Revista InterBuss - Edição 13 - 26/09/2010

R EV I ST A

InterBuss

ANO 1 Nº 13 26/09/2010

• ENTREVISTA ESPECIAL Socicam fala sobre restrição a fotos em seus terminais

100 NOVOS VOLVOS PARA A

VIAÇÃO GARCIA Empresa renova frota com chassis e carrocerias de primeira linha; novos carros já estão nas estradas

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InterBuss

INFORMAÇÃO COM QUALIDADE

NESTA EDIÇÃO

SOCICAM fala à Revista InterBuss sobre restrição de fotos nos terminais administrados por ela

Foto: Luciano Roncolato

Entrevista • Página 16

Colecionador fotografa na saída do Terminal Barra Funda: risco de assalto é iminente

Foto da capa: Divulgação Edição número 13 • Domingo, 26 de Setembro de 2010 • Concluída às 17h21 • Esta edição tem 24 páginas

EDITORIAL • Nova pintura no Rio de Janeiro ................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra .................. 9 MATÉRIA DA SEMANA • Novos Viação Garcia ....... 10 PÔSTER • Viação Garcia ............................................ 12 COLUNISTAS • Adamo Bazani ........................................ 14 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ......................... 15 ENTREVISTA • Socicam .................................................. 16

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DIÁRIO DE BORDO • Curitiba pela primeira vez........... 20

• GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria

VÁ, MAS VISITE • Distrito de Sousas - Campinas .......... 22

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FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 18 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss ...................... 19

EDITORIAL

Rio de Janeiro e suas pinturas tradicionais

Na edição passada a Revista InterBuss mostrou imagens de um Marcopolo Torino da Real Auto Ônibus com o novo layout de pintura elaborado pela prefeitura do Rio de Janeiro, layout esse que a partir de outubro será padrão em toda a frota municipal. Aos que gostam de uma pintura bonita e alegre, a nova pintura mostrou-se decepcionante. A impressão passada é que o layout valoriza apenas a economia de tinta pelos operadores do sistema.

A população, que estava acostumada a pegar seu ônibus identificando pela pintura tradicional (algumas empresas tem mais de 50 anos de história na cidade) agora terão que se deparar com veículos pintados na cor da área operacional apenas na tampa da frente, já que a cidade foi dividida em apenas quatro setores operacionais. Para se ter uma ideia, a cidade de Campinas, no interior paulista, que também adotou o sistema de áreas operacionais, também tem quatro divisões, porém é cinco vezes menor que a capital carioca. Em São Paulo, as áreas de operação são oito, mais o Centro, que é área neutra.

É notável que no começo da entrada em circulação dos ônibus com a nova pintura vai haver muita dificuldade de identificação por parte dos passageiros.

REVISTA

InterBuss

A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.

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A numeração da linha ou o destino passará a fazer a diferença, já que a pintura passará a ser apenas um coadjuvante na identificação do trajeto.

O que mais chamou a atenção foi a escassa identificação da área operacional na lateral do ônibus, limitada a setas gigantes e a pequenos traços em pé. Para se ter uma ideia, a tarja com as quatro cores de áreas operacionais que ficam acima das janelas chama mais a atenção do que a cor da área em específico.

A nova pintura apresentada ao menos tem dois pontos positivos: o uso do brasão da cidade nas laterais e na parte traseira do veículo, e a identificação bilíngue das portas de entrada e de saída.

Para uma cidade turística como o Rio de Janeiro, a identificação bilíngue é mais do que necessária e oportuna, ainda mais com a proximidade dos Jogos Olímpicos e da Copa de 2014. São Paulo poderia seguir o exemplo.

Existem outras pinturas tão simples como a nova do Rio, por exemplo a de São Paulo, com cor apenas na frente e atrás, porém é bastante funcional já que permite a fácil visualização da cor da área operacional pelo passageiro, o que não ocorre na pintura fluminense. Já que a intenção era fazer algo simples, que ao menos fosse funcional.

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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 19 a 25/09/2010

Volvo é umas das melhores empresas do Brasil para se trabalhar Pesquisa da revista Você S/A apontou montadora com fábrica em Curitiba como a segunda melhor para se trabalhar

Revista InterBuss

Carlos Morassutti, diretor de RH e Donizete Farinha, representante dos funcionários, recebem o troféu do Guia Exame Você S/A

volvimento individual do funcionário. O PBP é fundamentado no diálogo e na comunicação entre o superior imediato e os membros de sua equipe, com a meta de melhorar o desempenho por meio do alinhamento dos objetivos individuais com os objetivos da empresa.

A pesquisa também destacou os investimentos em benefícios aos funcionários, principalmente os relacionados a saúde. A Volvo constituiu um dos mais completos planos deste gênero do mercado, que provê serviços de assistência médica, ambulatorial e hospitalar, diagnose e terapia. Até coberturas não usuais, como psicopedagogia, também fazem parte da lista de atendimento.

“Este resultado é mais um marco na história da Volvo do Brasil, que sempre apostou na qualidade do capital humano”, completa Morassutti. “Paixão, energia e respeito pelas pessoas. Este é o segredo da Volvo para ser a melhor para trabalhar”, conclui o executivo.

Pesquisa rigorosa

O processo de escolha das melhores empresas brasileiras para trabalhar do guia Você S/A-Exame é extremamente rigoroso. A partir da inscrição, as empresas passam por diferentes etapas. Funcionários e executivos têm de responder um questionário, além de apresentar as políticas de trabalho e de gestão da empresa. Para garantir isenção e seriedade,

Foto: Divulgação

A Volvo é mais uma vez uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil, segundo pesquisa realizada pelas revistas Você S/A-Exame, da editora Abril. A Volvo ficou na segunda posição no guia deste ano. É a quarta vez que a companhia figura entre as 10 melhores no levantamento, divulgado ontem à noite, em São Paulo.

O Guia 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar é considerado o estudo mais profundo de ambiente de trabalho das empresas brasileiras. É realizado há 15 anos pela Editora Abril, um dos maiores e mais influentes grupos editoriais da América Latina.

Fabricante de caminhões, ônibus e equipamentos de construção, a Volvo tem 2,5 mil funcionários em Curitiba, no Paraná, sua sede latino-americana. Onde funcionam também as operações de Volvo Penta e Volvo Financial Services Latin America.

“É um grande orgulho sermos reconhecidos novamente como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil”, declara Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil.

“As pessoas são nosso melhor ativo”, completa o executivo. O Guia destacou a forma respeitosa com que a Volvo trata seus funcionários em diferentes áreas. “Paixão, energia e respeito pelas pessoas. Este é o segredo da Volvo para ser a melhor para trabalhar”, conclui o presidente. “Este resultado é mais um marco na história da Volvo do Brasil, que sempre investiu na qualidade do capital humano”, observa Carlos Morassutti, diretor de RH e assuntos corporativos da Volvo do Brasil.

O levantamento evidenciou que a Volvo sabe suprir muito do que os funcionários das melhores empresas para trabalhar esperam das organizações: o desenvolvimento profissional. Mostra ainda que a preocupação da Volvo se estende até o fim da carreira, com a preparação dos empregados para a aposentadoria. Chamado “De olho no futuro”, um programa da empresa prepara os funcionários para as transformações decorrentes dessa nova fase de vida, tratando de todos os aspectos que envolvem a aposentadoria profissional, desde assuntos financeiros e psicológicos, até temas médicos e previdenciários.

Outro aspecto ressaltado pela pesquisa foi a extensão do PBP (Personal Business Plan) para as áreas fabris, um plano de desen-

os participantes são escolhidos por um programa de computador, e não pela empresa.

Depois de respondidos os questionários - num processo via internet e totalmente sigiloso - os pesquisadores passam para a etapa seguinte, de pré-classificação.

Todas as participantes se submeteram a um rígido processo de seleção. O grupo de jornalistas do Guia visitou centenas de empresas de todas as regiões brasileiras, entrevistando milhares de funcionários e mais centenas de gestores de RH. Depois da seleção inicial, a pesquisa prossegue com a pré-classificação e continua com a classificação das melhores.

Todas as empresas, sem exceção, são visitadas para checar, por meio de uma espécie de auditoria, todas as informações e dados colocados nos questionários e nas apresentações da fase anterior. O jornalista conversa com dois grupos - gerencial e operacional –, também escolhidos aleatoriamente, além de manter um encontro formal com representantes RH da organização e o principal executivo da área.

No Paraná, onde funcionam as fábricas de caminhões, chassis de ônibus, cabines e motores, ainda estão as sedes das demais empresas do grupo no continente: Volvo Construction Equipment Latin America, Volvo Financial Services Latin America e Volvo Penta do Brasil. (Volvo do Brasil)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Cidade de Boa Vista entrega amanhã 6 ônibus acessíveis

Linha atenderá novo residencial em Campinas/SP

Foto: Norberto dos Santos Künzli

Os moradores do Vida Nova, em Campinas/SP e região ganharão mais uma alternativa de transporte para acessar o Centro.

A partir de 27 de setembro, segunda-feira, começa a operar a linha 1.36 Vida Nova / Corredor Central, que atenderá o bairro Residencial Casas do Parque, partindo do Terminal Vida Nova.

De acordo com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas – EMDEC, a linha deverá atender 4.200 usuários/ dia.

A linha 1.36 vai operar com seis ônibus, com intervalos médios de 16 minutos, das 4h50 às 18h30; após esse período, operam quatro ônibus, e os intervalos serão de 22 minutos. (EMDEC)

Ônibus da frota da Viação Cidade de Boa Vista: amanhã, mais seis carros acessíveis

A Prefeitura de Boa Vista continua investindo no transporte público coletivo da cidade. Na próxima segunda-feira (27), a empresa Viação Cidade de Boa Vista colocará em circulação mais cinco ônibus seminovos e um novo, adaptados com acessibilidade para atender aos portadores de necessidades especiais.

Esta ação faz parte do plano de renovação da frota municipal para garantir melhores serviços à população, e atenderá à demanda crescente do transporte coletivo em Boa Vista. Devido ao grande investimento na estrutura, o número de passageiros saltou de 29.500 para 33.200 diariamente.

Ainda na próxima semana, a Empresa receberá mais dois ônibus, sendo um seminovo e outro novo, também adaptados com

elevadores para atender aos portadores de necessidades especiais. Até o final da primeira quinzena de outubro, serão entregues outros dois veículos novos, que já foram enviados da fábrica de Cascavel, no Paraná.

“A compra de novos ônibus e a melhoria na frota fez com que a população voltasse a utilizar o transporte público coletivo. Com este investimento, diversas melhorias foram notadas, como a redução do tempo de espera nas paradas, além da qualidade e segurança que os veículos proporcionam”, afirma o gerente administrativo da Empresa, Sandro Salgado Pereira.

Este mês a frota de ônibus de Boa Vista recebeu sete ônibus seminovos. Só neste ano, 20% da frota foi renovada e a meta é renovar 50% até dezembro. (BV News)

Sistema de radiofrequência ajuda a reconhecer ônibus vindo de longe em Porto Alegre

Uma tecnologia que pode ajudar idosos, analfabetos e deficientes visuais a reconhecerem o ônibus a 100 m de distância vai ser demonstrada, na terça-feira (28), em Porto Alegre (RS). Pelo sistema DPS2000, um receptor instalado no veículo permite ao usuário com transmissor saber se o coletivo da linha desejada está prestes a passar. Em paralelo, uma mensagem de voz adverte o motorista do ônibus sobre a presença do usuário na parada.

O projeto foi apresentado, neste ano, no 3º Congresso Muito Especial de Tecnologia

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Assistiva e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência, no Rio de Janeiro. A cidade paulista de Jaú foi a primeira do Brasil a usar a ferramenta. Do tamanho de um telefone celular, o equipamento permite ao passageiro sinalizar o pedido de embarque ao motorista por meio de radiofrequência, sendo programável por menu de áudio.

O aparelho receptor é vendido por R$ 700, enquanto o transmissor sai por R$ 300.

A Prefeitura de Porto Alegre estuda adotar o sistema. (R7)

Araçariguama/SP vai padronizar pontos de ônibus na região central

Dando continuidade aos trabalhos realizados pela Secretaria de Obras, funcionários do setor iniciaram na manhã do dia 21, a retirada do antigo ponto de ônibus da rua Nicolau Ferreira de Souza próximo a Praça da Matriz para colocação dos Pontos de Ônibus Padrão, que proporcionam melhor comodidade aos usuários.

De acordo com o responsável pela execução dos trabalhos – José Dionísio o material retirado será colocado em bairros próximos, já na área central as coberturas estão sendo padronizadas para dar melhor conforto aos munícipes.

“Como sempre, temos procurado deixar nossa cidade cada vez mais em condições melhores para os munícipes que se utilizam dos ônibus tanto municipal quanto intermunicipal, a padronização dos pontos de ônibus vem de encontro aos anseios da população, além disso, estamos instalando mais abrigos de ônibus para que os usuários possam ter um maior conforto enquanto aguardam pelos ônibus, estou juntamente com minha equipe de governo dia a dia trabalhando incansavelmente na busca de proporcionar à nossa população uma melhor qualidade de vida”, disse o prefeito Roque Hoffmann. (assessoria de imprensa da Prefeitura de Araçariguama)

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Incêndio na Ciferal em Duque de Caxias/RJ deixa seis mortos

Foto: Luciano Roncolato

Um incêndio atingiu a Ciferal Indústria de ônibus, localizada na Rua Pastor Avelino de Souza, em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira.

Equipes do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos estiveram no local para combater as chamas que começaram por volta das 8h no subsolo da empresa que fabrica carrocerias de ônibus. Informações apontam para cinco pessoas intoxicadas e uma teria morrido, o que ainda não foi confirmado pelos bombeiros.

A Ciferal informou através de nota, que lamenta o fato e comunica que, apesar de prontamente combatido e debelado, lamentavelmente seis funcionários foram vitimados, além de sete feridos, atendidos na enfermaria da unidade e encaminhados para o hospital Mario Lioni.

Consternada pela profunda tristeza dos familiares das vítimas envolvidas, a Ciferal está prestando toda assistência necessária a essas famílias neste trágico momento. Informa ainda que na referida área não existe atividade laboral e que as causas que motivaram o incêndio ainda não foram esclarecidas e já estão sendo apuradas.

A empresa conta com Brigada de Incêndio de 150 pessoas, em três turnos (24

Motorista conduz chassi para encarroçamento na fábrica da Ciferal, em Duque de Caxias horas), que trabalham de maneira preventiva com constante treinamento e capacitação.

Adquirida pela Marcopolo em 2001, a Ciferal possui 2.500 colaboradores, é a fábrica especializada na produção de ônibus urbanos e

registrou a fabricação de 3.300 unidades no primeiro semestre deste ano. A empresa reitera que neste momento todas as ações estão direcionadas para o atendimento aos familiares dos colaboradores. (O Dia)

S.J.Rio Preto: área para nova Rodoviária vale R$ 8 mi

A Prefeitura de Rio Preto avalia em R$ 8 milhões o valor a ser pago pela desapropriação das áreas de 83,9 mil metros quadrados onde pretende instalar a futura nova rodoviária. O decreto de desapropriação das áreas, que ficam na rodovia Assis Chateaubriand próximo ao entroncamento com a BR-153, foi publicado ontem no diário oficial do município.

De acordo com a Prefeitura, a construção e exploração da nova rodoviária será concedida à iniciativa privada por até 30 anos por meio de concessão onerosa. “Vai ganhar quem oferecer a menor tarifa de embarque e desembarque”, disse ontem o procurador-geral do município, Luiz Tavolaro, que descarta qualquer tipo de benefício fiscal à empresa ou consórcio vencedor da licitação. A construção do prédio que abrigaria o futuro terminal é estimado em até R$ 7 milhões, por isso o prazo de concessão por 30 anos. “Senão, não tem retorno do investimento”, diz o procurador-geral.

Apesar de estudar a construção da nova rodoviária, a Prefeitura não fala em prazo

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para início e conclusão das obras, já que o projeto de concessão ainda precisa ser aprovado pela Câmara para que depois seja encomendado um estudo técnico mais apurado e, finalmente, aberta a licitação. “Queremos deixar o projeto encaminhado”, disse Tavolaro, lembrando que faltam pouco mais de dois anos para o término da administração Valdomiro Lopes (PSB).

“Publicamos o decreto declarando as áreas de utilidade pública com urgência para que saia a imissão de posse. Vamos iniciar uma negociação amigável com os proprietários”, disse Tavolaro. Foram duas áreas desapropriadas. A maior, de 62,2 mil metros quadrados, pertence à empresa Transtécnica Construções e Comércio Ltda. A outra, de 21,7 mil metros quadrados, é de propriedade de Elvis Umar Buchala.

A previsão é que a nova rodoviária atenda ônibus intermunicipais e interestaduais.

Os ônibus urbanos continuariam operando no terminal central. O projeto da Prefeitura é, futuramente, retirar os trilhos ferroviários que atravessam a cidade e criar um corredor de ônibus que

interligaria toda a cidade. “A ideia é retirar os trilhos e priorizar o transporte coletivo. Vamos deixar os projetos prontos”, afirmou Tavolaro. A atual rodoviária, no Centro de Rio Preto, é considerada ultrapassada e sem condições de sustentar o atual tráfego de veículos e pessoas.

Está é a quarta área cogitada pela Prefeitura de Rio Preto para a instalação de uma nova rodoviária. A primeira, foi nas imediações do Jardim São Marcos, próximo ao supermercado Carrefour. Depois, a outra área cogitada, ainda na administração Edinho Araújo (PMDB), foi no distrito industrial Ulisses Guimarães, na cabeceira da pista do aeroporto. Este local foi combatido pelo próprio Valdomiro quando ainda era deputado estadual. Alegava que este local impediria uma futura expansão do aeroporto. Por fim, Edinho cogitou o terreno ao lado do trevo do quilômetro 444 da rodovia Washington Luís e encontrou resistência da Associação Comercial e Industrial de Rio Preto, já que no local também será construído o futuro centro de eventos da cidade. (Diário da Região)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Ônibus da Paulotur sofrem ação de vândalos em Florianópolis

Ônibus da empresa de transporte coletivo Paulotur, que atende comunidades na região da Grande Florianópolis e Litoral Sul, foram alvo da ação de vândalos na madrugada desta sexta-feira.

Pelo menos 10 veículos tiveram os pneus esvaziados, prejudicando o atendimento à população nas linhas das localidades de Palhoça e Paulo Lopes, na região da Capital, e do município de Garopaba, no Sul do Estado.

Segundo o gerente de logística da empresa, Pedro Vieira Lopes, novos ônibus foram mobilizados para restabelecer o serviço ainda no começo da manhã. Mesmo assim, as linhas operam com atraso nessas regiões, prejudicando a população. A situação deve voltar ao normal ao longo do dia.

Foto: Windy Silva dos Santos

Suspeita

Os vândalos teriam agido entre 0h e 4h. A ação foi restrita aos ônibus que estavam sob responsabilidade dos motoristas que trabalham nos primeiros horários da manhã.

Esses trabalhadores têm liberação da empresa para levar os veículos para casa, próximas aos pontos de origem das linhas afetadas, para que possam atender com maior facilidade a população logo cedo.

Apenas os ônibus que estavam estacionados próximos à delegacias ou postos de polícia não foram atacados.

O gerente de logística da Paulotur acredita que a ação tenha sido planejada. Alguns trabalhadores teriam flagrado a ação dos vândalos, que estariam num mesmo carro e, segundo informações preliminares, teriam

Ônibus da Paulotur em Florianópolis: 10 veículos tiveram os pneus esvaziados sido identificados.

O caso, segundo Pedro Lopes, pode ter relação com as negociações trabalhistas entre representantes do sindicato da categoria e os patrões. Nas próximas horas, a direção da empresa deve se reunir para decidir se registra ou não os ataques junto à Polícia Civil.

A reportagem tenta contato telefônico com integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da região da Capital (Sintraturb) desde cedo, sem sucesso.

RJ baixa ISS a 0,01% para ônibus

Foi aprovada sexta-feira, em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, lei que altera o Código Tributário do Município do Rio, baixando de 2% para 0,01% a alíquota de Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrada de empresas de ônibus. O projeto polêmico, apresentado pelo prefeito Eduardo Paes no final de julho, conforme antecipou O DIA no dia 24 daquele mês, significará isenção fiscal de R$ 33 milhões por ano, segundo cálculos da prefeitura.

A sessão extraordinária começou ontem às 18h, e a lei foi aprovada com 36 votos a favor e 4 contra, dos vereadores Eliomar Coelho (PSOL), Clarissa Garotinho (PR), Paulo Pinheiro (PPS) e Paulo Messina (PV).

Uma das justificativas para o projeto na época era o “desenvolvimento do transporte

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coletivo na cidade”, já que a isenção de impostos era considerada fundamental para a implantação do Bilhete Único municipal. “Parece que é um prêmio ao serviço de transporte do Rio, que é da pior qualidade possível para o usuário”, resumiu Coelho. “Só nos resta entrar com ação na Justiça”, prometeu Paulo Pinheiro.

Ontem, o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, informou, em nota, que a redução do ISS estava prevista no edital de licitação das linhas de ônibus e que a secretaria só estava aguardando a confirmação para iniciar o contrato no final de outubro. “Essa aprovação atende um dos requisitos do equilíbrio econômico do contrato previsto nessa licitação”, diz. O prefeito não se pronunciou. (O Dia)

Manifestação

Entre 4h e 6h de quarta-feira, os ônibus da empresa de transporte coletivo Canasvieiras, que comunidades do Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, foram impedidos de sair das garagens por manifestantes.

A paralisação-relâmpago foi organizada pelo Sintraturb, que protestava contra o suposto impasse na negociação com os patrões para a definição da nova convenção coletiva de trabalho. (Diário Catarinense)

Prefeito de Macapá é acusado de usar laranjas para operar ônibus no AP

Uma empresa em nome de laranjas ganhou da Prefeitura de Macapá, sem licitação, o direito de operar linhas de ônibus. Segundo a PF, a empresa seria de fato do prefeito de Macapá, Roberto Goes (PDT), e do deputado estadual Edinho Duarte (PP).

Quem negociou para que a empresa assumisse o transporte da cidade foi o ex-secretário da Casa Civil do prefeito, Paulo Melen, que, segundo a Polícia Federal, seria responsável por fazer o pagamento de um “mensalão” ao presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Amanajás (PSDB), atual candidato a governador do estado.

As informações estão no relatório da PF da Operação Mãos Limpas. (Ariquemes Online)

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José Euvilásio Sales Bezerra “Caostrofóbico...”

Foto: José Euvilásio Sales Bezerra

COLUNISTAS

Um dos novos trens da Linha 3-Vermelha: trem novo na linha mais saturada do sistema

Usar o transporte urbano em São Paulo está cada vez mais complicado. As tradicionais filas intermináveis nos pontos finais dos ônibus agora chegaram às plataformas das estações de metrô e trens urbanos, tornando a jornada dos trabalhadores cada vez mais insuportável.

Há alguns anos, o Bilhete Único, cartão de integração temporal, com o qual em até duas horas (na época, hoje são três) o passageiro pode tomar até quatro ônibus sem pagamento adicionai, teve seu uso estendido ao Metrô. Nesse mesmo período, o passageiro passou a ter direito a uma viagem no período de duas horas pagando apenas o valor da diferença na integração Metrô-Ônibus. Desde então, milhares de usuários passaram a usar as linhas do Metrô, o que ocasionou um aumento de demanda e uma conseqüente maior exigência do sistema.

O aumento da demanda sem uma oferta compatível ocasionou uma série de situações novas, os quais a empresa foi obrigada a se adaptar. Uma delas foi o aumento de “viagens negativas”. “Viagem negativa” é o termo técnico usado quando um usuário pega um trem no sentido contrário àquele a que se dirige. No caso, os usuários pegam o trem a algumas estações antes das estações terminais, seguem para estas onde, quando descem os passageiros se sentam voltam no mesmo

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trem para a sua estação de destino.

O número de viagens negativas aumentou tanto que, no pico da manhã, os trens da Linha 1-Azul chegam à Estação Turucuvi, um dos extremos da linha, com os assentos lotados de passageiros que vão para o centro da cidade, que fica no sentido oposto. Para tentar dar conforto ao usuário que entra no sistema através da estação Tucuruvi, o Metrô esvazia os carros das extremidades a partir da Estação Jardim São Paulo, deixando-os exclusivamente para eles, que ficam em fila aguardando a liberação do agente para adentrar no trem. Esse tipo de “jeitinho” do passageiro em viajar mais confortavelmente também pode ser visto em algumas linhas da CPTM e na Linha 3-Vermelha.

Quando o assunto são os trens me-tropolitanos, gerenciados pela CPTM, a situação não é diferente. Quem usa os trens do Expresso Leste ou da Linha 11-Coral, tem de ter paciência. Os rens saem lotados da Estação da Luz na maioria dos horários.

Para iniciar uma viagem sentado é preciso ser atleta já que, quando as portas do trem se abrem, quem não conhece a rotina da linha, simplesmente pode ser atropelado pelos demais usuários, que adentram o trem a todo o custo. Fora isso, ainda há o incômodo de vendedores, pregadores, drogados, pessoas que ouvem músicas de gosto duvidoso em volume

alto e pessoas que simplesmente se sentam no chão dos trens, prejudicando a circulação.

Embora muitos digam que é coisa de país subdesenvolvido, lotação de trens não é privilégio tupiniquim. Há alguns vídeos na internet mostrando os fiscais japoneses, com suas luvas brancas, empurrando os passageiros para dentro dos trens-bala. O que é privilégio tupiniquim é o tempo que se espera em uma estação para se embarcar em um trem, seja de Metrô, seja da CPTM. E esse tempo está cada vez mais alto. Reportagens recentes na TV mostram que já há pessoas que levam mais de uma hora para adentrar em um trem do metrô, tamanha a quantidade de pessoas. Nos horários de pico, as estações Sé, Ana Rosa e Paraíso, pra exemplificar apenas citando a Linha 1-Azul, possuem visivelmente uma demanda muito acima de sua capacidade.

Situações de saturação podem explicar o ocorrido nesta semana, quando uma blusa interrompeu o fechamento de uma das portas de um dos trens da Linha 3-Vermelha e um passageiro acionou o dispositivo que abria as portas emergencialmente. Isso interrompeu as viagens do sistema já que, por existirem usuários na via, a empresa foi obrigada a desligar a energia da via, fazendo com que outros trens ficassem sem energia.

Revoltados, passageiros de outros trens também acionaram o dispositivo de emergência, sem nem ao menos aguardar um posicionamento da empresa, via operador.

Há muitos anos se fala em melhorias no sistema de trens da grande São Paulo. Falou-se em “metrô de superfície”. Mas o que ainda vemos é um sistema sem a mínima estrutura para atender a demanda que lhe foi dada pelo Bilhete Único. Vale ressaltar que não sou contra a integração com o BU. Muito pelo contrário, sou usuário também e me beneficio muito dela. O que tem de ser questionado é o fato de se tomar uma iniciativa sem que ela tenha condição de ser implementada a contento. Ao invés de nivelar tudo pela qualidade, estamos simplesmente nivelando tudo pela falta dela.

Enquanto a cidade de São Paulo tem um sistema de trens urbanos e Metrô deficientes, o governo federal resolve investir em um trem bala. Trem bala que em nada refrescará o problema da maioria dos trabalhadores do país, que é quem precisa de um meio de transporte melhor para poder ter uma melhor produtividade. Enquanto alguns poucos querem viajar confortavelmente de trem bala para o Rio – para onde já se tem uma ponte aérea eficiente, que poderia muito bem ser subsidiada – o trabalhador tem de viajar caostrofobicamente amarrotado dentro de um trem e torcer pra que nenhuma blusa interrompa o fechamento das portas...

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MATÉRIA DA SEMANA

VIAÇÃO GARCIA

Foto: Divulgação

VAI DE VOLVO

Empresa londrinense renovou sua frota rodoviá B12R e B9R. As carrocerias foram fornecidas pel estão nas estradas, servindo o cliente da viaçã de Londrina

O início do segundo semestre de 2010 na Viação Garcia foi marcado pela chegada dos novos ônibus que vão renovar a frota. A Viação Garcia adquiriu um lote de 100 ônibus com chassis Volvo dos modelos B9R e B12R (que foram lançados simultaneamente no Brasil e na Europa) e carrocerias Marcopolo da nova Geração G7, nos modelos Paradiso 1200 e 1050, e Paradiso G6 Double Decker 1800.

Para oferecer cada vez mais conforto e segurança ao passageiro, a Viação Garcia mantém a frota de aproximada-

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mente 500 ônibus sempre atualizada. A idade média dos veículos é de apenas 4,4 anos.

Os novos ônibus já estão circulando nas linhas da Viação Garcia pelos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, oferecendo muitas novidades em conforto para os cerca de 1 milhão de passageiros que a empresa transporta a cada mês. Entre estas novidades estão a possibilidade de internet wireless, pontos para recarregar baterias de notebook e celular, ar condicionado com difusores e controles individuais e alerta de fumaça que sinaliza se há

cigarro aceso no interior do veículo.

Todos os novos veículos também disponibilizam o acesso a passageiros portadores de necessidades especiais. Vale lembrar que a Viação Garcia foi a primeira empresa de transporte de passageiros do interior do País que recebeu o Selo de Acessibilidade do Inmetro para o atendimento dos portadores de mobilidade reduzida.

Outro item dos novos ônibus que reforça a qualidade da Viação Garcia no transporte de passageiros é o sistema GPS integrado que possibilita o monitoramento da localização e da velocidade em tempo

Revista InterBuss

ária com 100 veículos dotados de chassis Volvo la caxiense Marcopolo. As primeiras unidades já ão com o que há de mais moderno em ônibus real. Esta ferramenta auxilia no controle da pontualidade das viagens e no atendimento imediato a eventuais situações de trânsito.

Mais estabilidade

Os chassis Volvo são equipados com o ESP (Electronic Stability Program), o mais avançado sistema de segurança ativa existente no mercado, que reduz a possibilidade de derrapagem em pista escorregadia e capotamento em curvas fechadas.

Este sistema faz uma aplicação individual dos freios em cada roda, de acordo com a necessidade, controlando a estabilidade do

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veículo.

A transmissão automática é equipada com a moderna caixa eletrônica I-Shift. O motorista não precisa trocar as marchas, é só acelerar e frear. Tudo é feito de forma precisa e muito suave.

Freios mais seguros

O EBS-5 (Eletronic Brake System) é um sistema caracterizado pela aplicação conjugada de diversas tecnologias de controle dos freios e incorpora uma série de dispositivos, a começar pelo ABS, que controla a frenagem, evitando o travamento das rodas. Tem ainda o ASR, um controle

que iguala a força de tração nas rodas, e freios a disco de grande durabilidade e desempenho. O sistema possui também regulagem eletrônica da pressão de frenagem, sensores de desgaste de pastilhas e auxílio para arranque em subidas.

Considerado ideal para o transporte em viagens de médias e longas distâncias, os modelos Paradiso 1200 e 1050 e Paradiso G6 Double Decker 1800, com chassis Volvo B12R e B9R, apresentam baixo custo operacional e extrema robustez.

Nas páginas centrais, confira um pôster especial da Viação Garcia, uma cortesia da empresa a nossos leitores.

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REVISTA

InterBuss

Viação Garcia

Adamo Bazani Leblon de Mauá realiza treinamento diferenciado para os motoristas COLUNISTAS

Foto: aAdamo Bazani

Empresa fez os funcionários sentirem na prática as dificuldades enfrentadas por portadores de necessidades especiais para melhor atendê-los

Funcionários recém-contratados pela Leblon em Mauá passam por treinamento e vivem por um dia as dificuldades enfrentadas pelos passageiros com baixa mobilidade e outras deficiências

A Empresa Leblon Transporte está prestes a operar as 18 linhas do lote 02 do sistema municipal de Mauá, na Grande São Paulo.

Além de ajustes técnicos, administrativos e jurídicos, que já estão praticamente resolvidos, a Leblon tem trabalho, e muito, nas garagens.

Uma das prioridades é inovar a forma de atendimento ao passageiro em Mauá, na Grande São Paulo. Treinamentos e ações de capacitação têm sido uma constante dentro da empresa, que já conta com cerca de 70 ônibus zero km na garagem e deve receber brevemente 11 unidades do modelo B 12 M, articulado e de piso baixo.

Um destes treinamentos é totalmente inédito no ABC Paulista e revelou que realmente a empresa está preocupada com a humanização do atendimento à população. A reportagem teve oportunidade de acompanhar este treinamento.

A ação foi voltada para a capacitação dos motoristas e cobradores em relação a melhor prestação de serviço para os passageiros portadores de necessidades especiais. Mas o treinamento não se limitou apenas a ensinar os motoristas a operar os elevadores dos ônibus.

A frota é cem por cento zero quilômetro e com acessibilidade e os motoristas precisariam de

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um treinamento comum para saber lidar com os equipamentos mais modernos.

O Grupo que atua desde os anos de 1960 no Paraná e desde o início dos anos de 1980 no sistema Metropolitano de Curitiba, o Primeiro BRT (corredor rápido e moderno) do Mundo e modelo em transportes para novos sistemas em diversos países, privilegia o ser humano como o bem mais valioso da empresa e da sociedade. Por isso, os cursos voltados para a humanização.

Nesta quinta-feira, dia 23 de setembro de 2010, a empresa aplicou o treinamento com vistas a acessibilidade para mais uma turma de motoristas e funcionários em geral. No entanto, alguns motoristas foram colocados em cadeiras de rodas, tiveram os olhos vendados e parte dos membros imobilizados e tiveram de usar muletas e bengalas.

O objetivo é fazer com que o profissional sinta na prática as dificuldades de um portador de necessidades especiais no dia a dia das cidades, inclusive nos transportes coletivos. E os motoristas se surpreenderam. Com uma venda nos olhos, o motorista Robson dos Santos teve a noção por alguns momentos do cotidiano de uma pessoa com limitação visual.

“A sensação é bem estranha, bem diferente. Es-

tou com dificuldade até pra conversar” – disse Robson durante o trajeto feito por um dos veículos nas imediações da garagem.

Usando muletas e com uma das pernas imobilizadas, o motorista Artur Pedro Júnior também sentiu as dificuldades. “A gente sabia na teoria, mas na prática agora é diferente, realmente o portador de necessidade especial precisa de muita cautela e carinho” – disse Artur. Com o braço imobilizado, o motorista Ricardo Crimilin foi enfático.

“Deu pra sentir a dificuldade do dia a dia das pessoas especiais. Nós como profissionais dos transportes temos de ter uma atenção mais que redobrada para com estas pessoas.

Este treinamento é inédito no ABC. Beneficia os passageiros, mas também nós como profissionais, pois temos uma diferenciação no mercado” – afirmou o motorista Ricardo.

A empresa Leblon foi vencedora da licitação realizada pelo poder público em 2008.

Também teve na Justiça, pelo STJ – Superior Tribunal de Justiça – o direito reconhecido para operar em Mauá.

Toda a tecnologia operacional que é destaque em Curitiba já foi trazida para Mauá e está sendo adaptada para a realidade do município do ABC Paulista.

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Marisa Vanessa N. Cruz Relatos de minha viagem São Paulo – Curitiba

Fotos: Marisa Vanessa N. Cruz

COLUNISTAS

Acima e ao lado, os carros da viagem: Marcopolo Paradiso G6 1800DD Volvo B12R da EUCATUR e Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD da Viação Itapemirim

Ao lado, uma das imagens do trajeto: um Alpha exSambaíba, que ainda circula pelo Vale do Ribeira

Hoje não vou escrever sobre atualidades, mas escrevo sobre uma viagem que fiz à Curitiba ano passado.

Era dia 21 de março de 2009. Planejei minha viagem à Curitiba para visitar a Exponi 5, uma exposição de ônibus que acontece no Paraná a cada ano ímpar. E, para não gastar despesas com pernoite, resolvi fazer o seguinte: Para estar lá em Curitiba às 12:30, não precisei viajar à noite para lá. Dormi em casa mesmo, e levantei às 2:45 da madrugada para preparar para a viagem, e retornaria no próximo dia, ao nascer do sol.

Saí de casa às 4:20 da manhã. Fui ao ponto de ônibus, peguei o primeiro horário da linha 6338, em seguida peguei o metrô e lá eu estava no Terminal Tietê. Aguardei o primeiro horário para Curitiba, às 6 da manhã, em um Climm da Itapemirim (Marcopolo Paradiso G6 1200 chassi Mercedes-Benz O-500 RSD) prefixo 8877. A viagem foi agradável sem nenhum problema. O trajeto básico era Marginal Tietê, Rodovia Presidente Castelo Branco,

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Rodoanel Mário Covas e Rodovia Régis Bittencourt. A primeira parada foi em Miracatu, cidade que fica no início do Vale do Ribeira. Lá há um pequeno terminal, onde o ônibus parou para embarque, e na janela avistei um ônibus urbano da Intersul com pintura da área 2 do sistema Interligado de São Paulo. Às 8:50, paramos no posto Graal Buenos Aires, localizado no km. 449 da rodovia Régis Bittencourt em Registro-SP, para tirar várias fotos e para alimentação. E nas compras, um cupom fiscal foi impresso (ao contrário da viagem de volta).

Em seguida, a viagem prossegue.

Lá pelas 11:55, o ônibus chega ao Trevo do Atuba, em Curitiba, antes da chegada à Rodoviária. Foi lá que eu desembarquei para pegar um táxi até uma exposição de ônibus, e além de mim, outras duas pessoas também desembarcaram para pegar um táxi para chegar ao destino de cada um. Só que havia um probleminha: Somente havia um táxi estacionado: Eu e mais duas pessoas correram para pegar um táxi que estava parado... foi

uma disputa!! E na chegada, os três fizeram um acordo: todos entraram juntos no táxi e o taxista atendeu o destino dos três: primeiro um passageiro em um bairro, depois uma passageira, e depois eu, que me deixou na garagem da Transpen no bairro de Bacacheri para a exposição.

Lá encontrei e revi muitos amigos do Sul e Sudeste, trocando muitas ideias e comentando sobre diversos assuntos envolvendo ônibus. Tirei muitas fotos, e revi os modelos que circulam na grande Curitiba, como os articulados e bi-articulados, em cores diferentes. Ao anoitecer, a turma migrou da garagem até a Rodoviária pegando carona em um ônibus que esteve presente na exposição.

O encontro prolongou na rodoviária, e alguns foram aproveitar para passear no Shopping Estação que ficava nas imediações.

Voltei à rodoviária de Curitiba, peguei um Marcopolo Paradiso DD 1800 Volvo B12R da Eucatur prefixo 4550 que vinha de TubarãoSC para São Paulo, no horário das 23h59. Fui acomodada na poltrona 21, que foi bastante confortável na viagem. Por volta das 02h45, paramos no posto Petropen, em PariqueraAçu, onde parei para fotos e também para a alimentação, e na hora de pagar, o emissor de cupom fiscal estava totalmente desligado (!), funcionando somente o terminal de caixa.

Voltamos à viagem, e, próximo do destino final, o ônibus fez uma rápida parada no terminal rodoviário de Osasco para desembarque, e, finalmente, o ônibus chegou ao Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

Voltei para casa, exatamente às 7 horas da manhã do dia seguinte, com consciência de que minha viagem de um dia valeu mesmo a pena.

Nota

Quanto à reportagem sobre 35 ônibus a menos entre 2007 e 2010 citada na Revista Interbuss nº 12, vale lembrar que duas empresas de ônibus (uma cooperativa e outra que fazia linha executiva/seletiva) tiveram suas operações cassadas por má prestação de serviços e ausência de manutenção preventiva, causando constantes acidentes, inclusive um fatal. Uma outra cooperativa assumiu a maioria das linhas (algumas tiveram seu trajeto reduzido), substituindo por micro-ônibus novos, cuja quantidade comprada era bem menor que a frota total da empresa antiga, o que explica a diferença. As linhas de uma das empresas extintas foram passadas para várias viações, entre elas uma tradicional empresa, que pegou uma linha com destino ao metrô sem aumentar a frota, prejudicando outras linhas da mesma.

Esperamos que este ano essa empresa aumente a sua frota e devolva a qualidade das demais linhas quando era antes de pegar a linha que era da cooperativa.

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ENTREVISTA

SOCICAM E OS COLECIONADORES

O colecionador Robson Santana em sessão de fotos na Barra Funda. Fotógrafos se arriscam nas portas das rodoviárias por falta de autorização para fotos dentros dos terminais rodoviários, principalmente os terceirizados

Muita gente reclama, critica, e às vezes até ofende, mas não sabe o por que é proibido fazer fotos dentro de alguns terminais rodoviários do Brasil, sobretudo os administrados pela Socicam Administração de Terminais.

Para sabermos mais a respeito, procuramos a empresa, que gentilmente nos concedeu uma entrevista para tentar esclarecer as principais dúvidas dos colecionadores de todo o Brasil

Nos últimos tempos, os terminais rodoviários têm se tornado grande ponto de encontro de colecionadores e admiradores de ônibus das mais diversas localidades. Porém, muitos deles acabam sendo hostilizados por seguranças (em boa parte das vezes mal preparados), ou por funcionários das administrações desses terminais. Um dos maiores pontos de encontro no Brasil é no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo, onde quase diaramente há pessoas em sua saída ou na entrada fazendo fotos ou apenas passando para conversar e se atualizar sobre o mundo dos ônibus.

O Terminal Rodoviário do Tietê, assim como vários outros espalhados pelo Brasil, é administrado pela Socicam Administração de Terminais. A Socicam nasceu em Campinas/SP, na década de 70, quando foi inaugurado o Terminal Rodoviário Barbosa de Barros no bairro Botafogo, hoje demolido.

Na ocasião, a Socicam (cuja sigla é de Sociedade Civil Campineira) foi constituída para administrar esse novo terminal, que foi o primeiro da cidade. Com o passar do tempo, a Socicam foi conquistando a concessão de administração de outros terminais e hoje é uma das maiores empresas nesse segmento.

Entre os colecionadores, o nome Socicam soa mal, pois há uma relativa dificuldade em se fotografar dentro dos terminais administrados por ela. Há também histórico de seguranças despreparados, funcionários mal educados e muito bate-boca. Porém, a história não é bem assim, e por isso procuramos a Socicam para falar a nossos leitores a respeito desse assunto. A direção da empresa nos concedeu uma entrevista, que segue abaixo, e com certeza várias dúvidas e novas informações vão ajudar os colecionadores de todo o Brasil a evitar constrangimentos e brigas nos terminais administrados pela Socicam. Vamos acompanhar.

Revista InterBuss • Quantos terminais rodoviários e urbanos são administrados

pela Socicam em todo o Brasil?

Socicam - A Socicam administra 44 terminais rodoviários e 45 terminais urbanos.

• Os procedimentos gerais nos terminais administrados pela Socicam são padrão ou cada local tem procedimentos específicos?

Os procedimentos administrativos da empresa são padronizados. Porém algumas decisões a serem tomadas precisam levar em consideração as peculiaridades de cada cidade, população ou situação.

• Quais os motivos para a Socicam restringir o acesso de colecionadores a seus terminais para o registro de fotos?

Algumas áreas dos terminais são estritamente operacionais. Se a empresa administradora permitir o acesso de qualquer pessoa que não seja funcionário, estaria assumindo um risco muito grande. A preocupação da empresa é garantir o perfeito funcionamento dos terminais rodoviários, sempre com segurança e eficiência nos serviços prestados.

Permitir que um colecionador acessasse uma área restrita poderia, por exemplo, facilitar um atropelamento, uma vez que essa pessoa estaria distraída tirando uma foto. A administração procura autorizar a permanência dos colecionadores em locais que não interfiram na operação dos terminais e nem na segurança de funcionários e dos próprios colecionadores. Além disso, recebemos uma quantidade muito grande de solicitações, fato que nos obriga a não abrir exceções autorizando para alguns e restringindo para outros.

• Houve algum acontecimento em especial para que a Socicam tomasse essa decisão da restrição? Pois historicamente, em outros terminais restritos, houve algum fato anterior.

Não temos conhecimento de acontecimentos anteriores. A Socicam preza pela segurança dos usuários, e também, dos colecionadores. Por esse motivo há um controle de quem acessa as áreas do terminal, visando prevenir qualquer tipo de acidente, já que o colecionador normalmente solicita autorização para permanecer nas áreas de circulação dos ônibus.

• A Socicam tem algum cadastro ou conhece alguns dos colecionadores que mais circulam entre os terminais adminstrados por ela?

Há um controle dos colecionadores no momento em que freqüentam o local, já que antes de começarem a fotografar, precisam se identificar com os funcionários do terminal. Porém não existe um arquivo dessas

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solicitações, uma vez que os procedimentos são iguais para todos.

• No passado, alguns funcionários da Socicam tratavam os colecionadores com pouca cordialidade, inclusive usando palavras de baixo calão. Há alguma orientação para os funcionários darem alguma tratativa em especial para os colecionadores?

Todos os funcionários da Socicam passam constantemente por treinamentos e processos de reciclagem, com a finalidade de atenderem da melhor forma os passageiros, fornecedores, parceiros, colecionadores ou qualquer pessoa que circular pelos empreendimentos. Caso algum fato isolado seja identificado pelas chefias, serão verificadas imediatamente as providencias a serem tomadas.

• Os maiores problemas para fotos em terminais administrados pela Socicam são registrados nos terminais urbanos de São Paulo.

A orientação para esses terminais são as mesmas passadas aos terminais rodoviários ou há um procedimento em específico para os funcionários lidarem com os colecionadores nesses espaços?

Em relação aos terminais urbanos da capital, indicamos que procurem diretamente a SPTrans.

• Quanto aos procedimentos nos terminais, as empresas de ônibus operadoras nos locais são também orientadas acerca dos colecionadores, de como proceder em caso de foto não autorizada, etc.?

A Socicam pode responder pela administração e operação dos terminais. Em relação às empresas de ônibus, cada uma poderá responder por seus procedimentos.

• Como em toda área, entre os colecionadores há os bons e os maus. A Socicam, conhecendo alguns deles, consegue fazer essa separação de alguma forma? O comportamento deles influencia nessa separação?

Como já foi dito antes, recebemos um número muito grande de solicitações nos empreendimentos administrados. Por esse motivo os procedimentos são os mesmos para todas as pessoas.

• Já houve algum incidente grave com algum colecionador em algum dos terminais administrados pela Socicam? Caso sim, como foi?

Não temos essa informação registrada.

• Houve casos de seguranças da Socicam ordenaram o apagamento de fotos não autorizadas feitas em terminais sob sua concessão.

Há orientações nesse sentido aos seguranças

ou foram casos isolados?

Como já dissemos antes, os funcionários passam constantemente por treinamentos. Os seguranças são orientados a pedir para que o colecionar procure algum funcionário identificado para solicitar autorização das captações de imagem. Caso aconteçam fatos como este, pedimos que registrem reclamações nos formulários dispostos nos balcões de informações para que possamos tomar as medidas necessárias.

• Aparentemente houve um aumento de tolerância para fotos nos terminais Tietê e Barra Funda, pois as restrições parecem terem sido reduzidas, inclusive com algumas pessoas acessando o pátio de descanso de motoristas, o chamado “mangueirão” sem maiores problemas. Houve alguma mudança na postura da Socicam para fotos nesses locais?

Os procedimentos para acessar o mangueirão e qualquer outro local dos terminais para captação de imagens são os mesmos.

O colecionador ou usuário devem procurar orientação com os funcionários identificados da Socicam, ou Assessoria de Imprensa para a autorização das imagens.

• Há algum tipo de punição às empresas que “autorizarem” fotos nos terminais administrados pela Socicam, mesmo sendo proibido sem autorização prévia?

Não há nenhuma punição para as empresas, uma vez que trabalhamos em sistema de parcerias. Pedimos apenas que elas nos comuniquem da autorização, para que possamos deixar os funcionários da operação avisados. De qualquer maneira as empresas de ônibus não têm autorização para permitirem a entrada de pessoas não autorizadas nas áreas restritas, essa é uma atribuição da administradora.

• Os procedimentos de tratamento da Socicam para com os colecionadores são específicos ou são os mesmos que para qualquer outro usuários dos terminais?

Conforme respondido anteriormente, os funcionários da Socicam são orientados a tratar com cordialidade todos os freqüentadores do terminal.

• Quais as dicas que a Socicam pode passar aos colecionadores para que seja possíveis fazer fotos nos terminais administrados pela empresa sem atrapalhar o dia-a-dia do local?

A Socicam recomenda para que eles entrem em contato previamente com a administração do terminal ou com a Assessoria de Imprensa.

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AS FOTOS DA SEMANA A 10 melhores fotos da atualização de ontem do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1. Papel de Parede com dois trólebus da Metra, por Rafael Santos no Terminal São Mateus. • 2. Excelente registro do Volvo 7700 Monobloco Híbrido que começará a circular amanhã na linha Interbairros 2, em Curitiba. A foto é de Isaac Matos Preizner. • 3. Neobus Mega 2000 sobre MBB OH-1628 da Pevê-Tur, por Aislan Nascimento. • 4. Carro experimental da Scania, com o nome Krika, circula pela Santa Cruz, na foto de Caio Márcio. • 5. Belo Torino ex-BH agora na Viação Real, por Victor Hugo Guedes Pereira • 6. Irizar PB da Nordeste, por Matheus Novacki (continua...)

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7. Dois Viação Cometa lado a lado: um obsoleto e outro de última geração, na foto de Vitor Fernando Mello. • 8. Volvo B9Salf da Viação Cidade Dutra, por Cosme Souza Oliveira. • 9. Carro de demonstração da Marcopolo com pintura da Motta comprado pela Sussantur circula a serviço da Transbrasil, por Chailander Borges • 10. Curiosa adaptação nesse Busscar da Nordeste, empresa que faz modificações costumeiramente, por Antonio Santos

MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas

2007 • Após a Exponi 3, em Ponta Grossa, um dos melhores eventos de todos os tempos, uma passagem pela garagem da Nordeste: (da esq. p/direita, em pé): o responsável pela garagem, Rafael Nunes Pereira, Bruno Karnstein, Osmar Cordeiro e Luciano Roncolato. Abaixados: morador local, Alex Fiori, Dorival Nunes Bezerra, Hudson Tonetto e Derles Borges Pichoff.

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10/09/10 - Entrega de 38 novos ônibus da Viação Boa Vista, em Campinas/SP • Ao centro, o sr. Belarmino Marta Junior e o secretário de transportes metropolitanos, José Luiz Portella.

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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DIÁRIO DE BORDO Relato por Carlos Alberto, de Sumaré/SP

PRIMEIRA VIAGEM À

Fotos: Luciano Roncolato

CURITIBA

Linha: Campinas x Curitiba via Sorocaba Empresa: Transpen Transporte Coletivo e Encomendas.

Carro: Marcopolo Paradiso G6 1800DD Scania K380, prefixo 36005

A Transpen Transporte Coletivo e Encomendas, com mais de 35 anos de existência possui diversas partidas de Campinas para cidades do estado do Paraná e São Paulo, além de ser a principal empresa na rota Campinas x Curitiba. E foi justamente com a Transpen, tive o prazer de viajar em um dos melhores ônibus da empresa: O Leito Cama.

A Partida: Campinas.

São 22:15 quando já avisto o lindo ônibus sob prefixo 36005 que esta á espera para começar a viagem, ao entrar no piso superior do ônibus, com apenas um olhar, já me deslumbro com o conforto das poltronas de couro que logo vão se tornar verdadeiras camas. Me posiciono em meu acento e monto a minha cama, já estou pronto para seguir a viagem. Ás 22:30 o ônibus inicia a sua viagem rumo á Curitiba.

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A Rota

Ao sair da Rodoviária de Campinas, ao contrário da maioria dos ônibus que saem do Terminal, o ônibus faz sua saída no mesmo lugar que entrou, saindo em direção ao túnel e logo depois a Marginal do Piçarrão, o extremo conforto do ônibus me deixa surpreendido, e logo depois de seguirmos pela Avenida Prestes Maia, adentramos a Rodovia Santos Dumont que liga Campinas á Sorocaba.

São mais de 80 Km até a Cidade de Sorocaba, a Rodovia Santos Dumont é uma Rodovia importante principalmente por fazer a ligação das Rodovias Castelo Branco, Bandeirantes e Anhanguera, passando pelas cidades de Indaiatuba, Salto e Itu. Pela minha primeira experiência em um DD, me sinto nas nuvens quando vejo a eficiência deste em uma estrada. Depois de 1 hora, o ônibus adentra á Simpática Cidade de Sorocaba, a tranqüilidade das ruas facilita a rapidez até a chegada á Rodoviária

desta cidade, onde alguns passageiros já estão á espera rumo á Curitiba.

Depois de 10 minutos de embarque continuamos a nossa viagem, o ônibus corta a Cidade de Sorocaba em direção a Votorantim, onde por alguns momentos cruzamos com as Viações Garcia e Nordeste rumo á suas cidades de destino, após passarmos pela Rodovia Raposo Tavares, seguimos viagem pela tão importante SP079, uma rodovia de mão única que liga Sorocaba á cidade de Juquiá indo ao encontro com a BR-116 até Curitiba, logo de inicio vejo as persistentes curvas que esta rodovia apresenta, o que contribui com a demora do tempo da viajem. Em um trecho de muita serra e curva o ônibus faz uma pequena passagem á cidade de Piedade ainda na região de Sorocaba, são 01:00 da manhã e ainda em plena SP-079, em alguns trechos, não resisto e caio em um breve sono, afinal esta é a maior qualidade do Leito Cama.

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Fotos: Tiago de Grande

Ás 02:30 da manhã já estamos ao trecho pertencente ao Vale do Ribeira, onde estão situados cidades como Registro, Miracatu, Juquiá, Cajati, Juquitiba, entre outros. Quase no fim da SP-079, já percebo o tempo fechado na região, uma leve chuva nos acompanha nesta viagem, é exatamente neste trecho da rodovia que digamos adeus á ela e por fim continuamos na BR-116 a famosa Rodovia Régis Bittencourt, que liga a cidade de São Paulo ao Sul do país. O intenso tráfego (principalmente de Caminhões) e as condições precárias da rodovia nos seus Kilômetros esburacados mostram a verdadeira situação das rodovias Federais do Brasil. Andamos mais um pouco e logo fazemos a nossa primeira e única parada para lanche no posto Graal Buenos Aires.

Um excelente posto, um atendimento de primeira, além de uma infra-estrutura de dar inveja, resumem as características deste posto, por ser uns dos únicos no trecho, observo a quantidade de ônibus que vão em direção ao Sul, tais como Itapemirim, Catarinense, Penha e Eucatur. Após 20 minutos de parada volto ao meu acento, ou melhor, á minha cama, onde mais de 3 horas de viagem nos espera. Ao andar na Régis e com muito sono, pela janela se tem o desfrute de observar o trecho seguido de serra em uma temperatura de 15º graus, depois de passar pelas cidades de Pariquera-Açu, Cananéia, Jacupiranga, e Barra do Turvo, nos aproximamos da divisa dos estados de São Paulo com o Paraná, damos boas vindas à cidade de Campina Grande do Sul - PR são 05:15 da manhã.

A chegada: Curitiba

Depois de quase 3 horas desde o posto Buenos Aires e mais de 5 horas de Campinas, o ônibus chega mais perto da Capital Paranaense, é neste trecho que onde os bairros e transportadoras de Quatro Barras e Colombo, dão lugar ao extenso trecho de serra. Ao passarmos pela cidade de São José dos Pinhais, fica mais evidente o aspecto urbano da Região Metropolitana de Curitiba, a especulação imobiliária me desperta a triste sensação que logo irei me despedir do maravilhoso 36005. Entramos na Avenida Victor Ferreira do Amaral e em questão de minutos, já estamos perto da Rodoferroviária de Curitiba, são 06:00 da manhã e a intensa garoa persiste em Curitiba. Ao entramos na Rodoviária, me despeço do ônibus e logo de cara, já sinto o típico frio de Curitiba que está muito agitada, sigo em direção à Estação-Tubo, onde irei conhecer as maravilhas da Capital do Paraná, meu dia está apenas começando!

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Alguns dos pontos turísticos de Curitiba, incluindo o ônibus biarticulado

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Fotos: Tiago de Grande

V Á, M A S V I S I T E

PARAÍSO ESCONDIDO

Distrito de Sousas, em Campinas/SP, é um lugar extremamente aconchegante, sossegado e ao mesmo tempo com muito agito Na foto, ponte sobre o Rio Atibaia

Guilherme Rafael

logo em sua entrada.

Campinas, a terceira maior cidade do estado de São Paulo que se distancia por “apenas” 100km de distancia da Capital, São Paulo, também esconde algumas jóias raras que, por ora, não são tão conhecidas pelos habitantes da região ou até mesmo da própria cidade, como o Aeroporto de Viracopos (um dos mais importantes centros cargueiros da América Latina) ou o Shopping Dom Pedro (maior da América Latina).

O tesouro escondido em Campinas ao qual estamos falando, trata-se do Distrito de Sousas, situado na região leste da cidade. Área de Proteção Ambiental (APA) de acordo com a lei municipal nº 10.850, é garantida a conservação do patrimônio natural, cultural e arquitetônico, além do Rio Atibaia que cruza o distrito

Números

Em Campinas restou apenas 2% da Mata Atlântica, sendo que aproximadamente 60% dela está localizada no Distrito de Sousas. Em outras palavras, este percentual representa 222 quilômetros quadrados de extensão, correspondentes a 27% da área total do município. Fauna e flora, extremamente diversificadas: 250 espécies de aves, 68 de mamíferos, 45 de anfíbios e 40 de répteis.

Com os olhos na preservação deste patrimônio restante, a Secretaria Municipal de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo elaborou sugestões de roteiros de pontos de visitação. Este roteiro pode ser visualizado através do portal da Prefeitura Municipal de Campinas, diretamente no link: http://www.campinas.sp.gov.br/gov-

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erno/comercio-industria-servicos-e-turismo/, clicando em “Mapa Digital”.

Acesso

As linhas de ônibus da região são operadas pela empresa Padova Coletivos, participante do Consórcio Urbcamp (pintura de cor verde com triângulo e identificador inicial 3). No Centro, próximo à Estação Cultura, basta pegar uma das linhas abaixo, lembrando que a passagem custa R$ 2,60: • 3.90 – Joaquim Egídio/Estação Expedicionários; • 3.91 – Nova Sousas/Estação Expedicionários; • 3.92 – San Conrado/Estação Expedicionários; • 3.96 – Sousas/Rodoviária (Terminal Metropolitano).

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