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MulhereS digitaiS 7 empreendedoras

proteja-Se na rede Google e Facebook

maio 2012

contam como inovar na internet

superação ciborgue / guia tech / mulheres digitais / proteja-se na rede

Para uma nova realidade

sabem tudo sobre você. Será que isso é bom?

info.abril.com.br

guia tech

Alan Fonteles usa próteses de fibra de carbono Cheetah para correr pelo Brasil na Paraolímpiada de Londres, em agosto

54 produtos testados pelo INFolab

Superacão ciborgue ENGENhEiroS E médiCoS uNEm-SE Para Criar PrótESES CoNtroLadaS Por ChiP, SENSorES E SoFtwarE. ELaS SuBStituEm PErNaS, mãoS, PéS, joELhoS E até ouvidoS. ENtENda Como FuNCioNam

Próteses Flex-Foot CheetAh

material_Fibra de carbono Peso_512 gramas cada Suportam_ 147 quilos Preço_ r$ 30 mil

>> recordista mundial juvenil paraolímpico nos 100 e 200 metros rasos >> medalha de prata na Paraolimpíada de Pequim, no revezamento 4x100 >> Classificado para as provas de 100 e 200 metros rasos na Paraolimpíada de Londres

AlAn Fonteles

idade_19 anos Cidade natal_ Marabá (Pará) Peso_62 kg altura_1m76 com próteses velocidade máxima atingida: 35 km/h

Projetada para corridas, a Cheetah tem design inspirado nas patas traseiras do guepardo, o animal mais rápido da terra

Nº 316

R$ 11,90 / ed. 316 / MAio 2012

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/ Maio de 2012 29 Você inVesTiria na sTarTup

6 Carta do editor 10 Colaboradores 13 WWW 16 Cartas

desse cara? / o rapper mC Hammer quer concorrer com o google

30 MonTanha-russa,

46 proTeja-se do google / o debate sobre privacidade volta a se acirrar com as mudanças feitas nos termos de uso de sites

32 siM, TeMos uM ValenTão

54 gaMe oVer? / apontada como estrela dos jogos sociais, a Vostu acaba de fechar o escritório no Brasil

graVidade zero / o brinquedo que oferece oito segundos de flutuação no ar

enter

20 o arquiVo da web / Bate-papo com drew Houston, criador do dropbox

inovação

aqui / Como o astrofísico Neil degrasse Tyson virou meme

ideias

58 superação ciborgue / engenharia e medicina unem-se na criação de próteses comandadas por chip, sensores e software

25 insTagraM 2.0 / Conheça o Cinemagram e o Kinotopic

34 alessandra lariu /

70 luz, câMera, senha / a indústria

26 Vire à direiTa, siri / os novos Ford B-max e mercedes Classe a chegam com funções acionadas por comando de voz

36 Manoel leMos /

23 de VolTa para o fuTuro /

os produtos saídos das telas de cinema

muito além da moda

28 jogo coM jeiTo de aula / o draw something usa desenhos para ensinar crianças

Cadê a nuvem que estava aqui?

38 dagoMir Marquezi / Sai a novela, entra a rede social 40 alexandre hohagen /

o Brasil e a segunda fase da internet

do cinema investe em sistemas de segurança para evitar a ação de piratas

76 priMeiro as daMas / INFO conta a história de mulheres que fazem parte de uma nova geração de empreendedoras digitais 84 uM policial eM cada bolso / redes de vigilância usam celulares para localizar criminosos 90 dicas / espante a preguiça e organize as músicas; Sem contar carneirinhos; escreva mais rápido e fáci; o que o novo photoshop tem de melhor; arrase no google analytics teste

95 especial guia Tech / Testamos

54 produtos entre smartphones, tablets, notebooks, desktops, monitores, câmeras, filmadoras, fones de ouvido, TVs, home theaters e docks

114 radar / Saiba como se saíram outros produtos que passaram pelo iNFolab Ctrl + z

138 TableT jurássico / Lançado em

2004, o tablet TC1100, da Hp, tinha o dobro do peso de um ipad e apenas um quarto do seu poder de processamento

108

Bem na foto

Um dos destaques do Guia Tech é a câmera NX200, da Samsung, um modelo híbrido com lentes intercambiáveis

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FoTo: dulla produção: Melissa thoMé edição de imagem: artnet digital

/ Tiragem da edição: 131 241 exemplares

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uma missão e tanto COrriA O AnO de 1976 quando o pesquisador americano Van Phillips perdeu parte da perna esquerda em um acidente de esqui aquático. Desde então, criar um membro mecânico eficiente viraria sua obsessão. Para Phillips, era óbvio que a prótese deveria não só apoiar o corpo, mas contribuir com algo além. Em suas pesquisas, o professor analisou como funcionam os ligamentos que armazenam energia muscular nas patas de guepardos e cangurus. Estudou a mecânica dos saltos com vara e as molas do trampolim. Em 1984, chegou ao que queria. De lá para cá, a forma e os materiais da prótese que criou foram mudando até chegar ao moderno modelo Cheetah, usado pelo atleta paraolímpico brasileiro Alan Fonteles, 19 anos, que você vê em nossa capa. A adaptação de Alan a seus novos pés de fibra de carbono foi instantânea e com a Cheetah ele se tornou um campeão nas pistas de atletismo. A história do garoto Alan é contada, nesta edição, por um outro garoto: nosso estagiário Thiago Tanji, 21 anos recém-completados. Estudante do último ano do curso de jornalismo, Thiago, como a maioria de nós, pouco sabia sobre esse mundo que reúne ciência, tecnologia e

Em cEna O atleta Alan Fonteles é clicado para a capa pelo fotógrafo Dulla, observado por Thiago

medicina para ajudar pessoas a voltarem a andar, ouvir, correr, segurar uma fruta sem esmagá-la e até enxergar cores. Curioso, nosso estagiário saiu a campo para sua missão. Conversou com médicos, cientistas e especialistas de várias áreas. Enquanto isso, aqui na Redação, uma turma lia tudo o que era publicado lá fora para municiar Thiago (e quase enlouquecê-lo) com nomes a serem entrevistados e dicas de empresas inovadoras e experiências inéditas. O resultado é um trabalho incrível, que mostra como membros biônicos estão cada vez mais tecnológicos. Joelhos comandados por chip, sensores e software permitem até andar de bicicleta (basta um toque no controle remoto. Sim, o joelho tem controle remoto). Reportagens como essa têm necessariamente de contar histórias humanas. Thiago ouviu usuários de diferentes tipos de próteses, incluindo uma garota que testa, nos Estados Unidos, o exoesqueleto, uma armação robótica criada pelo departamento de defesa americano para soldados e que agora começa a chegar aos hospitais. Com o exoesqueleto, Tamara Mena, 25 anos, deu seus primeiros passos após um acidente de carro que a deixou sem movimento nas pernas. Corra à página 58 para ler a matéria e não perca os extras no nosso site e na versão digital da INFO para os tablets. Tenho certeza de que você vai adorar. Só mais uma novidade antes que você vire a página. Estreamos um formato novo na seção Ideias. Batizada Inside Information, a página trará, a cada edição, texto assinado por um nome intrigante do mundo digital. A primeira coluna foi escrita por Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na América Latina. Está lá, na página 38.

/ katiam@abril.com.br 6 / INFO Maio 2012

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/ Alexandre Hohagen

O paulistano Alexandre Hohagen, 44 anos, conhece a fundo as duas atuais estrelas da internet, Google e Facebook. Em 2005, após passar por 18 entrevistas, o executivo tornou-se gerente-geral do Google no Brasil e mais tarde foi nomeado diretor-geral para a América Latina. Para ocupar a vice-presidência do Facebook na região, cargo que exerce desde fevereiro de 2011, foram necessárias menos etapas de seleção: 12. A trajetória credencia Hohagen a ser o autor da primeira edição da coluna Inside Information, que terá um convidado especial a cada mês.

Dulla

O interesse pela fotografia veio na adolescência, quando Paulo Eduardo Dulla assistiu a alguns filmes de arte. Filho de contador, desejava um futuro com menos fórmulas matemáticas e mais beleza. Aos 46 anos, quase metade deles dedicados à fotografia, foi o responsável por clicar a capa desta edição de INFO. Mesmo com tanta experiência, Dulla nunca havia feito um trabalho tão impactante. “Tive a oportunidade de fotografar essas pessoas bonitas e felizes que não se abateram com a adversidade e seguiram em frente. Elas são verdadeiros exemplos.”

Kleber Sales

Apesar de não ser a sua área, Kleber Sales conhece o jornalismo de perto. Em 1998, um ano após concluir o curso de artes plásticas pela UnB, o desenhista começou a trabalhar no Correio Brasiliense, onde até hoje é responsável pelas ilustrações do jornal. Pela Editora Abril, Sales já colaborou com publicações como Playboy, Viagem e Turismo, Quatro Rodas e Runner´s. Pai de Maria Júlia, de 3 anos, o desenhista gosta de fazer trabalhos em aquarela, como pode ser conferido na reportagem Luz, Câmera, Senha (pág. 70).

Flávio Demarchi

Após se formar em publicidade pela ESPM, o paulistano Flávio Demarchi passou um ano na Espanha fazendo pós-graduação em comércio eletrônico. Foi lá que tomou gosto pela fotografia, profissão que adotou em 2008. Aos 31 anos, Demarchi dá aula no Instituto Internacional de Fotografia. “Gosto de pensar na concepção da foto, produzindo imagens conceituais. Se necessário, faço algum tipo de montagem.” O resultado da criatividade do fotógrafo pode ser conferido na página 46, na reportagem Proteja-se do Google.

Eduardo Belga

Como a maior parte dos apaixonados por desenho, Eduardo Belga passou grande parte de sua infância lendo quadrinhos. Mas nada de Batman ou Super Homem. Inspirado pela revista Animal, publicação underground dos anos 1980, o brasiliense gostava de desenhar ilustrações que exploravam o bizarro e o surreal. Formado em artes plásticas pela Universidade de Brasília (UnB) em 2004, o desenhista de 31 anos usa seu talento excêntrico para ilustrar a reportagem Um Policial em Cada Bolso, sobre o uso de smartphones para segurança (pág. 84). 10 / INFO Maio 2012

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VICTOR CIVITA (1907-1990)

fundador:

Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:

Conselho Editorial:

Presidente Executivo Abril Mídia:

Jairo Mendes Leal

Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fabio Petrossi Gallo Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor de Planejamento Estratégico e novos negócios: Daniel de Andrade Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretora Superintendente:

Gomes

Cláudia Vassallo

Diretora de Redação: Katia

Militello

Redator-chefe: Gustavo Poloni Editor Sênior: Carlos Machado

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/ Extras

info.abril.com.br extras twitter.com/_INFO

/ facebook.com/revistainfo

FMI para moedas virtuais

Internet

/ Um projeto desenvolvido na Universidade de São Paulo criou o FMI do B (Fundo de Moedas Imaginárias do Brasil), instituição que tem como objetivo controlar a emissão e circulação de moedas virtuais. Elas permitirão pagar cursos, eventos culturais e até comprar computadores. Entenda como o dinheiro imaginário pode estimular alguns setores da economia.

Meu, seu, nosso

Você precisa de um helicóptero para escapar do congestionamento? Ou de uma casa na montanha para relaxar nas férias de inverno? Acredite, esses bens de luxo estão (pelo menos um pouco) mais próximos do que você imagina. Sites como o helisolutions.com.br e o airbnb.com.br ajudam a dividir casas, carros, jatinhos, helicópteros e iates. INFO mostra como esse fenômeno pode ajudar pessoas comuns a ter acesso a bens de luxo antes considerados inalcançáveis.

Já baixou o seu? / Desde que foram lançados, os apps da INFO para telefones e tablets com o sistema Android já foram baixados mais de 25 mil vezes. Eles oferecem aos leitores todo o conteúdo do site da maior revista de tecnologia do país. São notícias em tempo real, testes feitos pelo INFOlab e vídeos da TV INFO. Para instalar o app é preciso ter a versão 2.1 ou superior do Android. O aplicativo é grátis e está na loja Google Play ou no Downloads INFO (abr.io/appandroid).

Veja vídeo de Alan Fonteles

1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse http://www.leitor.abril.com.br; Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/ciborgue

e mais / Sete aplicativos perfeitos para o novo iPad / Vídeos dos testes dos produtos que passaram pelo INFOlab

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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONliNe

Seis novidades que o iPhone 5 deve trazer

ONDe NASCeM OS gADgeTS (e OS xiNg LiNgS)

Há tempos meu sogro queria comprar um desses celulares sem marca com TV. Tentei sem sucesso convencê-lo do contrário e em menos de um mês ele já se arrependeu. O celular esquenta e a bateria não dura nada. Mostrei a reportagem da INFO e ele decidiu vender o aparelho. Resta agora saber quem será o infeliz que vai comprá-lo. Júnior gaiardo / São Paulo (SP) O novo dono da web

Antes de ler a matéria da INFO, tinha uma imagem muito diferente do que era o polo industrial da China. Anderson Delesposti / São Paulo (SP)

Sorria! Você está sendo filmado

A edição de aniversário da INFO serve de inspiração a muita gente que está infeliz no trabalho e quer mudar. A reportagem de capa sobre as pessoas que vivem do humor no YouTube e a matéria dos jovens que criaram projetos geniais são exemplos de como podemos seguir a intuição e fazer o que nos dá prazer. Antônio Marinho Silva / Salvador (BA)

A reportagem sobre o navegador Chrome mostra como as coisas são rápidas na internet. Tudo o que é sucesso hoje pode não ser daqui a dois dias. Ana Maria Salles / Campinas (SP)

Vale a pena trocar?

Três páginas sobre trocar ou não o iPad? Só por que tem tela melhor? Como os novos gadgets sempre são lançados com novos processadores e telas há necessidade de tanto espaço? Diego Furtado / Manaus (AM)

Sala de TV dos sonhos

Pagar 340 mil reais por um home theater Bang & Olufsen é coisa de maluco. Maurício Nogueira Alves / Jundiaí (SP)

abr.io/iphone5 Não vi nenhuma novidade que me chamasse a atenção no iPhone 5. Hoje, a cada três meses temos o surgimento de tecnologias para serem implementadas em novos produtos. Carlos Hamilton Araújo

60% dos artigos da Wikipedia possuem erros

abr.io/wikipedia A Wikipedia tem seus méritos, isso é inegável. Alguns artigos são muito bons, mas outros são péssimos, mal escritos (isso é importante). Muitos estão incompletos e outros são falsos. Lucas Colferai TwiTTer

@samuelstrappa

excelente a matéria de capa da @_iNFO deste mês: os comediantes da geração YouTube.

@PeterGeek_

esse mês a revista iNFO se superou com uma capa tão interativa. Parabéns @_iNFO!

@apelfeler

A reportagem sobre Shenzhen reflete as reais intenções da China de se desenvolver e ao mesmo tempo se omitir no...

@apelfeler

...que se refere a direitos humanos.

@WillianTalk

A coluna do Dagomir Marquezi sobre o Facebook está sensacional! Um like pra ele!

@jrodriguesinfo

Terminei de ler minha revista @_iNFO. Quem não comprou compre ou assine.

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BRonCas do Mês Quero meu adaptador

Comprei uma TV LED LG modelo 32LV5500 e pedi no site da empresa o adaptador wireless usado para acessar a internet. Ele deveria ter sido entregue em 30 dias, mas não chegou. O status da compra está como “pedido com pendência de estoque”. Comprei a TV exatamente para usar as funcionalidades de web e até agora isso não foi possível. Marcello Curi / São Paulo (SP) RESPOSTA DA LG A empresa entrou em contato com o leitor e explicou que o adaptador dongle é um produto importado e houve uma falta mundial. A LG priorizará a entrega do pedido no prazo de sete dias úteis. Além disso, a empresa quer finalizar todas as pendências relativas ao aparelho até final de abril. Comentário do leitor O leitor recebeu a ligação de um representante da LG que, mais uma vez, afirmou que o atraso foi decorrente de problemas no estoque. A empresa se comprometeu a entregar o produto até o início de maio. O leitor espera que dessa vez ela cumpra o prometido.

Contato com a assistência

Gostaria da ajuda da INFO para entrar em contato com a Acer. Meu notebook está com defeito há três meses e, mesmo na garantia, não tem assistência técnica aqui em Belém, capital do Pará. Já passei e-mails para a empresa e, até agora, não obtive resposta. O problema é que a garantia está quase no fim. Rogério Brasil / Belém (PA) RESPOSTA DA ACER A Acer Brasil entrou em contato com o leitor e o orientou a enviar o notebook para o centro nacional de reparos da empresa, sem custo. A Acer destaca ainda que, desde julho de 2011, a assistência técnica e os reparos dos produtos já são realizados pela própria Acer em todo o território nacional. Comentário do leitor O leitor confirma que a Acer entrou em contato para orientá-lo a enviar o notebook para a assistência técnica. Segundo ele, a empresa informou que o computador será devolvido no prazo de sete dias úteis. O leitor se diz satisfeito com o prazo e agora espera que a Acer, realmente, cumpra esse prazo.

líderes da bronca

Fnac 3%

Motorola 7% LG 11%

Outros 72%

FOTO rAfAel evAngeliStA

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redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Twitter / info.abril.com.br/twitter Google+/ abr.io/Googleplus Pinterest/ pinterest.com/revistainfo Instagram/ @revista_info assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades serviço de atendimento ao cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax loja InFo info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.

“A qualidade editorial e a capacidade de antecipar tendências da INFO faz da revista leitura obrigatória para qualquer empresa que deseja ser líder no Brasil”

As empresas mais citadas pelos leitores em abril Nokia 7%

fale com a

Por que leio info

Carlos Paschoal / gerente-geral de marketing da Sony

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o arquivo da web

cofundador do dropbox, serviço de armazenamento na nuvem, drew Houston fala sobre a origem da empresa, seus desafios e a nova concorrência

/ por Jason Pontin, da mit tecHnology review 1

INspIraçãO

a explosão no número de gadgets mostra que o mundo precisa de uma solução para interligar todos os aparelhos, serviços e apps. Quando você tira uma foto, ela deveria ser salva na sua conta do dropbox. o mesmo deveria acontecer quando você cria uma lista de afazeres no seu iphone.

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desaFIO

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mObIlIdade

no mit existe uma rede chamada athena. você pode sentar em qualquer uma das milhares de estações de trabalho do campus e ter uma reprodução do seu computador pessoal. Quando saí da faculdade descobri que ninguém tinha feito isso para o resto do mundo. vi aí uma oportunidade.

É fácil fazer uma solução que funciona 80%, 90% ou até 99% do tempo. mas se um dia você estiver na frente de uma plateia e descobrir que seu arquivo de powerpoint não está na rede você para de usar o serviço. pior: vai dizer a todos os amigos como foi ruim a experiência de usar o dropbox.

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quem é quem Nas NuveNs

dropbox Com 50 milhões de usuários, oferece 2 Gb grátis. Mais espaço a partir de 10 dólares ao mês

apple o iCloud dá 5 Gb de memória grátis e oferece 3 pacotes pagos, de 10, 20 e 50 Gb

COmpetIçãO

acho que a apple já mostrou que se importa em fazer com que a experiência apple seja muito boa, mas não tem o mesmo cuidado com outras plataformas. o que acontece se você tem de compartilhar um arquivo com alguém que tem um telefone android ou um computador com windows?

Google o Google drive oferece 5 Gb de espaço grátis e até 1 tb por 50 dólares ao mês

foto Winni Wintermeyer edição de imagem artnet digital

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Drew Houston Ex-aluno do MIT, teve a ideia de criar o Dropbox depois de esquecer em casa um pen drive com arquivos de trabalho

Maio 2012 INFO

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/ apps que valem a pena

AplicAtivos do mês

/ POR FabiaNo caNdido

iPhONe

iPad

BlackBerry

Pac-MaN Um dos clássicos do Atari ganhou versão para o iPhone. O jogador pode usar controles virtuais ou o acelerômetro do telefone para fugir dos fantasmas. Para iOS 3.1.3 ou superior. / 4,99 dólares

Where Is My head Neste jogUiNho o crânio está separado do corpo da caveira. O objetivo é juntar as duas peças. Como? Cortando cordas e usando um balão em forma de fantasma. Para iOS 4.0 ou superior. / 0,99 dólar

WOrdPress Para qUem tem blog no serviço Wordpress. Ajuda a subir textos e fotos com rapidez e permite visualização e moderação dos comentários. Para BlackBerry 4.2.1 ou superior. / Grátis

hOWstuFFWOrks o site de conhecimentos gerais ganhou uma versão para smartphones com mais de 30 mil textos e vídeos que explicam o funcionamento das coisas. Para iOS 4.2 ou superior. / Grátis

IPhOtO ajUda a organizar as fotos no tablet. Oferece recursos para fazer edições avançadas, como melhorar a saturação das cores e o brilho das imagens. Para iOS 5.1 ou superior. / 4,99 dólares

shazaM eNcOre esseNcial Para quem gosta de música. É só colocar o celular ao lado da caixa de som para descobrir o nome da canção que está tocando. Para BlackBerry 4.2.1 ou superior. / 6,99 dólares

VídeO BaIxar PrO lIte Para qUem gosta de salvar os vídeos encontrados na web. Com um clique, faz o download de filminhos do YouTube (e de outros sites) em diversos formatos. Para iOS 4.1 ou superior. / Grátis

reeder Um estiloso leitor dos feeds do Google Reader. Com ele, o usuário organiza os RSS em pastas e as notícias podem ser compartilhadas nas redes sociais. Para iOS 3.2 ou superior. / 2,99 dólares

PIxelated Plus o objetivo do game é ir tocando nas dezenas de quadradinhos da tela para deixá-lo de uma única cor com o mínimo possível de cliques. Para BlackBerry 4.6.0 ou superior. / 2,99 dólares

aNdrOId / celular

aNdrOId / tablet

WINdOWs PhONe

FrOad Neste game o usuário controla um sapo que deve comer o maior número de insetos. Para pegar os bichos é preciso agilidade e precisão com o dedo. Para Android 2.2 ou superior. / Grátis

aNGry BIrds sPace os PassariNhos raivosos enfrentam os porcos no espaço. Só que dessa vez a gravidade dos planetas interfere no jogo – deixando a aventura muito mais difícil. Para Android 1.6 ou superior. / Grátis

sudOku o game de lógica apresenta vários níveis de desafio, que satisfazem desde iniciantes até jogadores mais avançados. O ponto forte é o gráfico. Para Windows Phone 7 ou superior. / Grátis

POcketclOud exPlOre o Programa cria uma conexão sem fio entre o Android e o computador (Linux, Mac ou Windows) e permite a troca de arquivos com facilidade e segurança. Para Android 2.1 ou superior. / Grátis

cerBerus Uma esPécie de anjo da guarda. Caso o tablet seja roubado, o usuário pode localizá-lo, acionar um alarme e apagar os dados remotamente. Para Android 2.2 ou superior. / 3,99 dólares

Qr cOde Para abrir conteúdo codificado, o app tem comandos organizados e fáceis de acessar e funciona até em smartphones que não têm uma boa câmera. Para Windows Phone 7 ou superior. / Grátis

actIONsNaP gosta de fotos surpreendentes? Esse app captura quatro imagens na sequência e monta, com os frames capturados, uma outra bem diferente da original. Para Android 2.1 ou superior. / Grátis

FlIGhtradar24 Free mostra aviõeziNhos que representam voos de verdade. Ao clicar em um deles, o serviço informa qual é a aeronave, a companhia e os dados da viagem. Para Android 1.6 ou superior. / Grátis

caderNINhO de GastOs registra todas as despesas, desde o cafezinho do almoço até as contas mensais. Alerta se os gastos do dia a dia deixarão sua conta no vermelho. Para Windows Phone 7 ou superior. / Grátis

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/ Objetos de desejo

De VolTa para o FuTuro

Um skate voador e óculos que projetam dados na lente estão perto de virar realidade / POr THiago Tanji

“Imagina que legal ter um daqueles!” É o que dizem os fanáticos por filmes de ficção científica, repletos de tecnologias bem distantes da nossa realidade. Nos próximos meses, alguns produtos deixarão o mundo do cinema para chegar à casa dos fãs desses gadgets, como os óculos de realidade aumentada mostrados pelo Google. Veja, ao lado, dois aparelhos que virão literalmente do futuro. IlUSTrAçãO robson sanTana

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HOverbOard

OlHOs dO TermINaTOr

O filme De Volta para o Futuro II frustrou uma geração de moleques que saía do cinema com uma verdadeira obsessão para andar em um hoverboard, o skate voador utilizado pelo personagem Marty McFly (Michael J. Fox). Quase 30 anos depois, esse desejo será em parte aplacado. A fabricante de brinquedos Mattel anunciou que produzirá réplicas do hoverboard. A má notícia: ao contrário do filme, o skate não voa.

Enquanto atirava, explodia coisas e dizia um sem fim de frases memoráveis, o ciborgue T-800 (Arnold Schwarzenegger) contava com informações exibidas na sua retina cibernética. Em fase de pesquisa no laboratório Google X, o Project Glass promete usar esse conceito de realidade aumentada para criar os óculos do futuro. Não por acaso, o projeto foi apelidado de Terminator. Hasta la vista, baby.

de volta para o Futuro

exterminador do Futuro

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/ Transporte

seu novo carro. só que em 2030

O automóvel do futuro é pequeno, tem duas rodas e motor elétrico. Essa é a aposta do projeto EN-V, parceria entre a GM e a fabricante de patinetes Segway / POr Juliano barreTo

a lógIca das FOrmIguINhas

devagar e sempre

Os EN-Vs são equipados com sistema que mescla Wi-Fi e GPS para reconhecer e interagir com os outros veículos. Além de evitar acidentes, os semáforos seriam dispensados nos cruzamentos, uma vez que cada carro respeitaria a trajetória do outro. No trânsito, várias pessoas com o mesmo destino poderiam seguir em comboio pelas rotas mais livres, fugindo de congestionamentos

Apesar de contar com dois motores elétricos, um em cada roda, o EN-V alcança apenas 40 quilômetros por hora. A velocidade baixa é justificada pela GM como motivo para deixar o carro ainda mais barato, já que o motor seria mais simples e seguro. No lugar de discos de freios tradicionais, as reduções e paradas seriam operadas pelos próprios motores elétricos

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BalIza e trâNsItO maIs FáceIs Projetados por diferentes estúdios de design da GM, os três protótipos de EN-Vs (sigla em inglês para Veículo Elétrico Conectado) tiveram como limitações o comprimento (1,5 metro) e o peso (500 quilos). Com o projeto de um carro que tem um quarto do tamanho de um modelo convencional, a meta era forçar a redução de gastos com materiais na construção e facilitar o encaixe em vagas de estacionamento. Com tamanho diminuto, eles seriam uma solução para o trânsito caótico das grandes cidades

EdiçãO dE iMAGEM arTneT digiTal FOTOS divulgação iluSTrAçãO evandro berTol

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/ Foto? Vídeo? GIF?

Instagram 2.0

Se você acha o aplicativo comprado pelo Facebook legal, espere até conhecer o Cinemagram e o Kinotopic. Eles misturam foto e GIF para animar as imagens

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smartphones um conceito batizado de cinemagraphs (algo como cinemagrafias), fotos artísticas com detalhes animados. O Cinemagram e o Kinotopic ajudam a criar com poucos cliques arquivos que ficam no meio do caminho entre as fotos e os vídeos. Veja acima o passo a passo para fazer um cinemagraph no iPhone e solte a criatividade.

Kinotopic O aplicativo tem versão apenas para o iOS, é grátis e permite editar filmes da sua galeria

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35 2012

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FOTOS maurícIo pIlão IluSTrAçãO eVandro bertol

2007

O MySpace já foi uma das mais badaladas redes sociais da web, mas logo caiu em desgraça. Agora, tenta se reposicionar como um site de conteúdo e oferece integração até com os rivais Twitter e Facebook. O MySpace ganhou 1 milhão de usuários em 2012. Mas ainda não voltou à sua velha forma. Veja ao lado.

4 / Aplique filtros (ou não!), salve o GIF e pronto. É só compartilhar a imagem com os amigos

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a Volta por cIma?

2006

Cinemagram Tem oito filtros para dar uma nova cara à imagem. Disponível apenas para iOS. Grátis

so e, diga-se de passagem, amealhou 1 bilhão de dólares com a venda para o Facebook. O aplicativo reúne duas coisas que as pessoas adoram: fotografia e redes sociais. Agora, dois novos apps acrescentaram um terceiro elemento à fórmula de sucesso, os arquivos GIF. Essa mistura tecnológica trouxe aos

2009

O Instagram fez muito suces-

3 / Escolha com o dedo a parte da imagem que terá movimento. Para facilitar, dê um zoom na área

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2 / Selecione os frames de início e fim do GIF. Quanto mais sutis forem os movimentos, melhor

2008

1 / Faça um vídeo curto com o mínimo possível de movimentos na área que você quer deixar estática

em milhões de visitantes únicos por mês, segundo medição da comScore

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/ Carro do presente

Vire à direita, Siri

Os novos Ford B-Max e Mercedes Classe A chegam com funções acionadas por comando de voz e inauguram a era dos carros conectados

/ Por Fernando Valeika de Barros

Mercedes Classe A

Até 1931, quando o primeiro rá-

dio foi instalado em um automóvel (um Motorola, colocado num Studebacker), carros eram máquinas que serviam apenas para levar pessoas de um ponto a outro mais rápido. Oitenta anos depois, as coisas mudaram. Modelos recém-lançados, como o Mercedes Classe A e o Ford B-Max, trazem para o mundo dos automóveis sistemas operados por voz que permitem o acesso a uma série de serviços sem distração ao dirigir. Os carros ganham um avanço similar ao da Siri, a assistente digital que a Apple implantou no iPhone 4S. Assim, para escolher uma música basta dizer: “Toque Will.i.am” ou “Toque The Hardest Ever”. Isso desde que o nome do rapper e seu grande sucesso estejam armazenados em um dispositivo como iPod, Zune ou MP3. A canção é executada sem que as mãos saiam do

mãos no volante

No novo Mercedes Classe A (acima), o motorista realiza tarefas por comando de voz. No detalhe, o sistema que toca a música ao dizer o nome do cantor

volante. O mesmo vale para uma ordem de voz para sintonizar uma rádio na web, obter a previsão do tempo no destino, acionar o itinerário mais rápido no GPS ou regular o ar-condicionado. O sistema de voz lê mensagens recebidas nos aparelhos sincronizados por Bluetooth. “Tudo o que o motorista tem a fazer é dizer ‘disque para o escritório’”, afirmou a INFO o alemão Thomas Weber, diretor de pesquisa e desen-

volvimento da Daimler, fabricante do Classe A. “Segundos depois a ligação é completada, com dez vezes menos tempo de distração.” Quem executa a ordem no novo sistema embarcado no Mercedes Classe A é um avatar feminino que interage com o usuário. Graças a um aplicativo, o Digital Style, integrado ao Drive Kit Plus, disponível nos atuais iPhones, o sistema dos alemães executa as ordens por comando de voz.

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pedido de socorro

Se o Ford B-Max (ao lado) se envolve em um acidente, o sistema envia um SMS para o resgate (no detalhe)

No novo Ford B-Max, recém-lançado na Europa, também há acesso por voz às funções. Em caso de acidente grave, quando o airbag se abre, por exemplo, o sistema envia uma mensagem a uma central de emergência e dá as coordenadas geográficas do local. “Tudo isso é só o começo para um tempo em que o carro será uma app de mobilidade em um mundo de aplicativos”, diz Alan Mullally, o presidente mundial da Ford. Mullally espera que desenvolvedores entrem cada vez mais nessa onda e criem programas que tornem os automóveis ambientes conectados e divertidos. “Assim como um smartphone é mais do que um meio de comunicação, os carros serão bem mais do que um meio de transporte,” disse a INFO o alemão Dieter Zetsche, presidente da Daimler AG, no Salão do Automóvel de Genebra. Além de uma revolução nas formas, o novo Classe A é o primeiro entre os Mercedes-Benz a incorporar o sistema de reconhecimento de voz da Siri.

FOTOs divulgação

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Ford b-max

Apesar de usarem plataformas diferentes (o sistema da Ford foi feito pela Microsoft), as duas montadoras recorreram à empresa Nuance Communications para fazer o software de reconhecimento de voz. A empresa bolou um programa de identificação de 10 mil frases em 19 línguas. Se o motorista diz “estou sem gasolina”, o carro mostra uma lista dos postos próximos. Para mudar a temperatura, basta dizer “mais quente” ou “22 graus”. O sistema pode ainda identificar pronúncias. “Nosso Sync perceberá variações entre o português de Portugal e o do Brasil, por exemplo”, diz Thomas Michel, engenheiro-chefe da Ford. O que vem por aí é ainda mais inovador. Em associação com a companhia americana Alltel, a Nuance anunciou o Voice2Text, um aplicativo em que bastará ditar uma mensagem para que ela seja convertida em texto e enviada para o e-mail do destinatário. O serviço custará 2,99 dólares mensais nos Estados Unidos. “A tendência é

que aplicativos como esse cheguem aos smartphones e desembarquem logo depois no painel dos automóveis”, afirma o americano Brian Radlof, diretor de tecnologia automotiva da Nuance. Nos Estados Unidos, a Mercedes anunciou parcerias para serviços como o Parkfinder, que informa sobre a disponibilidade de vagas de estacionamento em diversas cidades, e o Morningstar Finance, que fornece em tempo real informações sobre o mercado financeiro. E isso é só o começo. Falando com seu carro, o motorista poderá ainda ajustar a regulagem de bancos e do volante ou acionar a ignição. LeIa maIs em www.INFO.abrIL.cOm.br/extras

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/ Educação

Jogo com jeito de aula O Draw Something usa desenhos para ensinar conceitos importantes para crianças / POr Paula Rothman

Idioma O app ensina o significado de palavras em inglês, como bracelet (bracelete)

Criatividade O Draw Something não dá aula de arte, mas incentiva a desenvolver habilidades artísticas

Três mil desenhos são

criados a cada segundo no Draw Something, aplicativo que v irou mania entre usuários de aparelhos com sistema iOS e Android. O objetivo do jogo é simples: desenhar uma palavra para que outro jogador adivinhe (veja quadro ao lado). Entre um rabisco e outro, dá para aprender conceitos importantes, como criatividade e trabalho em equipe. É o que mostra um novo serviço da ONG americana Common Sense Media, o “What Kids Can Learn” (O que as Crianças Podem Aprender). Desde abril, uma equipe analisa o conteúdo educativo de apps, games e sites. “Queremos ajudar os pais a decidir com o que seus filhos deveriam ou não ter contato”, diz Shira Lee Katz, diretora de mídias digitais do projeto e formada em educação por Harvard. Veja o que é possível aprender com o Draw Something.

Comunicação O jogador tem de traduzir uma palavra em desenho para passar uma mensagem de forma clara e objetiva

trabalho em equipe O jogo não é uma disputa, mas uma colaboração. Os dois jogadores ganham pontos e moedas virtuais se acertarem o desenho

draw something Disponível na app Store e na loja google Play em versões grátis e pagas, o app criado pela omgPoP foi baixado mais de 50 milhões de vezes

muItO além dOs lIvrOs o quE o gamE PoRtal 2 E o tumblR têm a EnSinaR PaRa cRiançaS E aDolEScEntES, SEgunDo a common SEnSE mEDia tumblr recomendado para adolescentes com mais de 15 anos, a rede social que funciona como uma espécie de blog de imagens incentiva a expressão e a curiosidade. Além disso, o tumblr ajuda a desenvolver outras competências, como capacidade de programar, de se comunicar e de criar.

pOrtal 2 Com versão para PS3, Xbox 360, Windows e Mac, o game que mistura ação em primeira pessoa e quebra-cabeça ajuda a desenvolver a capacidade de observação, dedução, teste de hipóteses, matemática, colaboração e criatividade. É recomendado para crianças com mais de 10 anos.

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/ os criativos

voCê invesTiria na sTarTup desse Cara?

Depois de torrar a fortuna que ganhou com o hit u Can’t Touch This, o rapper MC Hammer quer competir com o Google

/ Por Juliano barreTo Com a batida contagiante do hit U Can’t Touch This, gravado em 1990, MC Hammer vendeu mais de 50 milhões de discos. De lá para cá, a vida do rapper mudou um bocado. Ele aposentou as calças espalhafatosas, viu sua fortuna sumir em processos e dívidas e mudou de área. Largou a música para apostar no empreendedorismo digital. Stanley Kirk Burrell, seu nome verdadeiro, virou figurinha fácil em festas e reuniões de negócios dos empreendedores da web. O namoro de Hammer com a internet surgiu em 2008, quando lançou o DanceJam.com, uma espécie de YouTube para vídeos de pessoas dançando. O projeto colocou o rapper no circuito das startups. O último investimento de Burrell no mundo digital é o buscador WireDoo.com. A ideia é que o serviço ajude o internauta a fazer buscas con-

textuais. “Quando você digita ‘carro’ não está procurando a palavra carro e, sim, seguros, preços, eficiência de combustível”, diz Burrell. É cedo para dizer se o buscador vai vingar, mas já lhe rendeu prestígio. Ele participou de eventos como o O’Reilly Web 2.0 Summit, palestrou para alunos da Harvard Business School e ultrapassou a marca dos 2,2 milhões de seguidores no Twitter com a conta @mchammer.

Expresso ao volante / Por Álvaro opperMann

café móvel

A cafeteira portátil é ligada no acendedor

ilustração Gabriel Mar fotos divulGação

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a empresa francesa Handspresso lançou a expresso maker para automóvel, uma cafeteira portátil que permite preparar o café ao volante. a maquininha, do tamanho de uma lanterna de pilha média, é plugada no acendedor de cigarros. Não precisa ser um barista para usá-la. Basta colocar água, café, apertar o botão e, em 2 minutos o cafezinho expresso está pronto, feito em alta pressão. “Nosso lema é liberdade, qualidade e mobilidade”, diz Catherine Nielsen, viúva do

fundador e atual presidente da empresa, fazendo graça com a revolução francesa. lançada em abril na frança a 149 euros, a Handspresso auto E.s.E. se transformou em um sucesso viral. Exemplares foram distribuídos aos motoristas de táxi de Paris, criando um buzz imediato. Mas o produto já causa polêmica ao ser visto como um convite ao acidente. “Encorajamos o motorista a estacionar o carro para fazer e beber o café com segurança”, afirma Catherine.

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/ Diversão

montanha-russa, gravidade zero

A Vomit Comet atinge 160 km/h, submete os visitantes a uma força duas vezes maior do que a da gravidade e, o mais divertido, permite oito segundos de flutuação no ar

/ Por paula rothman ilustrAção raul aguiar A BRC Imagination Arts já projetou algumas

atrações para parques de diversões pelo mundo. Mas nenhuma promete uma experiência tão maluca quanto a Vomit Comet. É isso mesmo que você entendeu, o nome da montanha-russa é Cometa do Vômito. Ela oferece aos passageiros a sensação de oito segundos em gravidade zero. “Além de divertida, a Vomit Comet pode ser uma ferramenta útil de pesquisa para cientistas”, diz Bob Rogers, fundador da americana BRC. A montanha-russa foi inspirada nos aviões de treinamento da Nasa, como o B727. Voando em forma de parábolas, ele simula a ausência de gravidade. A BRC negocia a construção de duas unidades, que devem estar prontas em 2014. Veja como funciona a montanha-russa do vômito.

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Os carrinhos fechados terão a forma de ônibus espacial para 12 pessoas. A cada passeio, os carros são pesados e a aceleração, recalculada

InspIração cIentífIca

O que difere a montanha-russa do avião da Nasa que a inspirou B727 / Capacidade: 30 pessoas. Faz 56 voos de duas horas por ano. São 40 sessões de 25 segundos na microgravidade. Cientistas esperam até um ano para embarcar no avião. Vomit comet / Capacidade: 12 pessoas. Funcionará até 20 horas por dia, todo o ano. Cada passeio resulta em oito segundos de gravidade zero. Cientistas podem usar para testes.

No trecho horizontal, a pista tem cerca de 800 metros de comprimento

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A vidA no espAço O que acontece em algumas situações com gravidade zero

Fogo / Sem variação na densidade do ar, as chamas têm forma de bola, não de gota

Água / Os líquidos não se espalham. Eles formam uma grande bolha flutuante

Animal / Sem a referência do chão, um sapo acharia que está na água e começaria a nadar

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De marcha à ré, a aceleração do carrinho cria novamente a sensação de 2G

A sensação de gravidade zero dura mais quatro segundos na queda. São oito segundos de flutuação ao todo

Começa a desaceleração. Faltando quatro segundos para chegar ao topo, a nave parece parar no ar e o corpo dos passageiros, presos por cinto de segurança, se descola do assento

A velocidade passa dos 160 km/h. Na subida, a aceleração faz os passageiros sentirem uma força duas vezes maior do que a da gravidade (2G). O corpo é pressionado contra o assento e as bochechas são repuxadas

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/ Piada

Sim, temos um valentão aqui

E M E MO MÊS

D Por denatgreons

eb bob d as i v as d a w t a cr i

O OriginaL

O astrofísico Neil deGrasse Tyson virou piada na internet após fazer um gesto esquisito na TV americana. INFO explica o caso

/ O que significa “Watch out! We got a badass over here”. Em português: “Cuidado! Temos um valentão aqui” (tradução sem palavrão).

POr Juliano Barreto A inspiração Neil deGrasse Tyson, astrofísico americano de 53 anos, participava de um programa de TV quando levantou as mãos para dizer que as afirmações de Isaac Newton deveriam ser respeitadas. Algum engraçadinho viu a cena e resolveu fazer uma piada. só para constar: ele não falou a frase ao lado, famosa ao ser associada à sua imagem.

a Piada

Como é usado Na forma de uma ilustração em preto e branco, Tyson é colocado junto de fotos em que algo ou alguém é ironizado por achar que é muito durão. Exemplo clássico do uso do meme: imagens de pessoas pisando propositalmente na grama na frente de placas que pedem o contrário ou fotos de artistas fazendo gestos obscenos.

Sempre quisemos que o Google fosse uma empresa adorada pelas pessoas. Mas trata-se de um objetivo ambicioso. As companhias não foram criadas para serem adoradas / Larry Page, presidente do google, sobre seu sonho corporativo

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FOTOs divulgação

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/ 3,14159265

Números do mês

15% mIlhõEs 79,9

dos compUtadoREs bRasIlEIRos Estão vUlnERávEIs a ataqUEs dE víRUs. É o qUE aponta pEsqUIsa da mcaFEE com 1,1 mIlhão dE pEssoas

4,5

bilhões de mensagens spams de texto foram enviadas nos Estados Unidos no ano passado. É mais do que o dobro em relação a 2009, diz o Instituto Ferris Research

1 bIlhão

de dólares é a receita estimada do serviço de música spotify para 2012

82% dos brasileiros

300

dólares É quanto custaria o possível iPad Mini, versão reduzida do tablet da Apple que seria lançada no meio do ano. Tudo especulação, claro!

nunca leram um livro digital. É o que aponta presquisa feita pelo Instituto pró-livro

25% foto

é o número de brasileiros conectados à internet, segundo o IbopE nielsen online. É pouco menos da população do país e um aumento de 8% em relação a 2010

dos funcionários do Yahoo! podem ser demitidos em todo o mundo em razão da crise na empresa, que já foi a líder no mercado de buscas

divulgação

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/ Vivendo em Beta

Muito além da moda

Já está provado que as mulheres fazem a diferença nas empresas. O próximo passo é convencê-las a montar startups de tecnologia

U

m assunto que me chateia e anima ao mesmo tempo é escrever sobre mulheres empresárias, principalmente na área de tecnologia. Porque o blablablá é sempre o mesmo e, principalmente, porque é só blablablá, ou seja, só conversa fiada e nenhuma ação. Ironicamente, me encontrei falando com uma das mulheres mais interessantes da cena startup de Nova York. Não sobre o pequeno número de mulheres na área de TI, mas sobre a existência de poucas empresárias na área digital. Anna Akbari, PHD e professora da New York University, é fundadora de cinco empresas. Assim como eu, Anna trabalha com empreendedorismo e tecnologia. Publico, aqui, um extrato da conversa entre duas mulheres que vivem nesse mundo 24 horas por dia. Anna_ Por que será que as mulheres americanas abrem cada vez mais negócios, mas raramente no espaço digital e de tecnologia? Quando elas abrem uma empresa, a maioria foca em moda ou beleza. Exemplos: wantworthy.com, gilt.com, birtchbox.com, fashism.com. Alessandra_ No Brasil, tenho visto que as mulheres que fundaram empresas online atuam mais na área de moda

e educação. As imagens consumidas na mídia para mulheres são sempre ícones de glamour e de beleza. Desde pequenas, estamos condicionadas a ver fotos de como devemos nos vestir, o que calçar... Não é à toa que quando se trata de abrir uma empresa própria muitas mulheres procuram seguir esses padrões. Anna_ O sociólogo e economista americano Thorstein Veblen captura essa ideia no início do século 20, quando observou que as mulheres são as “chefes do ornamento, do enfeite”. O nosso papel parece estar ligado a como somos vistas em vez de o que somos capazes de fazer. Alessandra_ É uma pena. Isso tem raízes na forma como somos educadas? Anna_ Eu acho que tem, sim. Temos de educar mulheres para outras áreas. Temos de achar mais mulheres que sirvam de exemplo de empreendedorismo. Alessandra_ Você acha que existem poucas mulheres empresárias por que começar o próprio negócio é arriscado e mulheres têm medo de assumir riscos? Anna_ Os homens aceitam correr mais riscos por causa da testosterona. Mas além do fator biológico existe um fator social. A maioria de minhas alunas vem de famílias ricas e seus pais querem vê-las contratadas por empresas importantes para provar que a educação valeu a pena. Falar que

AlessAndrA lAriu

você trabalha para a Vogue é considerado mais sexy do que falar que trabalha para uma startup que ninguém conhece. Essa atitude tem e mudar. Alessandra_ Eu não sou superfeminista, de queimar sutiã, mas acho que se as mulheres tivessem mais oportunidades para liderar companhias, o mundo seria bem diferente. Anna_ Um artigo publicado pelo jornal Washington Post (abr.io/artigowp) mostra que companhias com mulheres diretoras são mais lucrativas. Porque mulheres gostam de colaborar em vez de impor, ordenar. Temos que promover mais mulheres a cargos de liderança, criando, assim, exemplos para as empresárias do futuro. Homens e mulheres têm de reconhecer que, apesar de arriscado, ser empresário(a) é uma opção interessante. Já começamos a acreditar que empresas lideradas por mulheres são boas opções, agora temos de convencer as mulheres a criar empresas. E se o mundo da moda for um começo celebramos isso. Começar uma empresa na área de tecnologia tem de se tornar também uma opcão atraente para mulheres. ↙

Alessandra Lariu, 39 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.

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/ BizTech

Cadê a nuvem que estava aqui? O mundo virtual experimenta problemas bem reais quando a previsão do tempo para a internet é de um céu sem nuvens

N

o ano passado, me vi dormindo mal porque resolvi desativar um serviço de encurtar links que criei e disponibilizei na web. O que me tirava o sono não era o paternalismo de deixar a cria para trás, mas, sim, uma sensação de estar apagando um pequeno pedaço da web. O pensamento era simples: milhares de pessoas utilizaram o serviço para encurtar links e depois compartilharam esses links encurtados com amigos e nas redes. Tirar o serviço do ar significaria tornar dezenas de milhares de links inúteis de um minuto para o outro. Não podia fazer isso. Então, com a ajuda de um amigo, encontramos um serviço que era um cemitério de encurtadores de links. Conseguimos transferir o banco de dados de links para esse cemitério e pudemos desligar o serviço sem prejudicar quem ainda clicava naqueles links, mantendo aquele pequeno pedaço da web consistente. Isso me fez pensar numa coisa maior. À medida que uma parte importante dos serviços digitais que usamos migra para a nuvem, e com ela uma quantidade gigantesca e cada vez maior de nossos dados, como fica essa nova geopolítica da nuvem? De quem é a respon-

sabilidade sobre esses serviços? Qual é essa responsabilidade? E como agir quando alguma catástrofe acontece? Não digo isso como um ponto negativo ou porque sou contra a computação em nuvem. Sou um grande apoiador e adoto a nuvem em tudo o que posso. O ponto é que quando virtualizamos e distribuímos a infraestrutura computacional de nossas vidas, empresas, produtos e serviços é preciso entender bem que entramos em um mundo com outras regras, com uma dinâmica muito acelerada e com uma volatilidade que é parte de sua natureza.

cabeça Nas NuveNs Não há dúvidas de que a computação em nuvem é uma das forças mais transformadoras que vimos em TI nos últimos tempos e ela tem um impacto gigante nas possibilidades que se abrem e em como trabalhamos. Porém, somente quem compreender bem sua natureza conseguirá utilizar e desenvolver produtos e serviços que usem todo o seu potencial. E isso será uma grande fonte de diferenciação e de vantagens competitivas. A palavra aqui é arquitetura. O papel dos arquitetos desses sistemas é o mais importante nesse jogo. São eles que desenharão os mecanismos de integração, de segurança, de suporte

Manoel leMos

a falhas e de operação dessa nova geração de serviços. Sem eles, quando o tempo mudar, pedaços gigantes da web e de nossas vidas poderão ficar para sempre perdidos no éter digital. Outro ponto é a responsabilidade de quem oferece os serviços básicos de nuvem. Sejam serviços de armazenamento ou de computação elástica, as questões dos direitos e obrigações se tornam cada vez mais complexas. Vender computação pelo tempo de uso e, em breve, pelo consumo de energia da infraestrutura, traz algumas questões. Quem está usando a infraestrutura? Para quê? Que tipo de dado é armazenado? A mesma infra usada para fazer cálculos para fins medicinais pode ser usada para ciberataques ou para a criação de armas de destruição em massa. Nesse contexto, a previsão de tempo para a internet é fácil de acertar. O tempo está para nuvens carregadas de ideias que trarão uma chuva fecunda de inovação e transformação do mundo. É hora de os arquitetos passarem mais tempo com a cabeça nas nuvens! ;-) ↙

Manoel Lemos, 37 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.

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/ Cérebro Eletrônico

Sai a novela, entra a rede social a televisão não vai mais ser o centro da vida nacional. O Facebook está dando voz a quase 45 milhões de brasileiros

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a coluna do mês passado escrevi que o Brasil era o quarto país entre os usuários do Facebook. Segundo o site Socialbakers, nesse meio-tempo ultrapassamos a Indonésia e hoje somos o terceiro em número de usuários, com 44,6 milhões de pessoas conectadas umas com as outras. Estamos a caminho de ultrapassar a Índia e ficar em segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. Só no último mês, 2,4 milhões de brasileiros entraram na rede. Em uma única semana, foram 437 mil brasileiros a mais. O Facebook já ultrapassou as classes A, B, C, e agora conquista os milhões de brasileiros da classe D. Uma pesquisa da Hi-Mídia e M.Sense mostrou que 95% dos brasileiros que usam internet entram em alguma rede social pelo menos uma vez por mês. Desses, a grande maioria (86%) está no Facebook. O desprezado Orkut vem em segundo, com 63%, o Google+ em terceiro, com 33%, seguido de perto pelo Twitter, com 32%. Mas qual é o significado desses números? Tenho alguns palpites. A audiência da TV aberta está em queda livre. Em apenas um ano, diminuiu 7%. Combine essa queda com

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os dados de crescimento das redes sociais e temos o esboço do retrato de um Brasil em que a televisão não vai mais ser o centro da vida nacional. A atitude passiva de ligar a TV e assistir ao que vier (especialmente na Rede Globo) está sendo substituída pela vida ativa e de mão dupla nas redes sociais. Nós, brasileiros, estamos mudando rapidamente para a internet, e esse é um fenômeno nacional, não uma moda passageira dos grandes centros urbanos. Quem não entender e acompanhar essa mudança vai dançar.

NOIte de bebedeIra Quando a gente era um país trancado em casa vendo novela (ou frequentando um bar) a população brasileira era muito mais anônima e impessoal. A grande onda do Facebook está dando voz a quase 45 milhões de brasileiros. Basta navegar nas redes sociais para entender mais claramente o que somos e o que pensamos. Isso tende a aumentar: em alguns dos mais avançados países do mundo (Reino Unido, Suécia, Canada, Estados Unidos) metade da população está no site. Um aspecto preocupante: quanto mais gente na rede, mais podemos ser monitorados, seja por corporações ou governos com vocação autoritária.

Dagomir marquezi

Ross Douthat, colunista do jornal americano The New York Times cria uma boa imagem para um usuário altamente conectado: “Sente-se o rei do espaço infinito, mas, na verdade, habita uma gaiola confortável cheia de serviços”. Contradizendo a observação anterior do jornal americano, nunca as ditaduras enfrentaram tanta resistência quanto nesta era de redes sociais. A queda de regimes tirânicos tem sido mais fruto do Twitter do que de fuzis. Para os que previam que a internet criaria uma sociedade de gente isolada em conchas urbanas, perdendo aos poucos a capacidade de ler e de escrever: nunca as grandes massas populacionais do Brasil escreveram (mesmo que errado) e leram tanto. E nunca fomos tão sociáveis. Estamos bagunçando a linearidade do tempo e encontrando todos os dias amigos e amigas de diferentes fases de nossa vida. Isso parece saído de alguma teoria de Albert Einstein. Mas é o fruto de uma noite de bebedeira e solidão de um garoto chamado Mark Zuckerberg. ↙

Dagomir Marquezi, 58 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.

foto alExandrE battibugli

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/ Inside Information

O Brasil e a segunda fase da internet Em PCs ou celulares, brasileiros usam as redes sociais como principal meio de informação e até para ganhar dinheiro

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o longo dos anos em que estive à frente das operações do Google no Brasil, sempre ouvi o Eric Schmidt (presidente do conselho) dizer que eu tinha o melhor emprego do mundo. Trabalhava numa empresa de tecnologia em franca expansão, num país que tinha tudo para decolar. Quando cheguei ao Facebook, Sheryl Sandberg, diretora de operações, apresentou-me aos demais executivos dizendo que poderíamos esperar momentos de grande crescimento na região. Na época, fevereiro do ano passado, a empresa já demonstrava entusiasmo em relação ao potencial local. Que o Brasil estava e permanece no radar desses grandes líderes, não tenho dúvida. Agora é o país que começa a mostrar que as apostas estavam certas. Dados concretos comprovam dia a dia o nosso progresso. Recentemente, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou a 23ª Pesquisa Anual de Recursos de Tecnologia da Informação. O estudo conclui que o Brasil atingiu o mesmo padrão de penetração de número de telefones que os Estados Unidos, com 1,5 telefone por brasileiro. No mundo da mobilidade, chegamos à incrível marca de 250 milhões de celulares.

Esse cenário de maior inclusão tecnológica será um dos principais vetores da disseminação das redes conectadas. Será por meio dos celulares que boa parte dos brasileiros irá navegar na internet pela primeira vez - e talvez muitos farão do acesso móvel seu principal meio de conexão. Também será pela navegação nas redes sociais que poderão se informar, já que se tornaram a porta de entrada da internet, seja por sua vocação inicial de relacionamento ou por adotarem a tendência, cada vez mais frequente, de fonte de informação.

sOcIal cOmmerce Já é comum ver usuários que fazem das redes sociais seu principal meio de informação, para acompanhar as notícias de jornais, revistas e mesmo comentários de amigos que os levam justamente a esse ecossistema completo de informação. O brasileiro já mostrou que também está amadurecendo para outras formas de uso das redes sociais. Está aprendendo que pode comprar itens por dentro da rede e também ganhar dinheiro no chamado comércio social, ou “social commerce”. Criada no fim do ano passado, a iniciativa do Magazine Luiza de permitir que os internautas criem uma loja virtual dentro do Facebook e ganhem

AlexAndre HoHAgen

comissões pelos produtos que vendem materializou a era digital das vendas diretas, popularizadas pelos modelos de Natura e Avon, que por ano movimentam mais de 20 bilhões de reais e empregam cerca de 3 milhões de pessoas. Esses exemplos ilustram como as redes estão se transformando em grandes aliados na segunda fase de crescimento da internet no Brasil, que hoje já soma 80 milhões de internautas. Todos os dias, milhares de usuários se conectam e iniciam sua “vida virtual” com a disposição de testar essas ferramentas novas. A velocidade de aceitação das novidades digitais cresceu e mostra que os brasileiros estão amadurecendo seus hábitos de navegação. Além de caminharmos para ser um país ultraconectado - ainda que pela adoção massiva de celulares - seguimos para um perfil mais versátil de uso da internet. Quando olhavam para o Brasil, Eric Schmidt e Sheryl Sandberg já visualizavam seu potencial de amadurecimento para o uso da internet. Talvez a resposta do mercado brasileiro esteja chegando mais rápido do que o esperado. ↙

Alexandre Hohagen, 44 anos, é vice-presidente do Facebook para América Latina. Antes, foi responsável pelas operações do Google na região e trabalhou no UOL e na HBO no Brasil.

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superação ciborgue

Médicos e engenheiros unem-se para criar próteses controladas por sensores, chips e sofware

Proteja-se do Google / 46 Game over? / 54 Luz, câmera, senha / 70 Primeiro as damas / 76 Um policial em cada bolso / 84 Dicas / 90 FOTO DULLA

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privacidade

proteja-se do google E do FacEbook, do PintErEst, do tumblr E dE todos os sitEs quE guardam um volumE cada vEz maior dE inFormaçõEs a sEu rEsPEito. qual é o limitE Para o uso dEssE contEúdo? quEm PodE acEssá-lo? como é guardado? a vElha discussão sobrE PrivacidadE volta a sE acirrar com mudanças rEcEntEs FEitas Por EssEs sErviços wEb Em sEus tErmos dE uso / Por Juliano Barreto Foto flávio demarchi

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edição de imagem artnet digital

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entre 5 de março e 1o de abril des-

te ano para enviar 418 mensagens para 96 destinatários e receber 1 253 e-mails de 230 contatos. Fiz 718 buscas no Google usando um iPad, um celular com Android e um PC com Windows para acessar o YouTube. Voltando no tempo, vejo que recorri ao buscador por 25 751 vezes, sendo 30% delas para procurar imagens, e que, em 16 de fevereiro de 2009, usei o Google Maps às 22h05 para escolher um hotel para as férias. Voltando ainda mais, vejo que comparei preços de um computador com processador Phenom 9 900, em 20 de março de 2008, às 15h51. Melhor parar por aqui. Esse exemplo é apenas uma amostra da quantidade de informações recolhidas pelos 60 serviços do Google que usamos quase diariamente e ver o quanto a empresa sabe sobre seus usuários. Armazenar uma biografia detalhada de nosso perfil virtual é a forma que o Google encontrou para oferecer, sem custos, serviços como Gmail, YouTube, Chrome, Docs, Maps e outras ferramentas úteis na web. Pela lógica do Google, o item mais valioso é o conhecimento dos hábitos de seus usuários. De pose desses dados, a venda de publicidade tornase mais eficaz e a empresa traça um perfil de seus milhões de consumidores que nenhum instituto seria capaz de fazer. Os esforços para criar uma experiência mais simples e intuitiva para a

propaganda exibida nos produtos do Google levam em conta o conteúdo de pesquisas atuais, do passado, cliques em anúncios, localização, histórico de visitas a outros sites, conteúdo de e-mails, posts clicados como +1 na rede Google+ e até apps instalados no celular. Dessa forma, é possível personalizar serviços, que "adivinham" o que queremos comprar ou com quem vamos falar antes mesmo de digitarmos uma palavra. Mas será que isso é bom? Você sabia que está sendo monitorado dessa forma e que concordou formalmente com isso? “Toda essa coleção de informações cria um ‘eu digital’ e muitas decisões sobre a vida podem ser tomadas com base nessa entidade: oportunidades de emprego, liberação de crédito e até o preço do seguro”, disse a INFO Bill Kerrigan, CEO da empresa de segurança Abine, criadora do Protected Search, ferramenta que esconde seus dados do Google.

Com um volume cada vez maior de dados sobre os hábitos dos usuários, a venda de publicidade se torna mais eficaz

Falhas de segurança, roubos de aparelhos ou de senhas, abusos por parte de autoridades e eventuais barbeiragens de sites , como o Google, podem deixar seus dados mais vulneráveis do que nunca. A privacidade do internauta abre-se ainda mais com o elo criado entre a rede social Google+ e os diversos serviços da empresa. Além das informações geradas pelos próprios usuários, tudo começa a ser relacionado com os dados de seus contatos. Diz sobre isso o CEO do Google, Larry Page, em carta aos acionistas: “Temos um Googler veterano aqui chamado Ben Smith. Acontece que ele não é o único Ben Smith do mundo. Hoje, é difícil para o Google encontrar o Ben certo para mim, pois existem muitas pessoas com perfis online e fotos que têm esse mesmo nome.” Continua Page: “O Google+ ajuda a resolver esse problema porque faz o buscador entender as pessoas e suas conexões, trazendo o Ben certo para mim, com links e fotos.” O risco de deixar tanta informação nas mãos de Google, Facebook e outros serviços web retomou a discussão sobre o trato e a propriedade do conteúdo que geramos ao usar a internet. Onde ele está armazenado? Como é usado? Quem pode acessá-lo? Esse conteúdo é mesmo apagado quando desejamos? Para tentar esclarecer essas dúvidas e oferecer mais transparência, Google, Facebook, Tumblr e Pinterest recentemente reformularam sua política de privacidade.

ReaçãO aO PINteRest Maior destaque entre as redes sociais em 2012, ao menos até agora, o Pinterest escorregou ao lidar com os dados de seus usuários e eclipsou uma história que até então era apenas de sucesso e crescimento vertiginoso. De acordo com a empresa de pesquisas ComScore, o Pinterest foi o site que mais rápido

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google "Quando você faz upload ou envia conteúdo a nossos serviços, concede ao GooGle (e àQueles coM QueM trabalhaMos) uMa licença Mundial para usar, hospedar, arMazenar, reproduzir, Modificar, criar obras derivadas, coMunicar, publicar, executar, exibir publicaMente e distribuir tal conteúdo.”

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Feche a porta 7 dicas para ganhar mais controle sobre sua vida no Google 1/ Fuja do espião

Para não ter seus dados capturados pelo histórico de buscas, não faça pesquisas logado em sua conta

2/ Fora do ar

Evite buscas rastreadas no YouTube. Acesse o site e clique na seta ao lado da sua foto. Clique em Gerenciador de Vídeos > Histórico > Pausar histórico de exibições

3/ sem histórico

A barra do Chrome mostra palavras-chave de pesquisas anteriores. Para evitar, abra o histórico, selecione as sugestões com as setas do teclado e clique Shift+Delete

4/ BiograFia online

Para ter uma visão geral de todos os dados que o Google guarda sobre você, acesse o Painel de Controle (abr.io/231W) e faça login

5/ Backup de dados

Para resgatar contatos e fotos armazenados pelo Google acesse o endereço abr.io/231e e escolha que dados você quer baixar

6/ privacidade no chat

Para evitar que o registro de conversas do Gtalk fique armazenado, clique no ícone de engrenagem que fica no canto superior, à direita, da interface do Gmail. Depois, clique em Configurações > Bate-papo e marque o item Nunca salvar histórico de bate-papo

7/ adeus, google

O Google explica em dataliberation.org como desativar e fazer backup de contas de seus serviços, como o Gmail

quebrou a barreira de 10 milhões de usuários mensais, mas seu ritmo de crescimento médio caiu de 85%, em fevereiro, para 18% em março. O que deu errado? Num esforço para reformular sua política de privacidade, o Pinterest tentou convencer os usuários a ceder completamente o direito das imagens postadas no site. Dizia o novo contrato: o usuário “não é o dono exclusivo de todo o conteúdo que publica por meio do site Pinterest, do seu aplicativo ou de seus serviços e cede todos os direitos, licenças e consentimentos necessários para garantir que o Cold Brew Labs (dono do Pinterest) tenha todos os direitos sobre esse conteúdo”. Como o Pinterest serve essencialmente para compartilhar imagens e vídeos, a reação dos usuários foi tão negativa e estridente que a cláusula foi rapidamente retirada do termo de uso. Mas o estrago para a imagem já estava feito.

FacebOOk Na mIra Também o Facebook, com sua população de quase 850 milhões de usuários no mundo, tem um dilema sério nas mãos. Para crescer e trazer novidades, a rede social precisa usar cada vez mais os dados pessoais, para personalizar serviços, superar a concorrência e oferecer resultados mais efetivos para os anunciantes. Mas ao capturar, armazenar e tratar essas informações, chama a atenção dos órgãos reguladores e dos defensores da liberdade individual e da privacidade.

Em novembro passado, após uma batalha jurídica que começou em 2009, o Facebook anunciou um acordo com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) e passou a ser mais claro em relação à forma como lida com os dados dos internautas. O órgão acusou a rede social de enganar seus consumidores ao publicar, sem consentimento expresso, dados que os usuários postaram como privados. Para conseguir a bandeira branca do FTC, Mark Zuckerberg ativou recursos em que os usuários podem ou não ceder certas informações e permitiu maior controle sobre a nova interface, que estreou no ano passado. No pacote, Zuckerberg criou o cargo de CPO (Chief Privacy Officer), para centralizar as ações de proteção à privacidade. Essas ações não resolveram todas as dúvidas nem acalmaram os mais preocupados com privacidade. Indignado com a quantidade de detalhes que a empresa armazena, o estudante de direito austríaco Max Schrems entrou na Justiça para exigir o direito de baixar os dados que o Facebook guarda sobre ele. Após criar uma ONG para essa finalidade, a Europe versus Facebook, Schrems conseguiu duas vitórias. A primeira, quando obteve decisão favorável na Justiça que fez com que o Facebook liberasse o download de 57 categorias de informações guardadas em seus servidores. Em abril passado, a segunda. O Facebook estreou um recurso para que qualquer usuário possa fazer o

A decisão do Google de unificar as regras de todos os seus serviços em um só contrato foi como um jato de querosene na fogueira

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facebook “Nós teNtaMos MaNter o Facebook atualizado, seguro e livre de erros, Mas você o usa por sua coNta e risco... Não garaNtiMos que o Facebook Ficará seguro e protegido.”

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Só para amigoS Esconda-se do Facebook. Aqui, 6 dicas para navegar melhor 1/ Backup do seu Face

O Facebook liberou uma ferramenta para baixar uma cópia de suas fotos, publicações no mural e mensagens. No menu Configurações da Conta, clique em Baixe uma cópia de seus dados. O link para o download vem por e-mail

2/ perFil protegido

Clique em Configurações De Privacidade > Personalizado > Como Conectar > Editar Configurações. Na tela, você pode decidir: Quem poderá ver seu perfil? Ele será mostrado na busca do Facebook? Quem poderá lhe enviar solicitações e mensagens?

3/ Fora dos comerciais

Ao curtir um anúncio, a atividade aparece aos seus contatos. Para evitar, acesse Configurações de Conta >Anúncios no Facebook >Anúncios e Amigos> Editar configurações de anúncios sociais

4/ esconda posts antigos

Em Configurações de Privacidade, clique no link que fica à frente do item Limite o público para publicações passadas. Isso muda o tipo de exibição de seus posts antigos, para que só amigos vejam

5/ lista restrita

A lista restrita deixa que certos usuários só vejam seus posts públicos. Para adicionar alguém, vá em Configurações de Privacidade>Gerenciar bloqueio> Editar Lista

6/ test drive

Para saber como um usuário enxergará suas informações, clique no ícone da engrenagem e depois em Ver como

download de parte dos seus dados, em um conjunto de 39 tipos de informações. Max Schrems diz que o Facebook tem mais de 84 conjuntos de dados, que vão de itens como o histórico de empregos às conexões com amigos, os links publicados até o número de amizades rejeitadas e de mensagens deletadas. Os questionamentos ao Facebook, as brigas judiciais e o apoio da rede social a leis que restrigem a liberdade na web podem explicar a recente revolta de uma parte dos usuários do aplicativo de fotografia Instagram, comprado pelo Facebook em abril por US$ 1 bilhão. Após a aquisição, esses usuários declararam que irão encerrar suas contas no app porque prezam a privacidade e não querem ter seus dados usados pela rede social.

INtegraçãO dOs servIçOs A iniciativa do Google de unificar as normas de todos os seus serviços em um só contrato, que prevê o intercâmbio de informações obtidas por ferramentas diferentes, foi como um jato de querosene numa fogueira. Autoridades no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos questionam a validade do documento e correm para estabelecer limites para o poder do Google. “Levantamos um questionamento junto à Ordem dos Advogados do Brasil, analisando as novas regras sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor. Entendemos que há problemas quando a mudança é feita sem a opção para o usuário aceitar ou não”, disse a INFO o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que participou de uma audiência pública para pedir esclarecimentos ao Google, em Brasília. O Google contra-argumenta. “Não faz sentido que, após a criação de uma política nova, alguns usuários continuem com a velha. Isso criaria classes

diferentes de usuários e uma confusão tremenda. É assim com qualquer serviço online”, diz Marcel Leonardi, diretor de políticas públicas e relações governamentais do Google no Brasil. Para Leonardi, a única mudança real que aconteceu foi a integração do YouTube e do Histórico de Busca aos outros produtos do Google. “A unificação teve como objetivo deixar a linguagem mais acessível e dar possibilidade de escolha ao usuário”, diz. Paira ainda um fantasma sobre a cabeça de todos os internautas do mundo. Após ver fracassar as propostas de lei Sopa e Pipa, que previam punições pesadas contra quem violasse leis de direitos autorais, o Congresso dos Estados Unidos votará nos próximos meses o Ato de Proteção e Compartilhamento de CiberInteligência (Cispa, na sigla em inglês). O projeto prevê que agências de inteligência americanas, como FBI e CIA, possam ter acesso mais rápido (leia-se sem notificação) aos dados armazenados por empresas de internet, para agilizar investigações. Apesar de os serviços web mostrarem aos usuários o que podem ou não fazer, parte do problema da privacidade está relacionada ao pouco conhecimento das pessoas. O próprio Google oferece ferramentas para navegação anônima e permite que o usuário tenha um e-mail diferente para acessar cada um de seus serviços, embora isso seja pouco prático. “Nossas pesquisas mostram que a maioria das pessoas sabe que é monitorada, mas desconhece como as empresas fazem isso”, afirma John Gamble, da empresa de segurança TRUSTe. O melhor a fazer é prestar atenção no tipo de informação que você digita. Ao terminar este texto, meu número total de buscas no Google passou de 25 751 consultas iniciais para 25 766. Está tudo lá. ↙

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pinterest “Se você apagar todaS aS SuaS inforMaçõeS peSSoaiS, Sua conta Ser á deSativada. uSareMoS eSforçoS coMercialMente razoáveiS para honrar o Seu pedido. MaS podeMoS reter uMa cópia arquivada de SeuS regiStroS...”

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GAME OVER? A argentina Vostu chegou ao topo com games populares como MegaCity e Mini Fazenda. Mas, nos últimos dois anos, enfrentou acusações de plágio, fuga de usuários e brigas internas. Resultado: demissões e o fechamento de seu escritório no Brasil / Por juliano barreto

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ilustração anna luiza aragão

m abril, quem visitasse o conjunto comercial do 11o andar do prédio Atrium V, na rua Fidêncio Ramos, no bairro hi-tech da Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, encontraria dezenas de mesas vazias e pintores retocando as paredes. O cenário contrastava com o agito que poucos meses antes contagiava o ambiente. Era ali que funcionava a sede da operação brasileira da Vostu, empresa que há menos de dois anos figurava entre as mais promissoras criadoras de games sociais da internet e encantava investidores com o sucesso de seus games no Orkut.

Fundada na Argentina, no ano de 2007, por três estudantes de Harvard que enxergavam na América Latina uma grande oportunidade para as redes sociais, a startup cresceu na onda dos chamados games sociais. Com milhões de brasileiros registrados, em 2010 a Vostu alcançou o topo da lista de games mais jogados do Orkut, com o sucesso Mini Fazenda. Em pouco tempo, a empresa seria avaliada em 300 milhões de dólares pelo site americano TechCrunch e receberia investimentos de mais de 50 milhões de dólares. Mas como pode ser explicada a ascensão rápida e a queda meteórica da empresa no Brasil, o país em que mais teve sucesso?

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Os responsáveis pela Vostu falam em reestruturação. “Continuamos com os mesmos investidores e eles seguem acreditando em nós”, diz o hondurenho Daniel Kafie, cofundador da Vostu. “Estamos maiores do que nunca e crescendo. Continuaremos a maior empresa de games do Brasil.” Analistas de mercado e ex-funcionários ouvidos por INFO contam uma história diferente, repleta de brigas, disputas judiciais, prejuízo financeiro, engenharia reversa e plágio. Os problemas da Vostu começaram em junho de 2011, quando a Zynga, empresa que criou games de grande sucesso no Facebook, como CityVille e FarmVille, abriu um processo contra a empresa, com a acusação de que teria roubado o código fonte de seus jogos. Mais do que perder dinheiro com um acordo judicial cujos valores não foram divulgados, a Vostu viu-se obrigada a modificar os jogos considerados plágio. “Alguns foram descontinuados, pois seria mais caro modificá-los do que parar de ganhar dinheiro com eles”, diz um ex-funcionário da Vostu. Ao mesmo tempo, a migração dos usuários do Orkut para o Facebook acabou com a principal fonte de renda da empresa. O game Mini Fazenda, que no auge do sucesso, em janeiro de 2010, tinha mais de 8 milhões de usuários, contabilizava menos de um quarto desse total em abril deste ano. Veja, a seguir, como foi a trajetória da Vostu a partir do fechamento do escritório brasileiro. A complicada história da empresa pode jogar luz e ajudar startups a escapar de armadilhas que nem sempre são percebidas a tempo.

Janeiro de 2012

Março de 2012

Agosto 2011

A Vostu não confirma, mas INFO apurou que dos 50 funcionários no Brasil restaram apenas três em meados de abril: uma secretária, um advogado e um contador. Os empregados foram demitidos e o mobiliário vendido. Agora a Vostu procura uma sala de 50 metros quadrados para abrigar uma equipe comercial para vender anúncios e buscar parcerias.

Cerca de 30 integrantes das equipes de desenvolvedores de jogos para web e para celulares são demitidos no mesmo dia. Projetos tocados pelo time brasileiro são cancelados e outros transferidos para a sede, em Buenos Aires. Na Argentina, os 400 funcionários teriam sido reduzidos a menos de 150.

Dezembro de 2011

Por cifras não divulgadas, Zynga e Vostu chegam a um acordo financeiro na Justiça americana e na brasileira. Além do ressarcimento em dinheiro, a Vostu foi intimada a modificar quatro de seus jogos, acusados de plágio. “Alguns jogos foram descontinuados, pois seria muito caro modificá-los”, diz um ex-funcionário. No mesmo mês, a diretoria começa a falar em reestruturação e, pouco antes do Natal, anuncia a demissão de profissionais brasileiros do VostuPag, o serviço de venda de créditos para os games.

Setembro de 2011

O instituto Ibope Nielsen Online aponta que, pela primeira vez, o Facebook ultrapassa o Orkut em acessos no Brasil. Em agosto de 2011, a rede cravou a marca de 30,9 milhões de visitantes únicos, contra 29 milhões do Orkut. A Vostu criou versões de seus jogos para o Facebook, mas o comportamento do público e dos concorrentes é diferente e os games não empolgam. Jogos foram criados também para o Google+, mas a rede não cresce tão rápido.

Além do processo na Justiça dos Estados Unidos, a Zynga processa a Vostu no Brasil e consegue liminar para a retirada de quatro jogos do Orkut. A Vostu desobedece a decisão e derruba a liminar, mas a questão chegou ao Google, dono do Orkut. A Zynga acusou o Google de colaborar com as infrações ao manter os jogos que dizia clonados no ar.

Cerca de 30 integrantes da equipe brasileira de desenvolvedores de jogos para web e celulares foram demitidos em janeiro deste ano. Na sede da Vostu, em Buenos Aires, os 400 funcionários teriam sido reduzidos a menos de 150

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Julho 2011

A direção da Vostu pede aos funcionários para deletar arquivos e documentos que fazem referência aos jogos ou ao nome da Zynga. Pede também que ninguém comente ou compartilhe notícias sobre o processo nas redes sociais. “O maior medo da Vostu era expor um time especializado em engenharia reversa, que copiava os códigos dos jogos da Zynga”, diz um ex-funcionário.

Junho 2011

A Zynga acusa a Vostu de roubar o código de seus jogos. Até bugs de Café World, CityVille e Zynga Poker teriam sido replicados pelos games Café Mania, MegaCity e Vostu Poker. Em nota oficial, a Vostu faz pouco caso das acusações, dizendo que a rival também copia jogos de concorrentes. “Os esforços anticompetitivos da Zynga para nos fazer bullying com uma ação frívola são patéticos, especialmente porque temos os mesmos investidores”, diz a Vostu.

Maio de 2011

Chega ao Orkut o game MegaCity. O jogo é muito falado por dois motivos. O primeiro é o sucesso entre os usuários da rede social. Mas também surge a polêmica por causa das semelhanças com CityVille, produzido pela Zynga. Para divulgar o jogo, a Vostu contratou a top model Adriana Lima e, depois, a cantora Ivete Sangalo. Nas ações, além de propaganda, as celebridades eram transformadas em personagens do jogo.

Início de 2011

Após diversas discussões com a equipe de programadores da sede, em Buenos Aires, o líder de desenvolvimento da Vostu em São Paulo, André Piza, é demitido. Segundo relatos, havia rivalidade e tensão entre as duas equipes. Alguns projetos iniciados pelos brasileiros eram repassados e refeitos pelos argentinos sem explicações.

Novembro de 2010

A equipe brasileira da Vostu, que chegou a ter mais de 50 pessoas, contava com salários acima da média do mercado e benefícios, como subsídio para academia, alimentação e estacionamento gratuitos. Também era tradição fazer festas para o lançamento dos jogos.

Outubro de 2010

Após conquistar o posto de game mais popular do Orkut, com o Mini Fazenda, a Vostu monta escritório em São Paulo. Ele abriga a equipe comercial e o centro de desenvolvimento, responsáveis pelo Pet Mania e por games para celular. Em entrevista a INFO, publicada na edição de outubro de 2011, o hondurenho Daniel Kafie tinha planos de aumentar o número de desenvolvedores no Brasil e montar grupos de usuários para ouvir sugestões e bolar novas dinâmicas para seus jogos. Não deu tempo. A empresa agora enfrenta a situação mais temida pelos jogadores: o game over. ↙ Maio 2012 INFO

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A prótese Cheetah para corrida é feita em fibra de carbono

salto tecnológico

Com pés Cheetah, Alan Fonteles correrá os 100 e 200 m rasos na Paraolimpíada de Londres, em agosto

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superação

/ Por thiago tanji

fotos dulla

EngEnharia E mEdicina unEm-sE na criação dE prótEsEs comandadas por chip, sEnsorEs E softwarE. Elas dEvolvEm os movimEntos a pErnas, cotovElos, pés E mãos E substituEm com pErfEição até ouvidos Maio 2012 INFO

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pessoas, em todo o mundo, que sofrem com algum tipo de deficiência física. Joelhos, pés, mãos, cotovelos, ouvidos. Com a ajuda de softwares e microprocessadores, engenheiros e médicos estão criando equipamentos artificiais cada vez mais semelhantes aos membros físicos, aproximando a ficção da realidade. “Trata-se de um conceito conhecido como biônico, quando a interface da prótese passa a ‘entender’ a necessidade do paciente”, afirma o fisioterapeuta José André Carvalho, diretor do Instituto de Prótese e Órtese (IPO), em Campinas, no interior de São Paulo.

Próteses INtelIgeNtes Adam Jensen é um ex-policial americano que foi gravemente ferido enquanto tentava impedir um ataque ao laboratório em que trabalhava como segurança. À beira da morte em uma sala de cirurgia, conseguiu ser salvo por médicos que instalaram uma série de próteses cibernéticas em seu corpo. Perfeitamente adaptados ao organismo de Jensen, os novos membros não foram apenas responsáveis por devolver-lhe a vida. Eles o transformaram em um super-homem: olhos que projetam informações digitais, ouvidos que funcionam como headphones, um braço capaz de esmagar paredes, pernas que realizam saltos inimagináveis. Essas próteses sobre-humanas ainda não estão disponíveis. Fazem parte do enredo de Deus Ex: Human Revolution, game lançado no ano passado, ambientado na sociedade futurista de 2027. Na vida real, os pesquisadores ainda não conseguiram projetar membros capazes de expandir as habilidades humanas. Mas já fabricam próteses eletrônicas altamente tecnológicas que trazem conforto e segurança a milhares de 60 / INFO Maio 2012

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Mesmo que a perfeita integração entre homem e máquina ainda não tenha sido totalmente alcançada, os membros eletrônicos disponíveis hoje já auxiliam seus usuários de maneira significativa. “Temos pacientes que jogam basquete, tênis, andam de skate, de bicicleta. Ao fazer essas atividades, eles esquecem que estão usando uma prótese”, diz o fisioterapeuta Carvalho. O corretor de imóveis Reginaldo Dias de Souza, 39 anos, é um dos que nem percebem a falta do membro perdido. Primeiro, porque não tem tempo. Souza, que também é dono de uma empresa que realiza obras, passa o dia andando de um lado para outro, inspecionando a construção dos empreendimentos imobiliários. Amputado

da perna esquerda após sofrer um acidente de moto, em 2010, Souza é usuário da C-Leg, uma prótese eletrônica de joelho fabricada pela empresa alemã Otto Bock. “Não tenho mais medo de andar na rua e cair. Com a prótese consigo pular, descer uma rampa, andar em piso acidentado”, diz Souza. Antes da eletrônica, ele havia experimentado uma prótese convencional, mas não se adaptou. “Como ando muito, esquecia que estava usando uma prótese e acabava caindo com frequência. Não tinha segurança”, afirma Souza. Após dez anos de pesquisas, a C-Leg foi lançada em 1997 e conta com mais de 50 mil usuários ao redor do mundo. O joelho eletrônico procura dar estabilidade total ao paciente na hora de caminhar, além de permitir realizar os movimentos com maior naturalidade. Para isso, o sistema é equipado com dois sensores internos responsáveis por fornecer informações como o ângulo e a velocidade de flexão do joelho. Um software interpreta esses dados e os envia ao microprocessador, que converte comandos para que um pequeno motor ative o sistema hidráulico, permitindo assim o movimento. Um detalhe importante: isso acontece 50 vezes a cada segundo. Apesar da alta tecnologia empregada, o processo de adaptação do usuário à prótese não é simples. Antes de poder utilizá-la sem restrições, o paciente deve passar por um período de

Próteses eletrônicas comandadas por microprocessadores permitem a pacientes até andar de bicicleta. Para isso, basta ativar uma função no controle remoto

edição de imagem artnet digital iLUSTRaçõeS denis freitas veToReS evandro bertol

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Joelho eletrônico C-Leg, usado por 50 mil pessoas no mundo

Tecnologia na c-leg Com

moderna prótese eletrônica, o corretor Reginaldo de Souza pode até andar em terrenos acidentados

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Prótese especial elaborada com fibra de vidro e carbono

perfeição

A ex-jogadora de polo aquático Daniela Raddi usa prótese de fibra e carbono que lhe permite até andar de salto alto

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treinamento, ganhando confiança para voltar a andar. Além disso, o responsável pela instalação do membro artificial deve registrar algumas informações básicas no microprocessador interno da C-Leg, usando Bluetooth. “Quando o paciente está em treinamento na clínica, verifico seus movimentos usando gráficos e consigo fazer os ajustes necessários no software. Todas essas informações ficam armazenadas na prótese”, diz o fisioterapeuta José André Carvalho. O usuário da C-Leg também conta com um controle remoto, que pode ser usado para a realização de atividades específicas. Caso queira andar de bicicleta, por exemplo, basta ligar uma função para que o joelho fique “livre”, sem nenhum tipo de travamento do controle hidráulico. Se preferir esquiar, é possível manter o equipamento em um ângulo específico, próprio para a prática da atividade. Apesar de todas essas possibilidades, o membro artificial ainda encontra uma limitação: não é à prova d'água. “Não poder entrar no mar com a prótese é uma coisa que me deixa chateado. Se elas tivessem algum tipo de blindagem seria limitação zero, daria para fazer qualquer coisa”, afirma Souza.

MãOs e OuvIdOs bIôNIcOs Buscando explorar cada vez mais recursos, a Otto Bock lançou o Genium, um joelho eletrônico com tecnologia superior à da C-Leg. Já disponível no mercado europeu, o aparelho ainda depende da liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser comercializado no Brasil. Thomas Pfleghar, técnico da Otto Bock, explicou a INFO as inovações da prótese. “O Genium simula como o nosso joelho fisiológico se comporta na hora da marcha. Ele possui cinco sensores que

trabalham cem vezes por segundo. Um deles é um giroscópio, que sabe o ângulo exato em que o membro se encontra”. A prótese, que começou a ser vendida na Europa e nos Estados Unidos em 2011, já conta com cerca de 900 usuários. Mas a oferta de próteses eletrônicas não fica restrita a joelhos e pernas. A empresa islandesa Össur projetou o Proprio Foot, um pé biônico que busca recriar o funcionamento do tornozelo. Por meio de sensores, o equipamento se adapta ao terreno em que pisa, mo-

ao microprocessador do equipamento, permitindo a execução dos movimentos. Com um software instalado em seu computador pessoal, o usuário pode alterar os níveis de sensibilidade e aderência da mão, usando Bluetooth. O jovem inglês Matthew James, 14 anos, é um dos pacientes que perceberam imediatamente os benefícios da i-LIMB. A nova prótese do garoto, que nasceu sem a mão esquerda, veio de uma maneira especial. Apaixonado por Fórmula 1, Matthew enviou uma

Com cinco sensores que trabalham cem vezes por segundo, o Genium é um joelho eletrônico que simula todos os movimentos do fisiológico

dificando o funcionamento na hora de subir rampas e escadas, facilitando, assim, a movimentação do usuário. Para os membros superiores, a alta tecnologia fica por conta das próteses de mãos. Desenvolvida pela companhia escocesa Touch Bionics, a i-LIMB revolucionou o mercado ao criar um sistema que permite o funcionamento de todos os dedos do membro artificial, a partir de motores independentes. Além disso, a prótese é capaz de realizar movimentos de rotação do punho e do dedão, possibilitando ao usuário segurar objetos de maneira segura. A mão eletrônica funciona a partir da transmissão de impulsos nervosos vindos da contração dos músculos existentes na parte não amputada do braço. Captados por sensores instalados na prótese, esses sinais são convertidos em cargas elétricas e levados

carta para Ross Brawn, chefe de equipe da escuderia Mercedes. Nela, contava o desejo de ganhar uma prótese que fosse mais confortável e o ajudasse na vida cotidiana. Comovida, a equipe de corrida se dispôs a pagar parte das 35 mil libras (cerca de 95 mil reais), o valor da prótese. Matthew contou a INFO sobre o novo membro tecnológico, que usa desde agosto do ano passado: “Agora, tenho muito mais controle e precisão. Posso segurar uma maçã ou, até mesmo, uma uva sem medo de esmagála. Além disso, ela é muito bonita. A luva transparente é sensacional.” Matthew afirma que usava pouco sua antiga prótese, porque era muito pesada e limitava os movimentos. Pesquisadores vêm desenvolvendo também membros artificiais que poderão substituir plenamente órgãos vitais, como coração, rins, pâncreas e bexiga. Maio 2012 INFO

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geração biônica

como funcionam as próteses eletrônicas desenvolvidas para dar maior segurança e mais conforto aos pacientes

/ inFográFiCo luiz iria , marcelo garcia, rafael costa e thiago tanji

Pé flexível

Criado pela empresa islandesa Össur, o Proprio Foot recria o funcionamento de um tornozelo, dando maior segurança e naturalidade aos movimentos

ouvido biônico

Um dispositivo é instalado dentro do ouvido, na região da cóclea. Por meio de um receptor externo, os dados sonoros são convertidos em impulsos elétricos enviados ao cérebro

microfone

implante coclear

1. Sensores captam a exata localização da prótese durante a execução do passo

objeto impulsos nervosos

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MÃO SENSÍVEL

A partir de sensores instalados na i-LIMB, impulsos nervosos vindos de contrações musculares são convertidos em cargas elétricas responsáveis pela execução dos movimentos

contrAções musculAres

2. Quando o calcanhar toca o chão, a ponta do pé acompanha o movimento

3. No próximo passo, a ponta do pé fica no chão e o calcanhar se levanta

OLhOS dE CIBORGUE

webcAm

Dispositivo criado pelo britânico Neil Harbisson utiliza uma webcam para captar as cores, que são convertidas em frequências sonoras por meio de um chip instalado no crânio. Harbisson nasceu com uma doença que o impede de enxergar cores

cHip

Cores

frequênCia

Infravermelho (invisível)

Abaixo de 363.797 Hz

Vermelho

363.797 Hz

Laranja

440.195 Hz

Amarelo

462.023 Hz

Verde

478. 394 Hz

Ciano

551. 154 Hz

Azul

573. 891 Hz

Violeta

607. 542 Hz

Ultravioleta (invisível)

Acima de 717.591 Hz Maio 2012 INFO

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que nasceu surdo e por isso nunca teve o cérebro estimulado terá um resultado pior do que o de um bebezinho de 1 ano. O ideal é que o implante seja feito o mais cedo possível”, afirma Bento.

altO desempeNhO

DE Fibra O campeão paraolímpico

sul-africano Oscar Pistorius fará história se competir na Olimpíada de Londres

Entre as próteses internas mais bemsucedidas está o ouvido biônico. Com um procedimento conhecido como implante coclear, pessoas com surdez parcial ou total são capazes de voltar a receber estímulos sonoros. Desenvolvido desde o início da década de 80, o ouvido biônico funciona a partir de duas unidades, uma externa e outra interna. A primeira é um processador de som. Captada por um microfone, a frequência sonora é digitalizada e enviada por meio de uma antena FM para a unidade interna. Instalado dentro do ouvido, na região da cóclea, esse dispositivo transforma os dados recebidos em impulsos elétricos, que estimularão o nervo auditivo responsável por levar as informações ao cérebro. Processado por um software, o som que chega aos ouvidos parece uma voz robótica. Segundo o médico otorrinolaringologista Ricardo Ferreira Bento, 66 / INFO Maio 2012

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coordenador do Grupo de Implante Coclear da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o procedimento cirúrgico para a colocação da unidade interna é simples. “Um pequeno corte é feito atrás do ouvido para a instalação da unidade interna. A cirurgia demora cerca de uma hora e meia e o paciente sai do hospital no mesmo dia.” Fabricado por quatro companhias, o ouvido biônico custa 60 mil reais. Mais de cem mil pessoas já fizeram o implante coclear no mundo. No Brasil, são realizados 800 procedimentos por ano. Só no Hospital das Clínicas de São Paulo, a equipe do doutor Bento realiza aproximadamente dez implantes por mês. Ainda que o número de usuários seja alto, nem todas as pessoas que perderam a audição podem realizar o implante coclear. “O desenvolvimento do córtex cerebral deve ser levado em conta. Um indivíduo com 20 anos de idade

Mesmo com tantos recursos tecnológicos, as próteses biônicas não são a única opção para as pessoas que perderam membros. É o que explica Ian Guedes, diretor do Centro Marian Weiss, de São Paulo, especializado na reabilitação de amputados. “A prótese mais avançada eletronicamente não é necessariamente a mais indicada. Precisamos sempre pensar quais são as necessidades e a expectativa do paciente.” Um bom exemplo disso são os pés fabricados em fibra de carbono, como os desenvolvidos pela empresa Össur. Chamados Cheetah, são destinados a atletas e funcionam como molas. As próteses absorvem o impacto e devolvem essa energia na forma de impulsão. “Nesse caso, não podemos pensar em sistemas eletrônicos, pois não resistiriam aos choques intensos sofridos com o solo”, diz o fisioterapeuta José André Carvalho. O atleta Alan Fonteles, 19 anos, já está acostumado a essa rotina de choques intensos. Nascido no Pará, o jovem sofreu uma biamputação abaixo dos joelhos quando tinha apenas 21 dias de vida, devido a uma infecção intestinal que se alastrou pela corrente sanguínea. Mas a amputação nunca lhe foi um empecilho. Com próteses mecânicas aprendeu a andar e a correr. Conheceu o atletismo aos 8 anos. “Era doido para fazer algum esporte e, como alguns amigos praticavam atletismo, resolvi correr também. Em 2005 comecei a competir e em 2008 entrei para a seleção principal paraolímpica”, diz Alan, que conquistou duas medalhas de ouro no Mundial

foto reuters/johannes eisele

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Juvenil, após vitórias nos 100 e 200 metros rasos, além de uma medalha de prata no revezamento 4 por 100 na Paraolimpíada de Pequim, na China. Morando em São Paulo há quatro meses, Alan treina diariamente no Centro Olímpico do Ibirapuera, focado na Paraolimpíada de Londres, que acontece em agosto deste ano. Corre sobre pernas de fibra de carbono Cheetah que pesam 512 gramas cada e suportam até 147 quilos. “As próteses convencionais machucavam e não me permitiam melhorar o rendimento. Dei um salto no desempenho com a Cheetah”, diz Alan. “Quando estou na pista de atletismo, tenho um retorno de energia muito grande, o que me permite correr em alta performance.” O modelo que o garoto pobre do Pará ganhou de presente e que mudou sua vida custa hoje cerca de 30 mil reais. Ele tem quatro pares. Fora das pistas, Alan usa próteses convencionais.

cOmpetIçãO de IguaIs Com a Cheetah, alguns para-atletas já são capazes de competir em nível de igualdade com corredores olímpicos. É o caso do sul-africano Oscar Pistorius, 25 anos, que nasceu sem as fíbulas, osso localizado na parte lateral da perna. Biamputado que utiliza a Cheetah desde 2004, Pistorius é campeão paraolímpico em Atenas e Pequim. Conhecido como Blade Runner, em razão dos pés finos de fibra de carbono, o sul-africano participou, no ano passado, do Campeonato Mundial de Atletismo correndo ao lado de atletas não amputados. Agora, na busca por vaga na Olimpíada de Londres, Pistorius tem até junho para conquistar o índice olímpico da prova dos 400 metros rasos, de 45s30. Em entrevista a INFO, Pistorius diz que quer fazer história nos Jogos Olímpicos ao tornar-se o primeiro atleta

O primeirO cibOrgue

Como o britâniCo de 29 anos neil Harbisson expandiu seus sentidos Neil Harbisson chama a atenção por si só. O cabelo em formato de tigela, as calças coloridas e o olhar zombeteiro fazem desse britânico de 29 anos uma figura peculiar. Mas é um pequeno dispositivo saindo de sua cabeça que o torna único: Harbisson é considerado o primeiro ciborgue do mundo. Ele nasceu com uma doença chamada acromatopsia, que o impede de enxergar cores. Mas seu mundo em preto e branco durou até 2004, ano em que desenvolveu o Eyeborg, um dispositivo que permite “escutar” as diferentes tonalidades de cor. Capturada por uma webcam, a imagem é direcionada a um chip instalado em seu crânio e capaz de analisar a frequência da luz e transformá-la em som. Com as cores transformadas em frequências sonoras, Harbisson conseguiu expandir seus sentidos. Quando vai a um museu ou passeia pelas cidades, não só aprecia a beleza visual como também “ouve” as diversas tonalidades de cor presentes nos objetos. Com seu Eyeborg, Harbisson consegue escanear os padrões de cores das metrópoles. Para ele, Londres é vermelha e amarela. São Paulo, uma mescla entre o azul e o vermelho. Formado em artes visuais, Harbisson fundou a Cyborg Foundation, cujo objetivo é ajudar humanos a se tornarem ciborgues. “A proposta é ampliar seus sentidos”, disse Harbisson a INFO. Experimente perguntar a Harbisson como se sente sendo um ciborgue e a resposta será: "Fui gradualmente percebendo, ao notar que os componentes cibernéticos passaram a fazer parte de meus sentidos. Foi estranho, porque não sabia quase nada sobre ciborgues quando comecei o projeto". No início carregava um computador de 5 quilos com cabos. A grande mudança foi a instalação do chip, que é desenvolvido para que fique cada vez menor.

paraolímpico a disputar as competições regulares. “Tenho certeza de que serão os melhores jogos já disputados. Caso me qualifique, vou buscar ser consistente em cada corrida, vendo até onde consigo chegar.” Pistorius já está classificado para as competições paraolímpicas dos 100, 200 e 400 metros rasos.

carrO Na vaga especIal? Sem a necessidade de equipamentos eletrônicos, Daniela Raddi adaptou-se bem à sua prótese. Diretora de esportes do Instituto Paulo André, criado para inserir crianças e adolescentes carentes no mundo dos esportes, e ex-jogadora da Seleção Brasileira de Polo Aquático, Daniela sofreu uma amputação abaixo do joelho esquerdo em 2007, resultado de uma cirurgia malsucedida, e hoje utiliza uma prótese fabricada com fibra de vidro e carbono. No dia a dia, Daniela caminha com uma perna que possui um dispositivo capaz de inclinar o pé, o que possibilita até o uso de salto alto. Para treinar natação, a atleta troca por uma prótese com nadadeira acoplada. “Tem gente que não faz ideia de que sou deficiente. Se manco um pouquinho, falam ‘você está com dor no joelho?’ E, muitas vezes, brigam comigo, dizendo que é um absurdo parar em vaga de carro para deficientes”, afirma Daniela. Ainda que a reabilitação seja feita de maneira personalizada, de acordo com as necessidades de cada usuário, o desenvolvimento de próteses tecnológicas tende a disparar nos próximos anos. Mas por enquanto o cenário projetado em Deux Ex: Human Revolution está longe de ser concretizado. Quem sabe até 2027 não tenhamos uma nova geração de ciborgues caminhando pelas ruas? leia mais em www.INFO.abrIl.cOm.br/extras

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O exoesqueleto é equipado com quatro motores e alimentado por duas baterias de íons de lítio

em pé de novo

Tamara Mena perdeu o movimento das pernas em um acidente de carro, mas volta a andar com o exoesqueleto

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exoesqueleto criado por empresa americana permite que pessoas que perderam os movimentos voltem a andar pico. Esta foi a palavra encontrada pela mexicana Tamara Mena, 25 anos, para descrever um momento que jamais acreditou que viveria novamente. Moradora da Califórnia desde os 13 anos, ela e o namorado, Patrick, estavam num táxi em Rosarito Beach, na fronteira com o México, quando o carro atropelou um cavalo na estrada. O impacto lançou o animal para o ar. Ele caiu sobre o automóvel, matando na hora o motorista e Patrick. Tamara ficou paralisada do peito para baixo. Era 2005 e, conformada de que nunca mais andaria, Tamara seguiu em frente. Concluiu o curso de comunicação na California State University e passou a fazer palestras e dar apoio a pessoas que vivem situação como a dela. Foi num desses encontros que conheceu um projeto criado pela empresa Ekso Bionics. “Estava em um hospital e uma paciente comentou sobre um aparelho que estava sendo criado para pessoas paraplégicas”, disse Tamara a INFO. “Fui procurar mais informações e descobri uma tecnologia inimaginável.”

foto gabriela hasbun

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Fundada em 2005 na cidade de Berkeley, na Califórnia, a Ekso Bionics desenvolveu o Ekso, um exoesqueleto robótico capaz de devolver o movimento às pessoas que sofreram algum tipo de paralisia nos membros inferiores. Alimentados por duas baterias de íon de lítio, os quatro motores e quase 30 sensores espalhados pela estrutura de alumínio recriam os passos humanos. Com duas muletas, os pacientes ficam em pé e caminham, ainda que não tenham a sensibilidade do movimento. “A primeira vez que usei o Ekso tive medo de cair. Era uma sensação diferente, já que não sentia as pernas. Parecia estar flutuando”, conta Tamara. “Após cinco anos e meio sem poder andar, era impressionante ver o meu pé tocando o solo, o joelho se dobrando. Estava caminhando, avançando.” Tamara tornou-se “piloto de testes” da companhia desde fevereiro de 2011. Inicialmente, a concepção do exoesqueleto tinha fins militares. No ano 2000, a Darpa, agência americana vinculada ao Departamento de Defesa, iniciou o projeto Exoeskeletons for Human Performance Augmentation, que pretendia criar poderosas máquinas

capazes de gerar mais força e resistência aos soldados no campo de batalha. O processo de desenvolvimento comercial dos exoesqueletos começou em 2005, quando Homayoon Kazerooni, Russ Angold e Nathan Harding, professores do Laboratório de Engenharia Humana e Robótica de Berkeley, fundaram o que seria a Ekso Bionics. Em 2008, foi lançado o HULC (Human Universe Load Carrier), equipamento militar comprado pela empresa bélica Lockheed Martin. Três anos mais tarde seria a vez de a companhia anunciar o Ekso, versão “civil” do exoesqueleto. Desde fevereiro deste ano, o Ekso está sendo vendido a hospitais americanos especializados no tratamento de pacientes com mobilidade comprometida. Por aproximadamente 130 mil dólares, o equipamento tem autonomia de três horas e necessita do auxílio de um especialista, responsável por ativálo e acompanhar os passos do usuário. “Não tinha nenhuma esperança de voltar a caminhar, mas tive essa oportunidade. É algo monumental, épico”, afirma Tamara Mena. Agora, a jovem mexicana já tem planos para o futuro: “Adoraria voltar a dançar”. ↙ Maio 2012 INFO

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Luz, Camera, senha nça e de segura v a h c a u s insira

Assustada com o vazamento na web de suas superproduções, a indústria do cinema investe em sistemas de segurança que vão de senhas fortes nas ilhas de edição à caça de espectadores que levam filmadoras às estreias / Por Álvaro oppermann ilustração Kléber sales

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Na estreia de Jogos Vorazes, No Nokia theater, eM Los aNgeLes, o cLiMa era de euforia e glamour para todos, menos

para Jon Feltheimer, presidente do Lionsgate, o estúdio produtor do filme. O público alvoroçado na calçada, contido por seguranças de terno preto e escutas no ouvido, irrompeu em gritos histéricos quando a atriz do filme, Jennifer Lawrence, surgiu de uma limusine, pousando os saltinhos no tapete vermelho. Feltheimer cochichou algo com o diretor de operações do estúdio, Joe Drake, um homem corpulento e grisalho, de queixo quadrado e corte de cabelo militar. Drake também estava carrancudo. A tensão era evidente entre os dois. O produtor Feltheimer já está acostumado a quedas de braço em Hollywood. Em 2011, evitou que o bilionário investidor Carl Icahn se apoderasse do Lionsgate por meio de uma oferta hostil de compra. Mas dessa vez a ameaça vinha do subsolo. Um grupo de ativistas hackers (ou hacktivists, em i n glês) c ha mado Hollywood Leaks lançara a ameaça na web: no dia da premiere, Jogos Vorazes seria impiedosamente copiado e disseminado de graça na internet. Na trama pós-apocalíptica do filme, versão cinematográfica do best-seller da escritora

Suzanne Collins, adolescentes selecionados participam de uma batalha televisionada de vida e morte. Os hacktivistas se enxergavam como uma espécie de Katniss Everdeen (a heroína do livro), em luta contra o sistema. “Nosso alvo é a elite de Hollywood”, diz o manifesto do grupo. Tal como na história A Aventura de Johnnie Waverly, de Agatha Christie, em que um sequestrador dava à polícia data, hora e local exatos de um rapto, o Hollywood Leaks disse com precisão quando ocorreria o “sequestro” de Jogos Vorazes: 12 de março de 2012, no Nokia Theater, durante a sessão de estreia. Até então, a maior façanha do Hollywood Leaks, grupo formado de uma dissidência do movimento hacker Anonymous, fora vazar o número de celular da atriz e cantora Miley Cyrus. A ameaça, contudo, foi suficiente para colocar o estúdio em sinal de alerta. F undado em 1997 no Canadá, o Lionsgate notabilizou-se pela produção de filmes de terror de baixo orçamento (como a saga Jogos Mortais) e dramas de prestígio (é a produtora da série Mad Men). Mas Jogos Vorazes era a aposta para alçar a companhia a outro patamar. O buzz positivo em torno do filme

fez com que em Wall Street as ações do Lionsgate disparassem a 15,27 dólares, 77% a mais do que no primeiro trimestre de 2011. O banco J.P. Morgan deu alta classificação ao estúdio, investindo num pacote de stock options (opção sobre ações, que dá direito a comprá-las a um preço especificado, em período determinado) de generosos 18 dólares por ação. O Lionsgate, enfim, estava prestes a virar gente grande em Hollywood. Mas e... se Jogos Vorazes terminasse pirateado pelo Hollywood Leaks? Qual seria a magnitude da devastação de uma cópia CAM – cópia feita dentro da sala de cinema com câmera digital – antes da estreia do filme? Feltheimer tinha motivos de sobra para estar nervoso.

WOlverINe NO MegauplOad O caso mais notório de vazamento de um filme foi vivido pela Fox em 2009. Em abril daquele ano, uma work print do blockbuster X-Men Origens: Wolverine vazou na web. Era um DVD de alta qualidade, com versão mais curta do filme (dez minutos a menos do que o de sua montagem definitiva) e com efeitos digitais sem acabamento. O vice-presidente da Fox, Tom Rothman, recebeu

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um e-mail sobre o vazamento no dia 1o de abril. Achou que fosse trote. O astro Hugh Jackman, intérprete do personagem título, desdenhou da ameaça, acreditando que ninguém iria querer assistir ao filme naquele estado. “É como uma Ferrari sem pintura”, disse. Jackman estava errado. Wolverine, um filme de 150 milhões de dólares de orçamento, a grande aposta da Fox para o verão americano, faturou 180 milhões de dólares nos Estados Unidos, 50 milhões menos que o previsto. O FBI prendeu pelo roubo Gilberto Sanchez, instalador de vidraças em Nova York e músico desempregado. Sanchez tinha feito uma cópia do filme no Megaupload.com, site de hospedagem online de arquivos, fechado pelo FBI em janeiro de 2012. “O verdadeiro autor do vazamento foi provavelmente alguém de dentro, da pós-produção, do estúdio ou de uma empresa terceirizada de efeitos digitais”, afirma Devin Faraci, blogueiro do site CHUD.com.

COmO SexO Sem CamISINha O roubo de X-Men Origens: Wolverine foi um divisor de águas em Hollywood. Até então, os artistas de computação gráfica para cinema e TV em Los Angeles levavam uma vida descuidada e descompromissada, como, numa analogia, nos tempos sexualmente livres antes da AIDS. Em 2003, uma versão do Hulk, de Ang Lee, começou a circular na internet duas semanas antes do lançamento do filme nos Estados Unidos. Nos bares e cafés do bairro chique de West Hollywood, em Los Angeles, era comum ver profissionais da indústria do cinema, de laptop em punho, mostrando, uns aos outros, as cenas, créditos de abertura, artes-finais e modelos 3D em que estavam trabalhando. “Mostrar os efeitos especiais

prejuízo

O filme X-Men Origens: Wolverine deixou de faturar 50 milhões de dólares em razão da pirataria

do novo Transformers era uma forma de se dar bem com aquela garota nerd na happy hour”, diz Faraci. Entre um dry martíni e outro, milhares de cópias digitais foram trocadas e de DVDs queimados em Hollywood. Até a bomba de Wolverine explodir. “Aí, Hollywood abraçou a segurança”, disse a INFO Hemanshu Nigam, presidente da SSP Blue, empresa de Los Angeles que presta consultoria em proteção online para o grupo News Corporation, do qual a Fox é um dos braços de entretenimento. A Fox revisou completamente seus padrões de segurança. Na Walt Disney Company, Ronald L. Iden, ex-diretor do departamento regional da Califórnia de Homeland Security (segurança interna dos Estados Unidos), assumiu o controle da arquitetura de segurança

e controle da pré-produção, produção, pós-produção e distribuição de conteúdo (filmes, séries, animações e programas) do grupo. Ex-agente de contrainteligência do FBI, Iden saiu da Homeland Security, onde havia sido nomeado pelo então governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, com uma missão hercúlea na Casa do Mickey: fazer o alinhamento dos padrões de segurança da empresa-mãe com a Marvel, comprada pela Disney em agosto de 2009. Ronald Iden é o xerife por trás da proteção das visadas propriedades da Disney, como o filme Os Vingadores, lançado em 27 de abril no Brasil. “Existem quatro pontos a serem levados em conta na segurança de conteúdo: tecnologia, pessoas, normas de procedimento, mas, sobretudo, educação”, diz Nigam.

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A negligência é a causa principal dos vazamentos em Hollywood. Uma das principais formas de disseminação de conteúdo sigiloso é o da mídia social, como o Facebook. Apesar de não comentar a sua atuação na Fox por questões de sigilo contratual, o indiano Nigam ressalta que os estúdios de cinema começaram a dividir com mais rigidez as fases de produção de suas obras. A cada fase de desenvolvimento de um projeto, profissionais-chave são designados para o controle e a segurança. Nas ilhas de edição e sonorização, um complexo jogo de senhas envolvendo o número de social security (documento semelhante ao nosso CPF) dos editores foi criado para o acesso aos arquivos digitais de áudio e vídeo. Isso é prática comum hoje na indústria do entretenimento. Nem mesmo os roteiros de filmes e seriados foram poupados da sanha fiscalizadora. De acordo com Nigam, uma prática comum é a de in-

serir chaves de segurança nos documentos eletrônicos dos roteiros. Essas chaves têm a função de corromper o arquivo caso alguém tente copiá-lo. Segundo Bryan Ellenburg, vicepresidente de distribuição e segurança de conteúdo da Paramount, os momentos críticos na distribuição de um filme são dois: a primeira semana no cinema e o pré-lançamento do DVD e Blu-Ray. É quando, respondeu ele por e-mail a INFO, costumavam ocorrer os vazamentos mais graves. Não há fórmula eficaz para conter a pirataria. Um estudo da consultoria Frontier Economics, de Londres, estima que o custo da pirataria de produtos digitais tenha sido de 35 bilhões de dólares em 2008 (aí incluídos não só produtos de entretenimento, mas também da indústria de software). Poderá subir a 240 bilhões de dólares em 2015. Em 2010, o filme mais pirateado foi Avatar, com 21 milhões de downloads ilegais. No

mais segurança Na estreia de

Jogos Vorazes os convidados deixaram os celulares na portaria para evitar fraude

ano passado, Velozes e Furiosos 5 teve 9,3 milhões de downloads. “A capital mundial da pirataria de filmes ainda é Nova York”, disse a INFO Ernesto, pseudônimo de um usuário do site TorrentFreak.

Mestres da paraNOIa Hollywood foi bater à porta do Vale do Silício em busca de receitas antipirataria. Em dezembro de 2011, no Hotel Hilton, em Los Angeles, o executivo Aaron Kornblum, diretor de segurança da Microsoft, deu uma concorrida palestra a executivos do entretenimento sobre os processos de segurança empregados no lançamento mundial do Kinect, o sensor de movimento para o Xbox 360 e Windows. Executivos da Warner Brothers visitaram a Apple,

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em busca de inspiração. Steve Jobs era maníaco por segurança. Em Cupertino, funcionários da Apple envolvidos em projetos confidenciais tinham de abrir várias portas eletrônicas, passar o crachá diversas vezes em sensores de reconhecimento e finalmente digitar um código numérico para poder entrar em suas salas, monitoradas por câmeras. Na criação do iPad, os protótipos eram cobertos por mantos negros, para que o design não fosse revelado. Quem se tornou um dedicado pupilo de Jobs foi o cineasta Christopher Nolan (de Amnésia e a trilogia Batman). Em seu filme A Origem (Inception, de 2010), o esquema de segurança bolado foi tão intrincado quanto o enredo do filme, produzido pela Warner. Para minimizar a possibilidade de vazamento da obra – e de suas ideias e conceitos visuais – Nolan criou, ao lado de Emma Thomas, sua esposa e sócia, e do coprodutor Jordan Goldberg, um sistema de compartimentalização da informação, inspirado parcialmente no sistema do general Leslie Groves, do Projeto Manhattan de fabricação da bomba atômica (também usado na Apple, pelo diretor de arquitetura de segurança Ivan Krsti, no Mac OS X). Em A Origem, ninguém, dos atores aos eletricistas, poderia saber mais do que o necessário para fazer a sua parte. Sonegando à equipe acesso ao produto total, reduzia-se a zero o risco de vazamento da obra. Tais cuidados começaram com a entrega do roteiro. “Com Chris Nolan não existe cópia em PDF do script, para ser baixada e lida no iPhone”, disse Paul Franklin, chefe de efeitos visuais de Inception, à revista inglesa DIY. Para ler o roteiro, Franklin, que mora em Londres, voou a Los Angeles e, em uma sala fechada, junto com Goldberg, teve apenas duas

OS CampeõeS de pirataria Os 3 filmes mais baixados ilegalmente 1 avatar (2009), 21 milhões 2 BatmaN O CavaleIrO das trevas (2008), 19 milhões 3 traNsFOrmers (2007), 19 milhões

ratOeira digital

Tecnologias futuras para caçar piratas do entretenimento reCONheCImeNtO FaCIal

O laboratório de mídias digitais da University of the West of England criou um sistema de reconhecimento facial e corporal que mapeia os espectadores na sala de cinema. Um software analisa atitudes suspeitas, como rosto tenso e corpo imóvel de quem está gravando com camcorder, por exemplo.

Pegadas dO CrIme

Marcas d’água para identificação digital são coisas do passado. O engenheiro Pierre Moulin criou minúsculas impressões digitais invisíveis para os filmes. A vantagem do digital fingerprinnting é criar uma marca única para cada cópia da obra. Como se fosse uma impressão digital do filme.

dadOs eletrôNICOs

A NBC/Universal usa o e-discovery para combater a pirataria. Trata-se de um sistema eletrônico de pesquisa, localização e obtenção de dados para conseguir provas em um processo judicial. É usado pelos conglomerados de mídia para montar processos contra os autores de roubo de conteúdo do estúdio.

horas para destrinchá-lo. Inception acabou sendo um dos segredos mais bem guardados da história de Hollywood. Tornou-se um exemplo na arte de proteção à propriedade intelectual. É claro que hoje, dois anos depois de seu lançamento, é relativamente fácil baixar ilegalmente o DVD ou o BluRay do filme, mas pode apostar que Nolan deve estar pensando em algumas maneiras de apanhar os contraventores em seus próximos projetos.

Na ratOeIra dO NOkIa theater Em 12 de março, no Nokia Theater, a sessão de estreia de Jogos Vorazes estava para começar. Joe Drake, do Lionsgate, jogou duro na sua proteção. Um batalhão de funcionários foi encarregado de confiscar, na entrada, os celulares dos convidados. Até a atriz Jennifer Lawrence e o diretor Gary Ross tiveram de deixar seus smartphones na portaria. No cinema, detectores de metal foram instalados para a identificação de máquinas filmadoras (segundo consta, três foram confiscadas). Nos corredores, lanterninhas, munidos de óculos de visão noturna (goggles), procuravam possíveis piratas. A sala foi monitorada por um sistema de câmeras de circuito fechado. De pontos estratégicos, fachos de luz infravermelha, emitidos contra a plateia, tinham como objetivo identificar lentes de filmadoras. O aparato deu certo. Se havia alguma ameaça à sessão, ela foi debelada. E os piratas derrotados. Mas só por algum tempo. O filme, que estreou no dia 23 de março e arrecadou 155 milhões de dólares no fim de semana, já estava disponível para download ilegal em versão TS, feita com câmera digital, na segunda-feira, dia 26. Mesmo assim figura entre as maiores bilheterias da história de Hollywood.↙ Maio 2011 INFO

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TahIaNa D’EgmONT Comandou a Mentez, de games sociais, e agora parte para startup de serviços móveis

LaLaI LuNa E aNa Laura mELLO Fundadoras da agência Remix, especializada em mídias sociais

KarLa LOpEz Criou a JobConvo, serviço de teleconferência para entrevistas de emprego

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MIleNa escabeche e alINe MarcOlINO Do tryoop, serviço para degustação de produtos por meio de assinatura

Essas moças fazem parte de uma nova geração de empreendedoras digitais que transformaram boas ideias em negócios inovadores e rentáveis /

Por Cauã taborda

foto rui

MendeS

MarINa MIraNda trouxe para o Brasil a americana Mutopo, especializada em crowdsourcing

as damas

edição de imagem

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artnet digital

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Para exPerimentar Com menos de dois anos e fruto de uma pequena startup de Campinas (SP), o serviço Tryoop conquistou 15 mil usuários, que recebem em casa produtos novos para experimentar

A ideia nasceu em um jantar regado a vinho. As amigas

de faculdade Milena Escabeche, 30 anos, e Aline Marcolino, 29, resolveram aproveitar a experiência em marketing de uma e em logística da outra para montar o Tryoop, um serviço de assinatura mensal para a degustação de produtos. Funciona assim: os usuários se cadastram no site e recebem em casa novidades de marcas como Tommy Hilfiger, Natura, Adidas, Lacoste e Nestlé. Experimentam e postam seus comentários e reviews no site ou nas redes sociais. Lançado em maio de 2010, o Tryoop recebeu investimento do fundo Astella e trabalha hoje com 24 marcas, expostas em oito campanhas ativas de experimentação. Um novo serviço, batizado BlueBox, oferece produtos para o bem-estar, saúde e alimentação por 39,90 reais ao mês. “As meninas do Tryoop”, como Milena e Aline são conhecidas nos eventos de startups, montaram a empresa com investimentos próprios, o que Milena chama brincando de espírito friends, family and fools (amigos, família e tolos). Formada em 2004, Milena trabalhou com moda. Aline, a especialista em logística, atuou na IBM e na Lenovo. O Tryoop começa a gerar volume, com 15 mil usuários ativos. “Nossa principal meta agora é expandir a base de usuários, fazer com que as empresas percebam os benefícios e consolidar o Tryoop como a principal plataforma de experimentação do país”, diz Milena.

“Em uma startup, você deve sempre estar pronto para se adaptar. É preciso pensar hoje no que vai mostrar nos próximos seis meses” /Tahiana Milena

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Do game para o celular Aos 22 anos, Tahiana D´Egmont comandou no Brasil a operação da colombiana Mentez e ajudou a criar games como o Colheita Feliz. Agora, aos 26, vai lançar um novo negócio para dispositivos móveis

A carioca Tahiana D’Egmont,

“Quando o profissional se propõe a estar sempre à frente e inovar, é importante não ter medo de arriscar” /Tahiana

26 anos, pretende concluir neste ano o curso de publicidade, que iniciou em 2005. A ausência das aulas tem uma boa justificativa: Tahiana estava comandando empresas. Com interesse por SEO (Search Engine Optimization), Tahiana e um colega de faculdade montaram a cRio!, uma agência focada em buscas. “Conseguimos um investimento a juros baixos com o pai de um amigo e montamos um escritório no centro do Rio”, diz Tahiana. A agência se firmou, mas em determinado momento o negócio mudou o foco para webdesing e Tahiana perdeu o interesse. Decidiu, então, trocar o Rio por São Paulo e trabalhar como estrategista de SEO na agência MediaContacts. Em quatro meses, chegou a diretora de marketing e mídias sociais, atendendo clientes como Wall-Mart e Lancôme. Em um evento de internet conheceu o colombiano Juan Franco, CEO e cofundador da Mentez, uma empresa especializada em games sociais. Tahiana recebeu um convite para dirigir as operações da Mentez no Brasil, com participação nos negócios. “Foram dois anos de muito trabalho em aplicativos e jogos como o Colheita Feliz”, diz. Mas aí ela resolveu vender sua parte na empresa e viajar. Foi fisgada pela argentina Vostu, concorrente da Mentez, onde trabalhou por cinco meses, até decidir que era a hora de voltar a empreender. Agora, Tahiana se prepara para lançar um novo negócio voltado para dispositivos móveis.

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“No Brasil, os empreendedores se concentram no investimento, mas esquecem de pensar no fundamental: criar algo para solucionar um problema” /Karla

EntrEvista a distância Nascida em um programa para startups do governo chileno, a JobConvo, de Karla Lopez, oferece solução de telepresença que se propõe a simplificar o processo seletivo nas empresas

Uma das poucas brasileiras no Start-Up Chile, projeto do governo chileno para incentivar o desenvolvimento de novas empresas e ideias inovadoras, a paulistana Karla Lopez, 29 anos, decidiu largar o emprego formal e apostar no JobConvo, um serviço de recrutamento por telepresença. Ao contrário do que já existe no mercado, o JobConvo é um sistema assíncrono, ou seja, entrevistador e candidato gravam seus vídeos no momento mais oportuno para cada um. “Identificamos um grande potencial de mercado, principalmente para empresas que contratam muito ou os pequenos negócios, em que o recrutador é o dono”, diz Karla. Com experiência em serviços para RH e passagens por TAM e Ikwa, Karla desenvolveu a ideia e a transformou em negócio. Durante o evento no Chile, entre junho e dezembro de 2011, a nova startup testou a solução com a Aisec, uma organização sem fins lucrativos que recruta estudantes e recém-formados para vagas de trainee e estágio em outros países. “Foi nosso primeiro grande teste, com 200 entrevistas. O retorno dos candidatos e dos entrevistadores foi essencial para moldarmos a solução, lançada comercialmente em janeiro”, afirma. Com clientes no Chile, a JobConvo agora se prepara para operar no Brasil. Em paralelo, Karla começou um novo projeto, uma plataforma para a troca de materiais entre professores. Pelo programa Call to Innovation, o projeto garantiu a Karla uma bolsa integral na Singularity University, no Vale do Silício.

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No CrowdsourCiNg Dirigida no Brasil por Marina Miranda, a Mutopo é uma empresa americana que tem como meta difundir a cultura do crowdsourcing e seus benefícios para empresas de qualquer tamanho

Com experiência e formação acadêmica na área de audiovisual, a paulista Marina Miranda, 39 anos, abriu uma produtora, em 2007, para trabalhar com eventos em São Paulo. Começou, então, a direcionar o foco de sua empresa para a realização de eventos nas áreas de inovação e tecnologia. Em 2009, associou-se a Rodrigo Mesquita (ex-CEO da Agência Estado) no Teia-MG, um projeto financiado pelo governo de Minas Gerais para massificar ferramentas e conceitos da web 2.0, formando uma comunidade de prestadores de serviços para a área de tecnologia do estado. Mas outra vez sua carreira daria uma guinada quando, em 2010, Marina foi a Nova York conhecer a Mutopo, uma startup especializada em projetos de crowdsourcing. Shaun Abrahamson, o presidente da empresa, procurava um profissional para montar a Mutopo no Brasil e convidou Marina para ser cofundadora e diretora-geral no país. “Meu trabalho é mostrar às empresas os benefícios do crowdsourcing, como ganhos de produtividade, captação de recursos e suporte a novas ideias”, afirma Marina, que é também responsável por organizar eventos focados em crowdsourcing e inovação, como o Crowdsoursing Conference CCS12, que acontecerá nos dias 2 e 3 de julho na sede da Fecomercio, em São Paulo.

“Ideias são commodities. É necessário transformar a intuição em um produto pronto, pois é isso que trará resultados” /Marina

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Na mídia social A Remix, de Lalai Luna e Ana Laura Mello, é uma agência focada em ideias que se tornam conteúdo para mídia social

“O empreendedor precisa aprender a ser chefe, gerir pessoas, dosar a liberdade dos funcionários e também contratar e demitir” /Ana Laura

Criar uma empresa que aprovei-

te o timming de uma inovação é meio caminho andado para o sucesso. Foi o que fez a Remix, uma agência que se autodefine como especializada em ideias que viram campanhas, que se transformam em conteúdo para mídias sociais que, por sua vez, geram relacionamentos. A Remix é uma criação de Lalai Luna, 38 anos, nascida Elaine Santos, profissional especializada em social mídia que trabalhou por quatro anos na Agência Click de São Paulo. “Como a chegada da web no Brasil foi gradativa, não havia a figura de um profissional capacitado de comunicação que compreendesse o que estava acontecendo”, diz Lalai. “Fui chamada para a Click por conta de um blog que montei em 1999.” Mesmo sem grande experiência em gestão, Lalai decidiu apostar e propôs sociedade a Ana Laura Mello, 30 anos, amiga da Click e de noitadas. O começo da Remix foi marcado por projetos para clientes como Oi e o RedBull House of Art. “Nossa aposta foi trabalhar social media de uma forma diferente, com projetos menores que têm toda a nossa dedicação”, diz Ana Laura. Hoje, no comando de um time com 21 pessoas, Lalai aposta na profissionalização das campanhas para mídias sociais. “As redes sociais deixaram de ser vistas como algo que pode ser gerido pelo primo antenado do diretor”, diz a irreverente empreendedora.

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Um policial em cada bolso

Nos Estados Unidos, redes de vigilância usam celulares para localizar motoristas infratores, capturar criminosos e identificar ataques com armas químicas

Q

/ Por Nic FlemiNg, da New ScieNtiSt

Quando foram lançados, em meados da década de 1980, os telefones celulares transformaram a maneira como as pessoas se comunicam. Anos depois, eles mudaram o comportamento. Hoje, enviam mensagens multimídia, acessam a internet, são ao mesmo tempo câmera digital e editor de imagens, viraram um ótimo videogame e ajudam a encontrar o melhor caminho para chegar a lugares. Num futuro não muito distante, os smartphones vão passar por mais uma grande mudança: vão identificar de buracos nas ruas a criminosos. Com a ajuda de ferramentas como GPS, acelerômetro e giroscópio, os celulares e outros gadgets sem fio estarão ligados a redes de vigilância criadas para capturar bandidos ou detectar ameaças à segurança pública. No futuro, eles serão capa-

ilustração eduardo Belga - ilustrativa.

zes de encontrar aparelhos eletrônicos roubados, armazenar placas de veículos, farejar drogas e até evitar um ataque com armas químicas. Essas redes não vão eliminar a necessidade de uma força policial, mas darão ao governo olhos e ouvidos em milhares de lugares ao mesmo tempo. “O termo Big Brother é muito usado quando são discutidas tecnologias de vigilância”, afirma Howard Rheingold, autor do livro Smart Mobs, que descreve o poder da comunicação móvel para transformar a sociedade. “Mas nem o escritor George Orwell previu um futuro em que todas as pessoas fazem parte do Big Brother.” Redes de vigilância que usam aparelhos móveis começam a pipocar nos Estados Unidos. Um dos sistemas que já desperta o interesse do governo americano aposta em senso-

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res de posicionamento com GPS para identificar motoristas de transportadoras que usam um pequeno aparelho que envia um sinal de interferência para enganar o sistema de localização das empresas. As consequências podem ser desastrosas: vários serviços críticos, como as torres de controle de aeroportos, usam equipamentos de GPS. Depois de uma série de incidentes por causa da interferência do sinal, as autoridades estão dispostas a encontrar e prender os responsáveis. Uma das principais armas para combater os motoristas infratores é o smartphone. Durante a conferência do Instituto de Navegação, em Portland, nos Estados Unidos, o engenheiro Phil Ward propôs a criação do J911, um sistema que usa o GPS em celulares para encontrar quem comete esse tipo de delito. Vários telefones são capazes de identificar quando sinais de GPS estão sendo afogados por ruídos eletrônicos. Ward, que trabalha para a Navward GPS Consulting, quer adicionar um software que garanta que os smartphones enviem automaticamente dados para uma central de controle toda vez que isso for detectado. A central usa esses relatórios para determinar a localização de quem faz a interferência e avisa a polícia. Ward acredita que, com uma densidade de mil smartphones por quilômetro quadrado, levaria cerca de dez segundos para descobrir a localização de um aparelho de interferência em um raio de 40 metros. Não são apenas os telefones que podem transformar as pessoas em policiais cidadãos. Mario Gerla, cientista da computação da Universidade da Califórnia, quer usar os gadgets instalados em nossos carros para rastrear veículos suspeitos. Para isso, ele vai usar os serviços de navegação e conectividade sem fio, câmeras de vídeo usadas para estacionar e sistemas que evitam colisões, cada vez mais presentes nos veículos novos. Aí é só adicionar um mecanismo que reconhece placas, como os utilizados nas viaturas de polícia, e você tem o MobEyes. Na prática, o sistema coloca um policial dentro de cada automóvel. Ele tira fotos da placa de cada carro que

cruza seu caminho e coloca na imagem o horário e a localização onde isso aconteceu. Após um período predeterminado, há a troca da lista de placas armazenadas entre os veículos participantes do sistema em um raio de 100 metros. Em simulações em uma área de 2,4 quilômetros quadrados, Gerla descobriu que 300 veículos com MobEyes foram capazes de registrar todas as placas da região em poucos minutos.

CheIrO de mOrte As aplicações das redes cidadãs são inúmeras. Em Boston, nos Estados Unidos, motoristas terão à disposição um app chamado Street Bump. Ele usa o acelerômetro e o GPS do telefone para gravar a localização de um buraco toda vez que o carro passar por um e enviar os dados para a prefeitura, que aciona o serviço de reparo. Essas redes também podem ajudar a salvar vidas. O Cell-All é um sistema de vigilância ambiental que usa celulares para detectar no ar um produto químico nocivo à saúde. Isso serve para alertar sobre um acidente industrial ou, em casos mais drásticos, para um ataque com armas químicas. Desenvolvido pela agência de pesquisas em segurança interna dos Estados Unidos, o sistema foi criado para substituir os serviços de emergência como uma maneira mais rápida e confiável de pedir ajuda. Segundo a agência, o Cell-All salvaria vidas ao alertar rapidamente médicos e equipes de resgate a respeito de materiais perigosos. Com a vantagem de que o salvamento chegaria ao local já sabendo qual é o tipo de ameaça. “Detectores químicos já são utilizados em algumas cidades dos Estados Unidos, mas uma rede móvel seria mais efetiva e precisa”, afirma Stephen Dennis, gerente do projeto. Os primeiros testes do Cell-All aconteceram em setembro de 2011, em um cenário criado para parecer um quarto de hotel dentro do centro de treinamento dos bombeiros da cidade de Los Angeles. Monóxido de carbono foi liberado dentro do ambiente e um iPhone modificado soou um alar-

O Cell-All é um sistema de vigilância ambiental que usa celulares para detectar no ar um produto químico nocivo à saúde. Isso serve para alertar sobre um acidente industrial ou, em casos mais drásticos, para um ataque com armas químicas

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me, alertando os serviços de emergência. Em outros testes, o telefone identificou a presença de cloro ou amônia no ar. Com o passar do tempo, os sensores serão capazes de detectar até 400 produtos químicos, como ácido cianídrico, tolueno e gás mostarda. Para isso, os celulares serão equipados com um chip do tamanho de um selo, desenvolvido pelo centro de pesquisas da Nasa. Eles ainda custam caro, mas os pesquisadores esperam que a produção em série reduza o custo de cada processador para menos de 5 dólares por unidade. Se por um lado os smartphones ajudam a salvar vidas e a mandar bandidos para trás das grades, por outro, eles podem acabar com algo muito importante: a privacidade. Se cair em mãos erradas, esses serviços entregam dados pessoais, como lugar em que você mora e trabalha, que locais costuma visitar e onde seus amigos moram. “Só porque os dados estão sendo coletados para algo que vemos como benéfico não significa que sejam usados sempre para o bem”, disse Christine Peterson, presidente do Instituto Foresight, de Palo Alto, na Califórnia. As autoridades do governo sabem do desafio que terão de enfrentar para convencer as pessoas de que programas como o Cell-All não vão invadir sua privacidade. “O usuário precisa decidir fazer parte da rede”, disse John Verrico, porta-voz do departamento de segurança dos Estados Unidos. “Não é o seu telefone que queremos rastrear, mas o que originou os alertas.” Apesar da polêmica, o centro de pesquisa da Nasa espera de-

senvolver o Cell-All em parceria com a Qualcomm e mantém conversas também com a Apple, Samsung, LG e Nokia para discutir o design de aparelhos. Os primeiros smartphones com detectores químicos devem chegar ao mercado em 2013. Na disputa entre segurança e privacidade é possível ter uma solução que satisfaça os dois lados. “Queremos que pessoas comuns contribuam para o bem da sociedade, mas sem expor seu comportamento e sua localização no processo,” afirma David Kotz, do Instituto de Segurança, Tecnologia e Sociedade do Dartmouth College. Ele e sua equipe desenvolveram o AnonySense, um sistema que entrega uma gama completa de medidas de segurança para proteger o anonimato de qualquer um em uma rede sem fio. Funciona assim: um celular normalmente transmite um pacote de dados que inclui o seu único endereço MAC, definido durante a fabricação, e o seu endereço IP. O AnonySense usa rotação de endereços para disfarçar esses padrões. Um sistema de chaves de criptografia públicas e privadas também é usado para codificar e assinar os dados. Isso significa que os destinatários podem verificar se a fonte dos dados é confiável. Por fim, o AnonySense adiciona proteção extra ao modificar o tempo do envio dos relatórios de transmissão para evitar que referências cruzadas possam ajudar a identificar os usuários. Se der certo, o resultado pode ser uma vigilância de cidadãos feita por cidadãos e para cidadãos. E uma cidade mais segura para todos. ↙ Maio 2012 INFO

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espante a preguiça e organize as músicas

Você tem uma coleção gigante de músicas no pc, mas não sabe como mantê-la em ordem? Veja aqui uma seleção de programas e truques que podem dar uma mão

Quem gosta de música tem uma coleção de MP3 no computador, seja de álbuns baixados dos sites oficiais das bandas, convertidos de CDs (e LPs) seja comprada em lojas virtuais como o iTunes. Uma forma de organizar a discoteca é tocar cada arquivo, arrumar tags e criar pastas. Mas existem formas mais eficientes para isso. E com menos trabalho. Alguns programas ajudam a reconhecer a música, baixar as capas dos discos e organizar as pastas de acordo com critérios pré-selecionados. Conheça, a seguir, alguns deles.

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Qual é a música?

No mundo dos smartphones, aplicativos como o Shazam (abr.io/shazamandroid) servem para buscar informações de músicas pelo som. Pouca gente sabe, no entanto, que isso também pode ser feito em computadores com a ajuda de aplicativos como o Musicbrainz Picard (abr.io/picard) e o Tunatic (abr. io/tunatic). Apesar de não serem tão eficientes quanto o Shazam, esses programas funcionam com vários arquivos em uma só tacada e as músicas não preci-

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sam ser tocadas para a identificação. Depois de encontrar as informações, os programas guardam tudo nas tags dos arquivos, facilitando a localização e a organização das músicas.

Traga as capas

Para editar as tags de vários arquivos e baixar capas, o MP3tag (abr.io/mp3tagwin) é uma opção rápida e fácil. Basta acessar o menu Arquivo e adicionar uma pasta. Depois, selecionar uma ou mais músicas para alterar suas tags. É possível, por exemplo, incluir o nome do álbum a várias canções de uma só vez. O MP3tag baixa automaticamente as informações de um álbum. Selecionando todas as faixas e acessando o menu Fontes. Existem várias opções para a busca do álbum, caso o padrão (o serviço Freedb) não localize os dados.

Para audiófilos

Para coleções gigantes, há um programa que pode tornar mais fáceis as operações de edição de tags e download de informações de álbuns. Trata-se do MediaMonkey (abr.io/ mediamonkey), que também organiza as pastas conforme critérios definidos pelo usuário, como uma para cada intérprete e com subpastas para os álbuns dele. Tudo é feito de forma automática, ao adicionar novas músicas ou ao mudar as tags de arquivos. O MediaMonkey também conta com plugins que podem, por exemplo, baixar letras de músicas ou facilitar a localização de arquivos duplicados.

O iTunes arruma as pastas

Quem tem um iPod, iPhone ou iPad depende do iTunes para guardar e sincronizar músicas com o gadget. Mas há algumas vantagens no uso desse programa. Uma delas é a organização automática da coleção em pastas. Se as tags estiverem corretas na biblioteca do iTunes, acesse, no Windows, Arquivo > Biblioteca > Organizar Biblioteca. Marque o item Consolidar Arquivos e clique em OK. Agora, navegue até a pasta iTunes > iTunes Media > Music, dentro da pasta Músicas do usuário no Windows, para visualizar a coleção arrumada. Isso facilita backups e importação em outros programas. Precisa de mais ajuda para arrumar as tags no iTunes? Teste o ótimo programa TuneUp (abr.io/tuneupitunes).

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samuel casal

Sem contar carneirinhoS aplicativos para smartphone e pc que ajudam a dormir melhor

Para manter uma rotina

Uma das dicas mais simples para melhorar o sono é seguir uma rotina. “Dormir e acordar em horários parecidos, mesmo nos finais de semana, ajuda muito”, diz Sueli Rossini, psicóloga da USP especializada em medicina do sono. No iPhone, o aplicativo HabiTimer (abr.io/habitimer) cria alarmes diários com avisos para cada atividade. No Android, o aplicativo Life Reminders (abr.io/lifereminders) tem a mesma função.

Monitor girassol

Passar horas na frente da tela do tablet ou do monitor é uma receita perfeita para a insônia. “O ideal é desligar os aparelhos ao menos meia hora antes de dormir. E isso inclui a TV”, diz Sueli. O F.lux (abr.io/ flux) ajuda ao ajustar a tela automaticamente e mudar a iluminação para um padrão menos intenso à noite.

De olho no sono

Alguns programas usam o acelerômetro (ou giroscópio) do smartphone para simular um actígrafo, aparelho usado para testar a qualidade do sono. É preciso deixar o programa rodando à noite. No iOS, os melhores são o Sleep Cycle Alarm Clock (abr.io/sleepcycle) e o MotionX Sleep (abr.io/motionxsleep). No Android, baixe o Electric Sleep (abr.io/electricsleep).

Sons para acalmar

Sons da natureza, como o barulho da chuva e de cachoeira, ajudam no começo do sono. Com o app Ambiance (abr.io/ambiance), para iOS e Android, é só escolher o barulhinho e definir o tempo que ele será tocado.

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EscrEva mais rápido E fácil quatro opções de teclado para redigir de forma mais precisa e divertida no android

Não toque, arraste

Presente em vários smartphones com Android, o teclado Swype inovou ao permitir que o usuário escreva sem tirar o dedo do teclado. Basta arrastá-lo entre os botões, passando pelas letras de cada palavra. Com prática, é possível ser bem rápido. Se seu smartphone não tem Swype, instale o TouchPal (abr.io/touchpal). Ele tem um pacote extra, com suporte ao português.

Tecle com inteligência

O SwiftKey (abr.io/swiftkey) aposta em técnicas de inteligência artificial para prever o que será digitado. Ele analisa o estilo da escrita do usuário e sugere novas palavras. O mais interessante é que o SwiftKey não fica só nas palavras mais usadas. Ele usa como base frases tecladas anteriormente e sugere opções conforme a sequência de textos já digitada.

Emulador de iPhone

Se você prefere o estilo mais simples e direto do iOS, o Smart Keyboard Pro (abr.io/smartkeyboardpro) resolve. Ele segue o estilo do iPhone no funcionamento e no visual. Seu foco está na precisão e na visualização do que foi digitado. O Smart Keyboard Pro conta até com sons semelhantes aos do sistema da Apple.

Texto com ;-)

Os fãs de mensagens com ícones e de personalização do sistema do smartphone vão gostar do Go Keyboard (abr.io/gokeyboard). Ele facilita o uso de caracteres Emoji, que incluem emoticons e desenhos variados. Também conta com vários temas para deixar o visual do teclado mais bacana.

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O que O nOvO PhOtOshOP tem de melhOr conheça os recursos da versão cs6 do editor de imagem, que ainda está em teste

Para mover intrusos

Um dos recursos mais impressionantes do novo Photoshop (abr.io/pscs6) é a ferramenta de mover o conteúdo ao redor (content-aware). Ela permite mexer itens da foto ou duplicá-los de forma simples. Escolha a ferramenta Content-Aware Move Tool teclando J e abrindo as opções no botão que é selecionado do lado esquerdo da janela. Depois, marque o item que será movido. Quanto mais “justa” a seleção, melhor será o efeito. Escolhido o item, clique e arraste para a posição desejada. O Photoshop vai ajustar o item para a nova localização, usando o resto da imagem para tentar harmonizar o resultado.

Rapidez nas camadas

A versão CS6 trouxe facilidades para quem usa o recurso de camadas. Uma das mais legais é a busca. Acesse Select > Find Layers. Surge a janela que permite filtrar as camadas por critérios, como nome e cor.

Miniatura e ofuscamento

O efeito Iris Blur mantém o foco em um só elemento da imagem, deixando o resto borrado. Acesse-o em Filters > Blur > Iris Blur. Será preciso definir o centro do foco e a amplitude e o nível de ofuscamento. Outro bom efeito é o Tilt-Shift, que miniaturiza elementos da foto. Acesse Filters > Blur > Tilt-Shift e indique o local com os objetos que parecerão miniaturas.

Corte e ajeite

A ferramenta de corte (Crop) do CS6 foi melhorada. Para testá-la, clique no botão Crop Tool ou tecle C. Note que é possível arrastar os cantos da área de seleção de corte para definir os limites desejados para a foto. Ao arrastar um canto, é mostrado o tamanho que a imagem cortada terá. Abra os itens do menu Selection. Eles incluem proporções predefinidas de corte, o que é útil para quem sempre usa o mesmo formato de foto (é possível ainda criar seu padrão). Para completar, clique em Straighten, uma ferramenta de rotação personalizada. Crie uma linha ao longo do horizonte ou do elemento que mostra o ângulo correto da foto e pronto. Ela será ajeitada.

ilustração

samuel casal

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ArrAse no GooGle AnAlytics

Aproveite As ferrAmentAs mAis interessAntes que estreArAm ou receberAm modificAção no serviço

Vários serviços tentam concorrer, mas o Google Analytics é o melhor para controle de tráfego na web, pois funciona bem tanto em blogs quanto em sites gigantes. O Analytics ganhou mais recursos e melhorias na interface, além de opções de personalização e a possibilidade de acompanhar estatísticas de visitas em tempo real. Veja aqui como usar alguns desses novos recursos.

Centro de controle próprio

Ao entrar no Analytics, é exibido o centro de controle, que funciona como um cockpit do site, mostrando informações sobre o número de visitantes e o tempo médio nas páginas. Mas é possível criar um centro de controle personalizado, com os dados mais relevantes para a visualização rápida. Para isso, clique, no lado esquerdo da página inicial, em +Painel de Controle. É possível começar do zero ou usar o modelo atual do Analytics como padrão. Escolha uma das opções, dê um nome ao painel e pressione Criar Painel. Depois, é só usar o botão +Adicionar Widget para incluir novos gráficos, tabelas e métricas ao painel personalizado. Ele fica acessível na seção Painéis, à esquerda da página inicial.

Relatório personalizado

Um dos pontos fortes do novo Google Analytics está na melhoria dos relatórios personalizados. Eles permitem a visualização rápida dos dados considerados mais importantes para o site. Para criar um novo relatório, passe à guia Relatórios

ilustração

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AdriAnA girondA

Personalizados e pressione +Novo Relatório Personalizado. Nomeie o Relatório Personalizado e, na seção Denunciar Conteúdo (provavelmente uma tradução errada), dê um nome à primeira guia de conteúdo no campo Guia. Depois, inclua os dados que você quer visualizar, clicando em +Adicionar Métricas e selecionando um dos itens existentes. É possível criar seções no relatório, clicando em +Adicionar Grupo de Métricas. Adicione uma dimensão ao relatório, que pode ser, por exemplo, a cidade de origem dos visitantes. Por fim, pressione Salvar.

Dados em tempo real

Mesmo beta, o recurso de visualizar em tempo real os visitantes do site já funciona bem. Na página inicial, clique em Tempo Real e em Visão Geral. Serão mostrados os visitantes atuais do site e sua origem. É possível visualizar mais detalhes nas subseções de Tempo Real. Ao clicar em Locais, por exemplo, é mostrado um mapa-múndi detalhado, com cores indicativas da quantidade de visitantes de cada país.

Meu site está pesado?

O novo Analytics adicionou um medidor do tempo médio de carga da página. Clique em Relatórios Padrão > Conteúdo > Velocidade do Site. Será mostrado o tempo médio de carga do site, ao longo do tempo (conforme mudanças feitas nas páginas, por exemplo). O peso dos sites voltou a ganhar relevância com a proliferação das conexões móveis.

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/ Fotos Rafael evangelista Guia Tech

Notas 10,0 9,0 a 9,9 8,0 a 8,9 7,0 a 7,9 6,0 a 6,9 5,0 a 5,9 4,0 a 4,9 3,0 a 3,9 2,0 a 2,9 1,0 a 1,9 0,0 a 0,9

Impecável Ótimo Muito bom Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo

Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl

Smartphones / 96 Tablets / 99 Notebooks / 102 Desktops / 106 Monitores / 107 Câmeras / 108 Fones de ouvido / 111 Áudio e vídeo / 112 Radar / 114 Maio 2012 INFO

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Guia Tech

smartphones

há vida além do iphone

A seleção de smartphones com os sistemas Android, do Google, Windows Phone, da Microsoft, e até o MeeGo, da Nokia, mostra que nem só de Apple vive o mercado / por AirtoN loPes

Exclusivo É o primeiro (e o único) smartphone com o novo Android 4.0 no Brasil

a escolh id andro

maio 2012

a escolh ws windo

maio 2012

Galaxy X / SAmSung Se a intenção é ter um smartphone

com versão mais recente do Android, a Ice Cream Sandwich, sem depender da boa vontade de fabricantes para atualizar o sistema nos aparelhos atuais, a única opção é o Galaxy X. Além da interface mais organizada e recursos como o desbloqueio do smartphone por reconhecimento de face, o modelo mostrou nos testes uma autonomia de bateria notável.

ultimate / HTC A tela de 4,7 polegadas do Ultimate é a maior vitrine disponível no país para explorar os recursos do sistema Windows Phone 7.5. A agilidade nas respostas ao toque e na transição entre aplicativos e os menus muito bem desenhados para a plataforma da Microsoft é um ponto alto. A câmera também trabalha muito bem. A principal restrição ao modelo é a pouca duração da bateria.

4g (HSpA+) / Android 4.0 / omap 4460 Cortex A9 1,2 gHz dual core / 16 gB / Tela de 4,7” / Câmeras de 5 mp e 1,3 mp / 138 g / 13h22min de bateria(1)

3g / Windows phone 7.5 mango / Qualcomm Snapdragon S2 Scorpion 1,5 gHz / 16 gB / Tela de 4,7” / Câmera de 8 mp / 162 g / 4h15min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 9,1 custo/bEnEfício: 7,4

AvAliAção técnicA: 8,5 custo/bEnEfício: 7,4

/ R$ 1 999

/ R$ 1 799(2)

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(1) duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) preço do aparelho sem planos de voz e dados

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Galaxy Note / SamSung Praticamente um híbrido de smartphone e tablet, este aparelho com Android tem configuração poderosa e telona com 5,3 polegadas, o que proporciona uma ótima experiência para navegar na web e ver filmes. Os diferenciais são os aplicativos e a caneta especial que possibilitam desenhar sobre o LCD do Galaxy Note. Mas é esquisito telefonar em um smartphone tão grande.

Omnia W SGH-I677 / SamSung Não se trata de um

4g (HSPa+) / android 2.3 / Exynos Cortex a9 1,4 gHz dual core / 16 gB + microSD / Tela de 5,3” / Câmeras de 8 mP e 2 mP / 177 g / 10h27min de bateria(1)

3g / Windows Phone 7.5 mango / Snapdragon Scorpion 1,4 gHz / 8 gB / Tela de 3,7” / Câmeras de 5 mP e 0,3 mP / 116 g / 5h47min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 8,7 custo/benefício: 7,5

AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 7,1

/ R$ 1 799

/ R$ 999(2)

N9 / nokia O cardápio de smartphones de primeira linha só não se restringe ao iPhone e aos modelos com Android e Windows Phone graças ao N9. Ele tem design muito bacana, bons recursos e um sistema operacional com interface bonita e fácil de usar, o MeeGo. Porém, quem gosta bastante de instalar aplicativos vai encontrar muito menos opções para o N9 do que o disponível para outros smartphones.

Lumia 710 / nokia Os fãs da Nokia que querem um Windows Phone com design primoroso vão preferir o Lumia 800. Mas, com o mesmo processador e metade da memória interna, o Lumia 710 apresenta um desempenho semelhante ao do irmão mais velho para quase todas as tarefas. A câmera de 5 MP é mais modesta, mas funciona bem. O maior problema do modelo é a pouca duração da bateria.

3g / meego 1.2 / omap 3630 Cortex a8 1 gHz / 16 gB / Tela de 3,9” / Câmera de 8 mP / 137 g / 5h14min de bateria(1)

3g / Windows Phone 7.5 mango / Snapdragon Scorpion 1,4 gHz / 8 gB / Tela de 3,7” / Câmera de 5 mP / 125 g / 3h19min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 7,9

AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,0

/ R$ 1299

/ R$ 999(2)

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EDiçãO DE iMAGEM artnet digital

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smartphone básico, mas este é um dos mais baratos entre os modelos com o Windows Phone 7.5. As principais diferenças para aparelhos de topo de linha são a tela e a memória interna menores. Apesar disso, a performance fica no mesmo nível. Só que, como os Windows Phones não aceitam cartão de memória, a oferta de espaço para arquivos ganha importância.

Maio 2012 INFO

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Guia Tech

smartphones

Razr XT910 / Motorola Este Android de primeira linha da Motorola tem tela grande e corpo revestido por Kevlar, material usado em coletes à prova de bala. O aparelho é fino, mas não por inteiro. A parte superior da traseira é protuberante. Ali fica a câmera para fotos em 8 MP e vídeos em 1080p com qualidade elogiável. Ele vem com saída microHDMI e usa microSIM card, como o iPhone 4S.

Xperia arc S / Sony EriCSSon A câmera de 8

3G / android 2.3 / omap 4430 Cortex a9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / tela de 4,3” / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 127 g / 8h32min de bateria(1)

3G / android 2.3 / Snapdragon Scorpion 1,4 GHz / 1 GB + 16 GB (microSD) / tela de 4,2” / Câmera de 8,1 MP / 117 g / 9h53min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 8,8 custo/benefício: 7,6

AvAliAção técnicA: 8,5 custo/benefício: 7,5

/ R$ 1 699

/ R$ 1 699(2)

Defy Mini XT320 / Motorola Feito para aguentar o tranco, este modelo é construído com tela Gorilla Glass e resiste a poeira e eventuais mergulhos. A boa duração da bateria e aplicativos para auxiliar os corredores de final de semana reforçam a vocação do Defy Mini XT320 para acompanhar o usuário em atividades ao ar livre. Os pontos baixos são a tela e a memória interna reduzidas.

Optimus hub e510

3G / android 2.3 / MSM7225a-1 600 MHz / 116 MB + 2 GB (microSD) / tela de 3,2” / Câmeras de 3 MP e 0,3 MP / 107 g / 11h de bateria(1)

3G / android 2.3 / MSM 7227t arM v6 800 MHz / 150 MB + 4 GB (microSD) / tela de 3,5” / Câmera de 5 MP / 124 g / 8h28min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 7,6

AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 7,6

/ R$ 649

/ R$ 649(2)

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98 / InFo Maio 2012

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MP e o corpo curvado deste smartphone são os mesmos do Arc anterior, sem o S no nome. A principal vantagem da nova versão é o chip mais veloz, mas ainda com um único núcleo de processamento, e o aumento considerável na autonomia da bateria. Para quem pretende ligar na TV, o Arc S tem saída microHDMI e vem com o cabo.

/ lG Neste smartphone intermediário com bom acabamento e recursos decentes, o Wi-Fi pode ser aproveitado para conexão direta com outro dispositivo sem necessidade de roteador. A interface personalizada da LG para o Android tem boas sacadas, como o agrupamento de categorias no menu com o movimento de pinça com os dedos.

(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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Guia Tech

TaBlETs

A diferençA está nA telA

Testamos oito tablets com cinco tamanhos de LCD para saber quais são os melhores para navegar na web, ver vídeo, jogar e explorar com os dedos / pOr AirTon Lopes e CAuã TAborDA

ha Escol

maio 2012

Novo iPad / Apple Previsto para chegar ao Brasil

iPad 2 / Apple O lançamento do novo iPad não sig-

Tela de 9,7” / A5X Cortex A9 1,2 GHz dual core / 32 GB / 4G (lTe) / Wi-Fi / 662 g / iOS 5.1 / 6h24min de bateria(1)

Tela de 9,7” / A5 1 GHz dual core / 16 GB / Wi-Fi / 601 g / iOS 5.1 / 8h06min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 8,9 custo/benefício: 7,0

AvAliAção técnicA: 8,9 custo/benefício: 7,7

/ R$ 2 299

/ R$ 1 399

em maio, conforme INFO apurou, o novo iPad ficou melhor para quem devora e-books e joga no tablet. A tela com resolução de 2 048 por 1 536 pixels deixa os textos com uma nitidez notável. Os games aproveitam bem a qualidade do display e a força do processador com quatro núcleos para gráficos 3D. Mas há efeitos colaterais. O iPad esquenta bastante (chegou a 34,5 graus no INFOlab) e a bateria dura menos. No Brasil, a conexão 4G será só enfeite.

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(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-Fi e Bluetooth ativados (2) Preço estimado com base no modelo de 32 GB e 3G do iPad 2

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nificou a morte do iPad 2 mais simples, o modelo com 16 GB de memória e sem 3G. Vendido a preço reduzido, ele é uma opção para quem busca um tablet leve, com ótima autonomia de bateria e toda a qualidade dos aplicativos para o sistema iOS sem se importar com a tela e a câmera melhores do novo iPad. Entre as desvantagens, a falta de iPads 2 com mais memória se junta à incapacidade de rodar Flash e ligar o tablet na TV sem gastar com acessórios.

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GuiA TEch

TABLETS

Eee Pad Slider / Asus Está longe de ser a maioria, mas há muitos usuários que se sentem mais à vontade digitando em um teclado físico, mesmo no tablet. Para esse público, o Eee Pad Slider é uma solução versátil, já que não obriga ninguém a carregar um acessório extra. Quando necessário, o teclado desliza da traseira do tablet deixando-o com um jeitão de netbook sem touchpad. Ele traz em suas laterais portas USB e miniHDMI, mas é um pouco pesado demais. Tela de 10,1” / Tegra 2 1 GHz dual core / 16 GB + microsD / Wi-Fi / 960 g / Android 3.2 / 6h24min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,2 custo/benefício: 7,0

/ R$ 1 614

Xoom 2 / MoTorolA Em sua segunda encarnação, o tablet com tela de 10,1 polegadas fez o upgrade necessário para figurar entre os modelos Android com as configurações mais poderosas. O design melhorou com a redução significativa de peso para os atuais 607 gramas, mas a posição dos botões de força e volume na traseira é pouco conveniente. Além de aplicativos de entretenimento, ele traz ferramentas para o ambiente corporativo, como criptografia.

myPad TA 1013G / seMP TosHiBA Ele tem proces-

Tela de 10,1” / oMAP 4430 1,2 GHz dual core / 32 GB + microsD / 3G / Wi-Fi / 607 g / Android 3.2 / 6h55min de bateria(1)

Tela de 10,1” / Tegra 2 1 GHz dual core / 8 GB + 16 GB (microsD) / 3G / Wi-Fi / 775 g / Android 3.2 / 7h33min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 8,6 custo/benefício: 7,1

AvAliAção técnicA: 7,6 custo/benefício: 6,6

/ R$ 1 899

/ R$ 1 699

100 / INFO Maio 2012

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sador de dois núcleos, câmera de 5 MP, saída miniHDMI e conexão 3G. Mas o único diferencial positivo do myPad é a recepção de rádio FM com a ajuda de uma antena retrátil. A tela de 10,1 polegadas é bem espaçosa para navegar na web e exibir vídeos, só que a reprodução de clipes em alta definição no player do Android deixou a desejar. A memória interna é de apenas 8 GB, mas o modelo vem com um cartão de 16 GB.

(1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-Fi e Bluetooth ativados

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a Escolh id andro

Galaxy Tab 7.7 GT-P6800

/ SamSung Depois dos modelos de 7, 8,9 e 10,1 polegadas, a Samsung agora oferece um tablet com tela de 7,7 polegadas. O modelo pesa só 340 gramas e tem 0,8 cm de espessura. A configuração supera a dos irmãos maiores, pois possui entrada para cartão de memória e funciona como telefone. Quer mais? Ele é o novo recordista em duração de bateria dos testes do INFOlab. Pena que para ligar o Galaxy Tab 7.7 na TV é preciso comprar um cabo MHL.

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Tela de 7,7” / Exynos Cortex a9 1,4 gHz dual core / 16 gB + microSD / 4g (HSPa+) / Wi-Fi / 340 g / android 3.2 / 11h26min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,9 custo/benefício: 7,3

/ R$ 1 799

Ypy 7 / POSiTivO Como na maioria dos produtos da mar-

Breeze 2 MW0821 / aOC A surpresa positiva nos

Tela de 7” / Cortex a8 1 gHz / 2 gB + 8 gB (microSD) / Wi-Fi / 459 g / android 2.3 / 4h06min de bateria(1)

Tela de 8” / Cortex a8 1,2 gHz / 4 gB + microSD / Wi-Fi / 520 g / android 2.3 / 4h52min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 6,9

AvAliAção técnicA: 7,3 custo/benefício: 7,6

/ R$ 999

/ R$ 899

ca, a Positivo tenta ser o mais amigável possível com novatos que não fazem questão de recursos avançados. O Ypy tem um LCD de 7 polegadas que nem sempre responde tão bem aos toques e um sistema Android feito para smartphones, mas que quebra bem o galho para o básico no tablet. Ele vem com aplicativos, jogos, jornais e revistas nacionais e dá para baixar mais conteúdo nas lojas da Positivo e do Android.

testes com o Breeze foi a tranquilidade para rodar vídeos em 1080p nos formatos XviD, MPEG-4 e MKV com legendas em arquivos separados. O único reparo fica para a exibição de caracteres estranhos em letras acentuadas. Outro bom recurso é a porta USB para receber pen drive ou teclado. Mas sobram restrições ao aparelho. As mais graves são a qualidade da tela, o peso e a falta da loja de aplicativos.

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Guia Tech

NOTEBOOKS

Timaço de noTebooks De modelos levinhos e poderosos a basicões, o INFOlab testou 11 máquinas para atender a todos os públicos / Por aIrtON lOpes

sem Riscos A tela do XPS é coberta por vidro Gorilla Glass, resistente a arranhões e pancadas

XPS 13 / Dell O ultrabook da Dell

é vendido em três versões. A mais poderosa foi a melhor da categoria em quase todas as provas de performance no INFOlab. Porém, o campeão de força também ostenta a posição de lanterna dos ultrabooks na duração de bateria. Outra desvantagem é a falta de leitor de cartão, saída HDMI e conexão para rede cabeada. Além de belo, o modelo é bem resistente. O corpo é feito de alumínio usinado e fibra de carbono.

Tela de 13,3” / Intel Core i7-2637M 1,7 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,4 Kg / Windows 7 Home Premium / 1h20min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,3 custo/benefício: 6,6

/ R$ 5 999

Zenbook uX31e / ASuS De zen esse ul-

trabook só tem o nome. O modelo é dono de uma configuração bem nervosa, com direito a chip Core i7, tela de 13,3 polegadas com resolução de 1 600 por 900 pixels e ótimo desempenho nos testes envolvendo atividades comuns e com gráficos em 3D. Também é dele o recorde de duração de bateria. O Zenbook ficou ligado longe da tomada por 2 horas e 53 minutos. O acabamento do corpo é belo, com espessura que varia entre 0,3 e 1,7 centímetro. Mas o preço...

ha EScOl

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Tela de 13,3” / Intel Core i7-2677M 1,8 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,4 Kg / Windows 7 Home Premium / 2h53min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,6 custo/benefício: 6,8

/ R$ 5 699

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(1) duração de bateria medida com o software battery eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes.

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Aspire S3 / ACer O ultrabook com tela de 13,3 polegadas da Acer é o mais barato (ou menos caro, se preferir) lançado oficialmente no Brasil. Por 2 799 reais, ele é tão magrinho quanto os modelos topo de linha, mas com uma configuração mais modesta e sem a presença de portas USB 3.0. O resultado foi uma performance sensivelmente inferior nos testes do INFOlab. Mas o Aspire S3 trabalha tão bem quanto um laptop intermediário de 14 polegadas.

Folio 13

Tela de 13,3” / Intel Core i3-2367M 1,40 GHz / 4 GB / HD de 320 GB e SSD de 20 GB / Vídeo onboard / 1,4 Kg / Windows 7 Home Basic / 2h04min de bateria(1)

Tela de 13,3” / Intel Core i5-2467M 1,6 GHz / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,5 Kg / Windows 7 professional / 2h46min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 7,6 custo/benefício: 7,4

AvAliAção técnicA: 8,6 custo/benefício: 7,4

/ R$ 2 799

/ R$ 3 699

/ Hp O desempenho na maratona de testes do INFOlab faz do ultrabook da HP uma boa opção, especialmente para quem valoriza a autonomia de bateria. A porta de rede presente em uma das suas laterais não exige o uso de adaptadores, como ocorre em outros laptops superfinos. Uma das poucas desvantagens do Folio 13 é o espaço reduzido disponível para instalar programas e armazenar arquivos. Ele sai da caixa com apenas 73 GB livres.

MacBook Air / Apple Antes mesmo de inventarem o termo ultrabook, o MacBook Air já deixava todos babando pelo seu design. Ao incorporar um processador Core i5, a atual geração do modelo de 11,6 polegadas, lançada no meio de 2011, passou a aliar beleza à força para executar tarefas com a mesma facilidade que máquinas maiores. Só que, hoje, ele perde para os ultrabooks atuais em autonomia de bateria, ofertas de portas USB 3.0 e HDMI e espaço de armazenamento. Tela de 11,6” / Intel Core i5-2467M 1,6 GHz / 2 GB / SSD de 64 GB / Vídeo onboard / 1 Kg / Mac OS X lion / 1h25min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,1 custo/benefício: 7,5

/ R$ 2 999

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Guia Tech

NOTEBOOKS

envy 17 3D 3095-br / HP O chip, a memória farta e a placa de vídeo tornam o Envy 17 3D um notebook com potência de sobra para qualquer tarefa. A sua telona de 17,3 polegadas full HD pode ser aproveitada para a diversão em 3D com games e filmes em Blu-ray. Mas o uso dos óculos 3D ativos é desconfortável. Quer trabalhar ou jogar em mais de uma tela? Sem problemas. O Envy 3D tem uma saída HDMI e duas DisplayPort para serem utilizadas simultaneamente, ligando três monitores ao notebook. O seu sistema de áudio possui seis alto-falantes. Tela de 17,3” / Intel Core i7-2670QM 2,2 GHz / 8 GB / HD de 1 TB / Radeon HD 7690M XT 1 GB / BD-ROM/ DVD-RW / 3,4 Kg / Windows 7 Home Premium / 1h39min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,8 custo/benefício: 6,5

/ R$ 9 999

Série 7 chronos /

SaMSunG A tendência de magreza dos ultrabooks também aparece nos notebooks com telas grandes, os substitutos do desktop. O Série 7 Chronos tem peso e silhueta de um laptop de 14 polegadas, mas seu LCD envolto por uma moldura estreita mede 15 polegadas. A tela possui revestimento antirreflexos, uma boa pedida para o trabalho em ambientes abertos. Porém, o ângulo de visão vertical deixa a desejar. Com HD de 1 TB, placa de vídeo boa e 2,1 quilos, o modelo é o notebook de 15 polegadas mais leve que já passou pelo INFOlab.

Tela de 15” / Intel Core i5-1450M 2,5 GHz / 6 GB / 1 TB de HD / Radeon HD 6750M 1 GB / DVD-RW / 2,1 Kg / Windows 7 Home Premium / 1h43min de bateria(1) AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 7,6

/ R$ 3 099

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(1) Duração da bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes.

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a Escolh mica Econô

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G53SW 3D / Asus Com a aparência de uma máquina

P430-K / LG O modelo de 14 polegadas da LG une boa

Tela de 15,6” / Intel Core i7-2630QM 2 GHz / 8 GB / HD de 750 GB / GeForce GTX 460M 1,5 GB / BD-ROM/DVD-RW / 3,9 Kg / Windows 7 Home Premium / 1h07min de bateria(1)

Tela de 14” / Intel Core i7-2620M 2,7 GHz / 4 GB / HD de 640 GB / GeForce GT520M 1 GB / DVD-RW / 1,9 Kg / Windows 7 Home Premium / 1h09min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 8,5 custo/benefício: 6,8

AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,2

/ R$ 5 699

/ R$ 2 499

STI IS 1442

/ seMP TOsHIBA Equipado com processador Core i5, a máquina da Semp Toshiba tem o mínimo esperado de um laptop intermediário sem portas USB 3.0. É mais do que o suficiente para encarar as tarefas básicas e aproveitar a saída HDMI para rodar vídeos em 1080p na tela da TV sem engasgos. Mas seu principal apelo, mesmo, é o preço similar ao de laptops com Core i3.

Premium N9250 / POsITIVO Esse modelo básico vem repleto de aplicativos para ajudar quem está comprando seu primeiro notebook. Em ação, ele executa sem problemas as tarefas triviais. Mas não espere muito mais do que isso. Um detalhe admirável é o layout do teclado, que não exige combinações para digitar / e ?. Por outro lado, o touchpad sem delimitação de área é muito ruim de usar.

Tela de 14” / Intel Core i5-2450M 2,5 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / DVD-RW / 2,1 Kg / Windows Home Premium / 1h21min de bateria(1)

Tela de 14” / Intel Core i3-2310M 2,1 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / DVD-RW / 2,1 Kg / Windows 7 Home Basic / 1h30min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 7,5 custo/benefício: 7,9

AvAliAção técnicA: 7,3 custo/benefício: 7,7

/ R$ 1 499

/ R$ 1 599

de guerra, drive Blu-ray, chip quad-core e placa de vídeo com 1,5 GB de memória, esse notebook com enorme poder de fogo para rodar games de qualquer calibre exibe imagens tridimensionais para serem vistas com óculos 3D ativos. Mas a tela de 15,6 polegadas decepciona pela resolução de apenas 1 366 por 768 pixels. Das suas quatro portas USB, só uma é USB 3.0.

configuração e visual interessante. A combinação de processador Core i7 com placa de vídeo dedicada proporcionaram ao P430 os melhores resultados da categoria nos testes do INFOlab com simulações de uso de aplicativos e jogos. O outro lado da moeda é a autonomia de bateria, abaixo da média. É uma pena não ter portas USB 3.0.

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Guia Tech

DESKTOPS

Máquinas sobre a Mesa O INFOlab testou três desktops com configurações e preços variados para quem não pretende se render aos notebooks / PoR CarlOs MaChadO som na caixa Criada pelo rapper Dr Dre, a função Beats Audio melhora o áudio do PC

TouchSmart 420-1000br / HP Este tudoem-um destaca-se pela qualidade da tela sensível ao toque e pelos bons resultados nos testes do INFOlab. Também conta ponto a favor suas duas conexões USB 3.0. Para ser ainda melhor, faltou uma placa de vídeo dedicada. O áudio tem a função Beats Audio, ligada pelo botão B, no teclado. Sem ela, o som exibe distorções. Tela touchscreen de 21,5” / Intel Core i5 2400S 2,6 GHz / 4 GB / HD de 1 TB / DVD-RW / Wi-Fi n / Windows 7 Home Premium avaliação técnica: 7,8 custo/benefício: 7,5

/ R$ 3 199

XPS 8300 / Dell Este é um micro para grandes ta-

refas. O processador mostra desempenho acima da média e a placa de vídeo tem capacidade suficiente para rodar vídeos em 1080p e jogos não muito pesados. Como se trata de um PC de ponta, esse XPS poderia trazer um drive de Blu-ray em lugar do de DVD. Não vem com monitor.

D3100 / PoSITIVo Trata-se de um micro com processador e placa-mãe de netbook montados num gabinete de desktop. Sua configuração é fraca para um computador de mesa. O monitor, que tem alto-falantes embutidos, exibe cores esmaecidas e produz som bem baixo. O sistema também traz um sintonizador de TV e rádio.

Intel Core i7 2600 - 3,4 GHz / 12 GB / HD de 1 TB / DVD-RW / AMD Radeon HD 6670 1 GB / Wi-Fi n / Windows 7 Home Premium

Intel Atom D525 1,8 GHz / 2 GB / HD de 500 GB / DVD-RW / Windows 7 Starter / Monitor de lCD de 18,5”

avaliação técnica: 7,9 custo/benefício: 7,7

avaliação técnica: 5,9 custo/benefício: 6,6

/ R$ 3 799

/ R$ 1 119

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moniToREs

Finos, rápidos e plugados

Os melhores monitores são muito mais do que simples parceiros do desktop. Eles fazem a diferença nos games, têm conexão para smartphones e viram TV / PoR LEOnardO VEras

a Escolh mica Econô

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M2550D-PS

/ LG Graças ao grande número de conexões, o sintonizador digital e os alto-falantes embutidos, nada impede que este monitor também seja usado como TV. Quem se dispuser a brincar com os menus será recompensado com belas imagens. Mas outros ajustes são necessários para que ele exiba textos com qualidade.

XL2420TX

Tela de 25” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 5 000 000: 1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas: 2 HDMI, 1 D-Sub, 1 vídeo componente, 1 RCA, 1 P2 / Saídas: 1 P2, 1 áudio óptica, 2 coaxial / USB

Tela de 24” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 12 000 000: 1 / Tempo de resposta: 2 ms / Entradas: 2 HDMI, 1 D-Sub, 1 DVI, 1 DisplayPort / Saídas: 1 P2 / 4 USB

AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,5

AvAliAção técnicA: 9,2 custo/benefício: 7,3

/ R$ 899

/ R$ 1 499

/ BEnq Rápido e repleto de opções de personalização, esse monitor especial para games ajuda a mirar inimigos virtuais. Pode-se mudar o nível de preto de regiões da imagem para ajudar a identificar adversários escondidos e salvar múltiplos conjuntos de ajustes. A variedade de entradas do monitor é notável.

S23B550V / SAMSUnG A presença da conexão MHL, adotada por smartphones e tablets, é o maior diferencial deste monitor. Nos testes, o recurso funcionou bem, espelhando a tela de um Samsung Galaxy II em alta definição ao mesmo tempo em que fornecia eletricidade para o celular. A qualidade de imagem foi prejudicada em algumas situações pela granulação das cores. O áudio excedeu as expectativas. Tela de 23” / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Contraste dinâmico: 5 000 000: 1 / Tempo de resposta: 2 ms / Entradas: 2 HDMI, 1 D-Sub / Saídas: 1 P2 AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 7,4

/ R$ 599

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CÂMERAS E FILMADORAS

Para clicar e filmar

Testamos sete câmeras, duas filmadoras e um binóculo – sim, um binóculo – ideais para amantes de fotografia, cineastas de fim de semana ou até espiões / POr maurÍcio moraes

bem na foto O flash pode dar lugar a outros acessórios, como o GPS (não incluído)

NX200 / SamSunG É muito fácil bater fotos com uma câmera compacta, mas as limitações são percebidas quando surge o desejo de produzir cliques mais criativos. Como migrar para um modelo avançado – mais pesado, complicado e caro – pode ser um obstáculo, câmeras híbridas como a NX200 tentam unir o melhor dos dois mundos. Com um sensor de tamanho similar ao de uma SLR básica e um corpo compacto, o aparelho usa lentes intercambiáveis e registra imagens com qualidade comparável à de uma reflex. A NX200 traz modos semiautomáticos e manuais, acessados por uma interface intuitiva. Um anel ao redor da lente, usado em conjunto com o botão iFn, permite regular abertura, velocidade ou compensação de exposição. O modelo inclui flash destacável. Sob o sol, às vezes, fica difícil de enxergar o visor de LCD.

20,3 mP / Zoom de 2,5x (30 a 75 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3” / 415 g avaliação técnica: 8,1 custo/benefício: 7,4

/ R$ 2 499

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1 V1 / NikoN A 1 V1 (ao lado de ou-

tro modelo da empresa, a 1 J1), marca a estreia da Nikon nas câmeras híbridas. O modelo traz design retrô, corpo robusto e interface simples. Além do disparador mecânico, há outro eletrônico, bom para cliques contínuos. A qualidade das imagens é boa, mas o ajuste de brancos poderia ser melhor. Não vem com flash.

FinePix SL300 / FujiFiLM Com um zoom de 30 vezes, a SL300 permite fotografar pessoas, animais ou objetos bem distantes. Apesar do corpo grandalhão, a câmera é leve e encaixa-se bem nas mãos. Suas imagens têm qualidade superior à das compactas, mas com ruído perceptível a partir do ISO 200. Os controles manuais são limitados.

Lumix DMC-FZ47 /

PaNasoNiC Tão fácil de usar quanto uma compacta, a FZ47 não decepciona a quem procura por recursos mais avançados. Há botões de atalho para as principais funções. O superzoom de 24 vezes dá versatilidade ao modelo. Nos testes, as imagens apresentaram cores equilibradas, mas um pouco saturadas.

10,1 MP / Zoom de 3x (27 a 81 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3”/ 493 g

14 MP / Zoom de 30x (24 a 720 mm) / Filma em 720p / LCD de 3” / 558 g

12,1 MP / Zoom de 24x (25 a 600 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3” / 491 g

AvAliAção técnicA: 7,9 custo/benefício: 6,8

AvAliAção técnicA: 8,1 custo/benefício: 7,6

AvAliAção técnicA: 8,1 custo/benefício: 7,3

/ R$ 4 257

/ R$ 1 199

/ R$ 1 699

a Escolh mica Econô

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Coolpix P7100 / NikoN

ELPH 500 HS / CaNoN

WB150F / saMsuNg Dê adeus

10,1 MP / Zoom de 7,1x (28 a 200 mm) / Filma em 720p / LCD de 3” / 393 g

12,1 MP / Zoom de 4,3x (24 a 105 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3,2” / 185 g

14,2 MP / Zoom de 18x (24 a 432 mm) / Filma em 720p / LCD de 3” / 210 g

AvAliAção técnicA: 8,1 custo/benefício: 6,8

AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 7,1

AvAliAção técnicA: 7,8 custo/benefício: 7,8

/ R$ 2 499

/ R$ 1 549

/ R$ 831

Aviso aos iniciantes: fujam da P7100. A câmera tem 16 botões, alguns deles personalizáveis, e é indicada para fotógrafos experientes à procura de uma compacta avançada. O visor LCD move-se a um ângulo de até 90 graus, bom para clicar ou filmar. Nos testes, a qualidade das fotos ficou acima da média.

A câmera aposta na simplicidade. No corpo do modelo há apenas três botões, uma alavanca de zoom e um seletor para alternar entre os modos automático e interativo. Os demais controles são feitos pela tela sensível ao toque. O sensor, retroiluminado, garantiu fotos muito boas em ambientes fechados e abertos.

aos cabos. A WB150F vem com WiFi e consegue enviar fotos e vídeos direto da câmera para PC, e-mail, Facebook, Picasa ou YouTube. Dá até para fazer backup online no serviço SkyDrive, da Microsoft. O modelo fez boas imagens em lugares fechados e fotos abaixo da média em áreas externas.

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CÂMERAS E FILMADORAS

DeV-5K

/ sony Os óculos do Google ainda vão demorar para chegar, mas já existe uma alternativa para incrementar a visão. Fruto do cruzamento de um binóculo com uma filmadora e uma câmera, o DEV5K traz zoom óptico de dez vezes e grava imagens tridimensionais de alta definição, além de bater fotos de 7,1 megapixels. Mesmo com aproximação máxima, a estabilização de imagem funciona muito bem. Caro e pesado, o equipamento é indicado para uso profissional, como a gravação de reportagens investigativas.

Full HD (1080p) / cartão sD / Zoom de 10x/20x (óptico/digital) / 15,4 x 9,4 x 23 cm / 1,4 kg / 5h56min de bateria AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 5,9

/ R$ 6 999

SDR-T71

/ Panasonic Se a ideia é produzir vídeos para compartilhar no YouTube ou em redes sociais, a SDR-T71 cumpre bem o seu papel. As gravações feitas com a filmadora têm resolução máxima de 480p. Na web isso não é um problema, mas a imagem não fica boa em TVs de alta definição. Como há poucos controles manuais e limitadas opções de ajuste, mesmo quem não tem experiência consegue operá-la sem dificuldade.

everio GZ-eX210 / JVc Uma das estrelas da feira Consumer Electronics Show (CES) deste ano, a filmadora inova por ter Wi-Fi. O recurso permite mandar vídeos de até 15 segundos por e-mail, transferir conteúdo para o smartphone ou transformá-la em uma câmera de vigilância. Sua interface, contudo, não é intuitiva. Configurar as funções que exigem Wi-Fi e digitar no teclado virtual requer paciência. A duração da bateria ficou abaixo da média.

sD (480p) / HD de 4 GB + cartão sD / Zoom de 78x/100x (óptico/digital) / LcD de 2,7” / 4,6 x 6,2 x 11,4 cm / 236 g / 2h21min de bateria

Full HD (1080i) / cartão sD / Zoom de 40x/200x (óptico/digital) / LcD de 3” / 4,6 x 5,38 x 11,9 cm / 234 g / 1h29min de bateria

AvAliAção técnicA: 6,9 custo/benefício: 7,3

AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 7,6

/ R$ 899

/ R$ 1 499

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fones de ouvido

para todos os gostos

A seleção de fones tem de tudo: ótima qualidade de som, modelo para DJs e opção para quem gosta de ouvir música alta, mas sem atrapalhar os outros / PoR Airton Lopes

2_ ShL5605BK citiScape Downtown /

PhiliPs Para quem se desloca pela cidade ouvindo música no celular e quer se livrar dos fones intra-auriculares. É leve, confortável e funciona como headset para atender chamadas. O som é de boa qualidade e não vaza.

1

2

Formato concha / headset / Conexão P2 / Cabo de 1,2 m / sensibilidade: 102 dB/mW / Resposta de frequência: 18 - 22 000 hz / 174 g AvAliAção técnicA: 7,7 custo/benefício: 7,7

/ R$ 259

3_ MDR-Nc40 / sony A qualidade de som é muito

a escolh mica econô

boa e pode ser desfrutada mesmo em locais barulhentos. O modelo possui um sistema eletrônico de cancelamento de ruído externo eficaz alimentado por uma pilha AAA. Na cabeça, o peso é mínimo. Só que o MDR-NC40 parece frágil.

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Formato concha / Conexão P2 (adaptador P2 duplo) / Cabo de 1,5 m / sensibilidade: 102 dB/mW / Resposta de frequência: 14 - 22 000 hz / Cancelamento de ruído / 120 g AvAliAção técnicA: 8,1 custo/benefício: 7,6

/ R$ 314

1_ ae2 / Bose Mesmo não sendo um dos modelos mais sofisticados da Bose, impressiona pelo som com graves bem definidos e agudos limpos. Ele não tem sistema eletrônico de ruídos, mas oferece um isolamento acústico muito bom. Pelo preço elevado, falta robustez ao acessório.

4_ hDP DJ-Pro M1001 / heRCules A faixa de resposta de frequência é uma das mais amplas entre os fones avaliados pelo INFOlab. Ou seja: ele manda bem tanto em graves como em agudos. Uma coisa chata é o rangido produzido pelas peças plásticas do acessório.

Formato concha / Conexão P2 / Cabo de 1,7 m / sensibilidade: não divulgada / Resposta de frequência: não divulgada / 140 g

Formato concha / Conexão P2 (adaptador P10) / Cabo de 1,5 m (espiral de 3 m) / sensibilidade: 107 dB/mW / Resposta de frequência: 5 - 30 000 hz / 382 g

AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 6,9

AvAliAção técnicA: 8,4 custo/benefício: 6,7

/ R$ 699

/ R$ 899

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ÁUDIO E VÍDEO

Que tal falar com a tV? A televisão da LG que entende o que você diz é o destaque da seleção de equipamentos de som e vídeo testados pelo INFOlab / pOr AIrtON LOpes

Dois em um O Magic Control tem um microfone embutido para ajudar a fazer buscas usando reconhecimento de voz

cinema Screen 47LM8600 / LG Se você acha sua smart TV inteligente, saiba que a Cinema Screen 47LM8600 é mais. Ela é a primeira TV com reconhecimento de voz testada pelo INFOlab. O ditado substitui a digitação no uso da ferramenta de busca de conteúdo em dispositivos conectados à TV, nos aplicativos instalados e na web. O grau de acerto para termos e sentenças em português é bem alto. A TV se confunde apenas com aumentativos, diminutivos e, claro, expressões que não estão em dicionários. As palavras são captadas pelo microfone do Magic Remote, um controle remoto do tipo apontador que facilita bastante a exploração das funções de smart TV. Em um dos aplicativos instalados na TV, o 3D World, dá para assistir por streaming programas com imagens tridimensionais e legendas em português. Outra maneira de aproveitar bem o 3D é jogar videogame em dupla no modo Dual Play sem precisar dividir a tela ao meio.

Tela de 47” / Full HD / LCD com LED / 3D passivo, vem com 6 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth AvAliAção técnicA: 8,9 custo/benefício: 6,7

/ R$ 6 999

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HB806SV / LG As caixas desse home theater compacto da LG são competentes e práticas. Elas possuem uma base que permite a instalação sobre móveis ou na parede e produziram um som de muito boa qualidade no INFOlab. O áudio tem graves decentes, riqueza de detalhes e é bem distribuído. O sistema toca filmes em Blu-ray 3D e arquivos nos principais formatos de vídeo, sempre exibindo as legendas. Pena não ter Wi-Fi para facilitar a conexão com a rede.

HTS5593/78 / PHILIPS Uma vantagem do sistema

Blu-ray 3D / 5.1 / 850 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo composto / Entradas: 1 óptica, 1 RCA estéreo, 1 P2, 2 P10 / USB / Ethernet

Blu-ray 3D / 5.1 / 800 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo composto / Entradas: 2 HDMI, 1 óptica, 1 coaxial, 1 RCA estéreo, 1 P2 / 2 USB / Slot para cartão SD / Ethernet

AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 7,6

/ R$ 1 499

com Blu-ray 3D da Philips são as duas entradas HDMI. Ao receber o sinal de aparelhos como console e decodificador de TV paga para amplificar o áudio, o home theater acaba funcionando como hub, diminuindo o número de cabos que seriam conectados direto na TV. Nos testes, o áudio do modelo não empolgou. Com filmes, falta impacto nos graves e os agudos são ardidos. A situação melhora um pouco com música.

AvAliAção técnicA: 7,5 custo/benefício: 7,0

/ R$ 1 599

Fidelio AS351/78

/ PHILIPS Feita para receber smartphones e tablets Androids, essa dock possui um conector microHDMI com posição ajustável. Mas ele serve apenas para dar carga na bateria do gadget. A recepção do áudio, tanto de Androids como de qualquer outro dispositivo, é feita via Bluetooth ou cabo P2. Alimentada com quatro pilhas, a dock impressionou pelo tempo que permaneceu funcionando. A qualidade do som não passa de satisfatória.

On Tour iBT / JBL Com um visual semelhante ao de

10 W / Entradas: P2, USB / Bluetooth / Compatível com tablets e smartphones Android / 4 pilhas AA / 22h53min de bateria(1)

16 W / Entradas: P2, USB / Bluetooth / Compatível com iPod, iPhone e iPad / 4 pilhas AA / 2h59min de bateria(1)

AvAliAção técnicA: 7,4 custo/benefício: 7,7

AvAliAção técnicA: 8,0 custo/benefício: 6,9

/ R$ 499

/ R$ 879

um disco voador, possui quatro falantes para espalhar o som em 360° com boa potência e qualidade. O On Tour iBT tem uma porta USB em que são plugados iPods, iPhones e iPads para a reprodução de música e recarga. Como possui entrada P2 e Bluetooth, também amplifica canções de outros celulares e tablets conectados com e sem fio. Fora da tomada, a autonomia de bateria não chegou a 3 horas.

(1) Duração de bateria medida com o aparelho reproduzindo músicas de um smartphone enviadas por Bluetooth

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/ Radar Opção econômica

Notebooks

// Zenbook UX31E Asus

// Carregador universal

O aparelho tem todas as virtudes dos ultrabooks: é leve, tem alto poder de processamento, partida rápida e longa duração de bateria. A principal limitação está nos 256 GB de capacidade do SSD. E o preço, que é bem elevado.

O mCube Pro substitui a fonte de energia original de notebooks de mais de 15 marcas, além de oferecer porta USB para carregar baterias de smartphones, tablets e fones Bluetooth. O aparelho vem com dez tipos de conectores destacáveis e serve para laptops com alimentação de 15 a 21 volts. Apesar de o visual da fonte lembrar os produtos da Apple, a mCube Pro não é compatível com os MacBooks.

// vostro v131 Dell

A combinação entre as medidas e a boa configuração deste laptop é essencial para torná-lo um aparelho atraente. No INFOlab, seu desempenho não decepcionou e a bateria mostrou que tem fôlego. Para melhorar, poderia ter drive óptico.

// vaio vPC-EG17Fb Sony

O notebook teve desempenho mediano nos testes do INFOlab e se destaca por ter um drive com leitor de Blu-ray. O laptop não consegue exibir imagens em 3D, mas pode enviá-las pelo cabo HDMI para TVs compatíveis.

Especificações

Bivolt (100-240 V) / Alimentação de notebook: 19,5 V (3,3 A), 16 V (4,06 A) / Alimentação via USB: 5 V (1A) / Potência: 65 W (contínua) e 90 W (pico) / 199 g / R$ 299 avalIaçãO INFOlab

// Pavilion dm4-2075br HP

Com design bem cuidado, o notebook tem recursos menos comuns a máquinas desse tamanho, como o leitor de impressão digital. O ponto forte está nas conexões sem fio, como Wireless Display.

8,5

// Para falar com todo mundo

Além do preço, os atrativos do Onetouch/678G, da Alcatel, são os slots para três SIM cards. A escolha do chip a ser utilizado é feita no momento do envio da chamada de voz, do SMS e da conexão à internet. Mas dá para automatizar as respostas para que elas sejam sempre feitas pela linha que recebeu o telefonema ou a mensagem.

// Meganote volcano Megaware

Sem sofisticações, o notebook foi bem em todas as provas de performance do INFOlab, sem empolgar (ou decepcionar) em nenhum momento. Seu único luxo é a quantidade de memória RAM, com 6 GB.

// Mac Mini Apple

// Zbox Nano aD10 Plus Zotac

EDGE / ThreadX / Spreadtrum 78 MHz / 64 MB + microSD (não acompanha) / Tela de 2” / Câmera de 1,3 MP / 95g / 9h39min de bateria(1) / R$ 269 avalIaçãO INFOlab

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6,6

Tela de 13,3” / Intel Core i7-2677M 1,8 GHz / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Home Premium / 2h53min de bateria(2) / R$ 5 999 avalIaçãO INFOlab

8,7

Especificações

Tela de 13,3” / Intel Core i5-2430M 2,4 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,8 kg / Windows 7 Home Basic / 1h54min de bateria(2) / R$ 2 199 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

Tela de 14” / Intel Core i5-2410M 2,30 GHz / 4 GB / HD de 500 GB / GeForce 410M 512 MB / BD-ROM / 2,3 kg / Windows 7 Home Premium / 1h49min de bateria(2) / R$ 2 999 avalIaçãO INFOlab

8,0

Especificações

Tela de 14” / Intel Core i5-2410M 2,30 GHz / 4 GB / HD de 750 GB / Radeon HD 6470M 1 GB / DVD-RW / 2 kg / Windows 7 Professional / 1h33min de bateria(2) / R$ 2 599 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

Tela de 14” / Intel Core i5-2410m 2,3 ghZ / 6 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / DVD-RW / 2 kg / Windows 7 Home Premium / 1h57min de bateria(2) / R$ 1 656 avalIaçãO INFOlab

7,7

Desktops Pequeno, o Mac Mini pode ser um PC de escritório ou uma central multimídia para exibir filmes na TV. A saída HDMI ajuda na função. O problema é que a versão atual do aparelho esquenta mais e é barulhenta se comparada à anterior.

Especificações

Especificações

O minidesktop pode ser fixado a um monitor ou ligado à TV para funcionar como media center e baixar arquivos de vídeo em alta definição para exibir nas telonas. Ele tem Wi-Fi, saída HDMI e controle remoto.

Especificações

Intel Core i5 2,3 GHz / 2 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / Wi-Fi n / Bluetooth / Mac OS X Lion / R$ 1 799 avalIaçãO INFOlab

8,2

Especificações

APU AMD E-350 1,6 GHz / 2 GB / HD de 320 GB / Wi-Fi n / Bluetooth / Sem sistema operacional / R$ 1 264 avalIaçãO INFOlab

7,9

FOTOS RAfAel evAngeliStA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com Wi-fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho

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Tablets

// Galaxy Tab 8.9 Samsung

A versão de 8,9 polegadas tem a mesma configuração poderosa da maior, de 10,1 polegadas. A exibição de páginas da internet e de revistas não foi prejudicada e a bateria ganhou mais fôlego. Faltam uma porta USB e uma saída de vídeo.

// Eee Pad Transformer TF101 Asus

Está entre os modelos que podem fazer frente ao iPad 2 e custam menos do que o tablet da Apple. No INFOlab, se comportou bem na internet, em jogos e no uso de apps. Com a dock, vendida separadamente, ele vira um notebook.

// Xoom 2 Media Edition Motorola

A segunda geração do tablet da Motorola ficou menor, mais leve e mais ágil. O LCD tem Gorilla Glass, laterais emborrachadas e corpo resistente à água. A posição de alguns botões e da câmera pode ser incômoda.

// ThinkPad Tablet Lenovo

O tablet pode atrair o público corporativo por causa dos recursos de segurança e gerenciamento remoto. Ele tem porta USB 2.0, que pode receber pen drive, mouse ou teclado. O leitor de cartões SD facilita a troca de dados com câmeras digitais.

// Ypy Positivo

O tablet foge do padrão dos concorrentes, com tela de 7 polegadas e Android 2.3. Ponto positivo para o cuidado com a aparência mais amigável do sistema, com aplicativos, jornais e revistas nacionais. Pena que a bateria dura pouco.

Especificações

Tela de 8,9” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB / 4G / Wi-Fi n / 450 g / Android 3.1 / 8h22min de bateria(3) / R$ 1 699 avaLIaçãO INFOLab

8,8

Especificações

Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + microSD / Wi-Fi n / 691 g / Android 3.1 / 5h44min de bateria(3) / R$ 1 519 avaLIaçãO INFOLab

8,4

Especificações

Tela de 8,2” / OMAP 4430 1,2 GHz dual core / 32 GB + microSD / Wi-Fi n / 383 g / Android 3.2 / 3h30min de bateria(3) / R$ 1 519 avaLIaçãO INFOLab

8,3

Especificações

Tela de 10,1” / Nvidia Tegra II 1 GHz dual core / 16 GB + SD / 3G / Wi-Fi / 767 g / Android 3.1 / 4h14min de bateria(3) / R$ 1 782 avaLIaçãO INFOLab

8,0

Especificações

Tela de 7” / Cortex A8 1 GHz / 2 GB + 8 GB (microSD) / Wi-Fi n / Android 2.3 / 4h06min de bateria(3) / R$ 999 avaLIaçãO INFOLab

7,7

HDs de rede

// LinkStation Live-LS-CHL Buffalo

O principal diferencial do HD de rede é o software para baixar conteúdos da internet por BitTorrent sem depender do PC. Outro destaque é a porta USB, que serve para expandir o espaço de 1 TB.

// My book Live Western Digital

O gerenciamento do drive é feito por uma interface bonita e intuitiva. Dentro de casa, vídeos, músicas e fotos armazenados no HD ficam disponíveis para serem exibidos em smartTvs e PCs.

Especificações

F1 TB / Gigabit Ethernet, USB 2.0 / Velocidade de gravação (real): 20,7 MB/s (via cabo) e 2,3 MB/s (via Wi-Fi) / 1,1 kg / R$ 685 avaLIaçãO INFOLab

Especificações

1 TB / Gigabit Ethernet / Velocidade de gravação (real): 46,4 MB/s (via cabo) e 2,4 MB/s (via Wi-Fi) / 1,1 kg / R$ 484 avaLIaçãO INFOLab

selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes (3) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados

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7,3

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/ Radar Smartphones e celulares

// Razr XT910 Motorola

O smartphone une as melhores características de dois modelos da Motorola: o Atrix e o Milestone 3. Destaque para o aplicativo Motocast, que acessa pela internet arquivos do PC, e para um adaptador para usar o celular com a TV.

// iPhone 4S Apple

A nova versão do iPhone ganhou um processador dual core igual ao do iPad, câmera de 8 megapixels e a Siri, uma assistente de execução de tarefas, como chamadas e envio de e-mail. Por enquanto, ela só entende inglês, alemão e francês.

// Galaxy Note Samsung

Especificações

3G / Android 2.3 / Cortex A9 1,2 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 4,3” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 1,3 MP / 127g / 8h32min de bateria (voz)(1) / R$ 1 799 avalIaçãO INFOlab

Especificações

3G / iOS 5.0.1 / A5 1 GHz dual core / 16 GB / Tela de 3,5” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e VGA / 141 g / 6h24min de bateria (voz)(1) / R$ 2 599 avalIaçãO INFOlab

No meio do caminho entre um smartphone e um tablet, o aparelho tem uma boa tela de 5,3 polegadas e configuração top de linha. Assim, é possível jogar e assistir a vídeos de forma mais conveniente que nos smartphones menores.

avalIaçãO INFOlab

// Optimus Net Dual P698f LG

Especificações

O aparelho da LG é uma versão dual SIM mais sofisticada, com tela sensível ao toque e Android. O gerenciamento das duas linhas é simples e é possível estabelecer qual delas usará um plano de dados, por exemplo.

// C2-06 Nokia

O destaque do celular é um slot para chip na lateral, que permite a troca sem desligar o aparelho. O gerenciamento das linhas é flexível e permite atribuir funções e restrições para cada uma. O touchscreen deixa a desejar.

8,9

8,8

Especificações

4G / Android 2.3 / Cortex A9 1,4 GHz dual core / 16 GB + microSD / Tela de 5,3” / Wi-Fi n, GPS, Bluetooth / Câmeras de 8 MP e 2 MP / 177g / 10h27min de bateria (voz)(1) / R$ 1 899

8,5

3G / Android 2.3.4 / Qualcomm MSM7227T 800 MHz / 256 MB + 2 GB (microSD) / Tela de 3,2” / Wi-Fi / GPS / Câmera de 3,15 MP / 122 g / 6h34min de bateria(1) / R$ 583(2) avalIaçãO INFOlab

7,4

Especificações

EDGE / Series 40 / Processador não divulgado / 10 MB + microSD (2 GB) / Tela de 2,6” / Câmera de 2 MP / 119 g / 13h16min de bateria(1) / R$ 321(2) avalIaçãO INFOlab

7,2

Filmadoras

// HDR-XR160 Sony

A filmadora tem bom espaço para armazenamento interno com 160 GB. A resolução de full HD (1 080p) garante imagens com qualidade e o sensor óptico trabalha bem a diferença de luminosidade. Ela vem com um cabo USB acoplado.

// Pocket Cinema Z20 Pro Aiptek

O grande destaque desta filmadora de bolso é um projetor embutido que gera imagens de até 65 polegadas. A qualidade da filmagem em 720p é só ok. A fidelidade das cores e a nitidez poderiam ser melhores.

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Especificações

Full HD (1 080p) / HD de 160 GB / Cartões SD, SDHC, SDXC / Zoom de 30x / LCD de 3” / 6 x 6,2 x 12,7 cm / 396 g / 2h02min de bateria / R$ 2 429 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

HD (720p) /5 MP /2 GB + microSD (não acompanha) /Lente fixa /LCD de 2,4” /195 g /3h16min (gravação) e 2h36 (projeção) de bateria / R$ 1 849 avalIaçãO INFOlab

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FOTOS RAfAeL evANGeLiStA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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Áudio e vídeo

// Q701 AKG

Destinado a consumidores com elevado grau de exigência e muito dinheiro no bolso, o fone permite redescobrir nuances de som em músicas ouvidas há anos. Nos testes, sua fidelidade e o detalhamento sonoro se mostraram formidáveis.

// bDv-E985W Sony

Os destaques do home theater são a reprodução de filmes em Blu-ray 3D e a boa qualidade do áudio, que é forte e tem bom detalhamento. Ele peca nos agudos, que são ardidos. Um kit com receptor sem fio leva o som até as caixas traseiras.

// Electra Razer

Destinado a games, o fone tem visual estiloso e funciona como headset. Ele vem com dois cabos destacáveis: um normal e um com microfone, mas sem controle de volume. A qualidade do som agrada tanto nos jogos como em músicas.

// Revolution Midnight The House of Marley

A qualidade de áudio do fone que leva a marca do ícone do reggae Bob Marley é satisfatória. O som distorce pouco mesmo em volume elevado, mas o equipamento não prima pela nitidez e o detalhamento.

Especificações

Formato concha / Conexão P2 / Cabos de 3 e 6 m / Adaptador P10 / Sensibilidade: 105 dB / Resposta de frequência: 10 a 39 800 Hz / 235 g / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlab

8,4

Especificações

Blu-ray 3D / 5.1 / 850 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 RCA estéreo / 2 USB / Ethernet / R$ 2 374 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

Formato concha / Headset / Conexão P2 / Cabos de 1,3 m / Sensibilidade 104 dB / Resposta de frequência: 25 a 16 000 Hz / 300 g / R$ 229 avalIaçãO INFOlab

7,8

Especificações

Formato concha / Headset / Conexão P2 / Cabo de 1,3 m / Sensibilidade: não divulgada / Resposta de frequência: 20 a 20 000 Hz / 238 g / R$ 599 avalIaçãO INFOlab

7,5

Câmeras

// EOS Rebel T3i Canon

Esta reflex semiprofissional tem bons controles e um destaque: grava com resolução full HD (1 080p). Ela tem recursos simples de edição e menus de acesso fáceis até para quem não está muito acostumado com esse tipo de câmera.

// Mv800 Samsung

O destaque da câmera é seu display de LCD, que gira 180 graus na vertical. É um diferencial e tanto para quem está acostumado a fazer autorretrato. A qualidade das fotos é boa, mas ela poderia ser mais rápida para gravar as imagens.

// 1J1 Nikon

A câmera que marca a estreia da Nikon com modelos híbridos no país tem corpo compacto e é ágil no foco automático. A qualidade das fotos é boa, mas um pouco inferior à das concorrentes. Os recursos de filmagem são interessantes.

Especificações

18 MP / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 761 g / R$ 4 499 avalIaçãO INFOlab

8,1

Especificações

16,1 MP / Zoom de 5x (26 a 130 mm) / Filmagem em 720p / LCD touchscreen de 3” / 141 g / R$ 899 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

10,1 MP / Zoom de 3x (10 mm a 30 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3” / 390 g / R$ 3 224 avalIaçãO INFOlab

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CONFIRA NESTA EDIÇÃO

AUTOMAÇÃO & NEGÓCIOS

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ILUSTRAÇÕES: WAGNER RODRIGUES

PARA ANUNCIAR

As mensagens destes classificados são de inteira responsabilidade de quem anuncia.

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AUTOMAÇÃO TAMBÉM DÁ

APOIO AO NEGOCIO Sistemas oferecem informações valiosas para análise do desempenho das vendas ou do perfil e hábitos do consumidor

M

ais do que uma ferramenta capaz de ajudar as empresas a cumprir suas obrigações fiscais e legais, a automação comercial vem ganhando destaque, em todo o mundo, por um papel relevante: o apoio aos negócios. Sistemas avançados de suporte à decisão hoje oferecem recursos que permitem analisar, por exemplo, os dados referentes ao desempenho das vendas do estabelecimento comercial, compará-los com informações como perfil e hábitos dos consumidores e, com a ajuda de modelos preditivos, definir ações e melhorias em processos – como uma promoção de preços ou a mudança de posição dos produtos na loja. Aliados à disseminação do uso de tecnologias como a mobilidade e a banda larga, esses sistemas tendem a se tornar cada vez mais importantes para os negócios. Imagine entrar em uma loja, ou supermercado, e receber no seu celular informações sobre promoções e a chegada de novos produtos – e, o melhor de tudo, adequados ao seu perfil e seus interesses. Pois esse recurso já vem sendo utilizado nos Estados Unidos e em vários países onde a mobilidade foi integrada a sistemas de automação e suporte a negócios.

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No Brasil, a tendência é também seguir nessa direção. Para isso, contudo, o país ainda precisa avançar um pouco mais no caminho da implantação da automação comercial. “Nosso desafio, atualmente, é levar equipamentos e software, a preços acessíveis, aos pequenos estabelecimentos que ainda não se informatizaram em todo o país”, afirma Araquen Pagotto, presidente da Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac).

MERCADO EM EXPANSÃO Existem no Brasil aproximadamente 2 milhões de estabelecimentos comerciais, de acordo com os dados da Afrac. Desse total, apenas 35% possui algum tipo de automação, seja na retaguarda ou na boca do caixa. “Há, portanto, um grande mercado a ser explorado”, diz Pagotto. Um mercado que, segundo ele, gera 100 000 empregos diretos e indiretos, mas ainda se caracteriza pelo elevado grau de informalidade. Além disso, cerca da metade dos estabelecimentos comerciais espalhados pelo Brasil fatura menos de 120 000 reais por ano – limite a partir do qual as empresas instaladas em estados como São Paulo, por exemplo, são obrigadas a adotar a impressora fiscal (ou ECF) acompanhada

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INFORME PUBLICITÁRIO

EVENTO MOSTRA TENDÊNCIAS DO SETOR A computação na nuvem e o uso da mobilidade nos negócios serão algumas das tendências tecnológicas em foco no Autocom 2012 – 14ª Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio, que será realizado em São Paulo (no Expo Center Norte), entre os dias 26 e 28 de junho. Além de apresentar as principais novidades lançadas no mercado mundial de automação comercial, o evento – que é promovido pela Afrac e pelo Ideti – tem o objetivo de apontar as tendências e tecnologias que podem ser usadas para dar mais eficiência aos negócios do comércio em geral, em toda a sua cadeia. Assim, a programação do congresso deste ano inclui a discussão de temas como Redes Sociais no Varejo – A experiência do Magazine Luiza, cloud computing e mobilidade como tendência dos consumidores. Outro assunto que promete esquentar os debates refere-se ao Sistema Público de Escrituração Fiscal (SPED), que terá um painel com o tema “Softwares até falam entre si, mas não se entendem”. Também fazem parte da programação do evento palestras e painéis sobre fatura eletrônica e a automação comercial no cenário mundial. Entre as novas tecnologias adotadas no setor, o congresso abordará a etiqueta eletrônica – que permite fazer a identificação de produtos por radiofrequência (RFID) – e o uso de celulares com o sistema de comunicação sem fio NFC (Near Field Communication) como meio de pagamento.

do seu respectivo software de controle (o Programa Aplicativo Fiscal – PAF). Em boa parte dos casos, o PAF-ECF tem sido a porta de entrada da automação no estabelecimento comercial. Apesar dessas limitações, de acordo com Pagotto, o mercado de automação movimentou 2,5 bilhões de reais em 2011, valor que representa crescimento de 10% a 12% em relação ao ano anterior. E a expectativa é que, em 2012, o crescimento se repita, mantendo ao menos esse patamar. “Eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 vão incentivar a abertura de novos estabelecimentos comerciais e, com isso, gerar mais negócios para o setor de automação”, diz o presidente da Afrac.

NUVEM E MOBILIDADE A redução do custo dos equipamentos e novos recursos tecnológicos, como a computação na nuvem (cloud computing) e a banda larga, deverão facilitar e estimular a adoção da automação comercial pelos estabelecimentos. “A tendência, com a computação na nuvem, é apressar a expansão da automação no país”, afirma Pagotto. “O estabelecimento pode colocar um computador

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mais simples, de custo mais baixo, na ponta e usar a infraestrutura da nuvem.” Além disso, essa tecnologia permite utilizar diversos aplicativos disponíveis na modalidade de software as a service (SaaS), que dispensa o investimento na compra de licenças de programas – o pagamento é feito de acordo com o uso do aplicativo. A mobilidade e as redes sociais – que hoje chegam a abrigar diversas lojas virtuais – também deverão dar um impulso importante à disseminação da automação comercial no Brasil. Afinal, se cresce o movimento das vendas feitas pelo celular e pela internet em geral, aumenta a necessidade de se ter sistemas automatizados para processar essas transações e enviar as informações para o Fisco. Mais do que isso, tecnologias como a mobilidade, por exemplo, têm um papel cada vez mais importante para o controle e gerenciamento do negócio, além de ser um instrumento valioso de contato com o cliente. “Por meio do celular, é possível controlar a distância como estão as vendas, os níveis de estoque e, com o auxílio de câmeras de monitoramento, até visualizar o movimento na loja. Sem dúvida, essa é uma ferramenta que vai fazer com que os negócios cresçam”, diz Pagotto.

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ESPECIAL AUTOMAÇÃO & NEGÓCIOS | 4

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CARREIRAS E CURSOS | 10

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11 CARREIRAS E CURSOS / HARDWARE

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HARDWARE | 12

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13 HARDWARE

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HARDWARE | 14

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15 SERVIÇOS

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1,q3uil9 o

uanto er a q o T C 1 1 0 0 o. va pesa m tecladque se is do É mais iPads do

O teclado do tablet da HP podia ser posicionado embaixo da tela de 10,4 polegadas ou destacado

TableT jurássIcO É verdade que existiram muitos tablets antes do iPad. Mas ver o quanto eles eram atabalhoados só ressalta a elegância do gadget da Apple. Lançado há oito anos, o TC1100, da HP, era o mais ousado do mercado. Rodando Windows XP Tablet Edition, recebia comandos na tela com a ajuda de uma stylus maior que uma caneta Bic. À primeira vista, parecia um notebook. Para ser usado como tablet era preciso fazer malabarismos com a tela e o teclado, que podia ficar embaixo da tela de 10,4 polegadas ou ser destacado. O preço alto (10 999 reais) acelerou o fracasso. Mas as especificações técnicas ajudam a entender por que deu errado. O TC1100 tinha o dobro do peso de um iPad e só um quarto do seu poder de processamento. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz

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foto marcelo kura ilustração wagner rodrigues

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