Revista Interação - Edição 09 - Ano 7 nº 1/2014

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Foto: Fotomontagem/Antonio Filho



Expediente INTERAÇÃO - EDIÇÃO 09 ANO 7 - N. 2014.1 Publicação semestral produzida pelo Setor de Produção de Material Didático e pela Assessoria de Comunicação do Centro de Educação Aberta e a Distância - CEAD/UFPI Reitor da UFPI Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes

Editorial

Vice-reitora da UFPI Profa. Dra. Nadir do Nascimento Nogueira Diretor do Centro de Educação Aberta e a Distância/Coordenador da UAB na UFPI Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes Vice-diretor do CEAD/UFPI Prof. Dr. Milton Batista da Silva Coordenadora Adjunta da UAB na UFPI Liana Rosa Brito Coordenadoras da Revista Karine de Sousa Santiago Thays Fernanda Silva Pessoa Equipe Responsável Antonio F. de Carvalho Filho Karine de Sousa Santiago Kerignaldo Júnior Thays Fernanda Silva Pessoa Colaboradores Djane Oliveira de Brito Zilda Vieira Chaves Projeto Gráfico e Diagramação Antonio F. de Carvalho Filho Kerignaldo Júnior Fotografias Antonio F. de Carvalho Filho Karine de Sousa Santiago Thays Fernanda Silva Pessoa Arte e Capa Antonio F. de Carvalho Filho Thays Fernanda Silva Pessoa Revisão Maria da Conceição de Souza Santos Sônia Maria Ferreira Lima Gildásio Guedes Fernandes Pareceristas Amada de Cássia Campos Reis Arnaldo Oliveira Souza Júnior Davi da Silva Lívia Fernanda Nery da Silva Ronaldo Matos Albano Conselho Editorial Antonella Maria das Chagas Sousa Francisco Tavares de Miranda Filho José Vanderlei Carneiro Keylla Maria de Sá Urtiga Aita Maria Goreth de Sousa Varão Apoio Coordenadoria de Comunicação Social da UFPI (CoordCom)

A procura pela especialização profissional aumentou em todo o Brasil, o que desencadeou o aumento das ofertas de programas de pós-graduação – que incluem mestrado acadêmico, mestrado profissionalizante e doutorado. Essa realidade chegou à Educação a Distância e se reflete na qualidade do ensino oferecido. O Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) confirma a qualidade do ensino, por meio de professores qualificados e capacitados. Com o objetivo de mostrar esse avanço, a 9ª edição da Revista Interação destaca a qualificação do corpo docente e dos servidores que foram bem sucedidos em programas de pós-graduação stricto sensu, em nível de doutorado e de mestrado, além de apresentar temas relevantes sobre Educação a Distância para toda a sociedade. Nesta edição, os leitores poderão conferir ensaios temáticos com enfoque central nas novas perspectivas da Educação a Distância. Os textos proporcionam reflexões que representam, para o CEAD, o compromisso efetivo com a qualidade do ensino e da aprendizagem na modalidade EaD, bem como instrumentos para a melhoria da eficiência e da eficácia do ensino a distância. Aborda, também, as atividades, os eventos, as palestras, os simpósios desenvolvidos nos Polos, e a participação dos coordenadores de cursos do CEAD/UFPI no I Fórum Nacional das Áreas do Sistema Universidade Aberta do Brasil, ocorrido em Belo Horizonte, e o VIII de Coordenadores de cursos e de polos de apoio presencial, realizado em Teresina (PI). “Desafios e propostas da educação no Brasil” é o tema da entrevista principal com os docentes: Prof.ª Dr.ª Márcia Ângela Aguiar (UFPE/Presidente ANPAE), Prof. Dr. Antônio Carlos Maciel (Coordenador PPGE/UNIR), e a Prof.ª Dr.ª Suely Aparecida Mascarenhas (UFAM). Com a finalidade de mostrar a história de superação de um aluno de EaD, a Revista Interação traz o “Perfil do Aluno”, que evidencia a história da aluna “Sandrinha”, do curso de Ciências Biológicas do Polo de Simões. Boa leitura!


18 SEÇÕES

ENSAIOS 6

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ENCONTRO DE COORDENADORES

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A educação a distância capacitando médicos para trabalhar em Atenção Primária em Saúde (APS) no estado do Piauí por meio da UNASUS/ PROVAB

UFPI: AMPLIAÇÃO DE CURSOS

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ESPECIALIZAÇÕES

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Alguns obstáculos atuais das ações de Educação a Distância: rompendo fronteiras no Piauí

EVENTOS EM EaD

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ENTREVISTA

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VESTIBULAR EaD 2014

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PERFIL DO ALUNO

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INTERAÇÃO RECOMENDA

22

FÓRUM UAB

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RECONHECIMENTO

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FORMAÇÃO

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DICA DE LIVROS

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IMPORTANTE

32

GIRO NOS POLOS

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A digitalização e a educação a distância

Rafael Fernandes de Mesquita

Lis Cardoso Marinho Medeiros

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Elenice Monte Alvarenga

16

Concepções dos Tutores do Curso Licenciatura em Ciências Biológicas (CEAD/ UFPI) sobre EaD

Luzia Áurea Bezerra Albano Barbosa

20

O Estágio na Educação a Distância: contribuições para a formação docente

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O papel do computador na educação e os desafios das escolas contemporâneas

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Ana Bolena de França Silva

Marília Gabriela Mendes do Chantal Nunes

Propostas para o uso efetivo da plataforma de ensino a distância por alunos de graduação e pós-graduação

.

Albenir Rêgo Barbosa

Próxima 28 Educação a Distância: uma Realidade Diana Nogueira Cruz

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CAPA

Sumário

Professores e técnicos do CEAD/UFPI ampliam qualificação profissional

Tempo de Leitura em EaD

Maria do Socorro de Andrade Ferreira


CEAD

CEAD/UFPI promoveu o VIII Encontro de Coordenadores de polos UAB

Foto: Karine Santiago

Por Karine Santiago e Thays Pessoa

Coordenadores de polo e de curso do CEAD/UFPI participaram do Encontro

Foto: Karine Santiago

boas-vindas e exibiu um vídeo referente às atividades desenvolvidas pelo CEAD/UFPI ao longo dos anos. “A maior importância desse encontro é a troca de experiências. São 30 polos, com realidades diferentes”, ressalta o Prof. Gildásio Guedes.

Diretora do NEAD/UESPI, Profª. Drª. Márcia Percília; Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes; Reitor da UESPI, Prof. Dr. Nouga Cardoso e Vice-diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Milton Batista

O Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, realizou a abertura do evento dando Revista Interação ● Edição 9

O Reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Prof. Dr. Nouga Cardoso, foi convidado para proferir a palestra “Ponto de vista sobre EaD no Piauí”. “É sempre bom participar de um grupo de discussões como esse, pois podemos socializar os avanços e os conceitos das práticas de ensino a distancia, além das demandas que não foram atendidas ou superadas”, afirma o Prof. Nouga Cardoso. A coordenadora do polo UAB de Simões, Prof.ª Maria do Socorro Bento Reis (Dudu), avaliou o

evento de forma positiva: “Esses encontros são muitos vantajosos, pois além de refletirmos e discutirmos sobre as temáticas inerentes à EaD, também compartilhamos experiências e angústias”, destaca. Para o coordenador do polo UAB de Castelo do Piauí, Prof. Francisco Matos, o Encontro é um momento de socializar os problemas que surgem no dia a dia do polo, e uma oportunidade de apontar as soluções e de traçar as estratégias para o ano de 2014, em especial para o Vestibular do CEAD/UFPI. Foto: Karine Santiago

O Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) promoveu o VIII Encontro de Coordenadores de polos UAB, em dezembro de 2013, no auditório do Centro. Os coordenadores de polo presentes assistiram a palestras sobre Educação a Distância e puderam expor problemas e soluções para a EaD.

Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes e Coordenadores de curso do Centro

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Foto: Arquivo pessoal

A digitalização e a Educação a Distância

Rafael Fernandes de Mesquita Bacharel em Administração - CEAD/UFPI Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Universidade de Fortaleza – Unifor Especialista em Docência Superior Tecnólogo e MBA em Recursos Humanos fernandesrafael@live.com

As mudanças do mundo contemporâneo, especialmente aquelas derivadas da evolução tecnológica e atribuídas à informatização das atividades humanas, provocam efeitos diversos nas relações entre pessoas, no ambiente de trabalho, na sua vida social e no modo como todos os processos são desenvolvidos nesses espaços. Já não se pensa – ou sequer se fala –, em um escritório, em uma casa, em uma sala de aula, sem a presença de algum artefato tecnológico conectado às redes de comunicação globais. É cada vez mais constante e ininterrupta a associação da força

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humana à capacidade tecnológica para as mais variadas atividades diárias, o uso de computadores, celulares, tablets etc. Para Lévy (2009), a virtualização extrapola os encostes da informatização, hoje vivenciada pelo mundo como um todo, mesmo que em alguns países ou regiões a realidade de acesso às tecnologias da informática seja efetuada com maior ou menor facilidade. Assim, criam-se novos espaços, novos ambientes de interação, onde não há necessidade da convivência em uma mesma localidade geográfica. Aqui a geografia só interfere no idioma e nos aspectos culturais, pois os chats, as redes sociais e outras ferramentas possibilitam o contato simultâneo com indivíduos que estão distantes, tomando por referência a distância territorial. Cadoz (1997, p. 87) afirma que “[...] cada indivíduo pode estar com todos os outros sem lá estar corporalmente [...]”, em um lócus digital em que se calcorreiam espaços sem lugares, na companhia de pessoas afastadas, mas com irrestrita convicção de sua realidade. Nesse contexto, emerge a Educação a Distância, impulsionada pela necessidade de sujeitos que, por limitações de tempo, de recursos financeiros, ou de acesso a instituições de ensino, não alcançam formação profissional, técnica ou

em níveis superiores. Há aproveitamento das ambiências propiciadas pela evolução tecnológica para suprir essas necessidades. Nos novos espaços, o tempo tem sua unidade sem a obrigatoriedade da unidade do lugar, pois a relação entre indivíduos pode ser simultânea mesmo que estejam distantes entre si, além das ações serem contínuas, apesar de sua duração descontínua, porquanto a comunicação possa ser efetivada por troca de e-mails, ou outros tipos de mensagens, sem a necessidade de resposta tão logo apresentada. O professor, figura ímpar e fundamental no processo de ensino e de aprendizagem, assim como o aluno, também tem suas ações modificadas, adaptadas a esse contexto. Ao estudante é dada a responsabilidade de se tornar mais ativo, mais ávido por conhecimentos, ao tempo que é desafiado a ser sujeito do seu próprio aprendizado. Ao professor, é dada a incumbência de atualizar-se, fazer valer os recursos que tem à sua disposição. Alguns aspectos intrínsecos à virtualização auxiliam esse processo, já que a informatização não diminui a importância ou interesse pela leitura, mas os eleva. Como ledor de uma página virtual, a imersão na imagem é atividade dinâmica, cada palavra pode suscitar novas buscas, hiperlinks que abrem Revista Interação ● Edição 9


acessos a outras novas páginas, livres e disponíveis a bel-prazer da criatividade daqueles que operam a máquina. A humanidade, conforme Lévy (2009), foi constituída em progresso análogo à virtualização, por meio de três processos distintos: o desenvolvimento da linguagem, como virtualização de memórias, de intenções, de símbolos, possibilitando a compreensão dos receptores das mensagens; a técnica, uma extensão do corpo humano que possibilita melhor desempenho nas atividades diárias; e, como terceiro processo, a criação das instituições, convenções sociais que transformam as relações entre indivíduos.

Além desses aspectos mais operacionais, torna-se imprescindível, também, analisar os novos sujeitos dessa realidade virtual do ensino. Como já exposto previamente, o professor e o aluno são os indivíduos que tanto farão uso dos novos espaços quanto se tornarão seus instrumentos constituintes. A internet e as redes sociais compõem o cenário de desenvolvimento deste mundo e o papel das universidades, essencialmente por serem instituições formadoras de capital humano extremamente qualificado, que é ampliado à medida que se amplia, também, seu alcance. O

meio

digital

vem

apontando para uma tendência à centralidade da imagem nas comunicações, para novas formas de relacionamento interpessoal, de ampliação dos sentidos do tempo e do espaço, para outras relações de trabalho e para a conectividade ininterrupta. Precisamos, pois, refletir sobre como a educação deve lidar com isso, de modo a fazer parte integrante e agentiva desse mundo, antes que esse mundo seja coisa do passado. (GOMES, 2013, p. 22).

Portanto, conforme Gomes (2013), fazer parte da realidade já não é opção de escolha. De uma ou outra forma, a evolução tecnológica mundial impulsiona mudanças e torna, aos poucos, obsoletos aqueles que não correspondem ou acompanham seus avanços. E, assim, toda informação, todo conhecimento, todos os recursos virtuais disponíveis para a consecução da mais variadas atividades de ensino, estão à margem de um clique.

REFERÊNCIAS CADOZ, C. Realidade virtual. São Paulo: Editora Ática, 1997. GOMES, L. F. EaD no Brasil: perspectivas e desafios. Avaliação, v. 18, n.1, p. 13-22, mar., 2013. LÉVY, P. O que é virtual? 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2009. Foto: Stock.XCHNG

Sabendo que a Educação a Distância utiliza-se de técnicas que intermedeiam a linguagem para o alcance do seu fim: a formação de pessoas a partir de seu desenvolvimento educacional, a contemporaneidade da educação – o contexto atual do ensino a distância –, seria a evolução natural do desenvolvimento da humanidade, seguindo seus mesmos pressupostos de constituição? Ao que Lévy (2009) afirma: talvez. O computador seria apenas mais um meio de representação de imagens, pois mesmo no Paleolítico, já era possível virtualizar figuras em inscrições

que hoje são denominadas rupestres. As salas de aulas são complementadas por ambientes virtuais de aprendizagem. O quadro negro evoluiu, tornou-se a lousa digital. O giz, o pincel, o papel e a caneta, aos poucos, estão se tornando instrumentos obscuros e os softwares já são mais frequentemente usados quando se vai planejar e elaborar uma apresentação de seminário. Quem ainda usa a cartolina? O papel cartão? Quão frequente seria seu uso? Seria interessante investigar a presença desses artefatos no dia a dia da nova instituição de ensino, sem afirmar que ele não exista, pois se sabe que ainda há quem faça seu uso.

Revista Interação ● Edição 9

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UFPI

UFPI investe na ampliação de cursos de pós-graduação

Concluído um ano de gestão do Reitor, Professor Doutor José Arimatéia Dantas Lopes, e da Vice-reitora, Professora Doutora Nadir Nogueira, a Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação (PRPG) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) apresenta conquistas que focalizam a formação continuada para alunos egressos da graduação e a ampliação do índice de qualificação docente da Instituição. Em 2013, as funções da então Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG/UFPI) passaram ao encargo da PRPG e da Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ), ficando a primeira (PRPG) encarregada de conduzir administrativamente os Programas de Pós-Graduação (PPG) da UFPI. De acordo com o Pró-reitor de Pós-Graduação, Professor Doutor Helder Nunes Cunha, a divisão da PRPPG em PRPG e PROPESQ foi benéfica para a Universidade à medida que otimizou o tratamento dos PPGs. Mais tempo e disponibilidade para o acompanhamento dos programas foi um dos aspectos positivos do período de gestão apontado pelo Pró-reitor.

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da UFPI com reconhecimento da CAPES em 2013. No último ano de gestão, esses números cresceram. “Foram aprovados o Doutorado em Agronomia e o Doutorado em Enfermagem; o Mestrado em

“A Pró-reitoria de Pós-Graduação recebeu novas instalações localizadas ao lado da Pró-reitoria de Administração e recursos foram aprovados para os PPGs, a exemplo de seis milhões de reais aprovados para alguns programas de pósgraduação inscritos no Edital do Fundo de Infraestrutura (CT-INFRA) da Agência Brasileira da Inovação (FINEP), no qual Parnaíba e Bom Jesus foram contemplados. Este foi um ano promissor para a Pós-graduação da UFPI”, afirma o professor.

DADOS CURSOS LATO SENSU - 2013 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

Foto: Carolina Oliveira

Por Carolina Oliveira

Direito Eleitoral / Convênio EJE

Em funcionamento

Direito Privado / Convênio ESMEPI

Em funcionamento

Direito Público / Convênio ESMEPI

Em funcionamento

Gestão Estratégica de Pessoas / CCHL

Em funcionamento

Ortodontia / CCS

Em funcionamento

Cirurgia e Traumatologia BucoMaxilo-Faciais / CCS

Em funcionamento

Atividade Física e Saúde / CCS

Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFPI, Prof. Dr. Helder Cunha

Ao todo, 34 programas de pósgraduação (doutorados, mestrados, cursos de especialização e residências) constavam do registro

SITUAÇÃO

Fase de Seleção

Educação Integral / CCE

Em funcionamento

Docência na Educação Infantil / CCE

Em funcionamento

Música: Musicoterapia / CCE

Fase de Matrícula

Gestão Escolar / CCE

Fase de Matrícula

Coordenação Pedagógica / CCE

Fase de Seleção

Automação de Processos Industriais / CT

Fase de Seleção

Práticas Projectuais em Arquitetura e Engenharia / CT

Fase de Seleção

TOTAL

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SITUAÇÃO

Residência Médica

Em funcionamento

Residência Médica Veterinária

Em funcionamento

TOTAL

RESIDÊNCIAS EM ÁREA MULTIPROFISSIONAL

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SITUAÇÃO

Residência em Enfermagem Obstétrica

Em funcionamento

Residência em Cirurgias e Traumatologia BucoMaxilo-Faciais

Em funcionamento

TOTAL

O Pró-Reitor acrescenta outra mudança que marcou a PRPG no primeiro ano de gestão do Professor Doutor José Arimatéia Lopes: “Reativamos o Fórum dos Coordenadores de Pós-graduação da UFPI. Estamos promovendo a alteração de muitas resoluções da área de Pós-graduação da UFPI, por exemplo, o caso da resolução de

afastamento para pós-doutorado; resolução de regulamentação de estágio-docência; resolução sobre exame de proficiência para ingresso nos PPG; resolução do programa de capacitação interna. Tudo está sendo discutido com o Fórum e com uma equipe de trabalho da Adufpi”. Foto: CoordCom UFPI

RESIDÊNCIAS

2

Ciências Biomédicas (Parnaíba) e o Mestrado Profissional em Artes e Musicologia (Parnaíba) encontram-se em diligência; e mais de dez propostas de especializações foram enviadas à CAPES”, pontua o professor Helder Cunha.

Foto: Stock.XCHNG

Projeto do prédio próprio destinado ao Mestrado e ao Doutorado em Enfermagem (já em construção)

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Informações acesse: www.cead.ufpi.br

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Foto: Thays Pessoa

AA Educação educação a Distância distância capacitando médicos para trabalhar em Atenção Primária em Saúde (APS) no estado do Piauí através da UNASUS/ PROVAB

Lis Cardoso Marinho Medeiros Enfermeira e dentista – UFPI Mestra em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos – UFPB Doutora em Enfermagem – UFRJ Professora UFPI/CCS/Departamento de Biofísica e Fisiologia/NUEPES/CEAD, Coordenadora de Tutoria do curso de Especialização de Gestão em Saúde PNAP/ Coordenadora do NUEPES liscmm@oi.com.br

O Governo Brasileiro tem trabalhado, na última década, na consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) estabelecendo normas que fortalecem cada vez mais suas ações no território nacional. A Portaria n. 2.488, de 21 de outubro de 2011, aprova a Política Nacional de Atenção Básica diz que: A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e

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coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2011).

A Educação Permanente apresenta-se com estratégia para o alcance dos objetivos previstos, pois estabelece a superação para os desafios enfrentados no processo de trabalho, envolvendo práticas que possam ser definidas por múltiplos fatores (conhecimento, valores, relações de poder, planejamento e organização do trabalho etc.) e por meio do ensino a distância, democratiza o acesso ao conhecimento, levando educação e o acesso à informação, por meio de cursos, para todos os agentes do SUS. A aprendizagem significativa estimula e valoriza o profissional de saúde que atua em equipes multiprofissionais no âmbito da Atenção Básica e da Estratégia de Saúde da Família, além de levá-las para localidades com maior carência

para este serviço. Com esse objetivo o Ministério da Saúde lançou, em conjunto com o Ministério da Educação, a portaria interministerial n. 2.087, de 1º de setembro de 2011, que instituiu o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB) ao cotidiano brasileiro. O PROVAB prevê atuação destes profissionais por 12 meses, supervisionados por uma instituição de ensino, sendo obrigatória a participação em curso de especialização em Atenção Básica. Semanalmente, o profissional terá 32 horas de atividades práticas nas Unidades Básicas de Saúde e 8 horas no curso de especialização. O curso de especialização é ministrado por 12 das 16 instituições que compõem a Rede UNA-SUS, que apoia a promoção da formação e a qualificação à distância gratuitamente. Como parte das ações de apoio ao PROVAB, a UNA-SUS desenvolveu um Web Portfólio, ambiente de interação que reúne as atividades desenvolvidas por todos os participantes do PROVAB, disponível no link: http://moodle.unasus. gov.br/provab2013. Revista Interação ● Edição 9


O PROVAB acontece desde 2012. Nesse ano, foram aproximadamente 312 profissionais médicos inseridos nas equipes da ESF em todos os estados brasileiros. No ano de 2013, este número passou para mais de 4.000 médicos em todo Brasil. No Piauí, esse número foi de 12 médicos em 2012 e atualmente 102 médicos.Os municípios que possuem médicos do PROVAB no Piauí estão localizados de norte a sul do estado. Como a formação acadêmica dos médicos não os qualifica para a APS e o PROVAB insere-se no contexto da ESF o MS, para o segundo edital, estipulou a obrigatoriedade do curso de Especialização em Saúde da Família. Como são muitos municípios e médicos, a única estratégia viável para esta

capacitação foi pelo ensino a distância. No Piauí, o curso é ministrado pela UFPel ( Universidade Federal de Pelotas). O curso é totalmente a distância e prevê quatro meses de intervenção como atividade do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O médico é obrigado a intervir na Atenção Básica para poder concluir seu TCC. Isso demonstra a potencialidade que é o ensino a distância promovendo habilidades e competências do profissional médico para melhor assistir a população dentro da ESF. Se não fosse pelo ensino a distância, seria inviável pelas condições geográficas e de distribuição. Deve-se fazer referência ao apoio logístico da UAB/UFPI a

todos os médicos do PROVAB no estado do Piauí, pois os polos instalados nos municípios são suportes que viabilizam o cumprimento das atividades dos trabalhadores na Especialização. Tem município, como Gilbués, a mais de 600 Km de distância de Teresina, que o polo foi disponibilizado 24 h para os profissionais acessarem o curso e cumprirem suas atividades. Concluiu-se que a Educação a Distância, neste modelo de capacitação em gestão, caracteriza-se como um instrumento de apoio ao SUS para formar trabalhadores voltados para atenção básica e que a parceria com a UAB/UFPI foi de grande relevância para viabilizar este processo de formação.

Foto: Stock.XCHNG

Eventos em EaD A Educação a Distância (EaD) está em expansão no Piauí e no Brasil, com isso, a procura dos pesquisadores, docentes, estudantes por eventos acadêmicos dentro e fora do país também cresce. Atualmente, existem congressos, fóruns, encontros e simpósios que discutem diversos assuntos ligados a esses campos de estudo. Confira e participe dos principais eventos nacionais e internacionais sobre Educação a Distância e Tecnologias da Informação e Comunicação. 09 a 13/06/2014 XV Encuentro Internacional Virtual Educa Peru 2014 Lima – Peru http://virtualeduca.org/encuentros/peru

05 a 08/08/2014 11º Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância - ESUD Florianópolis - Santa Catarina Site: http://esud2014.nute.ufsc.br/

25 a 27/06/2014 5 th International Conference on New Horizons in Education – INTE 2014 Paris – França Site: http:www.int-e.net

06 a 09/10/2014 20º. CIAED – Congresso Internacional ABED de Educação a Distância Curitiba - Paraná Site: http://www.abed.org/congresso2014/

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Foto: Karine Santiago

Alguns obstáculos atuais das ações de Educação a Distância: rompendo fronteiras no Piauí

Elenice Monte Alvarenga Bacharela e Licenciada em Ciências Biológicas - UNICAMP Especialista em Gerenciamento de Recursos Ambientais - IFPI Mestra em Biologia Celular e Estrutura - UNICAMP Professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico - IFPI elenice_ma@hotmail.com

Os princípios da Educação a Distância (EaD) devem estar em consonância com os quatro pilares da educação, definidos no Relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI (DELORS, 1999). Esses pilares, não somente possibilitam a formação de conhecimento, mas, principalmente, tornam o aluno capaz de explorar o conteúdo, enriquecer seu aprendizado e adaptar suas experiências e seus conhecimentos

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adquiridos. Dessa forma, a educação deve basear-se em quatro modalidades de aprendizagem fundamentais: o aprender a conhecer; o aprender a fazer; o aprender a viver juntos; e o aprender a ser (DELORS, 1999). Para atender a isso, atualmente, no contexto de aprimoramento das ações de EaD no Brasil, observam-se ainda algumas barreiras a serem suplantadas, de modo a garantir uma atuação mais eficaz dos atores do ensino a distância. Nesse sentido, buscase, neste ensaio, uma sumarização de tais dificuldades, com destaque para o aspecto sobre o qual o estado do Piauí tornou-se especialista: o rompimento de fronteiras (geográficas e infraestruturais) na promoção da EaD. Inicialmente, é preciso destacar que, como a EaD desempenha hoje papéis múltiplos, que vão desde a atualização de conhecimentos específicos, complementação da transmissão presencial de conhecimentos, até a formação profissional, é de extrema importância a adequação da plataforma escolhida aos objetivos do curso a ser desenvolvido e ao perfil do público-alvo em questão. Além disso, a filosofia de utilização das estratégias EaD embasa-se na teoria

construtivista, que compreende a origem do conhecimento na interação do sujeito com o objeto. Nesse ponto, depara-se nas primeiras dificuldades da difusão da EaD, pois, segundo Leal (2011), a principal mudança paradigmática necessária em cursos de EaD deve ocorrer na própria estrutura pedagógica, que não deve apenas transpor para o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) velhos conceitos pedagógicos arraigados, mas sim modificá-los em função do novo objetivo de sua aplicação. Esse, talvez, seria o maior desafio dos ambientes EaD atualmente, uma vez que demandam uma estratégia de abordagem diferenciada, centrada no construtivismo. Assim, a produtividade em um AVA depende invariavelmente da existência de um comportamento de mediação social, no qual se prioriza não apenas o conteúdo, mas também os mediadores instrumentais, isto é, os meios pelos quais será realizada a transmissão do conhecimento, além da atuação dos próprios agentes sociais (público-alvo) e da observação de suas peculiaridades (COLL; MARCHESI, 1996). No processo de desenvolvimento de um projeto de EaD, deve-se,

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ainda, conceber a definição da teoria de aprendizagem que irá nortear as atividades do grupo. Assim, uma vez definidos os objetivos a serem atingidos e o público-alvo em questão, deve-se definir quais serão os meios (aspectos das teorias de aprendizagem aplicados) para alcançá-los. Desse modo, é importante que no processo de desenvolvimento de um projeto de EaD se considere os aspectos de cada teoria e se atenha àqueles que melhor se adaptem aos objetivos propostos pelo projeto (COLL; MARCHESI, 1996). Entretanto, nota-se que muitos projetos de ensino à distância se eximem de tal necessidade e se mostram pouco articulados, do ponto de vista pedagógico, o que prejudica severamente o processo de apropriação de conhecimento pelos alunos.

O Piauí vem despontando como referência no cenário da EaD, oferecendo cursos técnicos, superiores e de pós-graduação lato sensu Como barreira última a ser transposta, pode-se também citar a existência de dificuldades de ordem infraestrutural, principalmente no que se refere ao acesso às tecnologias, e até mesmo de ordem geográfica, que, nos rincões Revista Interação ● Edição 9

do país, tendem a dificultar a implantação de cursos a distância, e, na hipótese da instalação desses, tendem a tornar grande a evasão dos alunos nesses cursos. É nesse aspecto que, atualmente, o estado do Piauí vem despontando como referência no cenário da EaD, oferecendo cursos técnicos, superiores e de pós-graduação lato sensu a distância nas mais distintas e longínquas localidades no Estado. Nesse cenário, destaca-se a relevância da Universidade Federal do Piauí (UFPI), oferecendo cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em diversas áreas, como Administração, Biologia e Matemática. Seguindo a linha de oferta de cursos, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) também vem ampliando a oferta de vagas em cursos superiores e de pós-graduação em Pedagogia, Biologia e outras áreas. Ao longo dos anos, o número de alunos vem crescendo e para acompanhar o ritmo da ascensão da EaD no estado, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI) também vem dando sua contribuição, oferecendo cursos técnicos a distância nas áreas de Meio Ambiente, Administração, Serviços Públicos e outros. No que se refere às políticas de expansão do número de vagas e do escopo de atuação do IFPI na seara da EaD, em 2013, o IFPI firmou diversas parcerias com prefeituras municipais para a criação de polos para o oferecimento de cursos a distância, inclusive em cidades e regiões do estado do Piauí que não dispõem de infraestrutura própria

do IFPI para o oferecimento dos cursos, o que capilarizou a oferta de cursos, corroborando a relevância da atuação do Instituto e garantindo o acesso de centenas de pessoas ao ensino público, gratuito e de qualidade, mesmo nas regiões mais distantes e isoladas do estado do Piauí. Assim, observa-se que a maioria dos atuais obstáculos próprios ao desenvolvimento das ações de Educação a Distância podem facilmente ser suplantados pela simples reflexão acerca dos aspectos pedagógicos que permeiam tais ações e/ou pelo empenho nos processos de difusão dos cursos de Educação a Distância, à despeito das dificuldades materiais e estruturais encontradas.

REFERÊNCIAS COLL, César Palácios; MARCHESI, Jesus. Desenvolvimento psicológico e educação: Psicologia da educação. v. 2. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: ______. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo, 1999. p. 89-102. LEAL, Regina Barros. A importância do Tutor no processo de aprendizagem a distância. Universidade de Fortaleza/FINOR. 6p. Revista Iberoamericana de Educacion. (ISSN:1681-5653). Disponível em: <www.rieoei.org/deloslectores/947Barros.PDF>. Acesso em: 29 nov. 2013.

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Entrevista

Desafios e propostas da educação no Brasil

Desafios do sistema educacional brasileiro

Uma delas é a organização do sistema nacional de educação que é um desafio muito grande e que exige a efetivação de um regime de colaboração, talvez esse seja o nosso maior desafio. E um dos problemas que a gente se defronta é a descontinuidade dessas políticas. O não entendimento de que é preciso ter uma articulação mais forte entre as diversas esferas (a união, o estado e os municípios) para garantir melhor qualificação aos profissionais da educação também é um grande desafio. Apesar dos avanços, acredito que deve existir a consolidação da formação e da qualificação profissional dos educadores.

Então, eu deposito esperança de que a universidade pública, a partir da consolidação que se observa no campo da educação a distancia, sirva como um elemento de referência para o que está sendo feito, muitas vezes, no setor privado.

As diferenças educacionais nas regiões brasileiras

Foto: Arquivo Pessoal

Em entrevista à Revista Interação, os professores Antônio Carlos Maciel, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Rondônia; Márcia Ângela Aguiar, presidente da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (Anpae/UFPE); e Remi Castioni, professor-pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), falaram sobre os desafios e as propostas de melhoria da educação no Brasil, com enfoque na graduação e na pós-graduação.

Foto: Karine Santiago

2) E a Educação a Distância?

Prof.ª Dr.ª Márcia Ângela Aguiar - UFPE marcia_angela@uol.com.br

1) Quais os desafios da educação no Brasil? Em sua opinião quais as soluções?

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Hoje a Educação a Distância tem assumido uma grande missão na formação dos profissionais. Eu acredito que o Ministério da Educação, por meio de programas como o PROINFO, tem contribuído para a expansão e a melhoria da EaD no país. Eu acho que já existe uma massa crítica no Brasil e que isso se reflete inclusive no âmbito dos programas de pós-graduação. Assim, acho que a Universidade pública está preocupada com o alcance e a dimensão da EaD, isso para que ela seja de qualidade e garanta uma formação sólida, consistente em todos os âmbitos (da graduação e da pós).

Prof. Dr. Antônio Carlos Maciel - UNIR acmaciel@unir.br

1) Como está a educação no país, em especial, na região Nordeste? Nós vivemos em uma política de desenvolvimento nacional, que é extremamente desigual, concentradora e colonialista. Os índices na educação básica são horríveis. Das 100 melhores escolas da educação básica, 90% se encontram nas regiões Sudeste e Sul do país, com destaque muito grande para o Revista Interação ● Edição 9


Por Karine Santiago e Thays Pessoa

questão é de estrutura, nós temos que construir uma estrutura para a EaD. O terceiro é construir, no âmbito da graduação, uma cultura de educação, pois não temos a cultura de estudar sem tutores, sozinhos.

Sudeste. No ensino superior, a coisa é um pouco menos, mas ainda continuam essas disparidades que influenciam no desenvolvimento do país. Porque temos que pensar nesse desenvolvimento em função da concorrência internacional, num desenvolvimento mais unificado, em vez de ficar centralizado no eixo sudeste-sul.

Eu penso que a função fundamental é a implantação da escola de educação integral, pois essa educação é uma proposta que vem para melhorar significativamente a desigualdade em termos educacionais no país. O Piauí, por exemplo, tem uma proposta de educação integral e isso vai melhorar a educação no estado. 3) Em relação a EaD, qual sua opinião sobre essa modalidade de ensino? A Educação a Distância é uma iniciativa que tem uma ótima intenção no sentido de atender as demandas que não são atendidas pelo ensino regular, mas temos problemas, estruturalmente, que estão longe de ser solucionados. O primeiro deles é a contratação de professores efetivos para a Educação a Distância. Hoje, nossos professores atendem o ensino regular e a distancia. A EaD não tem um programa para a contratação de professores e isso é um problema para a educação nas regiões Norte e Nordeste, que já sofrem com a defasagem de professores. A segunda Revista Interação ● Edição 9

Foto: Mariana Costa

2) Quais as propostas para a melhoria da educação no país, em especial, na região Nordeste?

Pós-graduação no Brasil: conquistas e desafios

Prof. Dr. Remi Castioni - UnB remi@unb.br

1) Quais os desafios da pós-graduação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste? Nos últimos anos, a pós-graduação avançou, significativamente, no Brasil. Em 2013, houve um crescimento acentuado dos programas de mestrado e de doutorado e, assim, maior formação de mestres e doutores, o que se verifica é que ainda há uma densa expansão. A pós-graduação está muito concentrada no Sul e no Sudeste do país em detrimento das demais regiões. Mesmo assim, nas regiões

Norte, Nordeste e Centro-Oeste encontramos mestres e doutores formados. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o problema da expansão da pós-graduação é que ela não tem sido acompanhada de apoio suficiente à pesquisa, inovação, que, basicamente, são as bolsas de produtividade e os editais do CNPQ. O Sul e o Sudeste, no caso da área da educação, concentram 87% das bolsas e as demais regiões têm que se contentar com 13%. Então, é uma disparidade muito grande quando o orçamento da União já disciplina que 30% das ações de fomento devam ser concentradas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Há necessidade de maior articulação dos programas nessas regiões para fazer chegar a essa necessidade a quem decide as bolsas, quem decide as avaliações dos editais de que essas regiões têm que ser beneficiadas. 2) Quais as propostas para melhorar a pós-graduação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste? A pós-graduação avançou no Brasil mas, ainda temos um sistema que concentra no Sul e no Sudeste a maior parte do fomento a pesquisa. Primeiro precisamos mudar o sistema de avaliação que concede as bolsas. Eu falo de mudar os chamados comitês assessores, construir grupos de pesquisa mais sólidos, que possam apoiar as iniciativas dos estados dessas regiões e orientar os projetos às reais necessidades dessas regiões.

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Foto: Thays Pessoa

Concepções dos Tutores do Curso Licenciatura em Ciências Biológicas (CEAD/UFPI) sobre EaD

Luzia Áurea Bezerra Albano Barbosa Graduada em Pedagogia - UFPI Especialista em Ensino - UFPI Especialista em Educação a Distância - SENAC/MA Mestra em Ensino de Ciênciase Matemática - ULBRA/RS Professora Educação Básica, Técnica e Tecnológica/IFPI aureaalbano@ifpi.edu.br

Este ensaio é parte da dissertação de mestrado intitulada “Políticas e Programas em Educação a Distância: o curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas no Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí (CEAD/UFPI)”. Trata-se de um recorte do texto dissertativo que aborda as concepções sobre EaD dos tutores do curso. A pesquisa foi realizada ao longo do ano de 2008 e início de 2009. Na abordagem metodológica do tipo

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qualitativa, por meio do estudo de caso descritivo, buscou-se investigar a formação de professores na modalidade EaD no contexto do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, na modalidade a distância do CEAD/UFPI. Ao propor a participação dos tutores desempenhando diversas tarefas, a organização acadêmica, pedagógica e curricular do Curso instituiu o modelo tutorial para o processo de formação inicial de nível superior na área de Ciências, na modalidade a distância. Pesquisas indicam que o modelo tutorial é o que mais orienta cursos nessa modalidade. Nesse modelo, a figura do tutor é relevante para compor a tríade de sujeitos responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem: professor – tutor – aluno. O tutor é quem se apresenta muitas vezes como o sujeito mais concreto com quem os alunos podem trocar ideias e conhecimentos, dialogar e conversar e, por que não, contar amenidades e compartilhar experiências cotidianas. De acordo com a Coordenação do Curso, os tutores selecionados e capacitados desenvolvem as seguintes atribuições: comentar os trabalhos realizados pelos alunos; corrigir as avaliações dos estudantes, sob a

supervisão do professor coordenador da disciplina; ajudá-los a compreender os materiais do curso por meio das discussões e explicações; responder às questões sobre a instituição; ajudar os alunos a planejar seus trabalhos; organizar círculos de estudos; fornecer informações por telefone, fac-símile e e-mail; atualizar informações sobre o progresso dos estudantes; fornecer feedback aos coordenadores sobre os materiais dos cursos e as dificuldades dos estudantes e servir de intermediário entre a instituição e os alunos.

A Pesquisa e as Concepções sobre EaD dos Tutores O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas (UAPI) é ofertado nos polos de Buriti dos Lopes (50 vagas), Canto do Buriti (50 vagas), Gilbués (50 vagas) e Simões (50 vagas), totalizando uma oferta de 200 vagas. Cada polo tem quatro tutores, sendo dois presenciais e dois a distância. A pesquisa envolveu os 16 tutores que atuam nos Módulos I e II. Os questionários foram enviados através de e-mail aos 16 tutores; desses 12 foram respondidos e enviados de volta, o que representa uma amostra de 75% dos tutores. Os dados oriundos da questão Revista Interação ● Edição 9


Na subcategoria Concepções de Natureza Filosófica, das expressões/palavras manifestadas por 11,6% dos tutores, apenas um dos tutores citou a expressão “inclusão social”, que é um dos objetivos gerais que orientam as políticas educacionais no processo de expansão da EaD no Brasil. Na subcategoria Concepções de Natureza Epistemológica, manifestados por 18,3% dos tutores, estão todas as palavras e/ou expressões relativas aos conhecimentos científicos e tecnológicos correlacionadas à EAD. Na subcategoria Concepções de Natureza Didático-Pedagógica, 56,7% dos tutores correlacionaram EaD a palavras e/ou expressões pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem e à metodologia dessa modalidade de ensino. Observou-se que a ênfase foi dada aos recursos e ferramentas dentre os aspectos metodológicos, o que é coerente com o que mais caracteriza a EaD como uma modalidade de ensino. Na subcategoria Concepções de Natureza Profissional, 13,4% dos tutores realizaram uma correspondência entre EaD a palavras e/ou expressões, tais como: “qualificação”, “dedicação”, “responsabilidade”, “compromisso”, Revista Interação ● Edição 9

“disponibilidade” e “capacitação”. Após análise dos dados organizados por categoria, observouse que na perspectiva dos tutores a concepção de EaD está diretamente relacionada aos aspectos didático-metodológicos conforme o Decreto n. 5.622/2005 Art. 1º que caracteriza a Educação a Distância como: Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2009).

Pouca relevância foi dada aos fundamentos filosóficos da educação e sua finalidade universal que conforme a LDB, Lei n. 9.394/1996 “Art. 2º “[...] o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 2009). Conclui-se que a equipe de tutores do Curso está preparada, pois há a preocupação em contribuir e desempenhar a função que lhe foi confiada pelo CEAD/UFPI. Refazendo a trajetória da pesquisa, depreende-se que os dados coletados e analisados são um recorte de

um momento inédito na história da educação piauiense e cujo potencial de investigação não se esgota nestas considerações finais.

REFERÊNCIAS: BRASIL. Decreto n. 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/ Decreto/D5622.htm>. Acesso em: 20 abr.2009.

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://portal.mec.gov. br/seed/arquivos/pdf/tvescola/ leis/lein9394.pdf>. Acesso em: 20 abr.2009. - UFPI. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Aprova o Projeto Pedagógico do Curso Licenciatura em Ciências Biológicas, na modalidade a distância. Resolução n. 182, 31 de agosto de 2007.

Foto: Stock.XCHNG

aberta sobre as concepções de EaD foram expressos por meio de cinco palavras ou expressões que os tutores associam à EaD. Essa categoria foi dividida em quatro subcategorias de concepções: Natureza Filosófica, Natureza Epistemológica, Natureza Didático-Pedagógica e Natureza Profissional.

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CAPA

Professores e técnicos do CEAD/UFPI ampliam qualificação profissional

A demanda por profissionais com titulação ocasionou o crescimento da oferta de programas de pós-graduação stricto sensu, que incluem mestrado acadêmico, mestrado profissionalizante e doutorado. O Centro de Educação Aberta

Profa. Dra. Lívia Nery

Em 2013, a coordenadora do Curso de Letras Inglês do CEAD/ UFPI, Prof.ª Dr.ª Lívia Nery recebeu o título de doutora em Ciências da Comunicação, pela

“A principal dificuldade é a de conciliar o doutorado e a carga de trabalho”. Prof. Me. Eliesé Rodrigues, doutorando em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá – DINTER.

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Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). O doutorado foi iniciado em 2010 e tem como tema a “Comunicação e Educação: apropriações, interações e produções comunicacionais dos estudantes de EAD no semiárido piauiense”. “Esse trabalho é inédito e importante para o CEAD/UFPI, pois irá contribuir para avaliar a interação no ensino a distância e as táticas utilizadas pelos alunos. Também Foto: Karine Santiago

A procura pela qualificação profissional aumentou em todo o Brasil, além do eixo Rio-São Paulo. De acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), entre 1996 e 2011, o número de mestres no país passou de 13.219 para 55.047, com o crescimento de 312%. As instituições de ensino federais formaram 20.142 mestres em 2009, enquanto as estaduais formaram 9.712, e as particulares, 8.696.

e a Distância (CEAD/UFPI) confirma qualidade do ensino a distância, por meio de professores qualificados e capacitados. Hoje, o Centro possui sete professores com inicialização no doutorado e cinco técnicos no mestrado. Foto: Karine Santiago

Por Karine Santiago e Thays Pessoa

Prof. Dr. Arnaldo Oliveira Souza Júnior

“Para um professor un é fundamental, pois é qualificar e de se apr pesquisa, integrando colegas de diversas ponto de vista insti na oferta de um en e é um indicativo pesquisa, fundam uma instituição d José Elielton, d Pontifícia Unive do Sul – PUCR Revista Interação ● Edição 9


8.112/90. O documento formaliza a liberação total ou parcial de 20 horas semanais, para que o servidor possa se dedicar ao programa de mestrado ou de doutorado.

niversitário, um doutorado é a oportunidade de se rofundar numa área de o-se a debates com outros partes do mundo. Do itucional, o doutorado ajuda nsino de melhor qualidade para o desenvolvimento de mental para a excelência de de ensino superior”. Prof. Me. doutorando em Filosofia pela ersidade Católica do Rio Grande RS.

O técnico de laboratório do CEAD/UFPI, Ricardo Barbosa, teve o apoio do Centro para realizar seu mestrado em Ciência dos Materiais. “Com a contribuição da atual administração do CEAD/ UFPI e sua representatividade no CONSUN (Conselho Superior da UFPI), houve a liberação semanal de 20 horas das minhas atribuições. São ações como essa que impulsionam os profissionais para uma especialização”, afirma o técnico Ricardo.

Para o diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, a qualificação proporciona ganhos ao servidor, à instituição na qual ele trabalha e à comunidade. Segundo ele, os professores e técnicos do CEAD/UFPI são liberados, em cumprimento à legislação, além de outras formas de apoio. “Buscamos apoiar nossos servidores, por meio de um contato constante entre o CEAD/UFPI e os funcionários,

Técnico de Laboratório Ricardo Barbosa

Foto: Karine Santiago

Apoio do CEAD/UFPI para a qualificação A qualidade do ensino oferecido por uma instituição depende, também, da qualificação do corpo docente. Como apoio à qualificação, o CEAD/UFPI concede aos servidores a carta de anuência, conforme determina a lei n.

para saber sobre o andamento do mestrado ou do doutorado e das dificuldades do processo”, ressalta o Prof. Gildásio Guedes.

Foto: Karine Santiago

apontamos algumas dificuldades nesse processo, como a infraestrutura de internet banda larga nos Polos”, explica a coordenadora. Os avanços tecnológicos e as novas mídias digitais fazem da EaD uma modalidade interativa e essa temática tem sido pesquisada com frequência. Para o Prof. Dr. Arnaldo Oliveira Souza Júnior, que recebeu o título de doutorado pela UFPI/ UNISINOS, “o doutorado de viés comunicacional permite reflexões sobre entendimento de processos educacionais que utilizam mídias digitais, plataformas e protocolos de comunicação, pois como já é sabido, educação é também comunicação”, comenta o professor.

Prof. Me. Cledinaldo Leal

“A realização de um mestrado é um sonho pessoal como também um reconhecimento pelos esforços na melhoria do lado profissional. Com o mestrado, poderei participar mais ativamente na elaboração e no desenvolvimento dos TCCs de nossos alunos, uma vez que poderei orientá-los. Sem contar que a experiência adquirida será única e se refletirá na melhoria da qualidade de nossos trabalhos e publicações. ”. (Solranny Costa e Silva, técnica de laboratório do CEAD/UFPI e mestranda em Biomateriais pela UFPI). Fotos: Ascom - CEAD/UFPI

Revista Interação ● Edição 9

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com o título de doutor irei melhorar minha participação no CEAD, no que diz respeito ao Ensino de graduação, Ensino de Pós-graduação, elaboração e apresentação de projetos aos órgãos de fomento”.

o reflexo da valorização do profissional especializado no campo de trabalho. A Prof.ª Me. Georgina Lustosa iniciou o doutorado em Ciências da Educação na Universidade de Coimbra. Para ela, “investir no processo formativo é sempre muito importante, tanto para si mesmo, como pessoa, como profissional e, logicamente, para a instituição da qual você faz parte”.

A certificação de doutorado enriquece muito o currículo de qualquer profissional, sobretudo no magistério superior, no qual a Foto: Thays Pessoa

De acordo com o Prof. Me. Cledinaldo Leal, doutorando em Ecologia e Recursos Naturais na Universidade Federal do Ceará (UFC), o CEAD se coloca sempre a favor da qualificação tanto dos docentes quanto dos técnicos, o que mostra o interesse no crescimento da instituição como um todo. “A qualificação gera estímulos ao docente, que traz novidades em ensino e pesquisa de ponta para a instituição e assim há um ganho

Os benefícios da certificação são inúmeros, como afirma o Prof. Me. João Benício: “acredito que Foto: Karine Santiago

Foto: Arquivo pessoal

Certificação

Prof.ª Me. Keylla Urtiga

Prof.ª Me. Georgina Lustosa

de qualidade por parte dos futuros profissionais egressos do centro”. A procura pela pós-graduação é

Prof. Me. João Benício

busca por titulação é algo imprescindível. Para a Prof.ª Me. Keylla Urtiga, “o CEAD, como Centro de Ensino a Distância da UFPI, ganhará mais reconhecimento e credibilidade com a qualificação do seu corpo docente. É necessário

“Os alunos dos mais diversos “Com a qualificação de mestre, rincões do Piauí sairão ganhando contribuirei para uma melhor com novas propostas e prática profissional no CEAD. experiências de ensino, pesquisa Atualmente, trabalho na área e extensão, ajudando em um administrativa da instituição, mas bom nivelamento do alunado com essa qualificação poderei entre todos os polos, além de ajudar o lado educacional do experiências trazidas dos centros curso de Ciências Biológicas, já de ensino em que os professores que minha especialização será fizeram doutorado”. Prof. Me. na área de genética”. Ubirajara Leonardo Sousa, doutorando em Santana, técnico do CEAD/ Engenharia Elétrica pela Universidade UFPI e mestrando em Recursos Presbiteriana Mackenzie – SP. Genéticos pela UFPI.

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Revista Interação ● Edição 9


CAPA enfatizar também que sempre temos total apoio e incentivo da direção do centro para que nos aperfeiçoemos continuamente”.

Arnaldo Oliveira Cledinaldo Borges Leal Djane Brito

Desafios e expectativas da qualificação São muitos os obstáculos enfrentados pelos que buscam a pós-graduação. Mas nem só de dificuldades se faz uma qualificação. Os desafios constroem e agregam novos conhecimentos e trazem benefícios para todos. Para os professores, a qualificação profissional é um importante benefício para aprimorar conhecimentos, aprofundar pesquisa, criar um nível de excelência docente, estimular o desenvolvimento de projetos que envolvam o corpo discente, além de gerar dividendos para a comunidade. Somando-se a isso, o ensino a distancia só tende a crescer no Estado com a qualificação dos docentes e técnicos. Confira a tabela de professores e técnicos do CEAD/UFPI em qualificação

Doutor em Ciências da Comunicação- Processos midiáticos Doutorando em Ecologia e Recursos Naturais Mestranda em Letras – Estudos de linguagem

UNISINOS UFC UFPI

Eliesé Rodrigues

Doutorando em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais

Universidade Estadual de Maringá (DINTER)

Evangelina da Silva Sousa

Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente

UFPI

Georgina Quaresma

Doutoranda em Ciências da Educação

Universidade de Coimbra – Portugal.

João Benício de Melo Neto

Doutorando em Métodos de Programação MaxLinear em Otimização

UFRJ

José Elielton

Doutorando em Filosofia

Keylla Urtiga

Doutoranda em Biotecnologia

Leonardo Sousa

Doutorando em Engenharia Elétrica

Lívia Nery

Doutora em Ciências da Comunicação

UNISINOS

Ricardo Barbosa de Sousa

Mestrando em Ciência dos Materiais

UFPI

Solranny Costa e Silva

Mestranda em Biomateriais

UFPI

Ubirajara Santana

Mestrando em Genética e Melhoramento

UFPI

“Meu pré-projeto é ‘O tópico discursivo como princípio organizador do discurso nos fóruns de EaD’. Pretendo contribuir com a EaD de um modo geral, pois se os objetivos propostos forem alcançados, irei divulgar e propor a aplicação dos resultados nos demais cursos, e não somente ao curso de Letras Português”. Djane Brito, técnica do CEAD/UFPI e mestranda em Letras – Estudos de Linguagem – pela UFPI.

PUCRS Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

“Tenho que conciliar aula/trabalho/estudo. É um pouco cansativo no início, mas o organismo acaba se adaptando”. Evangelina da Silva Sousa, técnica administrativa do CEAD/UFPI e Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela UFPI. Fotos: Ascom - CEAD/UFPI

Revista Interação ● Edição 9

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Foto: Karine Santiago

O Estágio na Educação a Distância: contribuições para a formação docente pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que define as diretrizes curriculares para os cursos de graduação no Brasil. Considerando a expansão e o reconhecimento que a EAD tem alcançado, democratizando o ensino, podemos afirmar que o mesmo vem desenvolvendo uma nova forma de aprendizado com resultados amplamente comprovados.

Ana Bolena de França Silva Pedagoga - FAP Especialista em Docência pela UFPI Tutora do Curso de Pedagogia da UAPI/UFPI Secretária do Curso de Sistema de Informação na UFPI bolena_aguiar@yahoo.com.br

Refletir sobre os aportes do Estágio tem sido a preocupação de vários estudiosos e pesquisadores que ressaltam nos cursos de pedagogia, a proposta de superação da dicotomia entre a teoria e a prática. Podemos afirmar que apenas com o advento da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), a articulação entre a teoria e a prática, passou a ser um dos fundamentos legais para a formação dos profissionais da educação, amparada

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Dessa forma analisamos quais contribuições o campo de Estágio tem proporcionado a formação docente, observando as discussões e interações presentes nos fóruns de duas alunas, do Curso de Pedagogia, na disciplina de estágio supervisionado no polo de Apoio Presencial da cidade de Pio IX. Podemos ressaltar que o Estágio Supervisionado EAD-UFPI, tem o objetivo precípuo de fomentar o desenvolvimento docente e aproximar os acadêmicos do curso de Pedagogia das experiências significativas, presente no contexto educacional, analisando os limites e desafios que englobam a ação docente. De acordo com Lima (2012), a compreensão da prática docente, como parte do fenômeno educativo, envolve uma percepção atenta dos processos de ensinar e de aprender, incluindo uma

autoavaliação do estagiário sobre o sentido e o significado do Estágio em sua vida e formação. Considerando o avanço tecnológico e a forma com que o conhecimento se propaga, não podemos afirmar que um profissional está satisfatoriamente formado após o curso de graduação, pois a exigência na sociedade vigente exige um profissional que esteja apto a fazer inovações, qualificar-se, desenvolver pesquisar, fomentar projetos, que seja capaz de solucionar conflitos, tecer reflexões, lidar com a diversidade cultural e trabalhar a inclusão no ambiente escolar. Conforme os registros dos alunos nos fóruns e interações por meio da plataforma moodle, percebemos a aproximação da práxis educativa, presente nos discursos selecionados dos alunos do polo de Pio IX, acerca da concepção de estágio supervisionado. Estágio Supervisionado é de grande valia para nós futuros pedagogos, esse é o momento de aliarmos a teoria com a prática, e vivenciarmos experiências únicas. Cada passo é muito importante desde as orientações práticas, a observação, a participação, e a regência em si. É o momento de aplicar as nossas habilidades e os nossos conhecimentos adquiridos ao longo

Revista Interação ● Edição 9


do nosso curso, e ao mesmo tempo ampliarmos, aprimorar nossas atitudes profissionais, experimentar o convívio com os alunos, com os professores, diretor coordenador, zelador, enfim com todos os profissionais envolvidos com a educação, além de aprendermos com as experiências de todos que já trabalham a mais tempo na área, nos ajuda a traçar caminhos que possibilitem um melhor desempenho em nossa atuação como pedagogos, nos permite planejar, orientar, avaliar, enfim desenvolver as nossas potencialidades como educador. (Aluna do polo de Pio IX) O estágio é um meio que pode levar o acadêmico a identificar novas e variadas estratégias para solucionar problemas que

muitas vezes ele nem imaginava encontrar na sua área profissional. Ele passa a desenvolver mais o raciocínio, a capacidade e o espírito crítico, além da liberdade do uso da criatividade.

da Educação Nacional – LDBN 9394, Brasília. MEC, 1996. Disponível em : <http: portal.mec.gov. br/arquivo/pdf/1db.pdf>.Acesso em: 10 de jul.2013.

(Aluna do polo de Pio IX)

Dessa forma, podemos identificar nas reflexões dos alunos que o estágio supervisionado no curso de pedagogia se desenha como um espaço socializador de experiências, propiciando o conhecimento, a interação trazendo para a discussão pontos relevantes entre o escrito e o vivido, contribuindo para a busca da formação docente.

REFERÊNCIAS BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases

BRASIL. Conselho Nacional de Educação Resolução CNE/CP 01, de 18 de fev. de 2002. Disponível em http://www.cmconsultoria.com.br/legislação/resoluções/2002/res 2002 0001 CP retificação formação professores. pdf.> Acesso em: 20 de novembro 2013.

LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e aprendizagem da profissão docente. Brasília: Liber livro, 2012.

No dia 18 de março de 2014, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), por meio do Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD), lançou o edital do Vestibular 2014 na modalidade a distância. A solenidade aconteceu no Salão Nobre da UFPI e contou com a presença do Reitor da UFPI, Prof. Dr. Arimatéia Dantas, Diretor do CEAD/ UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, Secretário de Educação do Estado, Átila Lira, Ex-reitor da UFPI, Luís Júnior, e de Coordenadores de polos e cursos do CEAD/UFPI. Este é o maior vestibular da história da EaD no Estado. São 6.825 vagas para 15 cursos de graduação, em 33 polos de apoio presencial, sendo 31 no Piauí e dois na Bahia (Campo Alegre e Juazeiro). Atualmente, o CEAD/UFPI oferece cursos a distância em 33 polos UAB no Piauí e atende mais de 6 mil alunos. Revista Interação ● Edição 9

Foto: Karine Santiago e Thays Pessoa

Lançamento do edital Vestibular do CEAD/UFPI com 6.825 vagas

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Escolher uma única história de superação entre os estudantes da Educação a Distância, não é tarefa das mais fáceis, diante de tantos casos que presenciamos no cotidiano dos polos. Seriam muitos casos para contar, e que, talvez, ajudariam muitos a reagir diante das situações que a vida impõe. A estudante Sandra Nonato, a Sandrinha, é um desses exemplos de forte superação na EaD. Aluna da Licenciatura em Ciências Biológicas, do Polo de Simões, é deficiente física e, apesar disso, consegue conciliar muito bem o curso, a fé, os amigos e a família. Órfã de mãe, Sandra se dedica aos afazeres domésticos e ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), ao qual abraçou

Foto: Arquivo Pessoal

Perfil do Aluno de EAD com amor, sendo destaque nas atividades que desenvolve e na Universidade. Até hoje, nada a impediu de desenvolver qualquer atividade. No Polo de Simões, Sandrinha é conhecida por sua alegria contagiante e pela vontade de aprender. “Todos os dias agradeço a Deus por Ele ter me mandado essa oportunidade. Hoje sou uma universitária, só tenho a crescer. Com a entrada na Universidade, já realizei outra conquista, que é o PIBID, bolsa que me tem proporcionado muitas experiências. Vivo feliz, apesar de ter uma vida limitada, mas tenho motivos para sorrir, tenho amigos queridos, tenho família e minha faculdade,” ressalta a aluna Sandra.

Sandra Nonato Graduanda em Ciências Biológicas A história da aluna Sandrinha deixa-nos a lição da jovem menina que não se deixou abalar pelos obstáculos da vida, além de causar admiração e orgulho em todos que fazem o CEAD/UFPI.

Interação recomenda: Letras Português www.periodicos.letras.ufmg.br

Administração Pública www.enap.gov.br

Matemática pessoal.sercomtel.com.br/matematica/

Biologia www.todabiologia.com

Pedagogia www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/

Física www.brasilescola.com/fisica

Química www.profpc.com.br/

Filosofia bibonline.ufpi.br/acervo/home.asp

Sistemas de Informação www.edubrazuca.com.br

Foto: Antonio Filho e Karine Santiago

Administração www.administradores.com.br

Letras Inglês pos.fflch.usp.br/taxonomy/term/33

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Revista Interação ● Edição 9


CEAD

Coordenadores de Cursos do CEAD/UFPI debateram EaD no I Fórum Nacional UAB Por Karine Santiago

Durante o evento, coordenadores de Cursos da modalidade EaD, de 88 Instituições de Ensino, compartilharam avanços, desafios e ações desenvolvidas. Representando o CEAD/UFPI, participaram do evento: o coordenador do curso de Especialização em Gestão Pública Municipal (PNAP), Prof. Me. Francisco Tavares, e o coordenador acadêmico, Prof. Dr. Isidro Fortaleza; a coordenadora do curso de Pedagogia, Prof.ª Dr.ª Vera Lúcia Oliveira; a coordenadora do curso de Ciências Biológicas, Prof.ª Dr.ª Maria da Conceição Prado; o coordenador de tutoria do curso de Filosofia, Prof. Me. Dayvid Magalhães; o coordenador do curso de Matemática, Prof. Me. João Benício; e o coordenador do curso de Letras Português, Prof. Dr. José Vanderlei Carneiro. O coordenador do curso de

Revista Interação ● Edição 9

Fotos: Arquivo pessoal

Coordenadores de Cursos e professores do Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/ UFPI) participaram do I Fórum Nacional das Áreas do Sistema Universidade Aberta do Brasil. O evento aconteceu de 23 a 25 de outubro de 2013, em Belo Horizonte – MG, com os objetivos de socializar informações para institucionalização da Educação a Distância, de discutir temas estratégicos, e de articular a interação das áreas.

Foto superior: Coordenadora do curso de Biologia, Profª Drª Conceição Prado; Coordenadora do curso de Pedagogia, Profª Drª Vera Lúcia Costa e Coordenador do curso de Química, Prof. Dr. Davi da Silva. Foto inferior esquerda: Coordenador do Curso de Letras Português, Prof. Dr. José Vanderley Carneiro, Profª Drª Maria Goreth de Sousa Varão e Coordenador de Tutoria do Curso de Filosofia, Prof. Me. Dayvid Magalhães. Foto inferior direita: Coordenador do curso de Especialização em Gestão Pública Municipal, Prof. Me. Franscisco Tavares.

Especialização em Gestão Pública Municipal do PNAP/CEAD, Prof. Me. Francisco Tavares informou que, durante o evento, os coordenadores de cursos realizaram breve exposição dos objetivos e, posteriormente, cada área manifestou problemas e sugeriu soluções. “A importância de participar representando o CEAD/UFPI, está na possibilidade de trocar ideias com colegas de outras regiões, já que o Fórum reuniu coordenadores de todo o Brasil, Universidades Federais e Estaduais e Institutos

Federais. Esses eventos devem ser repetidos para que possamos nos integrar e melhorar nosso trabalho à frente da Educação a Distância”, destaca o coordenador. Para a coordenadora do curso de Ciências Biológicas do CEAD/ UFPI, Prof.ª Dr.ª Conceição Prado, o I Fórum da UAB foi um momento ímpar de debate com professores das mais diversas áreas. “O que achei mais interessante foi poder rever e discutir conteúdos, como a evasão dos alunos de EaD”, informa. 25


Foto: Thays Pessoa

O papel do computador na educação e os desafios das escolas contemporâneas

Marília Gabriela Mendes do Chantal Nunes Graduada em Psicologia- Faculdade Santo Agostinho - FSA Aluna da Especialização em Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior Escola Superior Aberta do Brasil - ESAB. gabrielachantalnunes@hotmail.com

tutor e a formação de profissionais da área. O computador, símbolo e principal instrumento do avanço tecnológico, não pode mais ser ignorado pela escola. No entanto, o desafio é colocar todo o potencial dessa tecnologia a serviço do aperfeiçoamento do processo educacional, aliando-a ao projeto da escola com o objetivo de preparar o futuro cidadão. Nessa perspectiva, cabem reflexões sobre: o repensar a educação e o pensar a escola na era da informação. O conhecimento só tem valor se tiver produtividade, se você souber o que fazer dele, em seu favor e em favor da sociedade.

A Educação a Distância tem como um dos seus objetivos apresentar de forma contextualizada o novo modelo de educação, no qual as novas tecnologias da informação e da comunicação, através da internet, contribuem para a aprendizagem.

De acordo com Ilma Veiga (1995, p. 98), “[...] a escola deve assumir a função de proporcionar às camadas populares, através de um ensino efetivo, instrumentos que lhes permitam conquistar melhores condições de participação cultural e política e reivindicação social”.

As transformações da Educação a Distância possibilitam redefinir o papel do professor, e compreender as transformações da aprendizagem na sociedade da informação, a aquisição de saberes, o papel do

Numa práxis renovadora, o computador é uma ferramenta enriquecedora de saberes nos processos pedagógicos que deve possibilitar a integração em ambientes informatizados de aprendizagem.

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Um ambiente informatizado de aprendizagem requer informação, tecnologia e agentes de aprendizagem. Deve possibilitar ao aluno a aquisição de conteúdos necessários à sua formação, mas também o desenvolvimento de novas habilidades para sua inserção e atuação no mercado de trabalho.

A escola precisa desenvolver procedimentos educacionais, em que o aluno, mediado pela ação do professor, constrói o conhecimento, age e cria possibilidades de mudanças sociais. A informática, por si só, não é resolução dos problemas que se apresentam na educação. Antes deste pensar, porém, devemos Revista Interação ● Edição 9


estar conscientes de que os problemas sociais e pedagógicos que atormentam as escolas são bem maiores e anteriores aos tecnológicos ou da área da informática. É importante um pensar e repensar as práticas pedagógicas adotadas nas escolas. A escola precisa desenvolver procedimentos educacionais, em que o aluno, mediado pela ação do professor, constrói o conhecimento, age e cria possibilidades de mudanças sociais. Para que ocorram transformações, um novo olhar acerca do processo ensino-aprendizagem deve acontecer, pois o aluno não é mais mero receptor de conteúdo definidos pelo professor, mas é aquele que se relaciona e interage com o saber. Para que o uso do computador tenha sucesso, não é preciso que se crie uma disciplina específica na área de informática, com professores de informática. Ele deve ser introduzido como

ferramenta de trabalho acessível aos professores e alunos nos diversos componentes curriculares. Conforme defende Paiva (2008) uma aprendizagem, ao mesmo tempo, individual e coletiva, dá-se por meio da interação e da negociação de sentidos com os outros e com o material com o qual também interagem. Nesse sentido, a mediação tecnológica tem efeito de inclusão dos participantes no processo de uma aprendizagem mútua. A questão do uso da informática nas escolas é muito mais uma questão pedagógica, educacional, do que de computadores. Segundo Moran (2004), as modalidades de cursos serão extremamente variadas, flexíveis e “customizadas”, isto é, adaptadas ao perfil e momento de cada aluno. Não se falará daqui a dez ou quinze anos em cursos presenciais e cursos a distância. Os cursos serão extremamente flexíveis no tempo, no espaço, na metodologia, na gestão de tecnologias, na avaliação.

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É importante destacar que, neste cenário, quanto menor for a criança mais tempo permanecerá junto às outras, fisicamente, para aprender a conviver, a interagir, a viver em grupo. O meio virtual para

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as crianças será complementar a educação. Mas, à medida que elas forem crescendo, aumentará também o grau de virtualização audiovisual da aprendizagem. Na fase adulta, o predomínio do audiovisual virtual será muito mais forte. É difícil prever o futuro, porque ele não se desenvolve linearmente. Na educação, contudo, é mais fácil antecipar algumas perspectivas. A educação será cada vez mais importante para as pessoas, corporações, países, para o mundo como um todo. Com as tecnologias cada vez mais rápidas e integradas, o conceito de presença e distância se altera profundamente, e as formas de ensinar e aprender também.

REFERÊNCIAS BRASIL. Escola Superior Aberta do Brasil. Vila Velha, ES. LTDA 2007. MORAN, José M. Tendências da educação on-line no Brasil. Disponível em: <http://www.eca. usp.br/prof/moran/tendencias. htm.> Acesso em: 6 abr. 2008. PAIVA, Vera L. M. O. Derrubando paredes e construindo comunidade de aprendizagem. Disponível em: < http://www.geocities.com. veramenezes/paredes.htm.> Acesso em: 13 abr. 2008. VEIGA, Ilma P. A. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.

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Foto: Karine Santiago

Propostas para o uso efetivo da plataforma de ensino a distância por alunos de graduação e pós-graduação

Albenir Rêgo Barbosa Bacharel em Administração - UFPI Especialista em Contabilidade Pública e Orçamento Público - CEUT; Especialista em Gestão Pública - UFPI. albenirbarbosa@hotmail.com

A partir da chamada pública (através do edital n. 01, de 16 de dezembro de 2005) para a seleção e oferecimento de cursos superiores em instituições federais de ensino superior na modalidade de Educação a Distância para o “Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB, firmou-se consórcio, inicialmente, entre a Universidade Federal do Piauí-UFPI e o Banco do Brasil, oferecendo em caráter experimental 500 vagas para o Projeto Piloto do curso de Administração, em oito polos e com o apoio

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do governo estadual e dos respectivos municípios. Alguns anos depois, a Universidade Estadual do Piauí UESPI e Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí IFPI passaram a fazer parte dessa empreitada. O ensino a distância no Piauí tem evoluído e atualmente soma vários cursos técnicos, de graduação e pós-graduação nas três instituições de ensino citadas, em mais de 50 polos (podendo existir mais de um polo por cidade).

A diferença está no uso de um canal de interação Dessa forma, é necessária a busca por ferramentas não só de difusão, haja vista que já existem vagas nos mais diferentes cursos, mas de bom estabelecimento da modalidade de ensino na consecução de uma formação de qualidade para os egressos ao mercado de trabalho. As universidades brasileiras passaram a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos superiores a distância e ao uso de novas

tecnologias a partir de 1994 com a expansão do uso da internet nas universidades. Alguns anos depois, com a lei de diretrizes e bases da educação, o ensino a distancia foi oficializado como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Já em 2006, no Piauí, a modalidade de ensino ganhou um impulso a partir da criação do Centro de Educação a Distância (CEAD/ UFPI) com a oferta de 500 vagas para o curso de Bacharelado em Administração em oito polos: Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano, Bom Jesus, Esperantina, Piripiri e São Raimundo Nonato. Não obstante, o desenvolvimento das atividades de ensino à distância não prescindem das mesmas finalidades do ensino presencial, a diferença está no uso de um canal de interação – a internet –, próprio do ensino à distância que moderniza , dinamiza e revoluciona o ensino de graduação e pósgraduação no estado do Piauí. As plataformas de interação para o ensino de graduação e pósgraduação dos sistemas de ensino à distância possuem os mais diferentes recursos disponíveis para possibilitar um ensino de qualidade e

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na mesma proporção que a modalidade presencial. O uso racional e metodologicamente adequado desses recursos, sejam eles humanos ou virtuais, próprios da plataforma como os fóruns, chats, vídeos e textos, podem ser de grande valia para resultados mais positivos. O questionamento que paira é: Como criar um vínculo adequado entre o aluno e o sistema disponível? O aluno atualmente parece utilizar a plataforma como lhe convém (o que é fator importante no processo pela própria liberdade de interação que o ambiente virtual de aprendizagem proporciona). No uso do e-mail é assim. Inclusive muita gente normalmente apenas lê mensagens recebidas por e-mail e assim, é desconhecedor dos mais diferentes recursos que estão ali disponíveis. Seria exatamente o que ocorre

no uso da plataforma pelos alunos de graduação e pós-graduação? O aluno criou um entendimento do uso da plataforma de interação? Em redes sociais como o facebook é sabido que existe uma linguagem própria de interação (quem não sabe postar um texto é quase um inconveniente na rede). Seria necessário o estabelecimento desta linguagem também para o ensino à distância através das plataformas de interação? Destarte, é importante que seja criado um vínculo entre o aluno e a plataforma no sentido de estabelecer um uso efetivo da plataforma de interação. O aluno deve acessar os fóruns, os chats, o calendário disponível, os espaços reservados para notícias e também propor a interação. E isso deve ocorrer periodicamente e estabelecendo-se uma linguagem própria e

adequada para que esse vínculo seja efetivado.

REFERÊNCIAS ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educação a Distância: Limites e Possibilidades. Texto publicado no livro Educação à distância: uma nova concepção de aprendizado e interatividade. São Paulo: Futura, 2003. p. 5-27. BRASIL/MEC/ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, MEC, dez./1996 Disponível em: <http://www.eca.usp.br/ prof/moran/dist.htm>. Acesso em 20 nov. 2013. FERNANDES, Gildásio Guedes. Introdução a Educação a Distância. Teresina: EDUFPI/UAPI: 2010. 120 p. Disponível em: <http:// www.nead.ufsj.edu.br/portal/images/docs/edital2005.pdf>. Acesso em 20 jan. 2014.

Curso de matemática do CEAD recebe nota 4 do INEP/MEC Foto: CoordCom UFPI

O curso de Matemática do Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí foi reconhecido em março de 2014. Após o reconhecimento, a comissão do Instituto Nacional dos Estudos e Pesquisas (INEP), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), visitou os polos de Redenção do Gurguéia e Gilbués que oferecem o curso de matemática. As notas obtidas na avaliação foram 3 e 4, respectivamente, considerando a escala de 1 a 5. Para a coordenação da Licenciatura em Matemática, o conceito estabelecido pela comissão é bastante significativo e os dados revelam o cenário importante da qualidade dos seus professores e tutores.

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Comissão designada pelo INEP/MEC reuniu-se com o Reitor da UFPI, Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes; Vice Reitora, Prof.ª Dr.ª Nadir Nogueira; Diretor do CEAD, Prof. Dr. Gildásio Guedes; Coordenador do Curso de Matemática, Prof. Me. João Benício e demais professores representantes da Instituição.

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Foto: Thays Pessoa

Educação a Distância: uma Realidade Próxima

Diana Nogueira Cruz Pós- graduada em Gestão e Supervisão Escolar Universidade Federal do Piauí Coordenadora de Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação de São Miguel do TapuioPI e Tutora a Distância do CEAD/UFPI do curso de Pedagogia no Polo de Simplício Mendes lady.nogueira@hotmail.com

A Educação a Distância é considerada por muitos como uma novidade

proporcionada pelo ad-

vento da tecnologia da informação e da comunicação. A EaD oportuniza a iniciação e ou continuação de formação acadêmica ou profissional em várias áreas do conhecimento, na medida em que não se faz necessário o deslocamento físico de pessoas de suas cidades de origem. 30

Os primeiros passos na socialização do conhecimento a distância foram dados já em 1939 com a criação do Instituto Rádio-monitor que através de transmissão radiofônica, oportunizava uma formação utilizando programas educativos e cursos técnicos. Segundo Piaget, o ensino a distância é uma forma do estudante desenvolver sua autonomia, pois, nesta forma de educar há uma mudança na relação entre o discente e o docente. O primeiro torna-se o protagonista da aprendizagem, e, ao outro, cabe a o papel de facilitar e mediar à relação do educando com o conhecimento, apenas apontando os caminhos e não ditando regras. Dois pontos merecem especial atenção no que diz respeito ao avanço da qualidade na EaD: o nível de qualificação dos tutores e o compromisso com a aprendizagem por parte dos estudantes. Na EaD, possibilitada pelos recursos multimídias, o tutor interage diretamente com o aluno através de mensagens e fóruns de discussões, bem como através das aulas presenciais. Cabe a este profissional orientar a participação dos discentes nas tarefas e atividades propostas, além de tirar dúvidas e avaliar a participação dos mesmos.

O trabalho de tutoria é diversificado e exige muito do profissional. Segundo artigo publicado na Revista Nova Escola (novembro de 2009, ANO XXIV Nº 227), é exigida, por lei, uma formação muito baixa, a única exigência é ser formado na área em atuam há pelo menos dois anos. A quantidade de professores qualificados não é suficiente para atender à demanda de ensino a distância, e isso termina dando chance a pessoas sem a qualificação necessária para ministrar aulas em um curso universitário. A respeito do compromisso com a aprendizagem, percebese que o aluno de EaD chega ao ensino superior com dificuldades para vivenciar a autonomia que a modalidade de ensino necessita. A superação das dificuldades exige muito esforço por parte do aluno, visto que a sua produção é avaliada diariamente pelos tutores, através do ambiente virtual de aprendizagem. Portanto, o objetivo final da EaD é contribuir para mudar o quadro social do país, através da democratização de uma educação de qualidade. Espera-se que professores-tutores e os alunos cumpram bem e com responsabilidade seus papéis, tornando o Brasil uma referência na EaD.

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CEAD

Fotos: Coordenações de Polos

CEAD/UFPI forma 459 profissionais preparados para o mercado de trabalho

Por Karine Santiago

De janeiro a março de 2014, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), através do Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD), realizou solenidades de formaturas dos cursos de Pedagogia e de Administração Pública. Ao formar um total de 459 profissionais aptos ao mercado de trabalho, o CEAD/UFPI cumpre o seu papel de consolidar o Ensino a Distância no Piauí. Do curso de Licenciatura em Pedagogia, 232 alunos alcançaram o sonho de concluir o ensino superior e saíram da Universidade qualificados e preparados para o Revista Interação ● Edição 9

mercado de trabalho. As formaturas aconteceram nos polos UAB de Floriano, Simplício Mendes, Corrente, Inhuma, Alegrete do Piauí, Simões e Marcos Parente. O Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, participou ativamente das solenidades e prestigiou os novos profissionais. O curso de Administração Pública formou 227 alunos nos polos UAB de Simplício Mendes, Bom Jesus, Teresina, Floriano e Picos. Com a realização das formaturas, os cursos oferecidos pelo CEAD/UFPI cumprem com o objetivo de formar alunos aptos para

o mercado de trabalho e de atender às necessidades da população, com um ensino público gratuito e de qualidade. O Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, agradeceu aos tutores, professores, coordenadores de polos e ao pessoal de apoio pelo envolvimento nas atividades pedagógicas: “Reconhecemos também o esforço conjunto da equipe coordenada pelo professor João Carlos Teatini na UAB/ DED/CAPES, para atingir nossos objetivos, como instituição do sistema Universidade Aberta do Brasil”, acrescentou.

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Foto: Karine Santiago

Tempo de Leitura em EaD do soberano ele entranhou por todos os seguimentos sociais pelos quais o homem faz uso da língua. A língua é um elemento transocial, responsável pelo transporte do poder (Cf. Barthes, 2005). Aspecto relevante entre estudiosos de todas as áreas é a necessidade da leitura. Assim, Rojo1, uma das maiores estudiosas dessa questão no país pontua: “Ler é melhor que estudar”, que é opinião unanime entre intelectuais e, ainda, que a escola não tem produzido alunos proficientes na leitura.

Ler é melhor que estudar

Maria do Socorro de Andrade Ferreira Licenciada em Letras Português (UESPI) Mestranda em Estudos linguísticos (UFPI) Tutora no CEAD/UFPI socorroandrade30@hotmail.com

Com o objetivo de uma incursão reflexiva sobre o assunto, neste ensaio, pretendemos mostrar como a leitura, ferramenta fundamental para a aprendizagem em qualquer modalidade de ensino, pode ser otimizada da mesma forma que para um aluno de graduação presencial sendo necessário, para que ela ocorra, apenas dedicar tempo para praticar essa leitura de forma consciente. Na antiguidade, a materialidade do poder concentrava-se no monarca, o rei. Todavia, desde que o poder perdeu seu status na figura

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Conforme Rojo (2004), existem procedimentos que podem maximizar a produtividade leitora e, assim, preencher essa lacuna, herança do período escolar da educação básica. Destacaremos aqui algumas que julgamos mais relevantes, correspondentes ao estágio da graduação. Ativação de conhecimentos de mundo – anterior à leitura existe o seu conhecimento de mundo, que deve estar constantemente sendo colocado em relação ao texto do Este é o início de um texto (Rojo, 2002) mais detalhado sobre currículo de Língua Portuguesa e desenvolvimento de leitura, que figura em Freitas & Costas (Org.). 1

autor. Caso essa estratégia venha falhar, fará uso da estratégia seguinte. Procedimentos de inferência – a inferência é um aspecto do raciocínio no qual o leitor apreende a partir do posto, o que está dito no enunciado de uma sentença é possível a inferência, mas somente a partir do dado linguístico. Predição – procedimento que é feito a partir do suporte do texto, fotografias, ilustrações e título do texto ou das sessões do texto. Procedimento capaz de dar celeridade à leitura. Segundo Frank Smith (1889) é uma espécie de “jogo de adivinhação”. Checagem de hipóteses – na medida em que a leitura avança, o leitor vai procurando checar suas hipóteses, ou seja, confirmar ou desconfirmar seus conhecimentos prévios acerca da leitura (primeira estratégia), suas inferências e predições. Generalizações – A melhor maneira de guardar um texto na memória é fazê-lo em forma de síntese (Cf. Rojo, 2004). Assim, após a primeira leitura, faz-se uma segunda leitura, destacando as partes consideradas relevantes, a partir delas, escrevemos a síntese. A breve exposição didática objetiva apenas uma reflexão que orienta para uma prática mais cuidadosa no ato de ler. “Somente

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DICAS DE LIVROS

REFERÊNCIAS BARTHES, Roland. Aula. 16 ed. São Paulo: Cultrix, 2005. SMITH, Frank. Compreendendo a leitura: análise psicolinguistica da leitura e do aprender a ler. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE: CENP, 2004. Texto apresentado em Congresso realizado em maio de 2004.

Lei n. 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

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Este livro é uma leitura indispensável para aqueles que desejam se atualizar e descobrir os pontos fundamentais e as diferenças entre a gestão de serviços e a de produtos. Nele, o autor utiliza exemplos e resultados corporativos reais, em uma linguagem clara e objetiva. Prestar serviços é uma arte e não uma ciência. É o segredo do sucesso de qualquer empresa. E este livro mostra que serviços é a arte do detalhe. Afinal, o básico qualquer empresa oferece. Os detalhes é que impressionam, atraem e mantém o cliente e garantem o sucesso. O autor, Alexandre Freire, apresenta, com concretude visível, os dois pilares de uma empresa de serviços: Pessoas e Processos, exemplificandoos com personagens e situações da vida real, baseados nas necessidades dos clientes e sua satisfação. Sem dúvida, “A Arte de Gerenciar Serviços” é uma obra de sucesso para aqueles que buscam solidificar o aperfeiçoamento profissional, o que reflete diretamente no crescimento pessoal. Afinal, um profissional só se diferencia no mercado de trabalho se for uma pessoa em constante busca de seu aperfeiçoamento pessoal.

TRABALHO DOCENTE: SABERES E PRÁTICAS “Trabalho docente: saberes e práticas” é um livro que possibilita ao leitor, iniciante ou não, acesso às discussões e às reflexões profícuas acerca da mobilização de saberes docentes e de práticas pedagógicas em cursos de Educação a Distância. Com uma linguagem de fácil compreensão, a autora Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira ancora a sua análise em eixos tematizadores: pontos fundamentais e históricos da Educação a Distância; aspectos metodológicos para trabalho com narrativas virtuais; e, finalmente, a mobilização de saberes no trabalho docente em cursos EaD no processo de construção do conhecimento. É importante frisar que esta obra, além de ser resultado de pesquisa em nível de mestrado, adquire marcas e contornos também das experiências da autora, no que se refere ao trabalho docente em cursos EaD, de quando esteve à frente do Setor de Produção de Material Didático, junto ao Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) e de publicações de artigos e de textos sobre a temática EaD. Recomendamos a leitura do livro, porque contribui sobremaneira para o crescimento e a qualidade das discussões acerca da Educação a Distância.

Foto: Divulgação

A breve incursão teórica ratificou a leitura como ferramenta fundamental que o discente deve possuir entre outras características, pois o instrumentaliza para a independência quanto aos estudos e, assim, mais do que prosseguir nos estudos, como prevê a LDB2, poder alcançar a cidadania plena que é, pois, detentora de elementos trans-sociais que fazem circular o poder, a língua por meio do texto escrito.

A ARTE DE GERENCIAR SERVIÇOS Foto: Divulgação

posso extrair sentido do mundo em termos do que já sei” (SMITH, 1989, p. 23). Tudo o que sabemos e/ pretendemos saber, depende da experiência que temos com o objeto do conhecimento. Acerca da leitura, Smith completa o nosso raciocínio: “À medida que lemos, [...] estamos constantemente fazendo perguntas, e, se somos capazes de encontrar respostas para tais perguntas, então compreendemos.” (1989, p. 35).

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Importante

Representantes da Universidade do México firmam parceria com CEAD/UFPI Por Karine Santiago e Thays Pessoa

A visita teve como objetivo fortalecer os laços de intercâmbio entre estudantes e docentes. O estudante Hugo de Andrade Júnior, discente do curso de Administração do CEAD/UFPI, Polo UAB de Água Branca, realizou o intercâmbio na Universidad Autónoma de Guerrero e foi mediador dessa visita. Durante o encontro, aconteceu uma palestra sobre a implantação da Universidade Aberta do Brasil no Piauí; a estrutura dos Polos em Educação a Distância e dos Cursos; além da apresentação do funcionamento da Plataforma Moodle. PARCERIA Segundo o Diretor do CEAD/ UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, há muito interesse em firmar parceria e manter intercâmbio presencial e a distância entre professores e alunos: “os representantes da Universidad Autónoma de 34

Guerrero vieram conhecer a modalidade com o objetivo de realizar a implantação dessa, utilizando as experiências mexicanas e brasileiras. Queremos estimular a troca de experiências e assim consolidar a EaD no CEAD e na Universidad Autónoma de Guerrero”, acrescenta. O professor mexicano Julio Cortez afirmou que o intercâmbio proposto entre as duas Universidades promove um estímulo para que a administração da Universidad Autónoma de Guerrero inicie um projeto similar de implantação da modalidade a distância, que será conhecida como Universidad Virtual no México. “Percebemos que a Educação a Distância dá resultados e, no México, vai contribuir para dar acesso à Educação Superior aos mexicanos que vivem longe dos centros educacionais e até fora do país”, ratifica. Alfonso Romero, professor mexicano, informou que alguns dos projetos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), por meio do CEAD/UFPI, serão aplicados na Universidad de Guerrero. “Firmaremos convênio binacional, entre a nossa Universidade e a UAB, através do CEAD/UFPI. Esperamos que haja envolvimento entre os reitores, diretores e professores

das duas Universidades”. afirmou.

Sobre a Universidad Autónoma de Guerrero Além de professores, Alfonso Romero e Julio Cortez Jaimes são Diretores da “Unidad Académica de Contaduría Y Admnistración”, da Universidad Autónoma de Guerrero. A Universidad de Guerrero é a 4ª maior Universidade do México, com mais de 30 mil estudantes nas mais diversas áreas do conhecimento. Fotos: Karine Santiago

Os professores Alfonso Romero de La O e Julio Cortez Jaimes e os alunos Carlos Armando Morillon e Tatiana Rivero, da Universidad Autónoma de Guerrero, em Acapulco, no México, visitaram o Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) e foram recebidos pelo Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, por professores e funcionários do Centro.

Representantes da Universidad Autónoma de Guerrero; Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes; professores e funcionários do Centro e aluno do Curso de Administração, Hugo de Andrade Júnior

Aluno da Universidad de Guerrero, Carlos Morillon; Professores Julio Cortez e Alfonso Romero e aluna Tatiana Rivero

Revista Interação ● Edição 8


Fotos: Coordenações de Polos

GIRO NOS POLOS Palestra “Educação a Distância na Prática e Teoria” no polo UAB de Paes Landim No dia 27 de dezembro de 2013, o professor Gildásio Guedes, diretor do CEAD/UFPI, realizou uma visita técnica ao polo UAB de Paes Landim, município situado a 305 km de Teresina. Na oportunidade, ele participou da comemoração do aniversário de 51 anos de Paes Landim, na qual ministrou a palestra “Educação a Distância na Prática e Teoria”, na Câmara de Vereadores daquele município. Segundo o professor Gildásio, a palestra tratou a respeito do funcionamento da EaD, bem como dos avanços e desafios para os alunos e professores dessa modalidade de ensino.

Projetos desenvolvidos pelo curso da Matemática em Piracuruca No Polo de Piracuruca, em novembro de 2013, foi desenvolvido o “Projeto Jogos Matemáticos”, vinculado à disciplina Estágio Supervisionado IV, coordenado pelo professor Luiz Gonzaga Pires e orientado pela professora-tutora Norma Cavalcanti, ambos do curso de matemática na modalidade EaD. O Projeto teve como um dos objetivos estimular o processo cognitivo dos alunos do Ensino Médio, da Escola Hesíchia de Sousa Brito, para o aprendizado da Matemática de forma lúdica, recreativa e divertida.

1 Exposição de Artes no Polo UAB de Jaicós O curso de Pedagogia, do Polo UAB de Jaicós, promoveu a I Exposição de Artes na Comunidade. O evento tem parceria da Secretaria Municipal da Juventude, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Jaicós.

Palestra “Vinícius de Moraes” no Polo UAB de Monsenhor Gil O Polo de Monsenhor Gil promoveu a palestra “Vinícius de Moraes: o encontro da literatura com a canção popular”, no dia 30 de novembro de 2013. A palestra, proferida pelo professor mestre Alfredo Werney e pelo professor e músico Bruno Farias, contou com a presença do professor Gildásio Guedes, diretor do CEAD/UFPI. O evento teve como objetivo comemorar o centenário de nascimento do poeta e compositor Vinícius de Moraes, cumprindo, ainda, a finalidade de integrar as Atividades Complementares dos cursos ofertados no Polo. Revista Interação ● Edição 8

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