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Alvaro Daniel Costa

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LiteraAmigos

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Alvaro Daniel Costa Ponta Grossa/PR

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Nossa sociedade segue para um enorme abismo.

Quando foi que perdemos a sensibilidade? Em algum momento ela existiu?

Vemos estarrecidos um mundo que sente desprezo pelo outro simplesmente porque clamam por justiça social. O desrespeito ao pobre, ao indígena, ao negro, ao homossexual, ao estudante de escola ou universidade pública. O povo segue perdendo seus direitos e sua dignidade, enquanto os poderosos riem da nossa cara! Até quando? Até quando iremos assistir a tanta injustiça?

E a nossa memória?

Esquecida!

Nunca se fez tão importante entender nossa história, pois sem ela não somos nada! Uma sociedade sem história é uma sociedade sem memória! A história é justamente a organização e sistematização da memória social que muitos insistem em esquecer. A história é o combate ao esquecimento, porém, é isso que os nossos representantes querem...o esquecimento! Querem apenas lembrar do que interessa a eles, ou seja, uma memória da elite feita para a elite. Um povo sem memória é um povo que não pensa, que não critica e, sobretudo, que não questiona! Esses que desprezam o conhecimento são os que carregam eu suas mãos um passado cheio de sangue... o sangue do índio, o sangue do negro, o sangue das mulheres, o sangue dos gays, o sangue dos professores mal pagos, o sangue...

Por isso, não deixemos cair no esquecimento, precisamos exorcizar a morte da memória e dar luz ao conhecimento. Lembremo-nos do que nos obrigam a esquecer...lembremonos das mortes da ditatura, dos feminicídios, da homofobia, da indiferença social, do desprezo pela educação e pelos professores. Lembremo-nos de todos que sofrem e não tem voz...

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Ativemos nossa memória para sermos mais pensantes, mais críticos e mais humanos. Sem ela nada somos...sem a memória somos um vazio profundo! A memória pode ser uma arma para a transformação social porque nos permite refletir sobre os erros do passado e projetar um futuro mais humano. Lembremo-nos de tantas injustiças, segregações étnicas/sociais, da intolerância religiosa. Basta de fundamentalismos e visões deturpadas a anacrônicas da realidade! Chega do charlatanismo messiânico que falsos líderes apregoam!

Que não nos calemos diante da memória seletiva, da injustiça e daqueles que querem ocultar o grito dos marginalizados e excluídos. Lembremo-nos que a memória pode ser uma forma de despertar para a consciência crítica!

Lembremo-nos que a memória pode ser nossa ponte que liga a recordação a uma linda ESPERANÇA.

Jamais deixemos esquecer os mais de 500 anos de luta na nossa história. Enquanto houver luta, haverá memória!

Lembremo-nos! Para não esquecer...

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