Outubro - Novembro de 2013 Ano 1, Edição 04
Os caminhos da
Educação Novas modalidades de aprendizagem em prol do ensino em Santa Luzia Pág. 16
Quanto vale a segurança do seu filho?
Alimentação saudável o grande desafio dos pais
Entrevista Sebrae mg
Educomunicação, educação cidadã
Pág. 06
Pág. 12
Pág. 14
Pág. 20
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w w w. a g e n c i a a 4 . c o m . b r
06
especial
Grand pliés, grandes sonhos e pequenas bailarinas
comportamento
10
Alimentação saudável: o grande desafio dos pais
14
Entrevista
Os caminhos da educação
20
artigo
Internet: saiba como proteger seus filhos
oportunidade
23
A cor da prevenção Mulheres em foco no PSF São Geraldo
moda
28 Inhotim
Opinião
32 E as crianças?
Quanto vale a segurança do seu filho?
08
Cidadania
Quando o trabalho é proteger
12
Saúde
Orientações que podem salvar o seu negócio
16
Capa
Educomunicação, educação cidadã
22
tecnologia
Do you speak english?
26
cidade
Com que bicho eu vou?
30
lazer
Comércio sem camelôs
34
jurídico 3
Nesta quarta edição da Revista Mercado, trouxemos
Na seção Jurídico, alerta-
um assunto que os meios de comunicação nunca
mos para os direitos fun-
poderão deixar de analisar, ou pelo menos de
damentais das crianças
estimular a reflexão: Educação.
e em Comportamento
Em nossa matéria de capa, apresentamos as novas
explicamos o papel do
modalidades de aprendizagem, ferramentas e
conselheiro tutelar.
estratégias utilizadas nos novos caminhos da
Outro assunto que tem
educação em Santa Luzia.
tirado o sono dos pais, é o que abordamos em
Em entrevista especial, Carmen Naves, analista
Tecnologia. O que fazer com o mau uso da internet
técnica do Sebrae Minas , enfatiza a importância da
e como proteger seus filhos dos vícios do mundo
informação e capacitação técnica antes da abertura
cyber.
de uma empresa e como essas orientações podem
Cidade, Cidadania, Mercado de Trabalho, Artigos
salvar um negócio.
sobre educação. Vale a pena ler, refletir e mudar os
Nosso Especial, oferece as dicas necessárias no
velhos hábitos.
momento de contratar o transporte escolar. E
Sucesso a todos e boa leitura!
para estimular a boa alimentação das crianças,
Liliane Marques Editora
montamos uma matéria bem divertida sobre alimentos saudáveis versus guloseimas.
Editora: Liliane Marques contato@revistamercadovetornorte.com.br
Jornalista: Stephanie Gomes redacao@revistamercadovetornorte.com.br
Publicidade: Renato Gomes anuncios@revistamercadovetornorte.com.br
Marketing: Agência A4 marketing@revistamercadovetornorte.com.br
Revisão: Margarete Fantini Projeto Gráfico: Agência A4 Comunicação e Marketing Diretor de Arte: Renato Gomes Tiragem: 5.000 exemplares Gráfica: Del Rey Periodicidade: Bimestral
Distribuição: Gratuita e Dirigida Circulação: Santa Luzia Revista Mercado Vetor Norte Av. Brasília 2462 • sala 207 • São Benedito • Santa Luzia/MG • Cep.: 33.170-000 www.revistamercadovetornorte.com.br Para Anunciar: 31 3063-5742/ 9482-8070 anuncios@ revistamercadovetornorte.com.br
A Revista Mercado não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos assinados e anúncios. 4
OUTUBRO de 2013
Quanto vale a segurança do seu filho?
especial
Stephanie Gomes
O
preço deveria ser o último item a ser analisado quando o assunto é segurança. Mas, infelizmente para alguns pais o valor oferecido entre um motorista e outro é o que realmente pesa na hora da escolha. E é justamente a falta de consciência sobre a importância acerca das normas de segurança que facilitam os acidentes e perdas irreparáveis em muitas famílias. “Segundo dados do Datasus, que reúne informações de todo o Sistema Único de Saúde no Brasil, em 2011, quase cinco mil crianças de até 14 anos morreram em consequência de acidentes por causas externas. Deste total, 40% morreram por acidentes de trânsito, ou seja, o número é bastante representativo e corresponde ao item que mais mata nessa categoria de acidentes”, afirma a ONG Criança Segura.
Para o motorista Rui Alves da Cunha, que transporta alunos do Bairro São Benedito para Belo Horizonte, muitos pais ainda preferem optar pela economia quando contrata um serviço de transporte escolar. “Há pais que não se preocupam, não entendem que é melhor pagar R$ 40 ou R$ 50 reais a mais pela segurança do filho. Acho que a primeira observação do pai deveria ser com relação ao estado de conservação do veículo, se o motorista está hábil para cumprir sua função e se apresenta cuidados com as crianças”, opina. Ter apenas um motorista por veículo também é um diferencial. “Além da vistoria semestral obrigatória, faço uma revisão a cada 7.500 quilômetros rodados. Também, estou sempre atento a qualquer barulho diferente do normal. Como apenas eu rodo com a van, fica fácil identificar quando alguma coisa
não está funcionando bem, quando outros motoristas também utilizam o veículo já complica essa percepção”, explica Rui. De acordo com a ONG Criança Segura, os veículos autorizados a transportar alunos são ônibus, vans, VW Kombi e embarcações. Há casos especiais, geralmente em municípios onde as estradas são precárias, que os Departamentos de Trânsito (DETRANs) autorizam o transporte em carros menores, desde que estes sejam adaptados para o transporte de crianças. Ao contratar o serviço de um escolar peça a documentação de registro ao motorista ou entre em contato com a Secretaria Municipal de Transportes para verificar se o veículo está regular. Caso identifique alguma irregularidade poderá fazer a denúncia com a mesma Secretaria, em Santa Luzia o telefone é 3649-8172.
O que avaliar ao contratar um serviço de transporte escolar Busque referências do motorista na escola e com outros pais, no sindicato ou no DETRAN; O condutor deve ter idade superior a 21 anos e ser habilitado na categoria D; Possuir curso de Formação de Condutor de Veículo de Transporte Escolar; Ter sido submetido a exame psicotécnico com aprovação especial para transporte de alunos; Não ter cometido falta grave ou gravíssima nos últimos doze meses.
Exija que o embarque e desembarque das crianças sejam feitos com um monitor que as acompanha dentro da van e sempre pelo lado da calçada; Tenha certeza de que as crianças são deixadas em frente à escola, sem necessidade de atravessar ruas; Sempre mantenha contato com o motorista para saber como são as atitudes do seu filho para melhor orientá-lo em casa; Procure saber de seu filho o que acontece durante a viagem para observar como as normas de segurança estão sendo cumpridas.
6
OUTUBRO de 2013
Informe Publicitário O veículo deve possuir cintos de segurança em boas condições e para todos os passageiros; Grade separando os alunos da parte onde fica o motor no caso da VW Kombi;
Seguro contra acidentes; Extintor de incêndio; Registrador de velocidade (chamado tacógrafo), que é um aparelho instalado no painel do veículo e que vai registrando a velocidade e as paradas do veículo em um disco de papel.
Ensine a criança a ficar sentada enquanto o veículo estiver em movimento, afivelar o cinto de segurança, e descer somente depois que o veículo parar totalmente; Não falar com o motorista enquanto ele estiver dirigindo; Respeitar o monitor do veículo.
Dicas ONG Criança Segura www.criancasegura.org.br
Especial
Pintura de faixa horizontal na cor amarela nas laterais e na traseira, contendo a palavra ESCOLAR na cor preta;
Cidadania
Grand pliés, grandes sonhos e pequenas bailarinas Crianças do Palmital B têm a oportunidade de aprender as técnicas milenares do balé clássico Stephanie Gomes
“Elas não vêm apenas dançar, elas vêm crescer como cidadãs e isso é muito gratificante”
Q
ue mãe nunca sonhou em ter uma filha bailarina? Ver a filha com postura e gestos delicados, dançando como se estivesse pisando em nuvens, e dona de todo o glamour natural no mundo do balé, são pensamentos que certamente já permearam o imaginário de muitas mães. “Na maior parte dos casos, o interesse pelo curso parte das mães que a princípio pensam apenas no belo, projetam um futuro espetaculoso. Com o passar do tempo elas começam a enxergar outros pontos positivos que a dança proporciona”, comenta a professora e idealizadora do projeto, Ilma Silvério. E, são exatamente as ações resultantes das aulas que fazem do projeto uma atividade tão especial para os moradores do Palmital B. “O balé é ponte para diversas outras ações que vão além da dança. Durante as aulas trabalhamos a disciplina, o exercício da cidadania, do respeito ao próximo, a concentração, e questionamentos sobre o social que irão contribuir para o amadurecimento intelectual das meninas”, enfatiza a professora. Para Aparecida Moraes, mãe da aluna Kellen, o projeto é muito positivo e oferece uma oportunidade ímpar para os moradores da região. “Minha filha adora participar das aulas, durante a semana encontra com as amiguinhas e ficam dançando em casa. Acho que o esporte faz falta na vida da criança, e a dança proporciona a atividade física que ela não tem no dia a dia”, opina. O projeto de balé clássico acontece desde 2006, no espaço cedido pela Associação Comunitária do Palmital B. O grupo atual de pequenas bailarinas é composto por oito alunas, mas já contou com um número de até 25. “Trabalho com duas turmas, o Balé Avançado com idade a partir de oito anos, e o Balé Baby a partir de cinco. Pretendo formar uma turma para o Balé Jovem, com adolescentes a partir de 15 anos, já tenho seis nomes na fila de espera. A procura pelas aulas é grande, porém fica difícil atender toda a demanda até mesmo por questões estruturais da sala. Tenho alunas que poderiam estar em um nível muito mais avançado, no entanto, fazer aulas nas condições em que elas fazem acaba limitando-as
8
OUTUBRO de 2013
contei com a adesão da Associação, da
apenas com a contribuição de R$ 20 men-
Apesar de existir a sete anos, o projeto
vereadora Suzane Almada, que doou tin-
sais das alunas, para manutenção do espa-
tas para pintar o espaço e está sempre me
ço e organização de passeios. No início, a
ajudando com questões que envolvem os
professora recebia uma ajuda de custo da
te durante as aulas. “Acredito que tudo co-
direitos a cidadania das crianças que pas-
Associação para pagamento de passagens
meça é do pequeno, e do individual parte
sam por aqui, e estou em busca de novas
e compra de uniformes, porém essa aju-
para o coletivo. Essa ação do balé clássi-
parcerias”, avalia a professora. Atualmen-
da está suspensa desde o ano passado por
co veio do meu querer, posteriormente
te, o projeto promovido por Ilma conta
falta de recursos.
ainda é carente de elementos essenciais como espelho e barra de ferro para supor-
CRESCIMENTO TÉCNICO E MORAL Ilma Silvério reforça a importância do balé como elemento para exercício da cidadania. “As mães contam sobre mudanças em casa, mais companheirismo das alunas com os irmãos, melhoras na escola. Ou seja, elas não vêm apenas dançar, elas vêm crescer como cidadãs e isso é muito gratificante. São visíveis as mudanças técnicas e morais em cada uma delas”, conta satisfeita. As bailarinas mirins participam também de aulas
externas que acontecem de diversas formas, entre elas, visitas a outros grupos de dança e passeios em pontos culturais
ressar em colaborar pode me procurar, toda ajuda seja ela em forma de mão de obra, material ou financeira é bem vinda”,
como o Palácio das Artes e o Centro de Formação Artística (Cefar).
finaliza a professora.
O projeto encanta muita gente, principalmente pelo bairro onde acontece. O Palmital B é carente e conhecido quase sempre pelos casos de criminalidade. Porém, muita gente fica no campo do elogio e não sabe como ajudar. “Quem se inte-
Leia mais em nosso site.
Para se inscrever na turma é necessário o preenchimento da ficha de inscrição, a criança deve estar dentro da idade atendida e matriculada em uma escola. Contato: (31) 9646-4984
cidadania
em alguns aspectos”, explica Ilma.
Comportamento
Quando o trabalho é proteger Conheça um pouco mais sobre o papel dos conselheiros tutelares Stephanie Gomes
A
tender, acolher, ajudar e orientar, crianças, adolescentes e famílias. Essas são apenas algumas das muitas funções que envolvem o Conselho Tutelar. Ao contrário do que muita gente imagina, o conselheiro não existe apenas para cuidar de casos de violência e abandono. Este profissional realiza o papel de fiscalizador dos direitos da criança e do adolescente. “Durante o atendimento, fazemos orientações, advertências e realizamos encaminhamentos conforme a necessidade de cada caso, para os órgãos competentes”, explica a conselheira do Distrito, Michelle Dornellas. A unidade do Distrito, localizada no Bairro Cristina A, realiza uma média de atendimento de 280 a 300 famílias por mês. Entre os casos mais comuns de denúncia estão os de negligência e maus tratos. “O perfil mais comum das pessoas que nos procuram, é o de quem acredita ter seus direitos violados”, enfatiza Michelle. Porém, o trabalho do conselheiro é muito mais abrangente e envolve serviços como encaminhamento das crianças e adolescentes a cursos ou programas de orientação, requisito de serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança. O conselheiro tutelar também realiza encaminhamento para tratamento psicológico ou psiquiátrico e solicita certidões de nascimento e de óbito quando necessário. O Conselho Tutelar trabalha de forma pautada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ou seja, além de assegurar os direitos de quem se encontra em situação de risco social, garante também a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à cultura, à dignidade, ao respeito e à liberdade. É importante ressaltar que esses direitos, previstos por lei, são de responsabilidade de toda sociedade, sendo assim, é dever de todo cidadão requisitar ajuda quando necessário. Não é preciso se identificar para acionar o Conselho Tutelar, quem prefere manter o anonimato pode ligar no Disque 100 ou 0800 0311119. Em Santa Luzia existem duas unidades, o Conselho Tutelar Distrito, localizado na Avenida Senhor do Bonfim, 496, bairro Cristina A, telefone: 3637 4655 e 8605 8795. E, Conselho Tutelar Sede, na Rua Davis Dani Viana, 56, Centro, telefone: 3641 5311 e 8605 8792.
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“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma de lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.
Conselheiras do Distrito, Fátima, Sueli, Michelle e Arlene.
Alimentação saudável o grande desafio dos pais saúde
Stephanie Gomes
S
algadinho, batata frita, refrigerante, chocolate, hambúrguer. Toda criança adora esses tipos de alimentos e muitos outros que pouco contribuem para a alimentação saudável. Mas, quando o assunto é verduras, frutas e legumes, o sorrisinho quase sempre se transforma em careta. E o que fazer para equilibrar os alimentos saudáveis versus guloseimas? Especialistas afirmam que os hábitos alimentares que se iniciam na infância são determinantes para a qualidade de vida nas demais fases da vida. Por isso, é de extrema importância, além de ser um desafio para os pais, ensinar os pequenos a comerem bem. Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, o Brasil reduziu em 40% a taxa de mortalidade entre crianças menores de cinco anos. Essa é a maior queda entre os países da América Latina. Uma importante iniciativa do
Governo que contribui para esse resultado é o Programa Saúde na Escola (PSE), criado em 2008, com a finalidade de colaborar para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. Santa Luzia está na lista dos municípios contemplados. Em julho deste ano, o Ministério da Saúde anunciou que o Programa irá incluir creches e pré-escolas públicas, a fim de reduzir os casos de anemia, desnutrição, obesidade, magreza, problemas visuais e de audição. A rede particular de ensino também tem programas de atenção ao desenvolvimento infantil, como o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis: promovendo a alimentação saudável. O objetivo da cartilha é incentivar as escolas particulares
a oferecerem lanches menos calóricos e com maior valor nutritivo, contribuindo para a redução de incidência da obesidade infantil. Como esta edição está toda voltada para o desenvolvimento e bem estar dos pequenos, a Mercado reuniu algumas dicas valiosas para os pais que estão iniciando a alimentação variada dos filhos e para aqueles que já viram esse momento se tornar uma batalha. Lembrando que a primeira alimentação vem do leite materno, a melhor e mais completa para os primeiros meses de vida.
Dicas para alimentação do seu filho Siga uma rotina, com horários definidos para a alimentação. O momento da refeição deve ser agradável, em lugar calmo, arejado e limpo. Por isso, nada de alimentar de forma rápida, com barulho, em frente à televisão ou com brincadeiras ligadas ao computador e ao videogame. A distração tanto contribui para a criança perder o apetite quanto para comer mais que o necessário e atingir a obesidade. Estimule atividades físicas que sejam do gosto da criança. Dê o exemplo. Faça as refeições junto com seu filho, isso irá incentivá-lo a comer e despertar curiosidade para alimentos novos.
12 OUTUBRO de 2013
Crie um sistema de premiação para toda vez que a criança comer um pedaço de vegetal que não agradava o paladar. Pode ser coisa simples, como um adesivo. Apenas, cuide para que isso não se torne um ciclo vicioso.
Não descuide do lanche escolar. Tente variar nas opções, uma ótima dica é o uso de lanches com geleias no lugar dos alimentos que levam manteiga ou requeijão. A geleia contribui para o bom funcionamento do intestino e é adequada para repor o gasto de energia. Alimentos gordurosos como empanados de frango e hambúrgueres devem ser consumidos até duas vezes por mês. Ingeridos em maior quantidade podem causar a obesidade, hipertensão e aumento do risco de doenças cardiovasculares. A má alimentação pode causar problemas na fala da criança. Quando há pouca movimentação da mandíbula, por falta de mastigação, a articulação pode ficar comprometida. Então, se seu filho já é grandinho, nada de alimentos triturados ou apenas bebidas, como achocolatados.
Da esquerda para direita: Beatriz, 9 anos Isabele, 12 anos - Gabriel, 8 anos - Cecília, 4 anos Mayra, 11 anos.
saúde
Guloseimas não precisam ser abolidas do cardápio. Por exemplo, é aceitável comer um chocolate como sobremesa, mas, no dia seguinte, ele será substituído por uma fruta. O fundamental é sempre conversar com a criança e chegar a um "acordo".
Orientações que podem salvar o seu negócio Entrevista
Liliane marques
A
mineira Carmen Naves, analista técnica do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), é responsável por 13 municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, dentre eles Santa Luzia. Economista, contadora e com MBA em Gestão de Negócios, atualmente Carmen tem a função de criar ambientes favoráveis para que as ações do Sebrae estejam em sintonia com as políticas públicas, sociais e empresariais de cada município. Nesta conversa com a Revista Mercado, Carmen cita a importância do Sebrae para as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e como os empresários podem utilizar as ferramentas oferecidas pela instituição para melhorar o seu negócio.
Entrevista Mercado: Ainda existem muitas dúvidas sobre o papel do Sebrae para os pequenos empresários. De que forma a instituição pode contribuir para a capacitação e formalização de pequenos empreendedores? Carmen Naves: O Sebrae existe para promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das MPEs, e fomentar o empreendedorismo, por meio de orientações e capacitações em gestão empresarial. Dessa forma, poderá ser minimizada a mortalidade destes negócios nos primeiros anos de sua existência. Mercado: Como o Sebrae pode ajudar no crescimento dessas empresas? Carmen Naves: Oferecemos produtos e serviços que atendem o empreendedor nos diferentes estágios de desenvolvimento do negócio. Prestamos completa orientação a quem
empresários, o Sebrae ajudou a criar a
“A Instituição também ajudou a formalizar o Empreendedor Individual que facilita a vida de quem trabalha por conta própria e não tem nenhum benefício previdenciário” aumentar os níveis de organização, qualidade, inovação, produtividade e lucratividade, para que estejam aptas a acompanhar o dinamismo do mercado.
Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, fortaleceu o Simples, que melhorou o processo de arrecadação e diminuiu o custo dos impostos. A Instituição também ajudou a formalizar o Empreendedor Individual que facilita a vida de quem trabalha por conta própria e não tem nenhum benefício previdenciário. Mercado: Quais as ferramentas que o Sebrae oferece para orientação de como abrir ou como manter uma micro empresa? Quais as formas de atendimento? Carmen Naves: Nosso atendimento ao empreendedor acontece de forma presencial, itinerante, a distância e virtual.
Desta forma, contribuimos para induzir
O atendimento é abrangente, alcançan-
o desenvolvimento socioeconômico de
do empreendedores de todo o Estado.
cada município, com a geração de receita, trabalho, renda e melhores condições de vida para a população.
Por meio de canais diversificados, eventos e parcerias com entidades e instituições, mantemos uma rede de atendimento,
deseja abrir, diversificar ou ampliar um
Mercado: Após as capacitações e con-
empreendimento. Oferecemos cursos,
ampliando o acesso dos empreendedo-
sultorias, há algum tipo de acompa-
palestras, consultorias e programas de
res a informações sobre oportunidades,
nhamento para esses empresários?
abertura e gestão de negócios.
atualização para possibilitar o aprimoramento das habilidades e técnicas de gestão empresarial. Além de darmos orientação sobre o acesso ao crédito e a expansão dos negócios das MPEs.
Carmen Naves: Sempre que houver
Mercado: Ano passado, em parce-
necessidade estamos aptos a acompa-
ria com a Secretaria de Desenvol-
nhar os empresários, principalmente
vimento Econômico da Prefeitura
aqueles inseridos em nossos projetos
Municipal, o Sebrae promoveu
setoriais. Alguns produtos do Sebrae
em Santa Luzia um programa de
E para as empresas que já estão funcio-
são gratuitos, outros têm preços bem
desenvolvimento local. Quais os
nando há mais tempo, o Sebrae ajuda a
acessíveis. Visando facilitar a vida dos
resultados desse trabalho?
14 OUTUBRO de 2013
E no aspecto tangível, tivemos 76 atividades, com a participação de 169 empresas e 138 possíveis empreendedores. Mercado: Que conselho daria para aqueles que têm espírito empreendedor, mas ainda não tomaram a iniciativa de abrir o seu próprio negócio em Santa Luzia? Carmen Naves: O Sebrae orienta qualquer empreendedor antes de iniciar seu negócio, que ele conheça os cinco passos para abertura de uma empresa: 1) avaliação do perfil empreendedor (estou preparado para estar à frente de um negócio?); 2) identificação da oportunidade (é necessário saber se a empresa que você quer montar é uma boa oportunidade de negócio); 3) aspectos legais (preciso conhecer as regulamentações legais, federal,estadual e municipal); 4) implantação do próprio negócio (conheça os aspectos gerais do seu futuro empreendimento); e 5) gestão do negócio. Mercado: Como avalia o mercado luziense?
Carmen Naves: Vejo um município com grande potencialidade para o fomento aos pequenos negócios. Santa Luzia tem 3.195 registros de Micro Empreendedores Individuais (MEI) e 6.327 empresas optantes pelo Simples Nacional. Ou seja, são mais de nove mil pequenas empresas que participam do desenvolvimento econômico e financeiro da cidade. Mercado: Quais as expectativas do Sebrae para 2014? Carmen Naves: Que consigamos retornar o trabalho no município com novas parcerias, principalmente na região do São Benedito, fomentando o comércio e serviços locais. Mas para que isso aconteça, é necessário a composição de uma rede de apoio institucional e parcerias locais, fortalecimento e comprometimento do grupo gestor e a elaboração conjunta de um plano de ações articuladas.
Leia mais em nosso site.
Para mais informações e solicitação de orientações empresariais o Sebrae atende: Av. Barbacena, 288, Barro Preto. Av. Barão Homem de Melo, 329, Nova Granada.
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Entrevista
Carmen Naves: No aspecto intangível, cito dois resultados: tivemos maior clareza e compreensão do cenário atual para intervenção eficaz e assertiva e identificamos novas lideranças representativas das MPEs, contribuindo para o futuro revezamento de lideranças institucionalizadas.
Os caminhos da educação
Capa
Novas modalidades de aprendizagem, supletivos, cursos, tecnologia e várias outras opções em prol do ensino em Santa Luzia Stephanie Gomes
B
rasileiros que tem curso superior recebem salário 200% maior. Esta foi a conclusão da
sempre pesam nas estatísticas de evasão
pesquisa divulgada pelo Instituto Brasi-
Brasil, dados divulgados por impor-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE),
tantes órgãos de pesquisa revelaram
no início deste ano. Porém, a mesma
que, aos poucos, a realidade brasileira
pesquisa revelou que apenas 17,1% da
tem mudado.
população assalariada têm algum tipo de formação universitária. Ou seja, ainda há muito que melhorar nas bases do sistema educacional, principalmente da rede pública, para que grande parte da população desfrute de benefícios, hoje, aproveitados por poucos. Frequentar a escola ainda é tarefa complicada em alguns municípios, a distância e a troca das salas de aula pelo trabalho são fatores que
escolar. Apesar de todas as dificuldades, comuns
em vários estados do
Em julho, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) apontou que entre 1991 e 2010 os brasileiros adultos com o ensino fundamental completo passaram de 30,1% para 54,9% da população. Entre as crianças de cinco a seis anos, a parcela daquelas que frequentavam a escola aumentou de 37,3% para 91,1%. No mês seguinte, uma pesquisa realizada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 2011, classificou o Estado de Minas Gerais como referência nacional no quesito educação. A rede estadual mineira mantém a primeira colocação nos anos iniciais do Ensino Fundamental, subiu do 3º para o 2º lugar nos anos finais e ficou na 3ª posição no Ensino Médio. Em entrevista
16 OUTUBRO de 2013
à Mercado, a diretora da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C, Desirée Emmels de Souza falou sobre algumas ações desenvolvidas pela Secretaria Estadual de Educação nas 21 escolas estaduais de Santa Luzia. “Estamos sempre desenvolvendo intervenções no município visando a universalização de projetos, programas e investimentos em busca da equidade de oportunidades e melhorias constantes no processo educacional. Entre as várias ações com foco na Intervenção Pedagógica, posso destacar: a capacitação para professores de 3º e 5º anos do Ensino Fundamental; capacitação para todos os professores de Língua Portuguesa e Matemática do 6º ao 9º ano; capacitação para todos os diretores da SRE Metropolitana C, com abordagens de temas, como Mediação de Conflitos, ECA, Parceiro da Escola, Educação
“Entre as crianças de cinco a seis anos, a parcela daquelas que frenquentavam a escola aumentou de 37,3% para 91,1%”
tinada apenas aos homens. Anos mais
vação no Trabalho e Inclusão”, afirma. A educação básica é o primeiro nível do ensino escolar e compreende três etapas: a educação infantil (para crianças de 0 a 5 anos), o ensino fundamental (para alunos de 6 a 14 anos) e o ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos). É de responsabilidade dos municípios a oferta da educação infantil pública e gratuita e gestão das instituições privadas. PINHÕES - O município luziense con-
“Ter uma unidade escolar em Pinhões é de extrema importância, já que a localização da comunidade dificulta o acesso dos alunos a escolas de outras regiões.”
um lugarejo próximo, hoje conhecido como Pinhões. A comunidade quilombola de Pinhões localiza-se na área rural de Santa Luzia, aproximadamente 15 quilômetros do Centro. No quilombo a E.E Padre João de Santo Antônio oferece o ensino fundamental e médio. Cerca de 310 alunos são atendidos por 23 professores, em esteve envolvida em greve nos últimos
Divulgação: EE Padre João de Santo Antônio
dos primeiros colégios de Minas Gerais, o atual Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Macaúbas, mais conhecido como Convento de Macaúbas. Segundo o CEDEFES, instituição filantrópica que estuda organizações escolares e culturais mineiras, o Convento foi o primeiro colégio para meninas no Estaa educação que naquela época era des-
vos do convento teriam se instalado em
três turnos escolares. “Nossa escola não
tém em seu patrimônio histórico um
do. O local abrigava mulheres e oferecia
tarde, um grupo de negros e ex-escra-
Alunos da comunidade de Pinhões em uma apresentação teatral.
anos. Posso destacar a falta da quadra de esportes como uma de nossas principais carências”, aponta a secretária Valquiria Soares que atua há 15 anos na área da educação. Ter uma unidade escolar em Pinhões é de extrema importância, já que a localização da comunidade dificulta o acesso dos alunos a escolas de outras regiões.
SUPLETIVO – RECUPERANDO O TEMPO PERDIDO Apesar da correlação existente entre a ida-
educação básica. Há 26 anos, o município
mento é individualizado e o professor é
de dos alunos e o nível escolar, todo cida-
luziense conta com o Centro Estadual de
um orientador de aprendizagem”, explica
dão tem o direito de frequentar a escola
Educação Continuada (Cesec) que aten-
a SRE Metropolitana C. O programa fun-
regular em qualquer idade. E é dever do
de cerca de 1.500 alunos no Ensino Fun-
ciona em dois turnos (tarde e noite) e o
Estado garantir os meios para que jovens
damental (anos finais) e Ensino Médio.
ensino acontece de forma semipresencial,
e adultos em atraso possam acelerar seus
“Não existe turma no Cesec. A matrícula
com atendimento individualizado, e por
estudos e alcançar formação equivalente à
acontece durante todo o ano, o atendi-
disciplina, feito em módulos.
Capa
Tempo Integral, Relação Social, Moti-
“Não existe turma no Cesec. A matrícula acontece durante todo o ano, o atendimento é individualizado e o professor é um orientador de aprendizagem”. Outra opção para quem deseja acelerar os estudos é o Supletivo São Benedito, que funciona há 13 anos na Avenida Brasília. Além da educação para jovens e adultos,
Divulgação: Supletivo São Benedito
Alunos de todas as idades em busca de melhor qualificação profissional.
empresa ou fator desemprego”, explica o diretor geral do Supletivo, Marcos Cesar Alves da Costa. Visando facilitar o acesso das pessoas ao curso, o Supletivo São Benedito concede descontos nas mensalidades de quem comprovar baixo nível de receita. E, com um número cada dia mais crescente de pessoas em busca da regularização escolar, Marcos adianta que o local passará por ampliação nos próximos meses. “Iremos ampliar nossa estrutura para melhor atender a demanda em seu segmento”, afirma o diretor.
TECNOLOGIA EM SALA DE AULA Em uma recente pesquisa do IBGE constatou-se que mais de cinco mil municípios brasileiros apresentam ações ou projetos sobre a inclusão digital. Cerca de 69% dos casos têm acesso gratuito à internet oferecido pela prefeitura, e 76,8% tiveram microcomputadores instalados com acesso à internet na rede pública municipal de
retora geral do Colégio Fábia e Fábia Kids, Fábia Antonia de Lima Lara. Há 17 anos em Santa Luzia, as unidades Fábia atendem 170 alunos, atualmente, do berçário ao 5º ano do Ensino Fundamental. No colégio é comum ver crianças utilizando o tablet em sala de aula.
ensino. Infelizmente, em Santa Luzia essa tecnologia ainda não chegou para todos. Mas, já existem unidades de ensino atentas ao uso das ferramentas virtuais em sala de aula. “O aluno do século XXI não é mais o mesmo. Ele obtém informações de fontes
do por alunos trabalhadores que preten-
tenas de pessoas de lugares distintos, está
dem resgatar o tempo perdido, na maio-
conectado à internet e habituado a todos os
Divulgação: Colégio Fábia
Capa
De acordo com a SRE, o Cesec tem alcançado um número satisfatório de alunos, embora haja violência de maneira indireta no município luziense. Ainda assim, “temos projeto de expansão para Santa Luzia, como a implantação do Pronatec”, adianta a superintendência. Estão previstos também a ampliação da modalidade EJA, cursos técnicos nas escolas estaduais e abertura de escolas com modalidade EJA no noturno. As unidades Cesec funcionam no Conjunto Cristina A e Conjunto Palmital. Mais informações pelo telefone 3637-6572 ou 3637-7303.
ria das vezes, motivados pela cobrança da
tipos de recursos multimídia”, explana a di-
Colégio utiliza tablets no processo de aprendizagem.
a instituição oferece cursos preparatórios para concursos. “Nosso público é forma-
diversas, convive com culturas de todas as partes do planeta, se relaciona com cen-
“A tecnologia aliada à educação tende a promover maior dinamismo pedagógico, desenvolve competências com as quais os alunos buscam assimilar novas informações, interpretam códigos e linguagens, empregam os conhecimentos adquiridos
tomando decisões autônomas e socialmente relevantes”, expõe a diretora. Apesar de ser uma rede de ensino particular, o Colégio Fábia ressalta que “consciente da realidade socioeconômica da região, oferece bolsas de desconto parcial e integral”.
sonho de muita gente, embora os anos de graduação estejam sendo trocados por cursos técnicos e de capacitação com certa frequência nos últimos anos. Vários motivos são levados em conta no momento de escolher um curso superior, entre eles questões financeiras, tempo investido e distância. A Facsal foi a primeira Instituição de Ensino Superior no município luziense, fundada em 1998. Hoje, a cidade conta com outras unidades de ensino, como a Unopar, que desde 2006 atende em um polo de apoio no bairro São Benedito. O método proposto pela Unopar é o Ensino a Distância (EaD), uma ótima opção para quem não apresenta disponibilidade de cumprir a carga horária exigida pelas instituições de ensino superior de forma presencial. Em 1939 surgiram as primeiras ações de ensino por correspondência
cursos de pós-graduação são totalmente web”, elucida o coordenador geral do polo de Santa Luzia, Pe. José Carlos Pereira. O polo luziense da Unopar atende cerca de 1.200 alunos e oferece bolsas de estudo. “Temos o Prouni, que oferece bolsas de até 100%, e também o Programa Educa Mais Brasil, que concede descontos de até 50% no valor da mensalidade”, aponta o Pe. José Carlos que destaca também a instalação de um novo polo na cidade para atender a grande demanda de alu-
“Já em sua terceira geração, o EaD utiliza ferramentas da internet para a formação dos alunos”.
no Brasil, mais tarde, na década de 70, emissoras de rádio e televisão passaram
nos. Outra opção para quem não busca
a oferecer cursos de educação. Já em
a formação superior tradicional é a capa-
sua terceira geração, o EaD utiliza ferra-
citação por meio de cursos preparatórios.
mentas da internet para a formação dos
“Com a competitividade do mercado de
alunos. “Temos cursos de graduação e
trabalho, hoje em dia, ter ensino médio
pós-graduação em diversas áreas. Nosso
ou fundamental não é suficiente. É pre-
modelo de Educação a Distância é de-
ciso que o jovem ou adulto demonstre
nominado Sistema de Ensino Presencial
conhecimentos extras, como o domínio
Conectado e prevê encontros presenciais
de informática e conhecimento da língua
semanais durante a graduação. Nesses
inglesa, que é hoje um grande diferencial”,
encontros temos teleaulas interativas em
argumenta o diretor e proprietário da es-
que alunos e professores se comunicam
cola PET Cursos Santa Luzia, Luiz Carlos
online, ao vivo e em tempo real. Já, os
Junqueira Santos.
Com menos de um ano de atuação na cidade, a Instituição já prevê ampliação das instalações. “A procura tem sido excelente. Nos primeiros meses de atividade, a PET Cursos Santa Luzia superou a expectativa de matrículas. Devido à alta demanda, já possuímos as instalações físicas para uma expansão, e as novas salas de aula já estão sendo preparadas para a implantação de novos cursos de interesse da comunidade”, enfatiza o diretor. Oferecer oportunidade de ensino para a população de baixa renda também é uma prática presente na política da escola. “Entre vários projetos, posso destacar o “Vestibulinho”, que acontece na forma de visita em algumas escolas onde aplicamos uma pequena prova de conhecimentos gerais. Os alunos que se destacam neste teste ganham bolsas de desconto e isenção das taxas de material didático e matrícula”, finaliza Luiz Carlos. Divulgação: PetCursos
O diploma de curso superior ainda é o
Capa
ENSINO SUPERIOR X CURSOS DE CAPACITAÇÃO
O curso de inglês é um dos destaques no leque de opções da Instituição.
19
Educomunicação, educação cidadã
Artigo
Margarete FAntini *
A
grande invasão tecnológica no cotidiano de crianças e jovens está mais do que evidente, basta sabermos se esse consumo está sendo saudável e enriquecedor na sua formação. O cenário atual nos mostra uma forte inversão de valores, muito volume de informação, pouca consistência, além da exposição muitas vezes exagerada em perfis das redes sociais. É onde entra a importante prática da Educomunicação, que vai estimular essa geração a questionar, avaliar e sobretudo atuar positivamente, deixando de ser apenas um consumidor passivo. A Educomunicação surgiu num movimento que se iniciou na América do Sul e atingiu toda a América Latina nos anos 60, ganhando força na década de 70, onde intelectuais perceberam o poder que os meios de comunicação passaram a exercer na formação das pessoas.
Por definição, a Educomunicação é um conjunto de ações que utiliza os recursos tecnológicos como ferramentas para gerar um produto comunicativo. É uma aliança entre a comunicação e educação que veio para inovar ambas as partes. O mais importante de tudo é o processo, porque a partir do momento em que há troca de informações, indução à pesquisa e um olhar crítico sobre um dado assunto, o aluno passa a adquirir uma postura embasada e intensa no convívio social. Em espaços escolares ou não, pode ser desenvolvido jornal mural, fanzine, revista, informativo, blog, rádio, revista em quadrinhos, intervenção de rua, teatro, documentário, entrevista,
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reportagem, fotografia, dentre outros ligados a projetos comunitários entrelaçados à assistência social, cultura, comunicação e educação. O despertar para a cidadania se dá na construção e execução do projeto que deve observar os assuntos que mais necessitam ser discutidos na comunidade escolar e seu entorno. Um leque de “pautas” como o bullying, a agressividade, reciclagem, cordialidade, reconhecer a importância de cada funcionário dentro da escola, entre muitos outros
“A Educomunicação é um conjunto de ações que utiliza os recursos tecnológicos como ferramentas para gerar um produto comunicativo.”
que conscientizarão os alunos, causando efeitos realmente transformadores. No Brasil a Educomunicação já está sendo reconhecida e o mercado de trabalho está se expandindo. O profissional deve estar apto para diagnosticar e coordenar projetos no campo da inter-relação educação/comunicação. Desde 2010 foi criado um curso de licenciatura, além de ações promovidas pelo Ministério da Educação como cursos de curta duração para qualificar educadores que pretendem atuar na área. O objetivo é que as escolas estejam cada vez mais receptivas e preparadas para esta prática. Ao invés de disputar a atenção de seus alunos com as várias tecnologias portáteis, possam admiti-las de uma forma benéfica e sábia. Afinal, a sociedade evoluiu e o direito de expressão e comunicação nunca foi tão facilitado. * Margarete Fantini - Jornalista e estudante de Pedagogia.
Tecnologia
Internet
Saiba como proteger seus filhos Muitos pais adoram aquele momento de “descanso” quando os filhos ficam totalmente envolvidos com joguinhos infantis na internet. Ou acham o máximo quando seu pequeno internauta de dez anos, ou menos, já domina com maior naturalidade a linguagem virtual. Mas, até que ponto essa evolução acelerada é saudável? Nossas crianças estão preparadas para seguir livremente pelo mundo cyber? Pensando nisso, o site Censura, que aborda assuntos referentes à segurança de nossas crianças, produziu um artigo para os pais com 13 dicas de como deixar seus filhos aproveitarem a internet sem que isso lhes represente qualquer tipo de risco. Conheça os alertas e analise se a rotina virtual do seu filho necessita de sua atenção. 1- Mantenha o computador em uma área comum da casa. 2 - Acompanhe a criança quando utilizar o computador de bibliotecas ou lan houses. 3 - Navegue algum tempo com a criança internauta. Da mesma forma que você ensina sobre o mundo real, guie-a no mundo virtual. 4 - Aprenda sobre os serviços utilizados pela criança, observe suas atividades na internet. Caso encontrem algum material ofensivo, explique o porquê da ofensa e o que pretende fazer sobre esse fato. 5 - Denuncie qualquer atividade suspeita. Encoraje a criança a relatar atividades suspeitas ou material indevido recebido. 6 - Caso suspeite que alguém está fazendo algo ilegal on-line, denuncie-o às autoridades policiais ou ao site www.nightangel.dpf.gov.br
7 - Estabeleça regras razoáveis para a criança. Discuta com ela as regras de uso da internet; coloque-as junto ao computador e observe se são seguidas. As regras devem, por exemplo, estabelecer limites sobre o tempo gasto na internet. 8 - Se necessário, opte por programas que filtram e bloqueiam sites. Encontre um que se ajuste às regras previamente estabelecidas. 9 - Monitore sua conta telefônica e o extrato do cartão de crédito. Para acessar sites adultos, o internauta precisa de um número de cartão de crédito e um modem pode ser usado para discar outros números, além do provedor de acesso à internet. 10 - Instrua a criança a nunca divulgar dados pessoais na internet. Por exemplo: nome, endereço, telefone, escola e o e-mail em locais públicos, como salas de bate-papo. É uma versão moderna de “nunca fale com estranhos”. Recomende que a criança utilize apelidos, prática comum na internet e uma maneira de proteger informações pessoais. 11 - Conheça os amigos virtuais da criança. É possível estabelecer relações humanas benéficas e duradouras na internet. Contudo, há muitas pessoas com más intenções, que tentarão levar vantagem sobre a criança. 12 - Cuide para que a criança não marque encontros com pessoas conhecidas através da internet, sem sua permissão. Caso permita o encontro, marque em local público e acompanhe a criança. 13 - Aprenda mais sobre a internet. Peça a criança que ensine a você o que sabe, e navegue de vez em quando com ela. Fonte: www.censura.com.br
22 OUTUBRO de 2013
LEONARDO FELíCIO *
R
ecentemente, em uma viagem até São Paulo, ouvi a comissária de uma companhia aérea dar as instruções para os passageiros em um inglês terrível. No voo, estávamos eu e uma amiga também professora de inglês e, comentamos um com o outro a qualidade do inglês apresentado pela comissária e a impressão que isso daria caso houvesse um estrangeiro dentro do avião.
perfeito e lhe explicou que ele não poderia fazer a viagem com o seu souvenir.
Fizemos a viagem, e voltei a minha rotina de professor de inglês, mas sempre me perguntando como é que esses profissionais da área de aviação são preparados para atuarem profissionalmente com um inglês como aquele?
“Estamos planejando grandes eventos em nosso solo, nos quais receberemos uma quantidade imensa de turistas”.
Em outro momento, também de viagem, estava indo do Galeão no Rio de Janeiro para Cumbica em Guarulhos, ambos aeroportos internacionais, e havia no voo um passageiro estrangeiro que em retorno ao seu país estava levando como recordação um berimbau. Foram mais de 25 minutos de tentativas de interação entre as comissárias de bordo com o dito passageiro a fim de convencê-lo a fazer um despache daquele utensílio. Sem qualquer resultado, e com a aeronave em solo, um funcionário do time de terra da companhia aérea entrou no avião e conversou com o passageiro em um inglês
Relato essas situações, que a princípio parecem cômicas, para mostrar o quanto estamos perdendo por não termos o domínio da língua inglesa. Penso que deva ser muito constrangedor para um comissário ou comissária de bordo ter que esperar pela ajuda de outro funcionário da em-
presa para resolver um problema que está dentro do seu voo. Ou o que é ainda pior, um passageiro comum tentar argumentar com o passageiro problema, porém sem a autoridade e argumentos da segurança aérea nacional para convencer o outro sobre a necessidade do despacho de um item. Estamos realmente perdendo muito com tudo isso. Existem planejamentos de grandes eventos em nosso solo, nos quais receberemos uma quantidade imensa de turistas. Estamos preparados para recebê-los? Ou mais uma vez faremos o uso do “Brazilian Embromation”
para conseguir resolver as inúmeras situações pelas quais passaremos? Para aprender qualquer outro idioma é necessário um investimento com cautela, com sabedoria, livre de paixões e com um foco. Para que quero aprender outro idioma? Quais são os meus objetivos? O que posso ganhar ou acrescentar a minha vida profissional? É nisso que temos que pensar ao buscarmos um curso de idiomas. É fato a necessidade de estarmos preparados para todos esses acontecimentos futuros. O mercado interno tem crescido cada vez mais, especialmente em nosso Estado que requer e ainda vai exigir profissionais que dominem uma segunda língua, e que essa seja a língua inglesa. Mas, não façamos isso de qualquer maneira. Hoje, tenho portas que se abrem com mais facilidade ao apresentar um inglês de qualidade no meu currículo e em uma entrevista. Faça o mesmo por você. * Leonardo Felício - Professor de Inglês e Tradutor
Oportunidade
Do you speak english?
Os desafios do ensino a distância Conheça as principais características desta modalidade de ensino que está em crescimento no país
ead
Alexandre Amorim * O Ensino a Distância (EAD) tem ganhado cada vez mais adeptos por ser uma modalidade de ensino mais acessível. Ele se caracteriza por ser uma alternativa de aprendizagem a distância com intermediação tecnológica, tendo como vantagens o custo, o tempo, a autonomia do aluno e o acesso facilitado. Para a professora e mestre em educação, Lorena Tárcia, o EAD está em crescimento no país. “Com certeza é uma grande tendência da educação. Muitas grandes redes de ensino estão investindo nesta modalidade, com tecnologias cada vez mais interessantes” afirma. O Grupo Uninter foi um dos pioneiros a oferecer cursos superiores, extensão e pós-graduação a distância, e hoje se destaca como um dos cinco maiores grupos educacionais do Brasil. O diretor do polo presencial da Instituição em Santa Luzia, professor Aldair José de Oliveira, explica como esse polo funciona. “No formato do Plano Pedagógico dos cursos superiores a distância do Centro Universitário Uninter, os alunos têm aulas uma vez por semana e podem assistir em nosso Centro Acadêmico de Santa Luzia ou pela internet. As dúvi-
das são tiradas por meio de tutoria local pessoalmente, ou pela tutoria central por telefone 0800, chat, e-mail ou rádio web. Para Aldair, a redução de custos é um fator interessante para quem opta pelo ensino a distância. “Além da universalidade de público, o EAD possibilita a redução dos custos para os alunos, proporcionando a melhor relação custo/ benefício, sem perder em qualidade de ensino, pois todas as instituições são fiscalizadas pelo MEC e somente oferecem os cursos a distância após o credenciamento. De acordo com o MEC, o aluno precisa verificar se a instituição escolhida é credenciada pelo órgão, e se disponibiliza as tecnologias adequadas para atender a demanda dos alunos. O credenciamento das escolas que oferecem curso superior pode ser consultado pela internet no site do MEC: http://emec.mec.gov.br. Como escolher um curso a distância: • Visite o polo de apoio presencial onde participará das atividades presenciais obrigatórias, veja se o am-
biente é apropriado, se possui biblioteca e laboratórios (caso o curso exija); • Busque informações com alunos atuais e ex-alunos do curso; caso você não tenha contato com nenhum, solicite aos responsáveis indicações de nomes e contato; • Verifique a instituição responsável, sua idoneidade e reputação, bem como dos coordenadores e professores do curso; • Solicite informações sobre a estrutura de apoio oferecida aos alunos (suporte técnico, apoio pedagógico, orientação acadêmica, etc.); • Para o caso de cursos que conferem titulação, solicite cópia ou referência do instrumento legal (credenciamento da instituição, do polo de apoio presencial e autorização do MEC ou do Conselho Estadual de Educação) no qual se baseia sua regularidade. Fonte: Ministério da Educação (MEC) * Alexandre Amorim - Jornalista e Professor de língua portuguesa
A cor da prevenção
O
mês de outubro se coloriu de rosa pelo Brasil, e a causa não poderia ser mais justa: Campanha de combate ao câncer de mama. Várias instituições públicas e privadas se uniram para promover a conscientização do câncer que mais mata mulheres no país. Segundo informações publicadas pelo Governo do Estado de Minas Gerais, somente neste ano o câncer de mama deve atingir mais de quatro mil mulheres mineiras. Várias ações estão sendo desenvolvidas para reduzir esses números, como a nova faixa etária para realização de mamografia. Antes, o público alvo estava concentrado em mulheres com idade entre 50 e 69 anos. Atualmente, a partir dos 40 anos o exame já pode ser solicitado. Outra novidade apresentada pelo Estado é a facilidade para a realização da mamografia, eliminando a necessidade da mulher ter que passar por uma consulta médica para ter direito ao exame. Ou seja, a única exigência é estar dentro da faixa etária, se dirigir até um posto de saúde com documento e solicitar o encaminhamento para as clínicas credenciadas. Em Santa Luzia, o Centro Viva a Vida (CVV) realizou mamogra-
Fotos: Henrique Chendes/ SES
cidade
Stephanie Gomes
fias de mulheres que procuraram diretamente a unidade durante todo o mês de outubro. Fora do período de campanha o exame deverá ser solicitado pelo posto. No último dia 30, o Sesc MG em parceria com o CVV promoveu palestra e atividades dentro da programação Outubro Rosa para a comunidade luziense e pacientes da unidade de saúde.
Mulheres em foco no PSF São Geraldo
Para algumas luzienses o Outubro Rosa começou mais cedo. Em setembro, o PSF São Geraldo realizou durante todo o sábado (14) um atendimento voltado à saúde da mulher. O posto permaneceu aberto de 8h às 17h e contou com a colaboração de 34 voluntários, entre eles enfermeiros, agentes de saúde, estudantes, artesãs e uma esteticista. “Esta é a primeira vez que realizamos um evento voltado para a saúde feminina, e o retorno foi muito bom”, comenta a enfermeira e organizadora da ação, Raquel Herolt. A voluntária Larissa Amorim aprovou a ini-
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ciativa e falou sobre a importância do evento. “Esta é uma ótima oportunidade para todos. A população que tem um dia dedicado ao atendimento sem filas, e nós, estudantes, que podemos colocar em prática o que aprendemos em sala de aula”, avalia a estudante em técnica de enfermagem. E foi a agilidade no atendimento que atraiu Maria Margarida, 57 anos, e sua filha. “Quando agendamos a consulta costuma demorar muito, então um dia como este, onde somos atendidas na hora, é muito bom e temos que aproveitar”, conta a usuária do posto.
O evento contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Santa Luzia, vereador Pedro de Teco, Escola Monsenhor D’amato, e programa HCG. “Posso afirmar que nosso objetivo foi cumprido, trabalhamos bem a prevenção, que foi nosso foco principal, entre outros cuidados. Gostaria de ressaltar que mais do que promover um dia de atenção à saúde da mulher, nosso objetivo principal é mostrar para a população que o PSF São Geraldo tem atendimento e está sempre de portas abertas”, finaliza Raquel. Leia mais em nosso site.
moda
Com que bicho eu vou? Carla Ferreira *
S
er criança é viver no mundo da fantasia, dos sorrisos e brincadeiras. É comer algodão doce e se lambuzar. Ser criança é acreditar num mundo cor de rosa e cheio de pipocas. É misturar sorvete com televisão, computador com cheiro de flor, passarinho com goma de mascar. Ser criança é gostar de casquinha de sorvete, de bolo de chocolate, é pintar o sete. No mundo da fantasia, dos bichos e brincadeiras a moda infantil chegou mais solta, leve e colorida neste verão. Traz como vedete a combinação que busca na natureza os florais e microestampas, e na década de 1950 suas principais referências. Formas delicadas e nostálgicas se incorporam à moda infantil. Os coloridos, o dourado e o animal print surgem forte, também, para os pequenos. A liberdade de movimentos e o conforto das roupas garantem o bem-estar que a garotada tanto precisa para buscar experiências novas e aproveitar ao máximo no calor do verão.
* Carla Ferreira - Designer Gráfico
28 OUTUBRO de 2013
Foto: Pedro Motta - Divulgação Site
Inhotim
Foto: Eduardo Eckenfel - Divulgação Site
No mês das crianças, são várias as opções de passeios e diversões para os pequenos. E no período de férias, uma ótima sugestão para a família é conhecer um parque onde sua rara beleza encanta crianças e adultos. O Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, Inhotim está localizado em Brumadinho, a cerca de 90 quilômetros de Santa Luzia. O local oferece um conjunto de obras de arte a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes. Conhecido nacional e internacionalmente, por seus acervos de arte contemporânea e de botânica, está entre os dez jardins mais bonitos do mundo.
Foto: Eduardo Eckenfel - Divulgação Site
Lazer
Liliane Marques
O acervo do parque abriga cerca de 500 obras de artistas nacionais e internacionais. Em uma área de 97 hectares, Inhotim conta com uma das maiores coleções de palmeiras do mundo, com mais de 1.400 espécies.
Valores para visitação: • Terça – Gratuita • Quarta e Quinta – R$ 20,00 • Sexta, sábado, domingo e feriados – R$ 28,00
30 OUTUBRO de 2013
Meia-entrada disponível para maiores de 60 anos, crianças entre 6 a 12 anos e estudantes mediante apresentação de carteirinha. Entrada gratuita para crianças de até cinco anos. Saiba mais no site: www.inhotim.org.br
Opinião do Leitor Comércio sem camelôs Opinião
Liliane marques
Q
uem passou pela Avenida Brasília no último mês, certamente percebeu um espaço a mais nas ruas e calçadas. A diferença se deu após uma ação da Prefeitura Municipal juntamente com o Ministério Público para retirada dos camelôs que há muito tempo faziam parte do cenário comercial do São Benedito. A mudança gerou diversas opiniões no comércio local, e entre sinais positivos e negativos, alguns lojistas que preferiram não se identificar, falaram sobre a nova fase.
“Acho que a Avenida ficou limpa e sem graça. Não concordo em retirarem os vendedores ambulantes. Estou no comércio há muito tempo e os camelôs fazem movimento na cidade, eles também atraem compradores para nossas lojas. Infelizmente acho que vai afetar de forma negativa o comércio local. Concordo que estavam trabalhando de forma desorganizada, por isso, a solução seria organizá-los e não apenas retirar ou multar quem ainda insiste em trabalhar nas ruas". "Eu trabalhei como vendedor ambulante na Avenida Brasília durante vários anos. Tive a sorte de arrumar uma lojinha para continuar meu trabalho. Mas nem todos terão condições de arcar com um aluguel". “Acho correto tirar os vendedores ambulantes, como comerciante sei que atrapalha muito o comércio, mas não concordo em apenas tirá-los daqui. Creio que o ideal seria colocá-los em outro local. Afinal, são pessoas que também estão trabalhando e com famílias que dependem deles". “Foi a melhor coisa que fizeram em Santa Luzia até hoje. A Avenida está limpa, as calçadas livres e as portas das lojas com melhor acesso. Sem contar que, na minha opinião, será muito positivo para o comércio local. Ninguém vem na avenida só para comprar no camelô um DVD pirata ou uma meia. Os clientes procuram primeiro as
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lojas. Entretanto, acho que para as lanchonetes e restaurantes foi negativo, pois os vendedores também faziam lanches e almoçavam na avenida”. “Sem dúvida, foi uma coisa boa. Tinha loja que até os manequins estavam na calçada atrapalhando o trânsito de pedestres e clientes. Hoje, a entrada das lojas está mais acessível. Outra coisa é a quantidade de impostos que não são pagos. Da mesma forma que as lojas precisam pagar aluguel, eles também precisam pagar os impostos devidos”. “Concordo em retirá-los, mas não concordo em não facilitarem a instalação deles para outro lugar. Afinal, eles também tem família para sustentar. Entretanto, muitos dizem que eles não tem condições de pagar aluguel, mas eu discordo. Sei de vendedor que tirava 4 mil por mês”. “Sei de uma loja que ia fechar, mas depois da retirada dos camelôs o dono desistiu. Acho que vai ser muito bom. A cidade é grande e temos que pensar em todos”. Nos envie também algum assunto que gostaria que fosse abordado na Revista Mercado e a sua opinião sobre o mesmo. A sua opinião pode sair na próxima edição.
redacao@revistamercadovetornorte.com.br
jURÍDICO
E as crianças? N
Dra. Andréa do Carmo Alves Advogada OAB/MG 118.443
esta edição quero enfatizar onde os direitos fundamentais encontram-se dispostos e quais as suas repercussões em nosso dia-a-dia. A proteção integral às crianças está consagrada nos direitos
fundamentais inscritos no artigo 227 da Constituição Federal e nos artigos 3 e 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente que materializa o preceito fundamental. Para a efetivação destes direitos e na prática elevar a dignidade da pessoa humana deverá ocorrer garantias com a coparticipação de dever da proteção da família, da sociedade e do Estado. A criança e o adolescente são sujeitos de direito, e considerando sua vulnerabilidade, necessitam de cuidados e proteções especiais.
Relevantes são alguns dos direitos fundamentais 1 – Direitos à vida, à saúde, direitos elementares devem ser entendidos como viver com dignidade; 2 – Direito à alimentação, direito de ser alimentado por seus pais e responsáveis; 3 – Direitos à educação, ao esporte e lazer de forma a abrir os horizontes; 4 – Direito à dignidade, zelando e colocando-os a salvo de qualquer forma de tratamento desumano, aterrorizante, constrangedor, bem como qualquer espécie de violência, seja a violência física, a psicológica ou a violência moral; 5 – Direito ao lar, pois toda criança e adolescente deve ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurando a convivência familiar e comunitária, zelando por um ambiente livre
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da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes; Parece-nos bastante enfático toda a legislação existente, porém na prática vemos que estes direitos não são respeitados e é visto como meras disposições. Em várias esferas observamos este distanciamento entre a lei e realidade, mesmo referindo-se em peculiar condição de pessoas humanas em desenvolvimento e que possuem absoluta prioridade. As nossas crianças estão sendo tratadas como meros objetos do mundo adulto, representando um obstáculo à ordem, consideradas como tais, os abandonados, expostos, transviados, delinquentes, infratores, vadios, pobres. Um retrocesso, pois deixa de assegurar todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Governantes: Façam garantir os direitos fundamentais. Respeite e faça valer na prática o que de melhor possa atender essas crianças. Judiciário: Atente para os abrigos. Existem crianças morando nestes locais a mais de cinco anos, sem visitas de pais biológicos e membros da família. Crianças que poderiam ser adotadas, porém, há o entrave da destituição do poder familiar. É preciso atenção para que os direitos fundamentais reflitam a proteção integral preconizada e não somente representar uma conquista formal. Família: Cuide da formação de suas crianças. Ofereça carinho, atenção, participação. Sejam presentes para que no futuro essas crianças tenham referência. Crianças: Sejam felizes!
A maior rede de academias de Santa Luzia A nossa unidade Londrina está aberta das 06h às 00h, para melhor atender suas necessidades!
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