Revista
7ª Edição - Ago/Set 2015
Sérgio Goldenberg Entrevista exclusiva com o diretor, documentarista e roteirista de minisséries e seriados da TV Globo.
O futuro sempre chega por Ozires Silva
A função da história e estória na formação do aluno por Christina Hernandes
O Encontro de Mulheres que escrevem com o coração
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
por Rossana Mazza Masieiro
A importância da mulher buscar qualidade de vida
por Antonio Carlos Guarini Perpétuo
Editorial A revista Literatura & Cia foi elaborada com o objetivo de não ser um veículo estático, contendo somente informações sobre livros, lançamentos e escritores, mas um meio de comunicação projetado para explorar o universo da literatura como um todo. A ideia é transmitir de forma transparente ao leitor a importância da literatura, por fazer parte da história e diariamente de nossas vidas. Tudo é literatura! A literatura tem o seu representante: o livro. Um livro mantém vivo o passado. Um livro informa sobre o futuro. O livro se faz presente sobre o presente. Através dos livros salvamos mentes e despertamos o melhor no ser humano. A leitura nos leva para longe, nos impulsiona a ser melhor, nos motiva a buscar o melhor! Assim como a escrita, a literatura também é uma terapia. Quem nunca pensou e disse que tem vontade de escrever um livro, uma história ou uma autobiografia? Porque será que temos o costume de dizer que a nossa vida dá uma novela ou que daria um livro? Por isso convidamos o autor e roteirista de novelas e séries da Globo, Sérgio Goldenberg para nos dizer como funciona esse universo da literatura na televisão, apontar sobre a transformação da literatura através dessa mídia e o seu poder no caráter do cidadão, a utilidade da dramaturgia na formação do aluno. Nesta edição temos o lançamento do livro de um quarteto de poetisas que exploram a doçura da poesia entre as experiências de suas vidas através da obra Amores e outros Retalhos. Apresentamos uma entrevista sobre o sistema de ensino da rede Supera, que tem o foco na saúde e no desenvolvimento humano, através da ginástica para o cérebro. Os colunistas explaram os temas que nos alertam sobre educar e empreender num contexto global. Leitores, pensamos que uma mente tem que se manter sempre ativa. Ler, pesquisar, estudar faz parte do natural da vida, e parece ser cansativo, mas precisamos perceber o quanto antes que esse mundo é prazeroso, além de ser muito saudável. Em todas as edições buscamos oferecer tudo o que podemos nos identificar e tudo aquilo que possa nos melhorar através de uma boa leitura. Patricia Borges
Expediente Editora e Jornalista Responsável: Patricia Borges - MTB: 59.846-SP. Diagramação e Editoração: Alexei Augustin Woelz Assistente Editorial: Laís Cristine de Sousa Colunistas: Ozires Silva, Christina Hernandes Colaboradores: Publish News, Rossana Masiero Assessoria de Imprensa: L.B. Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: CopCentro Distribuidor: Omar Lanziloti Distribuição Gratuita: São José dos Campos, Caçapava e Taubaté Pontos de Retirada: Livrarias MaxSigma - Vale Sul Shopping e Shopping Colinas, Shopping Esplanada. Fundação Cultural Cassiano Ricardo e Centro da Juventude Bancas de Revistas: Chaparral, Vila Ema, Nove de Julho, Rodoviária Jd. Paulista, Jd. Aquárius e Av. Cassiano Ricardo Acesso Digital Gratuito: issuu.com/Literatura&Cia Contatos: Tel: (12) 3302-1533 / 9-8115-7506 Não nos responsabilizamos pelas informações contidas nos anúncios publicados ou nas matérias assinadas, que não representam necessariamente a opinião do veículo. Apoio Cultural
Realização:
Comentários “Li a edição de Junho/Julho e me apaixonei.”
Lele Zuco Leitora e seguidora da Fanpage da Revista L&C
“A melhor revista de São José dos Campos!”
Ana Claudia Mello Pérpetuo Diretora da Rede Supera
“Tenho acompanhado com interesse a edição da revista; é pequena só de tamanho...”
José Guilherme Jornalista e Editor
“Achei muito interessante a proposta. Bons colunistas. Temas atuais.”
Theresa Osório Leitora
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Mercado editorial
Dica de Teatro
Como salvar o mercado editorial: Peça: Cinderela Lá Lá Lá sobre os fomentos para a forma- REVISTA VEJA SP, Resenha por Meriane Morselli, 12/08/2015 ção de mais leitores PUBLISHNEWS, PEDRO ALMEIDA, 29/07/2015
Essa ideia de que se deve premiar e valorizar apenas a excelência literária está tão arraigada em nosso meio que muitas vezes as pessoas concordam com a ideia de dar mais abertura para outros projetos menos literários mas acabam não percebendo que esta ideia persiste em outras áreas. Veja, por exemplo, os incentivos para a publicação no Brasil e para os programas de apoio à tradução. Estes continuam sendo destinados aos livros e gêneros essencialmente literários. E onde está o problema? Se há poucos críticos na imprensa aptos a resenhar livros comerciais, adultos ou juvenis, e o mesmo ocorre nos casos de prêmios literários, quem dirá o que acontece na maior parte do que se escolhe para acervo das bibliotecas, na decisão do que merece apoio de tradução no exterior, etc. Ou seja, não adianta abrir um prêmio para livro policial ou decidir que passaremos a incluir livros juvenis nas compras de bibliotecas sem saber o que jovem quer ler. Senão, por modo automático, vamos continuar a premiar apenas autores de policial consagrados nos cadernos de cultura e lidos pelos mesmos de sempre e a selecionar obras apenas de Pedro Bandeira e Ruth Rocha. E o que se queria, promover mais a leitura, se perde. Nós desejamos tanto a ampliação da cultura, da leitura, mas batemos sempre na mesma tecla. E este é o tema principal que quis tratar aqui: queremos aumentar o acesso das pessoas à cultura de livros, mas nossos esforços: imprensa, festivais, prêmios continuam focados apenas no mercado que já existe. Não mudamos quase nada nessa forma de olhar. Mas o mercado mudou. O livro infantil que uma criança recebia na infância 30 anos atrás era indicado pela escola ou escolhido pelos seus pais. Hoje não é mais assim. Muitos, como eu, tiveram acesso à cultura por um esforço muito pessoal, pois não havia facilidades para nós 30 anos antes.
Esqueça o jeitão clássico de contar a história da Gata Borralheira. Nesta versão escrita e dirigida por Alexandra Golik e Carla Candiotto quase tudo ficou diferente e mais engraçado. Aqui Cinderela é uma menina que sonha se tornar uma famosa estilista. Ela mora com a madrasta maldosa e amante de roupas de grife e com Lili e Lulu, as irmãs postiças. Estas se revelam duas figuras raras: ciumentas e mimadas, querem ser atrizes de musical e não se cansam de maltratar Cinderela. Quando chega a noite do grande baile no qual o príncipe (todo tímido e de língua presa) escolherá sua noiva, a moça conhece sua animada fada madrinha e recebe uma força para conseguir se arrumar a tempo de comparecer à festa. A Cia. Le Plat Du Jour volta a apostar no bem-sucedido formato de contar histórias infantis com muita criatividade e humor, como já fez em Rapunzel, João e Maria e Alice no País das Maravilhas, entre outras. O trio de atrizes formado por Bebel Ribeiro, Helena Cerello e Paula Flaibann se reveza entre os personagens e troca quinze vezes de figurino. Competentes na interpretação, elas mandam bem também ao cantar as doze músicas da trilha sonora. Para completar, o cenário bonito e versátil traz escadas decoradas, e o texto, repleto de referências, vai fazer com que os adultos riam tanto quanto as crianças. Estreou em 18/7/2015. Até 30/1/2016. Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Rua Álvares Penteado, 112, Centro Tel: (11) 3113-3651
Sérgio Goldenberg É diretor, documentarista e roteirista de minisséries e seriados da TV Globo. Sérgio, nasceu em Copacabana no Rio de Janeiro em 1966. Estudou cinema na Universidade Federal Fluminense. Iniciou a sua carreira como colaborador do cineasta Eduardo Coutinho. Dirigiu os documentários As meninas do Rio (1991), Domésticas (1993), Funk (1996) e Chocolate (1997). Estreou e escreveu como diretor de ficção com o longa-metragem Bendito fruto lançado em 2005, e em parceria com Rosane Lima. Desde 1995, é autor roteirista da TV Globo, onde escreve seriados e novelas. Seus mais recentes trabalhos como colaborador são as minisséries O canto da sereia, em 2013, e Amores roubados, além do seriado O caçador, ambos exibidos em 2014. Em parceria com George Moura, que também foi o autor do remake da novela O Rebu, em 2014. Sérgio também atuou como redator do programa “Encontro com Fátima Bernardes”. Sérgio tem um perfil simples e objetivo, e ele consegue transportar essa objetividade buscando em suas escritas e roteiros manter a atenção do telespectador, quando conclui que uma trama para manter o seu mistério é preciso manter a fórmula do suspense a todo momento, com surpresas em todos os capítulos, assim tendo como regra em todos os seus trabalhos: não poder ser chato e manter sempre a verdade. Pode se dizer que são dois conselhos que valem para quem se inicia no mundo da escrita ou deseja ser um roteirista. Sérgio cedeu uma entrevista exclusiva de forma clara e direta para os leitores da revista Literatura & Cia, respondendo uma das questões sobre a dramaturgia nas escolas, o papel da televisão no caráter do cidadão, dentre diversos outros assuntos levantados dentro do universo da literatura.
Literatura & Cia - Sérgio, para a formação educacional do aluno é importante trabalhar a dramaturgia nas escolas? Sérgio Goldenberg - Muito. Teatro e cursos de vídeo são divertidos e atraem a rapaziada. São ótimos para os estudantes trabalharem em grupo e saírem da solidão do computador. Além disso, abrem caminho para todos conhecerem Tchekhov, Vianinha, Shakespeare, Nelson Rodrigues, Jorge de Andrade, entre outros. L&C - A dramaturgia pode preparar o aluno para o mercado de trabalho? Sérgio Goldenberg - Sim, é um primeiro passo. As aulas de teatro permitem que o aluno se debruce sobre nossos autores de maneira lúdica e coletiva. É um importante instrumento para compreensão do mundo e dos nossos problemas, para os que desejam seguir a carreira artística ou não. Além disso, grandes talentos da TV, do teatro e do cinema começaram nos grupos escolares. Não é só o trabalho de ator. Por trás dele, existem o diretor, o cenógrafo, o figurinista, o músico. É um pontapé inicial para trabalhar na indústria criativa. Gosto muito de uma frase atribuída ao pessoal do Planet Hemp que diz mais ou menos o seguinte: “em lugares onde não existem atividades culturais, a violência vira o espetáculo’’. L&C - A TV foi sempre um meio de comunicação polêmico e atrativo para o povo e destaque aos olhos da crítica. Como a televisão reflete a formação do caráter do cidadão? Sérgio Goldenberg - A TV tem uma enorme importância na formação dos
jovens. É um dos principais meios de entretenimento e informação do povo brasileiro. Ao mesmo tempo, reflete o que é e o que pensa esse povo. Precisamos fazer TV com responsabilidade. L&C - Todas os seriados, minisséries e novelas podem ser avaliadas como uma literatura brasileira ou somente um roteiro comercial, com o foco no índice de audiência? Sérgio Goldenberg - Na TV Globo, o foco não é só a audiência. L&C - Sérgio a cada dez brasileiros sete não leram nenhum livro no ano de 2014, revela pesquisas da Federação do Comércio do Rio de Janeiro sobre os hábitos culturais. A TV é um meio de comunicação potente. A Televisão pode ‘buscar’ inserir em sua programação, como em minisséries e em novelas meios para despertar e aumentar o número de leitores brasileiros? Sérgio Goldenberg - Sim, existem vários exemplos na história da teledramaturgia brasileira. Obras de Jorge Amado, Guimarães Rosa, Machado de Assis e muitos outros escritores brasileiros foram adaptadas para TV. “O Canto da Sereia” e “Amores Roubados”, minisséries que escrevi como colaborador, são adaptações de textos literários. L&C - No decorrer dos tempos, com o surgimento da televisão as pessoas achavam que o rádio seria extinto, e com o
Sérgio Goldenberg - Não acredito que vão desaparecer totalmente, mas terão um uso mais restrito, a meu ver. L&C - Como incentivar e aumentar o número de leitores por livros impressos? Sérgio Goldenberg - Dar livros de presente (sempre!), ler histórias para os filhos e netos antes de dormir, promover encontros e concursos literários, entre outras medidas. L&C - Informe duas obras literárias que você aconselha como estímulo para leitura de novos livros. Sérgio Goldenberg -“Doze Contos Peregrinos” e “Brás Cubas”. advento da internet, com todas as suas possibilidades, pensa-se o mesmo das mídias impressas. Como você avalia a diminuição de leitores de livros impressos em contrapartida o aumento dos livros digitais? Sérgio Goldenberg - O importante é não parar de ler. A discussão em torno do suporte, a meu ver, precisa passar pelo mercado editorial, que ainda está encontrando seu caminho. Nós, adultos, precisamos fazer a nossa parte: contar histórias para os filhos e educá-los para a leitura. L&C - Você acredita que os livros impressos podem ser extintos no decorrer dos tempos?
L&C - Sérgio, o romance A emparedada da Rua Nova é uma obra do escritor brasileiro Carneiro Vilela (1846-1913), e também uma lenda urbana recifense que foi adaptada por você, George Moura, Flávio Araújo e Teresa Frota a escreverem o roteiro da minissérie Amores Roubados, exibida pela Rede Globo em janeiro de 2014. Histórias, contos, fábulas como O Pequeno Príncipe que está sendo exibida nos cinemas, e até outros romances que tem exibição pela televisão e cinemas, pode valer como um incentivo para a leitura da obra original (o livro)? Sérgio Goldenberg - Sem dúvida, sempre lembrando que a leitura da obra ficcional é um exercício de imaginação único, insubstituível e fascinante.
O Encontro de Mulheres que escrevem com o coração por Rossana Mazza Masiero
Era um domingo ensolarado e talvez encantado como uma história de contos de fadas. Um conto sem castelos, princesas ou fadas, mas estávamos lá. Três mulheres, três desvairadas, ou simplesmente três poetas. Quando nos deparamos uma com as outras, aconteceu o que sempre acontece: a poesia fez festança a se perder. Estávamos em São Francisco Xavier, cidadezinha encravada na belíssima Mantiqueira. O motivo? Festival Literário 2015. O evento? O lançamento do livro de poemas do amigo e poeta Oswaldo Almeida Júnior. Tudo se conjuminou para culminar no que tinha que acontecer: uma história de amor. E conosco é sempre assim! Quando nos encontramos o sol decide fazer folguedos e arteirices, e então deu de brincar de enroscar os cachos morenos de Miriam Cris nos loiros de Zenilda Lua, e meu coração se anelou todo até sentir saudades demais dos meus próprios cachos, e me encaracolei nessa alegria acesa. Com tanta fartura de felicidade, as caraminholas floresceram e surgiu a ideia do livro. Miriam Cris, cujas caraminholas têm anseios insanos e muito talento para agregar, queria mais cachos e nos lembrou de mais mulheres cacheadas. Daí, fomos apanhar cachinhos da cabeça de Érika Siqueira e de Dyrce Araújo.
Elas mal sabiam que estavam fadadas, desde desse nosso encontro encantado, a fazerem parte dessa história. Ali um poema se inventou só pela existência da vontade. Natural, rápido. Fatal! Pronto! Formava-se agora um grande cacho de fios de várias cores e texturas. A nós cinco? Restava a começar escrever. Quantos poemas? Dez, onze, um, cem? Pouco importa. Existia apenas uma regra: escrever poemas sobre nós, mulheres. Era imprescindível expor sem acanhamentos todas as nossas percepções, desejos, lembranças, tristezas e alegrias, nossas perdas e tudo o mais que a nossa loucura e sensatez permitissem, e que permeia a realidade feminina. Retalhos das nossas experiências mais intrínsecas... Somos todas de idades diferentes, temos histórias diferentes, estilos diferentes, jornadas diferentes, porém certamente (modéstia às favas, mas sem presunção, me incluo), somos todas poetas. Definitivamente somos poetas! E quem há de negar? Precisamos escrever para viver. Precisamos fazer poemas mais do que respirar, ou talvez para conseguir respirar. Quem não sobrevive sem escrever poemas, tem que ser poeta, e é nessa vertente sofista que aproveito para me incluir, a abusada.
Sem prolongar-me mais, nasceu assim o livro “AMORES e OUTROS RETALHOS”. Cada uma de nós foi enviando aos pedacinhos seus retalhos com muito amor, para compor a linda colcha que se tornou nosso pequeno livro. Miriam Cris como uma exímia costureira foi alinhavando tudo amorosamente e com imenso entusiasmo. O livro foi tomando forma, ganhando uma cara, aliás, uma linda cara! Uma mandala desenhada à mão por Maria Clara Pereira. Um presentão! Poemas prontos, retalhos emendados, saímos a “caçar” nossos prefaciadores; pessoas especiais que elegemos e que se dispuseram a apresentar a nossa essência de maneira sucinta e delicada, e a quem somos muitíssimo gratas. Daí, para arrematar a nossa jornada de amor e coragem, Carlos Rodrigues Brandão, gentil e generosamente escreveu as “orelhas” de nosso livro que se inicia lindamente: “Quando uma mulher escreve e publica um livro de poesia, é preciso levar este acontecimento em conta com muito maior respeito e envolvimento do que se
imagina ao se abrir um livro de poesias.”. Não há como fazer uma súmula do que é esse pequeno grande livro, pois cada poema é único, puro, pessoal e íntimo. Às vezes de uma ou duas linhas. Resta ler e sentir apenas... Que se esclareça que não é um livro só para mulheres. É um livro tramado e cerzido por mulheres, para aqueles que amam poesia, pois esta não tem sexo, idade ou qualquer tipo de barreiras que possa se intrometer entre o entendimento do leitor e o poema. Temos o prazer de convidá-los para o lançamento do livro AMORES e OUTROS RETALHOS, de Dyrce Araújo, Érika Siqueira, Miriam Cris, Rossana Masiero e Zenilda Lua, que acontecerá no dia 19 de setembro às 19 horas, no Parque Vicentina Aranha na Sala de Leitura Reginaldo Poeta, juntamente com o “Sarau de Primavera”, como parte da programação do Projeto Leitura Livre, ministrado pela Fundação, Cassiano Ricardo. O lançamento do livro estará integrando o importante evento literário que se realizará no Parque Vicentina Aranha, a FLIM – Feira Litero Musical, assim somando esforços para a valorização da nossa literatura. Será uma imensa alegria contar com a presença de todos! Autoras: Dyrce Araújo, Érika Siqueira, Miriam Cris, Rossana Masiero e Zenilda Lua Data: 19 de setembro às 19 horas Local: Parque Vicentina Aranha, na Sala Reginaldo Poeta
Christina Hernandes - Universo Infantil A função da história e estória na formação do aluno Por que historia e estória? Inicialmente há que se verificar se cabe a diferenciação entre “história” e “estória”. Tempos atrás havia uma diferença significativa entre a grafia “historia” e “estória”. A palavra “estória” era empregada quando das narrativas populares e a palavra “historia” empregada quando das narrativas baseadas em acontecimentos reais. Embora houvesse as duas grafias, denominam a mesma coisa, contação. A Academia Brasileira de Letras sugeriu somente o uso da grafia “historia” para designar as duas narrativas. Esclarecida esta curiosidade, vamos entrar no tema do artigo, a função da história na formação do aluno. Pensamos que a história é um dos alicerces do conhecimento, por ser um facilitador do aprendizado, por sua grande diversidade de enredos envolvendo temas da fantasia, realidade e tantos outros de maneira lúdica e de fácil compreensão. A história tem o papel de ser produtora de alunos com pensamentos livres, se permitindo constituir opinião sobre o assunto tratado e discernir o certo do errado, enfim torná-los pulsantes. Sentimos dizer que nem todos irão desenvolver a concentração para ouvir, discutir, criar e questionar este contexto encantador, tendo entendimento de transportar estes enredos para a realidade, isto porque, para muitos não é claro
o sentido deste aprendizado em sua vida escolar. Esse assunto demanda muitas conversas, porém vamos nos ater ao papel da contribuição da historia infantil para a formação do aluno, trazendo para discussão temas guardados no porão do nosso inconsciente, os símbolos pátrios e os hinos que representam os momentos históricos importantes da nossa Pátria. Partindo desta premissa e preocupada com o resgate da nossa brasilidade na perspectiva da narrativa infantil, nasce o livro, “Filó, a Exploradora”, em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Surge a partir desta historia, o convite para tornar a personagem Filó, articuladora de enredos infantis que retratassem o surgimento das letras dos hinos nacionais. Ao surgir a Coleção Filó e os Hinos Pátrios, trabalhamos elaborando através de pesquisa de uma equipe brilhante ,que retrata a saga, a representação, o significado da letra dos Hinos Nacional, à Bandeira, à Proclamação da Republica e à Independência do Brasil. A função da historia surge como instrumento que contribui para a formação do aluno cumprindo seu papel , na medida que coloca o educando no centro dos questionamentos cívicos fundamentais para o exercício da cidadania e da soberania nacional.
Práticas Educativas e Saúde A IMPORTÂNCIA DA MULHER BUSCAR QUALIDADE DE VIDA Um tema que Antonio Carlos Guarini Perpétuo, presidente da Rede Supera – Ginástica para o Cérebro, alerta as mulheres de todas as idades para buscar realizar exercícios, através de jogos que estimulam uma memória ativa e uma mente sadia. A mulher que cumpre as diversas atividades do lar, com a família, com os filhos e a cobrança profissional, tende a ficar com a mente e a memória esgotada. A ginástica para o cérebro melhora muito a qualidade de vida das mulheres mantendo a paciência e a auto-estima sempre presente. Qual é o perfil de mulheres que buscam a ginástica cerebral? O SUPERA tem muitas alunas mulheres na faixa dos 30 a 50 anos. Muitas delas nos procuram por estarem apresentando falhas de memória, outras são mulheres que querem voltar ao mercado de trabalho e sentem-se inseguras por terem ficado em casa por muito tempo, cuidando dos filhos, sem exercer a profissão. Mas temos também alunas que estão prestando concursos públicos e querem ter maior capacidade de concentração e agilidade de raciocínio para realizar uma boa prova. Mulheres são mais propensas à perda de memória? Acredito que está questão esteja ligada ao fato de as mulheres terem capacidade de desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo. Ao contrário do que se pensa o cérebro não é capaz de dividir sua atenção. O que acontece com as mulheres é que elas alternam sua atenção muito rapidamente. Como a atenção é a porta para a memória, a memória acaba sofrendo com esta alternância. É preciso considerar também questões físicas, orgânicas, hormonais. As mulheres têm mais oscilações de humor,
tomam mais medicamentos do que os homens (anti-depressivos, ansiolíticos....). Isso tudo afeta a memória. O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos? Sim, o cérebro tende a perder neurônios a partir dos 27 anos de idade para qualquer sexo, então ele precisa ser estimulado para continuar exercendo suas funções em alta performance. Um cérebro ativo é um cérebro ágil e jovem. Como é desenvolvido o método da ginástica cerebral e em que ele se baseia? O método de ginástica cerebral é baseado na novidade, na variedade e no desafio crescente. O cérebro, embora seja um dos órgãos mais importantes e fascinantes do corpo humano, é preguiçoso. Mas a cada vez que enfrentamos desafios, ele se esforça. É como se os neurônios adormecidos fossem acionados. Eles se acendem, refazendo as conexões sinápticas. Para ativar o cérebro, podemos exercitá-lo de forma adequada. Mas também podemos conhecer pessoas novas, viajar para lugares diferentes, aprender, ler livros e sair da rotina.
Quais são os resultados alcançados com o início da ginástica cerebral? Os primeiros resultados que as mulheres relatam com a ginástica cerebral é a melhora da memória, da paciência e da autoestima. Como o método está relacionado com correntes pedagógicas? Para estimular o cérebro, o SUPERA utiliza ferramentas pedagógicas como o ábaco, um instrumento milenar de cálculo, que exercita muito a atenção e o raciocínio lógico. Além disso, os alunos resolvem desafios e exercícios de lógica e visão com apostilas elaboradas por pedagogos. O método SUPERA também inclui uma série de jogos de tabuleiro, dinâmicas de equipe e neuróbicas. As neuróbicas são atividades aeróbicas para neurônios. O que são neuróbicas? Assim como nosso corpo, nosso cérebro precisa se exercitar. E a neuróbica é a atividade que ativa as conexões neuronais que não usamos há muito tempo, e também cria novas conexões que ainda não existiam. A esta faculdade de se modificar, damos o nome de neuroplasticidade cerebral. E é por isso que praticar a neuróbica trás muitos benefícios
para a saúde mental, pois mantém nosso cérebro sempre em forma e ativo. Neuróbica é a atividade que: 1 – Envolve um ou mais dos seus sentidos num contexto novo, diferente. 2 – Concentra a sua atenção, e te deixa alerta. 3 – Transforma uma atividade rotineira em algo inesperado e não-trivial. Quais atitudes podem se associar ao método para que os resultados obtidos sejam mais satisfatórios? Todas as pessoas, de qualquer idade, podem exercitar o cérebro no seu dia a dia. Em casa, por exemplo, podemos usar a mão não dominante para escovar os dentes, tomar banho no escuro, tentar ler palavras de traz para frente, usar o relógio no pulso contrário ao de costume e fazer caminhos diferentes para ir ao supermercado e ao trabalho. A ginástica cerebral pode ser potencializada também com uma alimentação equilibrada rica em ômega 3, substância contida em peixes, ovos e frutas vermelhas. Existem pesquisas que mostram ainda que praticar atividades físicas regularmente também contribui para o bom desempenho do cérebro.
Ozires Silva -Educação e Empreendedorismo O FUTURO SEMPRE CHEGA Este é um tema que preocupa a todos, tanto do ponto de vista pessoal como do coletivo: como será quando o futuro chegar? Aonde estarei? O que estarei fazendo? Estas são perguntas recorrentes, sempre presentes, nem sempre respondidas. Os jovens, em particular, olham para o futuro com mais confiança do que os mais velhos, tanto é que se arriscam muito mais. Em particular, nas competições esportivas, nas quais o acidente seja previsto ou possível numa grande proporção das vezes e, embora o perigo, os jovens não se detêm e avançam, aceitando os desafios. Aqueles que são mais velhos muitas vezes não compreendem por que isso ocorre. Parece que, na medida do avanço das idades, damos menor valor ao algo que nos impele para o futuro, pois os mais vividos sentem mais agudamente as dificuldades e olham com certas preocupações os possíveis resultados. E mais ainda, temem que eles não
sejam tão bons como os previstos. Ou mesmo pensam mais nos tropeços para alcançar as realizações do que as possibilidades de êxito! Victor Hugo, um novelista francês do século 19, já dizia: “O futuro tem muitos nomes. Para os fracos é o inalcançável, para os temerosos, o desconhecido, para os valentes, a oportunidade”. Ora, a vida na sociedade não leva em conta o balanço existente entre o risco e as iniciativas. Essa questão é tradicional e aparece em todos os empreendimentos. É muito difícil antecipar o êxito de algo que desejamos criar, fabricar ou vender, embora, quando se começa o clima seja de otimismo. Claramente, tudo depende de estudo de cenários, da conjuntura, favorável ou não, da sociedade aonde nós vivemos, da capacidade de atrair ajuda ou cooperação e assim por diante. Por outro lado, sempre estão surgindo os agouros! E se não der certo? Mesmo pressionados por inspi-
rações e por vontade, muitos asseguram que o desconhecido chega cada vez mais depressa e chega também com mais impacto. Hoje, nós vivemos no mundo da inovação e estamos conscientes da capacidade de gerar curiosidade e atenção de tudo que seja novo. Assim, inovar tem transformado a estratégia e as iniciativas das empresas, levando-as ao sucesso. Olhando para a nossa São José dos Campos, a administração do nosso prefeito Carlinhos Almeida (PT) decidiu criar um Fórum de Desenvolvimento Econômico Sustentável, com o objetivo de pensar agora para criar futuros viáveis. Grande ideia e grande iniciativa. Precisamos pensar em grandes resultados. É um convite aberto à sociedade civil para participar com sugestões e com trabalho, todos unidos para o sucesso de nossa cidade. Nas previsões para o futuro, surgem os jovens, no momento de escolha profissional para o seu futuro. No passado, era comum a herança dos pais dar uma orientação, ou melhor ainda, oferecer as alternativas. Hoje, com o advento do capitalismo
mundial e a evolução tecnológica, as opções variaram bem mais. Dessa forma, sempre vivemos em face de uma decisão de escolha e, embora a velocidade com que as coisas mudam no mundo moderno, é de suma importância se pensar no futuro. A escolha sobre o caminho a seguir, queiramos ou não, toma agora ou sempre um grande espaço nas nossas vidas. E as decisões sempre são permeadas por influências da sociedade em geral, aonde a família, escola e os amigos poderão interferir no momento de tal escolha. Mas, sempre sabendo que o futuro chegará e, pesando que temos de inovar, cresce a importância das escolhas, sejam para as pessoas ou empresas e para as comunidades. Enfim, é algo com o que temos de nos preocupar pois, participando ou não das decisões, nossa responsabilidade de cidadãos de participar é fundamental, como colocado pela administração municipal com sua iniciativa de criar o Fórum de Desenvolvimento Econômico Sustentável!