Agosto - Setembro de 2013 Ano 1, Edição 03
Boom
imobiliário Especulação ou valorização? Pág. 16
Um só cartório não faz tudo Pág. 06
Entrevista Creci - MG Pág. 14
APAE - Especiais sim, incapazes não Pág. 08
As cidades, o homem e o meio ambiente
Pág. 36
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Mais uma vez a Revista Mercado apresenta um tema que está mexendo com a cabeça de muitos empresários, investidores e moradores de Santa Luzia: o crescente aumento no valor dos aluguéis e imóveis na cidade. Nesta terceira edição, mostramos os motivos dessa valorização, a rotatividade no comércio local e o que os especialistas do setor preveem para os próximos anos. A expressão utilizada por muitos é especulação, mas na nossa matéria de capa mostramos que o momento é mesmo de valorização. Em entrevista especial, o Presidente do Creci - MG, Paulo Tavares, analisa o mercado imobiliário da cidade e a importância da profissionalização dos corretores de imóveis neste momento. Na seção Jurídico, alertamos para os direitos dos locatários
regularização de imóveis, a seção Especial traz a relação de todos os cartórios da cidade e suas diferentes atribuições. Nosso ilustre convidado nesta edição, Dr. Mário Werneck, analisa o crescimento urbano e o meio ambiente e como essa relação pode ser bem mais sustentável. No espaço Cidadania trouxemos um assunto bem atual, como os alunos da APAE podem conviver em sociedade, apesar de suas limitações. Vale a pena conferir esses e outros assuntos que são destaques no mercado de Santa Luzia. Mais uma vez, agradecemos o apoio dos anunciantes. Sucesso a todos e boa leitura!!
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perder mais tempo, inclusive no momento da
Editora: Liliane Marques contato@revistamercadovetornorte.com.br
Jornalista: Stephanie Gomes redacao@revistamercadovetornorte.com.br
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Marketing: Agência A4 marketing@revistamercadovetornorte.com.br
Revisão: Margarete Fantini Projeto Gráfico: Agência A4 Comunicação e Marketing Diretor de Arte: Renato Gomes Tiragem: 5.000 exemplares Gráfica: Del Rey Periodicidade: Bimestral 4
AGOSTO de 2013
Distribuição: Gratuita e Dirigida Circulação: Santa Luzia Revista Mercado Vetor Norte Av. Brasília 2462 • sala 207 • São Benedito • Santa Luzia/MG • Cep.: 33.170-000 www.revistamercadovetornorte.com.br Para Anunciar: 31 3063-5742/31 9482-8070 anuncios@ revistamercadovetornorte.com.br
Entrevista
14
capa
Presidente do Creci MG explica a importância da profissionalização do corretor de imóveis
06
especial
Especiais sim, incapazes não
Comportamento
10
Super - herói também se cuida
20
Jurídico
O poder das redes sociais. O que fazer (ou não) com isso
26
varejo
Jeans de gala?
30
Artes
Coral francês faz apresentação no centro histórico Noite luziense embalada por boa música
Gastronomia
34
As cidades, o homem e o meio ambiente
16
Mercado imobiliário, valorização ou especulação?
Um só cartório não faz tudo
08
Cidadania
12
Saúde
22
Tecnologia
28
Moda
Equitação dirigida auxilia portadores de necessidades especiais
Direitos dos Locatários
De olho nas finanças empresariais
Talento original
32
Cidade
Salmão com legumes à Julienne
36
Meio Ambiente
Um só cartório não faz tudo A falta de conhecimento sobre os serviços de cada lugar é o grande vilão quando o assunto é cartório
especial
Stephanie Gomes
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econhecer firma, abrir uma empresa, solicitar registro de imóvel e certidão de nascimento. Esses são apenas alguns dos serviços procurados diariamente por muita gente. Quando a pergunta é: onde conseguir toda essa documentação? A resposta costuma ser: no cartório. Mas, o que muitos não sabem é que cada cartório apresenta uma funcionalidade diferente, e a falta de informação sobre o assunto leva o cidadão a perder tempo em idas e vindas a lugares desnecessários. Atualmente, existem sete cartórios na cidade. Um localizado no distrito de São Benedito e os demais em Santa Luzia. A Mercado preparou este especial para esclarecer algumas dúvidas e orientar o leitor quando necessitar dos serviços oferecidos em cada lugar. Vale lembrar que cartório ou tabelionato tem o mesmo significado, escritório do tabelião, que é o oficial responsável pela autenticação dos documentos solicitados em cada local.
Cartório Lima de Paiva Ofício: 1º Tabelionato de Notas de Santa Luzia Principais serviços: Autenticação, reconhecimento de firma, procuração, divórcio, declaração de união estável, ata notarial (escritura que descreve fatos ou acontecimentos), escrituras diversas, entre outros. Público atendido: Pessoa física
Cartório Fonte Boa
Cartório Philadelphia
Tabeliã responsável: Letícia Lima de Paiva
Ofício: 1º Tabelionato de Protesto de Títulos
Ofício: Registro de Títulos e Documentos, Registro de Pessoas Jurídicas
Endereço: Rua Direita, 637, Centro.
Principais serviços: Protestos de boletos, duplicatas, cheques, sentença social, emissão de certidão negativa de protesto (nada consta), dívida trabalhista e documentos de dívidas em geral.
Principais serviços: Registro de documentos diversos; como letras de música, projetos, atas de condomínio, contratos, entre outros. Registro de pessoas jurídicas na categoria de sociedade simples, ou seja, quando deseja abrir empresa na categoria limitada, como ONG, igreja, associação, etc.
Mais informações sobre os serviços e taxas pelo site:
Público atendido: Pessoa jurídica Tabelião responsável: Bruno Gonçalves Fonte Boa Endereço: Rua do Comércio, 341, loja 02, Ponte Grande. Telefone: 3649 6405 E-mail: cartorioprotsantaluzia@yahoo.com.br “Nossa demanda maior vem do banco que nos envia os títulos de cobrança.”
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AGOSTO de 2013
Telefone: 3649 7791
www.cartoriolimadepaiva.com.br
Público atendido: Pessoa física e jurídica
“Muitas pessoas que recebemos não sabem o nome correto do serviço que necessita, mas geralmente estão procurando um dos serviços prestados aqui mesmo. Então, notamos que muitas pessoas estão bem informadas.”
Tabeliã responsável: Sandra Simone Augusto
Cartório de Notas
Endereço: Rua do Comércio, 341, loja 01, Ponte Grande. Telefone: 3642 7015 E-mail: rtdpj.santaluzia@gmail.com
Ofício: 2º Tabelionato de Notas Principais serviços: Reconhecimento de firma, autenticação de escrituras em geral e procurações.
Informe Publicitário Público atendido: Pessoa física e jurídica
Telefone: 3641 1082
Endereço: Rua Floriano Peixoto, 451, Centro
Tabeliã responsável: Maria Adélia Tófani Gonçalves Machado
E-mail: seriluz@uai.com.br
Telefone: 3642 9344
“Há muita falta de comunicação quando uma pessoa adquire um imóvel. Muitas vezes ela vem solicitar o registro sem ter solicitado a escritura ou após retirar a escritura não se preocupa com o registro. Anos depois a pessoa acaba precisando do registro do imóvel e quando chega aqui, diz que nem sabia da necessidade desse documento.”
E-mail: rodrigues.antunes@terra.com.br
Telefone: 3641 5007 E-mail: cartnotas2@yahoo.com.br
Cartório Registro de Imóveis Ofício: Registro de imóveis Principais serviços: Certidão de registros e ônus. Ao adquirir um imóvel é preciso solicitar a escritura no Cartório de Notas, assim que estiver com o documento em mãos, o cidadão deverá dirigir-se ao Cartório de Registro de Imóveis para adquirir a certidão de registro do imóvel. Público atendido: Pessoa física e jurídica Endereço: Rua Direita, 549, Centro
Cartório de Registro Civil de Santa Luzia Ofício: Registro Civil das Pessoas Naturais Principais serviços: Emissão de certidões da vida civil, como nascimento, casamento e o óbito. Tabeliã responsável: Luciana Rodrigues Antunes
Cartório Brito Ofício: Registro Civil e Tabelionato de Notas Principais serviços: Casamento, emissão de certidão de nascimento, óbito, escrituras em geral, procuração, autenticação e reconhecimento de firma. Público atendido: Pessoa física e jurídica Tabeliã responsável: Maria das Dôres Guimarães Brito Endereço: Avenida Brasília, 1067, São Benedito Telefone: 3637 2320 E-mail: cartoriobrito@yahoo.com.br Para mais informações sobre os cartórios e suas atividades, visite o site www.recivil.com.br
Especial
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Especiais sim, incapazes não Alunos da APAE mostram que conseguem conviver em sociedade como qualquer outra pessoa
Cidadania
Stephanie Gomes
E
ducar, cuidar da saúde física, mental e oferecer assistência social. Esses são os vértices que compõem a APAE de Santa Luzia que há 22 anos vem ajudando pais na difícil jornada de educar e preparar seus filhos especiais para conviver em sociedade. Como o próprio nome já aponta a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) trata-se de um grupo de pessoas que trabalham para dar assistência aos excepcionais, que hoje são classificados como pessoas com deficiência intelectual e múltipla. “Queremos dar condições desses alunos se incluírem na sociedade como pessoas normais, com o direito a cidadania e dignidade em primeiro lugar. Nossa ação social engloba saúde e escola, dessa forma trabalhamos todo um conjunto que vai além da alfabetização”, explica o presidente da Instituição, Ubiratan da Silva Alves Coelho. As famílias luzienses que necessitam dessa educação especial contam com duas unidades da APAE, a sede situada no bairro Nossa Senhora das Graças e a unidade do CAIC, bairro Londrina. As duas escolas funcionam em dois turnos diurnos, e atende cerca de 380 alunos do início escolar até o EJA anos iniciais. De acordo com Ubiratan, a instituição está passando por um processo para Fotos: Arquivo Pessoal
implantação, em breve, do EJA anos finais. “Eles gostam da escola,
“Nossa luta é pela cidadania, é mostrar para eles e para a sociedade que eles têm os mesmos direitos e são capazes como qualquer outro cidadão, apesar de suas limitações.”
chegam felizes, não são coitadinhos como muitos pensam. Pelo contrário, eles têm uma vida como qualquer outra criança. Fazem amizades no ambiente escolar, um ajuda o outro e eles são felizes”, enfatiza o presidente. Além das escolas, a instituição oferece atendimento especializado em uma clínica médica, situada na sede, setor de serviço social, e um núcleo de trabalho, emprego e renda. Excepcionais ingressam no mercado de trabalho sob a orientação e acompanhamento dos profissionais da APAE, e para os alunos sem condições de atuarem na empresa, há um método diferenciado. “Eles trabalham na APAE prestando serviços para as empresas, cumprem o horário normalmente, usam o uniforme de trabalho, e têm todos os direitos como qualquer outro trabalhador”, conta Ubiratan Coelho. Há também diversas oficinas que desenvolvem valores e ajudam no processo de sociabilização dos alunos, como artesanato, música, dança e cozinha pedagógica, onde eles preparam alguns alimentos para vender nas festinhas. “Nós trabalhamos um processo de produção e venda com os alunos, assim eles desenvolvem diversas habilidades que vão desde o manuseio do produto até a integração com a sociedade durante a venda e percepção de estar gerando renda por meio de seu trabalho”, explica Ubiratan. A partir desse segundo semestre a APAE contará também com uma escola de informática e oficina de picolé.
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Neste processo de alfabetização e integração social o papel da família se torna imprescindível. Pensando nisso, a APAE adotou algumas medidas para que haja uma extensão em casa do que é desenvolvido na instituição. “Antes percebíamos que muitos familiares ficavam na rua esperando o horário de saída dos alunos, então criamos a Sala dos Pais onde eles podem descansar, trocar experiências, ou aproveitar esse tempo para se consultar com nossos profissionais, psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, e outros”, exemplifica Ubiratan. Os pais também participam ativamente das atividades oferecidas pela APAE e acompanham as fisioterapias para que possam dar continuidade nos exercícios. Em parceria com o Sesc, algumas oficinas de artesanato são ministradas para os familiares que depois formam grupos e vendem seus produtos. Alguns pais fazem parte da diretoria, de acordo com o estatuto da APAE, e outros atuam em cargos voluntários. “Nossa luta é pela cidadania, é mostrar para nossos alunos e para a sociedade que eles têm os mesmos direitos e são capazes como qualquer outro cidadão, apesar de suas limitações”, finaliza Ubiratan.
Como ajudar? Existem mil maneiras de ajudar a APAE, pode ser por meio de doações de alimentos, hortifruti, combustível, equipamentos como cadeiras de rodas, material de limpeza ou fazer parte do programa de voluntariado. As doações financeiras podem ser feitas de forma direta pelo Banco do Brasil, Agência 2582-8, Contas: 44.404-9 ou 9987-2 (Apae Joana Martins); ou por meio de dedução no imposto de renda no Banco do Brasil, Agência 2582-8, Conta: 55.137-6 (Fundo Municipal de Assistência Social de Santa Luzia). Participe das festas promovidas pela instituição e ajude a manter o trabalho desenvolvido e promover a inclusão social dos alunos.
cidadania
EXTENSÃO FAMILIAR
Comportamento
Equitação dirigida auxilia portadores de necessidades especiais Liliane marques
E
xistem vários motivos para andar a cavalo, pode ser por hobby, esporte ou terapia. Durante várias décadas estudos foram feitos sobre a relação afetiva entre crianças especiais e os animais. E a positividade dessa relação resultou em várias formas de terapia, como a que é oferecida na Vila Hípica Rancho das Gerais (VHRG), localizada no bairro Bom Jesus. “Já atendemos vários alunos autistas, com síndrome de down, hiperativos, etc. Cada caso apresenta uma evolução específica, já tivemos um aluno com síndrome de Down que fazia aula junto com a turma e conseguia trotar’, comenta o instrutor de hipismo e proprietário da escola, Rodrigo Colares. Há quatro meses, Lucas, 16 anos, autista de nível moderado, tem feito aulas dirigidas de hipismo e a evolução em seu comportamento é notável. “Ele já apresenta melhoras consideráveis na comunicação e demonstra bem mais interesse nas atividades escolares. Acho que o contato com o cavalo o acalma, e hoje percebo que já tem um carinho especial com o animal”, relata emocionada a mãe do aluno, Izabel Cristina. “Recebemos crianças muito agressivas, mas o próprio cavalo impõe respeito. O aluno percebe que se ele fizer movimentos bruscos o cavalo responde da mesma maneira, então, ele próprio percebe que é preciso mais calma durante a aula. Com isso, sempre notamos que o temperamento dos alunos acaba mudando não somente aqui, mas em casa também”, completa Rodrigo. Para a instrutora, Anna Krushewsky, os principais benefícios da equitação dirigida é a melhora na concentração, comunicação, equilíbrio e interação social. “No início sentíamos que o Lucas não interagia, respondia apenas o que ele queria e tínhamos que repetir uma mesma pergunta várias vezes. Hoje, ele está mais confiante e o raciocínio dele está mais rápido. Os próprios familiares comentam como ele está mais comunicativo”, finaliza.
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“Ele já apresenta melhoras consideráveis na comunicação e demonstra bem mais interesse nas atividades escolares. Acho que o contato com o cavalo o acalma, e hoje percebo que já tem um carinho especial com o animal.”
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Super - herói também se cuida saúde
A importância de prezar por uma boa saúde masculina Stephanie Gomes
P
assou o tempo em que os paradigmas
Breno Gomes. Atento à neces-
de que homem não chora, homem
sidade de mudar essa cultura, o
não sente dor, homem não precisa ir
governo tem investido em ações
ao médico, significavam força. Hoje em dia,
como a Política Nacional de Aten-
o homem aprende desde cedo que cuidar
ção Integral à Saúde do Homem.
da saúde é tão necessário como a mulher e isso não o diminui em nada. “O modelo do sistema de saúde, baseado na doença, é insustentável. As próprias operadoras de plano e o governo já começaram um trabalho intenso de educação para a prevenção, mais barata e efetiva. O homem, claro, passou a preocupar um pouco mais com sua saúde”, afirma o Presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica - Regional Minas Gerais, Dr. Breno Figueiredo Gomes. No entanto, uma pesquisa divulgada rece-
Em Santa Luzia, o Centro Viva a Vida (CVV), no bairro Camelos, apresenta um programa de atenção à saúde masculina. O primeiro momento consiste em um atendimento no posto de saúde, que posteriormente encaminhará o paciente para o CVV para
“Aos poucos, nota-se um resultado positivo após as campanhas de conscientização.”
dos entrevistados pela SBU relataram nunca ter feito exames para detectar o câncer de mais comum entre os homens e o sexto tipo mais comum no mundo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil. O aposentado, Oswaldo de Souza Lima, 80 anos, foi diagnosticado com a doença no ano passado e não hesitou em
entrevistados em seis capitais brasileiras,
exames e cuidados específicos.
incluindo Belo Horizonte, 44% nunca foi
Este ano, a campanha de prevenção lança-
a uma consulta com o urologista e não faz
da pelo Ministério da Saúde traz a seguinte
qualquer tipo de exame preventivo. “Nor-
mensagem: “Que tipo de homem você é?
malmente, não só os homens, mas o bra-
Seja o tipo que se cuida”. Aos poucos, nota-se
sileiro em geral, procura o médico quando
um resultado positivo após as campanhas de
tem alguma coisa errada”, contextualiza Dr.
conscientização. Em comparação com uma pesquisa realizada pela SBU, no ano passado, houve uma queda de 13% no percentual de homens que nunca procuram o médico para medir os níveis de testosterona.
Oswaldo com parte de sua família de seis filhos, 16 netos, 14 bisnetos e dois tataranetos.
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sultados mais satisfatórios. Mais da metade
próstata, que figura entre o segundo câncer
mente pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que dos cinco mil homens
que fazer para se alcançar re-
Mas, ainda há muito o
procurar o tratamento adequado. “Eu ficava de dez a 15 anos sem ir ao médico. Comecei a frequentar de forma mais regular após os 60, e durante esses exames de controle descobri que estava com o problema na próstata. Daí eu disse que se tivesse que operar seria melhor que fizéssemos logo. Posso dizer que não senti nada, a recuperação foi muito tranquila, e eu recomendo o tratamento para todos que necessitam. Hoje em dia há muitos recursos na medicina”, conta satisfeito. Assim como a maior parte do público masculino, Oswaldo vem de uma geração que não aprendeu a se cuidar. “Nunca tive incentivo de ir ao médico. Na minha época tudo era mais difícil, e acabei passando a mesma educação para os meus filhos”, comenta.
Segundo o Dr. Breno Figueiredo Gomes, entre as doen-
dade e depressão também são frequentes. “O importante é que todo
ças mais específicas do homem está o câncer de prós-
mundo precisa ter o seu médico de confiança. O clínico geral é o pro-
tata, porém, os outros tipos de tumores, a hipertensão
fissional que pode centralizar as informações, administrar as ações
arterial, o diabetes, a obesidade, distúrbios de ansie-
de prevenção e ser a referência para o paciente”, finaliza o médico.
Cuidados específicos de cada idade Nesta fase da vida é comum problemas como testículo retido, que pode ser tratado com medicamentos ou cirurgia até um ano de idade. Já a fimose costuma apresentar uma retração espontânea até o terceiro ano de vida. O tratamento é feito com cremes ou pomadas, e a cirurgia é utilizada em última opção.
Adulto Disfunção erétil (DE), mais conhecida como impotência sexual, é a dificuldade do homem em manter uma ereção suficiente para garantir a relação sexual saudável. O problema somente se apresenta como doença quando passa a ser recorrente na vida do casal. O acompanhamento médico é necessário em todas as fases da vida, mas se intensifica após os 40 anos.
Jovem
Idoso
Na puberdade é preciso atenção com a varicocele, formação de varizes nas veias da região do escroto, onde estão alojados os testículos. Neste caso o tratamento é cirúrgico. Também comum, a partir dessa fase, são as doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). Entre as diagnosticadas com mais frequência estão a HPV, que não apresenta sintomas; a AIDS, que atualmente tem crescido entre casais heterossexuais e mulheres casadas; e a uretrite, doenças fúngicas, doenças hepáticas virais e o herpes.
Entre 10 a 30% dos homens a partir dos 60 anos são diagnosticados com a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), também conhecida como andropausa. Esta doença apresenta uma redução gradual dos níveis sanguíneos da testosterona que acompanha o envelhecimento e pode gerar queda na produtividade no trabalho, perda de massa muscular, perda da libido, entre outros problemas.
saúde
Bebê
Entrevista
Presidente do Creci-MG explica a importância da profissionalização do corretor de imóveis Stephanie Gomes
N
atural de São Pedro dos Ferros, Zona da Mata, Paulo Tavares é um dos nomes mais citados quando o assunto é mercado imobiliário. Com 45 anos de experiência na corretagem, Tavares é presidente do Creci-MG, dono da Sótão Imóveis, e um dos fundadores da Rede Netimóveis. Diante de tanta bagagem profissional, o corretor fala sobre a valorização da classe, como se destacar no mercado e o que esperar do ramo imobiliário nos próximos anos.
Entrevista Mercado: O número de corretores de imóveis no Brasil cresceu 83% em quatro anos, esse fenômeno seria um reflexo da expansão do mercado imobiliário no país? Paulo Tavares: Podemos destacar dois fortes motivos para o crescimento na profissão de corretor de imóvel. O primeiro é o aquecimento do mercado no país, este é sem dúvida o principal entre todos os motivos. O segundo é a fiscalização dos Crecis, principalmente o Creci-MG que firmou convênio com o Ministério Público e a Procuradoria Geral para banir os ilegais, o que possibilitou a
“O que observamos é que o município está praticamente parado em comparação aos seus vizinhos Lagoa Santa e Vespasiano. Uma cidade que está no entorno do Centro Administrativo, com toda essa valorização que o Vetor Norte tem adquirido, poderia estar disparando no mercado.”
intensificação da fiscalização em torno da profissão em todo o Estado. Mas, infelizmente ainda há muita gente trabalhando de forma irregular, assim como é grande o número de falsos médicos, advogados, etc. Para ser corretor de imóveis, profissão regulamentada por lei há 51 anos, o cidadão deve possuir qualificação profissional e inscrição junto ao Creci de sua jurisdição. Hoje, no Brasil, somos mais de 280.000 profissionais, em torno de 25.000 somente em Minas Gerais. Mercado: O que deve fazer um corretor ou imobiliária que deseja traba-
Mercado: De acordo com sua experiência, quais os maiores erros cometidos pelos corretores não registrados? Paulo Tavares: Um dos maiores erros que o corretor pode cometer é intermediar a venda de um imóvel que, por questões diversas, não poderia ser oferecido a terceiros; faltar com informações sobre vícios ou defeitos do que está sendo oferecido, e não conhecer a real capacidade do comprador. O ideal é que o corretor procure conhecer bem o imóvel antes de colocá-lo à venda, conhecer os vizinhos, levantar informações sobre possíveis dívidas de IPTU, taxas de con-
física no Creci de sua região. A pessoa jurídica também deve possuir inscrição no Conselho. Para a empresa ter a inscrição aprovada, ela necessita ter
domínio, entre outros. Saber o potencial do comprador também é importante para que não se ofereça nada além ou aquém do que ele possa pagar.
um corretor de imóveis responsável em
Mercado: Qual a sua visão em re-
seu contrato social. Trabalhar confor-
lação ao mercado imobiliário no
me a lei implica também em o corretor
Vetor Norte, principalmente em
e imobiliária conhecerem as normas que regem a profissão, o código civil, a funcionalidade dos cartórios, e sempre apresentar toda informação possível sobre o bem aos interessados, sem qual-
Santa Luzia? Paulo Tavares: Sem investimento do poder público, Santa Luzia está perdendo uma oportunidade ímpar. Uma parte da cidade é histórica e não pode
quer omissão que o desprestigie. Sobre
ser alterada, resta então o distrito co-
fiscalização de irregularidades em Santa
mercial e industrial para ser trabalha-
Paulo Tavares: O corretor deve con-
Luzia, as denúncias podem ser feitas ao
do. Mas, o que observamos é que o
cluir o curso de Técnico em Transações
CRECI, para que este as encaminhe ao
município está praticamente parado
Imobiliárias e se inscrever como pessoa
Ministério Público Estadual.
em comparação aos seus vizinhos La-
lhar de forma regular perante a lei?
14 AGOSTO de 2013
Mercado: Os preços dos imóveis aumentaram bastante. O que podemos esperar para o segundo semestre deste ano e para o tão esperado 2014?
Mercado: É comum uma imobiliária pedir exclusividade na negociação de um imóvel. No entanto, muitos clientes preferem deixar a opção de venda nas mãos de várias imobiliárias com a intenção de vender mais rápido. Afinal, qual postura é mais adequada?
Paulo Tavares: No passado tínhamos uma euforia muito grande, com um mercado atuante, que fugia da realidade. Grandes construtoras de outros estados, impulsionadas pela duplicação da Cristiano Machado, do Rodoanel, Centro Administrativo, Aeroporto de Confins e farta linha de crédito, vieram para Belo Horizonte e compraram terrenos que logo após foram inflacionados. Nesse mesmo período, absorveram a mão de obra disponível, quase passamos por uma falta de materiais, e tudo isso gerou um atraso de três anos na entrega dos imóveis. Mais recentemente, o mercado começou a apresentar um número satisfatório de imóveis para venda e locação.
Paulo Tavares: Como presidente do Creci - MG, aconselho o cliente a dar exclusividade, porque dessa forma o profissional irá trabalhar com muito mais tranquilidade e segurança. Por exemplo, quando um corretor não tem a exclusividade da venda, ele não fornece endereço e informações detalhadas do imóvel por telefone, afinal ele não sabe se do outro lado da linha está um concorrente. Infelizmente, a questão da ética no Brasil é complicada e há muita desunião da classe. Ou seja,
se não há segurança para trabalhar um produto, logicamente ele não será bem difundido. Outra questão importante diz respeito ao preço. Um imóvel com muitas placas somente pode indicar uma coisa: que o proprietário precisa, com urgência, se desfazer do imóvel. E a urgência, como sabemos, denota necessidade financeira, o que atrai adquirentes interessados em pagar valores abaixo do mercado.
Entrevista
Hoje, posso afirmar que estamos vivendo um processo de estabilização, porém lenta. Muitos confundem estabilização com queda, o que vejo é uma estabilização, e exemplo disso é o aumento de limite e prazo no valor do financiamento, e em alguns casos a volta da aceitação de imóveis usados como parte do pagamento.
Foto: Site Creci
goa Santa e Vespasiano. Uma cidade que está no entorno do Centro Administrativo, com toda essa valorização que o Vetor Norte tem adquirido, poderia estar disparando no mercado. Mas, por falta de um plano diretor, essa grande oportunidade está sendo perdida. De qualquer forma, ainda há tempo de aproveitar esses benefícios, pois chegará um momento em que seus vizinhos serão saturados e os investidores certamente olharão para Santa Luzia.
boom imobiliário
especulação ou valorização? Após a alta nos valores dos imóveis a dúvida é com relação aos benefícios desse fenômeno para a cidade
Capa
Stephanie Gomes
Q
uem comprou terreno aqui no passado se deu bem! Quem nunca ouviu essa afirmação de pessoas que estão a cada dia mais assustadas com a crescente valorização de imóveis em cidades antes pouco valorizadas, como Santa Luzia. “Já recebi várias propostas de compra do meu espaço e por muito dinheiro. Mesmo sabendo que os valores ainda vão aumentar muito não tenho vontade de vender”, conta a aposentada Ivani Dutra, que mora na avenida Brasília há 45 anos. Mas, será que essa mudança no cenário imobiliário tem trazido apenas benefícios para a cidade? Na mesma proporção em que o progresso vem se instalando, os aluguéis estão inflacionando, o trânsito já aponta sinais de que será preciso passar por uma readequação em breve, e a infraestrutura da cidade ainda deixa muito a desejar. Outro questionamento que vem à tona é o que esperar após esse boom imobiliário? Ainda há tempo de investir ou o momento é esperar? De acordo com uma pesquisa realizada pelo Índice FipeZap, o preço dos imóveis prontos, em sua maioria usados, de várias capitais, subiu 1% em junho e acumulou alta de 5,8% no primeiro semestre deste ano. Nota-se que o preço tem subido assim como a demanda. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de empréstimos para
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aquisição e construção de imóveis somou R$ 8,3 bilhões em abril, crescimento de 44,3% na comparação com igual período do ano passado. Não apenas capitais, mas cidades metropolitanas também têm vivido esse aquecimento no mercado imobiliário. Em Santa Luzia, potenciais investidores de diversos segmentos têm demonstrado interesse em atuar na região. Há pouco mais de dois meses, o empresário Neilton Gomes de Oliveira, escolheu o distrito de São Benedito para atuar como corres-
pondente da Caixa Econômica Federal. “O que me atraiu foi o valor imobiliário
“A valorização residencial também tem atraído grandes construtoras e o metro quadrado está cada dia mais caro e disputado pelos novos compradores.”
na região e a falta de acesso da comuni-
oportunidade para o cidadão. Mas, ainda
crescimento gera diversas oportunida-
dade aos serviços bancários da Caixa”,
há muito o que melhorar. Estou confian-
des para pessoas que moram na região
explica o agente que oferece os mesmos
te que as mudanças políticas, principal-
e para outras que migram para cá. Pa-
serviços da agência bancária. Por ser um
mente depois das recentes manifestações
ralelo a isto, as taxas e facilidades para
sociais do Governo, a Caixa tem partici-
isso”, prospecta Neilton.
pado de maneira expressiva na expansão
Bancos privados também têm voltado a
do mercado imobiliário. “Hoje quem
aquisição da casa própria tem sido um atrativo para as pessoas que empregadas vislumbram a possibilidade de substituir em seu orçamento o aluguel
ganha um salário de R$1.600 tem condi-
liário. “Santa Luzia está em uma região
pela prestação da casa própria”, analisa
ções de comprar sua casa, isso há alguns
que está sendo contemplada por muitos
o gerente geral do Banco Santander na
anos não era possível. A Caixa dá essa
investimentos nos últimos anos. Este
Avenida Brasília, Robson Rabelo.
PROGRESSO X INFRAESTRUTURA Tudo na cidade inflacionou muito de-
“Apesar de saber que venderia bem mais na Avenida Brasília, não penso em mudar de ponto pelos altos aluguéis.” No entanto, esse desenvolvimento imobiliário está causando um fenômeno natural no sistema financeiro que tem preocupado, principalmente, lojistas. “Isso é mercado. Qualquer segmento onde a demanda esteja maior que a oferta certamente o preço vai subir.
vido à valorização comercial”, explica o
Foto: Divulgação
atenção para a linha de crédito imobi-
agente da Caixa, Neilton. Comerciantes reclamam dos altos preços dos aluguéis e afirmam que determinados pontos têm cobrado o mesmo valor que uma loja no centro de Belo Horizonte. Porém, o volume de vendas nem sempre é o esperado pelo lojista quando resolve arriscar em imóveis tão caros. “Apesar de saber que venderia bem mais na Avenida Brasília, não penso em mudar de ponto pelos altos aluguéis que estão sendo cobrados e demais despesas que viriam como contratação de pessoal e etc.”, explica Jesuíta Honorato, proprietária da loja Tihita Moda Feminina, situada em uma rua paralela à avenida principal do São Benedito. Ivani é proprietária de três casas e quatro
lojas alugadas na avenida Brasília, porém seus inquilinos vivem uma situação a parte do cenário atual. “Não vou tirar quem está comigo há tanto tempo e não me dá trabalho para colocar gente nova e me trazer dor de cabeça”, conta a aposentada que cobra aluguéis bem abaixo do mercado por consideração aos inquilinos. “Eles já fazem parte da minha família”, sorri. Entretanto, ao caminhar por alguns quarteirões da avenida é comum encontrarmos várias faixas de “passo o ponto” ou lojas fechadas da noite para o dia.
Capa
banco público e parceiro nos programas
populares, irão contribuir muito para
Capa
tor Cristiano Batista da Silveira, percebe a forte demanda pelo aluguel residencial. “Sempre recebo pedidos de indicações de onde alugar. Como meu trabalho é no ramo imobiliário, as pessoas deduzem que sempre sei de algum aluguel disponível. A procura está realmente grande nos últimos anos”, afirma o corretor de imóveis que atua há 25 anos em Santa Luzia.
Reflexos positivos: • Valorização comercial • Atração de potenciais investidores • Vasta gama de produtos e serviços oferecidos para a população • Novas oportunidades de negócios para empresas com foco habitacional Para alguns comerciantes as lojas de rede têm sido as principais causadoras desse fenômeno, pois além de conquistarem uma vasta gama de clientes, conseguem manter facilmente os aluguéis mesmo em períodos de baixas vendas. Entretanto, para Jesuíta, que está no comércio luziense há 17 anos, esse interesse das lojas de rede pela cidade só tem a contribuir para o faturamento de todos. “Às vezes, me perguntam se não me sinto ameaçada pelas grandes lojas que estão
Reflexos negativos: • Infraestrutura estagnada • Trânsito inapropriado para o crescimento populacional • Inflação de vendas e aluguéis de imóveis • Alta rotatividade no comércio se instalando aqui, respondo que não e acho bom que eles venham para que os pequenos comerciantes migrem para as ruas paralelas e o público passe a explorar mais esse comércio que vai além da avenida principal”, afirma a lojista que já tem percebido um aumento em seu volume de venda nos últimos anos. Não é apenas no comércio que a demanda pelo aluguel tem crescido de forma significativa. Apesar de trabalhar apenas com compra e venda de imóveis, o corre-
Grandes construtoras também têm apresentado interesse em investir na cidade, e o metro quadrado está cada dia mais caro e disputado. No entanto, para Cristiano a forte demanda tem contribuído para a falta de qualidade do que está sendo oferecido. “Santa Luzia sempre foi uma cidade dormitório, e tem crescido de forma desordenada. Os loteamentos têm sido em terrenos muito pequenos e sem infraestrutura para atender a população que chega. Acredito que poderia haver mais qualidade no que está sendo oferecido por muitas construtoras”, analisa.
TRÂNSITO Assim como em outros municípios que vêm se desenvolvendo de forma mais intensa nos últimos anos, Santa Luzia apresenta uma malha viária que não tem acompanhado o crescimento populacional. E, a falta de acostamentos e pavimentação precária em muitos pontos da cidade contribui para a piora
desse quadro. “Como em outras partes do país, em Santa Luzia a maior força ainda está concentrada no público de baixa renda. E é comum encontrarmos pessoas que em busca de uma renda melhor estão saindo da cidade para enfrentar desafios em Belo Horizonte ou na região metropolitana”, aponta o gerente do banco Santander, Robson Rabelo. E para quem se desloca para outras cidades diariamente a mobilidade urbana tem se configurado como uma das principais carências do município.
lhões em obras viárias no entorno do
Em uma visão mais geral, mudanças na malha viária que contempla todo o Vetor Norte também já se apresentam necessárias. A ligação das rodovias LMG800 e MG-424 já estão em andamento, e de acordo com a Rede Imvista, que firmou parceria com o grupo de empresários Desenvolvedores do Vetor Norte (AV Norte), até 2015 estão previstos investimentos em torno de R$ 570 mi-
Estado de Transportes e Obras Públicas
Aeroporto de Confins. Outro projeto que contribuirá significativamente para a melhoria no trânsito da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) é o Rodoanel Norte. A obra é de responsabilidade da Secretaria de (Setop) e apresenta a proposta de ligação entre os municípios de Santa Luzia, Vespasiano, Sabará, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Contagem e Betim. Com esta nova rota, esti-
Capa
Revitalização da Rua Barão Rio Branco, Centro.
de trem e Rua do Comércio, no Centro. “Acho ótimo asfaltar essa rua porque aqui dá muito movimento e, às vezes, forma um fila que prejudica motoristas que estão atravessando sobre a linha do trem, colocando suas vidas em risco”, comenta um trabalhador que não quis se identificar.
mada em 67,5 quilômetros, haverá um alívio no atual Anel Rodoviário e mais desenvolvimento e urbanização para as cidades que farão parte do itinerário.
O Rodoanel Norte passará pelos municípios: Santa Luzia, Vespasiano, Sabará, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Contagem e Betim.
No entanto, nos últimos meses, obras de revitalização estão acontecendo em alguns trechos da cidade, como na Rua Barão Rio Branco que segue ao lado da linha
MOMENTO DE INVESTIR? O boom que o mercado imobiliário vem apresentando nos últimos anos levanta vários questionamentos, entre eles se esse aquecimento resultará numa crise financeira no país. Há quem já planeje esperar passar a Copa do Mundo e as Olimpíadas para então investir em imóveis, com a pretensão de que estes sofram realmente uma queda de valores. Para o correspondente da Caixa, Neilton Gomes de Oliveira, “há uma especulação de crise no mercado após a Copa, mas isso não aconteceria de imediato. Então a dica é comprar agora, pois ainda está em tempo”. Também confiante de que ainda estamos em uma boa fase, o gerente do
Santander, Robson Rabelo, acredita que “o mercado imobiliário na maior parte das regiões está bem aquecido e deve continuar assim nos próximos três anos”. E para quem deseja investir no mercado imobiliário de Santa Luzia, porém não sabe se em imóveis prontos, na planta, ou em terrenos, o corretor, Cristiano Batista da Silveira, que vem acompanhando de perto toda a evolução da cidade, aponta um setor ainda sem muitos investidores. “Considero uma boa aposta a compra de terrenos para atender as indústrias, principalmente aquelas que utilizam áreas de
parte da gestão municipal em incentivar a vinda das indústrias para a cidade, então é bom começar a investir nesse sentido”, aconselha.
“Há quem já planeje esperar passar a Copa do Mundo e as Olimpíadas para então investir em imóveis.”
até 3 mil m². Nota-se um interesse por
19
Direitos dos Locatários
Advogada OAB/MG 118.443
jURÍDICO
Alguns cuidados essenciais quando for alugar um imóvel
E
Dra. Andréa do Carmo Alves
xiste um ditado popular que diz:
ção do estado da conservação e a expressa
que for relativo à manutenção é de responsa-
“os meus direitos terminam quando
referência aos eventuais defeitos existentes
bilidade do locatário e quando for estrutural
começam os dos outros”. Na loca-
deve ser solicitada no início da locação, jun-
é do locador. Pode o locatário incrementar o
ção, sempre um direito se contrapõe a um dever entre as partes do contrato. Assim, a Lei 8.245/91 vem dispor sobre as locações de imóveis urbanos e os procedimentos a ela inerentes. O locatário deve conhecer bem seu papel no negócio. Isso porque os principais dilemas surgem nos momentos mais inusitados e sempre estão ligados à divisão de responsabilidades. O artigo 22 e 23 da Lei 8.245/91 e
imóvel com vários acessórios para seu maior
“No ato da devolução do imóvel,
conforto, porém pode levar com ele quando
certifique-se da transferência
O contrato deve ser respeitado pelas partes
de titularidade tanto na CEMIG
por esse motivo o locatário é beneficiado
quanto COPASA, a fim de evitar cobranças posteriores.”
os artigos 565 a 578 do Código Civil, descrevem as obrigações do locador e do locatário.
sair, sem danificar o imóvel. desde sua contratação até sua finalização e com as situações abaixo quando o locador desrespeita as regras. O artigo 43 da Lei 8.245/91 trata de contravenção penal. Hipóteses em que o locador será apenado com prisão simples de cinco
tamente com a entrega das chaves para pos-
O locatário tem o direito de receber o imó-
dias a seis meses, ou multa de três a doze
sibilitar ao locatário comparar o laudo de
vel em condições de habitabilidade, com as
meses do valor do último aluguel atualizado,
vistoria com as reais condições do imóvel.
revertida em favor do locatário.
instalações elétricas, hidráulica e de esgoto em perfeito funcionamento e tem o dever de devolvê-lo nas mesmas condições, respondendo pelos vícios ou defeitos do imóvel posteriores a locação. Comunique com o locador por escrito, caso constate vícios ou defeitos assim que ocupar o imóvel. Exija recibos dos seus pagamentos minuciosamente discriminados. A vistoria inicial do imóvel com a descri-
Quanto aos encargos da locação referentes ao IPTU e ao seguro incêndio deverá constar no contrato a obrigatoriedade de pagamento pelo locatário. Os encargos da locação, como água, luz e despesas ordinárias de condomínio são obrigações do locatário.
guel e encargos permitidos; II - exigir mais de uma modalidade de garantia (caução e fiadores no mesmo contrato, por exemplo);
No ato da devolução do imóvel, certifique-
III – cobrar o aluguel antecipadamen-
-se da transferência de titularidade tanto na
te, quando não se tratar de locação por
CEMIG quanto COPASA, a fim de evitar
temporada ou locação sem garantias.
cobranças posteriores.
Caso o locador requeira a retomada do imó-
Caso necessite devolver o imóvel antes do
vel para uso próprio, de seu cônjuge ou com-
prazo contratado, saiba que a multa é cal-
panheiro, deverá dar o destino declarado no
culada proporcionalmente aos meses que
prazo de 180 dias após a entrega do imóvel,
faltam cumprir e não três vezes o valor do aluguel. Se ocorrer transferência de emprego do locatário para outra cidade diferentemente da atual onde contratou a locação, não será devida pelo locatário essa multa. Comprove para o locador a transferência. Quando o assunto é reforma, o correto é: o
20 AGOSTO de 2013
I – exigir quantia ou valor além do alu-
bem como utilizá-lo pelo prazo mínimo de um ano, constituindo sanção civil, a fim de coibir os abusos de retomadas insinceras. É preciso estar atento às peculiaridades que regem a locação de imóvel. Em caso de dúvidas, consulte sempre um advogado. Ele é o especialista que tem o conhecimento necessário ao fechamento de qualquer negócio.
Tecnologia
O poder das redes sociais
O que fazer (ou não) com isso Izabela Carvalho
Q
uando penso no poder das redes sociais, me soa muito clichê, onde falamos sem ima-
nas redes sociais é a de voz ativa do con-
ginar nas reais consequências do que
que você comprar algo e caso necessite
isso pode ter. O que é esse poder? Ou
trocá-lo, não conseguir? Ou ligar para
melhor, será que ele realmente existe ou
pedir orientação e ter que ficar apenas
é algo criado e imposto à sociedade?
na música de espera?
A internet e a tecnologia modificaram de
Relacionar-se com o consumidor re-
fato o modo com o qual nos comunica-
quer atenção, posicionamento adequa-
mos. Antigamente trocávamos palavras
do e maleabilidade, devido ao fato de os
por meio das cartas ou em encontros, olhos nos olhos. Hoje em dia, podemos conversar com uma pessoa que esteja do outro lado do mundo de forma instantânea, através de poucos cliques.
sumidor atual na negligência empresarial no pós-venda. Tem coisa pior do
de passagem, nem sempre estão corretas. Ou então, quem nunca excluiu um ex-namorado ou ex-casinho, na tentativa de excluí-lo da sua vida? É... Esse poder é realmente muito complexo dentro
É possível enxergar que as redes sociais
do âmbito comportamental.
têm influenciado na nossa vida e trans-
Tão complexo que ao pararmos para
formado cada vez mais a forma pela qual nos comunicamos. Quem nunca “fuçou” o Instagram de alguém desejado, se sentiu “bem pertinho’’ do Papa Francisco pelo Twitter ou combinou alguma festa com um grupo de amigos pelo Facebook (sem mesmo ter que usar o telefone)? Aposto que você deve estar rindo sozinho agora, ao se ver inserido em alguma dessas situações. É engraçado também como uma simples palavra ganha contexto gigante, quando falamos sobre as redes sociais. Quando alguém coloca o status de “casado’’ no Facebook, por exemplo, não sabemos se a pessoa namora ou é realmente casado. Pelo tipo das postagens, então, dá para se imaginar se o “casado’’ é fiel ou se bate as asas para outros can-
pensar que a internet é um espaço propício para a conexão de vários grupos sociais, com grande circulação de informações, fica mais fácil se mobilizar socialmente dentro de uma ação coletiva. Um exemplo disso foram as manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus. Bom, esse foi o primeiro argumento, do qual se ramificaram vários. À medida que as ações ganhavam força, o ‘’gigante acordou’’ e o Brasil se mobilizou diante de um Governo que começou a realmente ouvir a voz do povo. O “não é só pelos R$ 0,20 centavos” deu criação a várias “hashtags” como #bhnasruas, #vemprarua, #anonymousbrasil, onde toda ação era organizada via redes sociais.
tos, quem é o mais apaixonado do casal,
Outro “poder” que
dentre outras conclusões que digam-se
está em ascensão
22 AGOSTO de 2013
novos consumidores estarem cada vez mais participativos e opinativos. As empresas que negligenciam essa atenção que é de direito do consumidor, terão problemas, uma vez que elogios, reclamações e difamações nas redes sociais são realizados publicamente. Além dos usuários conseguirem aliados que possam ter passado pelo mesmo tipo de problema. Para finalizar, deixo no ar a pergunta para reflexão pessoal: e agora, você tem ideia do tanto que as redes sociais podem lhe favorecer como cidadão? * Izabela Carvalho - Publicitária e Analista de Marketing Digital
Nosso objetivo
é a sua saúde!
A
tualmente, há uma gran-
feita é aquela que utiliza critérios
Na Academia Detroit o diferen-
de procura pela prática
e protocolos bem selecionados,
cial é o atendimento profissional.
de atividades físicas. Po-
fornecendo dados quantitativos
Wellington foi um dos primeiros
rém, a falta de orientação espe-
e qualitativos que indiquem, atra-
em Belo Horizonte a obter sua
cializada e adequada aos objeti-
vés de análises e comparações, a
habilitação profissional pela Fe-
vos e limitações de cada pessoa
real situação em que se encontra
deração Mineira de Fisiculturismo
acaba por conduzi-las à prática
o avaliado. E é focado nesse obje-
em 2000 e em 2002 seu registro
de exercícios sem nenhum tipo de
tivo que Wellington Ferreira, pro-
no Conselho Regional de Educa-
avaliação, pondo em risco a saúde
prietário da rede de Academias
ção Física/MG. Cursou Educação
dos alunos. Uma avaliação bem
Detroit administra o seu negócio.
Física na FACSAL e FUMEC e
Informe Publicitário teve a oportunidade de fazer curso de aperfeiçoamento nos Estados Unidos. Professor de Educação Física há 24 anos, inaugurou sua primeira academia em 1992, no São Benedito. Hoje, são três academias muito bem estruturadas que já atenderam aproximadamente 26 mil pessoas desde a inauguração. Só a unidade Londrina, com apenas sete meses de funcionamento, já conquistou 1.400 alunos. A Academia Detroit conseguiu criar um conceito bem profissional e familiar, e atende a segunda e a terceira geração de alunos. “Cerca de 80% dos donos de academia em Santa Luzia foram meus alunos. Inclusive, a Fabiana da seleção de vôlei, atual campeã olímpica, e natural de Santa Luzia, também foi minha aluna”, ressalta Wellington bastante orgulhoso do seu trabalho. Espaço adequado, equipamentos modernos, preço atrativo e horários flexíveis fazem da Detroit uma academia referência em Santa Luzia. “Quando abri a primeira academia, ainda havia um preconceito muito grande com relação a mulheres na academia, pois o público ainda era só masculino com objetivo apenas da musculação. Hoje, já existe o conhecimento e a comprovação do benefício de exercícios para as mulheres também. Atualmente, tenho um público equilibrado, 50% de homens e 50% de mulheres, mas sempre ressalto a importância da avaliação médica antes do início de qualquer atividade física.”
ACADEMIA DETROIT - A maior rede de academias de Santa Luzia A nossa unidade Londrina está aberta das 06h até as 24h, para melhor atender suas necessidades! Av. Bernardo Guimarães, 168 - Londrina (31) 3636-6377 Rua Itamarati, 963 - São Benedito (31) 3054-8804 Rua Irã, 13 - Baronesa (31) 3636-3701
w w w. a c a d e m i a d e t r o i t. c o m . b r
VAREJO
De olho nas finanças empresariais
P
arabéns, sua empresa nunca vendeu tanto. Mas vamos fazer as contas antes de responder à velha pergunta: você está ganhando mais dinheiro? Não é o ideal vender a qualquer custo. Vender é bom, mas melhor mesmo é vender com lucro e receber o valor vendido. E isso é possível, se você tiver uma postura ativa como lojista. Para alcançar essa posição confortável, é fundamental buscar prevenir situações de risco e encontrar o equilíbrio entre três aspectos: econômico, financeiro e patrimonial. Esse cuidado é importante para que você não caia nas estatísticas negativas: de janeiro a junho desse ano, 885 empresas pediram falência em todo o país, apontam dados apurados pela Serasa Experian. Entre os pedidos feitos no período, 528 vieram de micro e pequenas empresas, 226 de companhias médias e 131 foram originados por grandes corporações. O número de recuperações judiciais requeridas também teve expressivo aumento, com 460 no primeiro semestre – alta de 16,5% em relação ao mesmo período de 2012, em que ocorreram 395 pedidos. A situação atual da economia brasileira
merece a atenção dos gestores e estrategistas das corporações, pois a já assumida retração gera conjunturas desfavoráveis que afetam, direta e indiretamente, a gerência de milhares de empresas, ameaçando a sua sobrevivência e sua gestão. E as esta-
“De cada 100 empresas abertas, apenas 73 delas estarão em funcionamento no primeiro ano e, ao final do quinto ano, somente 38 continuarão em atividade.” tísticas são pouco piedosas com o amadorismo: de cada 100 empresas abertas, apenas 73 delas estarão em funcionamento no primeiro ano e, ao final do quinto ano, somente 38 continuarão em atividade. É preciso saber o que está acontecendo na empresa, ter controle. Constatou o problema? Procure resolvê-lo. E, na maioria das vezes, a solução implica investir em uma consultoria. O difícil é quando o problema central está na qualidade do produto que você está oferecendo. Se o mercado gosta de você, tudo se torna mais fácil.
Pedro Leão Bispo Professor de Finanças da FGV/IBS
Se eu pudesse traduzir nessas linhas uma fórmula do sucesso para as suas finanças empresariais, minha primeira dica seria: esteja sempre atento ao que está acontecendo na sua empresa. Parece simples, mas se todo gestor fizesse isso não haveria um número tão grande de empresários em dificuldades. Observar os movimentos do mercado possibilita a revisão das estratégias caso seja necessário. Afinal, sua empresa existe para suprir uma demanda e não para satisfazer sua vaidade. O lucro diminuiu? Pode ser sinal de que há algo errado no seu negócio. Não descobriu sozinho? Busque ajuda de uma consultoria, e logo, pois a demora pode ser fatal. E lembre-se: reduzir custos agora é melhor do que fechar as portas daqui a algum tempo. Isso pode significar inclusive fechar unidades e reduzir seu quadro de empregados. Se, mesmo assim, a continuidade do negócio for inviável, verifique se é possível optar pela recuperação judicial ou extrajudicial antes de entrar com o pedido de falência. Planejamento financeiro, foco e pés no chão compõem a sua fórmula de sucesso nos negócios neste segundo semestre de 2013.
Wallace
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moda
Jeans de Gala? Carla Ferreira *
T
odo mundo, seja homem ou mulher, tem no mínimo três calças jeans no armário. Mas você conhece todos os modelos de calça jeans que estão disponíveis nas lojas? Sabemos que são inúmeros, tirando as cores, lavagens, acessórios. Conheça nesta edição alguns modelos de calça jeans e veja qual combina com seu estilo. Slim Fit: (caimento justo, apertado) com cintura baixa, tipo Saint-Tropez, marca bem os quadris e tem as pernas justas, com corte afunilado ou reto. Bootcut (corte para botas): Essa calça é bem parecida com a Flare (que tem a barra mais larguinha) – serve para cobrir botas, pois tem a perna um pouco mais larga do joelho para baixo. Também é ideal para quem é mais cheinha ou quem tem o bumbum e o quadril mais avantajado e deseja disfarçá-los. O mundo da moda sempre traz diferentes novidades que mexem com o mercado. Principalmente para o público feminino, que é mais exigente e também ávido por novidades, ainda mais quando entre estas novidades estão promessas de uma nova e melhorada aparência e bem estar para elas, as mulheres. Claro, nos dias de hoje, muitos homens também se encaixam neste perfil, mas as mulheres ainda são a grande maioria. Entre estes muitos produtos procurados pelas mulheres, está o modelo de calças “levanta bumbum”, novidade que já chegou em várias lojas do país. Então, é importante ter em mente que o jeans é muito democrático e combina com todos, é só saber escolher o certo para você.
Quando se pensava que não havia mais fronteira para o jeans superar, eis que ele cruza mais uma: instalou-se firmemente no tapete vermelho dos grandes eventos do mundo dos espetáculos e nas festas categoria “traje social”. É, portanto, o uniforme universal de “gala” assessorados por tops incrementados, sandálias de salto fino e bolsas poderosas. Pode misturar jeans com festa? Pode.
* Carla Ferreira - Designer Gráfico
28 AGOSTO de 2013
Talento original Reciclagem e muita paciência são traços marcantes nas obras do artista
T
em artistas que são fabricados, outros nascem com o dom. E certamente o mineiro Alézio Guizalberth, de 69 anos, se encaixa na segunda opção. “Comecei o pontilhismo brincando, enquanto pensava em meus problemas de matemática ia batendo a ponta da caneta no papel e formando figuras”, lembra o artista que trabalha com quadros e esculturas. Sem uma data específica de quando tudo começou, o projetista na área da construção civil, hoje aposentado, descobriu na serragem, cola, papel reciclado e na técnica do pontilhismo um novo modo de ver a vida. Apesar de sempre ter tido vontade de trabalhar com cerâmica, foi numa brincadeira com massa de papel, serragem e cola que Alézio descobriu o dom para esculpir. Residente em Santa Luzia há mais de trinta anos, já representou a cidade em exposições internacionais que passaram pela Alemanha, República Tcheca, Áustria, China e Tailândia. Em 2007, pelo XII Circuito Internacional de Arte Brasileira, sua obra esteve na primeira exposição de artistas brasileiros no Distrito Artístico de Pequim (Dashanzi 798).
berth foram os convites para as exposi-
os alunos se ajuntaram ao meu redor e
ções de seus quadros e esculturas. “Posso
ele me disse que eu é quem daria a aula
destacar, como o maior reconhecimento
naquele momento, explicando como
que já tive duas ocasiões muito especiais
eu havia feito aquela obra. Levei um
em minha vida. Uma aconteceu quando
susto, mas encarei o desafio e quando
fui até a UFMG para pedir uma crítica
vi estava dando o restante da aula sem nunca ter sentado em um banco de fa-
“O escultor não se considera apto para ensinar, embora tenha vontade de passar o conhecimento adiante.” sobre uma peça de serragem e cola, como costumava fazer no início, e chegando lá procurei o professor Álvaro Apocalypse, um dos fundadores do Grupo Giramundo. Ele me chamou para dentro da sala de aula e eu expliquei que buscava uma opinião sobre um trabalho. Humildemente retirei a escultura de São Judas de dentro de uma sacola de
supermer-
cado, quando de repente
culdade antes”, lembra com satisfação. Outro momento que também foi um choque na vida de Alézio Guizalberth foi o encontro com a artista Yara Tupynambá. “Ela é uma lenda, e conhecida como uma pessoa difícil. Um dia me deu na telha de ligar para ela e pedir que fizesse uma avaliação do meu trabalho. A primeira resposta que tive foi: não quero olhar nada, não quero conhecer, estou cansada de conquistar inimizades por causa disso. No entanto, eu insisti e ela aceitou avaliar após alguns meses. Chegando a sua casa, mostrei alguns quadros e esculturas e ela me disse: você me liga esse tempo todo para mostrar essa porcaria? Vem cá que eu vou te mostrar o que é pintura.
No entanto, engana-se quem pensa que o maior reconhecimento do GuizalObra 01: “U a irá” Obra 02: “Louvor” Obra 03: “São Judas Tadeu” Obra 04: “A vida” Obra 05: “Carro de boi”
30 AGOSTO de 2013
03
01
02
04
Fotos: Hemenson Martins
Artes
Stephanie Gomes
Alézio não conseguiu fazer o curso
e eu não estou podendo fazer muito es-
indicado por Yara por falta de grade
forço por causa do coração”, comenta.
continuou seu trabalho por conta própria e foi aperfeiçoando as técnicas dia após dia. Hoje, pai de três filhos e com o mesmo número de netos, o escultor não se considera apto para ensinar, Quadro feito com a técnica de pontilhismo.
embora tenha vontade de passar o co-
E rodou por toda a casa me mostrando
nhecimento adiante. Com a saúde mais
inúmeros trabalhos dela. Escutei tudo o que ela dizia atentamente, apesar da dura crítica que tinha acabado de ouvir, e hoje acho que ela queria era testar minha paciência. Depois de mostrar tudo o que queria, Yara ligou para um conhecido na UFMG e disse: estou com um
fragilizada, Guizalberth tem dado um tempo na produção. “Este ano estudo a
se distrai em seu atelier cheio de particularidades. Rodeado por suas coleções de livros, áudios e vídeos, sobretudo do mundo das artes, Alézio criou um ambiente cheio de histórias e lembranças, principalmente do período em que viveu no Pará, e tomou gosto por histórias indígenas. E ao som dos CDs de algumas
Roma, mas não sei se conseguirei patro-
tribos que conheceu, busca inspiração
cínio a tempo. E o trabalho que gosta-
para continuar a escrever, pintar e escul-
ria muito de terminar é a escultura da
pir. O atelier de Guizalberth fica no bair-
Nossa Senhora, mas ela é muito pesada
ro Morada do Rio, contato 3649-8835.
moldado, arruma uma vaga com bolsa a voz engasgada e lágrimas nos olhos.
termina, o neto de carpinteiro italiano
possibilidade de uma apresentação em
rapaz aqui que é bom, mas precisa ser para ele na turma”, lembra o artista com
Enquanto o período de repouso não
05
Artes
para a turma seguinte. Ainda assim,
Coral francês faz apresentação no centro histórico Stephanie Gomes
H
Histórico da cidade, recebeu a visita especial do coral Les Petits Chanteurs de Bordeaux que fechou a noite ao som
de seus pequenos sopranos franceses. O público que lotou a Igreja e aplaudiu de pé as apresentações, foi presenteado com várias canções, entre elas uma em homenagem ao Papa Francisco, sendo um conjunto de orações, e outra de origem folclórica com um misto de
Fotos: Hemenson Martins
cidade
á cerca de um mês, a Igreja Matriz, localizada no Centro
português e africano. “Fiquei sabendo do evento por meio da internet, e valeu muito a pena. As apresentações foram lindas demais”, comenta Débora Guimarães que esteve presente junto com a família. O convite para a apresentação foi realizado pelo coral luziense Mater Ecclesiae que abriu a noite com duas canções. O presidente dos Meninos Cantores de Bordeaux, Ghislain de Can-
lhidos pela Federação Nacional de Meninos Cantores. Preparamos,
dolle, agradeceu pela recepção e disse que os paroquianos luzienses
então, esta turnê com muito tempo de antecedência, para que os
são muito privilegiados por terem uma organização competente e
pais dos nossos integrantes sentissem toda a segurança necessária. E
ágil que proporcionou a vinda do coral à cidade. “Assim que de-
agradecemos a toda família Mater Ecclesiae e Santa Luzia pela ma-
monstramos interesse em vir para o Brasil, fomos muito bem aco-
ravilhosa recepção”, conclui Candolle.
Noite luziense embalada por boa música sentes na noite de seresta que iniciou suas apresentações pontualmente às 20h30. A banda local Suvaco de Cobra fez a abertura do show que contou também com Mauro Silva e Conjunto Musical. O Minas ao Luar
O
Fotos: Bianca Skov
é uma parceria entre o Sesc MG e a Rede
mês de agosto começou ao som
te muito agradável, com ambiente bem fa-
de boa música e muita dança
miliar. Muitas pessoas dançaram no espaço
no ritmo seresteiro do Minas ao
reservado entre as cadeiras e o palco. Foi
Luar. O evento aconteceu na noite do pri-
realmente muito bom, e o local escolhido
meiro sábado do mês, 03, e encantou os
mais confortável que a primeira vez em que
moradores da cidade que lotaram o espaço
estiveram aqui”, opina a fotógrafa, Bianca
montado na Praça Getúlio Vargas, localizada na Rua do Comércio. Famílias inteiras prestigiaram o evento que acontece pela segunda vez em Santa Luzia. “Foi uma noi-
32 AGOSTO de 2013
Skov, que prestigiou também a primeira edição do evento na cidade, realizado na Rua Direita. Cerca de quatro mil pessoas estiveram pre-
Globo Minas, e para apresentação na cidade contou com o apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Luzia (SINDICOV-SL) e a Prefeitura Municipal.
av motos
Salmão com legumes à Julienne
O
inverno chegou, e com ele aquela vontade de comer toda hora. O problema é que após o friozinho, a sensação de culpa com os quilinhos a mais atormenta a vida de muita gente. Pensando nisso, preparei uma receita bem saudável para ser aproveitada no inverno e demais estações do ano. Vamos comer bem e sem culpa.
ingredientes 3 pimentões coloridos (um verde, um vermelho e um amarelo) 4 postas de salmão Pimenta rosa Sal a gosto Pimenta do reino a gosto 2 colheres de margarina 1 cálice de vinho branco seco Azeite de oliva extravirgem 1 colher de sopa de farinha de trigo ½ cebola à Julienne (tiras finas) ½ cebola média ralada 1 copo de leite 1 colher de chá de açafrão 200g de creme de leite Folhas de manjericão para decorar
Foto: Rafael Ávila
gastronomia
Beleza poe Mesa
Modo de preparo Separe quatro postas de salmão com uma espessura boa, aproximadamente 160g cada uma, tempere com sal e pimenta do reino a gosto, coloque o vinho branco e reserve até a hora de selá-los. Corte os pimentões e a cebola à Julienne, coloque um pouco de sal e pimenta do reino moída na hora, e salteie em uma frigideira com um pouco de azeite extravirgem. Para o creme de açafrão, frite a cebola na margarina e antes que fique muito dourada coloque a farinha de trigo, desligue o fogo e mexa, deixando formar pequenas bolas. Aos poucos acrescente o leite, em seguida coloque o açafrão e leve ao fogo novamente até que cozinhe. Desligue o fogo e coloque a pimenta rosa e o creme de leite. Mantenha o creme aquecido em banho-maria. Sele as postas de salmão, mas não deixe que cozinhe demais. Faça a montagem despejando um pouco de molho de açafrão no prato, em seguida coloque a posta de salmão por cima e finalize com os pimentões refogados com cebola. Decore com manjericão a gosto. Leonardo Felício - Personal Gourmet
Meio Ambiente
As cidades, o homem e o meio ambiente
T
enho procurado estudar sobre a Mediação de Conflitos e a Gestão Integrada do Território. Recentemente, lendo um texto do professor português, Luiz Oosterbeek, creio ser importante transcrever um momento muito interessante nestas questões. Entre as diversas vertentes estruturantes do comportamento humano em sociedade, a dimensão do habitar e, concomitantemente, do construir, tem uma relevância nuclear.
frentando, em quase todas as regiões do país, convive com “sementes ilegais” a baixo custo lançadas no mercado, talvez, quem sabe (?) fruto de um descontrole total no setor de vigilância. Por outro lado, os mecanismos que regem a tutela do meio ambiente no Brasil, têm significado uma guerra aos empreendedores imobiliários, que, a cada dia, recebem novas normas, que dificultam o parcelamento do solo.
Com certeza, desde a chegada dos portugueses no ano de 1500, nós, brasileiros, sempre convivemos com uma série de crises, que, segundo muitos, têm inúmeros motivos. Um clássico exemplo desta gama de problemas, sempre esteve ligado à agricultura e a devastação ambiental de nossas reservas minerais e vegetais. A verdade é que o Brasil sempre apresentou excelentes condições para o gerenciamento de políticas voltadas para o enriquecimento de poucos, em detrimento ao sofrimento de muitos.
“Queremos um crescimento pelo milho, arroz, trigo, feijão, mas, também, moradia com segurança, com conforto aos mais necessitados, pregando sempre a qualidade de vida como o elo entre o homem e a natureza.”
Minas Gerais representa muito na história deste país, sobretudo nos ideais de liberdade. Como exemplo, podemos dizer que o produtor rural passou a ser um escravo de sua propriedade, no atual estágio brasileiro. O prazer da “lida”, o canto de viola, as noites de lua cheia e os “causos” defronte as fogueiras ainda permanecem como ponto alto desta cultura, todavia, o produtor rural, se não bastasse o momento crítico em que a atividade agropecuária vem en-
36 AGOSTO de 2013
É fato, incontroverso, que nestes últimos quatro anos, Minas Gerais superou todas as expectativas, em todas as áreas, inclusive no controle da política ambiental. Acontece, que por outro lado, o governo federal, deixou, e muito, a desejar. Os fatos e cenas amplamente divulgados pela mídia, acerca da insatisfação do setor produtivo, refletem uma política medíocre do governo federal, que mostra, dia após dia, seu desinteresse em alterar esta trágica situação. É preciso que se projetem alternativas mais viáveis, em especial, aos negócios
Dr. Mário Werneck Membro fundador e Presidente da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Estado de Minas Gerais
que versam sobre o crescimento urbano. Produzir é sinônimo de preservar. Portanto, o crescimento urbano não pode ser encarado como trágico. Tal acepção não é uma invenção dos cientistas, mas, fruto de um descontrole urbano surgido nos anos 70, com o chamado milagre brasileiro. Acreditar na sustentabilidade é vislumbrar a manutenção da terra, com o devido parcelamento do solo e com projetos condizentes com a Política Nacional de Meio Ambiente. É gerar novos empregos e acima de tudo sacramentar o desenvolvimento limpo. Não podemos continuar a presenciar a degradação de nossas áreas, não só do campo, observando apenas a bela e inquestionável safra de soja. Queremos um crescimento pelo milho, arroz, trigo, feijão, mas, também, moradia com segurança, com conforto aos mais necessitados, pregando sempre a qualidade de vida como o elo entre o homem e a natureza. As perspectivas de dias melhores aos nossos ecossistemas, passa pela aceitação da gestão integrada do território, homem-natureza, onde os empreendedores terão que se curvar a este novo modelo. Aí, sim as metas de uma vida melhor para todos, certamente serão alcançadas. Ora, esperamos que isto aconteça, pois a partir do momento em que o governo federal venha a estabelecer como prioridade, a implementação de políticas públicas balizadas nos princípios de sustentabilidade, teremos um novo tempo. Que assim seja!
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