Revista
SUPERMERCADOS ANO XIII Nº77 JUNHO/JULHO 2017
autoserviço . atacado . distribuição
13 Anos ideias inovadoras
EMPREENDEDORISMO no supermercado
EDITORIAL Carlos Cavendish Diretor Editorial
13o aniversário com qualidade e prestígio Com essa edição a Revista NE Supermercados chega a seus 13 anos de circulação, ininterruptos. Durante todo este tempo, podemos nos orgulhar de ter conquistado o mercado com qualidade e prestigio por conta do empenho de toda equipe, que curte demais preparar este veículo de comunicação. Desde a primeira edição, buscamos sempre aperfeiçoar nosso trabalho, criando novidades, repaginando o layout, atraindo novos colaboradores, tudo com o apoio primordial dos parceiros anunciantes que nos permitiu aumentar a nossa tiragem para outros estados do Nordeste. Neste caminho de sucesso, devemos muitos as entidades supermercadistas, APES, ASA-AL, ASPB e agora, também a ASPA, . Para essa estimada edição de aniversário, estamos trazendo, a história de sucesso de uma empresária, que se destaca como administradora e presidente do Sindicado das Indústrias de
Sabão e Vela, Saneantes e Material de Limpeza de PernambucoSINDILIMPE. Um destaque que trazemos é a história de sucesso de uma empresária que depois brilhar no soerguimento da sua indústria, foi se dedicar ao movimento organizacional empresarial e hoje é uma grande liderança na presidência do Sindilimpe. Destacamos também os 43 anos de atuação da Apes, um entidade que vem se mantendo com muita resistência para atuar na defesa e melhoria do setor de supermercados em Pernambuco. Daqui pra frente, a NE Supermercados vai seguindo o papel de ser o veículo oficial do área do auto-serviço e distribuição, que foi o objetivo do nosso surgimento no mercado de comunicação.
Boa leitura!
EDIÇÃO Junho/Julho 2017 06 Vitrine 07 Caderno ASPA 12 Caderno ASA-AL 14 Caderno APES 16 Indevida cobrança de ICMS na conta elétrica 17 Caderno ASPB 20 NE SUPERMERCADOS 13 ANOS 22 INOVAÇÃO 26 TREINAMENTO 30 RECURSOS HUMANOS 32 EMPODERAMENTO 36 GESTÃO 44 VISÃO DE MERCADO
28 CASOS DE SUCESSO - Maria de Fátima Salazar 40 LEIS E TRIBUTOS 42 NEGÓCIOS - Capital social 48 RELACIONAMENTO - Encontro com cliente do grupo M. Dias branco 50 MERCADO EXPRESSO - Tecnologia
expediente Distribuição: Alagoas, Paraíba e Pernambuco
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VITRINE Novidades da indústria "É Fanta, e daí?": Ação da Coca-Cola quebra a internet no Dia do Orgulho LGBT Na era em que as empresas não podem mais afastar o discurso da ação, a estratégia precisa sair de dentro da companhia para fora e não o contrário. Ciente disso, a Coca-Cola criou uma ação inusitada para celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBT. A empresa distribuiu algumas la nhas de Coca-Cola para seus funcionários, todas elas com a mensagem: "Essa Coca-Cola é Fanta. E daí?". A inicia va se apropria do trocadilho homofóbico repercu do em todo o país, e o u liza para combater justamente a questão do preconceito através da ação. As latas foram deixadas nas geladeiras do prédio da Coca, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Já tem gente na internet pedindo o item nas gôndolas, mas a empresa disse que não há planos para colocar o produto na rua.
Tambaú Alimentos amplia mix de produtos com o lançamento de temperos em caldo a pernambucana Tambaú Alimentos tem conseguido se reinventar com as novidades que apresenta aos seus consumidores. A marca foi ganhando cada vez mais espaço no mercado com seus molhos de tomates e o catchup Tambaú. Logo após ter entrado para uma nova área, a de conservas, agora aposta novamente na ampliação do seu mix de produtos com o lançamento de temperos em caldo Tambaú. Os temperos em caldo Tambaú se apresentam nos sabores de carne, galinha e legumes, e em versões de 19g e 57g. A pretensão da marca é de ampliar, posteriormente, essa linha com outros sabores e com os temperos em pó. A expecta va com esse novo produto é a ngir um mercado das classes CD e conquistar mais uma fa a no segmento alimen cio.
Vitamassa lança bolo de milho cremoso Aproveitando os festejos juninos, a Vitamassa lançou o bolo de milho cremoso. O lançamento junta a mais sabores que a linha tem.
Asa indústria investe em sucos concentrados A linha de sucos concentrados já conta com sete sabores, sendo eles, uva, goiaba, maracujá, manga, caju, acerola e abacaxi. Todos em versões de 500ml.
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ASPA
Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
Aspa recebe título de instituição parceira da inclusão social
A introdução de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho é um grande desafio que visa à valorização do ser humano e a redução do preconceito e das desigualdades sociais no Brasil. Voltado para esse propósito, o Governo do Estado – por meio da Secretaria Estadual de Turismo, Esportes e Lazer – lançou em Pernambuco um projeto de inclusão social que contempla jovens e adultos portadores de Síndrome de Down. A proposta passa pela preparação através de cursos gratuitos de capacitação profissional, com aulas teóricas e práticas e dinâmicas de grupo. No dia 20 de junho, 23 jovens receberam diplomas pela participação no 2º Curso de Recepcionistas de Eventos para Pessoas com Síndrome de Down. A solenidade, realizada na Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), contou com a presença do presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), José Luiz Torres. A entidade tornou-se parceira da ação pela iniciativa de contratar quatro desses formandos para atuarem como recepcionistas na Super Mix 2017, que acontece de 27 a 29 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco. A feira é realizada anualmente pela Aspa e chega neste ano à sua 12ª edição, contando com a parceria da Associação Pernambucana de Supermercados (Apes). Na conclusão da 2ª turma do curso, os jovens com Síndrome de Down vibraram com a conquista. “Somos capazes de trabalhar. Eu mesmo gosto de participar de eventos para receber as pessoas. Só tenho a agradecer pela oportunidade”, disse Mário Rocha, um dos concluintes. Os cursos contam com uma metodologia dinâmica, lúdica e interativa. “A programação incluiu informações sobre o melhor atendimento das pessoas durante eventos, onde eles aprendem sobre como produzir crachás e receber e conduzir os convidados”, explicou Adriana Cavalcanti, professora dos cursos e interlocutora entre o projeto e as empresas que aderem à ação contratando os formandos. Para o secretário estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, a qualificação é um dos principais pilares para inclusão das pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho. “Eles
dão exemplo de superação, o que nos estimula a continuar investindo ainda mais na qualificação e na promoção de novas oportunidades”, enfatizou Carreras, que entregou os certificados aos concluintes ao lado de Adailton Feitosa, presidente da Empetur; João Campos, chefe de gabinete do governador Paulo Câmara; Ana Paula Vilaça, secretária de Turismo, Esportes e Lazer do Recife e Manoel Aguiar, gestor da Unidade de Acessibilidade da Empetur. Bruno Ribeiro, 25 anos, foi um dos primeiros a participar do projeto e graças ao incentivo e a sua dedicação ele hoje é monitor dos cursos e tornou-se o primeiro turismólogo do Brasil com Síndrome de Down. “Sinto muito orgulho disso. Não há barreiras para quem deseja vencer na vida”, disse ele. “Essa ação mostra para a sociedade o quanto eles são capazes. Meu filho, por exemplo, hoje ministra palestras. Outros jovens se sobressaem nas artes. Mas todos demonstram habilidades para atuarem de alguma forma no mercado de trabalho”, opinou Helena Ribeiro, mãe de Bruno e voluntária do projeto. Como parceira da ação, a Aspa recebeu o certificado de “Empresário Empreendedor Parceiro da Inclusão”, na mesma solenidade que diplomou os participantes 2º Curso de Recepcionistas de Eventos para Pessoas com Síndrome de Down. O presidente José Luiz Torres – que esteve acompanhado da diretora Débora Fernandes e da coordenadora de Vendas da Super Mix, Paula Valéria Gomes – elogiou o projeto após receber o certificado entregue pelo presidente da Empetur, Adailton Feitosa. “A importância da inclusão de pessoas com necessidades especiais no mercado de trabalho é ao mesmo tempo um desafio e uma grande oportunidade para as empresas e instituições. Reconhecemos as potencialidades individuais de cada um deles e sabemos que eles são capazes de receber muito bem os visitantes da Super Mix. Vamos, inclusive, incentivar os expositores da nossa feira de negócios para que também contratem esses jovens. Queremos ampliar o envolvimento com a participação de empresas da cadeia de abastecimento e fazer com que a Aspa seja um agente multiplicador nesse processo”, afirmou Torres.
Revista NeSupermercados junho/julho 2017 07
Foto maior: Adriana Cavalcanti (professora dos cursos), Débora Fernandes (diretora da Aspa), José Luiz Torres (presidente da Aspa) e Paula Valéria Gomes (coordenadora de Vendas da Super Mix) foto menor:José Luiz Torres em meio aos jovens. Créditos: ASPA
A entidade vai contratar jovens com Síndrome de Down para atuarem como recepcionistas na feira de negócios Super Mix 2017.
ASPA
Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
PDCA Consultor Roberto Montanha ressalta resiliência e motivação como aspectos fundamentais para o sucesso O Programa de Desenvolvimento e Capacitação da Aspa – Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores – recebeu em maio o palestrante, mágico e coach Roberto Montanha. O consultor fez uma inspiradora palestra para os profissionais do segmento atacadista distribuidor, ao lado do também mágico Ricardo Crispim. A dupla transmitiu motivação com mensagens diretas de otimismo e uma boa dose de humor, levando os vendedores a descobrir a mágica interior para fazerem a diferença no mercado de trabalho. “A motivação precisa estar conectada aos sonhos de cada pessoa. A vida e os negócios estão em constante ebulição, o que exige coragem, determinação e criatividade para superar os desafios e transformar sonhos em realidade”, ressaltou Montanha, acrescentando que cada pessoa é um ser único, tendo as suas ambições, objetivos, expectativas e aspirações. “Alinhar esses desejos pessoais às estratégias das empresas não é uma tarefa simples. Mas, com uma boa liderança é possível fazer com que a empresa evolua e consiga incentivar seus colaboradores”. Ao lado do irreverente mágico Crispim, o consultor Montanha destacou que quando se fala em crise econômica, o que muitos empreendedores e vendedores enxergam de imediato é uma nuvem escura de pessimismo, quando na verdade deveriam buscar novos caminhos e encontrar na inovação e criatividade um forte aliado para o negócio. “A crise pode ser uma grande oportunidade, pois é justamente nessa situação que muitos projetos bem-sucedidos são iniciados. É um momento para se fortalecer e manter-se positivo, trabalhando a comunicação interna”. Especialista em treinamento motivacional, Montanha reforçou que é necessário o profissional se sentir motivado e feliz no exercício de suas funções para desenvolver as atividades 08 Revista NeSupermercados junho/julho 2017
com eficiência e atingir as metas e objetivos traçados. “Trabalhe, estude, treine e, principalmente, não escute as pessoas negativas. Transforme essa negatividade em combustível de positividade para sua motivação, porque a distância entre sonhar e realizar é o quanto você se dedica para que seu sonho se torne realidade”, afirmou. Na visão do consultor, funcionários satisfeitos com o trabalho e que se sentem respeitados tornam-se parceiros da empresa e dos negócios. Contudo, para que isso aconteça, o papel dos líderes é fundamental. Neles é possível encontrar a liderança motivadora, desde que ela se apresente – segundo Montanha – não como uma obrigação, mas como uma virtude. “Um líder não deve pautar suas ações apenas dando ordens. Pelo contrário, deve servir seus liderados, dar a eles o que eles necessitam para desempenhar com qualidade suas funções. O líder tem que respeitar a equipe, elogiar o colaborador da empresa e ser um exemplo para todos, cultivando a proatividade e exaltando o comprometimento coletivo”. Roberto Montanha e o carismático Ricardo Crispim integram a nova geração de ilusionistas pernambucanos e juntos desenvolvem um trabalho beneficente, chamado “Magicando Solidário”, com renda revertida para causas humanitárias, como hospitais infantis e de idosos. Ambos utilizam a arte como espetáculo e mola propulsora de motivação do mercado profissional. “Somos mágicos motivacionais”, explicou Ricardo Alexandre Crispim, que iniciou na atividade circense aos 32 anos. Hoje, Montanha e Crispim levam toda a experiência da mágica para os desafios da vida cotidiana, em palestras motivacionais. A dupla se apresentará novamente na Aspa, dessa vez no Aspa Motiva, no dia 21 de outubro, mês em que se comemora o Dia do Vendedor.
ASPA
Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
Tributarista Mary Elbe Queiroz fala na Aspa sobre planejamento tributário e o reflexo do excesso de impostos na cadeia produtiva
Gastos desmedidos por parte da gestão pública, falta de ajuste fiscal, carga tributária elevada e excesso de burocracia são elementos da raiz do problema que engessa o crescimento da atividade econômica no Brasil. É o que disse a advogada tributarista Mary Elbe Queiroz, durante palestra promovida pela Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), em maio, para os empresários do setor. “Com as contas públicas em déficit, o aumento de impostos infelizmente aparece mais uma vez como a solução mais rápida para tentar atenuar a crise econômica do país”, afirmou a palestrante. O impacto dos tributos na produção, distribuição e consumo foi o tema central da palestra, que abordou também as reformas atuais propostas pelo governo Temer, a crise política e os mecanismos de planejamento tributário. Mary Elbe afirmou que a ausência de uma boa gestão pública sempre vai acarretar no aumento de impostos. “Se tem uma conta alta pra pagar, tem que sair dinheiro de algum lugar. E quem paga essa conta no final é o consumidor, com prejuízos para toda a cadeia produtiva”. A tributarista relacionou a alta carga tributária com o tamanho do Estado no país e ressaltou que no Brasil se paga muito imposto para um retorno ínfimo. “Essa é a diferença com relação a outros países onde a carga tributária também é alta, mas existe um retorno para a população, em forma de infraestrutura e serviços de qualidade, especialmente nas áreas de saúde e educação”. Ela defendeu a importância de a sociedade fiscalizar mais os políticos, cobrando deles seriedade e mais compromisso com a população, para que eles trabalhem em favor do interesse público. Sobre as reformas promovidas pela gestão do presidente Michel Temer, ela não vê reação imediata na economia. “Nem a reforma da Previdência nem a reforma Trabalhista trarão retornos no curto prazo”. Presidente do Instituto Pernambucano de Estudos Tributários (IPET), a advogada destacou as distorções do sistema tributário brasileiro, entre elas o chamado cálculo por dentro, que consiste em incluir o imposto na sua própria base de cálculo. Ela citou como exemplo a conta de energia elétrica, cuja alíquota de 25% de ICMS, devido ao cálculo por dentro, resulta em uma cobrança de 33,3% do valor consumido. 10 Revista NeSupermercados junho/julho 2017
Mary Elbe salientou que não acredita que a carga tributária vá diminuir tão cedo, porque as administrações públicas não estacam como deveriam os seus gastos e também porque a arrecadação vem caindo por causa da crise na economia. “Isso gera um ciclo vicioso onde o aumento de impostos reduz a produção, fato que por sua vez gera recessão e queda no consumo. Com isso a arrecadação cai e o governo, diante dessa queda, aumenta a carga tributária ainda mais, sem enxergar que quanto maior a carga de impostos menor é a capacidade de investimento do setor privado”. A advogada defendeu o planejamento tributário estratégico como alternativa para a redução de tributos das empresas, desde que o contribuinte esteja bem assessorado por uma equipe especializada, que saiba realizar o planejamento de tributos sem distorcer, alterar ou esconder as obrigações quando do fato gerador, para que se possa atender corretamente às formas de legislação fiscal, evitando perdas desnecessárias para a organização. “Todo o procedimento que implique em redução de tributos, seja com a intenção clara e manifesta desse propósito, dentro dos ditames legais, chama-se planejamento tributário e é licitamente válido”, declarou. Ela finalizou afirmando que é fundamental para o Brasil voltar a crescer que o país obtenha fundamentos macroeconômicos sólidos, que sejam capazes de reduzir as incertezas sobre o futuro e gerar confiança para o investidor. Além disso, é necessário que se tenha um sistema tributário mais simples, ampliação da base contributiva, redução do peso excessivo dos impostos e diminuição da burocracia embutida na legislação, e ainda que se promova a desoneração tributária dos investimentos na produção, não só de bens de capital e ativo fixo como também das instalações e bens destinados à manutenção das empresas.
ASA-AL
Associação Alagoana de Supermercados
Por Mirna Lívia, assessora de comunicação da ASA AL
FEIRA E EXPOSIÇÃO DE SUPERMERCADOS NO AGRESTE ALAGOANO. IMPERDÍVEL PARA QUEM DESEJA CONQUISTAR NOVOS MERCADOS. A Associação dos Supermercados de Alagoas, promotora do maior ponto de encontro de toda a cadeia de abastecimento da região, já está com tudo pronto para receber você, patrocinador, expositor ou visitante para realizar excelentes negócios.
Comemorando 40 anos de atuação em prol da atividade supermercadista, a Associação dos Supermercados de Alagoas, leva pela primeira vez para Arapiraca, segunda maior cidade do Estado, a Feira e Exposição Alagoana de Supermercados com o objetivo de alcançar os empresários de toda a região. Arapiraca é uma cidade considerada estratégica por sua localização conectar, tanto os municípios alagoanos, quanto os Estados vizinhos. Com 90% dos espaços comercializados e com a programação de palestras sendo finalizada para ofertar desde conhecimentos técnicos quanto motivacionais, a FESUPER 2017, que acontece de 20 a 22 de setembro, conta com o patrocínio oficial do SEBRAE/AL, apoio do Governo de Alagoas, Prefeituras de Arapiraca e Maceió e como copatrocinadores, Banco do Nordeste, Fecomércio/AL, Ducamp, GS1 Brasil, Mili, Sococo, São Braz, Coca-Cola, Asa Branca. NEGOCIAÇÕES ESPECIAS: CONQUISTANDO NOVOS MERCADOS A Feira e Exposição Alagoana de Supermercados oferece novas opções de negócios, escolha de novos produtos e equipamentos, serviços especializados e o contato direto com a maioria de seus fornecedores. Tudo isso em um ambiente favorável e descontraído, perfeito para o networking e até para o encontro com colegas do setor varejista, favorecendo a troca de experiências e análise de mercado. CA PAC I TAÇÃO : PA L E S T RA S CO M O S M E L H O R E S ESPECIALISTAS Visite a 17ª FESUPER, faça suas inscrições com antecedência para ter maior comodidade e conforto. Envolva a sua equipe, seus
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compradores, gerentes e demais membros de sua equipe. Inscreva-os na FESUPER 2017 e motive-os a participar das palestras que foram especialmente pensadas para um melhor desempenho em compras e/ou vendas. PARTICIPE DA MELHOR OPORTUNIDADE DO ANO PARA EXCELENTES NEGÓCIOS: Proprietários, Gerentes, Compradores de Supermercados, Mercadinhos, Mercearias, Padarias, Restaurantes, Bares, Lanchonetes, Sorveterias, Hotéis, Pousadas, Drogarias, Lojas de Conveniência, Hospitais, este é o melhor momento para abastecer o seu negócio. Esqueça a crise, supere os desafios e saia mais competitivo INSCREVA-SE AGORA MESMO: fesuper.com.br NOS VEMOS NA 17ª FESUPER - Feira e Exposição Alagoana de Supermercados! Dias 20, 21 e 22 de setembro – Levinos Hall em Arapiraca.
APES
Associação Pernambucana de Supermercados
Por Mônica Siqueira
APES
43 anos
chega aos
com respaldo dos associados e da sociedade Em 17 de julho, a Associação Pernambucana de Supermercados (APES) chega aos seus 43 anos de existência, muito agradecida a todos que contribuíram com este caminhar de muito sucesso para levar desenvolvimento e união para todos que fazem parte do setor de supermercadistas. No comando da entidade, atualmente está Edvaldo Guilherme dos Santos, desde 2008, e vem sendo muito bem respaldado pelos associados pela lisura e comprometimento que conduz a APES. Seus antecessores foram: Geraldo José da Silva, Ozael Felipe Santiago, Altair Bezerra da Silva, Silvio Sá Souza e o fundador e primeiro presidente, João Carlos Paes Mendonça. De acordo com o presidente da Apes, atualmente a entidade vem trabalhando para alavancar o empreendedorismo e espirito associativo, como também na busca de representatividade política. “Todas as ações desenvolvidas pelos que passaram na direção, com ajuda dos associados e colaboradores, ajudaram a construir essa história de sucesso”, lembrou.
Legislação O governo de Pernambuco sancionou a Lei nº 16.059, de 08 de junho de 2017, que instituiu o dia 06 de março como a Data Magna e feriado civil no âmbito do Estado de Pernambuco. “O seu art.1º- Fica instituído o dia 06 de março como Data Magna e feriado civil no âmbito do Estado de Pernambuco, em conformidade ao disposto no inciso II do art.1º da Lei Federal nº 9.093, de 12 de setembro de 1995. Parágrafo único - A Data Magna do Estado de Pernambuco refere-se ao dia de eclosão da Revolução Pernambucana de 1817.”
Convenção Coletiva de trabalho – 2017/2018 Apes e o Sessepe ( Sindicato dos Empregados das Empresas de Supermercados de Pernambuco) em reunião no Ministério do Trabalho e Emprego no dia 14 de junho, fecharam a Convenção Coletiva 2017/2018 na conformidade das cláusulas previamente acordadas nas reuniões anteriores e com as inclusões
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ajustadas na presente rodada: 1) Para os Pisos dos Grupos I e II, aplicação do percentual de 5,5%; 2) Reajuste Salarial para quem ganha acima do Piso Salarial no percentual de 4%, com o limitador de R$ 8.000,00 e a partir desse valor a livre negociação para o reajuste; 3) Ajuda de Custo para os Domingos R$ 30,00 e para os feriados R$ 32,00; 4) Alteração da Cláusula 43ª parágrafo sexto que passa a ter a seguinte redação: Os empregados que trabalharem aos Domingos, será aplicado o sistema de compensação 6x1. Sendo que, as horas excedentes a partir da oitava hora, serão remuneradas com o acréscimo de 75%, sendo vedada a sua utilização como banco de horas
CONTAS Energia Por Fábio Milhomens e
Carlos Henrique Galindo
A
indevida Incidência de ICMS na Transmissão de Energia Elétrica Como se sabe, ao fornecer energia elétrica está operação é passível à incidência do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Acontece que as empresas fornecedoras e os estados cobram o ICMS sobre a Tarifa do Uso do Sistema de Distribuição – TUSD e a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão – TUST, sob o argumento de serem devidas, em virtude da remuneração pela utilização da rede de distribuição de energia elétrica, bem como da rede básica do sistema de transmissão. Conforme visto, o ponto em questão tem por base a possibilidade da cobrança do ICMS, relativo ao valor integral da conta de energia elétrica, compreendendo, inclusive, a fração referente ao Uso do Sistema Elétrico de Transmissão e de Distribuição (TUST e TUSD). Sendo assim, as empresas distribuidoras de energia elétrica estão cobrando o ICMS incidente na base de cálculo acima do permitido legal e constitucionalmente determinado. Tudo isso, em razão do tributo ser cobrado não tão somente sobre o valor do produto (energia elétrica), mas também, recaindo sobre as tarifas de uso do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica proveniente da rede básica de transmissão as chamadas TUST e TUSD, bem como qualquer outros encargos setoriais que não representem efetivo fornecimento de consumo de energia. Pois bem, a Lei Complementar 87/1996, que institui o ICMS, em seu art. 13, I e § 1º, expressa que fazem parte da base de cálculo do imposto o custo das mercadorias comercializadas e os acessórios neles especificados. Resta observado, assim, que as despesas, tanto com a conexão, quanto com utilização de linhas de transmissão não compõem a mercadoria comercializada e nem fazem parte dos acessórios especificados na Lei. Não foi outro o entendimento n o julgamento do AgRg nos EDcl no REsp nº 1.267.162-MG de relatoria do Min. Herman Benjamin, onde a Taxa de Uso do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica TUST e Taxa do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica TUSD não fazem parte da base de cálculo do ICMS.
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Isto é, não pode constituir a incidência do ICMS a simples transmissão do produto (no caso a energia elétrica) de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte. Em razão disto, não deveriam fazer parte da base de cálculo do ICMS a TUST e a TUSD. Desta forma, é cabível ingressar com ação judicial requerendo a exclusão dos encargos devidos pela distribuição e transmissão de energia elétrica (TUST/TUSD) da base de cálculo do ICMS Energia Elétrica, por se tratar de cobrança claramente inconstitucional e ilegal, bem como requerer o ressarcimento das quantias pagas indevidamente, a tal título, nos últimos 5 (cinco) anos antes do dia da propositura da ação.
Revista
SUPERMERCADOS ANO XIII Nº77 JUNHO/JULHO 2017
autoserviço . atacado . distribuição
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INOVAÇÃO TREINAMENTO RECURSOS HUMANOS EMPODERAMENTO GESTÃO VISÃO DE MERCADO 20 Revista NeSupermercados junho/julho 2017
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CEO da consultoria de inovação Frevotech, fundador do projeto Inspirando Sonhadores e investidor nos ecossistemas existentes no Nordeste do Brasil, principalmente do Porto Digital (Recife).
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INOVAÇÃO
INOVAÇÃO VEM DE GENTE, NÃO DE MÁQUINA
Atualmente, as pessoas acham que inovação não é para elas nem para o negócio delas. Na minha visão, tanto o pipoqueiro quanto um dono de uma rede de supermercados podem gerar inovações. Isso é possível se você tiver em mente uma coisa muito simples: inovação vem de gente, não vem de máquina. Infelizmente algumas empresas parecem esquecer disso. O histórico empresarial mais comum que encontramos é um investimento alto na automatização dos processos práticos e objetivos e em sistemas de gestão e apoio à decisão; mas pouco ou nenhum investimento na criatividade. Assim, convertemos o ser humano, que é o agente criador da inovação, em um robô. Seja operando um computador ou não. Quer um exemplo? Você chega num caixa de supermercados e a primeira coisa que a pessoa pergunta, de um jeito nada acolhedor nem simpático, é: “Você tem o Clube (coloque aqui o nome do seu supermercado)?”. Não interessa se o cliente tem, sem está feliz com ele, nem qual o benefício da pessoa em ter. O robô do caixa termina fazendo uma pergunta automática, que tem uma resposta também automática e o feedback que poderia vir não vem, ambos tentam se livrar dessa etapa que deveria ser, no mínimo, descontraída. Isso não cabe mais no mundo atual. Ponto. Não é um sistema que garante que a empresa vai ser mais competitiva ou mais inovadora. São os seres humanos. Eu não sou de RH, que fique claro, mas insisto: as empresas que mais inovam são as que mais investem em pessoas, existem algumas empresas bilionárias com 60 funcionários e tudo funciona perfeitamente. Quantos eventos relacionados a novas tecnologias e inovação esses supermercados fizeram internamente ou provocaram seus colaboradores a participar? Que tipo de entrada de inovação isso trouxe para a empresa? Certamente o resultado dessa conta vai ser quase nada ou zero. Muitos supermercados, inclusive, não têm nem a área de recursos humanos para desenvolver as pessoas, têm um departamento de pessoal que se restringe a contratar, treinar, pagar e demitir, não o fazem direito e acreditam
que não ocorre impacto na vida do cliente final. Isso torna o acesso à inovação mais complicado. Porque o acesso à inovação não é colocar uma sala bonita com uma TV e botar o pessoal para descansar. Conectar pessoas ao futuro é deixar a cabeça delas livres e isso não tem custo financeiro. Para iniciar uma cultura mais arrojada e beneficiar seu negócio com práticas mais atuais eu recomendaria, de maneira introdutória, esses três passos a seguir: O primeiro passo é ter uma área de recursos humanos adequada, checar as práticas atuais e ter certeza que elas não são medíocres, que vão além do básico que você tem obrigação de fazer. Convenção com os funcionários, feedback para saber onde a empresa pode melhorar entre outras coisas, são boas iniciativas, mas não é suficiente. O segundo passo pode ser a criação de um plano, mesmo que simples, mas fora do trivial, isso pode possibilitar a abertura de uma janela de informações e oportunidades fora do universo de colaboradores e que ele esteja pronto para trazer isso para o ambiente do trabalho, mesmo nas funções mais simples. O terceiro é manter um canal honesto para receber e avaliar essas ideias e sugestões e, se for viável, pouco a pouco aplicar essas melhorias que certamente irão alcançar os clientes e ampliar os resultados. Essas janelas que profissionais de diversos níveis vão ter lá fora devem ser leves e divertidas para que eles se sintam mais oxigenadas e inspirados. Isso pode provocar uma mudança imediata em determinados aspectos dentro da gestão do supermercado. Mas pode, também, levar a empresa a conhecer soluções, inclusive tecnológicas, que façam ele se conectar com o cliente totalmente mobile e digital, que é o que hoje temos no mercado, enquanto os supermercados são quase totalmente analógicos. Para finalizar (por enquanto), essa conexão faz com que o supermercado possa adquirir soluções para o dia a dia. E existe uma coisa que o dono do supermercado precisa entender: o mundo mudou, o cliente e os perfis de clientes mudaram. Mas sobre isso eu falo mais em outro artigo. Para a versão estendida deste artigo e mais informações, acesse www.erickdealbuquerque.com.br
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TREINAMENTO
Por Eugênia Miranda
Coach Business
Sua empresa merece um
Na década de 60 o coaching foi utilizado em tenistas para melhorar o desempenho dos atletas no atingimento de medalhas, melhorando suas habilidades na gestão das emoções e na potencialização das suas habilidades. Diante dos resultados alcançados muito rapidamente propagou-se para outros esportes. Entretanto, a coisa não parou por aí e há muito tempo os americanos descobriram nas habilidades dos Programas Coaching a oportunidade de melhorar o desempenho das suas equipes e consequentemente os resultados de suas empresas. Depois foi a vez das grandes empresas encontrarem no coaching a trilha em direção a estruturação de rotinas de trabalho cujo sucesso é atribuído, nos dias de hoje, a transformação das pessoas desenvolvendo nelas a auto responsabilidade com total protagonismo sobre seus resultados. O conceito coaching expandiu-se e tornou-se o principal aliado no desenvolvimento de pessoas e culturas organizacionais, além de bem aceito e cada vez mais divulgado, o processo aplicado em empresas ficou conhecido como Coaching Business, fazendo a interligação entre ferramentas de gestão empresarial e engenharia humana (Inteligência emocional). As médias e pequenas empresas têm despertado aos poucos para o uso do programa coaching em prol da definição e organização de um modelo de gestão empresarial mais eficiente, capaz de promover maior competitividade e claro, maior lucratividade. Porém, é de extrema relevância que ao contratar um programa coaching a empresa tenha a certeza de que o profissional (Coach) possua formação completa e experiência na área empresarial, para respaldar o processo dentro da empresa e ser r e a l m e n t e u m a ex p e r i ê n c i a vantajosa para o negócio. 26 Revista NeSupermercados junho/julho 2017
Um programa de Coaching Business elevará o nível de profissionalização e apoiará a tomada de decisões estratégicas que impactarão diretamente nas rotinas operacionais, desdobrando metas e objetivos envolvendo e gerando em todas as pessoas da empresa maior comprometimento com os resultados. Não importa qual o tamanho da sua empresa e sim quais são seus planos a curto, médio e longo prazo. Contratar um programa coaching encurtará caminhos e aumentará sua velocidade de ação. Além disso, agir certo e rápido faz toda diferença para tornar sua empresa com maior solidez empresarial, por isso sua empresa merece um coach business.
Eugenia Miranda Consultora em gestão empresarial e Coach Business. Palestrante e Agente de qualificação de equipes de vendas e atendimento ao cliente. Autora do livro SIMPLES MENTE: Mude sua mentalidade, e sua vida.
CASOS DE SUCESSO Maria de Fátima Salazar Texto: Mônica Siqueira
EMPREENDEDORISMO e arte de liderança é a soma do sucesso de
Maria de Fátima Salazar Dotada de atributos característicos de liderança, como vitalidade física, inteligência, disposição, empolgação para aceitar responsabilidades, habilidade de lidar com pessoas, capacidade de conquistar e manter confiança, coragem, firmeza e ascendência, fizeram Maria de Fátima Pereira Salazar um grande exemplo de mulher empresária de sucesso. A escalada profissional começou ainda no tempos de universidade, cursando Química Industrial onde conheceu seu esposo, Alfredo Salazar e desde essa época alimentaram o desejo de ter o próprio negócio. O romance avançou para matrimônio e o projeto profissional também seguiu firme e forte e o casal fundou em 21 de outubro de 1991, a Benzoquímica, fabricando inicialmente, pastilhas sanitárias. A demanda foi muito boa, então começaram a desenvolver novos produtos. A empresária fez questão de lembrar a figura de um anjo querubim que apareceu no início da sua história, um vendedor,
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que foi a luz que abriu uma nova fatia de mercado, o ramo institucional, que foi definitivo para o crescimento dos negócios atraindo, inclusive, a rentabilidade financeira essencial para o crescimento da indústria. “Graças a esta pessoa tivemos a oportunidade única de trabalhar no Hospital do IMIP, onde lançamos a linha de lavanderia, que foi pra mim como química industrial, um grande aprendizado. Conquistamos visibilidade no mercado tanto no estado como em toda região nordeste”, mencionou. A partir deste momento, o espírito empreendedor foi se alastrando e entraram para atuar ao lado de grandes distribuidores. Uns até a nível de Brasil. Investiram em novos produtos e o mix que inicialmente era de cinco produtos, hoje conta com 174 itens no portfólio para atender lavanderia industrial e hospitalares, cozinha industrial, linha de higienização de superfície hospitalar, tratamento de pisos, parte de perfumação, odorização
de roupas, etc. Panda - Segundo ela, há dois anos abriram novamente o foco para o mercado de varejo e lançaram a Linha Panda, idealizada pelo sócio Alfredo Salazar para atender o consumidor final. A marca que veio com total aprovação da equipe de consultoria, surgiu com um perfil sustentável para todas as gerações e gostos dos fregueses. Com esse objetivo, diz Fátima, foi desenvolvido vários produtos com tecnologia visando facilitar as tarefas principalmente das donas de casa, que hoje em dia possuem uma vida muito corrida por conta da vida profissional, sobrando pouco tempo para dentro de casa. “ O mercado de limpeza, depois do de alimentos é um dos melhores para se trabalhar, independente onde estejamos a limpeza é uma questão de saúde pública”, frisou. Arte de liderança no Sindilimpe De espirito visionário, Maria de Fátima sentiu a necessidade de contribuir com o seu setor através da representação legal. Filiou-se ao SINDILIMPE em 2005 e começou a atuar em defesa dos direitos dos empresários. Foi se destacando pelo seu dinamismo e não demorou ser convidada para participar da direção. Atualmente, com muito orgulho, ocupa o cargo de presidente da entidade. Na sua gestão partiu para oferecer uma grande prestação de serviços aos filiados o que lhe rendeu um crescimento do quadro que passou de 14 para 89 empresas. Começou a desenvolver ações envolvendo a participação da categoria em feiras nacionais, internacionais, missões, congressos e workshop para filiados da capital e do interior.“Com esses eventos procuramos despertar neles a importância da tecnologia de mercado para a evolução das empresas que ficam mais competitivas no mercado”, salientou. Projetos - Para dinamizar o relacionamento com o setor, ela criou dois projetos que ocorre durante todo ano. O primeiro é o Workshop Nordeste, evento que vem crescendo a cada ano, realizado em parceria com fornecedores, onde oferece palestras, rodadas de negócios e informações técnicas. Atualmente afirma, que o público destas palestras estão em torno de 200 pessoas, que representam em média, 130 empresas. Da experiência positiva destes workshops, ela afirma que a pretensão futuramente é criar uma cooperativa para compra mais barata de matéria prima e também produtos importados quando este não existirem no estado e estiverem caros. Uma de suas conquistas a frente do sindicato foi o pleito junto a Secretaria Estadual da Fazenda para que o imposto dos produtos importado da matéria prima do setor fosse pago de forma mais branda, para que a compra fosse em quantidade maior.
Associativa - O segundo projeto que ela criou foi ligado ao lado social denominado de “Imersão Sindilimpe”, que este ano será a quarta edição, que consiste um final de semana num resort com todos filiados para trabalhar a pratica associativa. Ela explicou que a meta é mostrar que todos são concorrentes, mas não inimigos, pois a preocupação deve ser com a concorrência que vem fora do estado. Também nestes encontros são debatidos formas de sucessão familiar para que esta aconteça de forma bem estruturada para que as empresas sejam sustentáveis a nível de indústria, afim de que todas tenham começo, meio e sejam eternas. “Durante todo ano promovemos mais de 15 eventos pontuais e outros que não estão contemplados no planejamento, mas que aparecem por conta da demanda das pesquisas realizadas com os filiados”, relatou. Maria de Fátima diz que por ser mulher nunca teve problemas para seguir nesta direção empresarial ou liderança de classe, pois acredita que tudo que desempenha é consequência de seu trabalho. Sabe muito bem que a postura de mulher mudou, evoluiu, e só faz somar com seu olhar dinâmico e senso de realização. “Fui presenteada na minha existência com uma família parceira, meu esposo e filhos foram a base para chegar onde estou. É gratificante estar ao lado de quem te completa para realizar sonhos. Empreender sempre foi meu compromisso de vida”, finalizou.
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13 Anos ideias inovadoras
RECURSOS HUMANOS
Por Carla Joana do Nascimento Tavares
O Recursos Humanos em suas Estratégias “Quando as palavras são insuficientes diante da velocidade dos atos”
AtuAÇÃO como uma das principais estratégias diante dos desafios corporativos. Temos cede de ação! Essa é uma das mudanças para atender as demandas emergentes nas empresas e especialmente em supermercados. O RH requer intervenções imediatas, os procedimentos merecem mais velocidade, acompanhamento e consequentemente novos resultados. Nesta perspectiva, temos como missão, acolher, intervir e acompanhar os profissionais no alcance da sua melhor performance, para isto, precisamos de ferramentas assertivas: Acolha para transformar. Quanta vida existe em suas ações? Esta intervenção está relacionada ao compromisso de cada profissional com os processos, na percepção de empoderamento; o poder de trabalhar para si, inclusive quando é contratado através da empresa. Fortalecemos cada profissional quando despertamos par a visão madura de que os seus resultados são SEUS e depois também do OUTRO (empresa, família, sociedade). A partir deste despertar, encontra-se mais vida e satisfação nestas ações laborais. Planeje. Seja perspicaz. É preciso se anteceder no mercado, períodos sazonais, datas específicas. Promova, seja, crie, use o potencial visionário. Acompanhe as ações de cada setor, todo profissional deve ter suas ações visivelmente analisadas, visitadas, editadas. Seja a conexão o efêmero e o perene, a resiliência mora nesse espaço. Desperte, dialogue, expanda. O caminho do desenvolvimento acontece desde quando acordamos até o momento do descanso do sono. Capacitar e educar são os verbos que devem se fazer presente em todo procedimento laboral.
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Realize a escuta pautada na ética e na assertividade, assim trocamos o espaço de reclamações, lamentações por diálogos fortalecedores, revigorantes e inspiradores. Seja breve, o tempo é muito precioso. Adote exercícios que estimulem o cérebro a criar novos cenários, trabalhando também a memória e a concentração. Das horas que estamos no trabalho, temos um laboratório de convivência, evolução e maturação. Quando a ação do RH transcende o humano e abrange todo o contexto organizacional, em uma visão sistêmica, podemos alcançar novos e melhores resultados. Agradecemos!
Carla Joana do Nascimento Tavares. Psicóloga, Consultora em desenvolvimento de pessoas e organizações. Especialista em Psicologia Clínica com foco em Análise Bioenergética.
13 Anos ideias inovadoras
EMPODERAMENTO
Por Antonio Gomes
O difícil não é pensar, e sim fazer! Marcelle Sultanum, presidente da Rishon Cosméticos
A empresária Marcelle Sultanum está desde 1997 a frente da Rishon Cosméticos e passou por todas as etapas que uma mulher pode enfrentar ao conquistar um cargo de liderança. A empresa foi fundada pelo pai em 1986, e desde então nas férias, ela e sua irmã Rafaela, trabalhavam na empresa, na parte de produção. Foi em 1995 que Marcelle começou a trabalhar junto ao pai e passou por vários setores, até que em 97 ela tinha 20 anos, e teve que com a morte repentina do pai assumir a empresa. No dia seguinte eu já estava aqui trabalhando. Minha mãe disse que esta era minha sala, minha cadeira e perguntou se eu queria mesmo ficar. ” A resposta dela foi sim, mas não foi uma decisão simples. O avô materno sem foi o tipo chefe de família, mandava em tudo, e depois do ocorrido foi contra ela ficar dirigindo a empresa, implicitamente por ser mulher e ele vir de uma cultura machista. Ainda assim ele via na neta muito mais que apenas uma mulher. Ele a achava inteligente demais para se limitar a direção da empresa e sim via ela como uma executiva de uma multinacional. Mas não era assim que ela queria que fosse seu próprio destino. Ele estava ligado ao da Rishon. “na época ele não entendia o que era empreendedorismo. Achava que ser apenas comerciante, saber escrever e ler era suficiente para tocar um negócio, tinha que ter nascido pra isso ou aquilo. Não é a mesma coisa que hoje que se prepara muito para empreender. Ele sempre chorava por eu querer seguir essa carreira.” O desafio Durante os primeiros momentos Marcelle teve que lidar com o habito que os funcionários tinham de ver seu pai na liderança, e agora ela, com apenas 20 anos, era a imagem de liderança. Ainda assim não deixou de ouvir piadas e expressões sexistas não só de funcionários, mas como de clientes também. “Tive que fazer com que entendessem que as coisas mudam e os funcionários mais antigos foram um desafio, alguns mudei, outros não, mas isso não me fazia baixar a cabeça, tinha uma
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empresa para tocar em frente.” Ao longo do tempo foi moldando a empresa ao seu estilo arrojado de trabalhar e montando equipes de gestão independentes em cada área. Para ela, a liderança não era só exigir resultados, mas também dar independência e capacidade para que os funcionários se tornassem ousado, e que pudessem pensar por si, atitude que segundo ela, impactou bastante. A empresa Os consumidores mais jovens pouco conhecem a marca Rishon, estão mais acostumados com Tutanat. Para atingir esse público mais jovem teve que ousar e fazer algumas reuniões em equipe até que surgiu a linha BANG, sucesso absoluto nas vendas da empresa, a marca conversa diretamente com o público jovem. A Tutanat, segundo a empresária, tem um público mais restrito, fiel ao valor agregado mais alto, e conhecedor de cabelos. Uma decisão estratégica para se manter viva numa área repleta de poderosas multinacionais, a Rishon ousou e buscou atingir nichos e se posicionar de forma mais específica tanto no lançamento, quanto na hora de divulgar os produtos. A empresa foi uma das primeiras a despontar no mundo das blogueiras, mesmo ainda não delegado a fama a internet e youtubers, mas não deixou de ver mais na frente quando as mídias sociais explodiram no gosto dos brasileiros. A estratégia de diferenciação deu certo, além da inserção nas mídias sociais terem derrubado os custos com propagandas em tv e outras mídias tradicionais. Hoje, com um mix de mais de 130 produtos no portfólio da empresa, Marcelle se orgulha de fazer com que ela cresça pensando nas pessoas que usam e nas que produzem seus produtos. “As pessoas terão que lidar com as pessoas, relacionamento para poderem lidar com o público, não vamos ser substituídos por maquinas.” Marcelle encerra a conversa com nossa redação sempre dizendo. O difícil não é pensar, e sim fazer! Responde a empresária que não teme a concorrência.
13 Anos ideias inovadoras
GESTÃO
Por Fátima Merlin
De relações comerciais à gestão do negócio Diante de um ambiente altamente competitivo, com mais e mais produtos à disposição- mais de 11 mil Sku´s são lançados anualmente -, um mundo globalizado, com democratização da tecnologia e da informação, o acesso a partir de um click, frente a um consumidor mais exigente, seletivo, conectado, com maior poder de compra e de decisão, porém multicanal – frequente 3 ou mais para abastecer seu lar, e multimarca – no geral, compram, em média 3 diferentes fabricantes, se exige profissionais cada vez mais qualificados, com atitudes e habilidades diferenciadas, capazes de relacionar na sua rotina diária a estratégia da empresa com o mercado, comportamento e decisões dos clientes, ações da concorrência, entre outros. Exige-se uma real orientação para o mercado e cliente. O papel do “vendedor”, “representante comercial” torna-se estratégico e sai de relações de compra e venda para gestão do negócio, do seu próprio (sua carteira, produtos que trabalha, recursos financeiros, etc), mas, sobretudo, gestão do negócio de seus clientes. Gerir o “negócio” dos seus clientes varejistas no sentido de buscar melhores resultados para todos. De acordo com pesquisa realizada pela Connect Shopper com pequenos varejistas de todo o Brasil, atendidos por atacadistasdistribuidores, detectou-se que:
80% destes varejistas gostariam de um apoio efetivo de seus fornecedores (atacadistas-distribuidores) na gestão do sortimento; 78% deles desejam que seus fornecedores trabalhem com eles no desenvolvimento de planos para as categorias e que os ajudem a obter crescimento sustentável; 76% deles gostariam que os fornecedores compartilhassem informações relevantes sobre mercado, negócio e categoria com foco em otimizar o sortimento; 75% dizem precisar de apoio para a adequada exposição das categorias com o objetivo de impulsionar vendas e rentabilidade.
Neste aspecto, torna-se imprescindível aos fornecedores, conhecer a fundo os diferentes perfis de varejo, entender suas
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estratégias, posicionamento, estar presente, ser participativo, buscar a integração e fortalecer o relacionamento. É comprometer-se com os resultados dos mesmos. Mas também é vital conhecer o shopper, entender quem é ele, o que ele quer, como se comporta para oferecer o sortimento e serviços adequados, preço desejado, oferecer experiência de compra agradável em todos os aspectos de sua jornada de compra. É oferecer o melhor mix, adequado às necessidades dos clientes do seu cliente, a melhor exposição, os materiais de POP mais adequados ao perfil da loja / Shopper, entre outros. Neste cenário, as demandas atuais exigem destes executivos, além de relações comerciais, excelência em vendas, atendimento ao cliente, desenvolvimento e capacitação em gestão do negócio, aprimoramento no conhecimento do shopper e de seu comportamento de compra, na busca e uso da informação para tomada de decisão, entre outros. Exige a construção e monitoramento contínuo de KPI´s básicos adicionalmente aos já tradicionais relatórios e acompanhamentos de venda/cliente, margem, mix de produto, a saber: profundo entendimento do perfil do cliente, do Shopper, conhecimento da cesta de compra do Shopper, do tíquete médio, da frequência de compra, entre outros. Soma-se a isso, a necessidade de uma presença marcante e visitas contínuas nos clientes para galgar a exposição adequada de seu produto / marca na gôndola, sinalização que facilite a vida do cliente, entre outros. Exige-se dos profissionais de vendas, representantes a prática básica do GC, ter o produto certo, na hora certa, exposto adequadamente, com preço competitivo, no local certo…. Melhores resultados passam a ser sinônimo de uma gestão eficiente do negócio próprio e do cliente a partir do profundo conhecimento do mesmo, permitindo e se comprometendo com a oferta do mix adequado, da execução eficiente no PDV e de um forte, constante e colaborativo e participativo relacionamento com o cliente varejista.
Fatima Merlin Diretora da Connect Shopper, Consultora de Varejo, especialista em Gerenciamento por Categoria e Shopper Insights Connect Shopper
LEIS E TRIBUTOS Por Williams Rodrigues
Gestação
Estabilidade provisória da gestante no emprego Um tema importante, mas muitas vezes negligenciado pelo empregador, é a garantia de emprego da mulher gestante. O seu destaque se justifica pelo fato de estarmos diante do momento mais sublime vivido pela mulher, a geração de um novo ser. A empregada gestante goza de uma estabilidade provisória no emprego que engloba os três momentos da maternidade (a gestação, o parto e a amamentação), não podendo ser dispensada de forma arbitrária e sem justa causa. Nesse aspecto, entende a legislação trabalhista brasileira como a única forma de tratamento diferenciado da mulher em relação ao homem trabalhador. A proteção à maternidade está contemplada na legislação de duas maneiras bem distintas: a primeira trata da licença-maternidade, que possui natureza trabalhista; a segunda diz respeito ao salário-maternidade, de natureza previdenciária. A Constituição federal de 1988 em seu art. 7º, inciso XVIII, bem como a CLT, art. 392, garantem à mulher uma licença-maternidade de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário. O empregador deverá efetuar o pagamento do saláriomaternidade e compensará os valores pagos no momento em que for recolher as contribuições sobre a folha de pagamento. Durante os 120 dias, a empregada tem direito ao salário integral, e caso tenha o salário variável, este deve observar a média dos últimos seis meses. Gozará, entre outros direitos previstos no art. 392 da CLT, ao direito de ser transferida de função, quando as condições de 40 Revista NeSupermercados junho/julho 2017
saúde assim exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho e de ser dispensada do horário de trabalho pelo tempo necessário para realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Importante observar que na ocorrência de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher gozará de um repouso remunerado de duas semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. Destaca-se aqui que a CLT faculta à mulher grávida a possibilidade de romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. Mas vale lembrar que é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, como dispõe a ADCT 10, inciso II, alínea “b”, uma vez que pelo seu estado gravídico, a empregada passa a usufruir de uma estabilidade provisória, mesmo diante de um contrato de trabalho por tempo determinado. O empregador deve estar atento ao fato que a garantia do emprego da gestante consagrada na Constituição Federal de 1988 foi estendida, nos casos em que ocorrem o falecimento da genitora, a quem detiver o direito da guarda do filho, como dispõe a Lei Complementar n. 146 de 2014. Entende a jurisprudência e doutrina trabalhista que esta garantia é atribuída a todo aquele, independentemente, do sexo que detiver a guarda da criança. E nos casos em que a empregada for mãe adotiva, previsto no art. 392-A da CLT, a lei garante, assim como a mãe biológica, o direito á licença-maternidade, mediante a apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. Sendo assim, é importante que o empregador tenha bastante atenção à estabilidade provisória da empregada gestante para não correr no ilícito, evitando, desta forma, demandas judiciais futuras. Williams Rodrigues, advogado. e-mail.: santoswr@gmail.com
NEGÓCIOS
Sociedade
Por José Cavalcanti de Albuquerque Filho
CAPITAL SOCIAL
Subscrição, integralização e composição de quotas de sócios
Como é sabido, para ser constituída uma empresa, faz-se necessário que o interessado, na qualidade de sócio ou proprietário, estipule um valor que será a base para o início das atividades da nova empresa, fazendo a devida subscrição na Junta Comercial na forma de quotas de capital através de um estatuto, um contrato ou uma declaração. E para que a empresa inicie suas atividades, o agora sócio ou proprietário deverá depositar na conta-corrente da empresa o valor de sua responsabilidade para sua constituição ou entregar bens devidamente avaliados, no que denomina-se Integralização de Capital. Dessa forma, cumpre-se o contido no art 7º da Lei 6404/76, que se aplica subsidiariamente a qualquer tipo de empresa quanto à constituição do Capital Social. Na subscrição, o sócio deverá ter todo o cuidado com os demais sócios, uma vez que a responsabilidade na integralização é solidária, ou seja, transfere-se aos outros sócios a responsabilidade que era apenas de um. Ou a utilização de formas alternativas não recomendadas, que poderão causar sérios transtornos no futuro. A subscrição de quotas de capital em si não significa a integralização de capital, nada obstante se entender dessa forma erroneamente, já que os Contratos Sociais assim se apresentam. Mas, constar que o capital foi integralizado no Contrato Social sem que o valor das quotas de capital esteja depositado na conta-corrente da empresa ou os bens dados sejam listados pelo valor de avaliação no próprio Contrato Social e entregues à empresa mediante a emissão de Nota Fiscal de Entrada, vem se configurar em crime de falsidade ideológica além de fraude fiscal. A integralização nada mais é do que a disponibilização do dinheiro ou do bem que tem valor para o funcionamento da empresa. No plano das empresas que importam e exportam produtos, uma das exigências é que o Capital Social esteja integralizado. Nas demais, aguardam-se as integralizações dos sócios. Mas, como a norma legal prevê que a constituição do Capital Social de uma empresa é feita em quotas de capital, algumas pessoas se utilizam de formas ilegais de integralização, registrando na contabilidade da empresa cheques nominais, notas promissórias e até outros títulos de crédito emitidos pelo sócio, para ser
resgatados quando a empresa vier a dar lucro, prática completamente errada considerando que as quotas pertencem à pessoa do sócio, que poderá receber ou não sua parte no resultado da empresa e que os títulos de crédito possuem um prazo de validade, segundo o Código Civil. E não há que se confundir subscrição de quotas de capital com integralização de capital. Na primeira, o sócio ou proprietário diz quanto vai entregar dinheiro ou bens à empresa, comprometendo a tal; na segunda, diz quanto entregou o dinheiro ou os bens de forma imediata para sua operacionalização. Para a integralização das quotas de capital, o Princípio Fundamental da Contabilidade da Prudência ensina que a entrega de dinheiro pelo sócio ou proprietário, seja feita mediante a emissão de cheque nominativo à empresa, com destinação no verso. E em bens, a avaliação deve ser feita por dois Contadores com emissão de laudo de avaliação, segundo as normas legais aplicáveis. Os cheques e notas promissórias são títulos de crédito substituíveis de dinheiro, que se consubstanciam em promessa de recebimento futuro mediante resgate, não significando necessariamente que esses títulos tenham liquidez. No caso vertente, tais títulos constituirão uma forma de Ativo Realizável e que seriam resgatáveis por ocasião da distribuição de lucros aos sócios ou Proprietário, o que não se pode prever. E sendo assim, são títulos sem liquidez e que não se prestam a integralizar quotas de Capital de empresa. Dessa forma, conclui-se ser ilegal a entrega às empresas, por sócios ou Proprietário, de títulos de crédito para integralização de quotas de capital, considerando que o art 7º da Lei 6404/96 define que o Capital Social da empresa é constituído por dinheiro ou com bens devidamente avaliados e identificados, estes com registro fiscal mediante a emissão de Nota Fiscal de Entrada, enquanto que títulos de crédito dados para integralização de quotas de Capital não possuem a característica de dinheiro nem tampou de bens, mas e tão somente direitos, o que vai de encontro ao contido no art 7º da Lei 6404/1976, que também se aplica subsidiariamente às demais empresas que não sejam Sociedades por Ações. JOSÉ CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE FILHO, Contador, Perito Contábil, Advogado e Professor Universitário.
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13 Anos ideias inovadoras
VISÃO DE MERCADO
Por Marleide Falcão
Clientes escassos ou falta de produtos? Há alguns meses li algo sobre a queda de vendas atribuída à crise que passa o país em lojas de eletrodomésticos, claro isso me despertou a curiosidade como consultora, afinal ser investigativa na coleta de informações e dados contribui demais para o meu trabalho. Precisava comprar um determinado objeto, mais precisamente um ferro e também fazer pesquisa de preço para um ar condicionado, visitei 35 lojas entre alguns bairros da cidade e aquelas localizadas nos shoppings da região metropolitana, fiquei pasma com grande parte do atendimento que não recebi: ·Em boa parte dessas lojas, vendedores se concentravam conversando sobre CRISE ou outras coisas, mas quando perguntei onde ficava a seção, recebi como resposta : “Fica Ali.” Para a minha frustração, nenhum vendedor me acompanhou ou perguntou se eu precisava de ajuda. ·Num número menor dessas lojas visitadas, entrei, andei, olhei, peguei no produto, fiquei parada por um bom tempo e não fui abordada. Apenas em duas lojas de fato obtive um atendimento, inclusive como venda consultiva, ambas da mesma rede, fechei a compra na melhor sugestão dada pela vendedora para o que eu precisava. Em outro momento, fazendo um estudo para alguns clientes, identifiquei uma relação de problemas percebidos e ditos pelos consumidores que não tinham conhecimento da Empresa Objeto da Pesquisa: O mau atendimento posicionou-se em primeiro lugar, principalmente daquele possível funcionário que entrou na linha de julgamento do consumidor em relação à aparência, incluindo estar vestido de forma mais simples. A falta de produtos ou constando apenas frente nas prateleiras e/ou gôndolas foi responsável por grande frustração desses consumidores e alguns ainda mencionaram: será que tal empresa vai fechar, faliu? Corredores apagados, lembrando que uma vez reduzida a iluminação, aumenta a percepção sobre o impacto que causa um ambiente escuro, principalmente se este aparentar “sem vida”. Quando uma Empresa compreende que em primeiro lugar é preciso lidar e solucionar a poluição interna, e passa a investir na mudança de comportamento daqueles que são proprietários para um sentido mais participativo, no desenvolvimento de Gestores e Equipes, ter foco em de fato atender as expectativas geradas para atrair consumidores, incluindo o abastecimento ideal e ações estratégicas de Marketing com uma comunicação 44 Revista NeSupermercados junho/julho 2017
estruturada, é um caminho para obter resultados externos mais sustentáveis e longos. Certo dia ouvi de um Empresário aqui no Recife: Estou em crise, não sei o que fazer e tão prontamente respondi: você profetiza algo pelo qual não é realidade, a sua empresa fatura muito bem. Essa mesma pessoa envolveu a todos os seus funcionários mencionando estar em crise, ou seja, tornou a equipe capaz de gerar uma energia baixa, negativa, em declínio, e o resultado disso foi tornar real a queda de vendas. Em outro momento, uma Empresária de visão ampla, proprietária de um supermercado em Serra Talhada, diz pra mim: “Marleide, não tive queda de vendas, não penso em crise, apenas continuei a investir em ações que atendam e atraiam clientes, mantendo o mix de produtos muito bem abastecido, a loja iluminada, a equipe buscando dar o seu melhor e ampliei o relacionamento da minha Empresa com os fornecedores, meu resultado não podia ser melhor”. O que dizer sobre essas duas declarações? Qual delas está engajada em crescimento? Qual delas está plenamente envolvida com a causa chamada CONSUMIDOR? Um ambiente de uma Empresa é uma extensão também para o consumidor, da forma como ele se relaciona, da possibilidade de ganho mútuo, porque vender significa também usar emoções, energia. Uma equipe gera um campo coletivo fortalecido ou enfraquecido também a partir da liderança exercida sobre ela, então tanto maior a comunicação focada em solução, na compreensão da chave do sucesso externo, daquilo que está na essência, na competência da gestão e organização empresarial, envolvendo participação, troca de feedbacks, objetivo comum, essa mesma equipe é capaz de gerar uma energia poderosa para resultados surpreendentes. Se pudesse observar a Empresa da qual faz parte ou aquela que você é cliente: · De fato, os consumidores estão escassos? · O ambiente da loja reflete abastecimento ou escassez nas gôndolas? · É crise ou uma ideia reforçada como desculpa para um possível mau atendimento? · Que limitações podem ser percebidas que impedem uma compra? Marleide Falcão especialista em gestão de vendas contando com experiências profissionais de mais de 25 anos de atuação na área comercial e hoje desenvolve seu trabalho como Palestrante, Executive Coach, Traine em PNL e Eneagrama. Email: contato@marleidefalcao.com.br, Celular: (81)99518-2400.
RELACIONAMENTO
Clientes
Grupo M. Dias Branco realizou encontro de negócios com clientes Nos dias 28 e 29 de Junho, o Grupo M. Dias Branco realizou, no Recife e em Gravatá, respectivamente, um Encontro de Negócios para anunciar em primeira mão aos clientes o lançamento da marca Adria Plus Life na região de Pernambuco, as novas embalagens dos produtos Pilar e, também, a campanha de mídia da marca Finna. A farinha de trigo Finna chega com mais força ao Estado, trazendo novidades no portfólio de mistura para bolo, nos sabores baunilha, chocolate e laranja. Para aumentar as opções do consumidor, à marca traz dois lançamentos: os sabores Festa e Coco. A campanha de marketing estreou neste domingo, 2 de julho, com o comercial de TV, rádio e ações de PDV. A Adria, agora com distribuição em Pernambuco, traz uma linha de produtos voltados para quem busca equilíbrio e bem-estar sem abrir mão do sabor. A linha Adria Plus Life, conta com biscoitos integrais que são fontes de fibras e vitaminas. Composta por biscoitos salgados, doces, cookies e bits de cereais. A grande novidade da linha são os bits, pois possuem um formato novo e diferente de tudo que você já viu no mercado de barra de cereais. Além disso, a nova linha tem como ingrediente a farinha de trigo integral, que atende a maior exigência dos consumidores deste tipo de produto. Já a Pilar, marca genuinamente Pernambucana, com pouco mais de 140 anos de existência, lança novas embalagens para resgatar as boas lembranças da infância, junto a um selo que confirma a sua tradição. O saudosismo é a aposta da Pilar para fidelizar ainda mais o seu público, alinhado à qualidade de seu portfólio. Para o Diretor Regional da M. Dias Branco, Gustavo Carneiro Leão, este Encontro de Negócios é uma oportunidade de estar mais perto, estreitando as relações com o cliente e mostrar as novidades que o Grupo tem para o mercado em primeira mão. “Foram dois dias muito importantes para o Grupo M. Dias Branco, pois os nossos stakeholders puderam conhecer os lançamentos com preços diferenciados, além de ótimas oportunidades de fazermos novos negócios. Esse encontro deve se repetir a cada novidade, já que é fundamental para o mercado”, ressaltou o diretor. 48 Revista NeSupermercados junho/julho 2017
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MERCADO EXPRESSO
tecnologia
VR Software traz tecnologia para Recife Fundada em 2006, a VR Software iniciou suas atividades dedicando-se exclusivamente aos supermercados. Buscando sempre inovar, através de uma tecnologia de ponta, hoje temos um dos melhores sistemas para gestão varejista. Através da tecnologia proporcionamos acessibilidade, agilidade, segurança e redução de custo operacional por meio dos processos otimizados dentro do sistema. Pensando sempre em inovar, a VR Software percebeu a necessidade do seguimento por uma conectividade eficiente entre os setores, e desenvolveu soluções adequadas a realidade do mercado. Hoje a VR Software atende milhares de clientes com excelentes recursos que permitem ao usuário final, alta produtividade em processos gerenciais e operacionais. Com sede em São Paulo dispõe de uma estrutura completa, utilizando tecnologia de última geração, para oferecer o que há de melhor em softwares e atendimento ao cliente. Considerado o software mais completo do país. Esse é nosso dever e compromisso, transformar grandes, médias e pequenas empresas. Identificando o desenvolvimento e a carência tecnológica da região Nordeste, os empreendedores Lucas Fernandes e Luciano Guerrero inauguraram a filial VR SOFTWARE RECIFE, para assim entender e atender cada vez melhor os clientes e parceiros. Com uma estrutura completa, atende os estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas, desde o processo comercial á suporte e treinamentos. Tecnologia de desenvolvimento ERP completo, todo integrado com tecnologia Java, oferece tudo que você e sua empresa precisa para ter alta performance, controle, tomada de decisão, redução de perdas e custos, aumento de lucratividade e muito mais. Java é atualmente a linguagem mais utilizada em todo o mundo. Com o Java é possível desenvolver aplicações para desktop, celular, web e todos eles podem estar integrados. Os aplicativos Java são multi-plataforma e podem ser rodados nos sistemas operacionais Windows, Linux e Mac. Certificação MPS-BR O MPS-BR é um modelo de qualidade de processo para desenvolvimento de software que visa implantar um nível de maturidade no desenvolvimento para atingir altos padrões de qualidade e produtividade. Serviços: Cotação On-line Conciliador de Cartão dentro do próprio ERP Conciliação Bancaria CRM completo DRO (Demonstrativo de Resultado Operacional) 50 Revista NeSupermercados junho/julho 2017