Revista NESupermercados edição agosto/setembro 2019

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Revista

SUPERMERCADOS ANO XV Nº90 agosto / setembro 2019

autoserviço . atacado . distribuição

CONHECER ANTES DE CRESCER Quanto o supermercadista conhece de seu próprio negócio e o que isso in uencia no sucesso?

Ainda nesta edição Acessibilidade nos supermercados Mercado modelo Atualização de leiaute de loja Tributação sobre produtos Prevenção de perdas Falhas na gestão Coberturas dos principais eventos




EDITORIAL Carlos Cavendish Diretor Editorial

15 anos divulgando o varejo e atacado no Nordeste Esta edição da NE Supermercados marca um momento muito especial do nosso editorial, significa que conseguimos realizar a missão inicial de ser o mais importante canal de comunicação TRADE do supermercadismo no Nordeste. Com profissionalismo fomos avançando, ampliamos parceiros, inves mos em modernização e sempre acompanhando todos os momentos especiais do varejo e atacado , seja na parte de prestações de serviços e melhoria como também nas ações fes vas e solenidades. Depois da versão i nerante por principais cidades do interior de Pernambuco, a Super Mix chega na Capital, como a maior feira do setor atacadista, supermercadista e de empresas de foodservice do Norte/Nordeste. C o m o ó r gã o o fi c i a l d o e v e n t o, a Re v i s t a N E Supermercados estará acompanhando toda movimentação da feira, com uma cobertura completa, para contribuir com nosso jornalismo especializado no processo de informação e divulgação deste importante acontecimento pra economia local e associações da classe

Boa leitura!

Expediente

Distribuição: Alagoas, Paraíba e Pernambuco

CONTATO

revistanesupermercados@yahoo.com.br

Fone: 81 99515.2222 04 Revista NESupermercados agosto/setembro

EDIÇÃO agosto / setembro 2019

06- VITRINE 10- CADERNO ASPA PDCA mostra como elevar o desempenho pro ssional por meio da autoavaliação Aspa promove palestras sobre Fusões e Aquisições e sobre Lições da Nova Economia Aspa participa do Seminário ABAD&Filiadas 2019 PDCA enfatiza o poder da oratória Aspa participa do Seminário ABAD & Filiadas 2019 20- CADERNO APES Há 45 anos pensando supermercado Apes tem nova reunião na srt/pe para tratar sobre a nr12 Presidente da apes prestigia inauguração do novo prédio da faculdade SENAC Presidente da apes se reune com secretário da fazenda para tratar sobre o decreto nº 47.154 Presidente da apes visita gerente geral do procon pe Palestra do procon-pe tiraas dúvidas dos supermercadistas sobre o cedc Audiência pública sobre resíduos sólidos em garanhuns Apes participa do lançamento da licença sanitária digital 22- CADERNOASA-AL Ambientes de Negócios Saudáveis e Duradouros 22- CADERNO ASPB Lançamento do CIV- Comitê Integrado do Varejo 26- CAPA CADERNO PLANEJAMENTO Entender para atender 30- COBERTURA Lançamento Sundown 34-CADERNO MARKETING Como atender para ser acessível? 36-CADERNO MARKETING Mercado modelo 38-CADERNO MARKETING Sua gôndola encanta!!! 42-CADERNO MARKETING Criando experiência para o cliente 46-CADERNO MARKETING Por que é importante atualizar o layout da sua loja? 48-COBERTURA ASSOCIAÇÃO REDE PERNAMBUCO RECEBE NOVOS EMPRESÁRIOS 48-CADERNO TRIBUTOS Como determinar a tributação de um produto 52-CADERNO GESTÃO Como aumentar a lucratividade com a Prevenção de Perda 58-COBERTURA Dia do Cliente 62-CADERNO CONSUMO Erros que podem matar sua empresa 64-CADERNO GESTÃO Um desa o no varejo e no atacado: falhas na gestão 68-CADERNO TRIBUTOS Três pontos que podem levantar ou afundar uma empresa 74-CLIPPING Supermercados acumulam crescimento de 2,85% nas venda Juros, in ação e crédito criam ambiente favorável para comércio deslanchar Consumidores poderão saber o preço dos produtos sem os impostos

Comentários, sugestões e críticas, como também assuntos relacionados às reportagens, ou se deseja orçamento para anunciar em nossa publicação



VITRINE HAMBÚRGUER GOURMET DE CARNE BOVINA Há mais de 16 anos produzimos hambúrgueres com características artesanais, cuja grande aceitação do público nos levou a aumentar signi cativamente a produção e a implantarmos um inovador processo, que permite atender as exigências de um mercado em evolução e crescimento, porém mantendo essa característica artesanal muito apreciada pelos consumidores. Para atender esse interesse e manter o crescimento da empresa, nosso departamento de desenvolvimento, juntamente com a cozinha experimental criam novos produtos com o selo de qualidade BOVMEAT e sob a rigorosa observância das baixas temperaturas e controle ambiental. Tudo de acordo a padrões estabelecidos pelo SIF do Ministério da Agricultura para a cadeia de produtos industrializados e supercongelados; desde as matérias primas, até o produto acabado, embalado, estocado e transportado.

TAMBAÚ ALIMENTOS INVESTE NO FOOD SERVICE E AMPLIA MIX DE PRODUTOS Os investimentos da Tambaú nesta área vêm acontecendo tanto na extensão de linhas, quanto nas adaptações de layout dos rótulos e nos kits industriais para linhas de produção. A linha de Azeitonas em balde surgiu para atender solicitações de clientes e para dar continuidade à expansão do segmento. Ela está sendo comercializada nas opções com caroço, fatiadas e sem caroço. O crescimento do segmento de Food Service está fazendo a Tambaú ampliar seu mix de produtos para conquistar ainda mais esse mercado e atender as demandas do setor. Antes das azeitonas, em 2019, foram lançados também Molho e Extrato de Tomate de 1,02 kg e Catchup 100% Nordestino de 1,2 kg. No ano passado, a empresa já havia disponibilizado também para o setor o Molho de Pimenta de 750 ml.

06 Revista NESupermercados agosto/setembro

SONHO DE VALSA CHEGA AO PDV DE CARA NOVA COM DOIS LANÇAMENTOS Buscando conquistar ainda mais seus consumidores, a marca traz lançamentos para atender a diversos per s de públicos: a nova embalagem de Sonho de Valsa e o biscoito recheado Sonho de Valsa, da linha Lacta Biscoitos. O biscoito recheado sabor Sonho de Valsa passa a compor permanentemente o portfólio da Lacta, ao lado das versões Lacta ao Leite e Laka, e segue uma tendência de expansão já iniciada pela marca. Seguindo essa tendência, o wafer Sonho de Valsa chega ao mercado de cara nova. A renovação da embalagem do wafer recheado, “torcida” nas extremidades e tão conhecida pelos consumidores, para o formato ow pack, que garante o sabor, o aroma e a crocância do wafer recheado por mais tempo, e é válida para todos os formatos de Sonho de Valsa: vendido avulso, em embalagens de 1kg ou na Caixa de Variedades Lacta.


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Revista NESupermercados 07 agosto/setembro


VITRINE

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08 Revista NESupermercados agosto/setembro


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CADERNO ASPA

Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

Amanda Bull

PDCA mostra como elevar o desempenho pro ssional por meio da autoavaliação

O Programa de Desenvolvimento e Capacitação da Aspa (PDCA) – realizado pela Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores – contou no mês de julho com palestra da coach Amanda Bull. De acordo com a consultora, todos nós temos 11 pilares na vida que determinam tudo o que engloba nossa existência. Essas áreas são representadas no Mapa de Autoavaliação Sistêmico (MAAS), método de avaliação e compreensão do estado atual da pessoa, com o obje vo de promover mudanças para alcançar uma vida extraordinária. "É preciso perceber que somos seres sistêmicos, e que ter uma ó ma vida não é ter uma vida perfeita, mas sim ter equilíbrio em todas as áreas e ser feliz com consistência em cada aspecto da vida", ressaltou a palestrante. Ela explicou que a autoavaliação con da no MAAS funciona como poderosa

Nélia Azevedo, executiva da Aspa, e Amanda Bull

estratégia de desenvolvimento humano, que nos ajuda a descobrir e entender nossos potenciais e defeitos, e que esse conhecimento de si mesmo contribui para melhorar o desempenho profissional. Amanda Bull aplicou o teste de autoavaliação proposto pelo MAAS e apresentou alguns exemplos de ações que compõem uma vida sistêmica, entre as quais a importância de se ter uma boa saúde e um relacionamento de conexão com os filhos; dar o melhor de si na profissão e trabalhar a espiritualidade; cuidar do intelecto, inves ndo tempo em ler um livro e selecionar a qualidade das informações recebidas; gerir as finanças com eficiência e cuidar das emoções, além de dedicar tempo para a família. "O importante é manter o equilíbrio entre todos os pilares da nossa vida". PDCA Julho

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Aspa promove palestras sobre Fusões e Aquisições e sobre Lições da Nova Economia

Vítor Hugo Gonçalves

A Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa) realizou no dia 22 de agosto duas importantes palestras ligadas a mercado, inovação e empreendedorismo. Na primeira apresentação, os consultores Milson Xavier e Carlos Ernesto falaram sobre "Fusões e Aquisições de empresas no Brasil", destacando os principais modelos desse po de operação no país, entre os quais incorporação de empresas, cisão e joint venture, além das próprias fusões e aquisições. “São operações que se aplicam por diversas razões, tais como dissolução societária, momentos de crise, oportunidades de mercado ou para acelerar o crescimento do negócio”, destacou Carlos Ernesto. Na segunda palestra, o consultor Vítor Hugo Gonçalves relatou sua experiência numa viagem de motocicleta pelo oeste dos Estados Unidos, onde percorreu 9 mil quilômetros de estrada em 21 dias. Ele fez um paralelo da viagem com o mundo dos negócios, pontuando sete lições que envolvem a gestão empresarial. “O empreendedor tem que se acostumar com as adversidades encontradas pelo caminho, até porque a nossa economia não é linear. A velocidade das mudanças no mundo corpora vo é muito grande e diante

Milson Xavier

Carlos Ernesto

desse dinamismo muitas coisas acontecem e interferem de forma direta ou indireta na trajetória da empresa”, disse ele. Vítor Hugo Gonçalves enalteceu a importância de saber trabalhar em equipe e ressaltou que para minimizar os riscos é necessário ter uma estratégia bem definida e enxergar com clareza o negócio, além de buscar a excelência na gestão e no atendimento. “Você pode atender a vários nichos de mercado, mas em pelo menos um você tem que ser o melhor”, pontuou.

Palestra na Aspa

Revista NESupermercados 11 agosto/setembro




CADERNO ASPA

Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

PDCA enfatiza o poder da oratória

PDCA de agosto Auditório lotado

“Comunicação como estratégia de vendas” foi o tema da palestra do Programa de Desenvolvimento e Capacitação da Aspa no mês de agosto. Com o auditório completamente lotado, os par cipantes do PDCA descobriram o poder da oratória como ferramenta para o desenvolvimento profissional. Numa linguagem clara e obje va e com dinâmicas de grupo, a consultora e psicóloga Arquivânia de Paula enumerou técnicas da comunicação verbal e da linguagem corporal. "A boa comunicação funciona como um reflexo de personalidade forte e segura, atributos importantes para líderes e vendedores. Dominar a oratória viabiliza o recurso de persuasão, transmite credibilidade e o miza a capacidade de influenciar pessoas", disse a palestrante. Arquivânia de Paula frisou a importância de o vendedor se colocar sempre no lugar do cliente e de analisar o perfil do interlocutor para numa conversa ou negociação u lizar palavras adequadas. Sobre a linguagem corporal, ela enfa zou que nossa postura e gestos podem nos fazer sen r mais confiança na carreira e na vida. “Nossos gestos são responsáveis por mais de 70% da comunicação. Uma postura aberta, com a cabeça erguida e um andar firme, ajudará você a ganhar confiança junto a clientes e fornecedores”. De acordo com a psicóloga, que é especialista em Comunicação e Oratória de Alto Impacto, todo o nosso corpo 14 Revista NESupermercados agosto/setembro

fala. “A postura reflete o estado de poder ou de aba mento de uma pessoa. Como o nosso corpo e a nossa mente estão constantemente dialogando, precisamos cul var a postura posi va para transmi r a sensação de estarmos no controle da situação”. Com exibição de vídeos e a vidades prá cas durante a palestra, Arquivânia de Paula deu dicas para melhorar a linguagem corporal do profissional de vendas e ressaltou a importância de se a var o ga lho mental da gra dão. Arquivânia de Paula e José Luiz Torres


Aspa participa do Seminário ABAD & Filiadas 2019

José Luiz Torres, presidente da Aspa, e Emerson Destro, presidente da ABAD

Presidentes e executivos das filiadas reunidos

O presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), José Luiz Torres, e a secretária Amanda Ferreira, par ciparam nos dias 24 e 25 de agosto do Seminário ABAD & Filiadas, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. O evento reuniu presidentes e execu vos das 27 filiadas da ABAD, com uma extensa programação de debates, palestras e círculo de diálogo entre os presidentes das filiadas e apresentação das boas prá cas adotadas por cada associação. Entre as diversas a vidades, destaque para a palestra sobre reforma tributária, ministrada pelo economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal. “Ouvir especialistas no assunto e os autores dos projetos é importante para que possamos conhecer melhor as diferentes propostas que estão em debate. O momento é singular e temos que acompanhar a atuação dos agentes polí cos quanto à aprovação das mudanças legisla vas nas regras de tributo”, comenta José Luiz Torres. Ex-secretário de Polí ca Econômica, Bernard Appy falou sobre a Proposta de Emenda Cons tucional (PEC) nº 45/19, de sua autoria, que tramita no Congresso Nacional como uma das alterna vas de reforma tributária atualmente em debate no país. “A PEC 45 busca corrigir as distorções do atual sistema tributário por meio da subs tuição de cinco tributos – PIS, Cofins e IPI (federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal) – pelo chamado Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), um imposto do po único IVA de competência de municípios, Estados e União, de incidência não-cumula va sobre base ampla de bens, serviços e intangíveis, além de um outro imposto, sobre bens e serviços

específicos, esse de competência apenas federal”, explicou o economista. O presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), Emerson Destro, conclamou o setor a engajar-se no debate da reforma tributária. “Temos uma oportunidade única de mudança, capitaneada por um governo que se dispõe a ouvir e atender às necessidades dos setores produ vos. Precisamos, portanto, decidir qual o tamanho de Estado que queremos nos nossos negócios”, disse ele. Além de assis r às palestras do evento, o presidente da Aspa, José Luiz Torres, par cipou do Painel Agenda Polí ca, com debates e análises dos pleitos prioritários do setor atacadista distribuidor, entre os quais o Projeto de Lei do Distribuidor; Enquadramento da A vidade de RCA no Simples e Exclusão de Adicional de Periculosidade para motociclistas que u lizam a moto como meio de transporte; Marco Regulatório de Transportes e Cargas Perigosas; Comercialização de Medicamentos Isentos de Prescrição e Reforma Tributária.

Economista Bernard Appy

Revista NESupermercados 15 agosto/setembro


CADERNO ASPA

Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

Presidente da Aspa participa de reuniões em Brasília sobre PL do Distribuidor e na Fiepe sobre decreto da Sefaz-PE

José Luiz Torres na reunião realizada na Fiepe

O empresário e presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), José Luiz Torres, par cipou no dia 4 de setembro de reunião em Brasília, na Câmara dos Deputados, para tratar do Projeto de Lei 1489/19 (PL do Distribuidor), que cria regras para os contratos firmados entre fabricantes (ou importadores) e distribuidores de produtos industrializados. Promovido pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) e pela Frente Parlamentar Mista de Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS), o almoço-reunião contou com as presenças de deputados federais, entre eles André Ferreira, de Pernambuco, relator do PL do Distribuidor, e do vice-presidente da ABAD, Juliano César Faria Souto. Os parlamentares que integram a FCS apoiam o Projeto de Lei do Distribuidor, em tramitação no Congresso Nacional. O texto do Projeto enumera direitos e deveres das partes envolvidas, impõe cláusulas essenciais, define prazos de vigência dos contratos e prevê, por exemplo, soluções para casos de rescisão imo vada. “A a vidade pra cada em todo o país pelos distribuidores é de fundamental importância econômica para o Brasil. Contudo, necessitamos de uma legislação clara e específica, pois a relação atual entre fornecedor e distribuidor gera insegurança jurídica para ambos”, observa José Luiz Torres. Por causa da complexidade dos contratos de distribuição têm sido cada vez mais constantes os embates judiciais sobre os direitos e deveres na relação entre fornecedor e distribuidor, incluindo ações de indenização pela ex nção do contrato. “Quando ocorre uma ruptura do contrato, o distribuidor tem prejuízos, especialmente quando ele faz inves mentos em frota, equipes de venda, equipamentos e infraestrutura”, afirma o presidente da Aspa. “O Projeto vem justamente para corrigir essas distorções”, completa Torres. Fiepe – No dia seguinte, José Luiz Torres, de volta ao Recife, par cipou de almoço-reunião na Federação das indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), com o obje vo de discu r a aplicação de um decreto da Sefaz-PE que antecipa o pagamento do ICMS pelas empresas. Uma determinação que prejudica os setores da indústria, atacado, distribuição e varejo, a ngindo principalmente as empresas de pequeno porte. "Trata-se de uma medida inaceitável. 16 Revista NESupermercados agosto/setembro

Precisamos é de polí cas justas que favoreçam o desenvolvimento econômico do Estado, com geração de emprego e renda", declarou Torres. A reunião contou com a par cipação de presidentes de várias ins tuições empresariais, entre elas Fecomércio, Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife e Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), além da Aspa e da Fiepe, acompanhadas dos seus respec vos quadros jurídico e contábil. Também presente o deputado estadual Antônio Moraes. O encontro resultou na elaboração de um documento – des nado à Fazenda estadual – com a posição do Almoço com parlamentares em Brasília empresariado e a re i v i n d i c a ç ã o d a suspensão do decreto.

Encontro de lideranças empresariais na Fiepe





CADERNO APES

Associação Pernambucana de Supermercados

HÁ 45 ANOS PENSANDO SUPERMERCADO No dia 17 de julho, a APES comemorou 45 anos de a vidades. A en dade foi fundada por um grupo de empresários do segmento, com o obje vo de representar a categoria – supermercados, mercadinhos ou similares – de forma cole va, defendendo os interesses da classe e oferecendo serviços importantes para os seus afiliados. Nestes 45 anos a APES vem aprimorando os seus serviços aos associados, em atenção às necessidades que são impostas ao segmento supermercadista. Como en dade representa va de classe, a APES dispõe de assessorias jurídica nas áreas trabalhista, tributária e civil, bem como assessoria de comunicação. Além disso, a APES tem assento na Realeg, grupo de trabalho que faz o acompanhamento de projetos de lei que dizem respeito ao setor. Por tudo isso e muito mais que a APES pensa supermercado todo dia, há 45 anos. E você, associado, faz parte desta história.

APES TEM NOVA REUNIÃO NA SRT/PE PARA TRATAR SOBRE A NR12 No dia 30 de julho, o presidente da APES, João Alves, acompanhado dos assessores administra vo, técnico e jurídico da en dade, par cipou de reunião com os doutores Expedito Correa e Edson Cantarelli, representando a SRT/PE, RTs engenheiros de segurança e médicos veterinários das lojas, sobre a aplicabilidade da NR12, pois diversas empresas supermercadistas estão recebendo no ficações e interdições dos equipamentos u lizados nos setores de padaria e açougue de suas lojas. Um dos pontos levantados pela en dade é que os supermercadistas adquirem equipamentos de padaria e açougue novos, na intenção de cumprir as exigências da NR12, mas eles não saem de fábrica cer ficados, com um atestado de que atendem a todos os requisitos previstos pela Norma. Então, o que ocorre é que no ato da fiscalização, alguns desses equipamentos não estão em conformidade e são interditados. Na conversa, se levantou uma hipótese interessante para todos lados do processo, que seria a criação de um po de homologação para as máquinas, que já sairiam da fábrica cer ficadas, atestando que as mesmas atendem às exigências da Norma Regulamentadora. Assim, os lojistas iriam adquirilas com a certeza de que todas as exigências de segurança estariam sendo cumpridas, sem divergências entre as especificações das máquinas e da NR.

PRESIDENTE DA APES PRESTIGIA INAUGURAÇÃO DO NOVO PRÉDIO DA FACULDADE SENAC A convite do presidente da Fecomércio, Bernardo Peixoto, o presidente da APES, João Alves, par cipou, junto com o diretor de eventos da en dade, Edmilson Filho, da inauguração da nova sede da Faculdade Senac Pernambuco, que

20 Revista NESupermercados agosto/setembro

João Alves, Bernardo Peixoto e Edmilson Filho

aconteceu no dia 25 de julho. João Alves destacou a importância da ins tuição de ensino, que vai ser mais um polo formador de mão de obra altamente qualificada para o nosso Estado. O projeto da nova sede da Faculdade Senac levou dez anos para ser finalizado. Ela foi idealizada por Josias Albuquerque e viabilizada pela CNC e o Departamento Nacional do Senac, que custeou 77% do empreendimento. Na cerimônia, houve uma homenagem a Josias, com o descerramento de um totem de agradecimento. Localizado no bairro de Santo Amaro, região central da cidade, o prédio conta com 22 pavimentos e mais de 22 mil m² de área construída, incluindo ambientes de aprendizagem modernos e adequados às prá cas pedagógicas da ins tuição, com 15 laboratórios, 53 salas de aula, duas salas mul funcionais e espaço para empresa júnior. O equipamento contou com o inves mento R$ 73 milhões, e dispõe de facilidades, como auditório com 176 lugares e sala de tradução, salão de eventos, 3 espaços de convivência, incluindo área de jogos e terraço, além de uma biblioteca com salas de estudos individuais e em grupo, e acervo de aproximadamente de 16 mil itens. Os seis primeiros pavimentos do prédio são de estacionamento para 375 carros.


PRESIDENTE DA APES SE REUNE COM SECRETÁRIO DA FAZENDA PARA TRATAR SOBRE O DECRETO Nº 47.154 No dia 15 de julho, o presidente da APES, João Alves, se reuniu com o secretário da Fazenda, Décio Padilha, para tratar sobre o Decreto nº 47.154, de 26 de fevereiro de 2019, que alterou o Regulamento do ICMS (Decreto nº 44.650/2017). Na ocasião, o presidente informou ao execu vo que o setor está sofrendo com os efeitos do Decreto e protocolou um documento produzido pela nossa assessoria jurídica com os pleitos das empresas sobre a antecipação, com sugestões de diminuir o peso para os supermercados sem perdas para o Estado. O secretário se mostrou sensível e estamos aguardando retorno do mesmo. Lembramos que com o Decreto os contribuintes inscritos no regime normal de a p u ra ç ã o d o i m p o s t o, c o m a v i d a d e econômica principal classificada nos códigos da CNAE 4711-3/01 (hipermercado), 4711-3/02 (supermercado) e 4712-1/00 (minimercado, mercearia e armazém) que adquirirem mercadorias dentro do Estado de Pernambuco ficam sujeitos ao recolhimento antecipado do imposto. Esta antecipação tributária ocorre sem liberação do ICMS e o contribuinte poderá se creditar do ICMS antecipado após o seu pagamento.

PRESIDENTE DA APES VISITA GERENTE GERAL DO PROCON PE O novo gerente geral do PROCON PE, Rogério Leão, recebeu o presidente da APES, João Alves, para uma visita de cortesia. Na ocasião, um dos assuntos tratados foi o Código Estadual de Defesa do Consumidor, que entrou em vigor e ainda gera muitas dúvidas no comércio de uma forma geral. Lá foi feito o convite à gerente de fiscalização do Procon PE, Danyelle Sena, para ministrar uma palestra aos associados APES sobre os pontos do CEDC PE que dizem respeito especificamente ao setor supermercadista.

PALESTRA DO PROCON-PE TIRAAS DÚVIDAS DOS SUPERMERCADISTAS SOBRE O CEDC O auditório ficou lotado para a palestra sobre Lei 16.559/2019, que é o Código Estadual de Defesa do Consumidor, ministrada pela gerente de fiscalização do Procon PE, Danyelle Sena. O evento, promovido pela APES, aconteceu no auditório da ASPA, e reuniu diretores, gestores e gerentes de diversas loas do Estado. Durante cerca de quatro horas, Dannyelle destacou os pontos do CEDC PE que são Existem muitas dúvidas sobre a Lei, que já está em vigor e, com isso, torna as empresas passíveis de sanções. Como por exemplo a questão da higienização dos carrinhos de compra, que o CEDC PE prevê um prazo de três dias, enquanto que a Vigilância Sanitária determina 10. De acordo com Dannyele, as fiscalizações serão pautadas pela razoabilidade. Outros pontos abordados foram os alimentos vencidos, a afixação de informação para os consumidores, fracionamento de produtos. Ela destacou, ainda, a importância do evento, que abre a possibilidade de diálogo entre o órgão de defesa do consumidor com o segmento supermercadista. "Estabelecendo esse diálogo a gente consegue manter uma relação de equilíbrio", destaca. Ela se colocou à disposição da en dade para rar todas as dúvidas. O presidente da APES, João Alves, disse que o evento foi excelente e "uma grande oportunidade para rar dúvidas não apenas sobre o código estadual, mas também sobre o federal". AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS EM GARANHUNS

A superintendente da APES, Silvana Buarque, par cipou de uma audiência pública em Garanhuns, agreste do Estado, sobre o tratamento dos resíduos sólidos e a situação dos aterros sanitários da localidade. A en dade convocada pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco, por meio da Promotoria de jus ça de Defesa da Cidadania. Na pauta, os meios e prazos para cumprimento do que estabelecem as legislações e normas federais, estaduais e municipais, sobretudo os Sistemas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos. O encontro faz parte de uma série de audiências públicas sobre o tema.

APES PARTICIPA DO LANÇAMENTO DA LICENÇA SANITÁRIA DIGITAL A APES foi uma das en dades convidadas para a apresentação do Sistema de Licenciamento Sanitário Digital da Prefeitura do Recife, que está em fase de homologação e entrará no ar em setembro. O Portal tem o obje vo de desburocra zar a solicitação de licenças ambientais, sanitárias e alvarás. Revista NESupermercados 21 agosto/setembro


CADERNO ASA-AL

Associação dos Supermercados de Alagoas

Luciano Rocha

“Ambientes de Negócios Saudáveis e Duradouros” O quanto é gostoso e reconhecedor fechar uma venda, adquirir uma sociedade promissora ou até mesmo ser indicado por um cliente no tão famoso e desejado “boca a boca” não é verdade? E sim, você pode conquistar tudo isso e muito mais criando ambientes promissores em você e ao seu redor, de forma ímpar e exemplar. O caminho certo leva ao obje vo desejado, e vendas é sem dúvida nenhuma a profissão que esta presente em todas as outras profissões. Qualquer grande profissional de qualquer área é antes de tudo e sempre um excelente vendedor.

Vendas é um composto vitamínico rico de diversos ingredientes, tais como: Marke ng pessoal, publicidade, logís ca, conhecimentos técnicos e gerais, empa a, sinergia, resiliência, encanto, amor ao próximo, paixão, compromisso, verdade, comprome mento, alegria, dinamismo, a tude... e tantos outros que juntos levam ao SUCESSO. É urgente que você comece o quanto antes a compreender, respirar e viver o que esta sendo proposto aqui, a u lidade do conhecimento que será compar lhado no dia 18 de outubro 2019 na FESUPER (em Arapiraca/AL) será único e com ele uma troca de conhecimento e fomento de network.

Os temas abordados passarão pela atualidade em vendas e de cada ambiente hoje necessário para que haja prosperidade e durabilidade em seus negócios. Te espero ansioso para esse momento de SUCESSO!

Luciano Rocha Gestor Comercial 22 Revista NESupermercados agosto/setembro



CADERNO ASPB

Associação dos Supermercados da Paraíba

PARAÍBA GANHA COMITÊ INTEGRADO DO VAREJO Em Agosto foi feita a reunião de lançamento do CIV-Comitê integrado do Varejo, es veram presentes: especialistas do setor, indústria e varejistas para a formação do comitê, com o intuito de levar gestão através da educação para o Varejo paraibano. Em breve será feita a primeira reunião de

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planejamento para discu r os rumos do varejo paraibano, organizando palestras, treinamentos, rodadas de discussões sobre o setor, promover intercâmbio entre varejistas e promover workshops para enriquecimento cultural e profissional do setor varejista. Logo o CIV trará muitas novidades para o setor.



CAPA planejamento Por Henrique Tenório

ENTENDER PARA ATENDER Como acompanhar a mutabilidade do mercado e atender com excelência os clientes através da história se tornou desa o diário das marcas? Após a Revolução Industrial, onde o foco era produzir ao máximo para gerar venda, o cliente era só mais uma etapa do processo, pois como tudo era novidade, a procura era alta pelos itens fabricados e todos possuíam bens parecidos como por exemplos os carros da Ford; todos pretos e no mesmo modelo. Exemplo clássico para imaginarmos o contexto histórico do Marketing 1.0, visando vender por vender. Gerando compradores em massa, focados apenas no ter para ser. Gerando um ambiente pouco desa ado referente ao que vivemos hoje para as indústrias. A produção focava na criação de mais produtos e o setor de marketing se via ligado nas especi cações dos produtos e repassava com proposta de valor a funcionalidade do que era vendido e tão somente a qualquer custo. Chegamos a um ponto crucial da história do marketing evidenciando o quanto ele é mutável, se deu por volta da década de 60; que foi a chegada dos vieses do Marketing 2.0 onde o satisfazer o cliente se torna um constante busca para as diversas empresas concorrentes que se instalavam pelo mundo com a intensa produção e ensaiando alguns critérios e/ou padrões de qualidade estabelecidos agora pelos clientes e algumas premissas passam a fazer parte da rotina dos setores de marketing e vendas do mercado:

“– Cabe ao cliente, e não a um setor técnico, de nir o que venha a ser qualidade; – O cliente pode não ter sempre razão, mas deve ser sempre ouvido; – É muito mais barato preservar um cliente antigo do que buscar um cliente novo; – Clientes são parceiros, e não apenas compradores; – Um bom cliente é bem mais raro que um bom produto.”

Fonte site: Escola de Fotografia 26 Revista NESupermercados agosto/setembro


Inicia-se então os primeiros passos do 2.0 visando a sa sfação e retenção dos consumidores que passaram de locais para globais conectados através da informação desenfreada que foi desencadeada pela Globalização somada a busca pela supremacia cultural entre os Estados Unidos e a União Sovié ca. Deste período em diante muitos estudiosos e alguns ditos como gurus do campo mercadológico, embasados por pesquisas relevantes de teor psico social; mudaram o foco do mercado para o cliente, evidenciando que a sustentabilidade das empresas andava lado a lado com o cliente sa sfeito. Criando mercados segmentados para que o foco ao invés de massificado fosse orientado para as demandas daquele nicho.

A EVOLUÇÃO DO HOMO CLIENTE PARA CLIENTE CONECTADUS Com a conec vidade em alta os clientes ficaram cada vez mais atentos aos detalhes; com isso, o desafio é sa sfazer o cliente fornecendo o melhor produto, ou melhor serviço, com o valor final que esteja mais vantajoso. Outro fator chave que ganhamos após a massificação da internet foi à possibilidade de interação com o boom das redes sociais que é o maior brainstorm com propagação infinita que já exis u, a sociedade evolui de Homo Cliente para Cliente Conectadus, onde as empresas precisam alinhar o discurso com a prá ca evidenciando seus obje vos mais intrínsecos conquistando seus clientes através da missão, visão e principalmente valores. Cocriando através de feedbacks 360º da marca com as comunidades que hasteiam a bandeira da primeira, diariamente. Cada vez mais o atender tais clientes se tornara mais desafiador, pois ele está cada vez mais conectado em várias plataformas causando um movimento que alguns in tulam de omnicanalidade; munindo de extrema sapiência que mesmo antes de buscar no mundo offline já u lizou diversas buscas no digital para cer ficar tudo àquilo que o vendedor sabe do produto, caso o segundo esteja despreparado recebe uma reciclagem por parte do shopper no ato da compra. Estas mudanças outra vez conduzem aos grandes pensadores do mundo do marke ng a propagar outro período histórico mercadológico o Marke ng 3.0. Entendendo que o clientes, através da popularização dos smartphones são impactados do momento que acordam pelo feed/ meline de suas redes sociais até dormirem e rolar a tela de seus smartphones repletos de no cias e anúncios pagos com as marcas que ele escolhe/sonha experimentar no mundo real. E o que fica no final do dia é de fato o conteúdo que agrega valor em comum com o cliente que se torna parte da vida dele. Empresas como Google, Apple, Amazon passaram a evangelizar o cliente repassando experiência de consumo através da entrega de um mundo melhor ,“We do THIS and THAT to make the world a be er place” (ou seja “Nós fazemos ISTO e AQUILO, para tornar o mundo melhor”).

COMO ATENDER UM CLIENTE TÃO CONECTADO? Par ndo do princípio da escuta com pesquisas em sites, blogs e redes sociais as indústrias e entendendo de fato que estão vendendo valores, elas conseguem desenvolver cases de sucesso como a Harley Davidson que ultrapassa as barreiras convencionais de atendimento ou de apenas venda de um veículo e se transforma em um club que é virtual e offline ao mesmo tempo; onde pessoas que adotam o mesmo es lo de vida, podem personalizar a compra de sua moto, viajam com outros membros, u lizando roteiros,

hotéis, restaurantes e programações exclusivas, testam o produto b e m a nte s d o s q u e s o n h a m conseguir uma Harley. A mesma marca de motocicletas também oferece experiência para os que ainda estão na fila de espera para entrarem para o clube. Ainda focando nos valores do cliente a Harley também foca em um viés que tem engajado o mundo na sustentabilidade deixando claro que vivem este valor com um relatório de sustentabilidade com a distância de um clique do cliente. Tendo em vista que neste contexto de transformação digital onde o atendimento se torna mais humanizado e personalizado o desafio aumenta para as empresas que acompanham as mudanças do Marke ng 4.0, as quais modificaram o sistema que antes era ver calizado e passam a se relacionar com a estratégia de brand persona usando a linguagem de ser humano nas redes/canais de comunicação da empresa u lizando muitas vezes até com os concorrentes.

A ESTRATÉGIA EM AÇÃO “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl Jung “O principal conceito de atendimento aos clientes que precisa ser verificado em todas as equipes de atendimento é a EDUCAÇÃO de cada integrante da Equipe.” Ito Siqueira A citação de Jung unida a de Ito são bastante per nentes quando tratamos de relações humanas e o atendimento é uma relação que se bem alinhada pode trazer retornos imensos e sustentáveis para quem executa e para aqueles que são atendidos. O grande desafio é conseguir engajamento da equipe na execução do atender. Infelizmente não adianta sua empresa no campo estratégico está munida de todas as técnicas e o me de campo não corresponder com o básico do atendimento humanizado, a educação de ouvir (Entender para atender). Esta visão do melhor deve iniciar lá no topo da pirâmide e ser estendido a sua base. O RH precisa trabalhar o selecionado dos testes psicológicos, na integração e com pesquisa de clima para saber se realmente o colaborador está alinhado com a filosofia da empresa que quer se destacar como referencia em atendimento. Assim como Siqueira citou que o cliente procura um serviço ou produto para eliminar alguma demanda: “É preciso, acima de tudo, entender que o cliente sempre vai à empresa a procura de resolver algum problema. Quando um cliente entra numa loja de roupas ele está querendo solução para algum 'problema' específico dele. Ele pode estar querendo simplesmente ves r-se, pode estar querendo aceitação social, pode estar querendo conquistar um novo amor... e a depender da sua necessidade ele fará a compra do produto que está à procura, sendo

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CAPA planejamento Por Henrique Tenório

ENTENDER PARA ATENDER

que cada um atenderá a uma necessidade específica. O cliente sempre está comprando uma solução. O vendedor, na loja, tem que estar preparado para vender essa solução e não o produto puro e simplesmente.” (Siqueira, Ito 2009) Devemos levar em consideração que cada cliente é um mundo de possibilidades a ser explorado, onde teremos que atender atentando para as diferentes situações, vontades, es lo de vida e etc. Focando sempre na solução para a dor do momento e deixando de lado o fato de que ali o vendedor ou atendente pode de forma direta ou indiretamente forçar que o mesmo conclua a jornada de compra com. Atualmente a jornada do cliente pode iniciar e terminar online através de canais como chat dos diversos Market places, apps de loja ou misturar o on com o off através de uma ligação. Mesmo assim este contato precisa ser recebido como um momento único onde com boas prá cas desenvolvidas, valorizadas e bem acompanhadas pela gestão darão um imenso resultado. Assim como o case de sucesso no atendimento da Zappos um e-commerce de calçados e moda, ou seja, uma página que por natureza é está ca, ganhou vida através do atendimento humanizado. Lá atendimento é levado a sério que o atendimento resolve até problemas que são de ordem pessoal do cliente. Independente do contexto do marke ng que sua empresa vive (1.0, 2.0, 3.0, 4.0), saiba que sempre que estarão vendendo, locando, trocando algo, com uma pessoa que tem uma história de vida, traumas, anseios que irão afetar diretamente na forma como interage com o mundo; devendo ser respeitada e ouvida para assim se tornar fã de sua empresa. Assim como uma relação amorosa tem inicio, meio e precisamos manter para não ter um fim, da mesma forma precisamos manter o cliente para que o mesmo seja influenciado a ficar, através de escuta, empa a e uma pitada de humanização.

Brainstorm: é uma palavra em inglês cuja tradução é “tempestade mental”. Método u lizado para canalizar ideias e resolver problemas em grupo. Homo Cliente: Neologismo criado pelo autor do texto para evidenciar o perfil inicial de clientes que demandavam apenas pela presença na loja sica, consumindo unicamente mídias off-line. Cliente Conectadus: Neologismo criado pelo autor do texto para melhorar a compreensão da mudança de comportamento da sociedade que passou a está conectada a todo tempo. Feedbacks 360º: Técnica empresarial que a empresa escuta a equipe e a equipe escuta a empresa. Ilustrando que ocorre com o contato com o cliente o tempo todo com o advento das redes sociais. Omnicanalidade: Expressão u lizada para reforçar que o cliente u liza vários canais de comunicação e pesquisa quando procura solução ou comprar algo. Shopper: O individuo que compra o produto para outro consumir.

Feed/ meline: Local onde o usuário da rede social consome as mídias ou informações geradas nas redes sócias. Brand persona: Metodologia criada para dar vida aos perfis empresariais nas redes sociais, humanizando a comunicação.

Por Henrique Tenório Especialista em Gestão e Marke ng, Consultor de Negócios e Professor nas cadeiras de Comunicação, Administração e Marke ng.

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COBERTURA

A temporada do verão 2020 começou com muita energia e

novidades.

Foi realizado o evento das marcas Sundown e Sunfresh no dia 23/08 no Catamarã Tours, parceria Johnson e Grifos. O evento contou com a presença de clientes importantes, selecionados pela área comercial da Grifos, além de estar presente toda a diretoria da Grifos. O obje vo desse encontro foi proporcionar um momento diferenciado aos clientes Grifos, para falarmos das novidades desse verão e dos principais lançamentos da temporada. Iniciamos o evento com a abertura realizada por Marcela Bezerra e Guilherme Bezerra, Diretores da Grifos, dando as boasvindas a todos os clientes presentes. Em seguida, contamos com a palestra de Roberto Montanha, ao trazer a temá ca do Verão de uma forma irreverente. Além disso, vemos a apresentação de Sundown/Sunfresh por Larissa Magalhães,

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gestora Johnson. Por fim, foi realizado um excelente jantar, com uma rodada de negócios entre o me comercial Grifos e os clientes, para falarmos das oportunidades da temporada 2019/2020. Foi uma noite excepcional e extremamente produ va. Os clientes que par ciparam do evento puderam ra ficar a qualidade na organização e a obje vidade nas mensagens repassadas. Agradecemos a todos os envolvidos no evento (Johnson, Grifos e Clientes) por tornar esse momento especial e único. Esperamos que a temporada de Sundown e Sunfresh seja um sucesso em vendas, afinal o verão no Nordeste é o ano todo e o Sol nasce para todos! Atenciosamente, Time Grifos e Johnson


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CADERNO marketing Por Acrísio Netônio

Como atender para ser acessível? Dia 21 de setembro é o Dia Nacional da Luta da Pessoa com De ciência

Como figurino ou obrigação, a temá ca “acessibilidade” vem transformando o varejo brasileiro. O Censo Demográfico de 2010 constatou que, aproximadamente, 24% da população teria alguma deficiência ampla. Em 2015, o IBGE exibiu novos números referente a população brasileira com algum po de deficiência, aproximadamente 6,2%. Mesmo com essa grande disparidade, tais números, apresentam-se como base para as adequações gerenciais e tomadas decisões (reformas, novos empreendimentos etc.). Percebendo a necessidade de aprimorar seu o atendimento e permanecer compa vel com a norma sobre acessibilidade, o varejo vem realizando diversos estudos e transformações em sua estrutura funcional como, por exemplo: implemento de elevadores; esteiras; carrinhos adaptados para deficientes sicos; mudança das larguras adequadas dos acessos, portas e corredores; travessias e rebaixos de calçadas; sinalização tá l; Leitura em voz alta; atendimento diferenciado acompanhado, etc. Importante frisar, que as adequações legais sobre acessibilidade provocaram uma nova cultura em atendimento, para melhor servir as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida – CLIENTES, que precisam se fazer presentes na sociedade e no mercado consumidor. Como todos sabem, o varejo vai sempre inovar e se inovar. Assim, indicamos o acompanhamento constante das normas e fiscalizações com uma assessoria jurídica empresarial, principalmente, a parte das cotas de deficiência da área laboral que vem sendo o novo foco das fiscalizações referente a acessibilidade para com os colaboradores. Dessa forma, sendo acessível a todos os clientes e colaboradores, o varejo estará atendendo as normas sobre acessibilidade e prestando um bom serviço ao seu cliente.

Acrísio Netônio de O. Soares – Advogado e Consultor Empresarial OAB-PB 16.853, Membro do Comitê Integrado do Varejo.

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CADERNO marketing Por Mônica Leão

MERCADO MODELO

O maior desa o para o pequeno supermercadista hoje é, sem dúvida, otimizar seus espaços para oferecer a seus clientes uma maior variedade de produtos e uma melhor experiência de compra. Aí vem a pergunta: Minha loja é pequena, o que fazer? O MERCADO MODELO, da Feira Super Mix 2019, apresenta soluções para muitos destes desa os. Vamos conhecer algumas delas!

MIX DIFERENCIADO X LOJA PEQUENA A tendência de tamanho de loja pequena, chamada loja de vizinhança, é apresentar um salão de vendas onde não cabe a grande variedade de produtos lançados frequentemente pela indústria. Podemos até dizer que o tamanho do salão de vendas é inversamente proporcional à variedade de produtos lançados. Mas não adianta reclamar, essa é a realidade! Então como resolver esse desafio? No Mercado Modelo apresentamos uma vitrine virtual na entrada da loja. Essa vitrine virtual é a solução para termos um sor mento diferenciado, sem ocupar espaço nas prateleiras. Como funciona? A vitrine virtual é apresentada numa grande tela de televisão touch screen ( sensível ao toque como um celular) onde teremos a imagem e a descrição de produtos que não estão expostos na gôndola, mas que a loja vende. No primeiro acesso o cliente faz o seu cadastro e aí pode escolher direto na tela os produtos que quer comprar. Depois pode con nuar fazendo suas compras com o carrinho tranquilamente. Ao final das compras, quando chegar no checkout, o cliente se iden fica com a operadora de caixa e recebe tudo que escolheu na vitrine virtual para pagar junto com as demais compras.

FRUTAS ESPECIAIS SEM AUMENTAR A QUEBRA Imagine como seria bom oferecer frutas especiais ao seu cliente, em um local de destaque, mas que não precisasse ter volume para não aumentar as quebras. Pensando nesse desafio apresentamos uma vasca de hor frú que tem nas suas cabeceiras pequenos nichos em destaque para expormos as frutas especiais.

PREÇO DIVERGENTE NA PRATELEIRA X CHECKOUT Você concorda comigo que é muito desagradável para o cliente encontrar preços errados nas prateleiras, né?! A impressão que passa é que o supermercadista está querendo enganar o cliente. Para solucionar esse problema temos as e quetas eletrônicas nas prateleiras. Quando o preço de algum produto é modificado no sistema é gerado uma carga para o PDV e essa informação é passada para as e quetas eletrônicas e para o checkout automa camente. Além disso, com as e quetas eletrônicas diminuímos o gasto com a compra de rolo de e quetas e a mão de obra diária para troca e verificação de preço na loja.

Vinhos - A venda de vinhos tem crescido ano após ano e o preferido tem sido o vinho nto. Apresentamos no Mercado Modelo rótulos especiais de vinhos e para valorizar a sua exposição estamos com uma gôndola especial e bem charmosa, com detalhes em madeira que nos faz lembrar o tradicional barril de vinho. Diminuição na fila de pequenas compras - Quer melhorar a experiência de compra do seu cliente na loja? Existe uma solução que gera agilidade, pra cidade e comodidade para o cliente e que é responsável pela redução em 30% no tempo de espera na fila para fazer o pagamento das suas pequenas compras. É o self-checkout! É um checkout onde o cliente passa sozinho as suas pequenas compras e faz o pagamento através do cartão de crédito ou débito. A cada três self- checkouts precisamos apenas de um supervisor para monitorar essas vendas. Isso significa redução de custo de 3 funcionários num checkout normal para apenas 1! 36 Revista NESupermercados agosto/setembro

Meio ambiente e o gás ecológico - Preocupado com o meio ambiente, apresentamos no Mercado Modelo uma marca de ilhas de congelados que u liza o gás A290, que é o único que não corrói a camada de ozônio e, além disso, é 30% mais econômico que o gás 404A que tradicionalmente é u lizado nesse po de equipamento. Se você não teve a oportunidade de visitar o Mercado Modelo, não se preocupe. Entre em contato comigo que farei uma visita em sua loja para soluções personalizadas.

O MERCADO MODELO É um serviço diferenciado apresentado na Feira Super Mix, no Centro de Convenções de Pernambuco, nos dias 24, 25 e 26 de setembro.

Mônica Leão Consultora com mais de 25 anos de experiência no varejo

@monicamleao



CADERNO marketing Por Luciano Barreto

Sua

Gôndola

encanta!!!!!! Diariamente, varejistas precisam avaliar como o consumidor diferencia produtos e serviços que o impulsionam a comprar no ponto de venda. Criar uma verdadeira atmosfera de compra, levando em consideração o layout da loja, sinalização, iluminação, sonorização, cores, enfim, quase que mapear a mente da shopper para tomada de decisão no ato da compra. Neste momento, eu me pergunto: Se o varejista precisa perceber tudo isso, conhecer realmente seu cliente a fundo, por que alguns negociam seus espaços em gôndola? Passando tamanha responsabilidade para o

fornecedor, a troco de um contrato muitas vezes não mensurado, baseado em supostos lucros por categoria?! Se levarmos em consideração que 83% da percepção humana é através da visão, o varejista aumenta ainda mais o risco de transferir toda essa responsabilidade para um contrato fixo de par cipação em gôndola, já que seu fornecedor irá beneficiar somente uma marca, sem pensar na categoria como um todo, sem saber a par cipação de vendas das demais marcas, sem saber o tempo de retorno daqueles produtos que, a par r de um contrato, terão uma par cipação maior, um estoque maior e

o número de giros ao ano provavelmente reduzidos em gôndola por um sobrestoque.

Lembre-se: O poder de encantar o cliente através da gôndola é seu, não transfira essa responsabilidade para quem vai lhe entregar um resultado parcial (Fornecedor). Estude, mensure, analise. Resultados fáceis não existem, nem caem do céu. Surpreender o cliente é uma coisa fantás ca, melhorar os processos diariamente é tão formidável quanto o resultado alcançado.

Professor na Pós-Graduação nos cursos de Marke ng e Gestão de RH Atuou em empresas como Nestlé, Unilever, Embelleze, RedeCompremais de Supermercados atuando nas áreas de vendas, merchandising e Gestão. Atuou como Consultor em varejo no Sebrae durante oito anos. Sócio-fundador da KMD Consultoria para o varejo Um dos criadores do so ware de Gestão de perdas o Ruptool Graduado em Administração de Empresas pela UFCG e MBA em Gestão e Estratégia de Supermercado pela FGV Atualmente Diretor Comercial no Ideal Supermercados

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CADERNO Gestão Por Simone Terra

experiências

Criando para o

Acabei de voltar de uma viagem internacional, passando por vários países na Europa, onde aproveitar para visitar varejos e observar as tendências. Estou sempre estudando o varejo sico, pois além dele ser um canal fundamental de compra, é o canal que proporciona experiência, que mais gera impulsão e onde toda indústria precisa estar de uma forma impactante. A venda pela internet é muito importante, mas ela não consegue tangibilizar a experiência na maioria das categorias, o que torna fundamental o trabalho das marcas no PDV, assim como deixa claro a enorme oportunidade que o varejo encontra para se diferenciar na apresentação das categorias, na interação com o shopper e, sobretudo, no storytelling que usará para reforçar seu posicionamento e seu conceito. Essa máxima é tão real que faz com que a Amazon tenha saído do mundo online para a realidade das lojas sicas, pois ela percebe essa fundamental importância da experiência para o consumidor. Inclusive, as úl mas no cias demonstram que ela é muito boa na venda online, mas não está conseguindo bons resultados com sua operação varejista. C o m o u m to d o, a A m a zo n co n n u a crescendo, mas suas lojas sicas, compostas basicamente pelas filiais do Whole Foods (que adquiriu há dois anos), apresentaram uma queda em torno de 3% nas vendas em 2018. Para operar um varejo sico e trabalhar com alimentos é preciso bastante know how¹. Então, vamos começar falando de uma tendência fundamental: o fric onless retail (ou seja, o varejo sem atrito). Começo por esse ponto, pois ele envolve tudo que veremos a seguir, que é a necessidade de uma experiência agradável, de um varejo que entregue soluções, e que o cliente saia sempre com a sensação que é bom fazer

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CLIENTE

compras nesse lugar, ou que pelo menos ele não saia com a sensação de frustração. Assim, o varejo precisa buscar gerar essa sensação em seus clientes. Um bom exemplo disso é o app do Pão de Açúcar, onde você pode agendar uma hora para passar no caixa, e isso é uma solução para o cliente ficar comprando até a hora agendada, e faz com que ele não perca tempo na fila. É excelente para o aumento do cket e da sa sfação do cliente, que cada vez mais estará apegado a essa comodidade. Pensando na necessidade de entregar soluções para os clientes, perceberemos que várias das tendências citadas abaixo estão ligadas a isso. Assim, vamos falar da fundamental importância do varejo levar PRATICIDADE e FACILIDADE para a vida do cliente, oferecendo, por exemplo, um mix de produtos direcionado a facilitar a vida do cliente, e aí falamos logicamente dos congelados, pré-preparados e ro sserie, que é uma enorme oportunidade no mercado brasileiro. Inclusive, em lojas que ficam em local de passagem de fluxo, a ro sserie é uma seção que precisa estar na frente da loja, pois as pessoas passam, compram e levam a comida para almoçar ou para jantar, em casa ou no trabalho. Percebemos no varejo uma categorização e segmentação direcionada para essa necessidade do shopper, e nessa busca o varejo tem criado pequenas lojas que tem como principal missão entregar a solução on the go e de food servisse. Você pega o produto pronto para consumo, ou na geladeira, esquenta no micro-ondas e já sai comendo, como no Carrefour Market (França) e Aldi (Inglaterra).

Nesse sen do, também envolvendo essa entrega da facilidade, vamos falar do supermercado autônomo, onde o cliente sozinho compra, faz tudo que precisa, paga e vai embora. Esse po de loja já era comum em outros países, e agora vemos essa tendência aparecer no Brasil também, em supermercados como o Zai , startup de Vitória, que lançou no final de março deste ano um supermercado autônomo no Itaim Bibi em São Paulo, em parceria com o Carrefour, que colaborou na montagem da loja, do design ao mix de produtos, e é responsável por manter a quan dade certa dos produtos na unidade, através de seus estoquistas, que são os únicos funcionários da loja. E ligado ao que falamos acima, no fundo do estabelecimento há um micro-ondas, para o consumo na hora de


produtos prontos congelados. Ainda na entrega de soluções aos clientes, podemos citar também a compra online, que funciona em diferentes modelos, seja no modelo de entrega, ou onde o cliente passa para pegar suas comprar na loja. Nesse caso temos o “drive market” (supermercado drive through, onde o consumidor realiza o pagamento dos produtos antecipadamente via delivery, e apenas se desloca até o mercado para re rar os produtos, sem sair do carro), ou um local específico onde o cliente entra para pegar sua bolsa dentro da loja. Com relação à entrega em casa, a inovação dá o ar da graça, pois o shopper precisa fugir dos problemas de trânsito, e cada vez mais quer tempo livre para fazer o que deseja. Assim, alguns exemplos interessantes são o as “popup grocerys”, criadas para resolver a venda de alimentos em áreas urbanas densas, onde o estacionamento (e deslocamento) é di cil. Redes de supermercado, como a canadense Long Table Grocery, disponibilizando trailers e realizando pequenos eventos em bairros estratégicos, numa base semanal ou quinzenal, para que os residentes possam preencher os itens básicos para o mês. A rede francesa Franprix do Casino, testará robôs de entrega nas ruas de um bairro de Paris por um ano. A Wing, empresa de delivery por drones do Google, está lançando o primeiro serviço de entregas comerciais por drone em Camberra, na Austrália. A empresa funciona em parceria com pequenos negócios locais, como cafés e farmácias, por exemplo. Criar uma opção inovadora de entrega, além da

pra cidade, também causa uma impressão posi va aos consumidores, afirma uma pesquisa de comportamento encomendada pela PedidosJá, junto ao ins tuto de pesquisas Ipsos². Não é à toa, que está surgindo um novo profissional de varejo: o shopper profissional. A par r de um aplica vo acessado por smartphone, ou do ecommerce no site da empresa, o consumidor faz o pedido, um dos shoppers profissionais aceita, faz as compras e entrega os produtos na casa do cliente³. Outra tendência que não podemos deixar de citar é o marke ng personalizado, através do big data. Cada vez mais precisamos iden ficar as oportunidades, fomentar os desejos e entregar soluções direcionadas aos clientes, criando uma comunicação direta com eles. Nesse sen do, os aplica vos surgem para entregar essa solução e estão cada vez mais evoluídos. No Brasil, um dos mais completos é o app do Grupo Pão de Açúcar, que consegue entregar comodidade ao seu cliente. Os dados de uma recente pesquisa que par cipamos no Rio de Janeiro, demonstrou que o Pão de Açúcar está conseguindo melhorar e muito sua imagem de preço dentro do público alvo de suas lojas, e isso certamente está ligado às estratégias promocionais do aplica vo, que envolvem 3 pos de descontos direcionados: O QUE ESTÁ EM DESTAQUE; O QUE VOCÊ COMPRA; O QUE VOCÊ PODE GOSTAR. Essa úl ma é uma sugestão feita a par r da análise do seu mix de compra: percebendo que po de produtos que você gosta, ele mostra promoções

correlatas que podem te interessar. Estamos falando de uma inteligência que analisa seu mix, propõe coisas para você, mostra produtos similares, aumentando o po de segmento que você pode comprar dentro do mesmo nicho (ex: se você compra sempre um po de produto orgânico, o aplica vo vai começar a oferecer outros pos de produtos orgânicos, que você não costuma comprar), gerando uma proximidade muito grande com o cliente. Outro exemplo interessante foi o que a rede canadense Loblaws fez: através da análise de suas compras, te envia, semanalmente, um “encarte digital” com receitas que usam os produtos que você costuma comprar e cupons de promoções especiais. Com isso, teve um aumento de 12% nas visitas às lojas, de 5% no cket médio e de 7% no número de categorias compradas. Por fim, outra tendência que merece citação é o ecomarket, o direcionamento para a sustentabilidade, e como os varejos precisam estar antenados para falar sobre o assunto com seus clientes e entregar soluções para esse enorme movimento mundial, criando seções e categorias específicas (fitness, orgânicas, sem lactose etc), se comprometendo com embalagens e sacolas biodegradáveis ou recicláveis, mas estamos indo muito além, o Carrefour Market (França) baniu 100 sustâncias controversas de seus produtos, comunica isso por toda a loja (foto abaixo), como podem ver no vídeo onde explico esse e outros movimentos dentro do varejo em nosso canal do YouTube – Simone Terra.

É com grande alegria que informo que darei uma palestra no SuperMix 2019, onde falarei sobre como impactar o cliente no percurso da compra. O evento será realizado no dia 24 de setembro às 20h, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda/PE. 1 (Fonte: SA Varejo. h ps://www.savarejo.com.br/detalhe/simples-assim-sa/controlado-pela-amazon-whole-foods-fica-bem-abaixo-das-expecta vas) 2 Fonte: h ps://www.ecommercebrasil.com.br/no cias/ delivery-de-comida-pesquisa-aponta-que-42-dos-pedidos-sao-realizados-de-forma-on-line/ 3 Fonte: h ps://www.savarejo.com.br/detalhe/simples-assim-sa/shopper-profissional-surge-um-novo-colaborador-no-varejo

Revista NESupermercados 43 agosto/setembro




Por que é importante atualizar o layout da sua loja? Vamos pensar juntos: O seu celular é o mesmo de cinco anos atrás? Não? Por quê? E a sua televisão? É a mesma de sete anos atrás? Agora eu vou acertar: Você tem telefone xo em casa e o usa com frequência. Certo?!

Se você respondeu não para qualquer pergunta feita acima, você, provavelmente, vai concordar comigo que o mundo e que os nossos hábitos de consumo mudaram. E assim as nossas necessidades de consumo também. Tivemos entrada de novas categorias de produtos no mercado, os hábitos dos consumidores mudaram e o aperto financeiro fez a gente rever as nossas decisões de compras. E aí eu te pergunto: O layout e a arrumação da sua loja con nua o mesmo de seis anos atrás? Mexer no layout das lojas não é uma tarefa fácil, principalmente se não existe um estudo e um bom planejamento, porém necessária para manter a loja “vendedora”. Quem disse que não se mexe em me que está ganhando, con nua com a cabeça no passado. Mexese sim! Se os hábitos de consumo dos brasileiros mudaram, se vemos acréscimo de novas categorias no ponto de vendas e o layout não foi atualizado, sua loja está perdendo vendas. É aí começam as dúvidas: Qual o setor que deve ficar na entrada da minha loja? O meu amigo colocou hor frú na entrada de loja e está vendendo super bem. E eu, devo colocar também? A minha resposta é: A sua estratégia comercial é igual a da loja do seu amigo? E o espaço sico da loja? A forma como você quer se reconhecido pelos clientes é a mesma do seu amigo? Qual o ambiente que a loja do seu amigo está inserido? Vocês estão na mesma cidade ou no mesmo bairro? E a cultura das pessoas, os hábitos de consumo, são os mesmos? Enfim, tem uma série de informações que precisam ser analisadas para se decidir qual o setor ou categoria deverá ficar na entrada da sua loja e como deverá ser a distribuição dos demais setores para que suas vendas e rentabilidade aumentem. Não existe moda! Existe estratégia! 46 Revista NESupermercados agosto/setembro

Essa mesma linha de análise deve ser feita para definir qual o setor deve aumentar os espaços e qual pode ser diminuído. Importante também estudar as tendências de mercado. Temos duas situações numa mudança de layout e setorização na loja: Uma quando se modifica apenas a localização de setores no ponto de vendas. Nesse caso o cliente fica bem chateado, afinal ele já estava acostumado com o layout an go, porém se foi feito um estudo sério para essa mudança, os resultados aparecerão. Para minimizar essa situação desagradável aos clientes todos os funcionários deverão estar treinados para jus ficar essas mudanças e atentos às dificuldades dos clientes para levá-los aos produtos que eles estão procurando. ATENÇÃO: É inadmissível qualquer funcionário dizer que não sabe onde fica tal produto porque não é da seção dele, ou porque é operador de caixa... A segunda situação é quando uma loja passa por reforma mesmo como troca de piso, de gôndolas ou outras benfeitorias e junto dela há a mudança na setorização da loja. Normalmente, a insa sfação do cliente é menor por entender que está sendo valorizado e terá um melhor conforto e atendimento. Quem está inves ndo em modernização, em atualização no layout das suas lojas têm comemorado o crescimento das suas vendas e rentabilidade. É o caso do supermercado Iguaçú em Recife que teve seu layout modernizado e hoje tem o conceito de loja dentro de loja ou como os mais chiques gostam de dizer “store in store” no seu ambiente de bebidas. Os elogios dos clientes têm sido bastante e as vendas crescendo!



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COBERTURA

48 Revista NESupermercados agosto/setembro

ASSOCIAÇÃO REDE PERNAMBUCO RECEBE NOVOS EMPRESÁRIOS


Revista NESupermercados 49 agosto/setembro


CADERNO Tributos Por Fábio de Oliveira Rodrigues

Como determinar a tributação de um produto? A complexidade do nosso sistema tributário não é novidade. A quan dade de normas que precisam ser observadas pelo contribuinte já mo vou, inclusive, a seguinte frase do jurista Alfredo Augusto Becker: Se fossem integralmente aplicadas as leis tributárias, todos os contribuintes seriam passíveis de sanções, inclusive de cárcere e isto não tanto em virtude da fraude, mas principalmente pela desorientação que o caos da legislação tributária provoca no contribuinte. Além da grande quan dade de normas existentes, a sua inconstância é outro desafio que se impõe ao contribuinte. Dificilmente é possível afirmar que a norma hoje aplicada também o será amanhã, o que nos obriga a mantermos uma constante vigilância. Mas se tais fatos não nos parecem novos, o que muitas vezes ainda causa surpresa, mesmo para aqueles que atuam há anos na área tributária, é o incontável número de condições a serem observadas para se chegar à definição da regra tributária a ser aplicada em cada operação. É comum nos depararmos com ERP ou sistemas fiscais nos quais as regras tributárias são definidas a par r do po de operação pra cada pela empresa ou, então, a par r do Estado de des no da mercadoria. Aqueles em que a NCM é o condicionante da regra tributária estão entre os mais avançados. Mas será que isso basta? Face ao nosso sistema tributário, é possível afirmar que não. Há inúmeras operações em que a regra tributária é alterada face ao des natário da mercadoria. Isso acontece nas regras de subs tuição tributária, por exemplo. Nas vendas para consumidor final, a subs tuição tributária não se aplica; todavia, se a operação for interestadual deverá haver a antecipação do imposto. A condição do remetente da mercadoria é outro condicionante. Os importadores e fabricantes, em regra, são os subs tutos tributários, enquanto atacadistas e varejistas são os subs tuídos. Em operações interestaduais, no entanto, estes úl mos também podem reves r a condição de subs tutos. A NCM é muito importante na definição de regras tributárias, especialmente quando se trata de subs tuição tributária, mas nem sempre se basta em si mesma. Nos incontáveis protocolos e convênios que tratam de subs tuição tributária, é comum a NCM estar atrelada a uma relação de produtos. Quando isso ocorre, é porque não são todos os produtos classificados naquela NCM que se enquadram na regra tributária. A lista não é exemplifica va e sim restri va! É por isso que caracterís cas do produto, como peso e composição, podem ser fundamentais nessa análise. Frutas em conserva, por exemplo, apenas estão sujeitas à subs tuição tributária quando apresentadas em embalagens de conteúdo inferior ou igual a 1 kg. E tal previsão de subs tuição tributária, aplicável em operações originadas em São Paulo com des no a Minas Gerais, não será aplicável se o Estado de des no for o Rio de Janeiro, por exemplo. 50 Revista NESupermercados agosto/setembro

A Margem de Valor Agregado – MVA, u lizada no cálculo da subs tuição tributária, também se altera em face de caracterís cas do produto. O papel higiênico, classificado na NCM 4818.10.00, terá sua MVA alterada apenas pelo fato de ser folha simples ou dupla, o que evidencia que o controle por NCM nem sempre é suficiente. O po de operação também tem impactos na definição da regra tributária. Enquanto uma operação de venda está sujeita ao ICMS, a operação de transferência da mercadoria para uma filial não estará. Se esta filial es ver em outro Estado, no entanto, já teremos mudança na forma de tributação. E se a operação de saída possui tantos reflexos, igualmente terá as operações de entrada. A condição do remetente da mercadoria, bem assim sua localização geográfica, possuem reflexos imediatos na questão da apropriação de créditos e, inclusive, na forma como esse mesmo produto será tributado em sua posterior saída. Aliado a tudo isso, ainda há os regimes e programas especiais, que podem estar atrelados ao produto, ao remetente ou ao des natário da mercadoria. Até mesmo o município de des no da mercadoria ou a forma que ela será empregada impactam na regra tributária. As condições listadas demonstram que um único parâmetro não é suficiente para definição da regra tributária. É necessária a junção de diversos elementos para se chegar à regra tributária aplicável em cada situação, o que, em muitos casos, foge àquilo ao que o ERP ou sistema fiscal do contribuinte está preparado. E essa complexidade tributária, atrelada à inconstância da legislação, acaba trazendo reflexos nocivos ao contribuinte. Como evidenciou uma pesquisa realizada pela FISCOSo , com mais de 400 empresas, é representa vo o número de contribuintes que recolhem tributos a maior ou que sofrem autuações pelo recolhimento a menor. Diante de tal cenário, é necessário que as empresas repensem seus processos e avaliem alterna vas para se manterem atualizadas o que, consequentemente, lhes permi rá correr menos riscos fiscais ou mesmo iden ficar oportunidades tributárias.



CADERNO Gestão Por Antônio Balbino

Como aumentar a lucratividade com a Prevenção de Perdas No varejo o tema prevenção de perdas nunca esteve tão em alta, muito pela dificuldade enfrentada pelas empresas que cada vez mais tem encontrado na área uma forma de aumentar seus ganhos. Prevenção de Perdas pode ser a ponte entre o prejuízo e a lucra vidade da empresa. O Varejo alimentar é um dos que mais sofrem com o impacto das perdas, os supermercados por exemplo tem o maior índice de perdas, acima dos 2% sobre o faturamento líquido ( faturamento sem impostos) da empresa na pesquisa da ABRAPPE e também na ABRAS, porém é fundamental explicar para vocês que esse índice de perdas é de empresas com área de prevenção de perdas e com um nível de maturidade alto. Uma pesquisa realizada pelo Ibevar, Provar e Nielsen mostrou que as pequenas empresas têm uma perda muito maior que a média das empresas que par cipam das pesquisas de perdas da ABRAS e ABRAPPE, com perdas que variam entre 6,7% e 11,4%, veja o exemplo abaixo:

A área de prevenção de perdas é geradora de ganho, o empresário precisa entender que 1% de redução nas perdas será 1% de lucro líquido, por outro lado, aumentar 1% nas vendas não significa que terá 1% de lucro. Nos dias atuais onde temos uma concorrência gigante brigando pela fama do menor preço, alguns varejistas regionais têm se destacado pela eficiência na sua gestão de perdas. Devemos mudar essa visão que a área de prevenção de perdas é a única culpada pelas perdas, prevenção de perdas não comprou, não recebeu, não armazenou, não expos, não registrou a venda no caixa, na verdade a prevenção de perdas deve agir como uma área de controle e auditoria, desenvolvendo boas prá cas para reduzir essas perdas. Também não pode ser uma área apenas de apontamento de perdas, deve ser a va e orientadora. Como calcular o Índice de Perdas?

Pontos fundamentais para a estruturação de uma área de Prevenção de Perdas 1. Cadastro de Produtos Este sem dúvidas é um dos pontos mais negligenciados pelo varejista, quem lida com grande número de mercadorias e um alto giro deve entender que a base para as operações são os cadastros. O mercadológico por exemplo é fundamental para qualquer análise, como você consegue analisar as perdas do setor de Mercearia Seca se ele não existe? Ou se por algum mo vo você precisa realizar inventário parcial do setor, como vai fazer? 2. Inventários É a principal ferramenta para a análise do resultado da empresa, apenas com ele você consegue mensurar o quanto seu estoque sistêmico é fiel ao estoque sico da empresa, ou seja, qual a acurácia do estoque. Algumas empresas realizam inventários e não geram indicadores, ou seja, fazem apenas pela obrigação fiscal e/ou para atualizar seu ERP, inclusive algumas fazem vários inventários no ano com esse único obje vo. Isso é subu lizar a ferramenta, os relatórios de divergências de inventários são primordiais para gerar os indicadores de perdas. 3. Compras As empresas costumam não integrar a prevenção de perdas com a área comercial, aliás com a maioria das áreas, o que acaba gerando conflitos de interesse. Grande parte das perdas de estoque estão ligadas ao desperdício de produtos que são derivados da falta de procura por parte dos clientes, isso pode gerar ações promocionais sem sucesso e produtos vencidos. Outro ponto seriam as rupturas que impactam tanto quanto as perdas, alias a ruptura deve ser tratada como perda, visto que gerou uma perda de venda. A ruptura pode gerar um impacto ainda maior quando os consumidores não encontram o produto na sua loja e acaba migrando para o concorrente, com isso você perde a venda e o cliente na pior das hipóteses. As trocas também merecem atenção, existem empresas que acabam tendo entre 10% e 30% de seu estoque empenhados, as negociações devem ser mais asser vas e os fornecedores devem cumprir 100% do acordado, outro ponto relevante é que a troca deve ser realizada de acordo com o prazo médio de pagamentos, se sua empresa tem prazo médio de 30 dias, as trocas devem ser realizadas em no máximo 30 dias, cuidado também para não ficar com um setor de “administração de lixo”, ou seja, quando você tem pessoas apenas para administrar isso. 4. Recebimento de Mercadorias As perdas podem ser causadas antes do produto chegar na sua loja, uma carne sem cer ficação poderá ter shelf life menor, um tomate com muito agrotóxico poderá estragar mais rápido, estes e outros mo vos nos obrigam a conhecer nossos fornecedores, desenvolver normas de qualidade e com isso estabelecer um padrão. O setor de recebimento de mercadorias deve garan r que os produtos estão chegando com a qualidade e nas quan dades certas, por este mo vo é

fundamental o recebimento cego, seja com coletor de dados que agiliza a operação ou no papel, o importante é garan r que o conferente não tenha acesso a nota fiscal. Na sua empresa também deverá exis r um local apenas para recebimento, o que chamamos de doca de recebimento. 52 Revista NESupermercados agosto/setembro


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CADERNO Gestão Por Antônio Balbino

Quando você garante que o recebimento de mercadorias está em conformidade podemos ter a certeza que as perdas estão dentro da empresa, ou seja, quando recebemos produtos fora do padrão estamos assumindo o risco de gerar perdas, um iogurte que chega com data crí ca tem grandes chances de gerar perdas, seja por rebaixa de preço, troca ou quebra operacional. 5. Armazenamento e Exposição O mau armazenamento das mercadorias prejudica a qualidade do produto, gerando avarias, deterioração e produtos vencidos. Os principais mo vos de perdas no armazenamento são por falta padronização e treinamento da equipe. A exposição de produtos tem uma par cularidade que pode aumentar muito esse índice de perdas, o contato com o cliente. Muitos são os casos onde quebram uma bolacha para verificar se está crocante, amassam uma Pêra, abrem uma embalagem de uva para experimentar, enfim, são muitos os exemplos. Outro ponto muito relevante é a re rada dos produtos impróprios para consumo, estabelecer critérios para produtos com data crí ca, o setor de FLV por exemplo deve ser verificado várias vezes ao dia, assim você consegue re rar o mais rápido possível e com isso não danifica outros produtos, um fruto estragado acelera a maturação do outro gerando mais perdas. 6. Movimentações internas Os processos de movimentações internas que mais impactam nas perdas são as entradas de notas fiscais, baixas de estoque como perdas, consumos, devoluções, trocas e doações, assim como transferências de mercadorias entre filiais. Quem nunca teve um item faltando na Filial X e sobrando na Filial Y? É esse po de erro que deve ser evitado com a adoção de boas prá cas na gestão de estoque. 7. Frente de Caixa O setor é um dos mais sensíveis no varejo, seja pela insegurança ou pelos processos que devem ser seguidos. A inversão de códigos gera problemas sérios na empresa, podendo causar rupturas. É fundamental ter uma tabela de códigos internos atualizada para FLV com imagens e realizar treinamentos periódicos com toda a equipe. Um ponto que deve ser acompanhado muito de perto são os cancelamentos de itens e cupons, muitas das fraudes são oriundas desse processo. O não registro de mercadorias conhecido como subscaneamento também geram perdas e muitas empresas têm u lizado so wares para monitorar e gerar indicadores nesse processo. 8. Análise de dados

Quando discu mos sobre análise de dados é importante salientar que o simples fato de conseguir gerar relatórios não é fazer análise, você ter um dashboard como o apresentado nessa matéria é básico, 54 Revista NESupermercados agosto/setembro

porém o papel do profissional de prevenção de perdas é mapear cada um dos indicadores levantados, quais foram as causas e com isso gerar boas prá cas para reduzir as perdas. O dashboard abaixo é fundamental, a regra básica é atacar o que mais está impactando financeiramente o resultado, se a perda é maior no setor de açougue, então o trabalho deverá começar nele. 9. Endomarke ng Todos conhecem, porém poucos aplicam. Essa é a definição do endomarke ng na maioria das empresas nacionais, o endomarke ng nada mais é que estratégias de marke ng voltadas para ações internas na empresa. A área de prevenção de perdas sabe como ninguém levantar indicadores, mapear perdas, auditar processos entre outros, porém não consegue fazer o marke ng da sua área, o quanto ela conseguiu entregar de resultado, não faz barulho na empresa! Portanto use a comunicação interna como aliado, faça reuniões de demonstração de resultado, u lize quadros de gestão a vista, premiação para melhores prá cas entre outros. A prevenção de perdas deve ter total apoio do capital humano da empresa e trabalhar ações para estar sempre em evidência. 10. Padronização de processos Quando falamos em processos muitos entendem como burocracia, algo que atrapalha e vai parar a operação, portanto, o primeiro passo aqui é mudar esse mindset. O processo nunca deve atrapalhar ou burocra zar a operação, pelo contrário, ele deve garan r eficiência da a vidade. Ter um procedimento para o lançamento das perdas é mais burocrá co do que apenas jogar no lixo, isso é logico, porém jogar no lixo e não lançar a perda não gera eficiência na operação. Tudo na empresa deve ter um processo e seus riscos mensurados, com isso você garante que todos os funcionários farão as a vidades da mesma forma. A prevenção de perdas depende do engajamento de todos, caso contrário tem grandes chances de fracassar. Implantar uma cultura de prevenção de perdas é fundamental, todos os funcionários da empresa devem saber o impacto das perdas no negócio e o que fazer para reduzilas, portanto, as pessoas devem ser a base para a implantação de uma área de prevenção de perdas, invista na qualificação de sua equipe.

Saiba mais sobre prevenção de perdas pelo WhatsApp 81994323115, acessando o site www.prevenstoque.com.br e www.balbino.info temos ar gos, vídeos, cursos e podcast gratuitos. Diretor regional da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas ABRAPPE, Palestrante, Escritor e Consultor de varejo da Prevenstoque, mais de 12 anos de experiência no varejo nas áreas de gestão de estoque, prevenção de perdas e auditoria interna. Redes Sociais Site: h p://www.prevenstoque.com.br/ Blog: www.balbino.info YouTube: h ps://www.youtube.com/balbinooffice Instagram: www.instagram.com/antoniobalbinodesouza Facebook: h ps://www.facebook.com/antoniobalbino Linkedin: h ps://www.linkedin.com/in/antoniobalbino/





COBERTURA

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Diado

Cliente


Supermercado São José A equipe da NESupermercados foi cobrir mais um ano do eventos que movimentou por três dias o município de São josé da Coroa Grande, litoral sul de Pernambuco. Repleto de ações com os parceiros, o público foi presenteado com ofertas, brindes e diversão. A atração principal é o cliente, mas entre a criançada o Palhaço chocolate foi sucesso total.

Acesse nosso instagram e fique por dentro de nossas coberturas. @revista_nesupermercados

Revista NESupermercados 59 agosto/setembro


Diado 60 Revista NESupermercados agosto/setembro

Cliente

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CADERNO consumo Por Eugênia Miranda

ERROS QUE PODEM MATAR SUA EMPRESA O Erro está contido no comportamento humano, até porque ele é a premissa do asserto, vale o dito popular – “Só erra quem faz”. No Oriente, o erro é visto como uma oportunidade de melhoria, trazendo grande ações de ajustes de estratégias, sistemas, processos, produtos e comportamentos. Já no Ocidente, o erro tem caráter culposo que arrastam punições, muitas delas severas. Já os erros recorrentes, esses sim, podem matar qualquer empresa. Todo erro após identi cado, se não traz mudança, traz convivência e permissividade, até sua perpetuação, mesmo os que resultaram numa punição, inclusive com o afastamento do provedor do erro, se as lideranças não adequarem o sistema, outros poderão cometer o mesmo erro. Entretanto, há erros que podem matar sua empresa a conta-gotas. Erros tão impregnados na raiz humana que tornam-se invisíveis aos olhos, por exemplo:

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Agora, comece a prestar atenção nos seus comportamentos para errar menos e lucrar mais! Achar que a visão do dono é a visão dos seus funcionários Tenha consciência que o sonho de ter essa empresa, é seu, e não dos seus funcionários. Eles estão na sua empresa para realizar seus próprios sonhos, descubra quais são e estimule-os a alcança-los através da sua produtividade e empenho.

Achar que você é tão bom tecnicamente que consegue viver sem conhecimentos sobre gestão Ledo engano acreditar que apenas conhecimento técnico garante bons resultados da empresa, na verdade um bom técnico até conquista algum resultado, mas, muito inferior a quem tem técnica e gestão.

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Gerir pela orientação dos “olheiros” e não por controles e análise de desempenho Há empresários que se acostumaram a decidir pelas informações dos seus eleitos. Pessoas de sua con ança que lhes mantém informados sobre os “bastidores” e esquecem de implantar e monitorar por controles e cazes.

Não dar exemplo, por achar que é dono e pode fazer o que quiser Vivemos num verdadeiro Big Brother e todas as atenções estão para empresários e líderes, por isso, cuide dos seus comportamentos, para que eles sinalizem boas práticas e conduz toda empresa para os objetivos e metas desejados.

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Achar que criar uma empresa humanizada é tratar todos como família Por mais romântico que seja o tema humanização, muitas vezes ele é confundido, e o que era para ser uma empresa, torna-se uma “grande família” e por que não dizer “uma grande bagunça”. Cuide dos seus funcionários, do ambiente que eles trabalham, do relacionamento interpessoal, estimule-os a serem corresponsáveis com os resultados, isso sim é tratamento humanizado. Business Coach e Consultora em Gestão empresarial e comercial. Palestrante motivacional e comportamental na qualificação de equipes de vendas e atendimento ao cliente. Autora do livro SIMPLES MENTE: Mude sua mentalidade, e sua vida. Criadora do Curso online EU QUERO LUCRO. Confira os podcast EU QUERO LUCRO no SPOTIFY, no EU QUERO LUCRO no Youtube e no Instagram @eugeniamirandaoficial.



CADERNO gestão Por André Luna

UM DESAFIO NO VAREJO E NO ATACADO:

FALHAS NA GESTÃO

Alguns erros na gestão no mercado varejista e atacadista têm origem na ausência de um controle efe vo dessa área. Isso acontece pela falta de organização, carência de um sistema de gerenciamento ou até mesmo pelo desconhecimento dos profissionais. O mercado de atacado já foi um dos mais simples e seguros para se atuar. Porém, hoje em dia essa insegurança se encontra mais recorrente, cabendo à gestão de atacadistas coordenar todo esse trabalho, com a finalidade de garan r o maior lucro possível. Não é uma tarefa nada fácil. É um desafio, na verdade, para toda a gestão que envolve os atacadistas e também os varejistas. Um desafio para a gestão do varejo e do atacado é a própria gestão. Afinal de contas, determinar metas, ter controle sobre os processos e conseguir coletar os dados do negócio é uma tarefa trabalhosa. Com a gestão de estoques, é possível determinar o que irá repor, adquirir ou fabricar e até mesmo o que será vendido com mais rapidez. Porém, apesar de ser fundamental, ainda é muito comum encontrar empresas, de grande porte inclusive, cometendo alguns erros comuns na gestão de estoque, como comprar mais do que é realmente necessário; não iden ficar os itens de forma correta; ignorar o tempo médio de estocagem; não manter uma comunicação efe va com o setor comercial; não u lizar um so ware para gestão de estoque. Com isso, como é possível melhorar o desempenho desses mercados? Segue algumas dicas para melhorar o desempenho do seu negócio atacadista e varejista:

1- Estabeleça metas tangíveis para a sua empresa Criar um obje vo é o primeiro passo para melhorar o desempenho das suas vendas. Boa parte do trabalho da gestão é pesquisar as possibilidades de progresso para a empresa, contabilizando o 64 Revista NESupermercados agosto/setembro

quanto ela pode crescer em determinado tempo. Em contrapar da, se a meta for ines mável, a empresa não alcançará o melhor resultado possível, ficando aquela sensação de ter falhado no primeiro momento. Pode-se dizer que metas inalcançáveis geram um desencantamento em toda a equipe, ao mesmo tempo que metas muito curtas limitam o seu potencial. Por isso, buscar o equilíbrio entre essas duas possibilidades é o ideal a se fazer.

2- Diminua ao máximo os processos operacionais O trabalho de escritório é uma das a vidades que mais gera custos para uma empresa. Quanto mais tempo são consumidos os procedimentos operacionais, mais caro será a gestão. Por essa razão, reduzir ao máximo o volume de trabalho operacional é uma das melhores formas de eliminar os custos. Para o gestor, é muito importante avaliar se algum procedimento pode ser aprimorado ou, até mesmo, se isso será necessário para a organização. Esse exercício irá lhe poupar tempo e custos que terão grande reflexo o seu faturamento anual.

3- Faça uma análise constante do progresso da sua empresa Agrupar métricas sobre o desempenho das suas vendas é o passo inicial para qualquer empresa. Contudo, após reunir todas as informações necessárias, o próximo passo para a gestão é avaliar o que significam esses dados. É imprescindível destacar que essa pesquisa deve ser feita ao longo do tempo. Isso quer dizer que os dados ob dos devem ser comparados tanto às metas e ao planejamento, quanto aos dados anteriores. Conseguir algum progresso, mesmo que não se a nja a meta estabelecida, não é um sinal de uma falha na gestão.



CADERNO gestão Por André Luna

4- Dissemine o conhecimento para toda a sua equipe Apesar de a maioria das informações de qualquer empresa serem direcionadas à diretoria, é significa vo que os demais funcionários tenham acesso a esses dados. Quanto mais os colaboradores souberem do que se passa dentro da organização, mais eficiência e autonomia poderão ser atribuídas em suas funções. É possível contar com o apoio da equipe de marke ng e RH do seu empreendimento. São eles os responsáveis por traduzir, adequando o discurso, as informações interessantes aos colaboradores. Claro, define o que pode ser divulgado refle ndo que quanto mais informação o colaborador ver, maior a possibilidade de acertos na operação.

5- Invista em automação de processos Com isso, os processos operacionais, mesmo enxutos, podem ainda se tornar mais eficazes. Tanto a captação quanto a transmissão de informações podem ser melhoradas com a u lização de so wares de gestão, que disponibilizam um banco de dados para toda a empresa. É a solução mais segura, evitando erros e acelerando todos os processos. No mercado é possível encontrar so wares com preços variados e que, certamente, se adequarão ao tamanho de seu empreendimento. Faça testes antes de tomar qualquer decisão.

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6 – Capacite a liderança Uma liderança informada, engajada e consciente do seu papel poder ser o momento da virada da sua empresa! Líderes compromissados com o seu trabalho e com a capacidade de contribuir de forma analí ca são mais aderentes às mudanças da sua empresa. Além de engajar todo o me de colaboradores. A André Luna Consultoria desenvolve programas de educação execu va, de forma modular, baseada na realidade do seu negócio. São módulos em formato de workshop com uma carga horária enxuta – que não prejudica a operação do seu empreendimento. Além disso, u liza metodologias INOVATIVAS que tornam o aprendizado prá co e inovador. Com essas dicas será possível administrar cenários e antever futuros problemas na operação. Es mule, em seu empreendimento, uma gestão eficaz e consciente dos desafios a serem enfrentados no dia-a-dia.

André Luna é consultor e coach especializado em gestão estratégica, treinamento e desenvolvimento e atua, na consultoria que leva seu nome, como trainer para o varejo em todo o Norte e Nordeste do Brasil. e-mail: consultor@andreluna.com www.andreluna.com fone: (81) 3039-5898



CADERNO tributos Por Joaquim Silva

TRÊS PONTOS QUE PODEM LEVANTAR OU AFUNDAR UMA EMPRESA

Nossa mensagem, hoje, visa esclarecer três pontos que devem ser analisados e reanalisados todos os anos, pelos gestores de empresas para que se consiga sanar um dos principais mo vos do desequilíbrio de caixa das empresas no Brasil.

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O primeiro ponto

Nos dias de hoje, toda empresa tem como prioridade a redução de custos em todas as áreas, porem muitos se esquecem da análise na área mais crucial de toda empresa, que é a CONTABILIDADE, com a finalidade de obter uma Economia Fiscal. A escolha de um Contador, na maioria das vezes acontece pelo valor dos serviços a serem prestados, pela amizade, por proximidade, por confiança e raramente pela capacidade do profissional. É sempre bom lembrar que um bom profissional, de qualquer área, pode em um ano levantar uma empresa enquanto um profissional despreparado, pode no mesmo período afundar a mesma empresa. E como estamos falando, do seu dinheiro... do seu patrimônio, vale também lembrar a velha máxima de que muitas vezes o barato... pode sair muito caro. Temos plena convicção de que o Contador é uma peça chave em qualquer organização que deseja ter um bom gerenciamento de suas finanças. O Contador é o profissional que detém o conhecimento necessário para orientar o empresário sobre gestão financeira, garan ndo que tudo esteja correto e também que sua empresa cresça em segurança e responsabilidade, ele é o primeiro Auditor na contas de uma empresa. Na nossa vivência profissional, vemos a oportunidade de em várias auditorias, encontrar verdadeiras fortunas em impostos pagos além do devido, ou pagos erradamente, sem falar dos erros fiscais produzidos por profissionais que não estavam atualizados com as regras vigentes ou simplesmente, não nham a experiência para gerir aquele po de empresa, resultando em prejuízo financeiro pelo não acompanhamento da contabilidade da empresa, por parte dos seus gestores ou de profissionais qualificados.

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O segundo ponto

Considerado o mais importante de todos, ensina que no início de cada ano, devemos analisar qual Regime Tributário deve-se optar para o início do ano fiscal. Temos três regimes de tributação que são oferecidos pela Receita Federal do Brasil. São eles, Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional. Cada regime tributário, tem a sua par cularidade, escondendo pontos posi vos e nega vos que devem ser



CADERNO tributos Por Joaquim Silva

criteriosamente analisados, um a um, para que o melhor prevaleça. Esse regime deve ser monitorado durante o ano, sendo analisado todo bene cio conver do em economia real para o caixa da empresa, comparado com os outros regimes de recolhimento. Sempre no mês de Outubro, é recomendado uma análise da linha tributária adotada para que se tenha ao final do ano, uma visão clara sobre o Regime Tributário adotado em comparação aos demais. Temos que analisar se estamos no caminho certo, ou se temos que mudar, uma vez que a legislação vigente não permite mudança de sistemá ca no mesmo exercício, e como a opção por uma das modalidades é defini va, a decisão sendo equivocada, terá efeito em todo o ano seguinte. O elevado nível de tributação sobre nossas empresas e as pessoas sicas, no Brasil beira o absurdo, pois chega a inviabilizar alguns pos negócios. Empresas chegam a ficar totalmente inviáveis, devido as elevadas dívidas fiscais, e nem mesmo com as con nuas “renegociações” (REFIS) trazem solução para o contribuinte, pois se o mesmo não está conseguindo pagar os débitos do dia-a-dia, gerando uma divida que será refinanciada, cria-se mais um problema, pois teremos as dívidas do dia-a-dia, mais as dívidas do refinanciamento, resumindo... é uma divida impagável, e injusta, pois o empresário no desespero em ver uma solução para o seu problema, aceita todos os termos e condições do REFIS, abrindo mão até do seu Direito Sagrado de Defesa, pois a adesão implica em uma Confissão de Divida, na qual o contribuinte assume toda a reponsabilidade pelo débito sem nenhum direito de contestação.

O contribuinte tem todo o direito de estruturar o seu negócio da melhor maneira possível, visando a diminuição dos custos do seu empreendimento, principalmente no que diz respeito aos impostos.

Em parceria com a Revista NE supermercados, nesta edição, estamos oferecendo 10(dez) oportunidades para que sua empresa receba uma Revisão dos Impostos Federais, totalmente sem custos, além de uma Analise Tributária, visando iden ficar qual o melhor Regime Tributário a ser seguido pela sua empresa. Entre em contato conosco, através do e-mail CONTATO@PL3.COM.BR e solicite a sua Revisão Fiscal totalmente sem custos.

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O terceiro e último ponto

Consiste no acompanhamento mensal, através de um auditor terceirizado para que todo problema detectado, seja prontamente resolvido, tendo assim o seu tamanho infinitamente reduzido em relação a uma eventual fiscalização ou a descoberta tardia desse erro. O contribuinte tem ao seu alcance duas maneiras de diminuir os seus encargos tributários que são a ELISÃO FISCAL ou a SONEGAÇÃO FISCAL. Não precisamos nem dizer que os bene cios da primeira opção (Elisão) são infinitamente superiores ao da segunda opção (Sonegação). A Ferramenta Legal chamada Elisão Fiscal, Economia Legal ou Planejamento Tributário, nada mais é que u lizar em favor do Empresário todos os recursos de analise e acompanhamento de passos e procedimentos adotados pelas empresas para que se beneficiem de todos os recursos disponíveis para uma economia nas despesas tributarias per nentes ao negocio.

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Joaquim Silva é Gestor Contábil, Graduado e Pós Graduado em Ciências Contábeis; Controladoria e Finanças; Especialista em Gestão Empresarial; MBA Gestão Financeira e Controladoria; Pós-Graduado em Gestão da Auditoria Contábil e Perícia Judicial; Auditor em trabalhos de fechamento de Balanços, Implantação de Controles Internos, Planejamento Tributário e Implantação de Sistema de Contabilidade (ERP).





CLIPPING

SUPERMERCADOS ACUMULAM CRESCIMENTO DE 2,85% NAS VENDAS

As vendas do autosserviço brasileiro seguem em alta. De janeiro a julho, o setor registrou 2,85% de crescimento real deflacionado pelo IPCA/IBGE, de acordo com o Índice Nacional de Vendas (INV), da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), divulgado hoje (30). No úl mo mês, a alta foi de 1,35% na comparação com junho, e de 4,12% em relação a julho de 2018. Para o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, o resultado dos úl mos sete meses reforça as expecta vas do setor de terminar 2019 com crescimento de, pelo menos, 3%, projetados pela en dade desde o começo do ano. "Julho teve um dia a mais que junho e, no ano passado, o mês de julho foi impactado pela paralisação dos caminhoneiros. Já o acumulado se aproxima das nossas expecta vas iniciais e mostra leve aquecimento no consumo. Com a injeção de mais dinheiro na economia, advindos da antecipação do 13º dos aposentados, do FGTS e do PIS/PASEP, estamos o mistas para os próximos meses." O setor supermercadista fechou o primeiro semestre com alta real de 2,64%, de acordo com o INV, divulgado no final de julho pela en dade nacional. João Sanzovo comentou ainda sobre a Semana do Brasil, inicia va do governo federal em parceria com diversas en dades dos setores de comércio e serviços, incluindo a ABRAS, que acontece de 6 a 15 de setembro, com o intuito de incen var o consumo e melhorar os números da economia, 74 Revista NESupermercados agosto/setembro

por meio de diversas promoções no comércio varejista de todo o Brasil. "As nossas expecta vas são as melhores, e essa ação vem em boa hora, e em um mês que não nha tradição de fortes vendas. Estamos mobilizando os supermercados, por meio de nossas associações estaduais, e esperamos gerar bons resultados no setor." Abrasmercado No mês de julho, o indicador Abrasmercado, que iden fica as oscilações de preços dos 35 produtos mais consumidos nas lojas supermercadistas, registrou queda de 0,67%, passando de R$ 487,10 para R$ 483,84, e alta de 4,19% na comparação com julho de 2018. De acordo com a GfK, responsável pela apuração do Abrasmercado, as maiores quedas foram registradas nos produtos: tomate, 9,64%, batata, -5,98%, farinha de mandioca, -5,39%, e feijão, -4,14%. As principais altas nos preços foram iden ficadas nos itens: cebola, 24,08%, xampu, 3,57%, pernil, 3,46%, e carne dianteiro, 1,74%. Regiões Em julho, todas as regiões brasileiras apresentaram queda na cesta Abrasmercado. As maiores variações nega vas foram registradas na Região Centro-Oeste, -1,29%, com o valor de R$ 449,29, resultado impulsionado, principalmente, por Cuiabá, -2,35%, e na Sudeste, -0,75%, que chegou a R$ 467,82, influenciado pela Grande Vitória, que registrou queda de -2,72%.



CLIPPING JUROS, INFLAÇÃO E CRÉDITO CRIAM AMBIENTE FAVORÁVEL PARA COMÉRCIO DESLANCHAR "Três fatores podem ajudar a dar um empurrão nas vendas de final de ano: os juros em baixa, a inflação controlada e o aumento nas concessões de crédito. O o mismo está voltando ao varejo e as expecta vas para os próximos meses são favoráveis. “Estamos saindo de um cenário de recessão”, diz o analista Rafael Panonko, da Toro Inves mentos. Nesta terça e quarta-feira, o Comitê de Polí ca Monetária (Copom) se reúne para definir a nova taxa básica de juro, que atualmente é de 6% ao ano. As apostas de mercado indicam que ela irá, até o final do ano para 5%. Mas já há ins tuições financeiras, como o Bradesco, projetando a Selic a 4,75% ao ano. A tendência é de que o movimento seja replicado pelos bancos e pelo comércio. A inflação controlada também deve favorecer a decisão dos consumidores irem às compras, aponta Panonko. O Relatório Focus, um levantamento feito pelo Banco Central junto às ins tuições financeiras, sinaliza para uma alta de preços de 4% ao ano entre 2019 e 2022. “Neste cenário, o desemprego vai con nuar caindo. Com isto, o consumidor fica mais confiante e tende ir mais às compras”, afirma ela. O medo do desemprego é menor do que no ano passado, aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). E a confiança do consumidor é maior, apesar da queda registrada neste ano. Outro fator que está impulsionando o comércio é o aumento no crédito, aponta o IBGE. A concessão de crédito para pessoas sicas aumentou 14,3% no ano, compara vamente a 2018, segundo o Banco Central (BC). Ao todo, foram liberados R$ 1,3 trilhão no período. Empurrão para o comércio “O varejo vai ser beneficiado com o melhor ambiente econômico”, afirma Mariana Vergueiro, analista de varejo da XP Inves mentos. Tanto é que a Confederação Nacional do Comércio (Confederação Nacional do Comércio) melhorou as expecta vas para o crescimento das vendas em 2019 de 4,2% para 4,6%. Segundo Fabio Bentes, economista da en dade empresarial, a tendência é de que as vendas ganhem fôlego a par r de ações promocionais, como a Black Friday, em novembro. “Some-se à esse cenário a perspec va de quedas na taxa básica de juro, lastreada pela inflação baixa, além do impacto posi vo das vendas esperado com base na liberação de recursos das contas do PIS/Pasep e do FGTS.” Quem também vai contribuir para o crescimento das vendas é a sazonalidade. Três importantes datas para o comércio estão no quarto trimestre: Dia das Crianças, Black Friday e Natal. Quase todo mundo ganha A grande maioria dos segmentos que compõem o comércio deve ser beneficiado com o cenário favorável. Um dos destaques deve ser o comércio eletrônico, que vive dias de agitação depois de a Amazon entrar com a estratégia de não cobrar pelo frete para os clientes Prime. “Mas é cedo para uma concorrência acirrada por causa disto”, diz Mariana Vergueiro, da XP.

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Uma das empresas que deve se beneficiar neste cenário, segundo Panonko, da Toro, é o Magazine Luiza, que está bem posicionada, por causa dos fortes inves mentos que faz no segmento. E quem corre por fora é a Via Varejo, que está dando prioridade ao e-commerce. Uma exceção a essa tendência mais o mista é o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria. Segundo o IBGE, o volume de vendas caiu 25,2% no compara vo dos 12 meses encerrados em julho com o período anterior. A úl ma vez que o segmento registrou crescimento nesse compara vo foi em fevereiro de 2014. As vendas estão em metade dos níveis registrados nesse ano. “É uma situação que se repete em todo o mundo, impactada pela tecnologia”, diz a economista. Primeiros sinais no comércio Os sinais de que o varejo está mudando de rumo, segundo economistas e analistas ouvidos pela Gazeta do Povo, foram dados no início do mês, com a divulgação dos dados do PIB, que mostraram um crescimento de 1,3% no compara vo entre os primeiros semestres de 2018 e 2019, segundo o Ins tuto Brasileiro de Geografia e Esta s ca (IBGE). O sen mento foi reforçado na semana passada com o anúncio do desempenho do comércio. Nos 12 meses encerrados em julho, as vendas cresceram 1,6% em comparação ao período anterior. O resultado anualizado é o melhor desde fevereiro. Segundo Patrícia Krause, economista da Codace para a América La na, os dados vieram bem melhores que os da indústria, divulgados na semana retrasada. “Eles mostram um crescimento mais consistente e sinalizam uma tendência posi va.” Renda ainda precisa melhorar Mas, na avaliação de Cláudio Felisoni, presidente do Ins tuto Brasileiro de Execu vos & Mercado (Ibevar), ainda persiste um fator que inibe uma expansão mais acelerada do comércio: é a falta de avanço na renda real. Segundo o IBGE, no trimestre compreendido entre maio e julho, ela foi de R$ 2.286, quatro reais a menos do que no mesmo período do de 2018. “Isto faz com que o comércio tenha de ser mais cria vo para atrair o cliente, aumentando a compe vidade. Com isso as margens vão ficar mais apertadas”, sinte za. Fonte: Gazeta do Povo



CLIPPING CONSUMIDORES PODERÃO SABER O PREÇO DOS PRODUTOS SEM OS IMPOSTOS A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) pode votar na terça-feira (17) o projeto do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que obriga os fornecedores de produtos a informarem qual o preço do que vendem sem os impostos (PL 990/2019). O projeto tem o parecer pela aprovação feito pelo senador Dario Berger (MDB-SC) e, caso aprovado, poderá seguir para a análise da Câmara dos Deputados. O texto deixa claro que a transparência em relação à carga tributária valerá não só no comércio de produtos, mas também de serviços. E a informação deverá estar exposta aos consumidores de maneira clara, precisa e ostensiva. "Na maior parte dos países desenvolvidos isso já é feito há décadas. A informação que mais interessa ao consumidor é

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saber qual seria o preço sem os impostos. Qual é o custo real do produto? No Brasil, o preço final sofre acréscimos substanciais devido ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ao PIS/Pasep e à Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)", argumenta Randolfe na jus fica va. O senador ainda defende que explicitar os dados sobre a carga tributária possibilitará aos consumidores saber o quanto de imposto poderá ser sonegado, caso não peça a nota fiscal. Randolfe acredita que isso fará com que os contribuintes solicitem o documento com mais freqüência, contribuindo para reduzir a sonegação fiscal. Fonte: Agência Senado




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