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Ítalo Saldanha

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Valéria Barbosa

Valéria Barbosa

Ítalo Saldanha

Pina a bailar

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Eu vi tanta magia em teu gesto quanto as que tinha. em todos os terreiros de umbanda que eu conheci.

Eu queria tocar curimba pra você e decifrar a voz da tua pele que flutuando no ar me dizia algo inexplicável Só me coube sentir.

Eu fui testemunha da sua engenharia transcendental de construir uma ponte entre o sagrado e o profano só por se movimentar

Eu vi , em teu gesto, tanta alquimia que só o mais velho pajé só o mais sábio xamã Poderiam evocar

Eu vi, tu calada dizer um dos poemas mais bonitos que um corpo pode conceber

A ponta do teu dedo indicador riscava no universo o caminho para a Terra Pura

Enquanto você dançava nem parecia que o mundo acaba um pouco todo dia

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