rede americana de cafés Starbucks tem em todo o mundo. O reconhecimento global, no entanto, só viria em 2005, quando a Lenovo comprou a divisão de PCs da IBM por 1,75 bilhão de dólares. A aquisição deu à empresa o tamanho necessário para brigar pelo mercado mundial, mas trouxe percalços. O principal deles foi o choque cultural. A Lenovo tem 27 mil funcionários espalhados por 160 países e os 100 maiores executivos da empresa têm 17 nacionalidades diferentes. A mistura transformou a empresa numa Torre de Babel e um dos principais problemas era a barreira do idioma. Para contorná-lo, falar inglês virou a meta. Ou seja, os bônus dos executivos estão atrelados à capacidade de ser entendidos no idioma. “Em menos de 30 anos saímos do equivalente a uma garagem na China para virar a segunda maior fabricante de PCs do mundo”, diz Yuanqing. Agora, ele espera que a empresa leve bem menos tempo para chegar ao topo do mercado. ↙ Setembro 2012 INFO

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EntrE a Unicamp E o ValE do Silício

A Movile começou numa incubadora em Campinas, no interior de São Paulo, e tornou-se a maior empresa de serviços móveis da América Latina. Agora, quer conquistar o mundo com um plano ousado de entretenimento para celular e redes sociais / Por THIAGO TANJI

fotoS RAONI MADDALENA

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futuro móvel

O presidente da Movile, Fabricio Bloisi, se inspira em Bill Gates para fazer seu próprio negócio

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A decoração é a de praxe para uma startup de tecnologia: videogames, brinquedos, móveis coloridos e muitas referências nerds. Mas o que se destaca mesmo no escritório da Movile em Campinas, no interior de São Paulo, é um mural que fala muito sobre a empresa que começou numa incubadora da Unicamp e hoje tem 200 funcionários. Naquele espaço, cada um dos colaboradores pendura fotos que representam seus sonhos. De acordo com o que se vê no mural, o presidente Fabricio Bloisi, 35 anos, deseja comprar um helicóptero até 2014 e, nove anos depois, realizar uma viagem espacial. O grande objetivo do fundador da Movile, no entanto, é um pouco mais difícil de fotografar. Ele sonha em ter a maior e melhor empresa de serviços móveis do mundo. Fundada em 1998, a Movile começou produzindo ringtones, conteúdo Wap e serviços de pagamentos móveis. Hoje, a grande aposta da empresa para

conquistar o mercado global é a Zeewe, primeira loja de aplicativos a trabalhar com a linguagem HTML 5 para iOS e Android, que surge como alternativa às plataformas tradicionais. Entre os apps desenvolvidos está o Zeewe Games, que se baseia em jogos disputados entre duas pessoas, ao melhor estilo do popular quiz musical SongPop. Outro serviço da Movile que tem recebido atenção é o ZeeweTV, um aplicativo disponível no Facebook. Com ele, é possível assistir ao vivo canais de TV como VH1 e Nickelodeon por streaming e acompanhar aquilo que é recomendado pelos amigos na rede social. “Esperamos um crescimento muito expressivo na área de entretenimento e estamos investindo para desenvolver produtos globais”, diz Bloisi. Até agora, já foram registrados 12 milhões de instalações em toda a plataforma Zeewe. Para se manter na disputa com as grandes empresas em todo o mundo,

a Movile abriu neste ano um escritório no Vale do Silício. A vinte minutos de carro de gigantes como Facebook, Google, Apple e eBay, a nova base da companhia ganhará importância estratégica nos próximos anos, quando a utilização de smartphones ao redor do mundo for massiva. “A oportunidade de criar grandes empresas globais de conteúdo móvel está na mesa porque estamos vivendo a transição para o início de uma era pós-PC”, diz Bloisi.

Linguagem Basic Nascido em Salvador, Bloisi sempre foi um nerd incorrigível. Frequentava aulas de computação durante a infância e aos 12 anos vendeu seu primeiro software, um controle para estoques desenvolvido na linguagem Basic. Fã de Bill Gates, ele admirava como o império da Microsoft começou a ser construído. “Sempre quis montar uma empresa de computação de

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googleplex campineiro Com cerca de 100 funcionários,

o laboratório de inovação da Movile, em Campinas, segue a mesma receita de descontração das startups do Vale do Silício. Num ambiente repleto de referências geeks, a empresa aposta na criação de produtos que possam ser utilizados em todo o mundo

10 bilhões de dólares e que atuasse no mundo inteiro. Na realidade, meu plano era competir com o Bill Gates.” A caminhada começou com o curso de ciências da computação na Unicamp, concluído em 1998. Naquele ano, quando ninguém sonhava com smartphones em redes 3G e telas touchscreen, o estudante juntou-se ao colega Fábio Povoa e, dentro da incubadora da universidade, criou a Intraweb, primeiro nome da Movile. “Começamos com nossos computadores pessoais, numa salinha. Não tínhamos clientes nem produtos, só a ideia de criarmos uma empresa grande.” Após receber o investimento do grupo sul-africano Naspers, em 2008, a companhia expandiu-se para a América Latina, com escritórios na Argentina, México, Colômbia e Venezuela. “Nos últimos quatro anos nosso faturamento cresceu 30 vezes e viramos a maior companhia de entretenimento para celular da América Latina”, afirma Bloisi.

Apesar do crescimento dos últimos anos, o presidente da Movile reconhece que nem todas as ideias conseguem emplacar. “Muitas vezes achávamos que o produto daria muito certo, mas ele fracassava. Quando o 3G foi lançado, pensamos que isso significaria fazer chamadas de vídeo. Fomos pioneiros nessa tecnologia, mas quase ninguém usou, os resultados foram frustrantes.”

DE IGUAL PARA IGUAL Para contornar essas situações, Bloisi acredita que é necessário estar atento às novidades e não ter medo de mudar os rumos do negócio. “É preciso ter gente muito boa e preparada, capaz de antecipar as tendências, aprender as novidades de maneira rápida e, quando houver acerto, investir e crescer sobre aquele produto”, afirma. Ao participar de almoços e confraternizações com os maiores empreendedores do mercado, Bloisi busca

aprender lições de sucesso. Entretanto, acredita que a Movile pode alcançar o mesmo patamar das grandes companhias de tecnologia do Vale do Silício. “Outro dia encontrei o Eric Schmidt, do Google. É um cara bacana, muito inteligente. É sempre bom conhecer os melhores do mundo, mas percebemos que os nossos projetos não são tão diferentes daqueles que são feitos no exterior.” Os mais de 15 milhões de pessoas que utilizam mensalmente os produtos da desenvolvedora, claro, ainda não são o bastante para realizar o sonho do homem que deseja se tornar o próximo Bill Gates. “O negócio vai se tornar real mesmo nos próximos anos, quando nos tornarmos uma empresa com mil pessoas ao redor do mundo”, afirma Bloisi. “Os empreendedores brasileiros precisam perceber que é possível criar empresas bilionárias, como as do Vale do Silício, em São Paulo, Campinas ou em qualquer outro lugar.” ↙ Setembro 2012 INFO

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O novo e-learning

As plataformas online de educação Coursera, edX e Udacity oferecem cursos com a grife de universidades de prestígio, como Harvard, MIT e Stanford, sem cobrar nada. Elas usam as redes sociais e democratizam o aprendizado. Veja como funcionam / Por Marcus Vinícius Brasil

Q

foto raFaEl EVanGElisTa

uando criança, a paulis-

tana Lea Gonçalves gostava de ler bulas de remédios e pensava em estudar os efeitos de cada um daqueles componentes de nomes esquisitos no organismo. Divertia-se descobrindo como a dipirona e o paracetamol aliviam a dor. Hoje, casada e mãe de um garoto de 17 anos, Lea conseguiu uma maneira de reencontrar essa paixão da infância. Aos 39 anos, voltou ao mundo da farmacologia graças a um curso online gratuito. Apesar de não custarem nem um centavo e estarem livres na internet para qualquer interessado, as aulas que Lea começou a receber no fim de junho são organizadas por uma instituição americana de elite, a Universidade da Pensilvânia. Sua professora é a doutora Emma Meagher,

formada no Royal College of Surgeons, na Irlanda, e premiada mais de dez vezes ao longo da carreira. Não é preciso gastar com livros didáticos; está tudo disponível num único lugar, em formato de textos, vídeos e exercícios. O curso Fundamentos da Farmacologia é um dos 117 disponíveis na plataforma de ensino Coursera (coursera.org), que reúne online 19 universidades, algumas das mais conhecidas e prestigiadas do mundo, como a Universidade Stanford, Princeton, Duke e o California Institute of Technology. O sistema atingiu 1 milhão de usuários em agosto e o Brasil lidera o número de acessos fora dos Estados Unidos, com 5,9% dos alunos. Mais que Índia (5,2%) e China (4,1%). “É uma aula diferente”, afirma Lea. “Desde criança queria estudar farmácia, mas não consegui. Mesmo sem nenhum conhecimento anterior no assunto, consigo acompanhar.” O curso de farmacologia foi um dos três primeiros disponibilizados pela Universidade da Pensilvânia no Coursera e 50 mil pessoas de todas as partes do mundo se inscreveram.

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São dez semanas de duração, com uma carga horária semanal estimada entre duas e seis horas. Ao final do curso, os alunos que cumprirem todas as tarefas recebem um certificado assinado pela doutora Emma, que não vale como crédito para a universidade, mas pode ser incluído em currículos como um atestado de conclusão do ensino. O Coursera foi lançado em abril de 2012 e é uma das principais iniciativas de uma nova onda de cursos online, que ganhou intensidade (e investimentos) ao longo deste ano. Alguns chamam essas plataformas de Moocs, sigla em inglês para cursos abertos online de massa. Há duas diferenças principais em relação às iniciativas anteriores de e-learning: a adoção acelerada de grandes universidades à plataforma e a convergência de novas tecnologias que permitem um sistema de ensino mais interessante ao aluno, com ferramentas sociais, de interatividade e pedagógicas. É possível, por exemplo, aplicar e corrigir milhares de provas em um esquema onde os inscritos se avaliam mutuamente, baseando-se em critérios predefinidos pelos professores. O professor Andrew Ng, cofundador do Coursera e diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford, explica que a entrada de instituições de prestígio e o avanço tecnológico estão ligados. “Temos a tecnologia de que elas precisam. Um professor que lecionava para 50 pessoas de uma vez, agora pode ensinar 50 mil”, disse Ng a INFO. Para ele, o entusiasmo dos educadores em alcançar essa audiência gigantesca, vinda de lugares muito distantes dos Estados Unidos, está impulsionando a entrada das faculdades em uma escala mais acelerada. Assim como a perspectiva de transformar as aulas dentro do campus. “Acho que o verdadeiro valor de frequentar uma universidade de primeira linha, como a Caltech (California Institute of Technology) ou a Universidade de Washington, não é apenas o conteúdo, mas a interação. Muitos colocam suas aulas online para que, na sala de aula, os alunos tenham mais tempo de interação com o professor.” O investimento de fundos privados veio na sequência.

O Coursera já recebeu um aporte de 16 milhões de dólares para desenvolver e aprimorar sua plataforma. A tendência também se espalhou para duas das mais importantes instituições de ensino superior do mundo: a Universidade Harvard e o MIT, pioneiro em abrir seu material didático e disponibilizar aulas online. As duas universidades anunciaram em maio o projeto edX (edx.org), com funcionamento similar ao do Coursera e um investimento inicial de 30 milhões de dólares. Por enquanto há apenas sete cursos disponíveis, e os primeiros abrem em setembro. Entre os professores está Gerald Sussman, coautor do livro Estrutura e Interpretação de Programas de Computador, importante referência na ciência da computação. Apesar de reunir apenas disciplinas ligadas às ciências exatas, haverá também cursos de humanas e biológicas. Durante o evento de lançamento, a presidente do MIT, Susan Hockfield, destacou o potencial de transformação dessa tecnologia aplicada ao ensino superior. “A educação online não é uma inimiga, mas uma aliada inspiradora e profundamente libertadora”, afirmou Susan. “É dever de instituições de ensino e pesquisa como as nossas encontrar todas as maneiras possíveis de compartilhar conhecimento com um mundo que está faminto por aprendizado.” Essas novas plataformas ainda estão longe de substituir o ensino tradicional, mas há um consenso de que seu poder enriquecedor é enorme, principalmente em países com acesso a universidades de qualidade mais limitado. “Educação é um bem público. Professores que acreditam em seu valor sabem que é melhor quando mais pessoas têm acesso a ela”, afirma a professora Mary Lou Forward, diretora executiva do OpenCourseWare Consortium, uma instituição global que promove a abertura do material didático de universidades, e que tem a Unicamp e a Fundação Getulio Vargas como parceiras no Brasil. “A internet permite que esse efeito se amplie de uma maneira que não era possível antes. O acesso à informação hoje é escasso, mas isso está mudando radicalmente.”

As recém-lançadas plataformas de ensino online se diferem por reunir universidades de prestígio e por explorar a convergência com novas tecnologias

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fotos divulgação

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quem é quem

Entre os novos recursos que tentam transformar o ensino online, três se destacam. As plataformas Coursera, edX e Udacity reúnem professores de instituições renomadas, como Stanford, Harvard, Princeton e o MIT. Veja como funcionam e conheça alguns profissionais ligados a elas

coUrsera A plataforma criada por Andrew Ng e Daphne Koller, ambos de Stanford, reúne o maior número de cursos e universidades. Os professores atuam em 19 instituições de ensino superior, a maioria delas americana

ezekiel J. emanuel

edX

Trabalhou como conselheiro da Casa Branca em assuntos relacionados a saúde pública. No Coursera, ensina política da saúde

O projeto é fruto da parceria entre duas das maiores instituições de ensino superior do mundo: a Universidade Harvard e o MIT, ambas americanas. Os cursos, disponíveis a partir de setembro, contam com a participação de professores dessas universidades

andrew ng

Fundador do Coursera e diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford, é responsável pelo curso de aprendizado em máquinas

gerald SuSSman

Conhecido na comunidade acadêmica pela coautoria, com Harold Abelson, do livro Estrutura e Interpretação de Programas de Computador, Sussman vai ministrar no edX um curso sobre circuitos

univerSidadeS que apoiam / harvard

mitchell duneier

/ MassachUsetts institUte of technology

Professor do curso Introdução à Sociologia, do Coursera, é autor do livro Sidewalk, estudo etnográfico sobre grupos de vendedores autônomos em Nova York

Udacity Com ênfase nas ciências exatas, a plataforma oferece cursos nas áreas de ciência da computação, física e estatística. São 11 opções de aprendizagem, todas gratuitas

univerSidadeS que apoiam / california institUte of technology / Princeton

SebaStian thrun

Fundador da Udacity, Thrun foi diretor do Laboratório de Inteligência Artificial de Stanford. Atualmente trabalha no Google

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/ rice / stanford / Berkeley / Pensilvânia

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Quer ser edupunk?

A expressão edupunk surgiu em 2008 para descrever uma forma de estudo na linha faça você mesmo. As pessoas usam a internet em busca de cursos gratuitos e online para complementar ou substituir o ensino tradicional. Em seu livro O Guia do Edupunk, a autora Anya Kamenetz dá dicas de como estudar online por conta própria, criar sua grade de aulas e ainda conseguir certificados. Tudo de graça. O livro pode ser baixado em edupunksguide.org

No livro DIY U – Edupunks, Edupreneurs and the Coming Transformation of Higher Education, a autora Anya Kamenetz sustenta que a velocidade de transformação só aumentará. “Conteúdo aberto é apenas o começo. Quer um tutor personalizado para lhe ensinar francês? Uma aula estruturada como um jogo? Um diploma de bacharelado em seis meses por alguns milhares de dólares? Todos já existem. É o começo de um completo remix educacional”, escreveu Anya. “O maior crescimento na educação superior no próximo século virá dos alunos ‘não tradicionais’ em algum sentido, como pessoas mais velhas, adultos que trabalham ou minorias étnicas.” “Acho que todos veem que está a caminho uma verdadeira mudança na educação por causa da tecnologia”, diz o professor Ng. “Para as universidades, a questão não é mais apostar ou não em educação online, mas quando e como fazer. Acredito que nós oferecemos uma resposta.” Para se inscrever no Coursera ou no edX, basta navegar pelos sites, encontrar algum curso do seu interesse e depois fazer um breve cadastro. Muitas aulas, mesmo de assun-

AnyA KAmenetz

A escritora americana é autora dos livros O Guia do Edupunk (2011) e DIY U (2010). Ambos analisam como as novas tecnologias e a web estão conseguindo ampliar o acesso à educação em todo o mundo

tos técnicos e aparentemente complicados, dispensam prérequisitos e têm um direcionamento introdutório. Outras disciplinas exigem que o aluno saiba um pouco do assunto. Também é preciso ficar atento à data de início. Quando o curso começar, a pessoa estará inscrita em um plano com diversas etapas, todas com prazos mais ou menos rígidos. Haverá leituras semanais obrigatórias e recomendadas, encontros virtuais por meio do Google Hangouts, exercícios e exames de avaliação – esses têm os prazos mais rígidos, pois requerem avaliação para a emissão de uma nota final. Vale lembrar que os cursos não ficam no ar para sempre. Quando eles terminam, geralmente após seis ou dez semanas, são retirados do site. O material fica indisponível até a abertura da turma seguinte, o que pode levar meses. Isso torna a experiência semelhante a um plano pedagógico tradicional. Quando começam as aulas, o aluno ganha acesso a uma página customizada da disciplina escolhida, com uma série de ferramentas. No Coursera, há um quadro de avisos onde a equipe do site e os professores respon-

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sáveis atualizam os alunos com mensagens sobre o andamento do curso, as datas de exames, os novos vídeos. Os testes variam de questionários nas videoaulas a exames maiores, que devem ser feitos dentro de um limite de tempo e podem incluir perguntas abertas e até a redação de pequenos ensaios. O processo de correção funciona de um modo peculiar. Os próprios alunos recebem as provas de outros colegas e as corrigem de acordo com parâmetros predeterminados pelo professor, como a citação de um determinado conceito estudado em aula ou de um autor. A parte mais movimentada da página é o fórum de discussão. Ainda sem uma ferramenta de geolocalização, esses fóruns são a melhor maneira para se conectar a pessoas de sua área, conhecer colegas que possam estudar em conjunto e tornar a experiência do aprendizado mais social. É comum ver tópicos dedicados a brasileiros. No curso Introdução à Sociologia, do Coursera, o tema deu origem a uma comunidade no Facebook e à formação de um grupo de estudos que se reuniu seis vezes no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista.

Fora dos Estados Unidos Por enquanto a maioria dos cursos do Coursera ainda está disponível apenas em inglês. O professor Ng diz que ferramentas de legendagem estão na lista de prioridades de seus desenvolvedores, assim como a expansão para universidades fora dos Estados Unidos. Ele afirma que no momento está em negociação com instituições da América Latina. No Brasil, a Universidade Estadual de São Paulo tem uma das soluções mais semelhantes ao que está sendo realizado em outros países, a partir do lançamento, em junho, do projeto Unesp Aberta ( unesp.br/unespaberta). “Com o avanço da educação à distância, aumentou muito a quantidade de conteúdo que produzimos, e a ideia era facilitar o acesso a esse material”, afirma Klaus Schlünzen Junior, coordenador do projeto. “Nem todo cidadão brasileiro pode ser aluno da Unesp, mas queremos que todos possam ter acesso ao conhecimento da universidade. É uma forma

de contribuir, devolvendo à sociedade aquilo que a gente produz de conhecimento por meio de investimento público.” A Unesp Aberta utiliza a plataforma Moodle e, apesar de não oferecer um conjunto tão completo de ferramentas quanto o Coursera ou o edX, tem um grande acervo disponível, maior até que o dos dois projetos americanos, com vídeos e livros digitais. Desde o lançamento, reuniu 8 mil cadastrados. “Estamos coletando informações do perfil do usuário”, diz Schlünzen. “Saberemos se no município em que ele está existe política de inclusão, preocupação com o meio ambiente e outros dados. Será possível mapear o aluno e entender o contexto no qual ele está inserido.” Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostrou que, em 2010, 930 179 pessoas se matricularam em algum dos 930 cursos superiores à distância disponíveis no Brasil. Essa grande quantidade de informação sobre os estudantes é outra vantagem que os Moocs dão às universidades. “É uma maneira de encontrar em todo o mundo estudantes brilhantes que elas podem desejar, mas não conseguiriam localizar de outras maneiras”, diz Mary Lou, do Open CourseWare Consortium. No entanto, mesmo com todas essas novidades surgindo, ainda há muito a ser feito no campo da educação online. “O Coursera é apenas uma correção de trajetória”, diz o professor Luli Radfahrer, que ensina comunicação digital na USP. “É preciso repensar a educação a partir do zero. Não se reforma pelo teto. Se quiser realmente pensar em transformação, tem que agir nos agentes. Pensar no papel do professor e do aluno.” Enquanto as transformações continuam e educadores se movimentam para se adaptar ao que vem por aí, os alunos já podem aproveitar os primeiros frutos dessas mudanças. Depois de estudar farmacologia, Lea Gonçalves cursou Introdução à Sociologia, no Coursera, e gostou tanto que pretende fazer uma faculdade na área. Ainda não sabe se presencial ou online. No fim das contas, o conhecimento não distigue entre meios digitais e analógicos. ↙

Por enquanto a maioria dos cursos está em inglês, mas a equipe de desenvolvimento do Coursera já trabalha em ferramentas de legendagem

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à moda das startups gringas UsE os mEsmos gErEnciadorEs dE projETos das sTarTUps dE sUcEsso para organizar sEU Trabalho E dar Um gás na prodUTividadE da sUa EqUipE

Não importa se a equipe é pequena ou grande, o trabalho sempre fluirá melhor com a ajuda de um gerenciador de projetos. Usando esse tipo de programa, é possível enviar tarefas aos colaboradores e receber avisos no momento em que elas são concluídas, prever o tempo e o dinheiro gastos em cada atividade e envolver todo o time na solução de problemas. Tudo com uma interface fácil de entender, acessada pela web ou por apps. A seguir, você confere duas excelentes opções de gerenciadores para empresas que estão começando.

O queridinho das startups

O Basecamp (abr.io/basecamp) é usado por mais de 200 mil empresas em todo o mundo, grande parte delas startups do Vale do Silício. Um de seus diferenciais é a criação de uma página centralizada para cada projeto, trazendo uma lista de tarefas, e-mails e arquivos relacionados e um espaço para discussões sobre o andamento de cada item. Com isso, é possível saber a situação do

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ilustrações

Tiago ElcErdo

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projeto rapidamente e trocar mensagens com os colegas em poucos cliques. Esses dados podem ser compartilhados por membros da equipe, fornecedores e clientes, com a opção de mostrar apenas uma parte das informações para cada grupo. O Basecamp também conta com aplicativos para os sistemas operacionais iOS e Android. A assinatura mais barata do serviço, que é suficiente para gerenciar até dez projetos e não tem limite para o número de usuários, sai por 20 dólares mensais. Há também um período de 30 dias para testes gratuitos.

Gerenciador ágil

O Pivotal Tracker (abr.io/pivotaltracker) é um serviço de gerenciamento de projetos que tem dois alvos: quem deseja implementar o método ágil de desenvolvimento e quem precisa de uma opção gratuita. Esse método ganhou espaço no mundo das startups, sendo usado pelas equipes de empresas de tecnologia famosas, como o Twitter e o Groupon. O Pivotal Tracker, tal qual o Basecamp, traz uma página que apresenta a situação geral do projeto. Cada participante recebe tarefas e as marca como finalizadas, usando sua conta no serviço. Também é possível visualizar relatórios e estatísticas, que ajudam nas estimativas de tempo e gastos no projeto. O serviço conta com um aplicativo para iOS, que permite fazer as mesmas operações do site. Há algumas formas de usar o Pivotal Tracker sem gastar nada. Ele é gratuito para projetos com apenas um participante, projetos abertos ao público e projetos de entidades sem fins lucrativos. Nesses casos, é preciso preencher um cadastro especial disponível no site do produto, seguindo instruções em inglês (abr.io/2otC). Os preços do serviço começam em 7 dólares por mês, para até cinco projetos com três participantes e 1 GB de hospedagem para arquivos.

divulgar sim, spam não Crie newsletters sem esforço, Com Design CapriChaDo e reCursos para saber De CaDa Clique Dos Clientes

Apesar da enorme força das redes sociais, o bom e velho e-mail ainda é uma das principais formas de relacionamento com o cliente. Por isso, vale a pena caprichar nas mensagens com ofertas ou avisos e evitar que elas sejam encaradas como spam, isto é, que sejam apagadas antes de serem lidas. Com a ajuda do MailChimp (abr.io/ mailchimp), é possível customizar o visual das newsletters a partir de modelos disponíveis numa galeria ou fazer o seu próprio design. O envio das mensagens é monitorado, avisando quando há e-mails de destinatários que não existem mais e exibindo estatísticas sobre os links mais clicados. Essas informações podem ser conferidas com apps para iOS e Android, que mostram relatórios atualizados em tempo real.

O serviço conta com uma versão gratuita, para até 2 mil clientes e 12 mil e-mails enviados por mês.

Comunicação integrada

Outra boa ideia é integrar o envio de e-mails ao próprio produto da sua startup. Para isso, tente o Postmark (abr.io/postmark). Ele oferece interfaces de programação para incluir novos recursos dentro de aplicativos ou serviços já existentes e assim fazer que o app envie a correspondência diretamente, dando respostas automáticas após pedidos dos clientes. O Postmark oferece mil envios gratuitos, cobrando, após essa marca, de forma proporcional à quantidade de mensagens. Todos os planos permitem a criação de vários servidores virtuais, um para cada endereço de site.

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além do GooGle apps

Conheça alternativas poderosas para trabalhar em equipe editando textos e planilhas pela web

Na hora de escolher um pacote de escritório para ser usado numa startup, o pacote de aplicativos para empresas Google Apps nem sempre é a melhor opção. Apesar de contar com um e-mail campeão (baseado, afinal, no Gmail), os aplicativos de edição de textos e planilha deixam a desejar. Além disso, há serviços com mais recursos e truques nas mangas, como visual mais intuitivo e integração com aplicativos para smartphones e tablets. Conheça, a seguir, duas opções para implantar um pacote de escritório online na empresa.

O mais completo

Apesar de ser tão antigo quanto o Google Apps, o Zoho (abr.io/zoho) não é tão popular, por não trazer o nome consagrado do Google. Mas o pacote de aplicativos do Zoho é mais completo do que o do rival, especialmente para empresas. Ele traz o básico para escritório (editor de textos, planilha, gerenciador de apresentações e e-mail) e também inclui ferramentas de colaboração, como serviço para mensagens instantâneas entre membros da equipe e uma ferramenta para criação de reuniões virtuais. Há ainda vários aplicativos voltados diretamente a empresas, como CRM, gerenciamento de bugs em projetos de desenvolvimento de software e gerenciamento de páginas web. Além do número de ferramentas, outro ponto forte do Zoho é a flexibilidade. É possível usar somente alguns serviços, já que eles têm interfaces independentes e contam com uma versão gratuita, perfeita para testar o serviço e começar os trabalhos de uma empresa pequena, sem gastar quase nada. Apesar de os serviços do Zoho não terem aplicativos para smartphone ou tablet, eles podem ser acessados pelo navegador desses dispositivos, com bons

recursos e um visual bonito. Para completar, se você não dispensa o Google Apps para o básico, os aplicativos extras do Zoho também podem funcionar em parceria com o serviço mais famoso.

Jogo rápido

Para criar uma estrutura de empresa no Google Apps e no Zoho é preciso bastante trabalho. Se sua ideia é usar, ao menos no começo, algo mais simples, vale a pena testar o ThinkFree Online (abr.io/thinkfree). O destaque do serviço é o estilo dos aplicativos na web, que são bastante próximos, em visual e em recursos, aos dos programas tra-

dicionais para o desktop. Também há facilidade para compartilhamento e publicação do conteúdo. A geração de um documento ou planilha pode, inclusive, ter workflow semelhante ao de um projeto, com várias pessoas envolvidas na confecção, e, depois, a aprovação final de outro participante. Além da versão com acesso pela web, há aplicativos para instalação no PC que interagem com o serviço online e apps para iPhone e Android, que permitem editar e criar arquivos em qualquer lugar. Na versão gratuita do Thinkfree, o espaço online para armazenamento de arquivos é limitado em apenas 1 GB.

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Linha direta no bate-papo atender seus clientes nO chat, cOmO fazem as grandes empresas, é bem mais fácil dO que parece

Responder às dúvidas dos clientes com rapidez e qualidade é uma prioridade para qualquer empresa que pretende fazer sucesso. Por isso vale considerar o uso de um sistema de atendimento por meio de chat, como o ZenDesk (abr.io/zendesk). Com a ajuda do serviço, que é usado pela Sony Music, os atendentes podem trabalhar com PCs, smartphones e tablets para gerenciar dúvidas não respondidas e integrar os produtos com redes sociais, CRMs e programas para entrega de newsletters, como o MailChimp. O preço do serviço varia conforme o número de recursos contratados. Os planos mais caros incluem fóruns de discussão, modelos prontos de relatórios sobre o atendimento e permitem um maior número simultâneo de atendentes online. Para quem tem pouco dinheiro para investir, no entanto, há uma opção feita sob medida para startups nos primeiros meses de vida. Não é efetivamente gratuita, mas traz uma ideia legal. O plano de um ano, com três contas para atendimento aos clientes, sai por 20 dólares. Só que essa grana não vai para a ZenDesk, mas para um hospital infantil. É uma iniciativa bacana e traz um preço risível por um serviço excelente. Para quem prefere manter o sistema de atendimento em seus próprios servidores e assim fugir de uma mensalidade fixa, uma das melhores opções é o Live!Zilla (abr.io/livezilla). Ele oferece recursos como chat ao vivo e visualização da navegação dos clientes. O preço depende do número de pessoas atendendo os clientes ao mesmo tempo, e o pacote mais barato pode ser contratado por valores a partir de 69,90 euros. Um ponto fraco é que o software para o atendimento funciona apenas no sistema operacional Windows, apesar de ser possível usá-lo pela web.

FIquE AO LAdO dOS GIGANtES Os servidOres que hOspedam Os sites mais pOderOsOs dO mundO estãO à sua dispOsiçãO

Amazon Web Services

(abr.io/amazonws) A hospedagem da Amazon conquistou as startups por sua flexibilidade. É possível guardar dados e processar informações para sites com poucos acessos ou até para um serviço do porte do Netflix. Por isso, o AWS é uma boa opção para startups: há um custo inicial baixo e possibilidade de crescimento, conforme necessário. Para quem está começando, há um plano gratuito, com validade de um ano.

Google App Engine

(abr.io/appengine) O serviço integra bem a hospedagem a outros seviços do Google. Com ele, é possível adicionar autenticação baseando-se nos logins do Gmail, integrar mapas, ar-

mazenar arquivos e criar bancos de dados. A cobrança no App Engine é calculada de acordo com o uso, havendo cotas gratuitas para cada serviço. Você pode ter um banco de dados para guardar 1 GB com 5 mil gravações e leituras, sem pagar nada.

Locaweb

(abr.io/locaweb) Quem prefere a proximidade de uma empresa brasileira para servir como provedor de hospedagem e e-mails deve considerar a Locaweb. Há opções baratas de hospedagem web com serviço de atendimento e preços a partir de 49,90 reais mensais. Se a ideia de negócio é funcionar de forma semelhante a uma loja, também há um pacote feito para esse fim.

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/ fotos Rafael evangelista Notas 10,0

Impecável

9,0 a 9,9

Ótimo

8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0

Muito bom

a a a a a a a a a

8,9 7,9 6,9 5,9 4,9 3,9 2,9 1,9 0,9

Bom Médio Regular fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo

Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl

Notebook / 90 Áudio / 91 Smartphones / 92 Tablet / 94 Relógio + GPS / 95 Câmeras / 96 Radar / 98

edição de imagem artnet digital

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Setembro 2012 INFO

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/

De encher os olhos

SUPERTELA O display de LCD usado pela Apple tem mais do que o dobro de pontos de uma TV de alta definição

MacBook Pro Retina /

1,8 cm

35,9 cm 24,7 cm

Com um display impressionante e configuração de ponta, o MacBook Pro com tela Retina esbanja performance e elegância / Por maurício moraes

APPLe Primeiro foi o iPhone 4. de-

pois, o novo iPad. agora, o display de lCd de altíssima definição é o grande destaque do novo macBook Pro. Nos testes, a qualidade da imagem superou a de todos os outros notebooks avaliados até hoje pelo iNFolab. são mais de 5 milhões de pontos condensados em 15,4 polegadas, com ótimo contraste. apesar da tela ampla, o design continua elegante. o notebook tem espessura de 1,8 centímetro e pesa apenas 2 quilos, o mesmo que o modelo de 13 polegadas. a performance também impressiona e é mais do que suficiente para quem deseja editar vídeos ou rodar games. o novo macBook Pro traz ainda duas entradas thunderbolt, uma Hdmi e duas usB 3.0. seus principais problemas são o preço proibitivo e a dificuldade de fazer atualizações de hardware. o ssd de 256 gB é muito pequeno para uso profissional, por exemplo. Quem optar por uma configuração melhor, o que é possível na loja online da apple, pagará mais caro ainda.

Tela de 15,4” / Intel Core i7 3615QM 2,3 GHz / 8 GB / SSD de 256 GB / Geforce GT 650M 1 GB / 2 kg / OS X Mountain Lion / 1h42min de bateria(1) AvALiAção TécnicA: 9,0 cUSTo/bEnEfício: 6,8

/ R$ 9 999

Bolso dolorido

Veja o que é possível fazer com o valor necessário para comprar um MacBook Pro Retina

90 / INFO Setembro 2012

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DUAS PASSAgEnS DE São PAULo A TÓqUio R$ 7 mil

DUAS moToS DAfRA SPEED cARgo 2012 R$ 9,5 mil

edição de imagem artnet Digital ilustraçÕes evanDro bertol (1) duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes

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Android A bordo

CANIVETE SUÍÇO

Conheça três funcionalidades do aparelho que ajudam a deixar o carro mais inteligente

Central multimídia com GPS da Pósitron imita tablet e oferece ao motorista a possibilidade de consultar e-mails e o Facebook / POR mAurício morAes

OLHO NA TELA

NAVEGAÇÃO PRECISA O software iGO Primo Pósitron consegue manter a rota até mesmo em um túnel

Como o display do dispositivo não inclina, a visão pode ficar comprometida em alguns carros

ESTÁ OUVINDO? É só mover o dedo para escolher onde vai sair o som, que tem boa equalização

VISÃO EXTRA Pronto para a instalação de dois LCDs no banco de trás e câmera de ré

15,9 cm

10,1 cm

17,8 cm

SP8990 Smart / PósitrOn Chega de morrer de inveja daqueles carrões com um supersistema multimídia integrado e GPS. O SP8990 Smart, da Pósitron, funciona quase como um tablet de bordo. O aparelho pode ser acoplado a qualquer veículo que tenha um espaço livre de dois slots no painel. Como roda o sistema Android, a navegação por GPS pode ser feita tanto pelo software iGO Primo Pósitron, que funciona offline, quanto pelo navegador do Google Maps, que requer conexão de dados (3G ou Wi-Fi, via adaptador USB). Nos testes com o iGO, o SP8990 Smart saiu-se bem e conseguiu recalcular rotas com rapidez, levando, em média, menos de cinco segundos na tarefa. O Android 2.2 do aparelho permite ler e-mails, consultar o Facebook e instalar aplicativos da Play Store. O dispositivo traz ainda duas conexões de áudio e vídeo RCA, saída RCA para amplificadores externos ou subwoofer, entrada para cartão SD, conexões P2 e SWC (para controlar as funções no volante) e três portas USB 2.0.

tela de 6,2” / DVD / navegador GPs / Android 2.2 / Bluetooth / Adaptador Wi-Fi / MicrosD de 4 GB + cartão sD / 3 UsB 2.0 / Player multimídia / rádio FM e AM / 4 x 20 W AVAlIAÇÃO TéCNICA: 8,6 CUSTO/bENEfíCIO: 7,2

/ R$ 2 399

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correndo p0r fora

Enquanto Apple e Samsung brigam pela liderança do mercado de smartphones, Nokia, LG e Microsoft tentam ganhar espaço / POR cauã taborda

1,8 cm

12,4 cm

6 cm

808 / Nokia Com um sensor de 41 megapixels, a Nokia e a fabricante de lentes Carl Zeiss provaram que as câmeras fotográficas compactas têm ainda muito a melhorar. Chamada de PureView, a tecnologia empregada no 808 gera uma imagem de qualidade impressionante graças a um sensor cinco vezes maior do que os utilizados nas compactas. A câmera do celular registra imagens em 41 MP, mas entrega uma foto de no máximo 8 MP. Essa sobra de pixels resulta em fotos nítidas e sem ruídos. Ela também grava ótimos vídeos em Full HD, que podem ser exibidos na TV por meio de um cabo microHDMI ou DLNA. O player de vídeo mandou bem nos testes do INFOlab, rodando os tipos de arquivos mais populares. Só não exibiu legendas no formato RMVB. À exceção da excelente qualidade de imagem, o 808 é um smartphone mediano. Equipado com o sistema Nokia Belle, ele fica devendo aos rivais no número de apps disponíveis. Outros pontos fracos são a duração da bateria e o formato, que o torna desconfortável para ser levado no bolso. 3G / Nokia Belle / aRM 11 1,3 GHz single core / 16 GB + microSD / Tela de 4” / Câmera de 41 MP / 173 g / 4h05min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 6,7

/ R$ 1 999

92 / INFO Setembro 2012

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pouco ergonômico Além de gordinho, o peso do 808 ficou mal distribuído, por causa da câmera

exagero de pixels

Registramos a cena abaixo com o Nokia 808 e com o Xperia P. Veja a diferença do detalhe

Recorte da imagem, em tamanho real, capturada com o Nokia 808

Recorte da imagem, em tamanho real, registrada com o Sony Xperia P

(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-Fi e Bluetooth ativados

8/22/12 3:43:32 PM


1,1 cm

12,8 cm

6,8 cm

Lumia 900 / nOkia Com o mesmo processador do Lumia 800, o aparelho ganhou tela maior, uma câmera com 8 MP de melhor qualidade e outra frontal para videochamadas. Construído sob uma peça única de policarbonato, tem uma pegada bastante confortável e responde aos toques com precisão. Sua tela tem a mesma resolução do modelo anterior, com bom brilho e espaço de sobra para apps. Destaque para o bom navegador Nokia Dirigir, que faz recálculo de rotas em menos de cinco segundos, uma taxa mais ágil do que a de alguns aparelhos de GPS dedicados. Apesar do bom conjunto, o aparelho não será atualizado para o Windows Phone 8. A versão 7.8 do sistema, que deve ser liberada ainda este ano, será a última. 4 g (HSPa+) / Windows Phone 7.5 / Snapdragon 1,4 gHz single core / 16 gB / Tela de 4,3” / Câmeras de 8 MP e 1 MP / 160 g / 12h18min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 7,4

/ r$ 1 799

0.9 cm

12.8 cm

6,9 cm

Preso O Lumia 900 não será atualizado para o Windows Phone 8. Seu último update será o Windows Phone 7.8

P940H / Lg O terceiro aparelho da LG em parceria com a grife Prada traz uma versão redesenhada do Android 2.3. Os principais ícones e menus perderam suas cores e deram lugar a uma aposta com traços simples e a sobreposição de preto e branco. O resultado é bastante elegante. Por outro lado, ficou de fora o app de lembretes QuickMemo, presente em outros aparelhos da fabricante. A tela de 4,3 polegadas é da tecnologia IPS, que garante ótimo brilho e cores bastante fiéis. Além do estilo, faz fotos com qualidade, tem câmera frontal para videochamadas, chip NFC, um bom sistema DLNA (para se conectar a outros aparelhos) e uma versão do Polaris Office para criar e editar documentos do Microsoft Office. pretinho básico

4 g (HSPa+) / android 2.3.7 / Ti OMaP 4430 Cortex a9 1 gHz dual core / 4 gB + microSD (4 gB) / Tela de 4,3” / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 139 g / 12h19min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,2 custo/benefício: 6,7

É provável que MIranda, a personagem de Meryl Streep no filme O Diabo Veste Prada, ficaria decepcionada com o corpo feito de plástico

/ r$ 2 099

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Filmes na palma da mão Reproduzir vídeos nos formatos mais populares e com legendas é tarefa fácil para o Galaxy Tab 2.0 de 7 polegadas / POr maurício moraes

ENCAIXE FÁCIL As entradas do cartão microSD e do SIM card ficam na lateral do aparelho

1,1 cm

19,4 cm

12,2 cm

PESO PENA O tablet tem 346 gramas, praticamente a metade do peso de um iPad

GALAXY TAB 2 7.0 / SAMSung A categoria de tablets de 7 polegadas tornou-se a principal

aposta do Android contra o iPad. Tanto que até o Google entrou na briga, com o Nexus 7. Esses dispositivos destacam-se por serem mais baratos e terem formato compacto, fácil de transportar. Além dessas vantagens, o ponto alto do Galaxy Tab 2 7.0, da Samsung é a reprodução de vídeos nos formatos mais populares (DivX, XviD, AVI, MP4, WMV e MKV), com legendas. Quem quiser editar pode usar o app Criador de Vídeo, que conta com uma interface intuitiva. O aparelho roda o sistema Android 4.0.3 (Ice Cream Sandwich), customizado com a interface TouchWiz, desenvolvida pela empresa. Uma das novidades é o botão virtual que tira um screenshot da tela e permite fazer anotações com o dedo sobre a imagem. O processador Exynos 4210 Cortex A9, de 1 GHz, tem bom desempenho, com atrasos raros. As câmeras traseira e frontal produzem imagens de qualidade mediana. A duração da bateria também ficou na média.

94 / INFO Setembro 2012

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Tela de 7” / Exynos 4210 ARMv7 Cortex A9 1 gHz / 16 gB de memória / 3g / Wi-Fi / 346 g / Android 4.0.3 / 5h24min de bateria(1) AvALIAçãO téCNICA: 8,2 CuStO/bENEFíCIO: 7,1

/ R$ 1 199

(1) Duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados

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Um treinador no pUlso

O relógio Nike+ SportWatch GPS traduz as passadas do atleta em gráficos e mapas, mas fica devendo a trilha sonora para o treino / POr airton lopes USB CAMUFLADO

1,5 cm

nho Tama real

23 cm

3,5 cm

Nike+ SportWatch GPS

/ Nike Desenvolvido em parceria com a TomTom, o relógio com GPS da Nike faz a sincronia com satélites para aprimorar o registro de cada atividade. Com ele no pulso, o atleta monitora a distância, velocidade, tempo, ritmo e estimativa de calorias queimadas até embaixo de chuva. A interface do acessório é simples. O display não é touchscreen, mas ativa a iluminação e faz a marcação manual de voltas ao receber toques dos dedos. Terminado o treino, as informações são transmitidas por meio de USB ao PC e enviadas para o site Nike+. Além de exibir gráficos e mapas, o site compara os resultados com os de outros usuários. O SportWatch também monitora as passadas na esteira, se o sensor que o acompanha for colocado em tênis compatíveis. Nos testes, o gadget funcionou sem problemas nas corridas em locais abertos e fechados e na conexão com a web, mas deixou a desejar por não reproduzir música, como alguns dos seus concorrentes.

CORRIDA INDOOR Para registrar exercícios em locais fechados é preciso inserir o sensor em modelos específicos de tênis da Nike

O conector para transferência de dados e recarga da bateria fica escondido na ponta da pulseira

Tela de 1,4” tapscreen / Memória para 8h de corrida / GPS / Receptor wireless de 2,4 GHz / USB / 8h (com o GPS ativado) ou até 70 dias de bateria (no modo relógio)(1) AvAlIAçãO téCNICA: 7,6 CustO/beNefíCIO: 7,2

/ R$ 750

(1) Informações fornecidas pelo fabricante

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Fotos sem limites

CORES VARIADAS

Além de rosa, o modelo é vendido nas cores preto, verde e laranja

Testamos uma câmera capaz de filmar até debaixo d’água, em alta definição, e outra que consegue enviar fotos por Wi-Fi / POr maurício moraes

TUDO DIGITAL Quase todos os controles são ativados pelo visor traseiro, sensível ao toque

5m

Essa é a profundidade máxima que a câmera aguenta, por no máximo uma hora

1,8 cm

5,6 cm

9,6 cm

DSC-TX20 / SONY Quem disse que uma câmera resistente a água também precisa ser esquisita?

A DSC-TX20, da Sony, consegue aliar essa funcionalidade a um belo design. Extremamente compacto e leve, o modelo cabe no bolso. Pequenas borrachas ajudam a manter as conexões isoladas, impedindo que fiquem molhadas durante um mergulho. Nos testes do INFOlab, conseguiu bater fotos com ótima qualidade submersa, ajustando o foco automaticamente quando necessário. Também impressionou ao gravar vídeos em alta definição (1 080p), no formato AVCHD. A Sony recomenda lavar a máquina em água potável, sempre que usada em modo subaquático. No seco, o modelo produziu imagens com cores bem equilibradas e vivas. A DSC-TX20 tem apenas quatro botões e uma alavanca para o zoom. Todos os outros ajustes precisam ser feitos por meio de cliques em botões virtuais, no visor traseiro. Isso pode incomodar sob sol forte, quando a visibilidade do LCD fica comprometida. Faz fotos em 3D.

16,2 MP / Zoom de 4x (25 a 100 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 132 g AvALIAçãO TécnIcA: 7,9 cUsTO/benefícIO: 8,0

/ R$ 999

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COMPARTILHE! Com poucos cliques, dá para mandar fotos e vídeos para a web. Veja os serviços compatíveis

FaCEbook

PICasa

CLIQUE FÁCIL Com exceção do acionador do flash, todos os botões ficam do lado direito

YoUTUbE

EsCondIdo O flash fica dentro do corpo da câmera. Basta apertar um botão para ativá-lo

3,6 cm

6,3 cm

10,9 cm

WB850F / SAMSUNG Criada para mandar fotos para a web, a WB850F, da Samsung, aposenta

o cabo de transferência e suas funções agradam a leigos, geeks e até usuários avançados que procuram um modelo portátil. Como vem com Wi-Fi, não é preciso descarregar fotos e vídeos no PC para depois compartilhá-los. Bastam alguns cliques para enviar os arquivos ao Facebook, Picasa, YouTube e Photobucket. Pode-se ainda fazer backup na nuvem, enviando o conteúdo do cartão ao SkyDrive, ou usar a conexão sem fio e transferir a um smartphone. A máquina tem um ótimo zoom de 21 vezes e controles automáticos, semiautomáticos e manuais. As imagens produzidas têm qualidade boa. Por meio do GPS, a localização fica registrada em cada foto. Outra opção legal é usar um software para baixar os mapas de um país e descobrir, no visor de LCD, os pontos de interesse de uma região. O problema é que esse conteúdo ocupa espaço no cartão de memória. Tantos recursos fazem a bateria acabar mais rapidamente.

16,2 MP / Zoom de 21x (23 a 483 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 250 g avaLIação TéCnICa: 8,1 CUsTo/bEnEFíCIo: 7,4

/ R$ 1 499

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/ Radar Fones de ouvido

Notebooks

// Envy 17 3D 3095-br HP

// Em alto e bom som

O chip, a memória farta e a placa de vídeo permitem que o notebook tenha potência para qualquer tarefa. A tela de 17,3 polegadas full HD pode ser aproveitada para games e filmes em três dimensões. O uso dos óculos 3D ativos ainda é desconfortável.

Mesmo não sendo um dos modelos mais sofisticados da Bose, o AE2 impressiona pelo som com graves bem definidos e agudos limpos. Apesar de não ter sistema eletrônico de ruídos, oferece um isolamento acústico muito bom. Pelo preço elevado, falta robustez ao acessório.

// Zenbook UX31E Asus

O aparelho tem todas as virtudes dos ultrabooks: é leve, com alto poder de processamento, partida rápida e longa duração de bateria. A principal limitação está nos 256 GB de capacidade do SSD. E no preço, que é bem elevado.

// Macbook air Apple

O modelo 2012 da Apple permanece com o design intocado, mas a modernização necessária fica por conta do processador Ivy Bridge, que rendeu ao MacBook Air vários recordes nas ferramentas de medição de perfomance durante os testes.

Especificações

Formato concha / Conexão P2 / Cabo de 1,7 m / Sensibilidade: não divulgada / Resposta de frequência: não divulgada / 140 g / R$ 599 avalIaçãO INFOlab

// Série 7 Chronos Samsung

Com HD de 1 TB, placa de vídeo boa e 2,1 quilos, o ultrabook é um dos modelo de 15 polegadas mais leves que já testamos. A tela tem revestimento antirreflexo, uma boa pedida para o trabalho em ambientes abertos.

8,4

// Para jogar com estilo

// Z330 LG

O fone Diablo III Headset, da Steelseries, foi personalizado para os fãs do game de RPG e impressiona pelo conforto, além do visual com iluminação vermelha pulsante. O som é forte e apresenta boa definição em condições normais. O modelo só conta com conexão USB.

Com apenas 1,2 quilo, o desempenho deste ultrabook está à altura das máquinas mais potentes da categoria, graças ao processador Core i7 de segunda geração e o drive SSD. Porém, o aparelho peca na autonomia da bateria, que não dura muito.

Especificações

Tela de 17,3” / Intel Core i7-2670QM 2,2 GHz / 8 GB / HD de 1 TB / Radeon HD 7690M XT 1 GB / BD-ROM / DVD-RW / 3,4 kg / Windows 7 Professional / 1h39min de bateria(1) / R$ 9 999 avalIaçãO INFOlab

8,8

Especificações

Tela de 13,3” / Intel Core i7-2677M 1,8 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Home Premium / 2h53min de bateria(1) / R$ 5 999 avalIaçãO INFOlab

8,7

Especificações

Tela de 13,3” / Intel Core i5-3427U 1,8 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,3 kg / Mac OS 10.8 Mountain Lion/ 1h39min de bateria(1) / R$ 6 099 avalIaçãO INFOlab

8,5

Especificações

Tela de 15” / Intel Core i5-2450M 2,5 GHz / 6 GB / 1 TB de HD / Radeon HD 6750M 1 GB / DVD-RW / 2,1 kg / Windows 7 Home Premium / 1h43min de bateria(1) / R$ 2 899 avalIaçãO INFOlab

8,4

Especificações

Tela de 13,3” / Intel Core i7-2637M 1,7 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 7 Home Premium / 1h24min de bateria(1) / R$ 4 499 avalIaçãO INFOlab

8,1

Miniprojetores

// Joybee GP2 Benq

A qualidade da imagem do miniprojetor é boa, mostrando em tamanho gigante arquivos do Office e PDFs copiados para sua memória interna ou salvos em pen drive e em cartão SD. Se preferir exibir o conteúdo do laptop, as opções de conectividade são generosas.

// Qumi Q2-W Vivitek Especificações

Formato concha / Headset / Conexão USB / Cabo de 0,9 m e extensor de 1,98 m / Sensibilidade: não informada / Resposta de frequência: 10-28 000 Hz / 287 g / R$ 499 avalIaçãO INFOlab

8,0

98 / INFO Setembro 2012

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Os menus bonitos e amigáveis deste projetor portátil de 495 gramas facilitam a execução dos arquivos do Office e de mídia armazenados em pen drive ou em cartão SD. A reprodução de vídeos em arquivos acima de 1,5 GB foi problemática.

Especificações

DLP LED / 200 lúmens / 1 280 x 800 pixels / Contraste: 2 400:1 / Entradas: miniHDMI, adaptadores D-Sub, vídeo composto e áudio RCA estéreo, P2 / USB, miniUSB, cartão SD / Compatível com iPod e iPhone / 569 g / R$ 1 812 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

DLP LED / 300 lúmens / 1 280 x 800 pixels / Contraste: 2 500:1 / Entradas: miniHDMI, múltipla (vem com adaptador D-Sub), P2 AV / USB, cartão SD / 495 g / R$ 2 099 avalIaçãO INFOlab

7,9

FOTOS RAfAeL eVAnGeLiStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes

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Tablets

// Novo iPad Mac

O novo iPad ficou melhor para quem devora e-books e joga no tablet. A tela com resolução de 2 048 por 1 536 pixels deixa os textos com uma nitidez notável. Mas o equipamento esquenta (chegou a 34,5 graus no INFOlab) e a bateria dura menos.

// Galaxy Tab 7.7 GT-P6800 Samsung

O modelo de 7,7 polegadas pesa 340 gramas e tem 0,8 centímetro de espessura. A configuração supera a dos outros tablets da Samsung, já que possui entrada para cartão de memória e funciona como telefone.

// Xoom 2 Motorola

Em sua segunda versão, o tablet com tela de 10,1 polegadas fez o upgrade necessário para figurar entre os modelos Android com as configurações mais poderosas. O design melhorou, mas a posição dos botões de força e volume na traseira é esquisita.

// Eee Pad Transformer TF101 Asus

Está entre os modelos que podem fazer frente ao iPad 2 e custam menos queo tablet da Apple. No INFOlab, se comportou bem na internet, em jogos e no uso de apps. Com a dock, vendida separadamente, ele vira um notebook.

// Tablet S Sony

A configuração do tablet é boa, principalmente pelo Android 4 Ice Cream Sandwich, uma das versões mais recentes do sistema do Google. Um recurso bacana do aparelho é o infravermelho para transformar o Tablet S em controle remoto universal.

Especificações

Tela de 9,7” / A5X Cortex A9 1,2 GHz dual core / 32 GB / 4G (LTE) / Wi-Fi / 662 g / iOS 5.1 / 6h24min de bateria(2) / R$ 1 999 aValIaçãO INFOlaB

8,9

Especificações

Tela de 7,7” / Exynos Cortex A9 1,4 GHz dual core / 16 GB + microSD / 4G (HSPA+) / Wi-Fi / 340 g / Android 3.2 / 11h26min de bateria(2) / R$ 1 499 aValIaçãO INFOlaB

8,9

Especificações

Tela de 10,1” / OMAP 4430 1,2 GHz dual core / 32 GB + microSD / 3G / Wi-Fi / 607 g / Android 3.2 / 6h55min de bateria(2) / R$ 1 699 aValIaçãO INFOlaB

8,6

Especificações

Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / Wi-Fi / 691 g / Android 3.1 / 5h44min de bateria(2) / R$ 1 199 aValIaçãO INFOlaB

8,4

Especificações

Tela de 9,4” / Nvidia Tegra 2 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB + SD / Wi-Fi / 593 g / Android 4 / 5h11min de bateria(2) / R$ 1 649 aValIaçãO INFOlaB

8,4

Monitores

// S23B550V Samsung

A conexão MHL, adotada por tablets e smartphones, é o maior diferencial deste monitor. Nos testes, o recurso funcionou bem, espelhando a tela de um Samsung Galaxy II em alta definição ao mesmo tempo em que fornecia eletricidade para o celular.

// M2550D-PS LG

Graças ao grande número de conexões, sintonizador digital e alto-falantes embutidos, este monitor pode ser usado como TV. Entretanto, para que os textos possam ser exibidos com qualidade, é necessário realizar ajustes no menu.

(2) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados

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Especificações

Tela de 23” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 5 000 000:1 / Tempo de resposta: 2 ms / Entradas: 2 HDMI, 1 D-Sub / Saídas: 1P2 / R$ 599 aValIaçãO INFOlaB

7,9

Especificações

Tela de 25” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 5 000 000: 1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas: 2 HDMI, 1 D-Sub, 1 vídeo componente, 1 RCA, 1 P2 / Saídas: 1 P2, 1 áudio óptica, 2 coaxial / USB / R$ 899 aValIaçãO INFOlaB

7,9

Setembro 2012 INFO

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8/22/12 6:25:45 PM


/ Radar Smartphones

// Galaxy S III Samsung

O aparelho conta com configuração estelar: processador de quatro núcleos e uma exuberante tela de 4,8 polegadas. A rapidez para executar tarefas e a qualidade do display são incontestáveis, além da bateria com boa autonomia.

// Optimus 4X HD P880 LG

O passeio pelos menus e a execução de tarefas exigentes, como a reprodução de vídeos em 1 080p, ocorrem com fluidez. Utilizando o dedo, é possível rabiscar sobre o conteúdo exibido na tela ou em uma página em branco.

// iPhone 4S Apple

A nova versão do iPhone ganhou um processador dual core igual ao do iPad, câmera de 8 megapixels e a Siri, uma assistente de execução de tarefas (como chamadas e envio de e-mail). Por enquanto, ela ainda não entende português.

// Razr Maxx XT910 Motorola

Graças a uma bateria de 3 300 mAh (miliampere-hora), este modelo suportou 17 horas e 47 minutos ligado em chamada de voz no teste do INFOlab. Também tem saída microHDMI e cabo para conexão com TV.

// Xperia S Sony Ericsson

Configuração satisfatória, em especial pelos 32 GB de memória. O aparelho se destaca pela qualidade das imagens: a tela de 4,3 polegadas com resolução de 1 280 por 720 pixels exibe em cores intensas os retratos feitos com câmera de 12 MP.

Especificações

4G (HSPA+) / Android 4 / Exynos 4212 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 4,8” / Câmeras de 8 MP e 1,9 MP / NFC / 133 g / 8h23min de bateria(1) / R$ 2 099(3) avalIaçãO INFOlaB

9,4

Especificações

4G (HSPA +) / Android 4 / Tegra 3 Cortex A9 1,5 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 4,7” / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 140 g / 8h36min de bateria(1) / R$ 1 999(3) avalIaçãO INFOlaB

8,8

Especificações

3G / iOS 5.0.1 / A5 1 GHz dual core / 16 GB / Tela de 3,5” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 0.3 MP / 141 g / 6h24min de bateria (voz)(1) / R$ 1 999(3) avalIaçãO INFOlaB

8,8

Especificações

3G / Android 4 / Omap 4430 Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,3” / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 145 g / 17h47min de bateria(1) / R$ 1 499(3) avalIaçãO INFOlaB

8,6

Especificações

3G / Android 2.3 / Qualcomm Snapdragon MSM8260 1,5 GHz dual core / 32 GB / Tela de 4,3” / Câmeras de 12 MP e 1,3 MP / NFC / 144 g / 7h36min de bateria(1) / R$ 1 799(3) avalIaçãO INFOlaB

8,6

Celulares

// Carisma QBQS Venko

O modelo aceita quatro linhas e possui um aplicativo para efetuar as chamadas pelo SIM card da mesma companhia de telefonia móvel do contato salvo na agenda. O teclado inspirado nos BlackBerrys é uma boa pedida para o envio de SMS.

// a290 LG

O aparelho conta com entrada para três chips e apresentou notável autonomia de bateria: nos testes do INFOlab, o A290 ficou nada menos que 51 horas e 26 minutos tocando músicas em MP3 até o término da energia.

100 / INFO Setembro 2012

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Especificações

EDGE / Sistema proprietário / 16 MB + 2 GB (microSD) / Tela de 2" / Câmeras de 1,3 MP e 0,3 MP / 95 g / 16h30min de bateria(2) / R$ 299(3) avalIaçãO INFOlaB

6,8

Especificações

EDGE / Sistema proprietário / 19 MB + 2 GB (microSD) / Tela de 2,2" / Câmeras de 1,3 MP / 89 g / 51h26min de bateria(2) / R$ 299(3) avalIaçãO INFOlaB

6,6

FOTOS RAfAEL EVAnGELiStA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Duração medida com o aparelho reproduzindo MP3 (3) Preço do aparelho sem plano de voz e dados

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Áudio e vídeo

// UN46ES8000 Samsung

Reconhece o rosto do dono para acessar serviços como Skype. Obedece a comandos de voz e gestos, dispensando o controle remoto tradicional. O nível de acerto na transformação da fala em frases é satisfatório.

// beolit 12 B&0 Play

As formas e a alça de couro dão a esta dock um ar de cesta de piquenique chique. O som de muito boa qualidade que sai dos dois falantes e do subwoofer da Beolit 12 pode vir de iPods, iPhones e iPads, além de aparelhos com conexão P2.

// bDv-E985W Sony

Os destaques do home theather são a reprodução de filmes em Blu-ray 3D e a boa qualidade do áudio, forte e com bom detalhamento. Ele peca nos agudos, que são ardidos. Um kit com receptor sem fio leva o som até as caixas traseiras.

// Fa166 LG

O mini-system é uma alternativa para aqueles que ainda não abandonaram os CDs. A qualidade de áudio do modelo é satisfatória e a potência, respeitável. A música que sai das caixas também pode estar localizada em dispositivos plugados nas entradas USB e P2.

Especificações

Tela de 46” / Full HD / LCD com LED / 3D ativo, vem com 4 óculos / Entradas: 3 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 5 902 avalIaçãO INFOlab

9,0

Especificações

120 W RMS / Entradas: P2, USB / Wi-Fi (AirPlay), Ethernet / Compatível com iPod, iPhone e iPad / 2,8 kg / 6h47min de bateria / R$ 2 490 avalIaçãO INFOlab

8,3

Especificações

Blu-ray 3D / 5.1 / 850 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 RCA estéreo / 2 USB / Ethernet / R$ 1 906 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

160 W / CD, MP3, WMA / Rádio FM / Entradas: P2, USB / Saída: P2 / Compatível com iPod e iPhone / R$ 899 avalIaçãO INFOlab

7,7

Câmeras

// HD-SlR D800 Nikon

Nenhum detalhe escapa desta câmera profissional capaz de fotografar em 36,3 MP. O registro de imagens com resolução de até 7 360 por 4 912 pixels é possível graças ao sensor full-frame com formato FX, proporcionando fotos com excelente qualidade.

// alpha 77 (SlT-a77) Sony

A câmera faz até 12 fotos por segundo, utilizando um modo de autofoco permanente para o clique de objetos em movimento. O contraponto dessa tecnologia é que ela elimina o visor óptico, trazendo um visor eletrônico de OLED.

// NX200 Samsung

Com um sensor de tamanho similar ao de uma SLR básica e um corpo compacto, a câmera usa lentes intercambiáveis e registra imagens com a qualidade comparável à de uma reflex. Sob o sol, às vezes, fica difícil de enxergar o visor de LCD.

Especificações

36,3 MP / Filmagem em 1 080p / LCD de 3,2” / 1 kg (só o corpo) / R$ 17 999 avalIaçãO INFOlab

9,0

Especificações

24,3 MP / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 739 g (só o corpo) / R$ 3 999 avalIaçãO INFOlab

8,5

Especificações

20,3 MP / Zoom de 2,5x (30 a 75 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3” / 415 g / R$ 2 249 avalIaçãO INFOlab

8,1

Setembro 2012 INFO

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CONFIRA NESTA EDIÇÃO

ESPECIAL SOLUÇÕES EM TELECOM

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(11) 3037 5868 Sergio Ricardo Albino sergio.albino@abril.com.br Para saber mais informações, acesse o site: http://info.abril.com.br/midiakit/

ILUSTRAÇÕES: WAGNER RODRIGUES

PARA ANUNCIAR

As mensagens destes classificados são de inteira responsabilidade de quem anuncia.

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INFORME PUBLICITÁRIO

CADERNO I

COMUNICAÇÃO UNIFICADA NAS EMPRESAS SISTEMAS BASEADOS EM IP PERMITEM INTEGRAR TELEFONIA, E-MAIL, VIDEOCONFERÊNCIA E ATÉ APLICAÇÕES CORPORATIVAS

Q

uando entrou nos sistemas de comunicação corporativa

fácil a atualização, o gerenciamento e a adição ou exclusão de funções.

há alguns anos, a tecnologia IP apresentava um atrativo

Também dá flexibilidade para a configuração dos recursos a que cada

irresistível, principalmente para as empresas de grande

usuário da empresa, ou grupo de usuários, terá acesso. E, como roda

c

porte: a redução de custos. E isso não só pela economia nas

em um servidor da rede (em plataforma aberta), esse software ainda

c

ligações telefônicas entre a matriz e as filiais espalhadas pelo

permite a integração das funções de telefonia a outras aplicações

d

país – que passaram a ser transportadas por redes baseadas no

corporativas, como sistemas de gestão (ERP) e de gerenciamento de

t

protocolo da internet (VoIP) –, mas também pela integração das

relações com clientes (CRM) ou mesmo portais na web.

p

infraestruturas de transmissão de voz e dados em uma só, o que trouxe diminuição nos gastos com instalação e gerenciamento. Hoje, a convergência das redes de voz e dados em um único

A maioria das soluções de comunicação IP disponíveis

t

no mercado é aberta à integração de sistemas legados, como

t

o dos PABX convencionais. Esse aproveitamento, importante

sistema de comunicação IP oferece outros atrativos, já disponíveis

principalmente para as empresas de menor porte, em geral

m

também para as empresas de pequeno e médio porte. Um deles,

mais preocupadas com a preservação de seus investimentos,

s

por exemplo, é a flexibilidade para a expansão tanto geográfica

dá um novo status ao PABX, que deixa de ser um equipamento

m

quanto de recursos, acompanhando as necessidades de

isolado para fazer parte de um sistema mais amplo de

d

crescimento da empresa. Outro destaque é a unificação dos sistemas

comunicação corporativa, funcionando de maneira integrada

c

de mensagens corporativas: correio de voz, e-mails, fax, mensagens

com recursos como e-mails, mensagens instantâneas

E

instantâneas etc. são reunidos em um lugar só, facilitando o acesso –

e ferramentas de colaboração, entre outros.

f

e aumentando a produtividade – do colaborador.

Para isso, os fornecedores de soluções incluem em seus

p

sistemas interfaces e gateways que permitem a conexão tanto

c

videoconferência é um recurso de aproximação importante que

com operadoras de telefonia fixa convencional (linha digital E1)

e

a tecnologia IP vem tornando mais acessível também a pequenas

quanto com prestadoras de serviços VoIP e até mesmo com

e médias empresas. Para isso, vários fabricantes oferecem

operadoras móveis. Soluções desse tipo, chamadas de híbridas,

d

videofones IP (aparelhos telefônicos equipados com câmera

são indicadas para empresas que querem fazer a migração

i

de vídeo e tela de alta resolução), que podem ser facilmente

gradativa de seu sistema de comunicação para a tecnologia IP.

d

Para quem trabalha fora da sede da empresa, a

e

integrados aos novos sistemas de comunicação corporativa.

MOBILIDADE INTEGRAÇÃO COM APLICAÇÕES O principal diferencial dos sistemas baseados em tecnologia IP está no software. Ele coloca inteligência no sistema, tornando mais

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a

A integração com dispositivos móveis é outra grande

e

vantagem dos sistemas de comunicação IP. Afinal, a adoção

p

de smartphones e tablets pelo mercado corporativo deverá

m

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s.

a

a

,

continuar crescendo cada vez mais no Brasil, conforme indicam as previsões de várias empresas de pesquisas especializadas no mercado de tecnologia da informação. Estudo recente da IDC Brasil, por exemplo, revelou que foram vendidos mais de 370 000 tablets no país no primeiro trimestre deste ano, dos quais 12% tiveram como destino os mercados corporativo e de governo. A previsão da IDC é que as vendas de tablets alcancem a marca de 2,5 milhões de unidades em 2012. Já o mercado de smartphones no país, segundo a empresa, deverá chegar a 15,4 milhões de aparelhos comercializados neste ano. Boa parte desses dispositivos será utilizada também em ambientes corporativos, como detectou a IDC em outra pesquisa, realizada em 2011. Esse estudo indicou que 42% das empresas no Brasil possuem funcionários que utilizam seus próprios dispositivos móveis para acessar informações corporativas – tendência conhecida como bring your own device (BYOD, na sigla em inglês). E a expectativa é que esse percentual aumente para 50% neste ano. Neste cenário de mobilidade crescente, alguns recursos disponíveis nos sistemas de comunicação IP ganham maior importância. É o caso das ferramentas de gestão de presença, destinadas a levar as ligações até o usuário, onde quer que ele esteja. Trata-se de uma aplicação que pode ser adicionada ao sistema e tem a função de mostrar se o funcionário está na empresa e de que forma ele pode ser acessado: pelo celular, telefone fixo, chat ou sistema corporativo de

A ARQUITETURA DE UM SISTEMA IP Uma das principais vantagens da adoção de plataformas abertas de comunicação empresarial, baseadas em tecnologia IP, está na independência em relação aos fornecedores de soluções. É possível integrar a um sistema desse tipo, por exemplo, telefones IP de um fabricante, um PABX de outro e elementos de rede (como roteadores) de um terceiro. Isso porque o ambiente IP possui vários protocolos abertos, permitindo a interoperabilidade entre os sistemas e componentes neles baseados. Um desses componentes é o servidor, o qual concentra toda a inteligência do sistema de comunicação IP, o que envolve a distribuição e o gerenciamento das ligações, que ocorrem em vários equipamentos distribuídos por toda a rede de dados (TCP/IP). Outro componente importante é o gateway onde ficam as placas de voz que fazem a conexão do sistema com a rede de telefonia convencional (fixa ou móvel). Sua função básica é fazer a conversão da voz analógica em voz digital comprimida (e vice-versa), para transmissão pela rede IP. Além disso, as novas soluções de comunicação corporativa podem incluir servidores de aplicação, destinados a prover recursos para aplicações específicas, como videoconferência ou colaboração via web. Integram-se ainda a esse sistema os roteadores responsáveis pela conexão com a internet. Para acessar os recursos oferecidos pela solução, é possível utilizar diversos tipos de terminal – do PC ou notebook comum ao mais moderno modelo de videofone IP.

mensagens instantâneas, entre outras formas.

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ESPECIAL SOLUÇÕES EM TELECOM | 4

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CADERNO I

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AUTOMAÇÃO / CARREIRAS & CURSOS | 6

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CADERNO I

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9 9 9 s 5 reai

o preç , era oilips 985 lor a do Phezes o ver v y a s l i p se e um d omum c

O vIdeOcassete dIgItal Três anos antes do lançamento do YouTube, a missão dos tocadores de DVD ainda era convencer o público a abandonar os populares videocassetes. Na qualidade de imagem e na facilidade para navegar entre as cenas, os filmes tocados nos disquinhos eram muito superiores às fitas. Mas, quando a ideia era gravar a programação da TV, o VHS continuava difícil de ser batido. Prova disso é o gravador de DVD Philips 985, testado na INFO em setembro de 2002. Ele tinha um tamanho monstruoso (media 43,5 x 10,7 x 33 centímetros) e custava 5 999 reais. Esse valor era o equivalente a seis vezes o preço de um DVD player comum. Além disso, os discos graváveis custavam muito caro. Uma mídia comum (DVD-R) saía, em média, por 36 reais, e um disco regravável (DVD-RW) custava cerca de 64 reais. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz

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foto marcelo kura

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