edição 01 - juLho/13
Serra acima, rumo aos vinhedos
Acarajé no Sul da Ilha
carta ao leitor
Consolidando a identidade Esta revista busca estreitar o
A Aroma Mirantes, como sugere o nome e reforça a capa, é uma revista do
relacionamento com o público frequentador
Mirantes Restaurante, mas é acima de
do restaurante, mas também busca mais.
tudo uma publicação de Florianópolis e
Queremos preencher uma lacuna editorial
de Santa Catarina.
em nossa região, falando de gastronomia
Criada por seis irmãos manezinhos, a
e outras dimensões da sociedade, como
rede Mirantes nasceu há mais de 20 anos,
cultura, educação, bem estar e alimentação.
e hoje conta com 14 unidades na Grande
Queremos ser, acima de tudo, uma
Florianópolis. Crescemos junto com a
publicação sobre pessoas e ações positivas,
cidade. Em 1989, quando abrimos a primeira
refletindo Florianópolis e quem aqui mora:
unidade no Mirante do Morro da Cruz – é
um povo entusiasta da qualidade de vida,
daí que vem o nome – a Ilha era bem
dos hábitos saudáveis, da tecnologia, dos
diferente do que é hoje.
esportes, da cultura do que é bom e faz bem.
Nesses anos todos, vimos a inauguração
Nessa panela com os mais diversos
da ponte Pedro Ivo, a urbanização de áreas
temperos e ingredientes, queremos
antes pouco ocupadas e o crescimento
encontrar o equilíbrio entre os sabores,
exponencial da fama de Florianópolis
para que o resultado seja sutil como as
no país inteiro.
paisagens da nossa Ilha e estimulante
Vimos também a cidade de duas décadas
como o progresso. Uma boa leitura!
atrás dar lugar ao que é comum em outras localidades: a paisagem de concreto, as
Um abraço,
buzinas, o acelerador no fundo. Motivo para
Família Mirantes
lástimas? Não cremos. Entendemos que não se deve lutar contra a maré. O esforço está, sim, em entender quem somos e buscar nossa identidade, tanto pelo resgate e manutenção das raízes quanto pela consolidação do que vem de
A Aroma Mirantes é uma publicação da rede de restaurantes Mirantes, distribuída gratuitamente e produzida pela Editora Naipe, em parceria com a Cohoo.
Baixe o aplicativo da Aroma Mirantes na Apple Store e no Google Play
fora para somar.
DIRETOR GERAL Thiago Steiner DIRETOR DE CRIAÇÃO Bruno Boesche (Cohoo) DIAGRAMAÇÃO Estúdio Lobotomáticos EDITORA CHEFE Rosielle Machado REPORTAGEM Lucas Pasqual
Pollyanna Niehues Rosielle Machado COLABORADORES Isabella David Ivana Henn Joi Cletison Maria Lúcia Gusmão Thiago Momm FOTOGRAFIA Giovanni Bello
Foto de capa Thiago Guedert COMERCIAL comercial@ revistanaipe.com IMPRESSÃO Coan TIRAGEM 6 mil exemplares
cozinha
Seu restaurante com algo mais “Projeto Mirantes” traz dicas de nutrição para melhorar bem-estar de clientes No último ano, um detalhe tem chamado a atenção de quem frequenta os restaurantes Mirantes: os informativos em cima das mesas. Com dicas de nutrição, bem-estar e responsabilidade social, os textos fazem parte do “Projeto Mirantes: promovendo Saúde & Longevidade e um Mundo Sustentável”. A iniciativa só foi possível graças à parceria entre o restaurante e a médica nutróloga Isabela David, responsável pela Insight Assessoria e Consultoria em Nutrologia. Além de realizar palestras e eventos, é ela quem produz todo o material. A meta é reforçar a dedicação do Mirantes com o bem-estar de seus clientes. Segundo Dra. Isabela, é importante divulgar alimentos e nutrientes recomendados para manter a saúde e reduzir o risco de doenças. “Muitas pessoas se surpreendem porque nunca viram um restaurante contratar médicos para dar assistência e informações nutrológicas”, comenta ela, que considera esse o ponto mais inovador do projeto. “O importante é envelhecer com qualidade. A nossa missão é disponibilizar informações referenciadas pela literatura científica”, explica a médica. Ela ainda recorre a um famoso provérbio para definir a essência da proposta: “Não basta acrescentar anos à vida, e sim dar vida aos anos”. O projeto é mais uma iniciativa pioneira do Mirantes, que há duas décadas acompanha o dia a dia de quem vive na ilha. A empresa se mostra preocupada em ajudar os clientes a fazer escolhas alimentares saudáveis e colaborar com a sustentabilidade do planeta.
cardápio Hortas de apê
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Com dendê, com afeto
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Plante, cultive e colha verdes na sacada de casa
Baiana serve acarajé na própria residência, em Florianópolis
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Tempo de Pinhão
Conheça a versatilidade da semente típica do Sul
O casal do Ceasa
Há mais de 40 anos, Longino e Marta vendem hortaliças nas madrugadas
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Quanto mais cru melhor
Alimentação viva baseia-se em vegetais para melhor bem-estar
16
22
30
18
22
cardápio
32 36 46
Almoço sob medida
Combine alimentos no prato e tenha uma refeição mais saudável
Serra acima, rumo aos vinhedos Um roteiro de quatro dias por vinícolas catarinenses
Folclore à mesa
Projeto leva arte ilhoa aos restaurantes Mirantes
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Shopping de Sonhos
50
Quem é do mar não enjoa
Site reúne voluntários para ajudar pessoas carentes
Os 117 anos da banda do Ribeirão da Ilha
+
Aperitivos 8 54 Editorial Fotográfico Receitas 60
36
48
50
54
aperitivo
Gosto de quê? Frequentadores de restaurantes Mirantes contam quais alimentos trazem memórias especiais
“Minha mãe, de quem tenho muito orgulho, é descendente de árabes e sempre fez quibe. Foi com ela que aprendi a receita que uso até hoje.” Conceição Mussi Maia, comerciante e cliente Mirantes há mais de uma década. Sua mãe Adélia, de 97 anos, é quase patrimônio do centro da cidade: começou a trabalhar no comércio de Florianópolis na adolescência e até hoje não passa um dia sem ir à loja de bolsas que tem há 60 anos na Rua Deodoro.
“Gosto muito de doces, e no início do casamento minha esposa Dalcira sempre fazia doce de leite. Somos casados há 37 anos. O doce dela é excelente, de comer puro.” Carlos Alberto de Souza, funcionário público e cliente Mirantes há 15 anos
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“Batata frita é uma coisa que me lembra da infância. Eu sempre comia, em casa ou na rua. É uma comida que até hoje eu adoro.” Suzana Leonetti, funcionária pública e cliente Mirantes há 13 anos
“Para mim, o prato mais especial é a carne. Alguém já viu peixe puxar carroça? O boi é que puxa.” Telmo Vaz Pereira, artista plástico e cliente Mirantes há dois anos
“Meu pai é português, por isso bacalhau é um prato que me lembra muito da minha infância.” Naíla Dubiel, bibliotecária e cliente Mirantes há 10 anos
“Quando eu era criança, lembro que minha tia Hilda, típica alemã, visitava minha casa e fazia uma espécie de sonho sem recheio que eu chamava carinhosamente de ‘nozinho’. Mesmo sendo uma receita simples, o diferencial era o carinho e amor que ela acrescentava.” Denise Machado Pacheco, publicitária e cliente Mirantes há 10 anos
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Panela virtual
cinco sites de culinária que valem o clique
1 - Aventuras gastronômicas A catarinense Flora Refosco vive no caos de São Paulo, mas encontra tempo para atualizar o É o que tem pra hoje (ehoquetemprahoje.blogspot.com.br). Flora Refosco
No blog, ela compartilha receitas variadas, de queijo fresco a sopa de tomate, e ainda dá dicas valiosas sobre como lavar panelas e espantar aquelas mosquinhas que insistem em sobrevoar as frutas.
A premissa do site português 1001 Receitas
3 - Chá da tarde O blog da jornalista Hanny
(1001receitas.com) é interessante: mil e uma
Guimarães, Rota do Chá
formas diferentes de se preparar a maior iguaria
(rotadocha.com.br), traz receitas de
lusitana, o bacalhau. Até agora o site oferece 364
chás e quitutes para acompanhar o
receitas – o que já é suficiente para experimentar
lanche da tarde, ou “chá das cinco”.
um prato novo a cada dia, durante um ano. Há ainda
Há ainda ensaios fotográficos,
dicas de pratos com arroz e saladas. Tudo, claro,
dicas de restaurantes, avaliação de
acompanhado de bacalhau.
produtos e promoções.
Flora Refosco
2 - Bacalhau, ora pois
aperitivo
4 - Culinária com design Em inglês, o The Kitchn (thekitchn.com) vale a visita. Dedicado à culinária e ao design de cozinhas, o blog recebe mais de quatro milhões de leitores por mês. São cerca de 20 artigos diários com receitas, resenhas de utensílios e conselhos para deixar sua cozinha mais bonita.
5 - Lugar de homem é na cozinha Criado pelo blogueiro Ricardo Cobra em 2006, o Homem na Cozinha (homemnacozinha.com) pretende ser “uma extensão do caderno de receitas do autor”. O enfoque inicial era dar dicas para os homens seduzirem o sexo oposto pelo paladar. Com o crescimento da audiência feminina, o site passou a se dedicar ao compartilhamento de receitas e experiências gastronômicas em geral.
felipe malheiro
Flora Refosco
Catarinense Flora Refosco compartilha experiências culinárias no blog É o que tem pra hoje
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Trabalhar sentado ou em pé? Segundo especialistas, nem um nem outro. Passar muito tempo na mesma posição pode causar hipertensão, problemas musculares e dores na coluna Sentado O sedentarismo causa mais danos à saúde que o cigarro. Foi o que concluíram pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, no final do ano passado. A pesquisa aponta que a cada hora sentada uma pessoa tem sua expectativa de vida reduzida em 21 minutos, dez a mais que fumar um cigarro. A professora do curso de Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Alessandra Martin confirma que a posição sentada pode comprometer a coluna vertebral. “Quando se permanece sentado por muito tempo, os músculos modificam seu estado de tensão, as vértebras são comprimidas e todo o corpo sofre compensações.” A má postura, explica Alessandra, pode afetar a maneira como alguém caminha, aumentando o esforço sobre quadris, joelhos, tornozelos e pés.
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aperitivo
Mexa-se • Caminhe pelo local de trabalho a cada hora • Estique as pernas, gire os pés para os dois lados, alongue braços e pescoço • Dispense o elevador e use as escadas • Tenha uma bola de tênis por perto para massagear pés, pernas, costas, braços e pescoço • Levante e converse pessoalmente com um colega ao invés de telefonar • Invista na qualidade de vida. O corpo vai responder melhor se você se mantiver hidratado, sem stress e com uma alimentação saudável
Em pé Trabalhar três horas em pé por dia pode resultar na perda de até 3,6 kg por ano, de acordo com John Buckley, pesquisador da Universidade de Chester, na Inglaterra. O argumento é que deixar de trabalhar exclusivamente sentado melhora a circulação e ajuda a combater a obesidade. A solução, porém, não é permanecer em pé durante longos períodos. Segundo o fisioterapeuta Marcelo Reis Cezar, que atua nas áreas de ergonomia, RPG e pilates, quem trabalha em pé por tempo prolongado pode desenvolver hipertensão. “Esta posição tem mais gasto energético, aumentando o esforço cardíaco para levar o sangue até as extremidades do corpo.”
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aperitivo
Autocontrole na tela
Aplicativos de celular servem como empurrãozinho para vida mais saudável
NutraBem Para quem quer perder peso ou apenas
HabitForge Quanto tempo você leva para se apegar a
manter uma alimentação saudável,
um novo hábito ou perder um vício? Vinte
qualquer incentivo é sempre bem vindo.
e um dias, de acordo com o HabitForge
O aplicativo NutraBem não substitui o
(habitforge.com). O aplicativo garante que,
acompanhamento de profissionais da
após esse período, é possível deixar de comer
saúde, mas serve como estímulo para quem
determinado alimento ou começar a praticar
quer controlar a dieta.
exercícios com regularidade.
Descrito como “o primeiro aplicativo
A ferramenta, em inglês, é simples de usar:
elaborado para os hábitos alimentares dos
primeiro, você escolhe o hábito que pretende
brasileiros”, ele mantém um registro diário
abandonar ou adotar. Depois, começa a receber
de cada refeição. Além disso, aponta as
e-mails diários questionando se alcançou as
calorias consumidas versus recomendadas
metas do dia.
e permite simular combinações de
É possível conhecer pessoas com objetivos
alimentos antes do consumo, orientando
semelhantes e compartilhar cada progresso.
as decisões. Há ainda informações sobre
Outra possibilidade é apostar com um amigo:
grupos alimentares com equivalência
caso não cumpra a meta, você pagará um
nutricional e dicas de nutricionistas sobre
valor preestabelecido a ele ou a alguma
escolhas saudáveis.
organização de caridade.
aperitivo
Sem filtro
Com popularização das máquinas de expresso, café ganha novo sabor O café expresso tem conquistado espaço em casas
O barista Philipe Glazer garante que o
e escritórios por ser mais consistente e preservar
ideal é optar por um equipamento que
o aroma e o sabor do grão por mais tempo. A
utilize café em grãos, por ter qualidade
Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic)
superior ao pó e ser mais barato que
estima que atualmente existam 850 mil máquinas
sachês e cápsulas. Segundo Glazer, investir
em lares brasileiros, número que tende a aumentar.
na qualidade do grão é o segredo para
Fáceis de operar, as máquinas automáticas são
conseguir um sabor semelhante ao dos
recomendadas para se ter em casa. Além de serem
cafés feitos em máquinas profissionais.
mais práticas e rápidas que as profissionais, elas
“Também é importante que a água esteja
permitem o uso de uma variedade maior de tipos de
na temperatura ideal, 90°C, e que a pressão
café: em sachê, cápsulas, pó ou grãos.
de 9 bar seja alcançada.”
Nespresso Essenza C101
Nestlé Dolce Gusto Melody II
Pressão: 19 bar
cappuccino e chocolate quente
Produz: café expresso
Produz: café expresso, com leite,
Café em cápsulas
Pressão: 15 bar
Capacidade: 1 xícara
Café em cápsulas
Preço: R$ 495,00
Capacidade: 1 xícara Preço: R$ 349,99
Philips Senseo HD7811 Produz: café expresso Pressão: 15 bar
Café em sachê
Capacidade: 2 xícaras Preço: R$ 299,00
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Giovanni bello
Hortas de apê Coma o que você mesmo plantou: em pequenos espaços, é possível cultivar temperos e outros verdes
Em certas regiões de Florianópolis onde
um novo hobby. Com a professora de
se cada vez mais incomum ver terra. Há
artesanato Bernadete Pereira Pacheco
asfalto, calçada, concreto, quem sabe até
foi assim. “Mais do que comer, gosto de
um ou outro gramado. Terra mesmo é
ver o desenvolvimento das plantas”,
raridade. Mas enquanto perde espaço lá
conta ela, que já colheu até grão de
embaixo, um pouco mais no alto o solo
bico no décimo primeiro andar do
natural conquista metros quadrados:
prédio onde mora, em São José.
nas áreas urbanas, é em sacadas de
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também uma maneira de cultivar
poucas casas teimam em persistir, torna-
Dentro de oito vasos, Bernadete tem
apartamentos que o cultivo de hortaliças e
tomate cereja, boldo, hortelã, cebolinha,
temperos ganha maior número de adeptos.
salsinha e um estimado pé de physalis que
Além de sustentável, trocar o mouse
volta e meia dá frutos. “Aqui é só pedra. Se a
do computador pela pá de jardinagem é
gente planta algo, dá um ar de chão”, sorri.
tira-gosto tira-gosto Desde a época em que morava em casa, ela já era mais de horta que de flor. Quando se mudou para apartamento, há dez anos, quis levar algum verde para o novo lar – e, de quebra, orgânicos para a mesa. “O cheiro e o gosto são totalmente diferentes das coisas compradas no supermercado.” Há quem diga que as hortas urbanas
Além de sustentável, trocar o mouse do computador pela pá de jardinagem é também um modo de cultivar novo hobby
representam uma revolução no sistema alimentar, por fecharem um ciclo: as sobras de comida adubam as hortaliças, e as hortaliças viram comida. Em São Paulo, recentemente um shopping utilizou quase um hectare no telhado para o cultivo de verduras, misturando à terra os restos de alimentos da praça de alimentação. Em outras capitais, como Salvador, Curitiba e João Pessoa, grupos de pessoas organizam
Mãos à terra • Decida o que plantar: os verdes mais
mutirões e fazem pequenas colheitas em
indicados são cebolinha, salsinha, tomilho,
terrenos públicos.
orégano, manjericão, rúcula, repolho, alface,
Em Florianópolis, existem projetos sociais de plantio coletivo em comunidades
alecrim e louro. • Escolha o local da casa: para crescerem
carentes, mas fora isso a tendência
bem, as plantas precisam de quatro horas de
das hortas urbanas ainda se restringe
sol por dia. Atenção: se você tem animais de
principalmente às residências. Na opinião
estimação, coloque sua horta em local mais alto.
da arquiteta e paisagista Bárbara Godeny,
• Tenha um recipiente propício: fáceis de
tornou-se moda ter hortaliças, temperos,
transportar, vasos são mais indicados que
chás e até árvores frutíferas na sacada.
floreiras. Quanto ao tamanho, os pequenos são
“Antigamente isso ficava escondido lá
ideais para temperos e chás. Os médios, para
na lavanderia. Hoje você faz não só pela
alecrim, louro e manjericão. Os grandes, para
função, mas também pela estética”, aponta
hortaliças como rúcula, alface e repolho.
a arquiteta. Ela observa que mesmo quem
• Prepare o vaso: espalhe uma camada
não tem experiência com plantas costuma
de argila; coloque por cima a manta de bidim,
se sair bem após algumas instruções e um
que irá segurar a terra em cima e a água
pouco de dedicação.
embaixo; encha de terra até um pouco mais
A professora de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina
da metade do recipiente. • Plante: para temperos, deixe uma distância
(UFSC) Maria José Baldessar reserva de 20
de 15 cm entre as plantas e, para hortaliças,
minutos a uma hora por dia para regar,
30 cm. Para um resultado mais rápido, prefira
verificar as folhas e, nos fins de semana,
mudas a sementes.
afofar a terra. Em uma sacada de 3 m²,
• Regue: para saber se a planta está
ela planta tomilho, alfavaca, alecrim,
precisando de água, coloque um dedo na terra e
manjericão, tomate cereja e pimentas. “É
sinta se ela está seca ou úmida. Meio copo por
mais prazeroso do que lucrativo”, constata,
dia é suficiente para um vaso pequeno.
e garante que, para ter bons resultados, é
• Colha: utilize uma tesoura ou faca. Cuide
preciso zelo: “A horta, como tudo, depende
para não misturar o utensílio com os outros da
do seu cuidado”. (Rosielle Machado)
cozinha, para evitar contaminação.
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tira-gosto
Com dendê, com afeto Acarajé feito aos sábados pela baiana Maria Madalena na própria casa é um achado no Sul da Ilha
A primeira impressão é de estar invadindo uma festa de família. Vista de fora, a casa localizada em uma servidão no bairro Rio Tavares não aparenta ser nada além disto: uma casa. É preciso abrir o portão de madeira para ver as mesas no quintal, sentir o cheiro do dendê na fritadeira e perceber que lá reina, junto do acarajé, a informalidade. É assim que todo sábado à noite, há seis anos, a baiana Maria Madalena Soares gosta de receber amigos e desconhecidos para servir o tradicional
Giovanni bello
quitute nordestino.
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Local une informalidade no atendimento e capricho na preparação do quitute nordestino
Madá, como é conhecida a cozinheira e anfitriã, orgulha-se de estar na contramão de quase tudo o que restaurantes costumam oferecer. Não há
Culinária de Madá inspirou o servidor público Eduardo Delvalhas a tatuar quitute no abdômen
máquina de cartão de crédito ou cardápio para listar as opções: acarajé, cocada, refrigerante e cerveja. Também não existem garçons. São as filhas Andreia e Daniela que atendem os clientes e pegam, em isopores, as latas de bebida que vão sendo anotadas num caderno. Além das oito mesas ocupadas no pátio, outro
Em noites de alta temporada, as mesas são disputadas. A notícia corre e muitos turistas aparecem. No inverno o movimento cai, mas a maior parte do
indício de que semanalmente a casa se transforma
espaço continua ocupado, graças a um grupo de
em reduto de acarajé é um quadro na sala de
assíduos que se auto intitulam “fanáticos”.
televisão com a única reportagem já feita sobre o
O servidor público Eduardo Delvalhas é um desses.
local. Madá não procura divulgação e tampouco
Conheceu o acarajé de Madalena há cinco anos e
pensa em abrir restaurante. “Muito trabalho”, resume
apaixonou-se de tal forma pelo salgado baiano que o
ela, que há 23 anos trocou Salvador por Florianópolis
tatuou na lateral do abdômen. “Fiz inspirado na Madá”,
acompanhando o casal para quem trabalha até hoje
conta ele, que também estampa no corpo imagens de
como doméstica.
churrasco, pimenta e queijo.
Curiosamente, Madalena nunca havia preparado
Frequentadora há seis anos, a cozinheira Helena
acarajé na Bahia. A primeira tentativa aconteceu
Maria de Araújo não chegou a gravar a paixão por
já na Ilha, como maneira de inovar o lanche das
acarajé na pele, mas garante que só não aparece na
crianças. Incentivada pelos patrões, em 1992 ela
casa de Madalena aos sábados se estiver viajando.
começou a vender em bares e na feira da Lagoa da
“Na sexta-feira já começa a dar abstinência”, brinca,
Conceição. Há seis anos, aproveitou o nascimento
e arrisca dizer que o melhor acarajé da Bahia está em
do neto para diminuir o ritmo de trabalho. Decidiu
Florianópolis. “Parece que é feito com a alma.”
limitar a produção de acarajé à própria cozinha, uma
Tão especial quanto a culinária de Madá, na
vez por semana. “Naquela época, nem mesa tinha”,
opinião de Helena, é o clima singular do local. “O
lembra Madalena. “Compramos uma, depois outra, e
mundo pode estar acabando lá fora, mas aqui dentro
assim as pessoas foram vindo e virando amigas”.
vai estar tranquilo. É como se fosse a casa da tia da
O clima de amizade supera de tal forma o de comércio que mal se sabem quantos acarajés são vendidos por noite. “É uma comida tão especial que não é número”, explica Daniela. “A gente não conta, a gente recebe, e enquanto tem cadeira vamos recebendo. Se não tiver, servimos em pé, mesmo.”
gente.”(Rosielle Machado) Vai lá: Acarajé da Madá; Sábados, das 18h30 às 22h; Servidão Paulo Simão Martins, 98, Rio Tavares, Florianópolis;
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Tempo de pinhão Versátil na culinária, semente é ideal para acompanhar carnes, peixes, sopas e até sobremesas
Nada de pétalas coloridas: por fora, com casca verde e grossa em camadas, a flor da araucária não parece muito apetitosa. O segredo da pinha está no seu interior. Ali dentro é encontrada a semente mais famosa do Sul do país, o pinhão. Colhido entre abril e agosto, ele é presença certa na mesa dos catarinenses durante o inverno. As opções são variadas – salada, maionese, farofa, purê, macarrão, nhoque, pizza, truta, panqueca, pudim, pão... tudo usando pinhão como base. Com 160 calorias a cada 100 g, a semente é rica em amido, cálcio e fósforo, que estimulam o equilíbrio da flora intestinal e, segundo estudos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), colaboram na prevenção de problemas cardiovasculares. A araucária é árvore protegida por lei e, por isso, a produção não é feita em escala. “Já existe uma área plantada, de pinhão nativo”, esclarece Joseli Stradioto Neto, engenheiro agrônomo da Epagri (Emprea de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). Isso explica a ausência de dados oficiais sobre o cultivo em Santa Catarina – sabe-se que a Serra concentra a maior colheita, pois é onde se encontra o maior número de araucárias. É na região serrana, em Lages, que mora a família da jornalista Camila Garcia, consumidora voraz de pinhão. “É comida de inverno, tipo sopa. Lá em casa, fazemos na panela de pressão e vamos beliscando o dia todo”, conta ela, que utiliza um pequeno alicate para tirar a casca sem precisar usar os dentes. Nas reuniões da família, o cardápio é sagrado: entrevero. A tradição já começa na palavra, que segundo o dicionário Aurélio significa confusão. Pedaços de carne de boi, porco, frango, calabresa, bacon, cenoura, cebola e pimentão são misturados em um disco junto com a semente cozida e descascada.
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tira-gosto
Adicionado a gratinados, transformado em farofa ou envolvido em bacon, alimento permite combinações saborosas
Frango com pinhão Por Chef Helena Menezes Porção para 5 pessoas Além dos pratos tradicionais, o pinhão pode ser
Ingredientes
servido como acompanhamento para carnes, peixes,
1 peito de frango
sopas, cremes e em substituição a massas. A chef
cortado em cubinhos
Helena Menezes ensina: se adicionado a gratinados, transformado em farofa ou envolvido em lâminas de bacon, pode resultar numa entrada saborosa. É possível prepará-lo até na versão doce, garante Helena. “Caramelizado, com doce de leite, cocada ou até bolo de pinhão, que é uma delícia.” Atualmente, Helena é chef em domicílio na cidade
100 g de manteiga 100 g de queijo mozzarella ralado grosso 1 copo de requeijão cremoso 1 colher de sopa cheia de amido de milho
de Curitiba. Ela já cozinhou para representantes dos
1 lata de creme de leite
governos japonês e alemão, e deste último partiu
1 lata de milho
o convite para participar da feira de Stutgartt, na
1 lata de ervilha
Alemanha, em 2011. A recepção dos estrangeiros
200 g de pinhão descascado,
à semente brasileira foi boa, segundo a chef. “Eles
cozido com sal
acharam exótico e se comoveram porque a araucária é
Modo de preparo
uma árvore muito antiga e em risco de extinção.”
Derreta a manteiga na frigideira,
Outro chef que cria pratos diferentes usando pinhão é Fernando Moniz, dono do restaurante A Taverna, em Urubici, na Serra Catarinense. Assim como Helena, Fernando mantém um estoque da semente congelada, para poder servi-la o ano todo. Uma das especialidades do chef é a sequência de pinhão. Como entrada, pesto; em seguida, salada e escondidinho à base da semente; para a sobremesa, pinhão flambado e caramelizado
salgue o frango e frite até dourar. Misture o creme de leite, o requeijão e a água do milho e da ervilha. Ferva e engrosse com o amido de milho. Num refratário, coloque o frango, o milho, a ervilha e o pinhão. Cubra com o molho, salpique queijo e
com sorvete de creme. “Não tem a sequência de
gratine até dourar. Enfeite com
camarão na Lagoa, aí em Florianópolis? Aqui, a
pinhões e sirva acompanhado de
sequência é outra”. (Lucas Pasqual)
arroz branco e salada verde.
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tempero
O casal do Ceasa
Aos oitenta e tantos anos, Seu Longino e Dona Marta continuam vendendo hortaliรงas nas madrugadas
Por Rosielle Machado Fotos Giovanni Bello
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À uma e meia da madrugada, o cheiro do café começa a se espalhar pela casa dos Guesser. Muitas luzes da Grande Florianópolis ainda nem foram apagadas, mas Seu Longino e Dona Marta já tiveram sete horas de sono. Às 2h, embarcam na Kombi carregada de verduras e percorrem os 30 km que separam sua residência, em Antônio Carlos, da Central de Abastecimento de Santa Catarina (Ceasa-SC), em São José. Há quase quatro décadas, é lá que o casal vê o dia amanhecer, enquanto trabalha das 3h às 8h de segunda a sábado. Primeiros produtores cadastrados no Ceasa catarinense, Longino e Marta são fornecedores de verduras dos Restaurantes Mirantes desde que a unidade número um foi aberta, há mais de vinte anos. Nesse tempo, o casal pouco mudou. Aos 83 anos, ela continua só sorrisos. Ele, aos 86, também segue como sempre: mais risinho de canto, sobrancelha levantada, vinco na testa. Juntos, os dois equilibram-se numa dupla atenta e simpática. Mesmo às 3h30 da manhã não se percebe aquele mau humor de quem cedo madruga. Enquanto Longino descarrega as caixas de verduras da Kombi, costuma cumprimentar outros produtores e mexer com um ou outro colega flagrado num bocejo: “Tá acordando ainda?” Longino lembra bem da época em que a venda de hortifrúti acontecia nas ruas. Na década de 1960, toda semana ele subia na sua carroça e ia sozinho de Antônio Carlos até o centro de Florianópolis vender seus produtos. O que o agricultor menos gostava naquele tempo era dos dias de vento sul. Parecia que tudo sacudia na ponte Hercílio Luz e, sem o aterro, as ondas do mar respingavam nos comerciantes no Mercado Público.
No município de Antônio Carlos, os Guesser vivem em meio às hortaliças
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Aos 83, ela é só sorrisos. Ele, com 86, é mais risinho de canto e sobrancelha levantada
Foi para facilitar a ligação entre produtor e consumidor que, em 1972, o Governo Federal criou Centrais de Abastecimento nas capitais brasileiras. Em Santa Catarina, os papéis foram assinados em 1976, mas o funcionamento só começou dois anos depois. Pouca gente queria deixar a Praça do Mercado Público, apesar dos problemas do lugar. Longino foi um dos primeiros a abraçar a mudança. Tanto que, no dia da inauguração, ajudou a abrir os portões. “Por isso tenho a carteirinha número um”, orgulha-se. Rosielle machado
Hoje, existem mais de 400 espaços de venda e 900 produtores cadastrados no Ceasa de São José. Por dia, são comercializadas cerca de mil toneladas de produtos. Responsável por 14% dessa quantia, Antônio Carlos é o segundo maior fornecedor de frutas e hortaliças do local. A economia do município depende disso: mais da metade da produção vai parar em um dos seis pavilhões da Central, onde é vendida para restaurantes, supermercados e outros varejistas.
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tempero Entre os 900 produtores cadastrados no Ceasa-SC, Seu Longino orgulha-se de ter a carteirinha número um
Quase 80% das 1800 famílias antônio-carlenses vivem dos hortifrutigranjeiros. Mesmo com o mar logo ali, a menos de 50 km, as novas gerações costumam permanecer no campo para dar continuidade às atividades da família. Com seu Longino foi assim. A agricultura também era a ocupação de seu pai, do pai de seu pai e de quase todos os pais anteriores. Dos seis filhos que ele e Dona Marta têm, dois vivem do plantio de verduras. Até hoje, o casal fica de rosto vermelho ao contar como se conheceu, na adolescência. Um dia, o pai de Longino pediu que ele fosse comprar melaço na casa do pai de Marta. Chegando lá, o rapaz viu de longe a sorridente garota de cabelos castanhos e, dali em diante, começou a inventar desculpas para voltar. Voltou tanto que acabaram namorando e casando. “Não tivemos nenhuma briga ainda”, diverte-se Longino, que nos fins de semana gosta da casa cheia – o que não é difícil com 19 netos e seis bisnetos. A árvore genealógica dos Guesser se parece muito com a de outras famílias de Antônio Carlos: os avós vieram da Alemanha, instalaram-se em São Pedro de Alcântara e, mais tarde, migraram para as planícies próximas ao rio Biguaçu em busca de solo mais fértil. Além da atividade profissional e do sotaque – “não” quase sempre é pronunciado como “nom” – Longino e Marta herdaram a saúde. Antônio Carlos tem a segunda maior expectativa de vida do Brasil, e reflexo disso são os passos firmes e a lucidez do casal octogenário. Para cada copo do vinho tinto que bebe diariamente, Longino parece tomar dois de vitalidade.
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“Eles têm mais energia que muitas
Dona Marta explica que ela e o marido nem
pessoas jovens”, comenta Rosângela
pensam em aposentadoria. “Enquanto a gente
Guesser, parente de Longino e vizinha
puder andar, vamos continuar. Não quero ficar
de box no Ceasa há 28 anos. Ela entrega
parada.” Ela prefere a rotina de acordar à 1h30,
que, por lá, Longino é conhecido pelo
almoçar às 10h30, cochilar, assistir à novela
apelido de Sarney. “É porque tira muita
da tarde e preparar o jantar às 18h. Sempre
sarna dos outros”, brinca. “Mas é tudo na
que alguém pergunta se não é a hora do casal
esportiva, ele e a esposa são pessoas muito
aproveitar para dormir até mais tarde e passear
humildes. Pela idade deles, ainda estar aqui
um pouco, a resposta vem junto com o habitual
trabalhando é muita força de vontade.”
sorriso: “Eu não gosto de viajar. Só para o Ceasa.”
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por Maria Lúcia Gusmão
À procura
Conhecimento, autonomia, segurança, sociabilização... existe receita para uma vida feliz? Estamos sempre à procura do segredo para conquistar
Num segundo momento, identifique suas necessidades
a tão sonhada felicidade. No espaço familiar, buscamos
e o grau de satisfação que elas proporcionam a você.
harmonia, cumplicidade e união. Empresas investem no
Aquelas que mais o satisfazem são as que demandarão
desenvolvimento das pessoas, em estrutura e recursos
maior energia, mas equilíbrio é importante: mesmo com
modernos para motivar e reter profissionais talentosos.
menor grau de satisfação, outras necessidades também
Nas relações amorosas, queremos plenitude e troca de
deverão ser atendidas.
afetos. Mas qual a medida exata para se sentir feliz? Existe uma receita universal? De acordo com a Wikipédia, felicidade é “um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vão desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo”. Diferentes estudos já foram realizados tentando identificar quais fatores incidem na felicidade, mas nenhum conseguiu respostas exatas.
Pirâmide das Necessidades de Maslow
auto estima: confiança,
afetivo-social: interação com colegas,
segurança: segurança do corpo, do emprego, de recursos, básicas-fisiológicas: alimentação, moradia, conforto e lazer. Sono,
Na Universidade de Illinois (EUA), uma pesquisa feita em 123 países analisou o contexto cultural de cada local
Por último, lembre-se sempre de fazer seu “eu”
em interação com elementos motivacionais, com base
feliz. A satisfação das necessidades está diretamente
em teorias como a das “Necessidades de Maslow”. O
relacionada às suas crenças e valores. Estes, por sua vez,
estudo conseguiu identificar alguns elementos-chave
estão vinculados à sua história e identidade, ainda que
para que alguém se sinta feliz: necessidades básicas,
os níveis de satisfação possam variar de acordo com
relacionamentos sociais, domínio do conhecimento,
o momento da vida de cada pessoa. E não se esqueça:
autonomia, respeito e segurança. Mas de que maneira
não há cálculos exatos. A medida certa para a felicidade
tudo isso leva à conquista de uma vida feliz?
é customizada para cada um de nós, ou seja, temos
Como ponto de partida, é importante perguntar a si mesmo: o que eu faço está a serviço do quê? Considere
que buscar o equilíbrio satisfazendo o que temos como necessidade. Seja feliz à sua medida!
para onde você está canalizando sua energia e a razão disto. Dedicar-se a fazer algo sem satisfazer às suas necessidades pode ser um gasto inútil de energia, postergando ainda mais a felicidade.
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*Maria Lúcia Gusmão é diplomada em Estudos Avançados de Psicologia Social pela Universidade de Barcelona e trabalha como consultora em gestão de pessoas
29
entrada
Quanto mais cru melhor Com base em vegetais e temperatura máxima de 37°C, alimentação viva tem como objetivo melhorar disposição e Saúde
Por Lucas Pasqual
Sementes germinadas, legumes e frutas. Tudo cru ou apenas morno, fermentado ou desidratado. No cardápio de quem segue a culinária viva não entra nada de origem animal ou que tenha sido aquecido acima de 37°C. Ainda que a base dessa alimentação sejam saladas, há diversidade: é possível preparar massas de grãos germinados e até queijos de macadâmia ou amêndoas. O objetivo de quem segue a alimentação viva é melhorar a disposição, o bemestar e a vitalidade. A presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, Marly Winckler, explica que a busca por saúde é o que costuma impulsionar as pessoas a adotarem esse tipo de culinária. “Há muitas vantagens para o organismo, já que o alimento está na sua potencialidade máxima, sem manipulação, cheio de vitaminas e minerais”, esclarece.
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Para a engenheira eletricista Lorreine Laube, a dieta começou como uma maneira de lidar com a diabetes. “Tive uma primeira experiência no final de 2011, e senti minha saúde melhorar. Todos os exames comprovaram isso. Como tudo estava ok, relaxei e comi alimentos cozidos”, conta Lorreine, que voltou à “viva” há dois meses e já sente os impactos positivos da mudança. Formada pelo Terrapia, projeto carioca que é referência nacional no assunto, a nutricionista Thaisa Navolar garante que a alimentação viva é uma importante ferramenta de educação nutricional e combate ao excesso de alimentos processados. “As pessoas sabem que têm que comer frutas e verduras, mas faltam atrativos. Por que não comer um creme de manga com linhaça como sobremesa, no lugar do doce?”
“Por que não comer um creme de manga com linhaça como sobremesa no lugar do doce?”, questiona nutricionista
Uma das maneiras de adotar a dieta é por meio de cursos que ensinam a adaptação à culinária. Nas oficinas que promove desde 2006, Thaisa tenta mudar o estereótipo de que comida saudável não tem gosto. “Eu me preocupo com o sabor, a aparência e o preparo, para que as pessoas já comam com os olhos.” No entanto, ela não aconselha ninguém a mergulhar de cabeça na “viva”. “Cada pessoa deve ser avaliada individualmente por um profissional.” Uma receita especial para o professor Rodrigo Gagliano, adepto da dieta há quase dois anos, é o pão essênio. “Primeiro precisa germinar o grão, deixando-o na água e depois escorrendo, o que demora de um a dois dias dependendo do grão”, relata. “Depois, você tem que triturá-lo com
entrada temperos no liquidificador, e então fazer uma pasta
uma salada pra mim.” Mas, segundo ele,
com um disco e colocar no desidratador”. O pão
o esforço vale a pena: “Tem um episódio do
demora entre 18 e 24 horas até ficar no ponto certo
Pica-Pau em que ele acorda super pra baixo e,
para consumo.
pra melhorar, resolve tomar um tônico. Logo
Na opinião do professor, o convívio com não
que eu comecei a viva, tive a impressão que também
vegetarianos é um dos pontos complicados na
tomei desse tônico”, brinca. “Mas a
adequação. “Se meus amigos dão uma festa e me
dieta não faz milagres, você está sujeito a
chamam, não significa que eles pensaram em fazer
baixas psicológicas normais.”
Torta Viva
Porção para 6 pessoas
Por Buena Vibra Quitutes
Ingredientes Massa 500 g de castanha-do-pará deixadas de molho por 8 horas 3 bananas picadas Suco de meio limão rosa sem sementes Recheio 1 colher de sopa de sementes de chia deixadas de molho por 30 minutos 2 mangas descascadas e picadas Meio maracujá pequeno Cobertura Meio abacate maduro 100 g de tâmaras sem caroço deixadas de molho por 10 minutos Modo de preparo Massa Em um processador, triture as castanhas até que fiquem em pedaços pequenos. Junte as bananas, o suco de limão e bata até formar um creme, mas deixe alguns pedacinhos de banana aparentes. Molde a massa no formato que preferir e leve à geladeira. Recheio Bata no liquidificador a chia, os pedaços de manga e o maracujá até que as sementes do maracujá fiquem bem pequenas. Despeje na torta e leve de volta à geladeira. Cobertura Tire as tâmaras de molho e deixe a água escorrer por alguns minutos. Depois, coloque no processador junto com o abacate até formar um creme. Use um bico de confeiteiro para espalhar a cobertura pelas bordas da massa. Para decorar, use frutas miúdas da estação.
por Dra. Isabela David
Saúde, longevidade e envelhecimento
Entender a passagem do tempo sob a ótica operacional ajuda a acelerar, retardar e até reverter o processo Um dos temas preferidos de minhas palestras
testes genéticos podemos identificar mutações que
é “Medicina do Século XXI: Mais Preventiva, Mais
favorecem a obesidade, mutações estas que podem
Preditiva, Mais Personalizada”. Escrever para a
estar relacionadas tanto à dificuldade de queimar
revista Aroma Mirantes me dá a oportunidade de
gordura (lipólise) como à facilidade de formar
divulgar e esclarecer esta proposta.
gordura (lipogênese). Reconhecendo-as, podemos
Mais preventiva porque podemos atuar cada vez
atuar mais objetivamente, interferindo inclusive na
mais na redução de risco de doenças. Entendendo
escolha dos alimentos que compõem a dieta usual e
longevidade e envelhecimento como dois diferentes
fazendo opções terapêuticas mais direcionadas.
campos de pesquisa, concluímos que, favorecendo
Segundo Paolo Giacomoni, conceituado
o primeiro e retardando o segundo, estamos
pesquisador italiano, devemos entender o
efetivamente contribuindo para um envelhecer
envelhecimento sob o ponto de vista operacional,
com boa qualidade de vida. Isto nos levou a uma
que pode ser avaliado quantitativamente, de modo
importante mudança de paradigma: é possível
que um tratamento pode ser capaz de provocar,
envelhecer sem ficar doente!
acelerar, deter, retardar e até mesmo reverter o
Mais preditiva porque os recursos da medicina
processo. Neste contexto, podemos atuar de modo
moderna nos permitem predizer – ou seja, dizer
individual, familiar, profissional, empresarial,
antecipadamente – as predisposições que cada
comunitário, municipal, estadual, federal, enfim, em
um de nós apresenta para um número cada vez
vários “níveis de gestão”.
maior de doenças. Desta forma, podemos interferir
Fico feliz pela oportunidade de coordenar o
precocemente e, muitas vezes, impedir que a
“Projeto Mirantes, promovendo Saúde, Longevidade
doença se manifeste. Isso nos levou a uma segunda
e Envelhecimento” por ter a oportunidade de atuar
importante mudança de paradigma: não somos
de maneira mais ampla como médica, divulgando o
mais reféns da nossa hereditariedade, como nos
conhecimento, enquanto o Mirantes, como empresa,
propõe a capa da revista americana Time, de janeiro
faz o seu papel e deixa um legado de compromisso
de 2010, intitulada “Por que o seu DNA não é o seu
social que merece nossa admiração e apreço.
destino” (Why your DNA isn’t your destiny). Mais personalizada porque, após o sequenciamento de nossos genes através do fantástico Projeto Genoma Humano (PGH), concluído em 2003, reconhecemos serem necessários cuidados individualizados tanto na prevenção como no tratamento de doenças. Por exemplo, através de
*Isabela David é médica nutróloga
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entrada
Almoço sob medida Combinar alimentos da maneira certa garante refeição mais saudável Para quem almoça fora todos os dias, selecionar o que colocar no prato diante da variedade disponível no buffet exige autocontrole. Servir-se de tudo o que se tem vontade por impulso pode resultar em uma refeição pouco saudável e com alto valor calórico, mas seguindo algumas dicas é possível sair do restaurante satisfeito e com a consciência tranquila. “Se a gente tiver que escolher uma refeição pra comer muito bem, é o almoço. Ele comporta entre 30% e 35% das calorias de um dia alimentar”, explica a professora do curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Sandra Melo, que considera 1800 calorias diárias a média recomendada a um adulto de 70 kg. O planejamento do almoço, segundo ela, começa pelo tempo. Devem-se reservar ao menos 30 minutos e comer sem pressa, para que a comida seja bem digerida. Quanto à escolha dos alimentos, a sugestão é dividir o prato em cinco partes: 15% leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico), 15% carboidratos (arroz, massas ou batatas), 15% carne (vermelha, de porco, frango ou peixe), 15% legumes (abóbora, beterraba, berinjela) e 40% verduras (alface, brócolis, agrião, palmito). Essa divisão pode variar, já que as necessidades alimentares mudam de acordo com idade,
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Misturar diferentes grupos alimentares é importante para que os nutrientes se combinem no organismo
altura, condições fisiológicas e prática de exercícios. O ideal é consultar um nutricionista para que haja acompanhamento personalizado. Também é importante lembrar que “prato colorido é prato saudável”: quanto mais uma refeição for formada por alimentos com cores variadas, mais balanceada será. A variedade de cores implica diretamente em uma dieta rica em nutrientes. Misturar vários grupos alimentares é importante porque os nutrientes se combinam no organismo. Os tradicionais arroz e feijão, por exemplo, agem de maneira diferente quando ingeridos juntos. "O carboidrato do arroz é complementado com a proteína do feijão. Sem o feijão, o arroz acabaria aumentando os índices de glicose no sangue”, explica Sandra Melo. A nutricionista também desmente a recomendação de não ingerir dois carboidratos na mesma refeição. Segundo ela, é possível colocar purê e macarrão no mesmo prato, desde que se respeitem os 15% destinados a esse tipo de alimento.
15%
proteína: para carne vermelha, suína e frango, as porções devem ser equivalentes ao tamanho das costas da mão fechada. Para o peixe, o tamanho ideal é igual ao da mão aberta
40% verduras 15% leguminosas 15% carboidratos 15% legumes
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prato principal
Serra acima, rumo aos vinhedos Por Pollyanna Niehues Fotos Diogo Rinaldi
Percorra a Serra Catarinense e deguste Ă vontade os vinhos daqui
Estradas com longas margens de pinheiros, frutas exóticas, dias de clima incomparável e a oportunidade de oferecer um carinho ao paladar. Sejam tintos, brancos, espumantes ou rosés, os vinhos locais, em conjunto com a rota dos vinhedos da Serra Catarinense, destacam-se pela combinação de gastronomia de qualidade, preços justos e belas tardes de passeio pelas vinícolas da região. O cenário é de encher os olhos e deixar com água na boca qualquer apaixonado por vinhos. Boa parte do caminho entre as vinícolas é costeado por araucárias ou emoldurado por extensas plantações de uvas, com folhas que variam de tons vivos de verdes, amarelos dourados e vermelhos quentes. Para quem não sabe por onde começar a road trip, a Aroma Mirantes propõe um roteiro de quatro dias. Saindo de Florianópolis, o trajeto de ida e volta soma cerca de mil quilômetros. Encha o tanque, solte a dieta e agarre o mapa do estado. Serra acima, rumo aos pontos mais altos de Santa Catarina.
prato principal
Primeiro dia Saindo de Florianópolis, siga sentido Sul pela BR-282. De Floripa a Joaçaba são 390 km, cerca de cinco horas de viagem. Chegando lá, siga até
Segundo dia
Catanduvas e então vire à direita sentido Água Doce, cidade de uma das mais belas paisagens do
Ao acordar, aproveite para se alimentar
caminho, a Vinícola Villaggio Grando. Fique para
bem no hotel, que oferece um café da
o fim de tarde e assista ao pôr-do-sol no lago que
manhã digno de ser desfrutado com calma.
há no local. A vista impressiona e garante que se
Atenção especial para o pão de milho
comece bem a rota dos vinhedos. Se bater a fome,
com nata e melado quente. De babar. Em
um lanche caprichado é servido no local, e chama
seguida, pegue a estrada rumo à cidade
à atenção a dedicação do atendimento.
de Campo Belo do Sul para conhecer a
Depois, vá em direção à austríaca Treze Tílias para
charmosa e acolhedora Vinícola Abreu trajeto não é tão óbvio, por isso preste
Bierbaum Vienna para acompanhar o Mignon Mit
atenção. Pela 282 sentido Lages, a entrada
Kässpätzle e, se você gosta de doces, não perca a
fica um quilômetro antes da saída para
sobremesa: Apfelstrudel com sorvete de creme.
Curitibanos. Ao avistar o aviso para a saída,
Para dormir, a dica é o Treze Tílias Park Hotel, com
vire à direita no quilômetro 266. Na estrada
piscinas aquecidas e cobertas, trilha ecológica e
de chão, não se apresse. Vale a experiência
tarifas que começam em R$ 195.
e a beleza do local.
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divulgação
& Garcia, a duas horas de Treze Tílias. O
que também funciona como cervejaria. Prove uma
Letícia Meinert
um belo jantar no Edelweiss Restaurante & Pizzaria,
O sócio da Abreu & Garcia, Ernani Garcia e, abaixo, a capela dos vinhedos. Na página ao lado, pôr-do-sol e o lago da vinícola Villaggio Grando
Placas no caminho indicam a direção correta até a vinícola, que é pequena e surpreendente. A recepção, feita pelo casal Janaína Abreu e Ernani Garcia, demonstra o talento para sorrir. Não deixe de degustar o espumante brut rosé. O brinde é uma ótima forma de começar o dia. As garrafas são vendidas a preços justos, entre R$ 45 e R$ 60 cada. Repare na leveza dos anfitriões e na energia do local, que tem uma capela construída no topo de um dos morros ao lado de um hieróglifo, já pesquisado por diferentes universidades de outros países. Como a viagem pela manhã exigiu um pouco mais de tempo, que tal descansar em Lages? Para quem nunca esteve por lá, a melhor opção para aproveitar o resto do dia e ter uma boa noite de sono é o Hotel Fazenda Boqueirão. Uma das principais atrações noturnas é o fogo de chão, com churrasco e gaiteiros.
Piquenique nos vinhedos Monte Agudo e, abaixo, cabana no Snowvalley Adventure Park
Terceiro dia Espreguice-se à vontade e prepare-se para se esbaldar no mais que farto piquenique dos Vinhedos do Monte Agudo, em São Joaquim. Saindo de Lages, vá pela SC-438. A viagem não dura nem uma hora e vai garantir o máximo proveito do dia. divulgação
A visitação, que custa R$ 70 por pessoa, oferece vinho à vontade e piquenique com pães, queijos da região, jamón e outros mimos, como a geleia feita pela família Ferraz, que administra o local. A casa tem vinhos premiados internacionalmente e preza pela afetividade. “Queremos demonstrar aos visitantes nosso cuidado, por isso fazemos questão de atender bem quem nos visita, oferecendo o que temos de melhor e ficando até tarde juntos lá fora” conta Carol Ferraz, a jovem de 28 anos que sonhou e hoje administra o lugar com ajuda dos pais. Após provar as delícias no Monte Agudo e apanhar algumas maçãs diretamente do pé, permita-se ainda mais diversão. Bem pertinho do vinhedo, a cerca de 20 minutos de carro, está o Snowvalley Adventure Park. É uma mistura encantadora de hotel, albergue, parque de aventuras, restaurante e muita natureza. As atividades custam em média R$ 40 cada, e para a hospedagem são R$ 200 por casal. Os plátanos canadenses emolduram as janelas de quem se hospeda por lá. Para uma energia a mais antes de descer a tirolesa, caminhar nas trilhas ou encarar uma experiência de arvorismo, vale
Cada vez mais voltadas ao turismo, vinícolas de SC oferecem visitas guiadas, almoços e piqueniques em meio a parreiras de uva 40
experimentar o suco de blueberry. Se você tem filhos, vai adorar a vibe cool do lugar. Com estilo americano, é quase um pedacinho do Colorado em São Joaquim. Aproveite as árvores para experimentar algumas goiabas da serra, exóticas e de sabor marcante. Importante: não vale comer a casca. A fruta é daquelas selvagens, de casca ácida. Vá direto ao recheio.
prato principal
O que há de novo na região Muita coisa mudou na Serra Catarinense
Entre os vinhos produzidos, alguns
nos últimos anos. Com a chegada de novos
acumulam prêmios, como o Brut Rosé 2012
empreendedores, a competividade aumentou
da Villaggio Grando, escolhido como melhor
e, junto, cresceram os cuidados de cada casa
espumante nacional na ExpoVinis Brasil
na elaboração dos vinhos. O resultado é uma
deste ano. Outros dois catarinenses estão na
degustação saborosa e surpreendente, que
lista dos dez melhores do país: Suzin Zelindo
convida à comparação dos produtos para
2008 e Pericó Basaltino Pinot Noir 2012.
quem visita vinícola por vinícola. Após a criação da Associação Catarinense
O diferencial para a qualidade é a altitude da região, que vai de 900 a 1400
dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude
metros e garante o melhor desenvolvimento
(Acavitis), em 2005, passou-se a aliar a
das parreiras. Durante o dia, o calor
cultura do vinho ao crescimento econômico e
faz com que as uvas se desenvolvam
turístico de Santa Catarina. Hoje, já são 32
plenamente e, à noite, as baixas
empreendimentos associados, que somam
temperaturas permitem que elas durmam,
mais de 300 hectares de terra nas regiões de
enquanto cultivam o melhor açúcar
São Joaquim, Campos Novos e Caçador.
possível: o natural da fruta.
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prato principal
Quarto dia Depois de tudo isso, tire o dia para aproveitar com tranquilidade a última parada do roteiro. Bem perto do Snowvalley está a Villa Francioni, uma das maiores vinícolas catarinenses. A visitação é realizada três vezes por dia, então se quiser voltar à Florianópolis com tranquilidade opte pelo horário de 10h. O passeio custa R$ 30 por pessoa e a paisagem é belíssima. Os tanques de inox da elaboração dos vinhos e os barris de armazenagem impressionam pelo tamanho e quantidade. Na volta, guarde um pouco de energia e cliques na câmera. O trajeto mais sensível aos olhos e olhares é o da Serra do Rio do Rastro, saindo de São Joaquim via SC-438. O trânsito é lento no trecho mais íngreme, mas não há motivos para se preocupar. O visual perfeito que acompanha o roteiro desde o início reserva uma surpresa final: beirando o costão, as curvas em “s”, estreitas, denunciam a imensidão da natureza preservada que independe de nós.
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Programe-se Vinícolas Villaggio Grando: visita com degustação clássica, R$ 35; com degustação premium, R$ 50. Sem degustação, entrada gratuita. Agendar antes. Rod. SC-451, km 56, Herciliópolis, Água Doce; 49 3563 1188; villaggiogrando.com.br Abreu & Garcia: visita gratuita, com valor da degustação sujeito a consulta. Agendar antes. Campo Belo do Sul; 48 3322 3995; abreugarcia.com.br Monte Agudo: piquenique com vinho à vontade, R$ 70. Agendar antes. São Joaquim; 48 9933 7679 e 49 9985 1446; monteagudo.com.br Villa Francioni: Visita com degustação, R$ 30 por pessoa, que podem ser convertidos em compras. Agendar antes. Rodovia SC-438, km 70, São Joaquim; 49 3233 3713; villafrancioni.com.br Hospedagem Treze Tílias Park Hotel: diárias a partir de R$ 195. Rua Videira, 550, Centro, Treze Tílias; 49 3537 0277; ttph.com.br Hotel Fazenda Boqueirão: diárias a partir de R$ 466. BR-282, Km 225, Lages; 49 3289 0700; fazendaboqueirao.com.br Snowvalley Adventure Park: diárias a partir de R$ 200; Rod. SC-438, Km 86; 49 3233 3447; snowvalley.com.br
Estique a estadia Vinícola Santo Emílio Localizada no ponto mais alto de Urupema, possui uma fazenda que recebe turistas para hospedagem (R$ 180 o casal, com café da manhã; R$ 380 pensão completa). Há também a opção de visita com degustação de vinhos e frios (R$ 40) ou almoço (R$ 80 com bebidas inclusas ou R$ 50 com bebidas à parte). Agendar antes. Fazenda Quinta dos Montes, Urupema, SC; 49 3223 0208; santoemilio.com.br Vinícola Kranz Considerada o “atelier dos vinhos finos de altitude”, é uma das mais modernas do estado e vinifica boa parte dos vinhos da Acavitis. A visita com degustação de sucos, vinhos, geleias e espumantes custa R$ 10. Agendar antes. Rua dos Pioneiros, 220, Centro, Treze Tílias; 49 3537 0833; vinicolakranz.com.br
43
por Ivana Henn
Quatro passos para o bem-estar
Pequenas mudanças no dia a dia são capazes de melhorar a condição física e garantir maior qualidade de vida Alongamento
Respiração
Sabemos o quanto é complicado iniciar um
Passados dois meses, vamos nos preocupar
programa de atividade física. Muitas vezes, essas
com a sua respiração. É possível utilizar várias
dificuldades estão em torno do desconforto
técnicas, mas podemos começar com uma
que acumulamos no nosso corpo. Por isso, o
das mais valiosas. Todos os dias, durante a
primeiro passo é utilizar exercícios básicos de
caminhada, observe a sua respiração: se você
alongamento que vão gradativamente soltando o
respira pela boca ou pelo nariz, se falta ar, se você
corpo. Não é necessário muito: cinco minutos por
se sente sufocado, enfim, observe-se e organize
dia são suficientes para alongar braços, pernas
a sua respiração. Inspire pelo nariz, expire pela
e coluna, mantendo-se em cada posição por no
boca, não faça força com a musculatura do
máximo 30 segundos. Estabeleça a meta de um
rosto para respirar e a cada expiração perceba
mês e realize os mesmos exercícios diariamente.
seu corpo relaxado enquanto caminha a passos
Caminhada
Com maior motivação, você se sentirá também apto a iniciar uma rotina mais saudável. Procure
firmes e seguros.
Perseverança
O último passo é o mais importante, o mais
caminhar três vezes por semana durante 30
difícil e o mais complicado de qualquer projeto,
minutos em intensidade moderada, sem esquecer
seja ele alimentar, físico ou intelectual: a
o alongamento antes e depois do exercício.
perseverança.
Nesta fase, é importante estabelecer um
Sem isso, não se atingem os objetivos
horário prático, de acordo com suas atividades
desejados. É preciso ter em mente aonde se
diárias. Por exemplo, acorde uma hora mais cedo
quer chegar, não importam as dificuldades, os
e caminhe no seu bairro, ou no horário do almoço
sacrifícios e o desânimo – que certamente vão
coloque tênis, calça confortável e caminhe
aparecer, pois não há vitória sem luta.
por locais próximos ao seu trabalho. Faça isso
Não esmoreça. Dê o primeiro passo e ele o
durante um mês e perceba como você vai se
levará ao seu objetivo. No nosso caso,a meta é
sentir mais leve. Se não conseguir manter três
mais importante do mundo: a sua saúde, o seu
vezes de segunda a sexta-feira, faça um dia da
bem-estar e a sua autoestima.
semana e no sábado e domingo. *Ivana Henn é educadora física e coordenadora técnica da Equipe Ivana Henn
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molho
Folclore à mesa
Projeto “Alimentando com Cultura” leva arte ilhoa aos restaurantes Mirantes
molho
Peças decorativas são criadas por artista plástico da Ilha
Unir sabor e arte. É esta a ideia do projeto “Alimentando com Cultura”, que leva a 11 unidades da rede Mirantes um pouco da cultura popular de Florianópolis. Todo mês, um dos restaurantes recebe peças decorativas que representam o folclore local e mantêm viva a ligação entre história e gastronomia. O artista plástico responsável pelas criações
Na adolescência, Marcio aprendeu a transformar papel em arte por conta própria. Adepto da técnica da papietagem, começou a
é Marcio Guimarães. Natural de Florianópolis,
construir brinquedos folclóricos e esculturas
ele passou a infância brincando ao som da
relacionadas à tradição local. Após se formar em
batucada do Boi de Mamão que descia do
Marketing na Unisul, buscou aliar seu saber às
Morro do Céu, onde nasceu. Do pai, antigo
necessidades do mercado. Desde então, oferece
pescador da praia dos Ingleses, herdou as
propostas exclusivas de decorações de interiores
histórias de pescas, bruxas, boitatás e sereias.
voltadas à temática do folclore regional. No
Da mãe, absorveu o interesse pelas coisas do
Mirantes, serão expostos cenários que refletem
passado enquanto ouvia causos sobre o modo
um tempo que continua vivo na memória de
de vida de outras épocas.
quem habita o litoral catarinense.
Shopping de sonhos Site lista desejos de pessoas de baixa renda e reúne voluntários para torná-los realidade
Por Lucas Pasqual Fotos Giovanni Bello
Em junho de 2011, a jornalista Adriana Gabriella da Silva acordou no meio da noite com uma ideia na cabeça: um site que reunisse pedidos de pessoas de baixa renda e conseguisse voluntários para ajudar a realizá-los. Adriana entrou em contato com uma agência de publicidade, explicou a proposta e pediu colaboração para que o projeto tomasse forma. Hoje, dois anos após ter sido criado, o Shopping de Sonhos (shoppingdesonhos.com.br) já contabiliza mais de 900 desejos realizados.
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molho
A proposta é simples: uma equipe, liderada por Adriana, vai até uma comunidade na Grande Florianópolis e apresenta o site. Os moradores são incentivados a escrever contando suas vidas e pedindo algo que desejam ou precisam – um “sonho”. Depois, a carta é digitalizada e divulgada no site e nas redes sociais, junto de uma foto de quem a escreveu. A equipe do Shopping de Sonhos também ajuda analfabetos e idosos a melhorarem a escrita. “É a carta que ‘vende’ o sonho, então é importante que ela reflita a realidade de quem escreveu”, observa a integrante Gabriela Linhares. Quem está interessado em colaborar se cadastra no site e escolhe um sonho para tornar realidade. Há pedidos compatíveis com
Equipe vai até comunidades carentes da cidade para entregar presentes. Na página ao lado, garota vê realizado seu desejo de ter um MP3
todos os bolsos: de bolinhas de gude e bonecas até eletrodomésticos e restaurações dentárias. Entre os padrinhos, existem também empresas e organizações responsáveis por determinada quantidade de cartas por mês. Para os envolvidos, algumas histórias são marcantes, como a de André. O sonho do garoto de 19 anos era conhecer os sertanejos Munhoz e Mariano. A equipe conseguiu levá-lo até o camarim após uma apresentação que a dupla fez em Brusque. “Quando viu os ídolos, ele se emocionou e disse que estava com o coração disparado”, recorda Adriana, que também teve uma surpresa naquele dia. Durante o show, Mariano vestiu a camiseta do Shopping de Sonhos e cantou algumas músicas com a estampa do projeto no peito.
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molho
Quem é do mar não enjoa Sociedade Musical e Recreativa Lapa é uma das últimas bandas tradicionais em atividade na ilha
Por Rosielle Machado
Giovanni bello
Durante os ensaios da Sociedade Musical e Recreativa Lapa, o vai e vem das ondas é tão instrumento musical quanto o saxofone, o clarinete e a percussão. Nem o isolamento acústico da sede, a 20 passos da praia, é suficiente para abafar o som da água batendo na areia do Ribeirão da Ilha. Não que os músicos se importem. Para eles, o mar é parte da história: foi em frente a ele que o grupo nasceu há 117 anos e é lá que até hoje resiste como uma das últimas bandas centenárias de Florianópolis. No começo dos anos 1900, segundo jornais
Alécio Heindenreich tem 83 anos de idade e 61 de banda
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arquivo
antigos, existiam quase 20 bandas na cidade. Sobraram três: Amor à Arte, Filarmônica Comercial e a Sociedade Musical e Recreativa Lapa. Com tradição em ensinar música a
molho
alunos de diferentes idades, apresentar-se em festas
mínima de nove anos e são gratuitas. A verba para
de igreja e animar o bloco carnavalesco Zé Pereira, a
remunerar os instrutores vem do programa Pontos
banda da Lapa é a mais ativa entre elas.
de Cultura, do Governo Federal, que até o final deste
Um dos motivos, dizem os músicos, é que ela evolui
ano terá repassado, em parcelas pagas desde 2010,
junto com o Ribeirão da Ilha. Em 1896, quando surgiu,
o total de R$ 180 mil para compra de instrumentos,
os restaurantes famosos do bairro não existiam. Nem
modernização da sede e manutenção da banda.
o asfalto, a energia elétrica, os carros e a maior parte
A maioria dos integrantes tem outra profissão e toca
das casas. A banda também era diferente. Tinha só
por hobby, mas de vez em quando acontece de alguém
instrumentos de sopro, não admitia mulheres e era
começar a levar o passatempo a sério. Foi o caso de
formada principalmente por moradores locais. Agora,
Wellinton Carlos Correa, saxofonista da banda por 14
tem integrantes de outras partes da cidade, guitarras,
anos e hoje sargento-músico da Aeronáutica: “Eu não
violões, e um repertório moderno com Queen, Victor e
sabia direito o que fazer da vida e a música me ajudou
Léo e Seu Jorge.
a encontrar um emprego”.
Os 30 músicos são todos voluntários. Apenas os
É o mesmo que diz Alécio Heindenreich, 83 anos de
professores, que ensinam teoria e prática musical aos
idade e 61 de banda. “Eu sempre falo para os jovens
sábados, recebem salários que variam de R$ 250 a R$
se esforçarem, porque ser músico é um ofício”. Para o
500. As aulas têm como único pré-requisito a idade
ex-funcionário público, o saxofone não chegou a ser
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arquivo
molho
Integrantes e familiares em 1930. Abaixo, formação recente
Faz anos que Alécio deixou
“Foi metade da minha vida”,
de pernoitar no carro. Há cinco,
lembra ele, que por causa da
parou também com o saxofone,
banda passou 25 anos dormindo
mas continua sendo quem mais
dentro de um Fusca, uma vez
torce para que a banda da Lapa
por semana. Todas as quintas-
realize os planos futuros: construir
feiras, após o ensaio, Alécio
um segundo andar na sede e
levava o maestro até o centro e,
gravar CD de músicas próprias.
para não voltar ao Sul da Ilha,
“Quero que eu vá e a banda fique.
dormia na frente da repartição
Ela é parte da comunidade, é
onde trabalhava.
metade do Ribeirão.” arquivo
Grupo tem tradição em ensinar música, tocar nas festas de igreja e animar o bloco de carnaval Zé Pereira
profissão oficial, mas quase.
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por Thiago Momm
Às almas de apartamento Há toda uma cidade acontecendo a pé, mas para aproveitá-la é preciso estacionar, ativar a curiosidade e usar as próprias pernas Ponta do Marisco, Pedra do Visual, Furna do Poço, Tocas do Arco, Morro das Feiticeiras, Promontório da Joaquina, Cachoeiras do Alto do Castelhano, Buraco da Encantada, Gruta do Pântano do Sul. Por aí caminha o filósofo Rodrigo Dalmonin enquanto fluímos pela Florianópolis de sempre.
praia, cervejas geladas à base de refrigeração a gás e um peixinho frito, eis tudo. Ela o confunde com o sábado. Ela o confunde com quem abriu a facão aquele caminho ou com o ente invisível que criou aquela faixa de areia. Você é o cara. Mas nem do centro as pessoas usufruem andando.
A cidade tem cobertura vegetal de 38% a 57%, a
Há toda uma cidade acontecendo a pé, e não é
depender da fonte de informação. No Facebook,
abrindo o vidro do carro na Avenida Beira-Mar,
Rodrigo já soma mais de trezentos álbuns de
sentindo o bafo da rua e apreciando as nuances
paisagens ilhoas quase sempre ignoradas. Você dirige
do asfalto que a fruiremos. Por hippie e remoto que
pela SC-401, ele perambula por algum ponto remoto
soe, é preciso estacionar, usar as próprias pernas e
dos morros que ladeiam a rodovia.
ativar a curiosidade.
Pelo menos as trilhas mais turísticas de
Comece pelo centro de Florianópolis. Assim
Florianópolis já percorri. Elas mal passam de uma
como as bordas pouco percorridas da ilha guardam
dúzia, na verdade, mas são as ideais para converter
cavernas marinhas, cachoeiras, vistas, pontais,
uma típica alma de apartamento.
cumeeiras, areias e piscinas naturais, as portas e ruas
Já converti uma ou outra dessas almas. Estamos
do centro da cidade levam os serendipitosos a uma
no topo do morro que divide as praias da Solidão e
biblioteca incrível (Osni Régis), a um samba clássico
do Saquinho, ou nos bancos do centrinho da Costa
(Noel, aos sábados), a um ótimo bar que revitalizou
da Lagoa, ou observando a Praia Mole lotada desde
uma sinuca (Gato Mamado), ao mirante do Morro da
as areias Robinson Crusoé do Gravatá. O sedentário
Cruz, a um filme grátis sempre às 19h (Badesc), a um
que me acompanha está bufante e eufórico. “A
empório com mais de 200 rótulos de cerveja (Sweet
meia hora de casa”, diz, “e a gente se esquece de que
Home) e assim por diante.
existe. Incrível mesmo, vou fazer sempre, da próxima
Depois, tente as trilhas turísticas. Mais tarde,
vez trago a gata.” E faz um não com a cabeça,
talvez até sábados absurdamente próprios como
rebelado contra tantos sábados frios contemplando o
os de Dalmonin, mapeando o que nem o Google
deslocamento dos filetes de sol no tapete da sala.
mapeia, prestigiando o infinito de uma Florianópolis
Sim, leve a gata. Um programa quase óbvio, e
solenemente esquecida.
ela o reverenciará. No Saquinho vocês vão até o restaurante prosaico, sem hostess, sem cozinha molecular, sem novilínguas gastronômicas, sem nem
*Thiago Momm, jornalista, é um ex-moleque de
eletricidade, aliás, mas com vista panorâmica da
apartamento mais ou menos convertido em trilheiro
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lentes
Lá fora, aqui dentro Fotógrafo espia por janelas de Florianópolis, Açores e Portugal para retratar semelhanças arquitetônicas e culturais
Fotos Joi Cletison
“A janela é a escápula do lar sem dele sair, é o conduto da rua sem seus perigos, é o óculo de alcance para a vida alheia, é a facilidade, a economia, o namoro, o amor, o relaxamento”, escreveu o cronista brasileiro João do Rio em 1912. As janelas sempre disseram muito sobre a vida de cada local, e foi por essa razão que Joi Cletison, fotógrafo e diretor do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC, decidiu registrá-las. Ao longo de 10 anos, ele reuniu imagens feitas em Florianópolis, Açores e Portugal. O resultado causa diferentes sensações: leveza, paixão, imponência, sobriedade, ternura, simplicidade, angústia. As combinações de cores e os formatos característicos de diferentes épocas convidam ao devaneio, ao percurso histórico e ao questionamento: quais janelas pertencem a cada local?
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Receitas de Aroma Abobrinha ao molho pesto Ingredientes 2 abobrinhas médias 4 dentes de alho picado 1 colher de chá de sal 1 xícara de chá de folhas de manjericão fresco 1 colher de sobremesa de alecrim (opcional) 3 colheres de chá de pinoli ou nozes, sem casca e moídas grosseiramente 100 g de queijo pecorino ou parmesão ralado 1/2 xícara de chá de azeite Pimenta do reino a gosto Modo de preparo Rale a abobrinha em tiras finas, no sentido de seu comprimento, de todos os lados até a semente. Reserve. Leve o manjericão, o alecrim, o alho, o sal e azeite ao liquidificador e bata por alguns segundos. Passe o molho para um recipiente, acrescente as nozes, a pimenta e misture delicadamente. Coloque a abobrinha em uma travessa apropriada, regue com o molho pesto, decore com folhinhas de manjericão e sirva.
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receitas
Moqueca de Bacalhau Ingredientes 500 g de bacalhau em postas (substituível por garoupa ou cação) 2 colheres de sopa de suco de limão 1 dente de alho (opcional) 1 cebola grande em rodelas 1 pimentão verde em rodelas 1 pimentão vermelho em rodelas 2 tomates maduros em rodelas 2 colheres de sopa de coentro picado 200 ml de leite de coco 3 colheres de sopa de azeite de dendê 1 pimenta dedo de moça sem semente Sal a gosto Modo de Preparo Em um recipiente, tempere as postas de peixe com sal e suco de limão e reserve por cerca de uma hora. Em uma panela de fundo largo, preferencialmente de barro ou ferro, arrume metade das postas e cubra com metade das rodelas de cebola, alho, pimenta, tomates e pimentões. Polvilhe um pouco de coentro. Repita as camadas de postas de peixe, cebola, alho, pimenta, tomate, pimentões e coentro. Acrescente o leite de coco e regue com o azeite de dendê. Tampe a panela e cozinhe em fogo médio por cerca de 20 minutos.
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receitas
Lombo suíno com crosta de pesto e molho de laranja Ingredientes
na função pulsar, sem torná-lo farelo)
1 lombo suíno com peso entre 800 g e 1 kg
2 maços de folhas de manjericão bem
Marinada
picadas
2 cebolas grandes picadas
75 g de nozes picadas
4 talos de salsão picado
6 dentes de alho bem picados
4 folhas de alho poró picadas
50 ml de azeite de oliva
2 folhas de louro
Sal e pimenta a gosto
Raspas da casca de 2 laranjas
Molho de Laranja
300 ml de cachaça
100 g de manteiga
6 dentes de alho amassados
1 cebola média ralada
1 pimenta dedo de moça picada,
500 ml de suco de laranja coado
sem semente
250 ml de vinho branco seco
300 ml de suco de laranja
1 colher de sopa de mostarda dijon
Sal a gosto
Raspas da casca de uma laranja
Crosta de Pesto
1 colher de sopa de suco de limão
300 g de pão levemente torrado e moído
siciliano
(torre o pão por aproximadamente 10
1 colher de chá de mel
minutos em forno a 190°C e liquidifique
Raspas de gengibre (opcional)
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receitas Modo de preparo Misture todos os ingredientes da marinada, cubra o
com manteiga e cubra-os totalmente com a Crosta de
lombo e leve à geladeira por 24 horas.
Pesto, apertando levemente para que a crosta fique fixa
Retire o lombo da marinada e asse-o coberto com papel
no Lombo.
alumínio, em fogo médio, por aproximadamente 40
Leve ao fogo alto e deixe que doure por 6 minutos.
minutos. A cada dez minutos, coloque um pouco de
Molho de Laranja: Em fogo baixo, derreta a manteiga e
margarina e do caldo da marinada coado, para que a
frite as raspas da laranja e o gengibre por um minuto.
carne asse sem perder a umidade.
Adicione a cebola ralada e mexa até ficar transparente.
Deixe esfriar, fatie na espessura de um a 15 cm e reserve.
Coloque o vinho e aumente o fogo. Quando ferver,
Em uma bacia, junte todos os ingredientes da Crosta de
abaixe o fogo, deixando o molho reduzir de volume em
Pesto até formar uma pasta. Evite amassar muito o pão.
50%. Acrescente o suco de laranja e repita o processo de
Disponha as fatias de Lombo em uma assadeira untada
redução. Adicione o restante dos ingredientes.
Risoto de Funghi
Modo de preparo: Numa tigela, coloque o funghi e cubra com 1 litro de água para hidratar por uma hora. Escorra bem a água e corte o funghi em tiras não muito finas. Reserve a água da hidratação. Em uma panela, coloque a água ou o caldo de carne em
Ingredientes:
fogo alto. Após ferver, abaixe o fogo e reserve.
500 g de arroz arbóreo
Em outra panela, derreta a manteiga e frite primeiro
150 g de cebola finamente picada
o alho e depois a cebola por aproximadamente cinco
300 ml de vinho branco seco
minutos em fogo médio, até que fiquem bem dourados.
250 g de funghi secchi
Acrescente o arroz e frite por 3 minutos em fogo mais
6 dentes de alho bem picados
alto, mexendo sempre.
2 tomates sem pele e sem semente em
Junte o funghi picado (sem a água), adicione o vinho e
cubos pequenos
continue mexendo até evaporar.
1 colher de sopa de molho inglês
Vá adicionando alternadamente uma concha da água do
250 ml de creme de leite
funghi e uma do caldo de carne aquecido.
50g de parmesão ralado
Mexa sem parar até obter uma consistência cremosa,
150 g de manteiga
com os grãos al dente.
1 litro de água ou caldo de carne
Desligue o fogo, acrescente o restante dos ingredientes
Sal e pimenta a gosto
e sirva junto com o lombo.
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receitas
Rosbife de alcatra
Ingredientes 700 g de miolo de alcatra sem gordura 1 cebola grande picada 6 dentes de alho amassados 1 folha de louro 2 folhas de salsão picadas 2 folhas de alho poró picadas 1 copo de vinho branco seco Sal e pimenta a gosto Modo de preparo Deixe a alcatra de molho no tempero com todos os ingredientes durante oito horas, sob refrigeração. Em uma frigideira de fundo plano, aqueça uma colher de sopa de óleo de soja e frite a carne de todos os lados até que fique dourada. Retire da frigideira com o caldo que se formou e passe tudo para uma forma. Leve por cinco minutos ao forno pré-aquecido em 210°C. Sirva com legumes e champignon salteado na manteiga.
Pudim de leite condensado Ingredientes
Modo de Preparo
Pudim
Calda
2 latas de leite condensado
Em uma panela de fundo largo, derreta
2 medidas da lata de leite
o açúcar até ficar dourado.
7 ovos
Adicione a xícara de água e mexa com
Calda
uma colher de cabo longo.
2 xícaras
de açúcar
1 xícara de água
Deixe ferver até dissolver os torrões de açúcar e a calda engrossar. Forre com a calda uma forma com furo central (24 cm de diâmetro) e reserve.
Pudim Leve os ingredientes ao liquidificador e despeje na forma untada com a calda. Para um pudim mais aerado, bata no liquidificador, deixe descansar por alguns minutos e volte a bater. Cubra com papel alumínio e leve ao forno médio (180°C), em banhomaria, por aproximadamente uma hora e meia. Depois de frio, coloque para gelar por cerca de 6 horas. Desenforme e sirva.
sobremesa
Igreja do Rosário
Foto Giovanni Bello
Muita gente que passa por ali não imagina a história que o local guarda. Fundada em 1750 e reformada algumas vezes depois disso, a Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito conta muito sobre a exclusão racial dos séculos passados. Foi erguida na época da escravidão, para que os descendentes de africanos pudessem praticar o cristianismo sem se misturar aos brancos na Catedral Metropolitana. Foi também do alto da escadaria da igreja que, no século XIX, o artista Victor Meirelles pintou um panorama da cidade com a Baía Sul de fundo.
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