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Valter Bitencourt Júnior

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LiteraAmigos

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Valter Bitencourt Júnior Salvador/BA Das sete faces do desprezo

Quando eu nasci, não teve sequer um anjo torto Que me dissesse que a vida não é Tão fácil o quanto parece ser Disse: Vai, Valter, ser baiano na vida.

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Ladeiras faz bem ao coração Jovens apaixonados na esquina Dizendo que não se apega a ninguém. A tarde de puro sol, o perigo É imprevisível mesmo que o dia Seja azul.

O ser vestido de uniforme Vai trabalhar no ônibus lotado Sequer sabe se vai ser assaltado, Acha que tem muitos amigos No fim de semana. O ser vestido de uniforme, Mal sabe quando vai quebrar a cara.

Meu Deus, que sociedade de muita fé, Que muito chama pelo Senhor, Pessoas de muita fé e pouco amor.

Mundo mundo vasto mundo Se eu me chamasse Carlos, Eu seria outro poeta (?) Nesse mundo vasto Que maltrata meu coração. Mundo mundo vasto mundo Chega de ilusão?

Eu bem que vou dizer, Esse mundo cheio de gente eu solitário Em meu ego e vaidade Vou me afogando Sem sequer um abraço!

A Carlos Drummond de Andrade

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