Revista NESupermercados março abril 2020

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Revista

SUPERMERCADOS ANO XV Nº93 março/abril 2020

autoserviço . atacado . distribuição

COVID-19 O VÍRUS QUE MUDOU TUDO

MANTENHA A CALMA E SEJA CRIATIVO Impactos e soluções nas áreas nanceira, tributária, planejamento, gestão e marketing. E ainda; cobertura do Impact Woman 2020, Casos de Sucesso na paraíba, inauguração do Tem Mais e o mercado executivo.




EDITORIAL Carlos Cavendish Diretor Editorial

A pandemia do Covid-19, ao mesmo tempo em que causa tragédias ao redor do mundo, descobre e põe luz às a vidades humanas mais essenciais. Se existe um lado posi vo na pandemia é a possibilidade de uma redefinição muito necessária do diálogo público que concentra a atenção nos mais vulneráveis da sociedade, na necessidade de cooperação global e na importância de liderança e de conhecimento profissional. Que se reforce o apelo à necessidade de se adotar posturas conscientes de consumo, em especial dos itens essenciais, durante os dias di ceis que todo o mundo enfrenta. A saída passa, necessariamente, por a tudes responsáveis e solidárias. Estas serão determinantes para a duração da crise que se enfrenta. A nossa resistência está sendo testada ao máximo, mas a nossa força e obs nação – com a ajuda de Deus – obterão a vitória contra esse desafio que parece invencível. Afinal, não foi somente com a ajuda de Deus que Davi, pequeno e frágil, vitoriou contra um gigante?

EDIÇÃO março / abril 06- VITRINE 08- CADERNO ASPA Aspa recebe palestra sobre sistema EFD-ICMS/IPI Aspa promove palestra sobre a importância do Nordeste na construção da Reforma Tributária ASPA recebe homenagem da Alepe por Concurso Ler Bem Primeiro PDCA do ano trata da Razão X Emoção no processo de vendas 12 CADERNO APES Carteira verde amarela Saúde vigilante SINDSUPER 16 CADERNO ASA-AL FEIRA E EXPOSIÇÃO ALAGOANA DE SUPERMERCADOS RETORNA A MACEIÓ 18 CADERNO ASPB Mamanguape "Tem Mais" uma loja da Rede Paraíba inaugurada 20 CADERNO LIDERANÇA O que pode desbloquear o potencial de sua equipe?

Boa leitura!

22 CASOS DE SUCESSO Maria Multiplicadora (PB) 26 CADERNO GESTÃO Gerenciando a crise 30 CADERNO JURÍDICO O impacto do coronavírus na legislação trabalhista 36 CADERNO MARKETING Como inovar no ponto de venda e promover as vendas?

Expediente

38 CADERNO PLANEJAMENTO Acredite: Tudo vai passar! 40 CADERNO ESTRATÉGIA Em todo produto de sucesso há um vendedor silencioso 42 CADERNO MERCADO Mundo Pet, Um mercado em crescimento 46 CADERNO FINANÇAS Prevenção de Perdas nos Supermercados 50 CADERNO TRIBUTOS Planejamento tributário para atacadista e varejista em tempos do COVID-19

Distribuição: Alagoas, Paraíba e Pernambuco

52 COBERTURA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E MULHERES EMPREENDEDORAS 54 MERCADO EXECUTIVO M. Dias Branco anuncia Fábio Melo como Diretor de Marketing

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VITRINE

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CADERNO ASPA

Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

consultor tributário Márcio Balduchi

Aspa recebe palestra sobre sistema EFD-ICMS/IPI Dando con nuidade ao processo de adesão de Pernambuco à Escrituração Fiscal Digital do ICMS e IPI (EFDICMS/IPI), os contribuintes inscritos no Regime Normal de apuração e escrituração de ICMS no Estado passam a ser obrigados à entrega mensal da EFD-ICMS/IPI, em subs tuição ao Sistema de Escrituração Fiscal (SEF), ao Sistema de Emissão e Captura de Documentos Fiscais (eDoc) e ao Registro de Inventário (RI). Para explicar os procedimentos, aspectos e processos que envolvem a mudança, a Aspa recebeu em seu auditório, em fevereiro deste ano, o consultor tributário Márcio Balduchi, que ministrou palestra para empresários e profissionais de contabilidade de empresas atacadistas e varejistas. A Escrituração Fiscal Digital é um padrão nacional de

escrituração de documentos fiscais, já adotado pelos demais estados do país e pelo Distrito Federal. “Assim como o SEF, a EFD é um modelo de escrituração fiscal 100% eletrônico, mas com a vantagem de integrar três documentos em um único, uma vez que o registro das notas fiscais de entrada e saída, a apuração e o inventário, na EFD-ICMS/IPI, fazem parte do mesmo documento”, disse Balduchi. O palestrante destacou que a EFD integra as declarações de ICMS e de IPI e que, portanto, os contribuintes de IPI não necessitarão mais realizar a entrega mensal de duas escriturações em padrões dis ntos, uma para declarar ICMS em Pernambuco e outra para declarar o IPI à Receita Federal. “Ambas as obrigações são cumpridas com a entrega de um único arquivo”.

Palestra na Aspa reúne empresários e profissionais de contabilidade 08 Revista NESupermercados



Erick Macedo

CADERNO ASPA

Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

Aspa promove palestra sobre a importância do Nordeste na construção da Reforma Tributária

Palesta na Aspa

N a d i s c u s s ã o s o b re Refo r m a Tributária no Congresso Nacional e diante das propostas até então apresentadas, percebe-se claramente a ausência de um modelo tributário que contemple efe vamente o Nordeste, o que preocupa empresários e o setor produ vo da região. Para detalhar as principais propostas em debate na Câmara e no Senado, entre elas a PEC 45/2019, e abordar a questão dos incen vos fiscais para inves dores no Nordeste, a Aspa convidou os tributaristas Luciano Caribé e Erick Macedo para uma palestra no auditório da associação. Os dois palestrantes ressaltaram a necessidade de unir sociedade, juristas, economistas, empresários, advogados e agentes públicos para erguer um debate que leve em conta o problema das desigualdades sociais e regionais do Brasil e que coloque o Nordeste no contexto da discussão em torno da Reforma Tributária. “O empresariado nordes no tem que juntar forças e se fazer ouvir. Tem que construir um discurso, ter uma voz em defesa dos seus interesses quanto à 10 Revista NESupermercados

mudança do modelo tributário do país”, defendeu Caribé. “Temos que aglu nar ideias quanto à Reforma Tributária e promover um estudo econômico da região para mais na frente apresentarmos um sistema de tributação que possa de maneira efe va incrementar a a vidade industrial, comercial e de serviços do Nordeste”, completou Macedo. “A ideia é sermos protagonistas nessa discussão e não meros espectadores. Vamos nos mobilizar e abraçar essa causa em defesa dos interesses do empresariado nordes no”, pontuou José Luiz Torres, presidente da Aspa. José Luiz Torres, presidente da Aspa

Luciano Caribé


Concurso Ler Bem, da Aspa

ASPA recebe homenagem da Alepe por Concurso Ler Bem Por ocasião da décima edição consecu va do Concurso Ler Bem, a Assembleia Legisla va de Pernambuco (Alepe) concedeu um Voto de Aplauso à Aspa, na pessoa do seu presidente, José Luiz Torres. A Aspa realiza o concurso desde 2011, do qual par cipam alunos do 4º Ano do Ensino Fundamental de escolas públicas municipais de todas as regiões do Estado. “Agradecemos não apenas pelo registro de dez anos do Concurso Ler Bem, mas, sobretudo, pelas palavras con das na jus fica va do requerimento de autoria do deputado estadual Antônio Moraes. As expressões ali con das e o próprio gesto da Alepe nos servirão de es mulo para que con nuemos com o nosso Projeto Aspa de Incen vo à Leitura, buscando ano a ano ampliar o número de escolas e municípios

par cipantes”, diz José Luiz Torres. Neste ano se inscreveram 140 municípios pernambucanos no concurso. A inicia va da Aspa visa incen var o hábito da leitura entre crianças na idade escolar. Em discurso na Alepe, o deputado Antônio Moraes declarou que o projeto já contribuiu para a formação de milhares de novos leitores na úl ma década. “Parabenizo os empresários do setor atacadista, a Aspa e seus parceiros por esta valorosa ação voltada à e d u c a ç ã o e m P e r n a m b u c o ”, enalteceu o parlamentar.

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Homenagem da Alepe

Primeiro PDCA do ano trata da Razão X Emoção no processo de vendas No dia 14 de março, o consultor Tiago Oliveira abriu o ciclo de palestras do Programa de Desenvolvimento e Capacitação da Aspa em 2020. Com larga experiência na área de vendas, o palestrante apresentou técnicas e comportamentos u lizados por vendedores de alta performance, aqueles que têm entre suas principais caracterís cas a capacidade de influenciar compradores e liderar equipes. “Os vendedores extraordinários são aqueles que estão usando a inteligência emocional para fechar mais negócios e obter sucesso na carreira”, enfa zou Oliveira. Ele elencou princípios para lidar com os diversos perfis de Tiago Oliveira

clientes e apontou o caminho para eliminar a resistência, o conflito e as objeções de fornecedores e compradores. Oliveira abordou o relacionamento humano no processo de vendas e destacou que o contato pessoal é importante para se construir uma relação de confiança mútua entre vendedores e clientes. “Os vendedores que desejam alcançar novos patamares na profissão devem desenvolver potencialidades e habilidades necessárias para envolver os compradores no nível emocional, tendo em mente que o cliente compra pelas necessidades e desejos dele próprio, e não pelas do vendedor”, pontuou.

PDCA de Março

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CADERNO APES

Associação Pernambucana de Supermercados

Assessoria da APES

CONTRATO VERDE E AMARELO O Contrato Verde e Amarelo, que está em tramitação no Congresso Nacional, tem o obje vo de facilitar o emprego de jovens entre 18 e 29 anos e, com as mudanças feitas pelo Relator, também as pessoas com mais de 55 anos que es verem desempregadas há um ano ou mais. O presidente da comissão mista que analisa a matéria, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), explicou que a reunião será reaberta no dia 10 de março, para discussão e votação da matéria, mantendo o quórum atual (13 deputados e 9 senadores). Incen vos - A medida prevê incen vos tributários a empregadores que criarem novos postos de trabalho para esses públicos. Esses contratos poderão ter duração de até 2 anos e remuneração máxima de 1 salário mínimo e meio, ou R$ 1.567,50. E o trabalhador terá uma redução dos direitos garan dos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A Medida Provisória mexe com quase 100 ar gos da CLT e, por isso, sofre crí cas de vários setores. Um dos pontos polêmicos da medida é a ampliação do trabalho aos domingos. O Relator manteve a liberação do trabalho aos domingos e feriados sem o pagamento da remuneração em dobro, desde que o trabalhador possa repousar em outro dia da semana. Contribuição opcional. Estamos deixando claro que o desempregado terá que manifestar vontade de contribuir para o Regime Geral de Previdência Social no momento em que for requerer o seguro-desemprego — disse. Caso opte pela cobrança, o segurado terá o tempo contado para fins de aposentadoria. O texto original da MP 905, previa que essa contribuição seria obrigatória a fim de custear o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, modalidade criada para incen var a contratação de jovens de 18 a 29 anos por até 24 meses, com salário limitado a 1,5 salário mínimo (R$ 1.567,50). A primeira versão do relatório já previa que essa modalidade de contratação valerá também para pessoas com mais de 55 anos, desde que desempregadas há mais de um ano. Subs tuição de mão de obra Outro ponto destacado pelo relator recupera a redação original da medida provisória para impedir que o trabalhador já empregado seja dispensado e recontratado pelo mesmo empregador, na modalidade do Contrato Verde e Amarelo, pelo prazo de 180 dias. Para incen var as admissões, o Contrato Verde e Amarelo concede ao empregador diversos incen vos tributários, que reduzem o custo da contração, como a redução na alíquota de contribuição para o FGTS (de 8% para 2%), redução de 40% para 20% da multa em caso de demissão e isenção da contribuição previdenciária patronal e do salário-educação. Acidente de trabalho Mesmo desenquadrando o trajeto da figura tradicional do acidente de trabalho, ele passa a contar (diferentemente do que estava no texto da medida provisória), com toda a cobertura previdenciária. Então o acidentado no trajeto conta com o auxílio-doença e uma eventual aposentadoria por invalidez como se fosse um acidente classificado no modelo anterior. Ou seja, não há perda pecuniária de nenhuma espécie para o acidentado nessa circunstância. SAÚDE VIGILANTE - Na terça-feira, 18 de fevereiro, a superintendente da APES, Silvana Buarque, par cipou do lançamento do aplica vo “Saúde Vigilante”, da Secretaria de Saúde de Jaboatão dos Guararapes. Com ele, o cidadão poderá denunciar pelo celular possíveis não conformidades nos serviços de saúde e de interesse à saúde. 12 Revista NESupermercados

PALESTRA - Auditório cheio para a palestra do consultor tributário Márcio Balduchi, que apresentou para empresários dos segmentos varejista e atacadista os principais pontos das normas adicionais para elaboração da Escrituração Fiscal Digital - EFD - ICMS/ IPI, do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), rela vamente ao contribuinte do ICMS ou do ISS inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Pernambuco (Cacepe) sob o regime normal de apuração. Ele explicou, ainda, sobre os procedimentos, aspectos e processos que envolvem o Decreto que altera o Regulamento de ICMS para disciplinar a adoção da Escrituração Fiscal Digital – EFD - ICMS/IPI. O Decreto determina que os contribuintes que atualmente u lizam o Sistema de Escrituração Contábil e Fiscal (SEF) migrem gradualmente para a EFD ICMS/IPI. SINDSUPER - REPRESENTATIVIDADE FORTALECIDA Reunidos na sede da APES, empresários do setor disseram SIM à criação de sua en dade sindical, e começou, ali, uma nova fase de representa vidade para o setor. A reunião contou com uma significa va presença de empresários, e que em sua maioria votou favoravelmente à criação do SINDSUPER. O SINDICATO DAS EMPRESAS DO COMÉRCIO VAREJISTA DE SUPERMERCADOS E HIPERMERCADOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO – SINDSUPER/PE - tem como obje vo maior fortalecer a representa vidade da classe empresarial do Comércio Varejista de Supermercados, Hipermercados, Atacarejos e Minimercados do Estado de Pernambuco. "Demos um passo importante com a criação do nosso Sindicato. Já era um pleito da categoria há muito tempo, e que agora conseguimos concre zar. Temos certeza que é uma nova etapa para todos os empresários, com mais voz e autonomia nas negociações", destaca João Alves, presidente da APES e eleito, também, presidente do SINDSUPER PE. E a atuação do SINDSUPER já começa agora, nas negociações da Convenção Cole va de Trabalho 2020/21. Com o nosso Sindicato próprio teremos mais poder de negociação e um foco direcionado especificamente para o nosso segmento, o que certamente vai favorecer os interesses da nossa categoria. Já contamos com assessoria jurídica para essa finalidade.





CADERNO ASA-AL

Associação de Supermercados de Alagoas

Por Mirna Lívia, Assessora de comunicação

FEIRA E EXPOSIÇÃO ALAGOANA DE SUPERMERCADOS RETORNA A MACEIÓ Ao completar 20 anos oportunizando negócios e relacionamentos, a FESUPER volta a ser realizada na capital alagoana após três anos de absoluto sucesso na cidade de Arapiraca, agreste do Estado.

O Centro de Convenções de Maceió volta a ser o palco da Feira e Exposição Alagoana de Supermercados – FESUPER – nos dias 16, 17 e 18 de setembro. O evento que completa duas décadas de grandes realizações, já é esperado pelos setores envolvidos que demonstram uma grande expecta va quanto ao retorno para Maceió. E s s a ex p e c ta va d eve - s e s o b ret u d o à exc e l e nte infraestrutura oferecida pelo Centro de Convenções de Maceió, sua localização e à data do evento, estratégica para a realização de negócios com vistas às compras do fim de ano. O

centro de convenções tem um amplo pavilhão de exposição, estacionamento, área de carga e descarga, é totalmente clima zado e tem uma excelente localização, pois interliga vários bairros de Maceió. Toda essa infraestrutura do Centro de Convenções oferece condições para que pequenos, médios e grandes expositores trabalhem de forma cria va seus estandes, oferecendo aos visitantes maior comodidade para o networking e a realização de negócios. Além disso, a planta da FESUPER 2020 conta com espaços para MEI e arena do conhecimento.

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CADERNO ASPB

Associação de Supermercados da Paraíba

Por Carlos Cavendish

Mamanguape "Tem Mais" uma loja da Rede Paraíba inaugurada. O município de Mamanguape recebeu com muita festa , mais uma loja do Supermercado Tem Mais da Rede Paraíba. Inaugurado em uma localização estratégica, o novo supermercado também atende os moradores dos conjuntos Nossa Senhora da Penha I e II, além do populoso bairro do Areal e comunidades rurais. O Tem Mais Supermercado, é o quarto empreendimento comercial da empresária Flaviany Cartaxo que é um exemplo para todos os empreendedores da região do vale do Mamanguape que buscam sucesso em seus respec vos segmentos, admirada pelos concorrentes pela sua capacidade de liderar grandes quan dades de colaboradores e por sua empa a no tratamento com a clientela. Em conversa com a nossa equipe de jornalistas ela disse que o Supermercado Tem Mais , está trazendo para o município um conceito de loja nunca visto antes na localidade, a loja é moderna, ampla e clima zada, a decoração interna conta com várias fotos divulgando as belezas da cidade. Bastante emocionada ela afirmou: “Eu amo Mamanguape, estou feliz em gerar impostos e dezenas de empregos." A nova loja possui uma localização estratégica, ela fica as margens da rodovia PB-057, na saída de Mamanguape para Itapororoca, conta com um amplo estacionamento. De acordo com um dos funcionários do supermercado, a loja está pronta para atender os consumidores mais exigentes de toda região. Ainda de acordo com a empresaria, o sucesso do crescimento do Tem Mais Supermercado - Rede Paraíba, é fruto do trabalho de todos os colaboradores e fornecedores. “Temos uma variedade de mix de produtos para atender a todos os públicos. A loja também tem uma padaria, lanchonete e um açougue dentro dos padrões de higiene”, destacou a empresária.

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CADERNO Liderança Por Nani Alves

O QUE PODE DESBLOQUEAR O POTENCIAL DE SUA EQUIPE?

Líderes de Supermercados desejam que suas equipes ofereçam um atendimento adequado e surpreendente a seus clientes. Nesta expecta va, existe uma mo vação e valorização focada, excepcionalmente, na experiência do cliente. Na frase, "cuide de sua equipe, ela cuidará do seu cliente" podemos dar um olhar de importância em gerar experiências de sa sfação e desenvolvimento para a equipe. Diversas são as formas de implantar uma cultura de inves mento na capacitação, e trago para o momento, a consciência que a mentalidade possa desbloquear o que tem impedido sua equipe de performar com excelência e crescente resultados posi vos. Ao conversarmos com pessoas realizadoras e exemplos de sucesso, podemos ser impactados e perceber que a mentalidade dessa pessoa foi combus vel para escolhas na tomada de decisões, a tudes, persistência e resiliência diante dos desafios, que foram enfrentados com a clareza dos obje vos desejados. Como palestrante e mentora, levo para as organizações, conteúdo de desenvolvimento de um mindset de crescimento. Citando Carol Dweck, em seu livro MINDSET, A nova psicologia do sucesso: "Desenvolve-se além do possível. Às vezes as pessoas de mindset de crescimento se esforçam tanto que realizam o impossível." Não quero dizer com isso, que o atendimento surpreendente seja impossível. Mas quero evidenciar que o modelo mental pode despertar e superar a mo vação extrínseca e a ngir a mo vação intrínseca, que seja própria da pessoa. Um fortalecimento da musculatura emocional, com base 20 Revista NESupermercados

no propósito e responsabilidade individual, conhecendo fatores que podem salvar profissionais de uma ro na com resultados medíocres, abaixo da média, que não se destacam, em O Milagre da Manhã, o autor Hal Elrod, apresenta as causas da mediocridade e suas soluções: Síndrome do Espelho Retrovisor Falta de propósito Isolando incidentes Falta de responsabilização Círculo de influências medíocre Falta de desenvolvimento pessoal Falta de urgência Pouco ouvimos falar sobre como a autoes ma pode influenciar em habilidades comportamentais e autoconfiança na realização de a vidades, nos relacionamentos interpessoais e na aprendizagem. O verdadeiro potencial de uma pessoa é desconhecido, não se pode prever o que alguém é capaz de realizar com paixão, esforço e treinamento. A mente humana responde aos es mulos que recebe, imagine que resultados podem ser alcançados em uma equipe mentalmente presente e focada racionalmente no trabalho. O que esperar de um atendimento ao cliente, com um profissional que tem clareza das suas próprias emoções, a forma como ele vê o mundo e os eventos, determina o modo como ele responde, reage e entrega o seu melhor potencial.

Nane Alves Consultora - Palestrante - Mentora (81) 99827-6821



CASOS DE SUCESSO Por Giselly Veras

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MARIA MULTIPLICADORA Qualquer um que tenha um grande sonho pode se ver paralisado diante das dificuldades e desafios que a vida nos traz. Seguir em frente sem medo e triunfar são para poucos. E é entre esses poucos que triunfam se encontra Maria Pereira Gomes. Uma Maria como muitas outras, mas essa empresária paraibana mostrou ser uma mulher forte, corajosa, determinada e com o dom de agregar parceiros e mul plicar clientes. Quem vê o Real Supermercados, integrante da Rede Paraíba de Supermercados, crescer ver ginosamente não pode imaginar que o início para Dona Maria, como é chamada pelos familiares, amigos, clientes e funcionários das lojas, foi di cil. Filha de agricultores, a empreendedora sempre viveu em Guarabira, município da mesorregião do Agreste Paraibano, a 98 km da capital, João Pessoa. Em meados de 2002, ela e o marido eram donos de um pequeno negócio de produtos agrícolas e veterinários. Naquele ano, o negócio enfrentou uma grave crise e Maria Pereira não enxergava saída para o comércio que sustentava sua família. “O comércio estava di cil, e a única coisa que eu sabia fazer era trabalhar em supermercado porque eu já havia trabalhado em um por sete anos”, explica a empresária, acrescentando que foi o irmão, Joacil Pereira, que é supermercadista em João Pessoa, quem a convenceu que ela possuía jeito para lidar com a área. Pronto. A semente de um grande sonho foi plantada. Para essa ideia crescer, no entanto, era necessário arriscar-se, ter visão e garra. Mas isso, Dona Maria tem de sobra. Para materializar o sonho e rá-lo do papel era necessário ter dinheiro, claro. Mas esse era justamente o problema a ser enfrentado na época. O que fazer? A verdade é que nenhuma dificuldade é forte o suficiente para barrar um sonho, quando o sonhador tem a determinação que Dona Maria teve. Daí para frente foi muito trabalho e muito espírito empreendedor. Em meio a tensão do momento, Joacil Pereira encontrou um ponto comercial em Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa. O local era pequeno, cabiam apenas três prateleiras, não somava mais que 160 metros, mas era bem localizado. Assim, Dona Maria conseguiu enxergar vantagem onde um reles mortal só veria dificuldades. Aproveitando o ponto forte do local, era a hora de ser audaciosa. Dona Maria vendeu o carro, pegou um emprés mo com o irmão e foi à luta. Apesar dos esforços, ainda assim o dinheiro não foi o suficiente para completar o inves mento. No meio desse turbilhão, o irmão aceitou ser seu avalista, mas com a condição de que ela não faria nenhuma re rada de dinheiro do mercadinho. A proposta consis a em ela trabalhar nos dois negócios, mas viver dos ganhos que a loja de produtos agrícolas em Guarabira pudesse lhe dar. Apesar dos termos di ceis, ela aceitou e, em agosto de 2002, iniciou o mercadinho com uma pequena variedade de produtos dispostos em três prateleiras e a ajuda do marido e de dois funcionários.

Para movimentar o negócio e atrair a clientela, entrou em jogo o espírito empreendedor mais uma vez. Era necessário se conectar com o seu público, e para isso, ela buscou diferenciais a fim de fidelizar os clientes da localidade. Foi quando teve a ideia de fazer uma parceria com um fornecedor de pães. A proposta consis a em vender os pães, mas ele teria que bonificar alguns. Assim, Dona Maria teve a ideia de distribuir 20 pães para os primeiros 50 clientes que gastassem mais de R$ 10 no mercadinho. Agora era necessário fazer com que a população vesse ciência da promoção. Foi aí que a dinâmica para negócios que Dona Maria possui entrou em ação de novo e ela u lizou uma estratégia de marke ng e vendas simples, mas que se mostrou muito eficaz. Ela contratou um carro de som para informar a população sobre a promoção. No dia seguinte, havia uma fila de clientes em sua porta aguardando o mercadinho abrir. Ela vendeu todo o seu estoque, organizou as contas e os lucros. Mulher de visão, enxergou as oportunidades e nos fornecedores que ainda nha prazo para pagar, diversificou a variedade de seus produtos. Ao logo dos anos, Dona Maria não parou. O mercadinho na periferia ainda está lá, mas em nada lembra aquele pequeno local com apenas três prateleiras. Ela conseguiu comprar outros imóveis, organizou as contas para comprar os produtos à vista e hoje a loja de Cabedelo é quatro vezes maior, contando com 780 metros. Apesar do sucesso estrondoso, ou talvez por conta de tamanho sucesso, o supermercado sofreu, em outubro de 2016, um assalto, que conseguiu abalar as estruturas do negócio já consolidado. Mas, a alma guerreira de Dona Maria fez com que ela seguisse lutando. Para reerguer o seu negócio ela resolveu pedir um emprés mo no banco e com isso conseguiu abrir seu segundo supermercado, desta vez na sua

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cidade natal, Guarabira. “O sonho era grande, eu queria crescer e expandir meus negócios. Com os pés no chão, mas o olhar fixo nas oportunidades. Vim da agricultura e sempre zelei pelo meu nome, o que vale na vida é que as pessoas tem que acreditar no que você é, e no que você diz e para dizer, tem que primeiro ser”, diz determinada. Maria agora era uma empresária reconhecida em seu Estado. ”Eu estava pronta para ser tudo o que eu queria. Quando encontrei o prédio falavam que não iria dar certo, mas o desafio, mais aguça do que paralisa, então com muita garra e fé eu disse que ia fazer dar certo. Inves no prédio, reestruturei e, dessa vez com novas possibilidades e a experiência já adquirida, fiz um projeto, com consultoria e estudo de mercado, e o resultado? Como era de se esperar, sucesso absoluto”,orgulha-se. O retorno do inves mento previsto para cinco anos, chegou em em apenas dois anos, e em agosto de 2019, Dona Maria era a feliz proprietária de três supermercados, sendo o inves mento deste úl mo todo a vista. Outra par cularidade da empresária é que ela nunca parou de aprender e sempre procurou se especializar naquilo que faz. Procurou cursos e parceiros e pôde cada vez mais ter conhecimento do negócio que só fazia crescer em suas mãos. De empreendedorismo à gerência de negócios, de marke ng a gestão de pessoas, Dona Maria fez todos os cursos que podia, contando sempre com a ajuda do Sebrae. “Descobri meu talento através do sofrimento e sempre ve vontade de crescer . Achei que estava sozinha compe ndo com grandes redes. Mas descobri que é preciso agregar. Abracei a ideia de que temos que nos organizar para que a gente tenha o poder de barganhar preço e trocar experiências”, ensina. “A Rede, hoje com 18 associados e 24 lojas, tem como obje vo passar para seus associados a importância do associa vismo, que é o meio de organizar grupos de interesse econômico, necessidade de agregação e conjugação de esforços, e juntos planejar”, explica, dizendo ser uma pessoa que acredita nos trabalhos conjuntos. “Eu sou apaixonada pela rede Paraíba de Supermercado, porque 24 Revista NESupermercados

tem união. A Rede Paraíba tem estatuto, reunião toda semana e uma das exigências é a padronização das lojas, sacola, fardamento, modernização. Tem uma mensalidade que é inves da em supervisão de lojas, consultoria empresarial e tributária, e um padrão em atendimento e higienização. Além disso, a Rede Paraíba tem grandes indústrias parceiras, como por exemplo, a São Braz, que foi um dos primeiros parceiros”, afirma Dona Maria. Apesar de termos evoluído com relação às questões de gênero, ainda é raro encontrar mulheres que empreenderam com tanto sucesso quanto Dona Maria Pereira Gomes. A força da mulher nordes na, paraibana que agrega, integra e mul plica é um traço marcante nesta empresária, que abriu seu espaço com muito trabalho e confiança em si mesmo. A ordem é não parar e não temer é preciso ter força para encarar os desafios e ir mais longe. A história de Dona Maria como supermercadista está apenas começando, pois ela tem no olhar o traço dos grandes vencedores, que trata a todos com humildade e atenção, fazendo o seu trabalho com amor, sendo estes os principais ingredientes para o sucesso e viva a força e a coragem da mulher paraibana.



capa

CADERNO Gestão Por Mônica Leão

@monicaleaoconsultoria

GERENCIANDO

A CRISE

Coronavirus X Supermercado

Você sabia que o carrinho de supermercado é mais sujo que sola de sapato? Essa foi uma informação passada pelo Dr. Bactéria em uma entrevista numa rede de televisão. E que os carrinhos e ces nhas de compras tem mais bactérias do que os vasos sanitários? Informação publicada numa pesquisa da universidade do Arizona. Ou seja, são excelentes transmissores de doenças como Salmonela, Escherichia Coli, Staphylococcus e o tão temido Coronavirus COVID-19.

O que você supermercadista, gerente de loja, supervisor pode fazer para minimizar o risco de transmissão do Coronavirus COVID-19 entre os seus funcionários e os clientes na sua loja? Vamos pensar juntos?! - Faça uma reunião com os colaboradores levando informações sérias sobre a transmissão do COVID – 19 e a forma que temos de nos prevenir. Lembrá-los de que os idosos, diabé cos, cardíacos fazem parte do grupo de risco, são os mais vulneráveis a essa doença e tem uma alta taxa de mortalidade. - Disponibilize em alguns pontos do salão de vendas e da parte interna do supermercado dispenser com álcool em gel a 70%, inclusive na saída de todos os banheiros. - Coloque em todos os checkouts um recipiente com álcool em gel que servirá tanto para o colaborador como para o cliente. 26 Revista NESupermercados

- Apesar de já ser uma responsabilidade, segundo a Lei 13.846 /2017 que entrou em vigor no dia 04.10.2017, dos supermercadistas fazerem a higienização dos seus carrinhos e ces nhas, em tempo de COVID – 19 é fundamental que o guidão ou cabo dos carrinhos e das ces nhas sejam limpos várias vezes ao dia com álcool em gel e comunicar isso aos clientes. - Escolha, de forma voluntária, dois funcionários sendo um do turno de abertura de loja e outro do fechamento que serão os ministros de combate do COVID – 19 dentro do supermercado. Importante ter essa informação na camisa dos dois como forma de ressaltar a importância desse trabalho e mostrar aos clientes o cuidado que você está tendo. Escolha uma cor para a camisa que chame a atenção e que seja diferente do seu fardamento. Essas pessoas serão responsáveis por garan r que tudo que foi devido como regra


de proteção aos funcionários e aos clientes sejam cumpridas. Bem, mesmo com essas ações sabemos que o tráfego de clientes na sua loja irá cair. E agora? E agora?? Agora é hora de você parar de postergar o serviço de delivery e o de e-commerce na sua loja e cair de cabeça nesses serviços. Tem que ter foco total nesses serviços para suas vendas não caírem e gerar uma nova e boa experiência de compra para o seu cliente. A sua loja já tem esses serviços? Ó mo! Então o que pode melhorar? Sempre temos o que melhorar! Pergunte ao seu cliente. Outro ponto importan ssimo, com essas vendas pelo delivery você conhecerá exatamente o que o seu cliente compra. Por favor, não cometa a insensatez de jogar fora essa informação... Você terá um banco de dados com informações riquíssimas daquele que é o mo vo da sua loja exis r. Tenho lido reportagens mostrando que empresas de entrega estão contratando mais colaboradores para atender

ao aumento da demanda por delivery. Outras empresas como de streaming feito a Ne lix tem uma previsão de aumentar mais 7,5 milhões de assinantes neste primeiro trimestre de 2020 e por isso suas ações na bolsa de valores tem se valorizado. Tem crescido também as vendas de bicicleta ergométrica e de esteira devido à orientação de não irmos para academia e de malharmos em casa. Ou seja, “enquanto muitos estão chorando outros estão vendendo lenços”. De que lado você ficará? Eu, Mônica Leão, já tomei minha decisão! Eu estou ao seu lado para te ajudar a passar por mais esse momento di cil. Mônica Leão MLeão Consultoria em Varejo Pós Graduada em Neurociência Aplicada pela UFPE e Pós Graduada em Neuromarke ng pela ISG, Lisboa. Professora convidada pela FAP do CE para ministrar a cadeira sobre o Comportamento do Consumidor e a Cibercultura.

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CADERNO jurídico Por Thiago Clark

O impacto do coronavírus na legislação trabalhista

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi no ficada pelo governo chinês sobre o surgimento de um coronavírus a par r de uma série de casos de pneumonia na cidade de Wuhan, cuja população é de aproximadamente 11 milhões de habitantes, ou seja, equivalente a sete vezes a população do Recife. A par r desta comunicação, a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou como emergência de saúde pública internacional, nomeando o coronavírus de COVID-19, sendo responsável pelo óbito de mais de três mil pessoas em apenas dois meses, além de ter se alastrado pelos cinco con nentes. O primeiro caso registrado no Brasil foi em 26 de fevereiro de 2020. Até o fechamento deste ar go, havia a confirmação de 1.898 casos em todo o território nacional e 34 óbitos (Dados divulgados oficialmente pelo Ministério da Saúde em 23/03/2020). Este número vem crescendo exponencialmente a cada dia. A crise já se transformou em um choque econômico e do mercado de trabalho, impactando não apenas oferta (produção de bens e serviços), mas também a demanda (consumo e inves mento). São necessárias respostas e medidas polí cas rápidas e coordenadas a nível nacional e global, com forte liderança mul lateral, para limitar os efeitos diretos de saúde do COVID-19 nos trabalhadores e empregadores, protegendo assim toda a cole vidade diante do cenário epidêmico no qual se encontram. O presente ar go tem como obje vo abordar alguns ins tutos das relações de trabalho em tempo de quarentena. Diante dos riscos à saúde da cole vidade, bem como a extrema gravidade do COVID-19, o Governo Federal seguiu as orientações da OMS, publicando em caráter de emergência a Lei nº 13.979/20, bem como a Medida Provisória de nº 927, de 22 de março de 2020, dispondo sobre algumas medidas para enfrentamento da crise que se instaurou em tempos de Covid-19. Diante do nefasto cenário em que empregados e empregador se encontram, algumas medidas poderão ser adotadas de maneira ao enfrentamento da crise, por exemplo, a possibilidade home office, a situação dos funcionários que estão em grupo de risco, a concessão de férias cole vas, a con nuidade dos serviços de entregas a domicílio e a possibilidade de redução de salários e jornadas de trabalho considerando o contexto de pandemia pelo surto do COVID-19. 30 Revista NESupermercados

Neste ínterim, é importante destacar a obrigação do empregador a instruir os seus empregados sobre precauções para evitar doenças ocupacionais, bem como cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho (ar go 157, I e II da CLT). Além de disponibilizar o álcool gel, a empresa deverá intensificar as medidas de higienes adotadas. Lembrando que, a desobediência destas normas pelo empregado poderá implicar numa dispensa por justa causa. Outra questão que urge esclarecer é diferença entre isolamento e quarentena. Ambas as situações estão previstas no art. 2º da Lei nº 13.979 de 06 de fevereiro de 2020, nos incisos I e II. Enquanto o isolamento compreende a separação de pessoas doentes ou contaminadas, a quarentena vem ser a restrição de a vidades, bem como a separação de pessoas suspeitas de contaminação. Uma vez esclarecidas as situações de riscos, tanto o empregado quanto o empregador devem estar cientes que a falta só será jus ficada nessas duas hipóteses, mediante a entrega de atestado médico. Porém, como dito anteriormente, é muito importante que seja realizado um trabalho educa vo por meio de comunicados, o cios, cartazes e emails sobre como proceder diante de uma suspeita de covid-19. O foco é reduzir o contato entre pessoas suspeitas, e exigir que as mesmas tomem as medidas cabíveis após ser diagnos cada pelo médico. Diante dessas circunstâncias, o empregador poderá avaliar a possibilidade de conceder uma licença remunerada ao trabalhador em grupo de risco ou implantar um banco de horas para compensação futura das horas paradas ou a concessão de férias antecipadas. Ademais, o empregado infectado pelo COVID-19 está sujeito as regras gerais, sobre licença por mo vo de saúde, onde mediante atestado médico, só caberá ao empregador arcar com o salário integral no decorrer dos primeiros 15 dias e, após o 16º dia de afastamento em decorrência da doença, o empregado passa a receber o auxílio doença junto ao INSS. No que tange ao trabalho em casa, a lei trabalhista além de reconhecer esta modalidade como home office, também permite a sua realização em qualquer situação (ar gos 75-A ao 75-E da CLT). Para a adoção desta modalidade de trabalho, o empregador e empregado precisam estar de acordo, além de estabelecer conjuntamente todos os detalhes como ro na e a vidades a serem



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CADERNO jurídico Por Thiago Clark

desempenhadas. A par r do devido registro, no contrato de trabalho, ficam formalizadas as alterações do mesmo. Embora muitos achem que há uma desvantagem em optar pelo home office, em razão do controle de jornada, tal modalidade foi incluída na exceção do art. 62 da CLT, não havendo que se falar em direitos como horas extras, por exemplo, ou adicional noturno que são cabíveis no trabalho presencial. E, no que concerne ao controle, este fica a cargo do empregador. Alguns aplica vos como Rappi, ifood e uber eats, cuja natureza do serviço é de entrega, veram suas a vidades chanceladas em âmbito federal e estadual, desde que possuam estrutura e logís cas adequadas. Assim, tal serviço vem sendo uma das medidas palia vas adotadas por algumas empresas diante do cenário de recessão. No que diz respeito sobre a possibilidade de redução de jornadas de trabalho e consequentemente dos salários, é importante frisar que a Cons tuição Federa va de 1998, ao versar sobre os Direitos Sociais prevê no inciso VI do art. 7º, a irredu bilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo cole vo. Sendo assim, a empresa pode propor uma negociação cole va ou acordo cole vo de trabalho com o respec vo Sindicato, desde que contemple a cláusula prote va ao empregado contra dispensa imo vada durante o prazo de vigência do instrumento cole vo (art. 611-A, § 3º da CLT). Entretanto, diante da situação de força maior, o empregador pode também se valer do que dispõe o art. 503, Parágrafo único da CLT, e proceder com a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitando, em qualquer caso, o salário mínimo da região e por prazo determinado (não superior a 3 meses, prorrogável por igual período). Cessado os efeitos decorrentes do mo vo de força maior, é garan do o restabelecimento dos salários reduzidos. Por úl mo, cabe analisar a possibilidade de férias como forma de mi gar o contágio em deslocamentos e no próprio ambiente laboral, sendo uma medida razoável a flexibilização da norma prevista no ar go 135 da CLT, logo o empregador estaria dispensando de realizar o aviso de férias com antecedência mínima de 30 dias, bem como na hipótese de férias cole vas, do aviso de antecedência de 15 dias ao Ministério da Economia, regra esculpida no art. 139, §2º da CLT. Assim, o COVID-19 terá impactos de longos alcances no mercado de trabalho, além da urgente preocupação com a saúde e segurança do trabalhador, suas famílias, o vírus será um grande desafio a ser enfrentado pela sociedade civil e pelo setor econômico, e que a Medida Provisória nº 927, apesar de pela primeira vez tratar sobre a questão da força maior, a mesma ainda traz muita insegurança jurídica ao empregado e ao empregador, ficando até o presente momento a cargo dos magistrados aplicarem o entendimento diante das especificidades trazidas em eventuais li gios. Por fim, o governo vem enfrentando um grande desafio ao passo que até o fechamento deste ar go, as medidas tomadas não deixam o empregador confortável em cumprir a risca o que está previsto na MP nº 27, uma vez que há a incons tucionalidade de alguns pontos, fazendo com que juristas e magistrados entrem em divergência sobre a sua aplicabilidade, causando uma verdadeira insegurança jurídica. Ademais, o empregado infectado pelo COVID-19 está sujeito as 32 Revista NESupermercados

regras gerais, sobre licença por mo vo de saúde, onde mediante atestado médico, só caberá ao empregador arcar com o salário integral no decorrer dos primeiros 15 dias e, após o 16º dia de afastamento em decorrência da doença, o empregado passa a receber o auxílio doença junto ao INSS. No que tange ao trabalho em casa, a lei trabalhista além de reconhecer esta modalidade como home office, também permite a sua realização em qualquer situação (ar gos 75-A ao 75-E da CLT). Para a adoção desta modalidade de trabalho, o empregador e empregado precisam estar de acordo, além de estabelecer conjuntamente todos os detalhes como ro na e a vidades a serem desempenhadas. A par r do devido registro, no contrato de trabalho, ficam formalizadas as alterações do mesmo. Embora muitos achem que há uma desvantagem em optar pelo home office, em razão do controle de jornada, tal modalidade foi incluída na exceção do art. 62 da CLT, não havendo que se falar em direitos como horas extras, por exemplo, ou adicional noturno que são cabíveis no trabalho presencial. E, no que concerne ao controle, este fica a cargo do empregador. Alguns aplica vos como Rappi, ifood e uber eats, cuja natureza do serviço é de entrega, veram suas a vidades chanceladas em âmbito federal e estadual, desde que possuam estrutura e logís cas adequadas. Assim, tal serviço vem sendo uma das medidas palia vas adotadas por algumas empresas diante do cenário de recessão. No que diz respeito sobre a possibilidade de redução de jornadas de trabalho e consequentemente dos salários, é importante frisar que a Cons tuição Federa va de 1998, ao versar sobre os Direitos Sociais prevê no inciso VI do art. 7º, a irredu bilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo cole vo. Sendo assim, a empresa pode propor uma negociação cole va ou acordo cole vo de trabalho com o respec vo Sindicato, desde que contemple a cláusula prote va ao empregado contra dispensa imo vada durante o prazo de vigência do instrumento cole vo (art. 611-A, § 3º da CLT). Entretanto, diante da situação de Calamidade Pública o empregador pode também se valer do que dispõe o art. 503, Parágrafo único da CLT, e proceder com a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitando, em qualquer caso, o salário mínimo da região e por prazo determinado (não superior a 3 meses, prorrogável por igual período). Cessado os efeitos decorrentes do mo vo de força maior, é garan do o restabelecimento dos salários reduzidos. Por úl mo, cabe analisar a possibilidade de férias como forma de mi gar o contágio em deslocamentos e no próprio ambiente laboral, sendo uma medida razoável a flexibilização da norma prevista no ar go 135 da CLT, logo o empregador estaria dispensando de realizar o aviso de férias com antecedência mínima de 30 dias, bem como na hipótese de férias cole vas, do aviso de antecedência de 15 dias ao Ministério da Economia, regra esculpida no art. 139, §2º da CLT. Assim, o COVID-19 terá impactos de longos alcances no mercado de trabalho, além da urgente preocupação com a saúde e segurança do trabalhador, suas famílias, o vírus será um grande desafio a ser enfrentado pela sociedade civil e todo o setor econômico, contando não apenas com medidas afirma vas a serem adotadas pelo Governo Federal, e que visem equilibrar a economia e a função social do trabalho através de uma flexibilização na legislação competente.

Thiago Clark é advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET e atuante na Área Trabalhista e de Patrimônio Socio-Cultural.





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CADERNO marketing Por Henrique Tenório

COMO INOVAR NO

PONTO DE VENDA

E PROMOVER AS VENDAS? Será que ainda encontro oportunidade de inovação dentro de minha loja?

De acordo com o dicionário, a palavra inovação significa trazer novidade, ato ou efeito de inovar. Trazendo para nossa vida amorosa, para mantermos um relacionamento firme que ambos compar lhem experiências, que seja firme, duradouro e amoroso; ambas as partes precisam inovar, pois as flores jantares, viagem que foram feitas, ficaram nas lembranças e o desafio é manter o nível de afeto do casal com novidades que sejam agradáveis dentro do padrão de preferência do seu parceiro. Da mesma forma é a relação entre o PDV e o cliente, onde o primeiro precisa encantar seu cliente diariamente, pois já diz o ditado: Quem não dá assistência abre para concorrência. Entende como é um desafio manter um relacionamento na vida e nos negócios. De toda forma no século em que vivemos quando se fala em inovação é reme do a tecnologia e todo seu arcabouço técnico, contudo esquecemos do trivial. Antes de inves r pesado em tecnologia, criar um app para loja, colocar um buffet ou café da manhã regional...Lembre-se de perguntar a si mesmo: O que nosso cliente gosta? Será que meu cliente é antenado com tecnologia digital? Ou vive mais no mundo off-line? Em um de meus ar gos para NE, falei sobre Entender para Atender lá comentava que o cliente já deixou de ser apenas um abastecedor do lar a parceiro do dia a dia, um dos pilares do propósito de toda loja. Outro fator importante para você dono de loja, gerente, líder de setor; é entender que você tem dois clientes: O interno e o externo (interno: o que compra e o externo: o que faz acontecer ao seu lado – O colaborador). Então é esta experiência que ele precisa perceber diariamente, sua importância sendo evidência, mas não forçadamente e sim espontaneamente da entrada a saída da loja. Dentro de ouvir o cliente não necessariamente passar o dia todo conversando com Dona Maria ou Seu Zé, mas observar os detalhes através dos elogios e das reclamações, sendo a segunda a melhor consultoria que você 36 Revista NESupermercados

Então posso te dizer que sim e te provo. Vamos lá! Quando se pensa em inovação surge logo a mente: - Eita, terei que inves r dinheiro? Te responde que nem sempre, muitas vezes a inovação habita nas coisas mais simples, numa organizção/layou zação por categoria ou fluxo de vendas, uma ação de venda, ou em um hábito de abrir as portas da loja com a equipe saudando os clientes com um bom dia. Você deve tá se perguntando: Mas como?

recebe sem tantos custos. Ouvir sua equipe, pois eles estão na operação diretamente muito mais do que você que precisa gerir outras demandas. Lembre que para ser um líder sustentável você precisa deixar a equipe saber que pode ousar dentro do pdv, mas acompanhe para depois não sofrer com as consequências. E sobre vendas Henrique o que pode dar certo? Vou te dar 3 pontos que vejo como relevantes: 1. Como está organização da minha loja? Saiba que somos seres visuais, pesquisas comprovam que 83% das decisões de compra estão ligados a visão. Ou seja a organização do pdv (gondolas, limpeza dos corredores, precificação, iluminação) pode deixar o cliente bem mais atraído pela loja, desde a entrada a pontos extras ousados em setores que percebo serem pouco explorados como o hor . Não é preciso muito inves mento, mas sim ousadia. Veja estas fotos:

2. Qual experiência estou entregando ao meu cliente além do produto que ele compra? Sabia que você pode criar momentos juntos a seus clientes, inves ndo pouco, u lizando espaço da loja e energia elétrica, por exemplo? Vejo que poucas lojas realizam ações em conjunto com os fornecedores, ações em conjunto surtem um efeito absurdo que elevam a visibilidade da loja. Exemplo: Dia do cliente, dia da mulher, aniversário da loja e outras datas. Com as quais você pode inovar com o fornecedor fazendo um dia de aprendizado na loja com um chef e a receita do final de semana por exemplo.

3. Pense dentro e fora da caixa! Trabalhe sempre com analise, planejamento e controle. Tenha uma visão águia, pesquise, visite seu concorrente e vá além do mercado. Trago um exemplo americano que é excelente em vender refugo (às sobras), a rede The Misfits vende trabalha uma campanha de vendas dos produtos imperfeitos e perfeitamente deliciosos e nutri vos, na linha do produto ser fora do padrão, simplesmente feio aos olhos, perceba na foto que chama atenção a organização e a forma de apresentar ao cliente. Os preços variam de 30-50% abaixo do mercado. O que seria jogado fora de certa forma reduz o desperdício do mundo, gera venda e movimenta uma causa, um propósito.

Foto:Brianna Soukup E aí? Te fiz refle r um pouco? Espero que sim, acredito muito que poderemos fazer mais e melhor sempre quando para vermos a inovação como PRIORIDADE. Vou deixar esta frase para que possa te impulsionar: “As pessoas não compram o que você faz e sim o PORQUÊ você faz.” Simon Sinek Encontre o propósito que sustenta sua relação com seus cliente que terá nas mãos um mo vador diário. Henrique Tenório é especialista em gestão e marke ng, consultor de negócios e professor nas cadeiras de comunicação, administração e marke ng


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CADERNO Planejamento Por Eduardo Duke

Acredite: Tudo vai passar! Como enfrentar uma crise provocada por um vírus que paralisou a humanidade. Entenda as etapas de um processo de mudança e como a inteligência emocional e uma equipe bem preparada pode retomar o caminho do sucesso da sua empresa.

Permita-me dizer: tudo vai passar. Confesso a você que para escrever este ar go procras nei. Comecei e parei várias vezes. Hora seguia por uma linha de raciocínio e no meio do caminho desis a. Passei horas e até alguns dias sem nem pegar no texto, mas nha o compromisso e havia um prazo de entrega. Não estava fácil e por vários momentos pensei em desis r. Não desista.

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Sabe por que? Primeiro, que é de nossa natureza, principalmente em nossa cultura, o fato de deixar tudo para a úl ma hora. Entretanto, o mo vo principal é que enquanto escrevo à você, estou nos primeiros dias da quarentena provocada pela Pandemia do Coronavirus. Nunca vivenciamos algo parecido e por isso, uma espécie de paralisia assustadora que nos infecta nos toma nosso corpo por completo. Mas, volto a dizer: tudo passa. O primeiro ponto que quero abordar com você são as etapas da curva do processo de mudança, um tema que me aprofundo em meus treinamentos para lideranças, sua importância causa uma percepção e alerta para suas próprias a tudes, além de melhorar o trato com os colaboradores. Neste momento esse conhecimento é válido e precisa ser compar lhado. Algumas pessoas agem mais rapidamente, outras nem tanto, mas falar de mudanças é também um ato de sobrevivência. Quando mudamos evoluímos e se não fizermos isso corremos o risco de repe r os mesmos erros e con nuar a fazer as mesmas coisas sempre. Hoje não podemos ter o luxo de ficar acomodado. É preciso agir e adaptar ao novo contexto. Então, se você hoje lê este texto, já deve ter percebido que precisei mudar e sentar no escritório, em casa, para finalizá-lo. Sem mais delongas, apresento a você as 9 etapas da curva de processo da mudança. ETAPA 1 – Mudança Início do Processo ao explicitar a mudança. Nessa etapa começa a alteração comportamental das pessoas perante ao exposto. Estágio de alerta por algo que virá. E TA PA 2 – I m o b i l i za ç ã o O indivíduo paralisa, percebe a situação e o estranhamento causa ques onamento sobre a mudança feita. A performance cai, pois está resistente


ao desconhecido. ETAPA 3 – Recusa A pessoa passa a negar a nova situação com cada proposta de mudança. A performance aumenta um pouco, mas é o fazer “se negando”. ETAPA 4 – Raiva O indivíduo fica frustrado e agressivo. Sua performance aumenta, mas não dura muito tempo. ETAPA 5 – Reclamação A pessoa fica indignada, contaminando o ambiente, falando demais e produzindo de menos. Sua performance nessa etapa é média. ETAPA 6 – Vi mização Nessa etapa o indivíduo faz papel de ví ma e tem sua performance baixa. ETAPA 7 – Teste Como a vi mização não funcionou, a pessoa faz um teste às mudanças propostas. Sua performance aumenta um pouco. ETAPA 8 – Aceitação Ao iniciar a etapa de testes, a pessoa compreende as mudanças e as aceita, o que melhora seu desempenho. Nessa fase sua performance é média. ETAPA 9 – Engajamento Agora que a pessoa já testou e aceitou as mudanças propostas, se sente envolvida pelas novidades. Sua performance aumenta significa vamente. Consegue perceber que passei por algumas dessas etapas, até entender que se não assumisse a responsabilidade e tomar uma a tude à nova realidade não sairia texto algum, não aconteceria Lives diárias em meu perfil do Instagram durante todo o processo de quarentena e não iria planejar minhas metas e estratégias para o ano de 2020, sim 2020. Ainda existem possibilidades para o ano. Não há como precisar quanto tempo cada etapa dura e cada indivíduo responderá ao seu próprio tempo. Nesse momento, quem agir mais rápido com soluções posi vas chega mais rápido ao obje vo final. Quero contribuir com você em mais dois pontos, que assim como a etapas de mudanças podem fazer total diferença em um retomada de crescimento da sua empresa e da sua atuação profissional. Começo pela gestão das emoções que podem impactar diretamente na operação e no clima organizacional, uma vez que em um período de tensão social, especulação sobre a con nuidade do seu próprio emprego, os riscos enfrentados por este indivíduo em contrair um vírus que assolou o mundo e sem contar em situações em que possivelmente algum membro de sua família possa tenha contraído a doença. Uma série de episódios tensos que não vai permi r que o funcionário volte com os melhores índices de sua produ vidade. Ainda destaco as empresas que precisaram demi r em massa para se manterem “vivas” neste período de a tudes extremas. Como retomar uma operação com novos funcionários, do zero e sem o entendimento do negócio de como era feito anteriormente? Pelo aspecto antropológico e sociológico, o trabalho é de extrema importância na vida do ser humano e preenche grande parte de nossa existência. É pela dedicação à sua a vidade laboral que conquistamos a oportunidade de usufruir momentos de lazer e realizações de sonhos, nutrindo os próprios anseios bem como o desenvolvimento econômico. O famoso ditado popular diz que o trabalho dignifica o homem, e mais do que nunca o trabalhador e as empresas precisam se sen rem engrandecidas. Como lidar, então, quando de repente tudo é re rado do seu controle, deixando-nos na mais notável vulnerabilidade?

É por isso que ressalto a importância da Inteligência Emocional, que segundo Daniel Goleman, é a capacidade de iden ficar os nossos próprios sen mentos e os dos outros, de nos mo varmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos. Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Uma pesquisa realizada pela escola de aprendizagem corpora va Cultman, quase 89% dos líderes não admitem o impacto das emoções na sua ro na, o que compromete os resultados do trabalho em qualquer nível hierárquico. Diante desta perspec va o ambiente empresarial deverá oferecer condições para que cada membro possa: 1. Reconhecer as suas próprias limitações e dos outros; 2. Aumente sua confiança; 3. Aprenda a lidar com a pressão; 4. Não tenha medo de se expressar; 5. Saiba lidar com as próprias emoções; 6. Desenvolver o senso de empa a; 7. Colocar a resiliência em prá ca; Sendo assim, destaco minha úl ma contribuição neste ar go, não menos importante que as demais, muito pelo contrário, é a que colocará em ação todas as demais. Existe uma necessidade iminente de desenvolver a equipe e de realinhar todos os discursos, de processos e de alimentação da cultura empresarial. A aprendizagem organizacional, que inclusive foi tema de monografia de minha especialização, é fundamental para a sobrevivência, já que ela aumenta o conhecimento das pessoas, desenvolve habilidades e ainda possibilita assumir responsabilidades, e que ao subir de níveis proporciona maior sa sfação pessoal. Existe uma frase do autor Peter Senge, em seu livro a Quinta Disciplina, em que ele afirma: O futuro das organizações – e nações – dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender cole vamente. Essa citação se encaixa perfeitamente. Segundo a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento ( ABTD), 84% das organizações contrataram fornecedores externos como parte de sua estratégia de educação corpora va. Não é hora de agir sozinho. Certa vez, estava ouvindo no rádio uma entrevista sobre o ambiente empresarial e fiquei marcado com uma frase do consultor e escritor Roberto Madruga, disse ele: A aquisição de competências por qualquer pessoa é algo nobre, contudo terá mais valor se acrescentarmos a palavra Resultados no tradicional CHA (Conhecimentos, Habilidades e A tudes), transformando-o no CHAR moderno. Em seu livro, Treinamento e Desenvolvimento com foco em Educação Corpora va, o mesmo autor complementa, que não basta capacitar as pessoas nas competências necessárias, é preciso dirigir as ações educacionais com foco em resultados, de maneira que os stakeholders interessados sejam beneficiados, ou seja: organização, colaborador, clientes e sociedade. Somente assim, poderemos chegar e dizer: Conseguimos! Tudo passou! Sucesso Sempre! Eduardo Duke Especialista em Liderança e Comunicação Estratégica. Palestrante e Treinador Comportamental. Criador da Metodologia Comunicação Estratégica – A oratória prá ca e aplicada para sua empresa vender mais e melhor. Pós –Graduado em Gestão de Negócios pela UPE, atuou por mais de 10 anos na Gestão Comercial de Grandes Empresas. E-mail: comercial@eduardoduke.com.br Contato: (81) 99673-5490 Site: www.eduardoduke.com.br Instagram: @eduardodukeoficial

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CADERNO Estratégia Por Fernando Moraes de Castro

Em todo produto de sucesso, há um vendedor silencioso

Vamos falar sobre o impacto posi vo que uma bela embalagem pode trazer a performance de um produto. Pegue algum produto que você comprou. Observe atentamente a embalagem por alguns segundos. Se for um alimento, melhor ainda. Agora pergunte-se: Por que escolhi você? Venha comigo ao supermercado. Coisa rápida, nossa lista tem poucos itens. Primeiro, vamos em direção à seção de molho de tomates.Tem a marca líder e famosa, uma outra que você já ouviu falar que é boa mas nunca comprou e uma que você nunca viu. A maioria dos consumidores pensa em sua escolha por dois segundos. Digamos que você pegue a “já ouvi falar que é boa”. Sua decisão foi racional? Você pode ter achado que sim ao fazer a escolha, mas não foi, de jeito nenhum. Acho que deve ter sido mais ou menos assim:” Associo essa marca famosa à infância, existe desde sempre e minha vó usava na macarronada, mas não sei, os produtos já não tem mais aquela qualidade de an gamente e me parece um pouco caro demais…Também não vou levar dessa que nunca vi, parece meio genérica e está muito mais barata, tem algo errado aí, não sei. Quer saber? Vou levar esta, me parece boa!”. Algumas destas conversas subconscientes passam rapidamente por nossa cabeça toda vez que escolhemos um produto em detrimento de outro. Essas frases nunca são ar culadas em voz alta. Em vez disso, confiamos em atalhos quase instantâneos que nosso cérebro criou para nos ajudar a tomar decisões rela vas a compra. E por que isso acontece? Nós seres humanos evoluímos por 200 mil anos em cenário de escassez, as oportunidades de coletar comida eram raras, então seu cérebro foi treinado pela evolução para estar atento a uma fruta colorida e atra va, ou a um cogumelo que parecia fresco e confiável o suficiente para evitar uma bela dor de barriga. Você ainda não provou aquele molho de tomates que escolheu, mas seu ins nto diz que você tomou a direção certa. Se eu pedisse para que descrevesse como chegou a essa decisão você provavelmente responderia: “Ins nto”, ou ”sei lá, simplesmente escolhi”. Ao tomarmos decisões a respeito do que compramos, nosso cérebro evoca e rastreia uma quan dade incrível de memórias, emoções e fatos, as compacta numa reação rápida que termina na compra. É uma espécie de impulso de certeza que nos permite tomar a decisão.

Mas este impulso não vem do nada, é resultado de muito trabalho no processo de design para despertar propositalmente em você estas ”memórias, emoções e fatos”. Um designer de embalagem experiente conhece de psicologia das cores e tem uma vasta noção para usá-las chamando sua atenção dentro de um determinado contexto, sabe ilustrar o produto com uma imagem que dê água na boca e pareça irresis vel, usar um po de letra que desperte sua memória de infância e combinar tudo isso de maneira tão su l que ao final você só consegue olhar para o produto e pensar “Me parece melhor que os outros, vou levar.” Além dos fatores meramente visuais, um projeto de design envolve também questões de marke ng e posicionamento. Por exemplo, o design de um produto mal planejado visualmente em relação à sua faixa de preço pode fazê-lo parecer mais caro do que a categoria, ou mais barato e genérico, atrapalhando no desempenho de vendas. O design feito de forma estratégica na grande maioria dos casos, traz crescimento. Sua missão é mostrar ao consumidor que o produto é aquilo que ele procura, num mercado com enorme número de opções. Estudos mostram que 75% das empresas que inves ram em design de embalagens veram aumento em suas vendas (Confederação Nacional da Indústria). E 41% destas empresas também reduziram custos de produção com o inves mento em uma estratégia de embalagens especial para o seu produto. Muitas empresas acreditam que inves r em design “é só para as empresas ricas” e acabam perdendo oportunidades de crescimento. Hoje existem ó mos profissionais que cabem em todos os bolsos. O design brasileiro de embalagem é internacionalmente respeitado, tendo sido diversas vezes premiado nos úl mos anos. Lembra quando você olhou para o produto e se perguntou: Porque o escolhi? Se você não sabia responder agora sabe. A embalagem foi o vendedor silencioso que te convenceu em uma fração de segundo que aquele produto com vários concorrentes na mesma faixa de preço merecia sua confiança e você o levou. Uma bela embalagem cria uma impressão, seja ela que o produto tem melhor custo-bene cio ou que ele se afina mais com o seu gosto. Nossa cesta de compras do supermercado traduz perfeitamente a expressão “a primeira impressão é a que fica.” Fernando Moraes de Castro Diretor de design estratégico da Mulligan Design Partners

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CADERNO Mercado Por Rosa dos Pets

Mundo Pet um setor em crescimento. Atualmente tudo que se relaciona ao mundo dos pets merece e chama muita atenção, é verdadeiro um filão de mercado, e o comerciante que soube aproveitar, terá muito a festejar e a lucrar, porque é uma nova maneira de lidar com os produtos e serviços relacionados a esse segmento, basta perceber que há tempos atrás o nome dado a um animal de es mação, era azeitona, bolinha, mel, pingo, espoleta, ou seja, nomes comuns e sem muita relevância, e muitos ocupavam apenas as áreas mesmo nobre das residências, comiam até mesmo sobras de refeições. Hoje, está bem distante desse passado sem glamour, a começar pelos nomes próprios que recebem: Chico, Yasmim, Frederico, Odorico, Luna, Thor, Manu, e esses citados são conhecidos meus e chego a chamá-los de pets sobrinhos. Eles comem alimentação balanceada, visitam petshop semanalmente, usam produtos de higiene de excelente qualidade, chegam a ter contas em redes sociais, e vale salientar, com muitos mais seguidores que de nós, vestem roupinhas lindas, frequentam todos os lugares da casa, fazem festa de aniversário, frequentam parques e eventos, e agora circulam dentro dos shoppings, e em algumas lojas, existe carrinhos de compra próprios para levar seu amiguinho pet, de pequeno e médio porte. Mas, ainda existem locais que, por questão de legislação e de higiene, eles não podem entrar, como padarias e supermercados, então o dono fica num dilema, deixar amarrado na frente do estabelecimento, correndo o risco de acontecer algum acidente ou até mesmo de ser levado por alguém, ou ter de fazer as compras rapidamente, e quem perde com isso é o comerciante que ainda não despertou para essa nova realidade, porque já foi o tempo que os donos saiam, e deixavam ,sem nenhum remorso, eles sozinhos em casa. Como fazem parte da família, são os primeiros a ficar perto da porta quando sentem que alguém da se prepara para sair. Logo, a l g o q u e

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realmente faz falta, e ainda não entendo porque não foi criado, é no supermercado um espaço para deixar os pets , onde ficariam protegidos aguardando a volta de seus donos, que com certeza, iriam fazer suas compras com tranquilidade, e sempre retornariam ao local pela excelente acolhida dada ao seu animal, além de divulgar para outras pessoas, porque quem dedica atenção, respeito e cuidado com esses bichinhos, automa camente conquista a admiração de seus donos, consumidores natos, que quando se encontram nos vários grupos pets que frequentam, falam deles como se es vessem se referindo a um filho, e muito consideram e chamam assim, e buscam oferecer excelente qualidade de vida aos mesmos, sempre de olho nas novidades que o mercado apresenta. Esse espaço teria seus custos de manutenção man dos através de parceria com fornecedores, que em contrapar da teriam espaço para divulgar seus produtos diretamente a quem interessa, e ainda, poderia ter uma agenda de eventos, ofertar cupons de descontos, realizar concursos, a vidades recrea vas, com direito a carteirinha de sócio, assim, chamando cada vez mais atenção para o local. Quem sabe se, em breve, poderemos estar falando aqui do sucesso dessa inicia va, hoje apenas desejada, imaginada, e garanto que será sucesso na certa, porque o pet é aquele que nada pede, mas, sempre agradece muito a um carinho recebido. Até a próxima.





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CADERNO Finanças Por João Paulo de Castilhos

Prevenção de Perdas nos Supermercados A prevenção de perdas é, sem dúvidas, um dos maiores desafios do supermercadista. Para se ter ideia, de acordo com a ABRAPE (2019), as perdas nos supermercados geram um prejuízo em torno de 2,05% no faturamento bruto da empresa. Apesar disso, nem todos os supermercados brasileiros possuem uma área para prevenção de perdas no estabelecimento.

Perdas iden ficadas As perdas iden ficadas são fruto de erros de processos no co diano do supermercado. De certa forma, podemos dizer que elas são previsíveis e possuem causas internas. Conheça algumas delas: DANOS RELACIONADOS À MANIPULAÇÃO DO PRODUTO Esse po de perda é muito comum em supermercados e tem forte ligação com a atuação dos funcionários que lidam diretamente com o produto. Em resumo, durante a movimentação e o deslocamento da mercadoria dentro da loja ou no estoque, ela sofre alguma avaria que impede sua comercialização. Seria o exemplo de uma caixa de leite que sofre uma perfuração no deslocamento. Um copo de vidro que recebe algum choque e se quebra também ilustra essa situação. Perdas de estoque Existem inúmeras situações que podem ocasionar perdas, desde aquelas relacionadas ao vencimento de produtos perecíveis até os pequenos furtos. Todos esses casos comprometem a receita do negócio, bem como o capital de giro – necessário para repor as mercadorias que foram perdidas. Quais os pos de perdas mais recorrentes em Supermercados? Quando falamos em perdas, é comum imaginarmos os prejuízos que elas trazem. Mas, mais do que isso, é importante conhecer a origem do problema (isto é, saber quais os pos de perdas mais recorrentes no supermercado). 46 Revista NESupermercados

ITENS COM O PRAZO DE VALIDADE EXPIRADO Também comum no setor, esse po de falha está relacionado a um controle de estoque inadequado e a processos logís cos pouco eficientes. Sempre que um produto vence na prateleira do supermercado, temos um prejuízo. Afinal, o empreendedor pagou por ele e terá de descartá-lo. DETERIORAÇÃO DE MERCADORIAS PERECÍVEIS O armazenamento e a manipulação de itens perecíveis devem seguir protocolos rígidos, já que eles podem ser contaminados



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CADERNO Finanças Por João Paulo de Castilhos

facilmente. Assim, insetos, pragas e o próprio contato com produtos químicos e tóxicos são situações que poderiam ser evitadas e que acabam comprometendo a integridade das mercadorias. Perdas não iden ficadas Esse po de perda, diferentemente daquelas iden ficadas, não pode ser previsto pelos gestores (ou funcionários) e ocorre ocasionalmente. Em geral, ele só é iden ficado por meio de um inventário. FURTOS Os furtos são, sem dúvidas, os maiores exemplos de perdas não iden ficadas. Aliás, esse é um problema recorrente em supermercados — e capaz de causar uma grande quebra de estoque. Infelizmente, tais a tudes podem par r tanto de clientes e visitantes quanto de funcionários, sendo um dos maiores desafios para a equipe de segurança do negócio. Quais as melhores prá cas de prevenção de perdas para Supermercados? Conforme demonstrado, o problema é grande e possui diversas origens. Toda essa complexidade e os prejuízos financeiros causados demandam muita estratégia de gestores e empreendedores. REALIZE INVENTÁRIOS ROTATIVOS Essa medida, por si só, não contribui diretamente para prevenir perdas de produtos, mas auxilia no entendimento das principais causas que ocasionam o problema. Os inventários rota vos possuem uma grande importância no enfrentamento da situação, já que permitem uma iden ficação mais rápida das perdas e controle do estoque. Por serem realizados dentro de períodos específicos e com uma frequência maior, as inconsistências entre o estoque previsto e o existente nas prateleiras são iden ficadas em menor tempo. Isso, consequentemente, permite que ações mais efe vas sejam implantadas.

ORGANIZE O ESTOQUE Como anda o estoque na sua loja? Para ter maior controle sobre as mercadorias, é necessário contar com um armazenamento mais organizado em termos de localização e registro dos itens no sistema. Não é raro encontrarmos estabelecimentos em que mercadorias são perdidas por total falta de organização (como quando o produto não é localizado por armazenamento em local inadequado ou não informado no sistema). Portanto, para evitar esse po de perda, é essencial que o estoque seja organizado de maneira lógica. Além disso, é importante que se tenha o cuidado de registrar apenas um código para cada po de produto no sistema. Isso evita confusões e perda de controle com relação a quan dades e prazos de validade. Outra dica valiosa nesse sen do é a u lização da técnica do PEPS — esse talvez seja um dos pontos mais importantes no controle de perdas. A metodologia se resume à lógica de que o “Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai” (ou FIFO, em inglês) e tem como premissa o fato de que a mercadoria que chega primeiro é a primeira que deve sair da prateleira. TENHA UM PROGRAMA DE TREINAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS Apostar no treinamento dos funcionários da Prevenção é fundamental para reduzir os índices de perdas em um supermercado. Por isso, procure criar um programa de capacitação voltado para toda a equipe, com auxílio de um profissional qualificado. Os responsáveis pela limpeza do local, a equipe de segurança e vendas e os funcionários do estoque precisam dominar os protocolos e seguir os processos de Prevenção de Perdas. Eles também devem aprender a evitar perdas no exercício de suas funções. Ro nas de prevenção de perdas, se o seu Supermercado ainda não possui é de extrema importância que seja definido, para que os processos aconteçam e seja produ vo. A PROSConsult automa za processos com tecnologia, possuímos um Aplica vo BI que auxilia e gera todas as informações de forma instantânea, rápida e produ va, trazendo na palma da sua mão todos os indicadores e gestão dos processos, facilitando toda sua gestão. Somos especialistas em Supermercados e ajudamos a resolver os seus problemas! Mesmo que sua equipe não esteja preparada e seus processos atuais de controle e prevenção de perdas não funcionem, ou você não possui um profissional qualificado para coordenar o processo, fique tranquilo! Nós da PROSConsult estamos preparados para implantar os processos e capacitar seus colaboradores, tornando suas perdas em lucro.

João Paulo de Castilhos Diretor | Especialista em Varejo (41) 9 9709-3625

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CADERNO Tributos Por Pedro lemos

Planejamento tributário para atacadista e varejista em tempos do

COVID-19 A grande variedade de transações financeiras e de tributos cobrados no segmento atacadista e varejista torna mais di cil a tarefa de lidar com as responsabilidades fiscais e administra vas. Uma boa gestão financeira e um planejamento tributário adequado asseguram o cumprimento das obrigações fiscais e a construção de uma logís ca orçamentária eficiente. Você sabe quais são os impostos cobrados do segmento atacadista e/ou varejista? Quanto é possível economizar com um bom planejamento tributário? A seguir, você encontrará informações sobre o assunto e dicas para evitar gastos desnecessários. A venda por atacado consiste na comercialização de grandes quan dades de determinados produtos, principalmente direcionados para a revenda. Geralmente, o segmento atacadista tem por função a intermediação do processo de compra e venda entre fabricantes e varejistas. Portanto, o atacado não pode vender produtos para pessoa sica e sem a emissão de nota fiscal – isso é possível apenas se o comércio é realizado apenas em pequenas quan dades. O atacado também é responsável por separar, embalar e distribuir os lotes de produtos, definindo a quan dade de cada lote, de acordo com a demanda. Uma empresa atacadista vende produtos para suprir estoques de varejistas, bem como para consumidores variados, como micro e pequenas empresas. Portanto, a compra de produtos por atacado sai a preços mais baixos, devido a caracterís ca de ligação entre fabricantes e o consumidor final. 50 Revista NESupermercados

No entanto, as a vidades comerciais no setor atacadista são demasiadamente complexas. Esse segmento é um dos que mais sofrem com a alta carga tributária e a complexidade da legislação no Brasil. Devido aos altos custos e à burocracia, as empresas têm que adaptar as suas estratégias constantemente. Para arcar com os tributos é exigido do administrador um vasto conhecimento, muitas vezes além de sua capacidade. Optar pelos serviços de uma assessoria jurídica e contábil permite uma qualificação das prá cas tributárias e orçamentárias, viabilizando assim as a vidades exercidas pelo atacadista e varejista, auxiliando-os no seu crescimento. Esse suporte assegura o cumprimento de todas as regras fiscais, em qualquer lugar que a prá ca comercial seja desenvolvida e a repercussão que ela possa ter em uma relação de comércio. Já o planejamento tributário tem como obje vo reduzir o número de tributos pagos pelas empresas. Ele envolve o gerenciamento dos pagamentos de tributos de determinado negócio, bem como a realização de um estudo para analisar toda a área administra va.


Embora pareça uma tarefa simples, realizar um bom planejamento tributário é uma tarefa bem extensa e complexa, uma vez que todos os dados financeiros da empresa devem ser levados em consideração. Com um planejamento adequado, torna-se possível o controle e a gestão das obrigações fiscais e administra vas, garan ndo o seu cumprimento e o mizando a administração dos recursos das empresas. Pesquisa do Ins tuto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) aponta que existem em vigor no Brasil cerca de 97 obrigações acessórias (documentos, registros e declarações que são enviados ao Fisco). Como resultado, o comércio tem dificuldade de acompanhar a cobrança desses tributos. As empresas gastam cerca de R$ 60 bilhões por ano para manter pessoal e sistemas para acompanhar as modificações da legislação.

Não existem grandes diferenças entre o regime tributário que incide sobre o atacado e o varejo. A principal diferença está na pequena margem de lucro do varejo e na concentração da tributação sobre a receita bruta. O recolhimento antecipado de PIS/Cofins (monofásico) e ICMS compromete o fluxo de caixa e dificulta as operações do varejo. Além disso, a a vidade de comércio atacadista geralmente tem prejuízos no Simples Nacional devido a limitação nas transferências dos créditos tributários. E fique atento: em muitos casos, o ICMS é recolhido uma única vez pelo chamado contribuinte subs tuto, que é pago no início da circulação de mercadoria por toda a cadeia de a vidades econômica, até o produtor final. Isso quer dizer que o responsável por recolher o imposto é o fabricante, e não o atacadista ou varejista. Por isso, no caso de mercadorias que sofrem subs tuição tributária do ICMS, você não precisa recolher esse tributo. Diante da complexidade de impostos pagos pelo setor atacadista e varejista, é preciso ter muita atenção com os tributos e contar com o auxílio de profissionais especializados na área. Desse modo, fica mais fácil calcular quanto se paga de imposto, planejar gastos com contabilidade e documentação e evitar cobranças desnecessárias.

Pedro Lemos I Lemos Milhomens Advogados Contato: pedro@lemosmilhomens.com.br

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Por Jamile vasconcelos

COMPETÊNCIA COMUNICATIVA E MULHERES EMPREENDEDORAS

Todos nós sabemos que algumas a vidades econômicas, por décadas, até séculos, foram reservadas à atuação exclusiva do gênero masculino. Hoje, há inúmeros exemplos de gestões capitaneadas por mulheres nos mais diversos ramos, com experiências extremamente exitosas. Em face a tantos casos dignificantes, não há jus fica va para embaraço ou entrave à atuação da mulher, seja em qualquer ramo ou a vidade que já desenvolva ou queira desenvolver. O momento atual exigirá ainda mais dessas mulheres, gestoras, líderes, atuantes profissionalmente, uma boa competência comunica va, como meio de solucionar ou mesmo de amenizar eventuais danos decorrentes das incertezas que atravessamos e iremos atravessar. Há que se agir (e se comunicar) com decisão, parcimônia, compreensão, rapidez, respeito e zelo pelos semelhantes, sejam eles colaboradores, fornecedores e, principalmente, clientes. Dada a importância do tema Competência Comunica va No Mundo Corpora vo, a SPV Eventos organizou no dia 11 de março de 2020 o evento “Impact Woman”, para mulheres empresárias e empreendedoras. Na ocasião, discorremos sobre a importância da comunicação asser va e expressiva, e o reflexo desta na imagem profissional e na forma de liderar. Foram contemplados aspectos que se revelam indispensáveis ao pleno exercício da liderança nos momentos de comunicação no ambiente laboral, tais como, expressividade corporal e vocal (que se refere ao como dizer), conteúdo (que se refere ao que dizer) e escuta a va, Ressaltamos inicialmente a importância da expressividade corporal, que se compõe da expressão facial, dos gestos, do olhar, da postura corporal e até da forma de andar e de apertar a mão do interlocutor. De acordo com pesquisas cien ficas, o corpo corresponde a 55% da habilidade para falar, seguida de 38% da voz e apenas 7% do conteúdo. Abordamos também a expressividade vocal, que consiste no aprimoramento da u lização dos recursos vocais como instrumento de uma comunicação expressiva com o bom uso da entonação, pausas, ênfases, velocidade de fala, ar culação (dicção), intensidade (volume) 52 Revista NESupermercados

e pitch (tom de voz) No que se refere ao conteúdo, ainda que represente apenas 7% da habilidade para falar, é importante u lizar-se das palavras corretas, observando a linguagem adequada, evitando o uso de palavras nega vas e que transmitam insegurança, jargões, termos excessivamente técnicos e palavras impera vas. Ainda cabe ressaltar que a comunicação efe va deve ser sucinta, sendo obje va; específica, não perdendo o foco; e generosa, ao se colocar de forma empá ca à comunicação do outro. Tão importante quanto a habilidade para falar é a habilidade para escutar, devendo também ser aperfeiçoada, pois cada vez mais estamos expostos a distrações, principalmente ligadas as inovações tecnológicas que nos levam a estar menos no presente, comprometendo a escuta a va, fundamental para iden ficarmos o que pensam aqueles a quem nos dirigimos e quais as suas reais necessidades. Faz-se necessário, portanto, que ajustemos a todo momento a conversação, dedicando à devida atenção à escuta, para que se tenha uma comunicação efe va. A líder tem na escuta a va uma ferramenta extremamente valiosa na iden ficação dos problemas da equipe e com isso ser possível traçar as devidas estratégias de soluções. Por fim, é importante esclarecer que a comunicação, ao contrário do que muitos pensam e divulgam, não é exatamente um dom. Trata-se de habilidade aprendida e desenvolvida ao longo da vida e que pode ser aperfeiçoada por meio de técnicas com profissionais competentes a esta demanda. É chegada a hora! Pra que. Aperfeiçoe. A comunicação é um pilar fundamental de qualquer empresa. Não deixemos de dar-lhe a devida importância.

Jamile Vasconcelos Fonoaudióloga. Consultora em comunicação humana e performance vocal pela Dialog Consultoria. Coach pela Results Coaching System e especialista em voz e em motricidade orofacial pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE.


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CADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTIVO MERCADO EXECUT

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M. Dias Branco anuncia Fabio Melo como Diretor de Marketing A M. Dias Branco, líder nacional em massas e biscoitos e reconhecida em todo o Brasil com as marcas Vitarella, Adria, Fortaleza e Piraquê anuncia Fabio Melo na posição de Diretor de Marke ng. O execu vo acumula vinte anos de experiência em gestão de marcas e de produtos, sobretudo no setor de alimentos. Melo é formado em Marke ng pela Escola Superior de Propaganda e Marke ng (ESPM), com MBA pela Insper e especialização em Inovação e Design Thinking pela Massachusse s Ins tute of Technology. Em sua carreira, o execu vo trabalhou com marcas como Johnson's Baby, Neutrogena, Ades, Pepsi, H2OH, Elma-Chips Sensações, eQlibri, Tang, Trident e Lacta. Passou por empresas como Johnson & Johnson, Unilever e PepsiCo. Nos úl mos nove anos, atuou na área de marke ng da Mondeléz. O desafio de Fabio Melo à frente do marke ng da M. Dias Branco é explorar todo o potencial do por ólio de marcas da Companhia, com estratégias que fortaleçam o relacionamento com o varejo de alimentos e com os nossos consumidores em cada região do país. Contando com mais de sessenta e cinco anos de existência, a M. Dias Branco S.A. Indústria e Comércio de Alimentos é uma empresa do setor de alimentos com ações negociadas no segmento do Novo Mercado na B3. A Companhia produz e comercializa biscoitos, massas, farinha e farelo de trigo, margarinas e gorduras vegetais, snacks, bolos, mistura para bolos, cobertos de chocolates e torradas. Sediada em Eusébio (CE), a empresa é líder de mercado em biscoitos e massas no Brasil, é a sexta maior empresa de massas e a sé ma de biscoitos no ranking global por faturamento. Suas operações geram mais de 17 mil empregos diretos em diferentes regiões, refle ndo o seu compromisso com fatores importantes para o desenvolvimento econômico e social do país.




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