1 minute read

Ana Maria Fazio de Freitas

Next Article
Teresa Azevedo

Teresa Azevedo

Ana Maria Fazio de Freitas Assis/SP

Vida encerrada

Advertisement

É madrugada e já cansada da lida Eu não consigo um poema escrever. Será que perdi o encanto da vida, Ou será que começo de Alzheimer sofrer? É tão deprimente viver isolada Em um canto da casa, sem nada lembrar. Invólucro vazio, história encerrada, Vida ceifada, sem ao menos findar.

Olhar fixado num ponto distante, Lutas, sonhos e projetos inacabados, Sorriso apagado, tristonho semblante, Seres estranhos, outrora amados.

Com alma e sem vida, largada a sorte, De cuidados e carinhos um ser tão carente. Meu Deus, é preferível mil vezes a morte Do que ter que viver tão dependente.

Já não sei o que tenho, nem para onde eu vou, O que vivi, o que sofri, se perdi ou se ganhei. De nada me recordo, já não sei quem eu sou, O que fiz de minha vida, nem que fim eu terei.

This article is from: