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novo laboratório de Ciências na EM Emílio Paulo roberto Hardt

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Enquanto as aulas seguiam no ensino não presencial, as escolas da rede municipal de ensino de Joinville, vazias, movimentaram-se em seus espaços para repensar e reorganizar os ambientes de aprendizagens dos alunos com mudanças estruturais, reformas e revitalizações. O cenário de quem voltou para o atendimento nas unidades foi diferente daquele que deixou, não só pelos protocolos sanitários necessário para serem seguidos, mas porque o ambiente já não era mais o mesmo. Na Escola Municipal Emílio Paulo Roberto Hardt, os estudantes que voltaram às aulas se depararam com o laboratório de Ciências, espaço maker, quadra coberta poliesportiva, quadra de areia, pomar, horta pedagógica, flores para todos os lados, além de novas pinturas nas salas de aula e corredores da unidade.

Ainda que em processo de melhoria estrutural desde o ano passado, quando Katia Marise Schwartz assumiu como diretora, a unidade passou por mudanças desde a troca do telhado até a plantação de gramado na área externa. Com investimentos feitos para melhor atender os alunos e contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, as reformas e revitalizações tornam o espaço mais atrativo para o estudo e dá a oportunidade de as aulas serem ofertadas com mais dinâmica, com ambientes pensados e projetados para atender demandas específicas como aulas práticas.

“É melhor para aprender com as mudanças”, diz Edson Ferreira, 17, aluno que está na unidade desde o primeiro ano escolar. Para ele, os novos espaços entregues e que ainda nem teve a oportunidade de estrear, por terem sido finalizados nos meses em que esteve longe da escola, servem como incentivo. “A quadra antes era uma rede, duas traves pequenas e redes para proteger a bola para não sair da escola. O chão era de cimento e não era coberta, em dia de chuva a gente ficava na sala”, relembra o estudante de como eram as aulas de educação física. É que além das novas salas, a quadra coberta foi finalizada nos primeiros meses do ano e está com a pintura impecável do verde do chão e as linhas desenhadas para a prática das modalidades de esporte. Com traves de futebol, rede de vôlei e cesta de basquete, o espaço segue na espera de receber aqueles que saíram em março da escola e não tiveram a oportunidade de inaugurá-la.

Para Katia, todas as melhorias só foram possíveis de serem feitas porque conta com a parceria da equipe de gestão, professores e funcionários. “Eu vejo uma escola que trabalha unida, todo mundo pega junto. Com a pandemia, eu tive que me afastar e eles ficaram. Foi um trabalho grande, generoso, porque você tem que ter generosidade para sair da sua casa com pandemia grave e vir cuidar da escola. Eu tenho um carinho muito grande dessa comissão de frente e os professores foram muito parceiros”, comenta agradecida. Ainda que com baixo movimento de alunos no espaço com o retorno do atendimento presencial, a unidade se prepara para receber alunos novos matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental, já que com todas as melhorias feitas e em parceria com o Associação de Pais e Professores (APP), conseguiu ampliar o atendimento.

A quadra antes era uma rede, duas traves pequenas e redes para proteger a bola para não sair da escola. O chão era de cimento e não era coberta, em dia de chuva a gente ficava na sala.” Edson Ferreira, estudante

EM Plácido Xavier Vieira

Do outro lado da cidade, na Zona Sul de Joinville, a Escola Municipal Plácido Xavier Vieira desde 2015, quando a unidade foi municipalizada, tem passado por grandes mudanças e reformas para melhor atender os 386 alunos matriculados no primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental. Com 12 salas de aula, laboratório de Ciências, quadra descoberta, refeitório e outros espaços para o desenvolvimento integral do estudante, a escola neste ano de 2020 passou por cerca de 24 serviços prestados para melhoria do ambiente educativo. “Para cumprir seu papel social, a escola busca transformações que conduzam o melhor desempenho dos alunos e dos profissionais desta instituição, em um comprometimento com a realidade social”, escreveu a diretora da unidade, Fernanda de Souza Pereira Ferreira.

Além de melhorias na estrutura, de acordo com a diretora, os materiais recebidos durante todo esse processo, seja por meio da Secretaria de Educação ou parcerias e premiações em que a escola esteve presente, também contabilizam para a soma das ações que a unidade recebeu nestes últimos oito meses. “A escola também recebeu muitos materiais pedagógicos, na qual possibilitam que toda a comunidade escolar seja beneficiada no processo de ensino e aprendizagem”, diz Fernanda. Em apuração de pauta na matéria neste ano, a revista pode ver de perto as reformas na unidade com melhorias em todas as salas de aula, desde a entrada até os ambientes a céu aberto. Ainda que no projeto, mas que já passou por aprovação, novas ampliações estão por vir na escola com a construção da quadra coberta, já que hoje isso não faz parte da realidade.

A escola também recebeu muitos materiais pedagógicos, na qual possibilitam que toda a comunidade escolar seja beneficiada no processo de ensino e aprendizagem.” Fernanda de Souza Pereira Ferreira

Foto:s Fernanda de Souza Pereira Ferreira

CEi Cachinhos de ouro

Com as escolas e CEIs sem alunos, a nossa equipe de obras deu continuidade na manutenção dos prédios e pode antecipar as melhorias que iriam ocorrer no recesso escolar. A Secretaria de Educação mantém um planejamento de obras preventivas e corretivas conforme a necessidade e demanda apontadas por cada gestor escolar.” Sônia Victoria Fachini, Secretária de Educação

Assim como unidades do Ensino Fundamental, os Centros de Educação Infantil (CEIs) passaram por revitalizações, entendendo que os espaços abertos também são educativos e importantes como ambientes de aprendizagem. O CEI Cachinhos de Ouro, durante o período de atendimento não presencial, buscou desenvolver o olhar para o futuro, em como acolher as crianças que passaram por um longo período dentro de casa. Com ampliação, também, do espaço escolar que dobrou de tamanho, o CEI agora tem capacidade para atender cerca de 600 crianças da comunidade. “Algo que a gente pensou em organizar são trilhas, calçadas interativas e jardins floridos”, diz a diretora do CEI, Fernanda Persike. “Sabendo que a criança é corpo e movimento, e também tendo a consciência de que esse período de pandemia, para ela, também tem sido um período de muitas restrições, nós buscamos em nossos espaços alternativas para que elas pudessem viver essa infância, esse movimento, sem deixar de tomar os cuidados necessários com a saúde.”

Ao total, 33 unidades da rede municipal de ensino de Joinville passaram por melhorias e obras durante todo o período de aula não presencial, desde pintura a manutenção de espaços. De acordo com a Secretária de Educação, Sônia Victorino Fachini, o cuidado com as escolas sempre esteve como prioridade. “Com as escolas e CEIs sem alunos, a nossa equipe de obras deu continuidade na manutenção dos prédios e pode antecipar as melhorias que iriam ocorrer no recesso escolar. A Secretaria de Educação mantém um planejamento de obras preventivas e corretivas conforme a necessidade e demanda apontadas por cada gestor escolar.”

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