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Jefferson Sousa
Jefferson Sousa Itapipoca/CE
O s F l a m boya n t s m e D e s co m e ç a m
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Naqueles flamboyants, cujos números gostaria de não poder contar, encontro brilho para a alma, limpeza para os olhos, descanso para os dias vis. Ah se existissem mais flamboyants nas estradas dessa vida, para colorir os espíritos que por ela passam em carne e desencarnados. Vários espaços infestados de árvores invasoras, que pena. Ah se existissem mais flamboyants nas estradas. Em diferentes épocas do ano, veríamos as folhas mais verdinhas a sombrear os espíritos de luz ao meio dia quente; as flores vermelhas como fogo a encantar nossos olhos e ouvidos, os olhos para quem ver, os ouvidos para quem ouve; ah... aqueles besouros pretos brilhantes com seu barulho intenso mostrando a sua força no seu fardo azul. Faltou-me falar dos tempos em que ela fica desnudada, cheia de bajulas grandes e resistentes, resistentes como as suas raízes fecundas que não estão mortas nem desfalecidas, mas apenas aguardando a passagem de mais um ciclo de encantamento. Suas flores são lampejos na escuridão. Os flamboyants me descomeçam.
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