Revista Cidadelle - Ed.03

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ano 3 #04 | 2014 | R$ 15,00

PelĂŠ por que ele ĂŠ o maior de todos os tempos?

// LIFE STYLE // business // motor // destinos // moda // gastronomia // bem-estar








// editorial #03

rumo ao sucesso Essa edição especial da revista Cidadelle traz como tema o sucesso. Assim, não

Diretor Comercial

poderíamos ter na nossa capa uma per-

Diretor de Engenharia

sonalidade que representasse tão bem

Diretora Administrativa

essa palavra quanto o Rei Pelé. O astro já

Coordenadora de Marketing

foi considerado a pessoa mais influente do mundo, já parou uma guerra, foi condecorado com o título de Sir pelo Império Britânico, dentre outras inúmeras façanhas.

Denis Guimarães Andre Luís Guimarães Eliana Guimarães Martina de Sá Teixeira martina@cidadelle.com.br

Assistente de Marketing

Jamilly Nunes jamilly.nunes@cidadelle.com.br

Estagiária de Marketing

Paloma Leão paloma@cidadelle.com.br

Assim como o Rei, a Cidadelle Empreendimentos tem feito história no sul da Bahia. O sucesso do primeiro empreendimento foi tanto que em menos de dois anos já lançamos um centro médico-empresarial e, agora, o Cidadelle Praia do Sul. Nessa edição, você poderá saber como vão as obras do Cidadelle e conhecer mais

Conselho Editorial

sobre os mais novos projetos. E não só essas matérias falam de superação e vitória. Seja num passeio pela Portugal gastronômica, na garupa do piloto Marcelo Dias, numa matéria com empresários de sucesso que estão reerguendo o Sul da Bahia ou conhecendo as novas técnicas de cirurgia bariátrica, você irá vivenciar nas próximas páginas a sensação do triunfo. Boa leitura!

Homenagem

Editora-chefe

Patrícia Magalhães patricia@sempreeditora.com

Diretor de Arte

Leandro Maia leandro@sempreeditora.com

Coordenadora de redação

Denis Guimarães Diretor-comercial

Denis Guimarães, Jamilly Nunes, Leandro Maia, Martina Teixeira e Patrícia Magalhães

Lara Guedes lara@sempreeditora.com

Jornalista

Luciana Silva luciana@sempreeditora.com

Coordenadora de arte

Rafaela Palma rafaela@sempreeditora.com

Designer

Gabriel Cayres gabriel@sempreeditora.com

Designer

Marco Gross marco@sempreeditora.com

“A vida é como uma sala de espetáculos; entra-se, vê-se e sai-se”. Com a frase do

Fotografia

filósofo Pitágoras, a revista Cidadelle gostaria de homenagear o engenheiro civil

Revisão

Bruno Ricci Ivete Zinn

Manuel Segura, que, aos 65 anos, acaba de nos deixar. Manuel foi um dos sócios das construtoras Segura e Santa Emília, que tanto contribuiu para o desenvolvimento do mercado imobiliário baiano. Fundada em 1983, a Construtora Segura iniciou suas atividades construindo pequenos prédios residenciais. O edifício Jatobá, com doze apartamentos divididos em três andares foi entregue em 1984. Atualmente, já foram construídas 1.800 unidades habitacionais e comerciais.

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Diretores

Patrícia Magalhães Leandro Maia Paulo Medeiros

Revista Cidadelle é uma publicação da Sempre Editora e Comunicação em parceria com a incorporadora Cidadelle. A Editora e a incorporadora não se responsabilizam por informações, conceitos ou opiniões emitidos em artigos assinados, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. Proibida a reprodução total ou parcial de textos e/ou fotos sem a prévia autorização da editora.

para anunciar (71) 3018.0433 | (73) 8846.2908 anuncie@semprecom.com.br



// contents Cidadelle magazine ano III • nº 03 • cidadelle.com.br

12.

capa

Rei Pelé: a estrela que mudou a história do futebol mundial

18.

COPA

Brasileiro revela como foi vivenciar o maior evento de futebol do mundo na Alemanha

24.

CIDADELLE PRAIA SUL

Toda a infraestrutura impecável do Cidadelle agora de frente para o mar

28.

VIAGEM ENOGASTRONÔMICA

Roteiro exclusivo para degustar vinhos e iguarias de Portugal

36.

TOP CHEF

Lucius Gaudenzi viajou pelo mundo para descobrir sabores diferentes

40.

Desvendando sabores

Delicie-se com as confrarias gastronômicas que, em breve, irão invadir o Cidadelle

42.

motor

Prepare-se para correr: conheça o dia a dia do piloto de motovelocidade Marcelo Dias

48.

esporte

Vitórias do paratletismo com a nadadora Mônica Veloso

52.

+

CANAVIEIRAS

Descubra o melhor lugar para praticar a pesca esportiva do Marlin Azul

trends

46. Tecnologia

coluna

56. Incentivo ao esporte por Ramiro Aquino 98. Boa vizinhança por Rubem Passos


58.

CONDOMÍNIO DE LUXO

Cidadelle House oferece conforto e segurança num ambiente integrado à natureza

62.

saúde

Especialistas revelam os mitos e verdades da cirurgia bariátrica

66.

Clicks

Confira os melhores momentos dos meetings para os corretores do Cidadelle

68.

estilo praiano

Uma suíte perfeita para o casal curtir a vista para o mar

74.

moda

Peças estilosas em tendências das principais grifes para o próximo verão

78.

NOVA ERA EMPRESARIAL

Cidadelle Office lança tendência de escritórios em bairro planejado

82.

business

Cases de sucesso que impulsionaram o crescimento da região de llhéus e Itabuna

86.

salvador

Polêmicas que rodeiam a nova a e velha gestão da capital baiana

90.

entrevista

O itabunense Davidson Magalhães conta sobre seus investimentos no sul da Bahia

94.

CIDADE DE ITUBERÁ

Novo empreendimento, em Salvador, homenageia fundador da André Guimarães


// capa

the king Às vésperas da Copa do Mundo, homenageá-lo torna-se quase um dever cívico, Pelé representa muito mais do que um jogador de futebol. Pode-se dizer que a realeza é o próprio futebol brasileiro por patrícia magalhães foto steve shaw

12 Cidadelle


determinado ou trata-se de sorte ou esforço? Não vamos entrar em discussão sobre a temática, onde quero chegar é que há pessoas que são simplesmente fantásticas, que unem um pouco, ou um muito, de tudo - dom mais sorte mais esforço - e se tornam, simplesmente, excepcionais. No Brasil, temos alguns exemplos, no entanto, nenhum tem a expressão do rei maior, o rei Pelé. É

foto diivulgação

C

omo surge uma estrela? Será que, ao nascer, o destino já é pre-

O rei Pelé é considerado o homem mais conhecido do planeta

do nosso país, do Brasil, que temos o homem mais conhecido do planeta. Em entrevista divulgada, no dia 31 de outubro de 2005, pela agência de notícias italiana Ansa e publicada no jornal O Estado de São Paulo, o próprio Pelé afirmou que tem mais fama que Jesus. “Pode ser uma blasfêmia, mas tem lógica. Sou católico e sei o que Ele e Seus valores significam, mas no mundo há pessoas que acreditam em outras coisas. Na Ásia, por exemplo, existem milhões de budistas, talvez não saibam quem é Cristo, porém de Pelé ouviram falar. Isso representa responsabilidade enorme”, fala o ídolo. No entanto, o rei não nasceu Pelé. No dia 23 de outubro de 1940, o filho de dona Celeste e seu João Ramos, mais conhecido como Dondinho, estreou como Edson Arantes do Nascimento. E, se hoje em dia, a busca por fama e dinheiro é o que leva, cada vez mais cedo, jovens de todas as idades às escolinhas de futebol pelo Brasil afora, Pelé, aos 16 anos, numa época em que jogar bola não era sinônimo de riqueza, já fazia parte da Seleção Brasileira por amor ao futebol. Essa paixão o fez chegar aonde chegou. É fato que nenhum outro jogador, daqui ou de fora, teve carreira tão brilhante. De suas chuteiras, número 39, saíram recordes absolutos. Foram 1.282 gols em 1.366 partidas oficiais, média de 0,93 gol por jogo, e 86 títulos pela Seleção Brasileira e pelo Santos, no Brasil e no exterior. Desses títulos, três em quatro Copas. O Santos de Pelé, foi uma espécie de Barcelona dos anos 60, vencendo duas Libertadores, dois Mundiais, além de seis Campeonatos Brasileiros, oito estaduais e mais uma extensa lista de títulos.

Eu sou o melhor, entende? “Não esconda seu brilho. A ‘modéstia’ é uma invenção de gente medíocre, que quer fazer com que você se pareça com eles”. A frase do mago Paulo Coelho bem que poderia ser dita pelo rei. O cronista Nelson Rodrigues, no que se supõe ser a primeira crônica (com um tom premonitório) escrita sobre Pelé, tendo o

1.282

gols

1.366

partidas oficiais média de 0,93 86

por jogo

títulos pela seleção brasileira e pelo Santos

ganhou

3 das

4

Copas que disputou Cidadelle 13


// capa jogador 17 anos, disse: “Quero crer que a sua maior virtude é,

Mesmo não sendo modéstia uma das suas características, tal-

justamente, a imodéstia absoluta” (ver crônica). E assim, temos

vez o rei esteja utilizando-se do recurso na sua afirmação, pois, atu-

mais um ingrediente para se tornar um fenômeno: autoconfian-

almente, seus negócios vão de vento em popa. Segundo o site ne-

ça. Com dribles fantásticos, Pelé foi um exemplo de jogador múl-

gociosdoesporte.com, a marca Pelé fatura por ano R$ 70 milhões.

tiplo, que cria jogadas míticas, arma, dribla, penetra e marca.

Apenas uma porcentagem desse bolo vai para a conta física do

Seus gols eram tão excepcionais que não havia adjetivos para

Edson, além de um salário mensal. Isso porque, em 2010, Pelé as-

descrevê-los. A expressão gol de placa foi criada para homena-

sinou contrato com uma agência internacional, a Legends 10, que

geá-lo numa partida entre o Santos e o Fluminense. Sua carreira

tem o direito de representá-lo até 2040. Na negociação, a Legends

é incomparável. A sensação é que Pelé e a bola nasceram um

ficou responsável pelos contratos e compromissos publicitários, ten-

para o outro. Pelé deu autoestima aos brasileiros com a con-

do o rei um salário mensal, não divulgado, além de uma porcenta-

quista das três primeiras Copas. Sua história se confunde com a

gem na venda dos produtos licenciados. Mesmo assim, é o maior

do Brasil contemporâneo e a do próprio futebol. Se, hoje, qual-

faturamento de um atleta brasileiro – e isso porque se trata de um

quer menino pode se orgulhar da nossa Seleção, isso se deve

produto que não está na prateleira há 36 anos. Esse potencial já foi

em grande parte a ele.

até piada nos Simpsons. Num episódio do desenho, Pelé entra em

O meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope” Nelson Rodrigues Para sempre rei

campo antes de um jogo, faz um curtíssimo discurso de propagan-

Edson Arantes do Nascimento se aposentou dos gramados em

da de um anunciante e sai com um saco de dinheiro. Enfim, coisas

1977. De lá até hoje, se dedica a preservar seu legado. Se, hoje,

de quem é rei e que nunca perde a majestade.

é um empresário de sucesso, já teve épocas em que o rei conheceu derrotas no mundo dos negócios. “No começo, pensando no meu futuro, apliquei dinheiro em imóveis e fiz uma sociedade com o Zito e o Pepe (ponta esquerda). Nós construímos

Em 2010, Pelé assinou contrato com uma agência internacional para representá-lo até 2040

prédios pequenos. Então, compramos uma loja de material de construção, a Sanitária Santista, mas como nós viajávamos muito, tínhamos um sócio, o Pepe Gordo, que cuidava das empresas. Talvez por não ter muita experiência, acabou não levando bem os nossos negócios”, recorda Pelé e continua: “depois, eu e o Zito investimos numa firma de látex chamada Fiolax, um bom homem de negócio, porque eu sempre acreditei muito nas pessoas, confiei demais e dizem que o homem de negócio não pode ser assim”.

14 Cidadelle

foto diivulgação

que também não deu certo. Então, não posso me considerar


Mesmo fora dos gramados, o rei PelĂŠ ĂŠ um dos jogadores que mais fatura com o uso de sua imagem

Cidadelle 15


// capa

Como que predestinado Pelé, desde o início da sua carreira, demonstrou habilidade e força de vontade incomuns fotos reprodução

16 Cidadelle


A 1ª crônica de Nelson Rodrigues sobre Pelé Em 25 de março de 1958, Nelson Rodrigues escreveu - após partida em que o Santos ganha de 5 a 3 do América, no Maracanã, pelo torneio Rio-São Paulo - a seguinte crônica. Depois do jogo América x Santos, seria um crime não fazer de

ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria des-

Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu

pachado. Pelé, não. Olha para frente e o caminho até o gol está

confrade Albert Laurence chama de “o Domingos da Guia do

entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho.

ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezes-

Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe ao encalço, ferozmente,

sete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis.

o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: —

Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer

sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu

que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — ver-

a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou

dadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma

um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não

dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei

existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E,

se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito,

então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar

do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: —

Pompeia e encaçapou de maneira genial e inapelável.

Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.

Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de

O que nós chamamos de realeza é, acima de todo, um estado

confiança, certeza, de otimismo, que faz de Pelé o craque im-

de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem

batível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a

considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando

imodéstia absoluta. Põe-se por cima de tudo e de todos. E aca-

ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxo-

ba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma

ta, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu per-

lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra

sonagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz

sabe que Pelé é imprescindível em qualquer escrete. Na Sué-

cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do

cia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os

mundo?”. Ele respondeu, com a ênfase das certezas eternas: —

ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante

“Eu”. Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?”. E Pelé:

de ninguém. E é dessa atitude viril e mesmo insolente que pre-

— “Eu”. Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas

cisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai

o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção,

achar todos os nossos adversários uns pernas de pau.

que ninguém reage e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé. Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompeia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!”. De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo,

Cidadelle 17


// especial copa

Um brasileiro

a

na Alemanha As peripécias de Roberto Nogueira, natural de Ilhéus, na Copa de 2006, podem divertir e também ajudar quem vai ver os jogos aqui no Brasil por lara guedes

Copa do Mundo no Brasil está chegando. Quem foi esperto já garantiu seu ingresso com antecedência para conferir os jogos ao vivo. A revista Cidadelle preparou um Especial Copa, onde vamos contar a história de Roberto Nogueira, um brasileiro que, em 2006, se aventurou na Alemanha, com a esposa e amigos, em experiências maravilhosas... Só faltou ver o Brasil ganhar o título, mas quem acabou levando foi a Itália. Confira histórias engraçadas e dicas imperdíveis – se vai para turistar na Alemanha ou se aventurar em acompanhar os jogos da Copa de pertinho.

Era uma vez a Copa de 2006... Zinedine Zidane marcou presença com sua espetacular cabeçada, mas não na bola, e sim no peito do italiano Marco Materazzi. O Brasil ficou abaixo da expectativa, chegou às quartas de final, mas parou por aí. Esse foi um pouco da Copa que vimos pela TV, mas Roberto Nogueira viu e fez muito mais. Viu de perto os jogos do Brasil (e sua desclassificação), trocou camisa com um torcedor japonês, um mexicano... E acabou voltando com camisas da Suécia, Portugal, México,

18 Cidadelle


Gana, dentre outros. Tudo isso e muito mais em um motorhome,

gens e agências de turismo. “Depois do roteiro da 1ª fase pronto,

que o levou a várias cidades da Alemanha durante 30 dias. Até

faltava decidir qual meio de transporte iríamos usar e em que

para Paris ele foi, mas de trem! “Planejar esta viagem foi um

hotéis iríamos nos hospedar. Isto também exigiu muita pesqui-

prazer ímpar. Imagine, uma viagem que todo brasileiro sonha

sa, pois os custos de transporte e hospedagem, em época de

em fazer – ir à Copa do Mundo”, destaca Nogueira.

Copa do Mundo, são bastante elevados. Foi quando começamos

Roberto, a esposa e um casal de amigos começaram a pla-

a pesquisar informações sobre motorhome (uma van equipada

nejar a viagem um ano antes. Primeiramente, fizeram uma rela-

com cama, cozinha e banheiro) e campings. As informações fo-

ção de cidades que gostariam de conhecer, tanto na Alemanha,

ram animadoras: estradas excelentes, campings com segurança

quanto nos países vizinhos: França, Áustria e República Tcheca. A

e totalmente integrados com a eficientíssima rede de transporte

partir disso, foram pesquisar em revistas especializadas em via-

pública alemã”, conta.

foto divulgação

O Olympiastadion, em Berlim, sediou seis jogos na Copa de 2006, dentre eles, a estreia do Brasil contra a Croácia, e a grande final entre Itália e a França

Cidadelle 19


// especial copa Foram 13 cidades em 30 dias e, por sorte, eles visitaram Frank-

russo. Comunicamos-nos por mímica, e ele pediu para o seguir-

furt, Berlin, Munique, Dortmund, Nuremberg, Rotenburg e Hidel-

mos”, conta. A partir daí, eles começaram a desconfiar, pois en-

berg. Praga, Paris, Viena, Salzburg, Inssbruck e Zell Am See. E,

travam em ruas estranhas. “O clima ficou tenso e começamos a

segundo Roberto, eles tiveram sorte, pois foram sorteados para

rezar... De repente, eis que chegamos no camping. Ufa! Depois

comprar quatro ingressos para cada: 1º e 3º jogo da 1ª fase, as

de agradecer ao rapaz, estacionamos o motorhome e fomos

oitavas de final e a grande final, que não foi tão grande, pois o

diretamente ao bar pedir a Mass (caneca com 1 litro de chopp).

Brasil estava desclassificado. “Já estávamos cansados da viagem,

Prost!”, finaliza.

com saudades do filho, e desanimados pela desclassificação do

As histórias não param por aí, ainda em Berlin, eles encontra-

Brasil. Entregamos nossos ingressos a um grupo de italianos e

ram um casal brasileiro, até aí tudo bem, mas depois de muito

retornamos ao Brasil”, conta.

conversar descobriram que também eram de Ilhéus. “Foi uma

No entanto, antes do Brasil ser desclassificado, foram mui-

gargalhada só, pois éramos da mesma cidade e fomos nos co-

tas aventuras. Como quando chegaram de motorhome em

nhecer em um café em plena Alemanha. Daí nasceu uma boa

Berlin (a primeira parada foi em Frankfurt, onde chegaram de

amizade!”, fala. De lá, a próxima parada era Munique, onde

avião) e o GPS pifou. “Passamos várias horas para encontrar o

aconteceu o 2º jogo da Seleção Brasileira, no OlympiaPark con-

camping. Paramos em diversos locais para pedir informações,

tra o Japão. Roberto, distraído, ao buscar cervejas, chutou sem

mas as pessoas não sabiam falar inglês. A noite estava chegan-

querer dois copos de cerveja de dois japoneses. “Olhei para trás

do, e nada de camping. Já estávamos pensando em ir para um

e vi aquele japonês enfurecido falando um monte de coisas das

hotel, quando surgiu um jovem que falava apenas alemão e

quais não entendia nada, só sabia que ele não estava me cha-

Marcelo e a esposa confraternizam com torcedores da Austrália

20 Cidadelle

fotos arquivo pessoal

Pé na estrada


mando de santo. No momento em que estava comprando as minhas cervejas, me ocorreu de levar também mais duas cervejas para eles. Assim eu fiz. Cheguei na frente do japonês e seu filho, e lhes dei dois copos de cerveja, em seguida, fui me sentar”. Para sua surpresa, alguns minutos depois, os dois japoneses apareceram e o agradeceram com o típico gesto japonês de curvar a cabeça. Ele ficou emocionado. Em Dortmund, onde aconteceram as oitavas de final, eles aproveitaram para conhecer outras cidades e visitaram os Alpes alemães, passaram pela Floresta Negra em Schwarzwald, foram em Baden-Baden e Freiburg, dentre outras. Depois voltaram a Dortmund para ver Brasil X Gana. Lá, foi onde outra história engraçada aconteceu. Em pleno verão, eles tiveram que enfrentar uma noite com temperatura próxima de zero grau, pois não conseguiram ligar o aquecedor. “Não prestamos atenção a este detalhe na hora em que a pessoa que nos alugou explicou. Pensei então, há mais uns 10 motorhomes de brasileiros por aqui. Criei coragem, e sai batendo de porta em porta, e para minha surpresa, ninguém havia prestado a atenção às instruções. Resultado: todos passaram muito frio nesta noite”, explica. Na 2º fase da viagem, como não tinham ingressos para os jogos das quartas de final e semi final, aproveitaram para ir em outros países e escolheram Paris (França), ZellAmSee, Insbruck, Salzburg e Viena (Áustria). “Uma coisa que é muito difícil de se evitar, nesse tipo de viagem, são gastos em duplicidade, como por exemplo, estar com carro alugado e ter de usar o trem (pois o aluguel de carro para um período mais longo é mais barato do que para 1 ou 2 dias); ou, estar com uma semana de hotel reservado, e ter de pagar 1 ou 2 diárias extras para conhecer cidades mais distantes de sua base (em nosso caso, ficamos 2 dias em Viena)”, esclarece Nogueira. Para se deslocarem para Paris, por exemplo, escolheram o Trem Noturno, pois já trocariam a diária de um hotel por uma cabine no trem, com a vantagem de já acordar no outro dia na cidade destino. Acima, Roberto e sua esposa aguardam o início do jogo do Brasil; logo abaixo, Roberto junto ao motorhome, meio de transporte escolhido por ele e seus amigos para chegar às cidades sede da copa e outros países que visitou; ao lado, Roberto troca a camisa do Brasil com um torcedor Inglês

Cidadelle 21


// especial copa

E aqui no Brasil, como será a Copa? Para começar, um roteiro como o de Roberto aqui seria impossível. De acordo com reportagem publicada no Bom Dia Brasil, apenas, 10% das estradas brasileiras são asfaltadas. Imagine uma viagem de motorhome! Assim, aqui, os roteiros devem ser feitos com antecedência, contando com atrasos de voos, a depender da locomoção, há opção de ônibus, já que o Brasil não conta com trens como na Europa e possui maior território geográfico. Recentemente, o jornalista dinamarquês Mikkel Jensen publicou um texto com um depoimento revelador sobre os meses que passou em Fortaleza, umas das cidades que receberá os jogos do Brasil. Quando veio para o Brasil, ele queria realizar um sonho de passar uma Copa do Mundo no país do futebol, mas antes mesmo do evento começar, ele resolveu fotos divulgação

partir, pois chegou à seguinte conclusão: “a Copa é uma grande ilusão preparada para os gringos”, ideia exposta no título do texto que publicou em veículos brasileiros, após chegar à Dinamarca. Neste texto, ele conta que seu objetivo era conhecer o lado bom e ruim do

nidades. Ouviu dizer que muitas crianças

Antes disso, no final do ano passado,

Brasil, mas acabou se decepcionando ao

estavam desaparecidas, e que algumas

a imprensa europeia – O Mundo Des-

ter contato com as comunidades mais ca-

delas eram mortas quando estavam dor-

portivo, espanhol, e o Telegraph, inglês,

rentes. “Eu descobri que todos os proje-

mindo em áreas com muitos turistas. “Por

- também caiu em cima do Brasil devido

tos e mudanças são por causa de pessoas

quê? Para deixar a cidade limpa para os

aos atrasos nas obras dos estádios, falta

como eu – um gringo – e também uma

gringos e à imprensa internacional? Por

de infraestrutura para receber os turis-

parte da imprensa internacional”. Além

causa de mim?”. Foi o estopim para ir

tas e à desigualdade social no País, ao

disso, ele afirma ter documentado cor-

embora, e, agora, promete fazer de tudo

ponto de a Fifa pensar em mudar a sede

rupção, projetos sociais fechando, remo-

para divulgar o que realmente acontece

da Copa. Mas, no final das contas, vai do

ções e PMs e forças armadas nas comu-

na Copa do Mundo no Brasil.

jeito que está.

22 Cidadelle


Cidadelle 23


// destaque

à beira-mar luxo

CIDADELLE PRAIA DO SUL: O verdadeiro luxo eterno de viver de frente para o mar com uma infraestrutura impecavelmente planejada e sustentável por patrícia magalhães

24 Cidadelle


M

ar azul, mais de quatro quilômetros de praia limpa, alamedas que cortam grandes áreas ajardinadas. Cenário perfeito para abrigar um complexo que reúne casas, apartamentos e completa infraestrutura de comércio, lazer e serviços. Desde o lançamento do primeiro empreendimento, localizado entre Ilhéus e Itabuna, em 2012, o Cidadelle tornou-se referência nacional e internacional de ocupação urbana sustentável. Agora, mais uma vez, ele surpreende, inaugurando o Cidadelle Praia do Sul. Localizado em área próxima ao aeroporto (a apenas 3 km), o empreendimento ocupa uma área total de mais de 300 mil metros quadrados, que atende as necessidades do dia a dia, reduzindo deslocamentos, contribuindo assim com toda a comunidade no tocante a redução de congestionamentos e emissões de CO2. E é esse grande diferencial – uma localização privilegiadíssima – somada a uma infraestrutura impecável que faz do Cidadelle Praia do Sul uma solução diferenciada e exclusiva. São 489 lotes a partir de 450 m², mais de 40 itens de lazer, iniciativas ambientais, um heliponto homologado pela ANAC e um moderno projeto de segurança. Tudo com um só objetivo: garantir aos usuários conforto, tranquilidade e qualidade de vida.

imagens greensign computação gráfica

Desde a imponente entrada, o Cidadelle Praia do Sul tem a natureza como diretriz. De um lado, o azul do mar, e, dentro do condomínio, o verde da mata

Cidadelle 25


// destaque Os itens de lazer são inúmeros, como piscina aquecida, coberta e com raias semiolímpicas; SPA; academia; sauna seca e à vapor; garage band; cinema; elevadores para facilitar a acessibilidade, dentre outros

Sentir uma música maravilhosa no ar

muns. Outro diferencial está na construção de uma estação de

A natureza faz bem à saúde. Assim apontam diversas pesquisas

tratamento de esgoto (ETE) com água de reuso para irrigação,

científicas ligadas ao conceito de biofilia. Uma das teorias defen-

tendo esse um sistema inteligente. “As tecnologias usadas para

de que, ao longo da evolução humana, fomos programados para

favorecer a redução de recursos naturais, tais como: captações

amar tudo o que é vivo, em vez de objetos, e, por isso, a natureza

de água de chuva, equipamentos economizadores de água, uso

simplesmente nos faz sentir melhor. Ciente disso, o Cidadelle Praia

de energia solar, espécies vegetais e suas origens, serão expostas

do Sul proporciona aos seus moradores o incrível bem-estar de ter

de forma a motivar os futuros construtores das casas a adotar

o meio ambiente ao seu dispor. Se, de um lado, a vista para o mar

os mesmos cuidados ambientais”, afirma a diretor do Cidadel-

é exuberante, em meio ao condomínio, as vias serão como gran-

le, Denis Guimarães. Denis ainda conta que serão desenvolvidas

des bosques, com uma extensa área verde preservada, viveiros de

normas especificas para as construções das casas, contemplando

plantas, orquidário e um projeto paisagístico completo. Serão im-

o plano de coleta de resíduos durante a construção. A convenção

plantadas ciclovias e calçadas, favorecendo o deslocamento sem

do condomínio cita explicitamente que as obras das residências

veículos e reduzindo emissões. Quem por lá passar, terá uma ver-

deverão descartar o uso de materiais prejudiciais à saúde huma-

dadeira aula sobre ecologia, pois todo o circuito terá identificação

na e também a obrigatoriedade de manter no condomínio to-

das espécies de pássaros e plantas nativas da região e sinalização

dos os colaboradores devidamente registrados e procedimentos

com mensagens que estimulem o respeito ambiental.

de compra responsável. Por fim, todas as paredes e vidros terão

O condomínio também utilizará, nas áreas possíveis, pavimentação permeável, favorecendo a drenagem das áreas co-

26 Cidadelle

tratamento para redução de carga térmica dos aparelhos de ar condicionado e redução no consumo de energia.


Deleite da vida Nas áreas comuns, ambientes especial-

mirantes com vista para o mar e amplo

mente planejados pelo arquiteto Carlos

estacionamento. Para a prática de espor-

Campelo, dão o tom para aqueles que

te, o condomínio conta com quadras de

querem se divertir, descansar, desfrutar

futebol society, tênis e poliesportiva com

dos bons momentos da vida com toda a

arquibancada, quiosque e vestiário de

segurança. O clube, por exemplo, locali-

apoio. A criançada será incentivada a suar

zado em um terreno com área aproxima-

em duas quadras também com quiosque

da de 28.179 m², foi totalmente adaptado

de apoio. E, se o assunto é diversão infan-

para promover a saúde e o bem-estar

til, o Cidadelle Praia do Sul ainda contará

dos moradores. Conta com piscina adulto

com um parque infantil coberto, brinque-

com 817 m² de lâmina d’água, deck mo-

doteca e biblioteca infantil, estimulando

lhado de 1.200 m² com duas hidromas-

o hábito da leitura para as crianças. O clu-

sagens e borda infinita, piscina infantil,

be terá equipamentos elétricos, com selo

salva-vidas e restaurante de apoio à pisci-

Procel, que possuem melhor eficiência

na, parque infantil, pista de skate, patins

energética, além de sistema de ilumina-

e caminhada, salão multifuncional para

ção com lente prismática, que proporcio-

eventos culturais, como exposições de ar-

na redução de energia, e equipamentos

tes, palestras, cursos e treinamentos, dois

de refrigeração livres de CFC.

Cidadelle 27


// top destination

Iguarias que valem ouro Riqueza cultural e gastronômica em uma viagem inesquecível a Portugal por luciana silva

Q

ueijos harmonizados com vinhos, aquele bacalhau grelhado com batatas ao murro temperado com um bom azeite e o famoso pastel de Belém. Um passeio enogastronômico a Portugal vai atender os amantes da arte de comer e beber bem. Para muita gente, comida de qualidade e um bom vinho são essenciais em uma viagem. Além de encantar pela excelente culinária, o país cativa quem passa pelas fortalezas, igrejas, castelos e vinícolas com o clima de mistério do passado e suas belíssimas histórias. Assim como Fernando Pessoa e Luís de Camões - considerados como os maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal - explicitam o amor em alguns dos seus belos poemas, é impossível conhecer as delícias de Portugal e não se apaixonar. A convite da Aliança Vinhos de Portugal, o empresário Lula Chamadoiro e o sócio Leonardo Barros partiram nesta incrível viagem com suas esposas, Mônica e Maria Carmem. Eles conheceram Quintas de diversas marcas de vinho, museus e restaurantes tops de várias regiões durante os oito dias do passeio. “Nos identificamos muito com Portugal. Uma terra limpa, que fala nossa língua, com pessoas educadas e hospitaleiras. E, é claro, come-se muito bem. Eu adoro Lisboa. Lá, você se sente em casa”, conta Chamadoiro. Agora, você vai poder se deleitar com as dicas gastronômicas e culturais do empresário. Boa viagem pelos lugares incríveis de Portugal e bom apetite!

28 Cidadelle


Cidadelle 29


» Buddha Eden Depois da destruição dos budas gigantes de Bamyan, feita pelo

foto divulgação

Governo Talibã em 2001, num dos maiores atos de barbárie cultural no Afeganistão, o comendador Berardo, que sempre foi apaixonado por arte, comprou um espaço com 35 hectares e idealizou esse jardim oriental na Quinta dos Loridos. Para Chamadoiro, o passeio é imperdível: “Esse é a quinta atração turística de Portugal mais visitada, mas infelizmente, ainda, é um lugar que o turista brasileiro não conhece”. (www.buddhaeden.com)

» Quinta da Bacalhôa O Palácio da Bacalhôa é uma quinta do comendador Berardo, acionista majoritário da Aliança Vinhos de Portugal. No primeiro dia da colheita, o comendador oferece um almoço para 100 pessoas. “Esse vinhedo fica em Alentejo, na região do Azeitão. Equipes são formadas pelos convidados para participar da brincadeira. Colhemos uvas, vemos todo o processo de colheita. O comendador oferece uma taça para o grupo que colher mais uvas”, lembra Chamadoiro. (www.bacalhoa.com)

» Quinta da hErdade Fica na região do Minho, norte de Portugal, e produz o vinho vertrês semanas num barril de inox e logo em seguida é engarrafado. Outro lugar que Chamadoiro recomenda!

30 Cidadelle

fotos arquivo pessoal

de que se caracteriza por ser um vinho jovem. Ele passa apenas


» Aliança Underground Museum O comendador Berardo construiu este museu subterrâneo, nas caves da Aliança Vinhos de Portugal em Sangalhos. São inúmeras peças e obras de arte de diferentes origens e espécies que estão em exposição. “Outro lugar que o turista brasileiro não conhece e é lindíssimo. É o segundo ponto turístico de Portugal. O diretor da Quinta explicou todo o processo, mostrando a antiga máquina para amassar uvas, os barris de inox que guardam o vinho, além das inúmeras peças de decoração belíssimas”.

fotos divulgação

» Quinta da Romaneira é uma das maiores na região do Pinhão e produz vinhos de mesa, do porto, e azeites de alta qualidade.

Cidadelle 31


// top destination

foto divulgação

delícias de Portugal DELÍCIAS DE PORTUGAL vintage house hotel O restaurante do hotel proporciona uma fantástica combinação dos pratos e vinhos da região. “Esse almoço foi a caminho da Quinta da Romaneira. Recomendo porque é excelente”, destaca Chamadoiro.

Estórias na Casa da Comida Se você procura um restaurante sofisticado com gastronomia refinada em Lisboa está no lugar certo. Este restaurante foi vencedor foto arquivo pessoal

da primeira estrela Michelin no país. No seu cardápio incluem-se petiscos e pratos elaborados pelo Chef, Miguel Carvalho. “Amo Portugal. Amo Bacalhau. Nos oito dias que passei lá, 12 vezes eu comi bacalhau. É de dar água na boca! Eu indico esse restaurante porque tem um ambiente agradável, pratos antigos, e come-se muito bem”, diz Chamadoiro. www.casadacomida.pt

Presuntaria Transmontana Bastante típico, este restaurante que fica em Vila Nova de Gaia é super indicado para quem é fã da boa gastronomia. Possui várias opções de queijos para a entradinha. A decoração chama bastante atenção, com os defumados expostos. foto divulgação

32 Cidadelle


fotos arquivo pessoal

Porto de Santa Maria Para Chamadoiro, é o restaurante mais requisitado em Cascais. Possui uma vista incrível para o mar e um cardápio super variado: lagosta, lagostin, santola, peixe grelhado, parrilhada de marisco, bacalhau. Adivinha qual foi o prato escolhido pelo empresário? (www.portosantamaria.com)

Solar dos Presuntos Outra indicação de Chamadoiro é este restaurante bastante típico de Portugal. Localizado no centro, ele sugere o lugar para quem quer comer muito bem. Os pratos compõem verdadeiras particularidades das antigas cozinhas portuguesas. A decoração conta com fotografias e caricaturas dos clientes famosos pelas paredes.

foto divulgação

Cidadelle 33


Chamadoiro e sua esposa viajaram pela terceira vez para Portugal. O país é um dos destinos favoritos do casal

entre os melhores

foto arquivo pessoal

entre os melhores

Lula Chamadoiro é um apreciador de vinhos. Para ele, existem dois vinhos da Quinta da Bacalhôa que são recomendados: Quinta da Garrida da região do Dão, e Quinta das Barceladas. Ambos, segundo ele, são vinhos muito bons da Aliança de Portugal. Na saída de Fátima, Chamadoiro, a esposa e os amigos partiram em direção a Óbidos, uma vila antiga e muito bonita, cercada por muralhas do tempo da ocupação dos mouros. A cidade é turística com muitas lojinhas, restaurantes e pousadas. Lá, você não pode deixar de beber a famosa Ginja no copo de chocolate, bebida muito apreciada em Portugal.

fotos divulgação

34 Cidadelle


Cidadelle 35


// perfil chef

do mundo

Encantado pelos sabores

Surfista, viajante e Chef, Lucius Gaudenzi conta como precisou conhecer a cozinha do mundo para redescobrir a comida baiana por lara guedes fotos bruno ricci

36 Cidadelle


c

onhecer Lucius Gaudenzi é viajar pelo mundo. Pode-se dizer que ele já passou por quase todos os continentes. Antes viajava como surfista profissional e agora como chef de cozinha. “O gostoso de viajar é poder entrar de cabeça nas culturas, descobrir os estilos de vida, os sabores, aromas e encantos de cada povo”, exalta Gaudenzi. Depois de 20 anos fora, passando por lugares como França, Austrália, Califórnia, México, Bali e Hawai, ele está de volta a sua terra natal, Salvador, e quer colocar em prática tudo que aprendeu. Como consultor gastronômico, já realizou serviços

A maior fortuna do cozinheiro está na cabeça e nas mãos”.

no restaurante Amado do Chef Edinho Engel – nosso perfilado na edição anterior – e, atualmente, está no restaurante 496. “Meu

Nosso encontro foi na Av. Contorno em Salvador, onde se tem

trabalho é organizar todo o funcionamento do restaurante: do

uma das mais belas vistas e um dos mais bonitos pôr do sol da ci-

treinamento dos funcionários, escolha do cardápio, apresenta-

dade e onde está localizado o restaurante 496. Batemos um papo

ção dos ambientes e mesas ao atendimento. Realizando mudan-

e ele me contou um pouco das suas viagens pelo mundo a fim de

ças se necessário, para que tudo fique de acordo com o perfil do

se especializar como chef. E mais... Ao fim, uma surpresa para a

estabelecimento”, explica Gaudenzi.

revista Cidadelle, que vocês verão nas páginas seguintes. Humm!

Lucius é consultor do sofisticado restaurante 496, localizado na Av. Contorno em Salvador

Cidadelle 37


// perfil chef Sem segredos Quando entrevistamos um chef, queremos saber quais são seus segredos na cozinha. Segredo?! Lucius diz que não tem, que tudo é fruto de muito trabalho e dedicação, e ao contrário do que muitos pensam ele não pretende esconder seus ingredientes e macetes de ninguém. “Quero cada vez mais passar o que eu sei para outras pessoas. Dessa forma posso deixar meu legado e fazer com que as pessoas lembrem de mim ao usar o que eu lhes ensinei”, afirma e completa: “é claro, que há procedimentos que estão na gente. Não há como passar”. Gaudenzi começou a ter contato com esse mundo ainda bem novinho, pois sua mãe tinha uma empresa de marmitas, aos poucos, ele aprendeu a cozinhar. Mas, na época, ele não pensava em torna-se chef. Mais tarde, ele fez o curso de chef de cozinha pelo Senac em parceria com a Escola de Administração do Exército, em 1990. “Foi um dos lugares que mais aprendi. Podem achar que comida de Exército não tem muita ciência, mas estão enganados. Já cozinhei em acampamentos no meio do mato. Tudo tem que ser muito saboroso e limpo”, conta.

Do mundo para o sertão baiano

Até mesmo quando era surfista profissional, Gaudenzi

Com essa carga de experiência, ele voltou para sua terra e suas origens

amava cozinhar. Sempre era o escolhido para fazer as co-

e não foi para fazer comida de fora. “Eu não viria para o Brasil fazer co-

midas para o grupo que o acompanhava nas viagens. No

mida francesa. Uso a técnica para fazer diversas culinárias do mundo.

entanto, se quisesse trabalhar com isso, precisava se espe-

Tento usar tudo que aprendi para criar pratos com linha contemporâ-

cializar, então passou quatro anos se especializando. E adi-

nea com os produtos que encontro no local”, destaca. Do Brasil, ele

vinhem onde ele foi parar? Quando se pensa em comidas

adora os peixes e frutos do mar, as raízes, como a mandioca, e os tem-

com técnicas apuradas para onde viajamos? Paris, magni-

peros, como as pimentas; da Bahia, o dendê e leite de coco. De fora,

fique! Então, ele procurou a melhor escola de gastronomia

ele destaca a variedade de sais, como a flor de sal, que é a primeira

do mundo, a Le Cordon de Bleu, uma rede internacional

camada de sal retirada da salina, ou o sal da Malorca e do Hymalaia,

criada em Paris, baseada no domínio das técnicas culiná-

cada um com um sabor diferente.

rias francesas clássicas. Como gosta de viajar, Lucius estu-

No entanto, a ideia de Gaudenzi não é trazer nada de fora, e sim

dou na Austrália e fez a pós-graduação no Hawai através

usar ingredientes locais, ir fundo na cultura baiana. Por isso, ele quer

dessa mesma escola, afinal todo surfista precisa de boas

ir além dos pratos baianos mais conhecidos, de influência africana e

ondas por perto. No país do Canguru, também fez a Hostec

portuguesa. “Como essa culinária já está muito difundida, quero des-

Internacional Hospitality College. Lá, ele teve a oportuni-

cobrir as comidas do sertão antigas”, diz. Por isso, ele tem se dedicado

dade de conhecer variadas cozinhas enquanto estudava.

a pesquisar sobre a culinária baiana antiga, através de estudos, artigos

Trabalhou em três restaurantes, de cantinas italianas a es-

e livros do autor Guilherme Radel. “Minha intenção é fazer receitas an-

trelados, um deles o famoso Manly Pavilion, restaurante

tigas com apresentação gourmet. Me surpreendi em encontrar seme-

do ano pela Gourmet Traveller.

lhança entre essas técnicas e as francesas”, ressalta.

38 Cidadelle


Purê de aipim com farofa de tropeiro e carne de sertão e camarões flambados na cachaça com alho

Quando entra na cozinha, Gaudenzi entra num transe para se concentrar no que está fazendo. Pude ver isso de perto quando ele preparou o prato no 496, especialmente para a revista Cidadelle. E, ao fim, uma nova delícia para encher nossos olhos e bocas, através das mãos de quem viajou o mundo para fazer dos ingredientes uma arte.

Cidadelle 39


// confraria

da mesa em volta

O prazer de estar entre amigos e degustar deliciosos pratos tem levado, cada vez mais, adeptos a fazer parte de confrarias gastronômicas por patrícia magalhães

h

á muito tempo, as confrarias nasceram como associações religiosas que se reuniam para cultuar um determinado santo. Hoje, o termo é utilizado para definir grupos que possuem objetivos em comum, em qualquer área. Assim, há confrarias fotográficas, de carros antigos, da música. No entanto, dentre todos os deuses, o mais cultuado é, sem sombra de dúvidas, Dionísio Baco, especificamente deus do vinho, das festas, do lazer, do prazer, do pão e mais amplamente da vegetação. Enfim, os amantes do bom comer e beber estão, cada vez mais, se reunindo para celebrar, ou melhor, degustar pratos exclusivos e diferenciados, regados a um bom vinho e muito bate papo. No fundo, trata-se de uma excelente desculpa para reunir os amigos, ter um compromisso e comer muito bem. Afinal, existem coisas melhores?

40 Cidadelle


O fenômeno é difícil de mensurar por

O jovem chef está à frente do novo pro-

se tratar de algo absolutamente informal.

jeto do Cidadelle: A confraria Cidadelle. O

Mas, quem entende do assunto afirma ser

projeto foi idealizado pelo diretor da incorpo-

preciso encarar a confraria com seriedade

radora Denis Guimarães e tem o objetivo de

profissional. Só assim dá certo. É por isso

reunir entre 25 e 30 pessoas, todos os meses,

que em muitas delas há estatutos rígidos,

que gostem de comer, beber e bater papo.

taxas de adesão e até bola preta para

Na oportunidade, também acontecerão au-

quem não se encaixa nas exigências. “Uma

las, show e degustação de vinhos. O tema da

confraria é um espaço para que se possa

confraria para 2014 será “Volta ao mundo”.

aperfeiçoar o paladar. Uma verdadeira

Serão encontros, onde, a cada evento, os

viagem por novos sabores e conhecimen-

confrades poderão experimentar os sabores

tos gastronômicos. Mesmo se tratando de

da culinária de diversas partes do mundo,

uma atividade de prazer e entretenimento

como a refinada gastronomia francesa, os

é preciso que tenha regulamentos para que

saborosos pratos italianos ou a peculiar co-

tudo funcione de maneira ordenada, como

zinha japonesa. Chefs especialistas em cada

qualquer coisa que envolva um grupo de

país estarão presentes para enriquecer o mo-

pessoas”, explica o chef Rafael Sepúlveda.

mento, sob a coordenação de Rafael.

Data venia, meu caro leitor Utilizo-me da expressão em latim, que significa “com o devido respeito”, utilizada com frequência por advogados, para apresentar-lhe o chef Rafael Sepúlveda. De família tradicional da área jurídica, Rafael trocou as leis pelos livros de receita. “Fiz vestibular para direito e gastronomia, mas optei pela cozinha”, conta. Isso foi há seis anos. Formado em 2012, Rafael retornou para Itabuna, sua terra natal, e vem fazendo uma revolução na gastronomia local. Atualmente, atua como personal chef e consultor. Dentre suas especialidades estão a cozinha mediterrânea, mas “quando o cliente solicita, faço de tudo, de uma feijoada a doce de jiló. Tudo com muito sabor”, ressalta. Para ele, o planejamento e a intuição são ingredientes importantíssimos para uma receita de sucesso. “A cozinha me traz muita tranquilidade e é nisso que acredito: em sabores que se harmonizam e tragam sensações prazerosas para quem está degustando”, finaliza o chef. fotos diivulgação

Cidadelle 41


// Motor

Velocidade sob duas rodas Não só de adrenalina é composta a vida de um piloto de motovelocidade. O piloto Marcelo Dias conta os elementos de uma história em alta por patrícia magalhães

C

omo um super-herói, alguém com poderes extraordinários que

o comando é o piloto, então, você tem que estar o tempo todo

domina uma máquina e supera limites. Assim, pode ser conside-

consciente”, descreve o piloto baiano, Marcelo Dias, competidor

rado um piloto de motovelocidade. Em cima de sua moto, a mais

na categoria 600 cilindradas.

de 200 km/h, desafia a relatividade, se expondo a situações ex-

Foi a busca por essa descarga de emoção, que pode ser tra-

tremas em busca de recordes. “A sensação é de liberdade total e,

duzida fisicamente como uma reação bioquímica que envolve a

ao mesmo tempo, é algo extraordinário. Uma dualidade entre

liberação no cérebro de três substâncias: a conhecida adrena-

liberdade e controle, pois a máquina não tem limite. Quem dá

lina, a endorfina e a dopamina, que fez Marcelo, há três anos,

42 Cidadelle


fotos divulgação

O controle da respiração é fundamental para manter o equlíbrio, concentração e constância dos batimentos durante a prova

até então empresário, enveredar no caminho da motovelocidade. “Sempre pratiquei esportes e desde os 10 anos de idade que ando de moto, mas nunca tinha tido uma moto esportiva, achava perigoso, além de não ter onde andar na cidade. Foi quando em 2011, resolvi fazer um curso de pilotagem no autódromo e me apaixonei”, conta. Com o coração dominado pelo esporte, o piloto, em apenas um ano, conquistou o título de campeão Nordeste na

O piloto baiano Marcelo Dias iniciou sua carreira na motovelocidade em 2012

categoria 1.000 cilindradas super stock, onde a moto não é muito alterada. No ano seguinte, 2013, o piloto passou para a categoria 600 cilindradas, ficando na 19º colocação no campeonato brasileiro, mesmo participando de apenas três etapas do total de oito. Para 2014, Marcelo pretende correr todas as etapas do brasileiro e conquistar o pódio!

Cidadelle 43


A equipe Aclat, da qual Marcelo faz parte, conta com uma estrutura completa que o acompanha durante as provas

fotos divulgação

Tem que correr, tem que suar Mesmo não contando com um espaço para treinamento em Salvador, cidade onde mora, Marcelo busca formas alternativas de desenvolver suas habilidades. Para tanto, participa de trilhas de moto nos finais de semana, surfa e faz treinamento funcional específico para piloto. “No enduro, mesmo sendo outra mobilidade, trabalho condicionamento, estabilidade e respiração, que são fundamentais para manter a constância nos batimentos e concentração”, explica Marcelo. Ele treina em um autódromo mesmo, só em Caruaru, Pernambuco, quando aluga o espaço. Já com a alimentação, o piloto segue um cardápio equilibrado, mas alerta “em dia de competição, tomo um bom café da manhã e líquido. Não dá para comer muito, a força g chacoalha o nosso corpo para um lado e para o outro”.

44 Cidadelle

Dentro de um autódromo, contamos com todo aparato de segurança, além de estarmos constantemente treinando. Acho muito mais perigoso andar de moto na rua do que num autódromo”


Viciado em adrenalina A musicoterapeuta e estudante de psicologia Poliana Magalhães conta que desde o tempo das cavernas o homem se expunha a

Superarmas

situações extremas em busca de sustento e, ao voltar vitorioso de

A moto de um piloto é preparada nos

tais jornadas, era vangloriado pela comunidade. “Superar desa-

mínimos detalhes para deixá-la mais

fios são atitudes positivas para a autoimagem das pessoas, pois

competitiva. Confira, abaixo, como

elas se conectam com o sujeito histórico de cada uma, aquele

Marcelo equipou a sua máquina para

que contém as origens do acontecer humano”, explica. Assim, o

deixá-la, ainda, mais poderosa.

que para muitos pode parecer loucura, para um atleta de motovelocidade, ou outros esportistas radicais, é puro e simplesmente um ato corriqueiro. “Dentro de um autódromo, contamos com todo aparato de segurança, além de estarmos constantemente treinando. Acho muito mais perigoso andar de moto na rua do que num autódromo”, conta Marcelo.

MOTO: HONDA

CBR 600

1 Módulo eletrônico 2 Suspensão traseira e dianteira 3 Controle de tração (lado esquerdo) 4 Carenagem própria para a pista 5 Rodas de alumínio 6 Cabeçote da moto

1

2 6

2 3

4

5

O Cidadelle acelera junto com Marcelo Dias patrocinando o piloto

Cidadelle 45


// desejo tech

Drone controlado por Iphone Um aeromodelo de alta estabilidade com câmera acoplada, que permite a realização de vídeos e fotos em HD. O Drone é capaz de transmitir todo material para o seu smartphone através da sua rede wireless. Além disso, com GPS é possível que você escolha o seu destino R$ 2.399,00 ou $ 299,00

Câmera para smartphones Para quem não quer apenas fazer selfies amadoras, essa câmera ao ser acoplada ao smartphone, aumenta a potência do seu celular na hora de tirar fotos. O resultado são imagens incrivelmente nítidas, que podem ser feitas em ambientes com pouca iluminação. A transmissão de dados da câmera para o celular pode ser feita via wireless ou NFC (por contato) $ 499,00

Inteligentes e extraordinários

lga ção

Os novos acessórios potencializam o uso dos smartphones e podem tornar a experiência de usá-los ainda mais funcional e divertida. Escolha um ou todos e “enjoy it”!

ivu

Instant Lab Imagine poder revelar aquela linda foto no instante seguinte ao tirá-la ou até mesmo um momento pausado de uma filmagem feita no seu iPhone ou iPod Touch? Com o Laboratório Instantâneo da Apple é possível. É só colocar seu aparelho em cima no Instant Lab e esperar alguns segundos para que a fotografia saia na palma da sua mão

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Controle para jogos no iPhone A PowerShell apresenta um controle estilo console para aumentar a comodidade na hora de se divertir. Com curvas confortáveis e superfície de borracha texturizada oferecem mais aderência e conforto. Além disso, o usuário não vai mais precisar usar os controles da tela, assim terá mais visibilidade do jogo $ 69,99

46 Cidadelle


Cidadelle 47


// SUPERAÇÃo

contra a correnteza A paratleta Mônica Veloso, nadadora patrocinada pela Cidadelle, destaca-se pelas suas vitórias em travessias marítimas por lara guedes fotos andré bernard

o

cenário era de tempestade: muita chuva, raios e trovoadas e a

vimento de uma das pernas e a outra tem apenas 5% das suas fun-

imensidão do mar com muitas ondas. “Você vê aquela distân-

ções devido à poliomielite que a afetou aos dois anos de idade, por

cia num mar agitado e mais trovões sem nenhuma parte de céu

isso anda com a ajuda de muletas. Incrível, não? Nem tanto! Aos

azul. Pensei em desistir por medo de um raio me atingir, mas

seis anos, ela começou a nadar como forma de reabilitação, mas

todos seguiram. Vi que era seguro e continuei”, conta Mônica

profissionalmente apenas aos 36. Hoje, com 54, já conquistou di-

Veloso, nadadora paratleta e presidente da Associação Baiana

versas medalhas, três anos campeã do Mercosul, 154 travessias no

de Atletas Deficientes (Abad), sobre a primeira vez que enfrentou

mar e um recorde mundial em 2001, em Mineapolis, nos EUA, de

a Travessia Mar Grande-Salvador, em 2000, uma prova em que o

1.500 m. “Com determinação, coragem e principalmente metas e

atleta chega a nadar cerca de 12 km.

planos você ultrapassa os desafios. Você é o que é e as pessoas lhe

Quem encontra Mônica na rua no seu dia a dia, não imagina do que ela é capaz quando entra na água. Mônica não tem o mo-

48 Cidadelle

enxergam como você se enxerga. O preconceito começa em você e com você. Os obstáculos a gente derruba”, ressalta Veloso.


Dia a dia de atleta A rotina de Mônica, atualmente, é de treinos, no entanto, antes de virar a Mônica Veloso que todos conhecem no mundo da natação, ela era funcionária pública. “Já nadava para me manter ativa, mas quando veio a oportunidade de me aposentar, o fiz e foi a partir daí que comecei a treinar cada dia mais. Quando dei por mim já estava nadando com a equipe do Clube Olímpico de Natação (CON) onde frequentava junto com minha irmã”, afirma e completa: “quando vi pela primeira vez todos saindo para uma competição, senti vontade de ir também. Assim, comecei a fazer treinos maiores e de forma natural comecei a competir”, conta. Desde 2011 está no CLube do Vitória, e além da alimentação diferenciada por ser atleta, Mônica fez cirurgia bariátrica passando de 100 kg para 63 kg. “Como de três em três horas, e mesmo depois de sete anos da cirurgia não consigo comer muito, rapidamente me sinto cheia”. Se com o peso anterior, Mônica bateu um recorde mundial em 2001, hoje, a atleta supera cada vez mais seus limites, competindo junto a atletas sem nenhuma deficiência. “Ninguém gosta de perder para um deficiente. Ainda há preconceito nas competições quando participamos”, afirma ao contar do circuito ocidental na Costa Rica, quando ganhou de uma nadadora sem deficiência que era a favorita nessa competição.

Os médicos recomendam de 30 a 40 dias de descanso por ano. No entanto, nesse período, Mônica Veloso participa da Copa Verão de Maratona Aquática, em Floripa e Etapas do Circuito Mercosul de Maratonas Aquáticas

Cidadelle 49


// SUPERAÇÃo

154 travessias no mar

15

travessias internacionais

3

anos campeã DO MERCOSUL

1.500 metros

RECORDe MUNDIAL NOS eua 50 Cidadelle


DIA A DIA Treino de 11h às 13h, 5 dias por semana. Tiros de todos estilos: crawl, costas, peito e borboleta – 12,5m/ 25m/ 15m/ 50m ou 100m a depender do treino. Treino educativo para pernas e braços, especialmente para melhoria da deficiência.

antes da competição Provas na piscina: diminui o tempo do treino, mas intensificam-se os tiros. Provas no mar: os tiros são retirados e a depender da prova, o treino pode ser mais longo. Provas pequenas: uma hora de treino sem tiros. Realiza massagem para deixar os músculos relaxados. Quando tem muitas provas, descansa por no máximo 3 dias, mas realiza outros exercícios com peso fora d’água

Fora d’água Não basta ser paratleta. Mônica foi além

começaram a me ajudar através do Faz

boa para chegar onde estou”, conta. Por

e se envolveu com a causa de atletas

Atleta e até hoje me dão apoio quando eu

isso, às vezes, ela chega a ajudar alguns

que não têm condições de se financiar

preciso”, esclarece.

jovens com seus próprios recursos. “Se

para participar de grandes competições.

Ela faz questão de tirar um pouco

não fosse o esporte, eu seria mais uma

“Eu, diferente desses atletas, tive um clu-

de seu tempo para cuidar da Equipe Pa-

na multidão, apenas com a vontade de

be. O Vitória disponibilizou seus espaços

radesportiva de Natação e Atletismo da

que os portadores tivessem as mesmas

para meus treinos. Também faço pilates

Associação Baiana de Atletas Deficientes,

oportunidades que eu tive. Mas, com o

e tenho um treinador particular, porque

na qual é presidente. “Não é fácil para

esporte e a visibilidade que ele me deu,

tive condições de me bancar. Além disso,

um paratleta no Brasil. Sempre tive que

eu consigo apoio. Se fosse diferente, eu

tenho parceiros, como o Cidadelle, que

provar diversas vezes que era realmente

não teria ajudado tanta gente”, finaliza.

O Cidadelle apoia a paratleta Mônica Veloso para que ela vença novos desafios

Cidadelle 51


// pesca esportiva

A terra do

Marlin Azul

Canavieiras possui o maior viveiro do mundo do famoso peixe azul e oferece aos praticantes de pesca esportiva uma experiĂŞncia Ăşnica por lara guedes

52 Cidadelle


A

brigo de uma rica fauna e flora, Canavieiras, localizada no sul da Bahia, tem paisagens naturais que ofuscam o olhar. Praias paradisíacas, ilhas por todos os lados, rios, além do denso verde da Mata Atlântica, formam o cenário desse município famoso por detalhes únicos. Lá, é possível se refrescar em águas calmas às margens do Rio Pardo, nos 17km de praias, surfar em ondas radicais, e o destaque: a prática da pesca esportiva. Além de possuir o maior viveiro do mundo de Marlin Azul, a cidade é agraciada também pelo maior pesqueiro natural de Robalo do Brasil. É muita sorte para um só lugar! Mas isso é fruto da sua própria geografia e da ação da natureza, que foi preservada por todos esses anos, tornando o local um atraente ponto turístico.

Cidadelle 53


// pesca esportiva Pesca esportiva e o Marlin Azul Canavieiras é, sem dúvida, o ponto de encontro dos fanáticos pela pesca esportiva. É para lá que praticantes de todo o Brasil vão a fim de usufruir da experiên-

O Marlin Azul é uma espécie rara que pode chegar a 4 metros de comprimento e cerca de 750 kg

cia de pescar um Marlin Azul. “Conseguir pescar esse peixe é o momento top na carreira de qualquer pescador do mundo”, ressalta Waldyr Andrade Filho, fanático pela pesca desde os cinco anos, e, atualmente, diretor da Bahia Pesca Esportiva, empresa que oferece aos turistas de Canavieiras estrutura completa para a prática da pesca esportiva na região. Ele conta que se trata de uma pescaria diferenciada, pelo tamanho do peixe – em suas idas ao mar, já pegaram alguns com cerca de 500kg – e a combatividade da espécie ao ser fisgado. Imagine a força de um peixe com esse peso?! “É um fotos divulgação bahia pesca esportiva

peixe muito raro, havendo apenas alguns em poucos pontos no mundo. Em alguns lugares da costa africana, no Hawaii e no Mar do Caribe – lá existem poucos e a maioria é de pequeno porte”, conta. Waldyr Filho explica porque Canavieiras é considerado um dos melhores lugares do mundo para a pesca esportiva: “a corrente do Brasil passa a menos de 15 milhas da costa do sul da Bahia, vindo no sentido Norte-Sul. É nesta corrente que vive a maioria dos peixes oceânicos”, afirma. Ele explica que, quando essa corrente se choca com o banco Royal Charlotte, na frente de Canavieiras, ocorre um fenômeno peculiar: onde a água mais fria e rica em nutrientes que viaja bem no fundo da corrente sobe para a superfície do mar, abastecendo de alimentos microscópicos (plancton e fitoplancton),

54 Cidadelle

trata de uma pescaria diferenciada, pelo tamanho do peixe (...) e a combatividade da espécie ao ser fisgado

atraindo os peixes menores, em seguida, os peixes médios, e assim, os grandes peixes predadores, entre eles, o Marlin Azul. “Além disso, no choque da corrente com o banco ocorre um represamento temporário da corrente, formando uma espécie de redemoinho. Isto mantém os peixes circulando perto no mesmo ponto e facilita a sua localização pelos barcos de pesca. Tudo isso, leva Canavieiras a possuir uma condição única de pesca dos grandes peixes oceânicos”, afirma.


Tipos de pesca Existem dois tipos de pesca: a oceânica

“O que importa é que haja peixes vivos

ou a que ocorre em águas salobras. A

para serem pescados, pois nenhum tu-

primeira é a mais indicada para a região

rista pescador tem tempo para ficar pro-

de Canavieras, devido à existência de um

curando peixes no oceano. E isso só se

banco gigante de corais – o banco Royal

consegue com a preservação do ponto

Charlotte, citado anteriormente, que junto

de pesca, inclusive com a filosofia do

à corrente do Brasil gera condições excep-

pesque e solte, para algumas espécies

cionais. Esse tipo de pesca exige grandes

mais raras”, esclarece. No caso do Mar-

lanchas, tripulação e equipamentos mais

lin Azul, ele conta que em sua empresa

pesados, pois os peixes são maiores. Já a

a regra é liberar todos eles. “Estes pei-

pesca em águas salobras é feita em rios ou

xes são marcados com uma pequena

em canais próximos ao mar. Pode ser fei-

tag numerada espetada no dorso do

ta com lanchas pequenas e equipamento

animal. O peixe é fotografado, filma-

leve, no entanto, Waldyr frisa que este tipo

do e liberado com vida ao mar. Esses

de operação não vale a pena em Canaviei-

dados são encaminhados ao Ministé-

ras, pois os peixes são pequenos e há mui-

rio da Pesca e à Fundação “The Billfish

ta pesca com redes e tarrafas, o que resulta

Foundation”, na Florida, que controla

num ambiente com poucos peixes.

estes dados no mundo todo, e se acaso

Independente de onde será a prática

algum dia este peixe for localizado em

da pesca, Waldyr explica que para que

qualquer ponto no mundo nós seremos

ela continue a existir é preciso preservar.

informados”, finaliza

Qual a melhor isca? Conheça alguns tipos de pesca e as iscas usadas para atrair os peixes certos Corrico ou trolling É a pesca que se faz rebocando algumas linhas com iscas artificiais (pequenos peixes ou lulas de plástico), que se movimentam e atraem os peixes predadores, inclusive o Marlin Azul. O movimento das iscas se dá com o movimento do barco.

Bait casting ou arremesso O próprio nome já diz, o pescador arremessa a isca artificial e recolhe a linha de volta, simulando o mesmo movimento que atrai os peixes.

Jumping Jig É uma pescaria de fundo, com iscas artificiais pesadas, e o trabalho do pescador é deixar a isca afundar e chacoalhar a mesma, imitando um peixe se debatendo no fundo.

Fly fishing Em Canavieiras é possível fazer pescas de peixes oceânicos de grande porte em lanchas com equipamentos especializados

É uma técnica de pesca com iscas feitas de pena, imitando insetos ou peixinhos. Própria para pesca de trutas e salmões, mas que pode ser usada também no mar.

Cidadelle 55


// artigo Ramiro Aquino*

Unidas pelo esporte Ilhéus e Itabuna ganham força no futebol através do apoio da empresa Cidadelle Territorialmente interligadas e praticamente sem fronteiras,

Sudeste do País, grandes empresas estão apoiando atividades

Ilhéus e Itabuna, as duas cidades mais importantes do sul da

esportivas como o vôlei, basquete, futebol de salão e outros

Bahia, estão, agora, também unidas pelo esporte. Pouquíssimos

esportes olímpicos. Muitos campeonatos alcançam sucesso por

clubes no país conseguem fugir de uma prática amadorística. No

conta desses patrocínios.

entanto, alguns dos nossos dirigentes já começam a pensar dife-

Para Gabriel Silva, dirigente do Itabuna Esporte Clube, a inter-

rente e enxergam o futebol como administrável e rentável se a

venção da Cidadelle no apoio ao clube é extremamente positiva

gestão for profissional e eficiente.

e muito bem recebida. “Já estamos no segundo ano de patro-

Pensando assim que o Colo-Colo de Futebol e Regatas, repre-

cínio e verificamos que a posição da empresa não é só manter

sentante ilheense na segundona baiana, e os itabunenses do Ita-

e reerguer as agremiações através do esporte, mas revitalizar a

buna Esporte Clube, também disputando o certame, recebem o

região também em outros aspectos, como os sociais, culturais e

patrocínio da empresa Cidadelle. A incorporadora vem apostando

ambientais”, afirma.

na possibilidade de poder ajudar os dois clubes do sul do estado a

Opinião semelhante é a de Walter Telles, presidente do Colo-

voltarem à elite do futebol baiano. “Não será fácil, mas acredita-

Colo, um clube de grande tradição em Ilhéus e que já foi campeão

mos que é possível. Por isso, estamos investindo nos dois clubes e

baiano. O dirigente entende que a iniciativa privada tem um obje-

perseguindo esse objetivo” diz a direção da Cidadelle.

tivo claro quando apoia os clubes que disputam a segunda divisão

Em outras regiões do país, há grandes exemplos de como a

estadual: a valorização da região. Ele acha que ajudar os clubes

iniciativa privada pode contribuir através do esporte para aju-

onde a empresa está instalada é uma forma de reconhecer a po-

dar as agremiações esportivas a sobreviverem. Na região sul/

tencialidade das duas cidades e agradecer pela acolhida.

foto clodoaldo ribeiro

*Ramiro Aquino, jornalista e assessor de imprensa da Incorporadora Cidadelle


Cidadelle 57


// cidadelle

Encantos do

Cidadelle Qualidade de vida é a premissa que rege o bairro planejado Cidadelle, onde natureza e conforto vivem em perfeita harmonia por lara guedes

É

inevitável se referir ao condomínio Cidadelle e não pensar em bem-estar. Com o crescimento da região de Ilhéus e Itabuna e, assim, a verticalização das cidades, o Cidadelle tornou-se um referencial para quem busca um novo estilo de vida. José Roberto conheceu o Cidadelle no pré-lançamento do empreendimento. Ele, atualmente, mora numa casa, no entanto, com muitos prédios sendo construídos em volta, perdeu um pouco da privacidade. “Gosto de morar em casa, não me adapto mais em aparta-

“No Cidadelle, o futuro morador terá privacidade e

mentos. Além disso, fora de um condomínio a segurança não é a

lazer a sua disposição. O condomínio foi planejado em

mesma. Sendo um condomínio fechado e planejado, o Cidadelle

terrenos individuais, mantendo, assim, a vida particular

oferece mais segurança e uma infraestrutura de lazer completa.

preservada. Além disso, todos poderão usufruir da infra-

Não encontrei nenhum outro condomínio, com esse padrão”,

estrutura em comum com clube, Spa, espaço gourmet,

afirma o comerciante, que realizou o projeto da sua futura casa

prédios comerciais, dentre outros”, conta Denis Guima-

com o arquiteto Matheus Esquivel, que já conhece o empreendi-

rães, diretor da incorporadora Cidadelle. Esses detalhes

mento, pois fez uma das áreas comuns do Cidadelle.

foram primordiais para que o dentista Pery Amorim,

Assim como José Roberto, outros sortudos que adquiriram

que, atualmente, vive num apartamento, decidisse pela

os primeiros loteamentos do condomínio também já estão com

compra de um lote no Cidadelle. “A infraestrutura e a

seus projetos encaminhados. Rodrigo Muniz, empresário e jor-

credibilidade da empresa foi o que determinou a deci-

nalista, foi atraído a adquirir um terreno no Cidadelle, pela pos-

são final da compra”, conta. Seu primeiro contato com

sibilidade de fazer um projeto personalizado num lugar seguro e

o Cidadelle foi quando sua esposa participou de uma

com infraestrutura completa. “Atualmente, em Itabuna, é com-

pesquisa, realizada pela incorporadora, sobre a viabili-

plicado fazer uma casa fora de um condomínio, pois gasta-se

dade do empreendimento. Agora, os dois já estão com a

muito investindo em equipamentos de segurança”, diz Muniz.

arquiteta Simone Flores discutindo os detalhes da futura

Ele conta que fará o projeto pensando no futuro, casou-se há

casa. “Quando tudo estiver pronto, espero ter qualidade

três anos e ter filhos está no seu planejamento familiar.

de vida, lazer e espaço para me exercitar”, finaliza.

58 Cidadelle


Sendo um condomínio fechado, dentro de um bairro planejado, o Cidadelle House oferece mais segurança e uma infraestrutura completa. Não encontrei nenhum outro condomínio com esse padrão” Cidadelle 59


// cidadelle Obras a todo vapor

A incorporadora Cidadelle requalificará toda a área externa do entorno com novos pavimentos asfálticos, iluminação e paisagismo

Com entrega prevista para 2015, as obras do Cidadelle House estão aceleradas, o condomínio está sendo construído às margens da Rodovia Jorge Amado, e quem passa por lá pode ver os contornos do empreendmento tomando forma. É um novo estilo de vida que surge na região para levar modernidade e lazer em harmonia com a natureza. Com uma área de 650.000 m², o bairro Cidadelle foi minuciosamente planejado com uma estrutura inédita de lazer, onde o morador terá a agradável presen-

fotos paulo ribeiro

ça do verde ao redor. Todos os ambientes foram pensados para manter o padrão de vida saudável proposto pela Cidadelle. Por isso, uma equipe com 22 arquitetos foi contratada para projetar os espaços das áreas comuns. “A tônica do projeto está

Estágio atual

pautada na qualidade de vida por seus di-

O engenheiro Rodrigo Belchior, que é responsável pelas obras do clube, destaca que o

versos prismas: conforto, sustentabilidade,

Cidadelle é o empreendimento mais audacioso do sul da Bahia. “Nossa mão de obra, for-

lazer, saúde, felicidade, bem-estar, sociali-

mada por mais de 150 profissionais, é extremamente qualificada e a empresa nos oferece

zação, requinte, equilíbrio, entretenimen-

todas as condições de trabalho, como um maquinário moderno e de primeira linha, o que

to. Assim, cada equipamento, ou detalhe

nos permite assegurar esse ritmo acelerado das obras”, enfatiza.

do empreendimento, foi pensado nessa perspectiva”, conta Denis Guimarães.

60 Cidadelle

Para ver de perto como profissionais da incorporadora Cidadelle estão tornando esse sonho possível, conheça o Cidadelle como está e como ficará em 2015.


Guarita Toda blindada, a guarita abrigará um centro de monitoramento do condomínio e já está com 65% das obras concluídas, seguindo agora para a fase de acabamento, com fechamento de telha e revestimento interno e de fachada. A área de entrada dos moradores terá uma praça de boas-vindas com fonte luminosa seca e uma alameda com palmeiras imperiais.

Clube O Clube Cidadelle, que é composto de dois prédios, está com a construção bastante adiantada e em fase de revestimento externo e interno. Depois de pronto, será um verdadeiro resort, com sete quadras, que já estão com o pavimento do piso específico completamente estruturado, sendo duas de tênis, poliesportiva, vôlei de areia, duas infantis, campo de futebol, pista de Cooper, ciclovia, anfiteatro e piscina descoberta, com mais de 1.100 m2 de lâmina d´água.

Prédio 01 e 02 O prédio 01 está com 82% das obras concluídas e o 02 com 70%. A obra conta com espaço gourmet, salões de jogos, brinquedoteca, lojas, garage band, cinema, elevadores para acessibilidade, piscina semiolímpica aquecida e coberta, SPA, academia, saunas e duas quadras de squash. Nas piscinas, tanto na coberta, que fica no Prédio 02, quanto na descoberta, já foi concluído 100% da fundação e da forma externa, seguindo agora para fase de estruturação. Os dois salões de festa e espaço gourmet cobrem uma carência regional para grandes eventos, como casamentos, formaturas, aniversários e confraternizações diversas.

Cidadelle 61


// health

Estômago

sob controle Cirurgia bariátrica pode ser a solução para pessoas com excesso de peso. Saiba o que os especialistas acham sobre o assunto e veja o que é mito e o que é verdade por luciana silva

a

obesidade é um dos maiores problemas, que a saúde enfrenta,

Dr. Marcos explica que o grande problema é que a obesida-

hoje, no Brasil. Uma pesquisa do Ministério da Saúde, apontou

de está diretamente relacionada a doenças como hipertensão

que 51% dos brasileiros com mais de 18 anos estão acima do peso.

arterial, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica, que resultam

De acordo com o cirurgião e membro titular da Sociedade Brasi-

na frequência dos acidentes cardiovasculares, além de estar re-

leira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Dr. Marcos Leão

lacionada com outros problemas de saúde. “Independente da

Vilas Boas, a obesidade representa um problema de saúde pública

redução da expectativa e qualidade de vida determinadas pelas

para o mundo inteiro. “Apesar de sermos o país do ‘fome zero’, ob-

formas graves da obesidade, a doença implica em maior índice

servamos um crescimento alarmante da prevalência da obesidade,

de desemprego, aposentadoria precoce e redução da renda e da

que mata hoje muito mais que a desnutrição”, ressalta.

produtividade”, complementa.

62 Cidadelle


MITOS & VERDADES

Na guerra contra a obesidade, mui-

sobre a cirurgia bariátrica

tas pessoas optam por fazer a cirurgia bariátrica. Mas será que é o ideal? Na opinião do especialista, o tratamento cirúrgico deve ser utilizado apenas em último caso, nas pessoas que não conseguem obter resultados positivos com tratamentos mais conservadores. “O arsenal terapêutico para o tratamento da obesidade é paupérrimo, com uma taxa de sucesso absolutamente ridícula. Nos pacientes com obesidade mais severa, a cirurgia acaba sendo praticamente a única alternativa. Na prática, eu afirmo que pacientes com formas graves de obesidade devem procurar a cirurgia o mais cedo possível para minimizar as consequências e fazer um procedimento com mais tranquilidade”,

Apesar de sermos o país do ‘fome zero’, temos observado um crescimento alarmante da prevalência da obesidade, que mata hoje muito mais que a desnutrição”

conclui Dr. Marcos.

Quem faz a cirurgia bariátrica fica propenso a utilizar bebidas alcoólicas, usar drogas e ter comportamentos compulsivos para comprar.

Mito Segundo Dr. Fabrício, pesquisas apontam que a maioria desses pacientes já tinha vícios antes e acentuou após a cirurgia. Nos primeiros seis meses, o paciente perde mais peso.

Verdade “O paciente chega a perder entre 20-30% do peso, em média, nos primeiros seis meses”, diz Dr. Fabrício. Normalmente, o paciente engorda em um ano de pós-operatório.

Mito Dr. Fabrício explica que a perda

Cirurgias feitas pelo SUS

Centro Médico Acácio Cardoso. Lá, aten-

O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre

demos pacientes de todo pais”.

de peso só estabiliza após dois anos de cirurgia, então isso não é possível.

esse procedimento em alguns hospitais,

O presidente da ONG Casa dos Obe-

mas, é preciso pré-requisitos para se fazer

sos das Cirurgias Bariátricas pelo SUS de

zer exercícios físicos.

a cirurgia bariátrica, como: ter entre 16 e

Itabuna, Tony de Oliveira, pesava 180 kg,

Verdade Praticar exercício físico tam-

65 anos, o IMC (Índice de Massa Corpo-

tinha diabetes e pressão alta e foi um dos

bém faz parte do tratamento da obesi-

ral) 40 ou acima de 35, com morbidades,

pacientes do Dr. Fabrício Messias para fa-

dade. Os benefícios são muitos, inclusive

e não ser usuário de drogas. Dr. Fabrício

zer a cirurgia. Hoje, após cinco anos de

para quem se operou: ganho de massa

Messias, membro da Sociedade Brasilei-

operado, ele está com 90Kg. “O obeso

magra (músculo), diminuição da flaci-

ra de Cirurgia Bariátrica e Metabólica,

tem várias dificuldades! A cirurgia é um

dez, melhora do desempenho cardior-

coordenador do Instituto de Cirurgia Ba-

incentivo, o médico faz a obrigação dele

respiratório e do condicionamento físico,

riatrica e Metabólica e diretor técnico da

e o paciente tem que seguir as regras: se

e o fortalecimento dos ossos.

ONG Casa do Obeso, conta que já reali-

alimentar direito, fazer atividade física, to-

zou mais de 2.000 cirurgias em Itabuna,

mar a vitamina. Tudo isso me ajudou mui-

Quem faz a cirurgia fica depressivo.

Salvador, Vitória da Conquista e Petroli-

to. A parte mais difícil da cirurgia é ter que

Mito Dr Fabrício conta que os pacien-

na, tanto do setor privado, quanto do

tomar muitas medicações. Mas, depois da

tes são acompanhados por uma equipe

SUS. “Somos pioneiros na realização de

cirurgia, passei a ter identidade. Hoje, as

multidisciplinar, dentre eles o psicólogo,

cirurgia bariátrica por vídeolaparoscopia

pessoas me veem diferente. Até profissio-

que orienta e prepara os mesmos para

no SUS, na Bahia. Temos em Itabuna o

nalmente passei a ter mais visibilidade”.

as mudanças que vão ocorrer.

Após a operação, o paciente precisa fa-

Cidadelle 63


// health

Procedimentos Um cirurgião bariátrico experiente deve dominar várias técnicas para adequá-las a cada caso, paciente e necessidade. É o que afirma Dr. Marcos, um dos pioneiros da videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva), na Bahia, desde 1991. “Os pacientes diferem em sexo, idade, constituição corporal, tipo de doença associada, hábitos alimentares, etc. Independente do modelo técnico utilizado, as cirurgias podem ser feitas por via aberta, ou por videolaparoscopia, que é muito utilizada atualmente porque traz um enorme ganho de segurança, conforto e eficácia”, diz.

Existe uma infinidade de procedimentos cirúrgicos, cada um com suas vantagens e riscos. Dr. Marcos Leão aponta quais são os tipos:

Cirurgia de Scopinaro e o Switch Duodenal É a associação entre “sleeve” e desvio intestinal, o que diminui a absorção dos alimentos e mexe com os hormônios que controlam a fome e a saciedade. 85% do estômago são retirados nessa técnica, mas a anatomia básica do órgão é mantida.

Banda gástrica ajustável ou Cirurgia do Anel

Gastrectomia Vertical ou “Sleeve”

“Bypass” Gástrico ou Cirurgia de Fobi-Capella

Um anel de silicone inflável é instalado e ajustado ao redor do estômago, apertando o órgão. Isso torna possível um controle no esvaziamento do estômago. Essa técnica é segura e eficaz, representando 5% dos procedimentos realizados no Brasil.

Nesse procedimento, a maior parte do estômago é retirada, ficando na mesma espessura do intestino, o que contribui para a redução da quantidade de alimento ingerido. O resultado é positivo para o controle da hipertensão, do colesterol e triglicérides.

Essa técnica combina a restrição alimentar com a desabsorção intestinal e é a mais utilizada atualmente. A elasticidade e capacidade são reduzidas porque parte do estômago é grampeada e isolada, criando um reservatório de aproximadamente 50ml. fonte www.sbcb.org.br

64 Cidadelle


Segundo informações da SBCBM, o

índice máximo de 0,5% de risco. A diminuição dessa estatística é o resultado da evolução

número de cirurgias bariátricas feitas

dos equipamentos, materiais, vídeos, além do treinamento de toda uma equipe multi-

no Brasil aumentou quase 90% nos úl-

disciplinar, que é necessária para a cirurgia”, detalha o médico.

timos cinco anos e chegou a 72 mil em

Entre as evoluções da cirurgia bariátrica, Dr. Euler ressalta: o tempo do procedimento

2012. Para Dr. Fabrício, esse número é

(que era de cinco a seis horas e, hoje, não passa mais de duas); o pós-operatório (antes

resultado, principalmente, do aumento

praticamente todos os pacientes iam para a terapia intensiva, agora, apenas casos espe-

de centros de treinamento em cirurgia

cíficos); o tempo de permanência hospitalar (hoje é de 24 a 48 horas) e a movimentação

bariátrica, da liberação pelo SUS e dos

do paciente, que está mais precoce. “Complicações podem existir – que devem ser deta-

bons resultados obtidos.

lhadas com paciente antes da cirurgia –, óbitos não”, enfatiza o Ázaro.

E tem risco?

EVOLUÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA

A equipe do Dr. Euler Ázaro, da Bahia

Dr. Marcos relata que o número de pacientes operados, assim como o de cirurgiões que

Gastro Center, realizou mais de 2500 ci-

atuam nesse campo, vem aumentando consideravelmente a cada ano. “Quando come-

rurgias, desde 1998, não tendo nenhum

cei a cirurgia bariátrica há 15 anos, só eu fazia o procedimento, e ninguém nem sabia o

caso de óbito. “É uma das nossas gran-

que era isso. No meu primeiro ano, entre 1999 e 2000, fiz 33 operações; hoje, faço esse

des vitórias. A cirurgia bariátrica realiza-

número em um mês apenas. Estima-se que no Brasil sejam realizadas mais de 30 mil

da por uma equipe apropriada tem um

operações por ano, mas os dados são imprecisos”, finaliza

Cidadelle 65


// gente

MOMENTO PARA CELEBRAR

Eventos marcam dois grandes lançamentos da Cidadelle

“Cidadelle Praia do Sul, o futuro com vista para o mar” fotos vinícius bonfim

No dia 13 de maio foi a vez de os profissionais do mercado imobiliário conhecerem o Cidadelle Praia do Sul, em um meeting no Hotel Praia do Sol. Os convidados participaram de um jantar e acompanharam a apresentação do diretor da Cidadelle, Denis Guimarães, e dos responsáveis pelo projeto e obras, o arquiteto Carlos Campelo e o engenheiro Sérgio Mota, que destacaram as características do lançamento. O bairro planejado será construído em frente à Praia dos Milionários cercado de área verde.

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1. A corretora Telma Berhmanm recebe as boas-vindas. 2. Denis Guimarães dá boas-vindas aos corretores. 3. Corretores lotam o auditório do Hotel Praia do Sol. 4. O diretor da Imagem Imobiliária, Eduardo Santos, o diretor-comercial da Cidadelle, Denis Guimarães e o coordenador de vendas do novo empreendimento, Joel Argolo. 5. Professor Menegatti mostra aos corretores como ser um campeão de vendas.

66 Cidadelle


Noite de homenagens O projeto do Cidadelle Office foi apresentado a toda equipe de corretores cadastrados da Cidadelle Empreendimentos em um encontro com direito a homenagens, palestras, sorteios e um coquetel especial, no dia 8 de abril, no Espaço Cidadelle, na Rodovia Ilhéus -Itabuna. Estiveram presentes, além dos grandes parceiros, o diretor-comercial da empresa, Denis Guimarães; o especialista em Segurança Patrimonial, Jodson Edington; e o coordenador de Corporação Imobiliária e especialista em Construção de Edifícios Residenciais e Empresariais, Sérgio Mota. No evento, foram detalhadas para os convidados as especificações técnicas do Cidadelle Office. A previsão é que a obra deste empreendimento seja finalizada em dezembro de 2016.

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fotos alex freire

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1. O corretor Ascendino de Souza Filho participou do sorteio e ganhou um tablet. 2. O engenheiro Sérgio Mota apresenta ficha técnica do empreendimento Cidadelle Office aos corretores cadastrados. 3. O jovem corretor Rodrigo Reis ganhou um notebook no meeting. 4. A corretora Soraia Sodré também ganhou um notebook. 5. O diretor-comercial da Cidadelle presta homenagem aos delegados do Creci de Ilhéus e Itabuna, Geraldo Carvalho e Nilton Borges, respectivamente. 6. O corretor Celso Pinheiro ganhou um jantar no restaurante Empório Bahia, com acompanhante.

Cidadelle 67


// decoração


suĂ­te Ă

beira-mar Projeto da designer de interiores Priscila Diniz homenageia o empresĂĄrio Luciano Szafir com um luxuoso quarto no frescor natural de uma casa de praia. Mergulhe no clima! por luciana silva fotos marcelo negromonte


// decoração

a

mbientes bem projetados com móveis e objetos de decoração são fundamentais para a criação de um espaço bonito e aconchegante. E quando a natureza contribui, então, o lugar fica ainda mais incrível. A designer de interiores Priscila Diniz projetou um quarto num estilo praiano, em homenagem a Luciano Szafir. O Studio foi exposto na Casa Cor 2013 com a ideia de criar um espaço integrado à natureza. O resultado? Dá só uma olhada!

Refúgio cheio de estilo Como Luciano Szafir aprecia muito o mar, Priscila Diniz optou por um espaço mais voltado para o rústico, com objetos naturais. Um lugar para o seu refúgio nas horas de descanso. “Escolhi o Luciano, primeiro, por ser um homem lindo, elegante e ao mesmo tempo despojado. Resolvi fazer um espaço de estilo para uma pessoa de atitude. Ele se identificou muito com tudo”.

A menina dos olhos A designer acertou em cheio com o forro todo em palha de dendê, feito manualmente, sem emendas. Foram 33 m² que encantaram os belos olhos dos visitantes. Ela conseguiu atender exatamente a necessidade do homenageado. Diniz conta que quando Szafir viu ficou impressionado de como ela conseguiu ler exatamente o que ele gostaria. Inclusive o forro no o seu home theater é todo em palha.

O quadro com a imagem de Luciano Szafir foi feito por Goca Moreno, a pedido de Priscila.

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O backlight do fotógrafo Marcelo Negromonte dá uma ideia de estar num jardim à beira do mar

Favorecendo o ambiente O homenageado foi se identificando com cada cantinho preparado especialmente por Priscila Diniz. A geladeira vermelha que foi escolhida a dedo também está embelezando o quarto de Luciano Szafir. O ambiente é composto por uma estante em madeira de demolição, poltronas em couro natural e a iluminação é toda em led e automatizada. Um quadro pop art de Goca Moreno, livros, e fotografias de Moisés Dantas também deram um toque excepcional e enriqueceram o ambiente.

Cidadelle 71


// decoração

Pequenos detalhes, grandes efeitos O projeto tem uma linguagem rústica e contemporânea, onde cada peça é bastante valorizada. O piso revestido em cimento foi polido e resinado, e sobre ele um tapete sofisticadíssimo da marca Kilin, patenteado como um dos tapetes mais antigos. A parede foi toda coberta por um papel que passa a ideia de um linho. Um dos destaques é o papel batik, uma técnica da indonésia que utiliza cera para criar estampas.

DICA DE QUEM ENTENDE Para Priscila Diniz, fazer um espaço como este requer criatividade e imaginação para uma finalização harmônica. “Não é preciso, necessariamente, usar papel de parede ou o forro de palha. O forro pode ser o de telha convencional mesmo. O que vale é a ousadia para fazer algo realmente bonito”, finaliza.

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// MODA VERÃo 2015

Adriana Zucco apostou em rendas de algodão para levar romance às peças. O comprimento abaixo do joelho dá um toque de sofisticação. As formas amplas têm influência oriental e a pele, revelada em recorte estratégico, valoriza a feminilidade

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fotos divulgação

sp Colcci A estilista


spfw& fashion rio

Previsões do próximo verão

As grifes já desfilaram as próximas tendências do verão 2015. Como, na Bahia, mesmo durante o inverno, o frio passa longe, vamos direto para o que estará em alta na estação mais quente do ano. Confira os looks que separamos para você e saia na frente. Nossa seleção está imperdível!

rio ESPAÇO FASHION As estilistas

Camila e Bianca Bastos foram se inspirar em festas pelo país como o Carnaval e Maracatu. O que resultou numa coleção alegre com uso de muitas cores e enfeites

sp TRITON

Inspirada nas bonecas japonesas, a grife escolheu uma coleção com recortes estratégicos, plissados delicados e bordados florais num jogo de contrastes entre formas e cores

rio Maria Filó

Inspirada nos mercados centrais, a coleção traz a cor laranja em estampas discretas, que fazem referência ao tema. Tecidos leves em peças fluidas para o look com frescor


rio Espaço Fashion Tão

rio Maria Filó A marca deixou de

rio TNG Jovem e frescos são as palavras que

rio Oh, Boy! Um coleção rica em

colorida e ousada, a marca trouxe para as passarelas as franjas, patchworks e bordados de uma maneira moderna, que torna a coleção extremamente street

definem a nova coleção da grife. Paulo Martinez inspirou-se no Jardim Botânico e trouxe florais e peças confortáveis com tons claros

lado os mimos e laços e trouxe decotes e peças mais estruturadas, mostrando um lado mais mulher. A predominância foi da cor azul, laranja e tons mais claros

detalhes manuais, inspirada na América Latina, mais precisamente, na Guatemala. Com estampas personalizadas e saias com camadas sobrepostas de babados ou pantacourts


sp

fotos divulgação

Forum

A grife estampou a exuberância da flora brasileira em suas peças. Cortes inusitados e peças desejáveis em formas retas e assimétricas

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// lanรงamento

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rompendo paradigmas O Cidadelle OFFICE inaugura no Sul da Bahia uma nova era dos empreendimentos comerciaIS. Um moderno complexo médico, odontológico, empresarial e de entretenimento por patrícia magalhães

e

de tijolo em tijolo a história vai se construindo. A arte de planejar espaços e edificá-los, que simploriamente é chamada de Arquitetura, narra os acontecimentos de uma localidade, em determinado período. Como a vida e seu movimento de antigos e novos significados, sempre há aquele que inicia o balanço. Pode-se dizer que o Cidadelle Office é um precursor, inaugurando novos paradigmas no sul da Bahia. “Desconheço prédio com estas modernas características no interior da Bahia. É um novo momento que está chegando”, afirma o corretor de imóveis Joel Argolo. O primeiro complexo médico, odontológico, empresarial e de entretenimento da região traz todos os aparatos dos empreendimentos empresariais mais modernos do mundo. A começar por suas belíssimas fachadas. Compostas, principalmente, de peles de vidros espelhados de alta performance e alumínio composto, os dois prédios irão se erguer com ares modernos e futuristas. Essas especificações garantem, além de conforto térmico, maior durabilidade à fronte dos prédios. As duas torres de 17 pavimentos cada, sendo três de garagens, serão integradas por um mall de lojas de 12 a 240 m², propiciando muita comodidade, conveniência e segurança para os frequentadores. “O condômino terá à disposição um mix de 22 lojas, entre papelaria, café, restaurantes, agências bancárias, farmácias à sua disposição para atender as necessidades do dia a dia”, enfatiza Joel. As áreas comuns contarão, ainda, com um paisagismo exuberante e uma completa praça de alimentação. No entanto, nada se compara ao moderno cineteatro com 196 lugares, camarim e pé-direito duplo. “O Cidadelle Office retrata o atual momento do sul da Bahia, com todo o seu desenvolvimento, e inaugura uma nova arquitetura na cidade”, conta Denis Guimarães, diretor da Cidadelle, incorporadora e construtora responsável pelo projeto.

Cidadelle 79


// lançamento

Seja uma sala corporativa ou um consultório odontológico (abaixo), os espaços podem ser modulados de acordo com a necessidade do proprietário

80 Cidadelle

Tecnologia em prol da saúde

pamentos de última geração, necessários a um hospital de gran-

O termo day hospital - ou day clinic - é

de porte, como um centro de imagem e diagnóstico, tomografia

uma expressão americana que significa

completa, ressonância magnética, ultrassonografia e colonos-

hospital dia, isto é: hospital onde se in-

copia, dentre outros, proporcionarão aos seus clientes (médicos

terna por apenas um dia. Nesse modelo,

e pacientes) conforto, comodidade, discrição e total segurança.

os pacientes são internados para realizar

Localizado no 1º andar do empreendimento, o Day Hospital terá

tratamentos clínicos ou cirúrgicos, sem

pé-direito duplo, conferindo um ar de imponência, amplitude e

risco de infecção e recebem alta em até

limpeza necessária em estabelecimentos de saúde. Além disso,

12 horas. Em parceria com a Santa Casa

seguindo a tendência mundial da humanização dos ambientes,

de Itabuna, o Cidadelle Office contará

que busca oferecer espaços confortáveis, bonitos, elegantes e

com um moderno e completo centro de

práticos para os pacientes, o empreendimento disporá de com-

excelência médica. Nele, todos os equi-

pletas salas para os consultórios médicos e odontológicos.


Em prol do futuro Concebido para ser um complexo empresarial inovador, internamente, o Cidadelle Office também segue a mesma fluidez da fachada, com salas moduláveis a partir de 29m², que se conectam e podem tomar um andar inteiro com 384m². “O proprietário pode dimensionar os espaços de acordo com a sua necessidade: uma sala de 29m², ou uma sala e meia com 38m², meio andar com 192 m² e até uma laje corporativa inteira com 384 m²”, explica Argolo. Para garantir o conforto e a mobilidade dos frequentadores, o Cidadelle Office contará com elevadores dispostos de forma estratégica. São quatro de última geração por andar: elevadores maca, sem engrenagem, o que diminui o consumo de energia. Já as escadas contarão com um moderno sistema de pressurização, que tem como objetivo principal evitar a entrada de fumaça, visando facilitar a fuga das pessoas em caso de incêndio. Elas também atendem a nova norma com local para resgate de portadores de necessidades especiais. A segurança dos frequentadores também será garantida com uma sala de monitoramento com circuito interno de TV. Outro diferencial está na construção de uma verdadeira estação de tratamento de esgoto. Os sistemas de água e energia terão medição individual, além das salas já contarem com área

O Cidadelle office faz parte do moderno bairro planejado Cidadelle

técnica para sistema e infraestrutura de ar condicionado. No entanto, Joel ressalta: “Nada se compara à comodidade que os moradores do Cidadelle House terão ao morar a poucos metros do trabalho, sendo donos de seu tempo e tendo muita qualidade de vida”.

Um amplo mall de lojas irá atender aos frequentadores do Cidadelle Office, simplificando o dia a dia

Cidadelle 81


// empreendedorismo

fotos xicu sales

82 Cidadelle


P O Sul que se

re in ven tA

A revista Cidadelle apresenta três empresários de sucesso do Sul da Bahia que estão ajudando a reerguer a região por lara guedes e luciana silva

eríodo: Meados do século 18. Local: sul da Bahia. As primeiras sementes de cacau são introduzidas na terra de Jorge Amado, oriundas do Pará. No século seguinte, a região começa a se configurar como produtora, atingindo seu grande momento entre o início e meio do século 20. Um período áureo. Até 1913, a Bahia foi o maior produtor e exportador de cacau de todo o mundo, e qualquer pedaço de terra no sul do estado era cobiçado, pois dele se poderiam colher os chamados frutos de ouro, como eram conhecidas as amêndoas da planta. Ilhéus e Itabuna viveram momentos de glória. No entanto, o cenário foi mudando com o passar dos anos. No final da década de 90, pragas, preço baixo e falta de crédito provocaram total mudança no cenário: da opulência à decadência. Passados quase 20 anos da queda da cacauicultura, a região vem ganhando novos contornos com excelentes perspectivas econômicas. “Costuma-se dizer que cavalo selado passa, apenas, uma vez. No sul da Bahia, está passando pela segunda vez. No inicio do século 20, entre 1910 - 1922, uma ferrovia de 50 e poucos quilômetros (a Ferrovia Ilhéus-Itabuna) mais o Porto de Ilhéus permitiram que a região deslanchasse. Antes disso, toda a exportação de cacau era feita por Salvador. Com o Porto e a Ferrovia montou-se um eixo econômico. Agora, passado um século, novamente, uma ferrovia de novas dimensões e outro porto, muito maior, estão reinserindo a economia regional, que está permitindo um novo ciclo de crescimento”, afirma Davidson Magalhães, presidente da Bahiagás. Mas, não são apenas as iniciativas públicas que estão alavancando o sul da Bahia. Além da cultura cacaueira, diversos empresários vêm fazendo bonito e colocando a região, novamente, como um local próspero. Apresentamos, agora, três exemplos de profissionais que se reinventaram e, assim, estão reinventando o sul da Bahia.

Cidadelle 83


// empreendedorismo suor e cerveja Nome: Júnior Machado

Quanto fatura anualmente:

Idade: 54 anos

R$ 36 milhões

Tempo de mercado: 25 anos

Número de funcionários: 130 pessoas

Quanto foi investido para iniciar:

na distribuidora de bebida e 300 no to-

suor e trabalho, pouquíssimo recurso

tal, com o hotel e a fábrica de energético

“Coragem para enfrentar os obstáculos e dificuldades inerentes ao planejamento do seu negócio, muita determinação e autoconfiança. Foram com essas características que consegui chegar onde cheguei”, conta Júnior Machado. Quem hoje o vê à frente da distribuidora da Schincariol (Brasil Kirin), do Hotel Atlântico (um dos maiores de Ilhéus) e da fábrica de energético não imagina os percalços que esse ilheense teve que superar para ser tornar um empresário de sucesso. Veterinário de formação, Júnior exerceu a profissão por dois anos, até ser fisgado pelo bichinho do empreendedorismo. Começou, então, sua saga comercializando produtos agrícolas. Após um tempo, viu uma oportunidade de exportar cacau para o Caribe, não pensou duas vezes e encarou o desafio. Com a economia instável no Brasil, viu seus planos irem por água abaixo. Foi quando teve o insigth de levar a Schincariol (hoje faz parte da japonesa Brasil Kirin) para o Nordeste. “Foi um trabalho árduo. Trabalhei muito para que a fábrica viesse para a Bahia e se tornasse essa potência foto divulgação

que é a Schin no Nordeste”, lembra. Atuando num mercado supercompetitivo, que é o mundo das cervejarias, Júnior alerta: “Mesmo hoje, já consolidado, vivo desafios diários.

foto julay

Tenho que ficar atento, pois posso perder em um dia o que construí ao longo de décadas”.

Diferença nos detalhes Nome: Daniela Façanha Tempo de mercado: 13 anos Números de funcionários inicialmente e atualmente: No começo, era Daniela, seu marido e apenas um funcionário. Hoje, a pousada emprega 18 funcionários.

84 Cidadelle


aromas prósperos Nome: Mônica Burgos

Número de funcionários: Todo o Grupo

Investimento inicial: R$ 8 mil no total.

Avatim conta hoje com 180 funcio-

R$ 4 mil de cada sócio.

nários, dos quais 135 pertencem à

Faturamento anual: Não informado

unidade fabril.

A vida tem reviravoltas. Surgem novas nuances e cores. No caso da empresária Mônica Burgos, novos aromas. Após 10 anos atuando como advogada, Mônica resolveu mudar e estudar moda no Rio de Janeiro. “No Rio, tive a oportunidade de conhecer a importância dos cheiros no mundo empresarial e, pesquisando sobre o assunto, enxerguei a lacuna no mercado”, lembra. A paixão pelo segmento foi tamanha que, ao retornar a Bahia, se tornou representante de uma marca de aromatizantes, se dedicando exclusivamente à sua venda. “Com seis meses vendendo unicamente na cidade de Salvador, um amigo me chamou para começar a fabricar meu próprio aromatizante. E assim aconteceu...aceitei o convite do amigo e hoje sócio Cesar Fávero, mesmo achando que poderia ser uma loucura trocar o certo pelo duvidoso, mas a vontade de fazer melhor, aprimorar, deixar mais bonito e com mais qualidade, soou aos meus ouvidos como uma valsa de Strauss. E tudo começou”, relata Mônica. Isso foi em 2002. Passados 12 anos, a Avatim se tornou

foto divulgação

uma potência nacional que nasceu no sul da Bahia. Desde 2010, com a implantação do sistema de franchising, foram abertas 47 unidades, das quais 11 lojas próprias. Hoje, está com seis lojas em processo de construção e a meta é chegar ao final de 2014 com 60 unidades e, até 2017, dobrar esse número, tendo 120 unidades.

Diariamente, ela lida com receitas, cujos resultados são deliciosos

linda do mar. Começamos pequenos, transformamos a casa de

pratos, mas para chegar ao estrelato, Daniela Façanha, proprie-

praia em pousada”, lembra. Estudante de letras e professora,

tária da pousada Morro dos Navegantes, em Ilhéus, não acredita

Daniela sempre foi amante da gastronomia. Se tornar chef de

em fórmulas. “Não existe receita para o sucesso. Não é como ba-

cozinha veio da necessidade de servir bem seus hóspedes. “En-

ter um bolo, existe muita força de vontade, trabalho e foco no ob-

tão mudei de estudante de letras para estudante de gastrono-

jetivo”, destaca. Antes de se tornar a pousada e restaurante Morro

mia, discípula Laurent Suaudeau”, destaca. Dinâmica, sempre

dos Navegantes, referendados internacionalmente, o local era

em busca de melhorias e novidades para o seu negócio, se sente

uma casa de praia onde costumava passar as férias com o marido.

orgulhosa por fazer parte do crescimento do sul da Bahia. “Fico

“Escolhemos Ilhéus, por sua imensa beleza natural e o lugar

muito feliz em saber que fiz a escolha certa e que somos pionei-

onde é o Morro dos Navegantes em especial por ter uma vista

ros e parte integrante deste crescimento”.

Cidadelle 85


// debate

salvador: de cara nova ou maquiada? A gest達o de Jo達o Henrique deixou a cidade abandonada. Melhorias est達o sendo feitas, mas os aumentos de algumas taxas geraram pol棚micas por serem considerados medidas paliativas por lara guedes e luciana silva

86 Cidadelle


do cálculo feito pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), a gestão de João Henrique

te abandonada pela gestão de João Hen-

gerou prejuízo de R$ 172 milhões. A promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA),

rique Barradas Carneiro, que foi bastante

Rita Tourinho, acredita que é difícil se estabelecer quanto é que uma gestão gerou ou

criticada por não investir em melhorias

não de prejuízo efetivo à coletividade. “Tivemos oito anos de gestão durante os quais

na cidade. Agora, a capital baiana está

diversas medidas administrativas e políticas foram adotadas, não tendo como medir

tomada por obras em espaços e vias pú-

quais os efetivos ganhos e prejuízos”, comenta.

blicas. Uma corrida contra o tempo para

Em 2013, o Ministério Público do Estado ajuizou uma ação civil pública contra o ex

consertar o que passou oito anos sem

-prefeito, pedindo a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento de danos causados ao

assistência. No entanto, na nova gestão,

patrimônio público no valor de R$ 12.240.179,29. O que foi feito até agora para puni-lo?

nem tudo são flores, muitas taxas au-

“O MP ingressou com três ações de improbidade administrativa contra João Henrique,

mentaram, causando insatisfação da po-

referentes às rejeições das contas pelo legislativo municipal. Além disso, existe inquéri-

pulação. “O IPTU foi uma das taxas com

to civil em andamento que visa responsabilizá-lo por pagamentos indevidos realizados

um dos aumentos mais absurdos. Todos

pela Secretaria de Educação”, explica.

nós fomos surpreendidos e agora perce-

As contas do gestor João Henrique de 2009 e 2010 já haviam sido negadas pelo

bo que os altos impostos só inviabilizam

Tribunal de Contas do Município. Em 2011 e 2012, as contas dele também foram re-

pequenos comércios e negócios”, afirma

jeitadas. Com a decisão, o ex-prefeito teria que pagar uma multa no valor máximo de

Denis Guimarães, diretor da Construtora

R$ 36 mil. Rita Tourinho enfatiza que a cobrança dessa multa não cabe ao Ministério

André Guimarães.

Público e sim ao TCM que é o órgão responsável por fiscalizar essa questão. Procu-

Para muitas pessoas, o aumento do IPTU é reflexo da gestão anterior. Segun-

ramos a instituição e foi informado que nada foi pago até o momento. Enfim, se ele não saldar a dívida, quem vai pagar por isso?

Cidadelle 87

foto tiaguinho pires

S

alvador passou muitos anos praticamen-


// debate Achou o iptu abusivo? Saiba o que pode ser feito com as orientações do advogado Estácio Nogueira Reis O contribuinte poderá discutir a taxa: • Através de impugnação administrativa junto à Sefaz municipal, mesmo que já tenha pago a cota única ou mensal. • Através de ação judicial, onde discutirá o aumento desproporcional e irrazoável do imposto, com grandes chances de ter a suspensão da cobrança, com depósito do valor em Juízo.

Atenção: Se tudo estiver correto e coerente, não há o que reclamar, os descontos de pagamento à vista devem ser aproveitados. Também existe a possibilidade de parcelamento de débitos antigos através de um programa específico na Prefeitura de Salvador.

foto gabriel cayres

IPTU: aumento justo ou tapa buraco? Segundo o advogado Estácio Nogueira Reis Júnior, a tabela de

e 2015, exatamente para que a população se acostumasse com o

atualização dos imóveis da Prefeitura de Salvador, de fato, esta-

novo valor, já que há 20 anos não sofria correção”, conclui.

va defasada desde 1994. No entanto, a promessa era que essa

Para Sacha Calmon, advogado tributarista e membro da

correção iria ser feita apenas no valor venal dos imóveis para in-

Academia Brasileira de Direito Tributário, não há nenhuma ir-

centivar o recadastramento com desconto de 10%, mas não foi o

regularidade no aumento do imposto. “O princípio legal da an-

que aconteceu. “Neste lançamento, nota-se complexo regramen-

terioridade, razoabilidade e do não confisco foI obedecido pela

to do imposto, com aumento não somente do valor venal, mas

Prefeitura. No IPTU, se a base de cálculo utilizado está aquém do

sim de alíquotas, VUPs, AC (área construída), VUC (valor unitário

valor venal, não existe inconstitucionalidade”, esclarece.

de construção), FPD (fator de pé-direito), entre outros fatores e fórmulas alienígenas de cálculo do imposto”, destaca.

A promotora Rita Tourinho explica de que forma o Ministério Público pode interceder para que essas cobranças não sejam

Ele explica que foi passada a falsa ideia de que o aumento

abusivas: “o que poderia ser feito é a interposição de uma ação

foi diluído no tempo. “O que absolutamente não corresponde à

declaratória de inconstitucionalidade, caso constatado que a lei

verdade, uma vez que todos terão que pagar a conta, com novos

que determinou o aumento do imposto estivesse violando expo-

aumentos previstos para 2015 e 2016. O certo seria fazer como

sitivos constitucionais. O procurador-geral de Justiça é quem tem

o prometido, ou seja, aumentar somente a base de cálculo, pela

competência para entrar com ação de inconstitucionalidade e

correção do valor venal dos imóveis, diluindo o aumento em 2014

definir quais medidas devem ser adotadas”.

88 Cidadelle


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// carreira

carreira de sucesso Após sete anos à frente da Bahiagás, o itabunense Davidson Magalhães deixa a presidência da empresa, estendendo sua atuação ao Sul da Bahia e ampliando investimentos em projetos sociais em mais de 300% por patrícia magalhães fotos bruno ricci

CEO. Três letrinhas que têm grande significado no mundo dos negócios. O chief executive officer, ou diretor-executivo em bom português, é a pessoa com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização. É o responsável pelas estratégias e pela visão da empresa. Quando olhamos tais pessoas, lá no topo, a exemplo da lista dos líderes mais admirados no Brasil, em 2013, publicada na Carta Capital, de imediato, imaginamos seres com superpoderes, que trabalham horas a fio, com histórias extraordinárias, até alcançar o papel tão almejado pela maioria dos executivos. Mas, na realidade, eles são iguaizinhos a mim ou a você, com, apenas, um pequeno grande detalhe. Qual? Foco, eles sabem onde queriam e querem chegar! De Itabuna, temos o case de sucesso do economista Davidson Magalhães. De líder estudantil, passando pelo mundo acadêmico até chegar à presidência da Bahiagás, Davidson construiu sua trajetória tendo como base a visão estratégica, a descentralização e a valorização da equipe. A revista Cidadelle foi conversar com Davidson para saber mais sobre sua carreira de sucesso.

90 Cidadelle


Você tem uma trajetória profissional

mação acadêmica permitiu, exatamen-

marcada pela sala de aula. Em que a

te, o que eu digo que é um sincretismo

vida acadêmica contribuiu para seu de-

de teoria e prática.

sempenho como gestor? Como gestor, eu tive a oportunidade de ter um espaço para a execução de toda teoria estudada a partir dos livros e ensinada em sala de aula. Eu acho que teoria é fundamental, sem ela você não tem uma visão estratégica, uma definição de onde você quer chegar. Ao mesmo tempo, eu já tinha uma vivência política (fui vereador por dois mandatos, secretário da Indústria, Comércio, Agricultura e Turismo de Itabuna -, seguindo, logo após, para o conselho fiscal da Coelba por dois anos, e depois fui presidente do conselho fiscal da Neoenergia) que, somada à for-

Eu acho que teoria é fundamental, sem ela você não tem uma visão estratégica, uma definição de onde você quer chegar”

Quais os ingredientes para ser um executivo de sucesso? Gestão é uma coisa muito pessoal, mas há elementos, como o bom senso, oportunidade, dedicação e, acima de tudo, conhecimento de onde você quer chegar, que funcionam muito. Eu acho que foram esses ingredientes que permitiram eu chegar aonde cheguei. Comecei muito novo na política, tinha de 18 para 19 anos. Isso foi há 35 anos, na década de 70, quando entrei no PC do B, o partido era clandestino ainda, na época da luta contra a ditadura.

Cidadelle 91


// carreira

O que te motivou para a política?

quer gestor não pode cair na visão da

Desde muito jovem, sempre fui mui-

rotina. A rotina deve ser um instrumen-

to articulado, fazia parte da juventude

to para a construção da estratégia. Um

da igreja. Quando vim de Itabuna para

segundo aspecto é a capacidade de en-

Salvador, para estudar no Colégio Presbiteriano, que é o 2 de Julho, um determinado dia, vi uma manifestação estudantil passando em frente ao colégio. Aquilo, aquele protesto, me deixou muito emocionado, entusiasmado com a força da juventude, com a necessidade de liberdade, pulei o muro do colégio para me juntar ao grupo e não voltei mais. Como você se define como gestor?

A maior motivação que a pessoa tem é sentir-se valorizada, dignificada e respeitada no trabalho”

volvimento, liderança e mobilização das pessoas. Em qualquer gestão, você está lidando com pessoas, que, por sua vez, precisam entender os objetivos estratégicos e, principalmente, estar motivadas a trabalharem em um ambiente destensionado. Mas, essa relação não pode ser uma motivação artificial, daquelas velhas políticas e palestras motivacionais. Esse tempo já passou. A maior motivação que a pessoa tem é sentir-se valorizada,

Trouxe para gestão o meu estilo da mi-

dignificada e respeitada no trabalho.

litância política, sendo que tenho como

Esse foi um dos esforços que fizemos na

característica ter visão estratégica. Qual-

Bahiagás. Criar um plano de carreira

92 Cidadelle


A centralização torna a administração dependente de você e um bom gestor precisa que as coisas fluam sem a sua presença física”

para os funcionários, participação nos lu-

anos. Nesse período a empresa teve

mercado e visibilidade que ela não tinha.

cros, porque, assim, eles se sentem parte

um salto muito grande, ampliando

São marcas que vão ficar. Montamos um

do processo. Como sou uma pessoa que

em mais de 200km a sua malha de

planejamento estratégico, programas de

lutei a minha vida toda, e continuo lutan-

gasodutos. Você deixa o cargo satis-

qualidade, um quadro de gestores trei-

do em defesa do interesse dos trabalha-

feito com a sua atuação?

nados na área de liderança, um conjunto

dores, eu não poderia como gestor ter

Tenho o sentimento de dever cumprido.

de funcionários resguardados por uma

uma visão diferente. Por fim, a descen-

Quando cheguei na Bahiagás, a empre-

política de conquistas, regimento interno,

tralização. A centralização torna a admi-

sa não tinha planejamento estratégico,

acordos salariais de ganhos, do ponto de

nistração dependente de você e um bom

tinha poucos funcionários concursados,

vista dos direitos. Para mim, foi um desa-

gestor precisa que as coisas fluam sem a

não tinha estrutura de cargos e salários.

fio, porque eu ainda não tinha sido exe-

sua presença física, mas com as pessoas

Deixo um legado aqui. Lógico que não

cutivo nessa área, numa empresa de eco-

perseguindo as suas ideias e motivadas

levo os louros sozinho. No período de

nomia mista, com elementos públicos e

para isso. O que é possível centralizar é

sete anos, entraram pessoas, o corpo de

privados. Demos à companhia uma nova

o acompanhamento, a perseguição e o

funcionários passou de 20 e poucos para

compreensão que toda empresa, além de

cumprimento de metas.

quase 300 funcionários concursados.

seus ganhos econômicos, tem que ter res-

Nós pegamos a empresa numa fase im-

ponsabilidade social, abraçamos os sím-

Você foi o presidente que esteve mais

portante de transição. Profissionalizamos

bolos culturais da Bahia, como Armandi-

tempo à frente da Bahiagás, sete

a companhia, demos uma dimensão de

nho, dentre outras iniciativas esportivas.

Cidadelle 93


// CIDADE DE ITUBERÁ

TRIBUTO A

ITUBERÁ Empreendimento homenageia fundador da incorporadora André Guimarães com o nome da sua terra natal por luciana silva

U

ma estonteante queda d’água em meio a matas com suas belas flores e plantações. Ao som do ronco das cachoeiras e do canto dos pássaros é possível desfrutar das belezas de Ituberá. Suas piscinas naturais são envolvidas por uma diversificada e rica fauna e flora do sul da Bahia. A incorporadora baiana André Guimarães - que está há quase 30 anos no mercado construindo sonhos – lançou recentemente um empreendimento para homenagear seu fundador, com o nome da cidade natal dele: o Residencial Cidade de Ituberá. “Em alguns empreendimentos, a empresa presta homenagens aos filhos, esposa e netos do senhor André. Dessa vez, a homenagem foi para ele. Uma justa e bela homenagem”, destaca o engenheiro responsável, Sérgio Mota. Equipado com uma infraestrutura completa e matérias de primeira qualidade, o empreendimento, 100% pastilhado, conta com uma torre de 18 pavimentos e oito apartamentos por andar. São dois tipos que variam de 61 m² a 85 m²: 2/4 com suíte e 3/4 com suíte. “Todo mundo que chega lá se encanta”, comenta Mota.

94 Cidadelle


Cidadelle 95

foto fabio peixoto


// CIDADE DE ITUBERÁ Mudança para melhor De acordo com o arquiteto responsável pela obra, Paulo Cunha, o projeto não seguiu à risca, mas por um bom motivo. “Durante a construção, foram feitas alterações nos materiais de acabamento para melhorar ainda mais o nível do empreendimento, principalmente no hall principal de chegada e no playground”. O engenheiro complementa o colega e ressalta a importância do trabalho em conjunto: “Com ajuda de Paulo, pudemos adaptar o projeto e melhorar o empreendimento. Criamos uma marquise na entrada. Colocamos um corrimão de aço inox e uma rampa de acessibilidade. Fomos trazendo uma série de inovações que não estavam no contrato. Nós fizemos um up grade. O morador comprou uma coisa e recebeu um plus sem pagar nada por isso”. A enfermeira Vânia Barreto decidiu comprar, em maio do ano passado, o seu apartamento no empreendimento que fica localizado no bairro Costa Azul, em Salvador. “A marca André Guimarães é muito forte e foi o que mais me levou a comprar o apê, além da localização. O bairro me atende, e isso também pesou muito na escolha”, conta ela. fotos bruno ricci

É uma maravilha poder viver em um lugar com excelente infraestrutura, próximo das melhores escolas, shoppings e praias da cidade.

96 Cidadelle


Infraestrutura • Piscina (infantil e adulto com raia) • Salão de festas (adulto e infantil) • Deck molhado • Spa • Sauna • Quiosque com churrasqueira • Salão de jogos • Espaço gourmet • Mini quadra • Parque infantil • Duas garagens por apartamento • Medidor de água e gás individual • Brinquedoteca • Preparação para split • Academia • Vagas para visitantes • Três elevadores: 2 sociais e 1 de serviço foto divulgação

Além do esperado Para o arquiteto, o resultado da obra mostra que a integração e parceria dos projetistas com a construtora foram o ponto alto da relação. “Em função da qualidade de todos os profissionais envolvidos no processo, coordenados pela construtora, o resultado não poderia ser outro. Um produto de alta qualidade, com bom acabamento, que atende as expectativas dos clientes”. E por falar em expectativa, Vânia ressalta que de modo geral o resultado foi bastante positivo. “Quando eu fiz a vistoria fiquei muito satisfeita com relação ao acabamento. Com a questão de entrega, também. Foi dentro do prazo esperado!”, finaliza.

Na busca pelo conforto e comodidade, as pessoas se identificam com empreendimentos próximos de tudo que elas precisam e, é claro, que passem confiança.

Mais informações: Coordenação de vendas | www.residencialcidadedeitubera.com.br

Cidadelle 97


// artigo rubem passos

n

os anos 90, precisando mudar de endereço no Rio de Janeiro, li

deiras, na calçada da minha casa. Botei uma cerveja gelada e

um anúncio no jornal de uma casa na Rua da Selva, final do Alto

alguns copos. E fiquei quieto olhando o movimento. Aliás, o silên-

da Boa Vista, fronteira com a Floresta da Tijuca.

cio. Ninguém na rua. Aí aparece o vizinho do lado direito e aceita

Foi a única casa que vi. Fiquei encantado. A casa tinha piscina,

sauna, jardim, enfim, uma delícia. A rua não tinha saída, e, no seu final, uma belíssima árvore de Pau Brasil. A última mudança na rua, acontecera há 15 anos!

meu convite para sentar e beber um copo. Dr. Luiz. Que figura fantástica. Tinha um laboratório de análises clínicas no centro do Rio. Daqui a pouco, aparece o Nelson, e finalmente o Sr. João. Tomamos nossa cervejinha, estabelecemos contato e iniciamos uma grande e “velha” amizade.

Dia da mudança, um sufoco. Caminhão enorme, carregado-

A partir daí, a mesa passou a ser de domínio público, e cada

res, caixas, um entra e sai danado. Um senhor, vizinho da casa

dia era armada na calçada da casa de um dos vizinhos, que fo-

em frente, vez por outra, aparecia com uma garrafa de água ge-

ram aumentando em número. O dono da vez, oferecia a cerveja.

lada, e oferecia ao pessoal que trabalhava na mudança, e a nós,

Morei ali pouco tempo, pois já estava na hora de voltar à

seus futuros vizinhos. Final da tarde, o caminhão vai embora, todos cansados, me

Bahia. Pouco mais de um ano. Tempo suficiente para dar uma balançada nos costumes da rua.

dirijo ao sr. João para agradecer e desejar uma boa noite, quando

Para vocês terem uma ideia, quando me mudei, soube que ne-

ele me surpreende, pedindo desculpas por ter esquecido de me

nhum dos vizinhos se frequentavam, embora todos fossem solidá-

oferecer seu telefone para o caso de alguma necessidade! Quanta

rios em casos de problemas de saúde, quando todos se ajudavam.

gentileza, naquele homem. Muito bem. Demos um jeito no quarto, arranjamos qualquer coisa para comer e fomos dormir.

Quando saí, o banho de piscina, uns nas casas dos outros já era normal. As portas nunca mais se fecharam. Fazíamos almoços e jantares, assistimos à Copa do Mundo de 94, na rua, com a

Dia seguinte, logo cedo, acordo, chego à janela do quarto que

televisão em cima do meu carro, e um monte de cadeiras e me-

ficava no primeiro andar, e outra surpresa: o vizinho da casa ao

sas, tira-gostos e cervejas, a criançada fazendo a maior bagunça.

lado, um sírio chamado Nelson, estava com uma mangueira mo-

Quando me despedi, foi o maior chororô. Nós e nossos que-

lhando as plantas do jardim da minha casa! Não acreditei! Rio de Janeiro, terra do ninguém é de ninguém, uma vizinhança desta!

ridos vizinhos. Estou contando essas coisinhas, porque, quando tomei co-

Mas, vamos lá!

nhecimento do Cidadelle, pedi a Deus, baixinho, que seus mora-

No segundo dia, a casa já menos bagunçada, início da noite,

dores sejam tão felizes quanto fui na Rua da Selva.

resolvi fazer uma provocação. Armei uma mesinha de bar que tinha em casa, daquelas de metal de propaganda, e quatro ca-

98 Cidadelle

Rubem Passos Segundo


Cidadelle 99


100 Cidadelle


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