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Fernanda Junqueira
Fernanda Junqueira
Ribeirão Preto/SP
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Lavrador
A palavra é um arado a revolver o seio dos anseios Das camadas mais fundas da alma chega à superfície o bálsamo da vida. A pá lavra o cio da semente, livra o solo das tentações das trevas.
Pelos tremores do tempo sou o grão expulso do ventre, longe de ter um espírito rasteiro que não conhece as grandezas do coração, o que em mim germina é esta ânsia de escrever luz, de ver em cada palavra lavrada a pedra romper-se em ternura nas pétalas de minhas próprias mãos