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Glauco Paludo Gazoni
Glauco Paludo Gazoni Chapecó/SC
Pareidolia Fugaz
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No langor das nuvens busco sempre remédio P’ra livrar-me do spleen que assola minh’alma, Mas a tarde se esvai, tão tépida e calma E eu sigo oprimido pelo mais negro tédio.
Contemplo o céu, do alto de um prédio E enfim percebo que isto me acalma: Fantasio que a mão, elevando-se, apalma Nebulosa forma, em simbólico assédio:
Parece-me um anjo, de um alvor vaporoso - Arremedo mirífico de ser gracioso Flutuando com graça por ares urbanos.
O encanto, porém, se desfaz num instante, Já que tudo o que é puro só o é bem distante Do opróbrio que emana de olhares mundanos...