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Tecnologia

Com um notebook e uma tela, a transmissão ao vivo foi a saída encontrada pela unidade para garantir o retorno dos alunos para o atendimento presencial

Professores Virtuais

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Com integrantes do corpo docente no grupo de risco, escola conta com o apoio da tecnologia para transmitir as aulas no atendimento presencial

Renata Bomfim

Osilêncio na sala sinaliza concentração. Com o distanciamento marcado por carteiras vazias, alunos do sexto ano da Escola Municipal Nelson de Miranda Coutinho revisam os conteúdos com o apoio da professora que está presente na aula, mas de forma virtual. Com um notebook e uma tela, a transmissão ao vivo foi a saída encontrada pela unidade para garantir o retorno dos alunos para o atendimento presencial e preservar a saúde de professores que fazem parte do grupo de risco.

A ideia surgiu em fase de planejamento e organização do calendário de retorno, feito por Maria Ivonete May Werner, supervisora da unidade. Para atender a maior parte dos estudantes nesse processo, a supervisora se atentou em trazer para este atendimento professores, principalmente, que lecionam Matemática e Língua Portuguesa, por conta do histórico de desenvolvimento dos dois componentes curriculares e por serem áreas que mais impactam os estudos no ensino não presencial. “Tem aluno que mesmo com direcionamento dele e o professor no virtual, ele precisa estar presente no ambiente escolar”, conta. “E aí eu pensei: ‘por que não trazer o aluno para o presencial e o professor no virtual?’. Fizemos um teste, conectamos o notebook a uma tela maior de computador, como se fosse um televisor, e fantástico. O som é perfeito e distribui ao ponto de onde o professor visualizar todos os alunos dentro da sala.” Professora de Língua Portuguesa, Loize Piffer é uma das cinco da unidade que aceitou participar do atendimento presencial dos alunos, mas à distância. Para ela, mesmo não estando presente na unidade, consegue se sentir mais próxima dos estudantes, principalmente daqueles que não conseguiram acompanhar a programação dos módulos a cada semana. “O vínculo é muito importante, pois os alunos precisam se sentir seguros para aprender. No momento em que a ideia foi proposta, o grupo de professores abraçou. Uma ação dessas precisa do acompanhamento de todos os profissionais e também das famílias”, diz.

Com quatro turmas com professores virtuais nos anos finais do Ensino Fundamental, divididas entre dois atendimentos pela manhã e dois no período da tarde, a equipe da unidade faz o acompanhamento das aulas para organizar o espaço que conta com o apoio da integradora de mídia, Rosiane Justino, de Itamar Rodrigues de Oliveira e de profissionais para fazer a supervisão da aula que tem duração de duas horas, sem troca de professor neste modelo de ensino. Além de Loize, também ofertam transmissão ao vivo de Língua Portuguesa as professoras Elisiane Katzwinkel Antunes e Cleonice Rolling Rech. Em Matemática, as aulas ao vivo são feitas pela professora Eliane Moura Rodrigues e em Ciências por Michele Cordeiro. No presencial, 16 professores dos demais componentes curriculares estão presentes na unidade.

O vínculo é muito importante, pois os alunos precisam se sentir seguros para aprender. No momento em que a ideia foi proposta, o grupo de professores abraçou. Uma ação dessas precisa do acompanhamento de todos os profissionais e também das famílias.” Loize Piffer, professora de Língua Portuguesa

Caroline Michele Brunken, coordenadora do Ensino Fundamental, em encontros de formações com as equipes das unidades levantou sugestões para atender os alunos no ensino presencial. Em ano marcado, também, pela implementação do novo currículo da rede municipal, a volta se atenta em priorizar componentes curriculares em que os estudantes apresentam mais dificuldades. “A forma de conversa, tanto com os supervisores como com os orientadores, foi de levar o entendimento de que o professor não precisa estar na sala para fazer a intervenção com o estudante, mas de que nós temos meios tecnológicos de podem proporcionar aos estudantes que tirem as suas dúvidas”, comenta. “A sugestão foi que eles estivessem em um espaço onde eles pudessem fazer essa interação via tecnologia que muitas vezes eles não têm essa possibilidade na sua casa, mas que eles façam na escola. Eu percebo que a EM Nelson de Miranda Coutinho fez a lição de casa e pensou numa forma muito interessante de estar articulando esse processo de ensino e aprendizagem, em forma de interação que o professor está tendo na sua casa com as crianças na escola.”

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