Revista
SUPERMERCADOS ANO XV Nº94 maio/junho 2020
autoserviço . atacado . distribuição
PERSPECTIVAS PARA
O NOVO NORMAL DO VAREJO Clientes, funcionários, fornecedores, futuro das compras, marketing e a capacidade de se reinventar aprendendo com um dia após o outro. VOCÊ ESTÁ PRONTO?
O promissor mercado das lives - Saúde mental dos funcionários marketing como forma de driblar a crise - Pequenos comércios e a pós-pandemia e inúmeros outros temas que irão ajudar nesse momento para pensar em soluções futuras
EDITORIAL Carlos Cavendish Diretor Editorial
EDIÇÃO maio / junho
Ninguém imaginava que de repente teríamos que criar um novo normal, para enfrentar: restrição à circulação, mudanças na economia e vendaval na poli ca. O novo coronavírus colocou o planeta em quarentena. E isso está trazendo desafios para as empresas e para os profissionais, que têm de lidar com um mar de mudanças. Nossa equipe de jornalistas e colaboradores ,estão focados em amenizar esse sen mento, estamos trazendo em nossa nova edição exemplos de sucesso e boas prá cas, visando oferecer um conteúdo selecionado e inédito, nas áreas de atuação da editora. As ações aqui promovidas estão sempre em sintonia (e são complementadas) em nosso site e redes sociais.
www.revistanesupermercados.com.br 06- VITRINE 08- PDV CRIATIVO 10 CADERNO ASPA Palestra online ensina como dar visibilidade ao negócio e construir uma relação sólida entre empresa e clientes; Aspa promove debate online sobre os re exos da pandemia no mundo do trabalho. 14 CADERNO APES 30 Mil Kg De Alimentos Doados; Pronunciamento da Superintendente da Apes; Agradecimento aos Colaboradores; Convenção Coletiva De Trabalho 2020/2021; Liminar - Adin 6.327 -licença Maternidade - Prematuros, Complicações na Gestação e Pós-parto. 16 CADERNO ASA-AL O MESMO OBJETIVO: ENFRENTAR A CRISE JUNTOS 18 CADERNO VAREJO A FORÇA DA ESTRATÉGIA VAREJISTA PARA ENFRENTAR A PANDEMIA DO COVID-19
Boa leitura!
22 CADERNO LIVES 24 CADERNO LIDERANÇA COMO TRANSFORMAR RELAÇÕES EM RESULTADOS: O SEGREDO DA LIDERANÇA TRANSFORMADORA 26 - 28 NE SAÚDE COMO GERIR AS TENSÕES CAUSADAS PELO MEDO DO COVID-19 NOS FUNCIONÁRIOS (médico e psicóloga) 32 CADERNO TRIBUTOS Produtos Monofásicos 36 CADERNO MARKETING EM DEFESA DO MARKETING EM TEMPOS DE CRISE
Expediente
42 GESTÃO O pequeno varejo pós-pandemia 44 CADERNO ECONOMIA O DESAFIO DOS PEQUENOS VAREJISTAS NO NORDESTE FACE À PANDEMIA DO COVID-19 E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA REABERTURA DA ECONOMIA. 46 CADERNO FINANÇAS AS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS EM TEMPO DE PANDEMIA 48 MERCADO ESTRATÉGIA VAREJO: NEM TODOS SOFREM COM A CRISE 50 RECURSOS HUMANOS DEMISSÃO POR FORÇA MAIOR, O QUE DEVO SABER?
Distribuição: Alagoas, Paraíba e Pernambuco
52 CADERNO MERCADO ROTINA DOS PETS NA QUARENTENA. 54 - 56 NE NACIONAL ABRAS E MAIS 28 ENTIDADES DO VAREJO LANÇAM PLATAFORMA DE GERAÇÃO DE EMPREGOS PRESIDENTE DA ABRAS PARTICIPA DE LIVE COM PARLAMENTARES E EMPRESÁRIOS SOBRE IMPACTOS DA COVID-19 54 MERCADO EXECUTIVO PAULA VALÉRIA E A INSPIRAÇÃO PRA INOVAR
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tem mais 01Supermercado Rede Paraíba
Atalaia, 05 Supermercado Pontezinha Cadan
Supermercado Leve mais 07 Ponte dos Carvalhos
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04Panorama supermercado Embaré,
08 Revista NESupermercados
06 supermercado São José
ASPA
Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
Antonio Xavier
Palestra online ensina como dar visibilidade ao negócio e construir uma relação sólida entre empresa e clientes Devido ao isolamento social para conter o avanço da contaminação pelo novo coronavírus no Estado, a Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa) promoveu no dia 25 de abril a primeira palestra online transmi da para empresários e profissionais do setor, via YouTube, dando início a uma sequência de projetos virtuais para debater e repassar conhecimento aos associados sobre temas relevantes para o segmento. A palestra online do Programa de Desenvolvimento e Capacitação da Aspa (PDCA) abriu esse novo ciclo, com os ensinamentos do consultor Antonio Xavier, que abordou o tema “Como manter sua empresa na memória do cliente”. Com cerca de uma hora de duração, a palestra elencou os princípios para a empresa o mizar a relação com sua clientela, a tal ponto de se construir um relacionamento sólido e duradouro. “Criar experiências posi vas para o cliente influencia em seu comportamento e viabiliza a construção de memórias que impulsionam sua lealdade e elevam o valor econômico gerado pela empresa”, disse Xavier. Alcançar essa condição passa por ações que vão desde inves mentos nos profissionais que trabalham na empresa até a u lização de estratégias de engajamento. “Comunique-se pelo menos três vezes por semana com o seu cliente. Ofereça descontos, vouchers e consultorias gratuitas. Crie vantagens para o cliente e gere reciprocidade. Todo esse engajamento fará surgir vínculos afe vos que darão resultados posi vos para o seu negócio”. Xavier explicou que o processo de relacionamento com o cliente não acontece somente após a venda, mas sim dentro de um processo con nuo que se inicia no primeiro contato, antes mesmo de a venda acontecer. Segundo ele, a jornada de relacionamento com o cliente começa quando a empresa pra ca a empa a. “Aprendendo a colocar-se na perspec va do cliente, a empresa 10 Revista NESupermercados
descobre como conquistá-lo em cada etapa da jornada, onde a primeira delas está no olhar, no contato inicial. É a par r desse primeiro contato que se começa a construir um relacionamento salutar e confiável”. O consultor também destacou a importância de não enxergar o cliente como um mero CNPJ, mas sim como um ser humano, tratando-o pelo nome, desenvolvendo uma proximidade baseada no respeito e na admiração mútua. “A qualidade no atendimento é primordial para a sobrevivência e crescimento do negócio, especialmente em épocas de crise, como a que estamos vivendo atualmente em função da pandemia do novo coronavírus. Portanto, é necessário que a empresa apresente diferenciais compe vos, com ações inovadoras, adequação às novas tecnologias e um atendimento de excelência para atrair, reter, sa sfazer e fidelizar seus clientes, criando – por meio do encantamento – um estado de lua de mel permanente entre a empresa e sua clientela”, pontuou Xavier. O presidente da Aspa, José Luiz Torres, lembrou no final da transmissão da importância dos profissionais da cadeia de abastecimento e consumo: vendedores, promotores, motoristas, representantes comerciais, estoquistas, repositores, empacotadores e operadores de caixa, entre outros, que estão incansavelmente trabalhando diante da atual pandemia. “Temos que valorizar e aplaudir esses trabalhadores, que estão empenhados ao máximo para garan r tanto o fornecimento, no caso das indústrias e dos atacadistas e distribuidores, como a venda direta ao consumidor final, no caso do varejo mercearil, especialmente o pequeno varejo, principal cliente do nosso setor e importante canal de compras para as famílias brasileiras. Esses profissionais devem ser valorizados diariamente por toda a sociedade”, disse Torres.
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ASPA
Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
Aspa promove debate online sobre os reflexos da pandemia no mundo do trabalho Advogados debatem os efeitos da crise provocada pela Covid-19 com foco na legislação trabalhista e análise das MPs 927 e 936
A Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa) realizou no dia 07 de maio importante e esclarecedor debate online sobre os efeitos da pandemia no âmbito das relações de trabalho. A Live teve como debatedores os advogados Márcio Nunes, Emmanuelle Beltrão e José Damasceno, e como mediadores o presidente da Aspa, José Luiz Torres, e o consultor jurídico Luiz de França, que também expôs comentários acerca do tema. Em meio à pandemia da Covid-19, já foram editadas pelo governo federal diversas Medidas Provisórias (Mps), cujos textos incluem ações de saúde pública, liberação de auxílio emergencial a trabalhadores informais e à população de baixa renda e programa de manutenção de empregos. As Medidas provisórias são normas com força de lei que produzem efeitos jurídicos imediatos. “No tocante à relação de trabalho, as medidas buscam reduzir o impacto na folha de pagamento das empresas, flexibilizando as regras trabalhistas e prevendo acordos entre empresas e colaboradores, de modo que os empregos sejam preservados e os negócios consigam sobreviver à crise”, destacou Luiz de França. Os debatedores esclareceram 12 Revista NESupermercados
pontos sobre as MPs 927 e 936, editadas em resposta à ameaça do desemprego por conta do efeito nas a vidades econômicas devido ao distanciamento e isolamento social para conter a transmissão do novo Coronavírus. “Desde a publicação da MP 927, a flexibilização da lei trabalhista tornou-se válida em todo o país. Portanto, o empresário já pode se organizar para adotar quaisquer das medidas, se de fato julgar necessário”, disse o advogado Márcio Nunes. Diversos tópicos con dos nas duas MPs foram abordados e esclarecidos no debate: migração para o trabalho a distância (teletrabalho/home office); antecipação de férias individuais; c o n c e s s ã o d e fé r i a s c o l e v a s ; aproveitamento e antecipação de feriados; regime especial de compensação de horas; redução proporcional de salário e jornada de trabalho; suspensão do contrato de trabalho; prevalência do acordo individual entre empregado e empregador sobre a negociação cole va e adiamento do recolhimento de FGTS, entre outros. “São inicia vas que visam à preservação das empresas e do emprego e renda. Nesse contexto, é importante que haja sensibilidade tanto por parte do empregador como do empregado para que em comum
acordo adotem medidas con das nessas normas, sem deixar de manter a regularidade na relação”, destacou Márcio Nunes. O advogado frisou que deve haver nobreza e integridade entre as partes para que, por exemplo, a a vidade empresarial que esteja em pleno funcionamento não se u lize desnecessariamente de mecanismos que as MPs trazem. Para a advogada Emmanuelle Beltrão, todas essas novidades na legislação trabalhista precisam ser u lizadas adequadamente pelas empresas, com bom senso e respeitando o princípio do pleno emprego. “É necessário pensar conjuntamente nos interesses da empresa e do empregado. Se a empresa se tornar frágil neste momento di cil, isso vai repercu r na vida das pessoas, no emprego delas. E o trabalhador, por sua vez, é essencial para a a vidade econômica. Então precisamos observar e interpretar as MPs visando sempre o interesse de ambos”. Emmanuelle Beltrão ressaltou que os acordos devem ser vistos como pontos de equilíbrio na relação entre empresários e colaboradores. “Diante de uma situação totalmente a pica como a que estamos vivenciando atualmente, decidir pelo acordo mais viável irá minimizar os prejuízos, pois a
José Luiz Torres, presidente da Aspa
Emmanuelle Beltrão
Márcio Nunes
pandemia tem sido ruim para todos e é de suma importância que se compreenda que aderir a qualquer uma dessas medidas, se necessário for, é importante para se preservar os negócios e se manter os empregos”. Na opinião do advogado José Damasceno, o momento é de preocupação, mas também de solidariedade e atenção com o outro, em todos os níveis, incluindo os mais vulneráveis da sociedade, os trabalhadores de um modo geral e as a vidades produ vas. “Em se tratando dos efeitos da pandemia no mundo do trabalho, mais do que nunca é a hora de colaboradores e empregadores se virem como parceiros, já que um não existe sem o outro. E de ambos entenderem o quanto as novas regras na legislação podem
Luiz de França
José Damasceno
minimizar os efeitos de uma crise dessa magnitude”. José Damasceno salientou que estamos experimentando um fato novo e que é necessário muita cautela na tomada de decisão para que se tenha, inclusive, segurança jurídica. “São paradigmas que estão sendo quebrados grada vamente e novos conceitos estão surgindo, até porque o Direito não é uma linha reta. É um momento sensível e sabemos que todos precisam trabalhar e produzir. Além disso, todas essas questões estão, no final das contas, relacionadas à manutenção da saúde, à proteção de vidas. A solidariedade deve prevalecer para que haja entendimento visando o bem das empresas e igualmente o emprego e a renda dos trabalhadores”.
Ao final do debate, os advogados responderam a perguntas dos que assis ram ao vivo à transmissão. “Realizamos um debate de extrema importância, abordando tópicos que estão suscitando muitas dúvidas e discussões profundas no meio empresarial e no mercado de trabalho. É uma situação nova que estamos vivenciando e que desafia as áreas de relações trabalhistas e de gestão de pessoas. Comportamentos antes considerados comuns e ro neiros estão sendo alterados nas empresas. Mas o mais importante, contudo, é mantermos a serenidade, com a tudes adequadas, justas e solidárias para enfrentarmos com responsabilidade esse momento delicado na vida de todos”, disse José Luiz Torres, presidente da Aspa. Revista NESupermercados 13
APES
Associação Pernambucana de Supermercados
Assessoria da APES
30 MIL KG DE ALIMENTOS DOADOS Empresas supermercadistas, atacadistas, distribuidores e indústrias associadas APES doaram mais de 30 toneladas de alimentos para atender famílias carentes do Recife. As cestas básicas foram entregues ao Transforma Recife para distribuição. Foi uma grande sa sfação para todos que fazem o setor poder contribuir para diminuir os impactos da pandemia com os mais necessitados. PRONUNCIAMENTO DA SUPERINTENDENTE DA APES Em nome da Associação Pernambucana de Supermercados, estamos aqui para tranquilizar você, consumidor. NÃO HÁ RISCO DE DESABASTECIMENTO! Não há falta de produtos, e os estoques estão totalmente normais. Não há necessidade de corrida para as lojas, nem de estocagem de alimentos, pois nós ASSEGURAMOS que toda a cadeia do abastecimento está funcionando normalmente. SOMOS SETOR ESSENCIAL! Nossas lojas estão e con nuarão FUNCIONANDO o dia todo todos os dias. Temos que lembrar que neste momento todos nós precisamos manter a tranquilidade e atender as orientações dos órgãos governamentais, sair de casa apenas para se abastecer do que precisa. Só assim vamos diminuir a velocidade de propagação do coronavírus e com essa medida voltaremos mais rápido à normalidade das nossas vidas. Silvana Buarque, Superintendente da APES CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2020/2021 No final do mês de abril aconteceu por meio de videoconferência, com mediação da Superintendência Regional do Trabalho em Pernambuco, uma reunião com o SESSEPE, na qualidade de En dade Sindical Profissional, representando os trabalhadores de supermercados e hipermercados do Estado de Pernambuco, e Sindicatos
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Patronais das diversas regiões deste Estado, os quais foram no ficados para integrar o processo de negociação cole va, referente o período de 01.05.2020 a 30.04.2021. A Associação Pernambucana de Supermercados - APES, também foi no ficada para par cipar na qualidade de convidada, considerando que o SINDISUPER-PE, ainda se encontra em processo de regularização para obtenção do registro sindical perante a Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia. Na ocasião foi assegurada a data base da categoria profissional, 01 de maio de 2020; foi prorrogada a Convenção Cole va de Trabalho vigente para 30 de julho de 2020, considerando o teor do Ar go 30 da Medida Provisória nº 927/2020, que permite essa prorrogação, diante do estado de calamidade pública em razão da Covid-19. É importante que o setor realize uma reunião preparatória com o intuito de alinhar os pontos da CCT 2019/2020, bem como analisar a pauta de reivindicações enviada pelo SESSEPE para 2020/2021. Lembramos que no caso da impossibilidade do comparecimento do representante da empresa nessas assembleias, poderá ser outorgada procuração a APES. LIMINAR - ADIN 6.327 - LICENÇA MATERNIDADE PREMATUROS, COMPLICAÇÕES NA GESTAÇÃO E PÓS-PARTO O par do Solidariedade propôs a ADIN nº 6.327, com o escopo de interpretar conforme à Cons tuição ao §1º do art. 932 da CLT e ao art. 71 da Lei. 8.213/1991, para fixar o marco inicial da licençamaternidade seja da alta hospitalar da mãe e/ou do recém-nascido, o que ocorrer por úl mo. Ademais, sustenta a proteção à maternidade, à infância e ao convívio social, como preceitua o arts. 6º, 201, II, 203, I e 227 todos da CF/88 é mi gada pela contagem do período de licençamaternidade antes da data do parto ou a par r dele, acarretando prejuízo ao vínculo afe vo e à convivência entre a mãe e a criança. Desse modo, requereu a concessão da medida cautelar para afastar a interpretação literal das disposições do §1º do art. 392, da CLT e do art. 71 da Lei 8.213/1991 e conferir interpretação que considere como marco inicial da licença maternidade a alta hospitalar do recém-nascido e/ou de sua mãe, o que ocorrer por úl mo. Ao analisar o mérito o Ministro Relator, Edson Fachin entendeu que a presente ação deveria ser recebida. Portanto, o Relator proferiu decisão concedendo a medida cautelar, apenas para os casos mais graves, ou seja, para os casos de nascimento de prematuros, complicações maternas gestacionais e pós-parto que excederem o período de duas semanas previsto no art. 392, §2º, da CLT, e no art. 93, §3º, do Regulamento da Previdência Social, permi ndo nesses casos a prorrogação do bene cio e, assim, a contagem do termo inicial do período de 120 dias a par r da alta hospitalar da criança e/ou da mãe, o que ocorrer por úl mo. Por fim, sinalizamos que o efeito da decisão é imediato, ou seja, a par r de 12/03/2020, como também que o eminente Ministro remeteu a decisão para o Pleno do STF referendar.
ASA-AL
Associação de Supermercados de Alagoas
André Farias
Por Mirna Lívia, Assessora de comunicação
O MESMO OBJETIVO:
ENFRENTAR A CRISE JUNTOS Literalmente vivemos tempos muito di ceis. A maior parte das pessoas passou a poli zar as informações relevantes ao mundo atual. Entendemos que o ser humano busca, constantemente, seus grupos de interesse. E é por meio do associa vismo – seja em casa, na comunidade ou no trabalho – que entramos em contato com outras visões de mundo, nos aperfeiçoamos como indivíduos e nos tornamos capazes de construir uma sociedade melhor. Porém é preciso que o respeito permeie essa discussão. Com essa condição e no co diano que vivemos, essa também deve ser a lógica semelhante aplicada ao mundo dos negócios. Por meio de uma associação, organizações de vários tamanhos podem se reunir para trocar experiências, buscar alterna vas para a superação de desafios e explorar novas oportunidades. As associações, mais do que nunca, têm um papel fundamental nesse cenário. Se bem aplicadas, as oportunidades trazidas pelo associa vismo beneficiam empresas, empresários e empregados. As organizações podem terceirizar a vidades que não fazem parte do seu obje vo final, reduzindo custos e se tornando mais compe vas. Entendendo que os custos serão cada vez mais avaliados, encontramos oportunidades de se reinventar cole vamente nesse período. A união dos setores público e privado pode incen var empresas a trocar ideias e, consequentemente, pode ajudar na busca por maneiras cria vas de superar a crise. As associações promovem os ambientes ideais para isto por meio de núcleos setoriais, reuniões de diretoria e ações específicas para incen var o consumo. Contudo é preciso agir rápido. Nunca vivemos um cenário como o atual e, para isso, precisamos de pequenas dosagens de soluções diariamente. Além da construção de uma poderosa rede de relacionamentos, o associa vismo pode colaborar diretamente para amenizar os efeitos de uma crise econômica por meio de campanhas de marke ng unificadas, compras cole vas, promoções conjuntas, aquisição de máquinas para uso cole vo e parcerias para o desenvolvimento tecnológico. Durante os períodos de instabilidade econômica, em momento delicado, com demissões e o mizações nos processos de trabalho, o gerenciamento de crise entre os setores público e privado surge como ferramenta importante para reverter a situação. Cabe a eles manter um clima favorável, de modo que todas as partes interessadas se sintam sa sfeitas e mo vadas a colaborar. Além Revista NESupermercados NESupermercados 16 Revista 16
disso, as pessoas são as melhores engrenagens para que as empresas não sejam tão impactadas diante de cenários desfavoráveis, como uma crise. É possível inves r em capacitações não muito caras e que trazem resultados efe vos. Por meio da internet, esses profissionais podem se atualizar sobre as tendências de negócios e ouvir de seus associados opiniões diferentes, transformando assim os erros em aprendizagem. É preciso manter uma relação de transparência e confiança entre as partes. Ao construir essa relação, todos entendem o obje vo almejado e esperam de cada um e podem ajudar em momentos di ceis, como é o caso de uma crise. A propagação de um Plano de Ação Cole va, onde todos entendem aonde queremos chegar, é fundamental para que estejam alinhados ao mesmo propósito. Essa divulgação deve ser feita por meio das relações diretas, pelos canais de comunicação oficiais. A transparência na divulgação das informações referentes ao momento pelo qual passamos é essencial. A omissão das classes em momentos di ceis gera tensão entre os associados, prejudicando o bom desempenho das ações cooperadas, além de afetar a imagem da organização diante de outros públicos. O cenário de instabilidade polí ca e econômica pode ser como uma venda nos olhos das organizações, que acabam não sabendo direito para qual rumo essas mudanças as levarão. Assim sendo trazemos essas reflexões com a ideia que a palavra da vez é resiliência, ou seja, a capacidade de retorno ao estado original, mostrando no universo corpora vo até que ponto as pessoas que compõe a organização conseguem superar uma crise e se adaptar às mudanças impostas por ela, sendo agentes transformadores do meio em que estão inseridos. O úl mo desafio que as empresas que passam por algum estado de crise precisam enfrentar relaciona-se com a inovação dos processos e procedimentos de trabalho. As organizações que saem a frente desse processo de adaptação são aquelas que conseguem mudar o seu jeito de ser a agir para acompanhar as tendências do mercado. Chegou a vez das organizações de classe mostrarem a sua força e o seu valor. Mas isso só é possível com a sua ajuda. Onde está você? André Farias Consultor Empresarial Diretor da Amarkante Consultoria andre@amarkanteconsultoria.com.br www.amarkanteconsultoria.com.br
Varejo
Por Luciano Barreto
A FORÇA DA ESTRATÉGIA VAREJISTA PARA ENFRENTAR A PANDEMIA DO COVID-19 Quem diria que esse imenso monstro invisível aos nossos olhos iria causar tantas mudanças em nossas vidas, no nosso modo de viver, de trabalhar, de conviver em sociedade, mesmo que a distância, de como enxergar o outro. Enfim, mudanças comportamentais foram necessárias e vemos que tomar decisões rápidas e precisas, principalmente as empresas para que sobrevivessem em meio a tamanha transformação. O que fazer para se manter? Como será daqui pra frente? Uma coisa é certa! Nada será como antes. Precisamos acelerar os processos de vendas online, reinventar modelos de negócios, adaptar processos, relocar pessoas em seus postos de trabalho, e aqui, vou trazer dois exemplos de empresas do ramo varejista alimentar, com públicos dis ntos, mas que não se acomodaram diante do problema e agiram. Ambas focaram no cliente, esse sempre no centro das atenções, promovendo um ambiente de compra para o mesmo seja online ou presencial. No primeiro caso, os Supermercados Ideal, supermercado de um público peculiar, situado na cidade de Campina Grande-PB, com aproximadamente 355mil habitantes, representados pelos sócios e irmãos Edilson e Evandro Barbosa, diante de inúmeros pontos a serem respeitados dentro de decretos municipais e estaduais, junto com departamento de inteligência de Mercado, sen ram a necessidade de atender as pessoas que faziam parte do grupo de risco e que não poderiam mais sair de casa. Um projeto que estava agendado para ser lançado em Julho, no caso o e-commerce, foi lançado em apenas 48 horas após o anúncio do fechamento do comércio. Não foi fácil, pois inúmeras decisões veram que ser tomadas, equipes montadas de forma asser va pelo RH e acreditem, em 48 horas tudo estava rodando e as vendas online na sua primeira semana já nham um cket médio maior que o dobro da loja sica. Aliado ao e-commerce foram lançadas também as vendas pelo whatsapp, já que o ecommerce teria um mix reduzido d e v i d o o p o u c o t e m p o p a ra preparar a loja online.
Revista NESupermercados NESupermercados 18 Revista 18
Reduzir o quadro devido os afastamentos necessários dos colaboradores que faziam parte do grupo de risco não foi nada fácil, diga-se de passagem 25% do total de colaboradores. Exigiu montar um verdadeiro quebra cabeças por parte de direção e presidência do grupo, para fazer as contratações necessárias, sem onerar demais as despesas com folha, mas também exis a a necessidade de oferecer a qualidade de sempre nos serviços. Inúmeros quadros estratégicos foram montados com as lideranças para que tudo isso não viesse prejudicar o centro das atenções, o cliente. Além de toda essa manobra estratégica, tudo muito bem pensado levando em consideração a saúde de clientes e colaboradores. Horários de maior fluxo foram reavaliados, ofertas feitas de acordo com novos hábitos de consumo, adaptação de algumas categorias, cadastro de novos produtos, tudo muito bem pensado de forma ágil para atender o velho-novo cliente. No segundo caso, trago o Supermercado Minipreço, localizado na cidade de Boqueirão-PB com 17 mil habitantes, com caracterís cas mais tradicionais, onde o aparato tecnológico ainda não representa tanto nas vendas do estabelecimento, mas que a Empresária Ta ana Macedo, sen u que era hora de treinar sua equipe, rever o mix da loja e perceber que com toda essa mudança os hábitos dos seus consumidores mudaram. Com isso, ela treinou toda a equipe de reposição, passou a rever toda a estrutura mercadológica para melhor analisar os dados da sua venda com mais efe vidade. Se u lizando de inúmeras ferramentas do merchandising para encantar e impulsionar as vendas daqueles que frequentam a loja durante este período de pandemia. O layout da loja será todo modificado levando em consideração um estudo de Gestão de categorias com base nas vendas do período da pandemia e isolamento social. Cada caso a sua maneira com públicos dis ntos, estratégias dis ntas, mas ambos com foco em atender o “novo normal”, mas que nos dois casos a velocidade na tomada de decisões e o foco em resolver os problemas trouxeram resultados fantás cos com números acima dos dois dígitos em crescimento. Com certeza, não era em um momento como esse que gostaríamos de estar comemorando excelentes resultados como os que estão acontecendo, até porque é tudo muito imprevisível ainda, mas manter-se vivo diante de tantos problemas é de certa forma um alívio, garan r inúmeros empregos direta e indiretamente. Há muito o que se fazer no campo sico varejista, só que agora aliado ao virtual. O comportamento do consumidor mudou muito rápido e temos que andar na mesma velocidade. Dificilmente voltaremos ao que chamávamos de normal antes da pandemia. A sobrevivência da empresa no momento é necessária, mas adaptar-se para se estabelecer no novo normal é imprescindível. Professor na Pós-Graduação nos cursos de Marke ng e Gestão de RH Atuou em empresas como Nestlé, Unilever, Embelleze, RedeCompremais de Supermercados atuando nas áreas de vendas, merchandising e Gestão. Atuou como Consultor em varejo no Sebrae durante oito anos. Sócio-fundador da KMD Consultoria para o varejo Um dos criadores do so ware de Gestão de perdas o Ruptool Graduado em Administração de Empresas pela UFCG e MBA em Gestão e Estratégia de Supermercado pela FGV Atualmente Diretor Comercial no Ideal Supermercados
FICA EM
CASA, VAITER LIVE
A Pandemia é uma realidade e interrompeu a rotina cultural das famílias e principalmente de artistas de diversas áreas. Mas as empresas acharam nas lives um grande filão tanto no marketing como nas vendas de produtos pra acompanhá-las no conforto do sofá. Este é um novo filão para os supermercados que não se pode ignorar, e passa por vários gostos e idades.
Acesse nosso instagram e fique por dentro de nossas coberturas. @ne_super
Para a criançada
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Liderança
Por Jair Martiniano
LIDERANÇA MODERNA
COMO TRANSFORMAR RELAÇÕES EM RESULTADOS: O SEGREDO DA LIDERANÇA TRANSFORMADORA
As relações são baseadas em quatro processos importantes: Gerenciar a atenção, Gerenciar o foco, Gerenciar a Comunicação e Gerenciar o EU. Vamos destacar o GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO pois tenho percebido que é um dos fatores mais di ceis em todas as organizações. Vamos lá, fundamentalmente o processo de comunicação e feedback, e não existe segredo para uma boa comunicação. Sem dúvidas, hoje, este tema tem sido cada vez mais discu do dentro das empresas por ser algo ainda considerado um dos seus maiores problemas, evidente que onde tem “gente”, tem comunicação ineficaz. Vejamos, por exemplo, dentro de nossa própria casa, quantos recados deixamos de anotar ou mesmo repassar por confiar apenas na memória? Quantas vezes dizemos algo e os filhos entendem exatamente o contrário? Imagine dentro de uma organização, onde temos várias pessoas e ruídos diversos?
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Sem sair dos conceitos básicos sobre comunicação, precisamos entender que: - a responsabilidade de transmi r e se fazer entender é sempre do emissor; - só há comunicação se a mensagem for captada pelo receptor; - antes de terminar a comunicação, devemos verificar se tudo foi entendido corretamente; - não se usa termos ou linguagens desconhecidos pelo receptor; - a forma como nos comunicamos torna-se nosso ”outdoor” dentro de uma organização. Imaginamos que sempre passamos o nosso recado da melhor forma, porém ainda precisamos rever alguns de nossos “vícios”, pois somos exatamente aquilo que transmi mos através de nossa comunicação no meio em que atuamos. A arte do diálogo vai além do estabelecimento de um contato grama cal correto. Há a necessidade de exercitar nossos recursos internos e externos para entender que não é um simples despejar de palavras. Uma forma eficaz de comunicar-se é não abandonar os três princípios básicos: 1- Pensar: Através deste simples ato, não passamos pela falsa
idéia de sermos os “donos da verdade”, por possuímos algum conhecimento a mais que nossos colaboradores; 2- Planejar: Vem exatamente confirmar que para tudo que vai ser dito é importante verificar: o que, porque, a quem, como, quanto, quando e onde podemos falar; 3- Transmi r: Capacidade de ser compreendido na íntegra, gerando uma reflexão e um aprendizado através do que foi dito. Lembre-se de que a comunicação é ferramenta essencial do líder. Os excessos de intermediários, a escolha inadequada do local, preconceitos ou mesmo o uso do status como forma inibidora, tornam ineficaz qualquer método ou tenta va de estabelecer a tão falada e pouco pra cada “portas abertas” entre você – líder – e seus colaboradores. Comunicar-se bem é um exercício diário. Pra cando-o, os resultados serão imediatos. Todos nós, líderes, devemos ter em mente que o sucesso de uma empresa – seja ela grade, média ou pequena – está na mo vação gerada pela boa comunicação, na u lização de feedbacks e na busca do autodesenvolvimento. Ter esta consciência é sem dúvida o diferencial do bom líder, daquele que faz o resultado acontecer de forma constru va, transmi ndo segurança e permi ndo através de seus atos e palavras, reflexões para um esforço inteligente de todos. www.jairomar niano.com.br @jairomar niano
NE_Saúde Por Rafael Braga
COMO GERIR AS TENSÕES CAUSADAS PELO MEDO DO COVID-19 NOS FUNCIONÁRIOS É (visão médica) Patente e alarmante todo o impacto causado no Brasil e no mundo, em decorrência do surgimento do "Sars-Cov-2", o novo vírus da "família" coronavírus, descoberto e originário da China, em dezembro de 2019. O "coronavírus", termo simplificado e comumente adotado para se referir ao dito Sars-Cov-2, é o agente viral e causador da COVID-19 ( sigla, em inglês, para coronavirus disease 2019), doença em questão que estampa os no ciários nacionais e internacionais cotdidianamente, nos úl mos meses. A COVID-19 vem a ngindo, de forma avassaladora, diversas regiões do planeta, razão pela qual foi elevada à categoria de pandemia pela OMS(Organização Mundial da Saúde), em 11 de março de 2020. Apresenta evidentes repercussões nega vas, não apenas no âmbito da saúde, com desmembramento de muitas famílias, com entes queridos cujas vidas foram ceifadas pela referida patologia, mas também no social e econômico... Trata-se de uma en dade nosológica caracterizada por quadro sintomá co similar àquele da gripe, porém com al ssimo poder de contágio e potencial de gravidade em sua evolução, com complicações respiratórias que podem levar ao óbito, não apenas daqueles considerados mais vulneráveis clinicamente, como idosos e os portadores de doenças crônicas (a exemplo do diabetes e da hipertensão), respiratórias( como asma e DPOC) e os pacientes imunossuprimidos, mas também o restante da população. Em razão disso, somando-se ao fato de que inda não houve tempo hábil para a produção de uma vacina contra tal agente infeccioso ou uma medicação eficaz comprovada cien ficamente no combate a tal molés a, a determinação do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde é de que haja a quarentena, pautada no distanciamento/isolamento social como a medida mais segura e eficiente, até então, na prevenção do contágio e consequente redução do número de casos e mortes registrados. Contudo, há serviços classificados com essenciais e, portanto, devem con nuar em pleno funcionamento, em que pese a quarentena. Dentre eles, temos os pronto-atendimentos de saúde, transportes, postos de gasolina e o setor alimen cio e de abastecimento, representados por hipermercados, supermercados e mercados. Frequentemente, observam-se trabalhadores dos referidos serviços essenciais em vigência de estado de sobrecarga emocional e com algum nível de sofrimento psíquico, 26 RevistaNESupermercados NESupermercados 26Revista
com intensificação da ansiedade e possível afetação em sua funcionalidade e no desempenho labora vo. Para amenizar esse quadro, recomendam-se algumas importantes alterna vas: I) Seguir à risca as recomendações dos órgãos de saúde competentes acerca do uso obrigatório de máscaras, lavagem frequente das mãos com sabão ou descontaminação com uso do álcool em gel, além do respeito à distância mínima de dois metros entre as pessoas; II) Procurar, nos momentos de folga, preencher o tempo com a vidades de forma "leve", tais como: assis r a filmes e escutar músicas de seu interesse, pra car a meditação, pintura, desenho, vídeochamadas com amigos e familiares, fazer a vidades sicas, a exemplo de alongamento corporal, yoga, treino funcional. além de alimentação saudável, hidratação abundante e repouso; III) Evitar a busca desenfreada e permanente por informações associadas ao coronavírus ao longo de todo o dia, além de ter o devido cuidado para não se guiar por no cias duvidosas ou falsas (fake news), exaus vamente propagadas nas mídias sociais, pois isso pode exacerbar o quadro de ansiedade e angús a; IV) Procurar atendimento de telemedicina (online) psiquiátrico e psicológico para devido acompanhamento, caso as opções supracitadas não sejam suficientes para aplacar o desconforto vigente.
Graduado em Medicina pela UFPE Psiquiatra @rafaelbragapsiquiatra
NE_Saúde Por Ângela Vilela
COMO GERIR AS TENSÕES CAUSADAS PELO MEDO DO COVID-19 NOS FUNCIONÁRIOS (visão psicológica) Como já esperávamos, o avanço da Covid-19 permanece significa vo, levando autoridades de alguns estados a assumirem ações de contenção, como isolamento social e uso obrigatório de máscaras. Pernambuco é um exemplo disso, ao publicar um novo decreto, que restringe a circulação de pessoas e implementa o rodizio de veículos no Recife e em mais quatro cidades da Região Metropolitana durante 15 dias, com início no próximo sábado, dia 16. O ramo da alimentação, supermercados e hor frú , cujo serviço é essencial, não pode parar. O setor tem o desafio de enfrentar esse momento com seus riscos específicos. Carrinhos, corrimões e gôndolas podem ser locais com altas taxas de contaminação pelo coronavírus, por isso é importante que as recomendações para adequar os espaços e conter a circulação do vírus sejam respeitadas. É notório que o setor de alimentos tem desenvolvido car lhas e protocolos para segurança do contágio. A Associação Brasileira de Indústrias e Alimentos (ABIA) e a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) produziram recomendações que também estão embasadas pela Anvisa e Organização Mundial de Saúde (OMS). O momento é de tensão para todos, mas principalmente para os funcionários que estão mais expostos. Lembrando que a pandemia não só assusta e tensiona, como traz modos de reação diferentes para cada sujeito.
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Para gerir as tensões causadas pelo medo da Covid-19 nos funcionários, é preciso compreender que algumas pessoas estão trabalhando desde o início da pandemia, desenvolvendo uma defesa pouco sofis cada chamada de negação, uma superconfiança jus ficada pela sua exposição sem ter sofrido, até então um contágio, a sensação é de que nada pode lhe acontecer, mesmo diante da realidade de que qualquer pessoa pode ser contaminada. A negação pode acarretar um comportamento negligente na proteção de si mesmo e dos outros ao seu redor. Por conseguinte, os funcionários podem u lizar o mecanismo psíquico mais comum, passando a ter excessiva preocupação, e chegando ao medo e sintomas paranoide, desenvolvendo uma reação exagerada. Esse grupo pode apresentar alguns sintomas somá cos de ansiedade: palpitações, sudoreses, diarreia, tensão muscular exagerada, mal-estar respiratório e/ou opressão no peito. Geralmente, esse quadro ocorre por esgotamento e dificuldade de adaptação à di cil e nova realidade. É importante lembrar que o que está em jogo, no atual momento, não é só o contágio, mas também a falta de perspec va de como será daqui para frente, por isso não devemos inferir somente nas ações de higiene, mas emocionais, contribuindo para a saúde mental do trabalhador exposto co dianamente. Oferecer um diferencial na segurança do agora e no futuro, consiste em inves r no clima organizacional, adotando uma comunicação e orientação preven va e acolhedora para o presente. Reconhecer o trabalho dos profissionais nos serviços essenciais, fortalece e valoriza o esforço no cole vo e a importância da categoria para toda a sociedade. Algumas empresas têm valorizado seus colaboradores, com o agradecimento cole vo no final de cada turno, relaxamento respiratório e laboral no início da jornada de trabalho, bem como incen vos e atos de solidariedade social, como sorteio de cestas, produtos de higiene etc. Através de uma escuta atenta é possível promover o alivio de tensões no ambiente de trabalho. Assim o setor de Recursos Humanos deve estar preparado para oferecer suporte emocional aos colaboradores, principalmente quando já existe algum caso de contágio por Covid-19 na equipe, ou sofrimento por familiares acome dos pela doença. Quando nos deparamos com toda a sociedade tendo que lidar com um número de mortes crescente e desafios para a própria existência, se faz necessária a u lização de ações mais humanizadas e orientadas para a superação. Consequentemente, a busca, sempre que possível, do bem-estar do funcionário, seja criando soluções de transportes seguros e ou cuidando para que sejam tratados com o devido reconhecimento e dignidade, fará a diferença. Os esforços de informar, comunicar e educar com solidariedade e respeito serão, com certeza, a inicia va mais próspera para preservar a saúde mental dos funcionários. O momento é a pico e todos nós estamos susce veis à contaminação. A empa a é a chave para a superação emocional. Angela Vilela, Psicóloga clínica CRP 02-17536 Especialista em Saúde Pública,Facilitadora de Círculos Restaura vos, Treinadora de Equipes (81) 997853769 @angelavilelaoficial
Tributos
Produtos Monofásicos
Por Raphael Maimone de Oliveira
Com a economia mundial enfraquecida e o cenário empresarial com poucas perspec vas de reações a curto prazo, a redução de custos é uma meta essencial para todos os afetados por essa recessão causada pela pandemia. Analises financeiras, planejamentos tributários e gestões de recursos, precisam ser revistas e reanalisadas para que possam se adequar a novos tempos. Há inicia vas externas ofertadas, como redução de juros para captação de recursos, acordos trabalhistas norma zados para manutenção do quadro funcional e novos negócios que surgem para atender um modelo diferente de consumo. Todas essas opções são oportunidades trazem esperança no futuro. Adequação a novos tempos é a prioridade básica para as empresas que pretendem suportar a crise e sair na frente nessa transição pois gera capacidade de resultados melhores em curto prazo. Para as empresas do Simples Nacional, as ofertas externas, tem proporções menores e que não atendem em 100% as necessidades mínimas que jus fiquem aderir as mesmas. Valores de alugueis, fornecedores, folha de pagamento parcial ou integral, impostos, taxas, e outros custos, são reponsabilidades que con nuam batendo a porta desses comerciantes, além disso, o peso de não estar mais contribuindo com a responsabilidade social envolvida em todo o negócio. A alterna va imediata para as empresas do Simples Nacional é um trabalho revisional, dos úl mos cinco anos de todos os impostos recolhidos, em busca de que quan as pagas a maior que o devido, possam retornar ao caixa em curto prazo criando folego financeiro em meio a crise atual. As farmácias, revendas de autopeças, bares, restaurantes,
padarias e lanchonetes, têm em seus produtos impostos que estão sendo cobrados incorretamente e que podem se devolvidos aos seus caixas. A Tributação Monofásica des na a responsabilidade do recolhimento ao fabricante, ao importador e a indústria, o que exclui o dever do pagamento desses impostos pelo revendedor e comerciante. Analises simples, com velocidade de resposta e sem custos adicionais, rentáveis e corre vas para que os empresários tenham capacidade de rentabilidade maior com devolução de dinheiro aos seus caixas. A pra cidade de apuração e recolhimento dos impostos das empresas do Simples Nacional, apesar de aliados, tem sido grandes armadilhas que levam os empresários a pagarem valores a maior que o devido. Conhecer todos os impostos que compõem o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) e analisar suas memorias de cálculos, é responsabilidade do empresário sendo nesse momento de extrema importância para sua sobrevivência. As empresas precisam enfrentar a crise e para isso devem considerar qualquer situação que possa resultar em beneficio financeiro.
Raphael Maimone de Oliveira Colaborador da Pl3 Consultoria
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Marketing
Por Henrique Tenório
EM DEFESA DO MARKETING EM TEMPOS DE
CRISE Existe uma visão econômica que levamos para dentro de nossa casa e se aplica ao mundo dos negócios: “Na crise devemos cortar custos e manter o necessário para con nuarmos sobrevivendo até encontrar novas formas de conseguir capital.” Assim é a ro na de vários segmentos do mercado que assim como uma casa vive entre o equilíbrio de Despesas X Receita. Você pode dizer que faz todo o sen do esta citação e concordo com ela, mas o que acontece é que em algumas empresas cortam a verba ou demitem todos do setor de Marke ng. E qual a grande causa disto Henrique? Você deve está me perguntando. Sem medo de errar que em muito dos casos o setor mercadológico não faz parte da estratégia da empresa e sim é visto como um me que trabalha peças de arte para posts digitais, peças gráficas, vídeo ins tucional, sites e afins de propaganda. É importante deixar claro que o Marke ng vive muito de pesquisas para buscar entender o mercado para atender o consumidor em todos os sen dos, reformular estratégias, descon nuar produtos ou reformulá-los, desenvolver serviços, engajar e se relacionar com os clientes, orientar os consumidores, gerar novas demandas que influenciam no comportamento vida e ro na do consumidor. E para finalizar cuidar da sua marca com as técnicas de Branding. A conta deveria o setor como inves mento em meio a tanto retorno que ele trás através de estudos e pesquisas. “O Marke ng vai muito além dos 4P´S, ele vai conversar a todo o momento com seu cliente para não só fideliza-lo, mas torna-lo um fã, promovendo de forma orgânica (a custo zero) toda experiência que sua empresa pode agregar na vida dele. A sua marca deixa de ser apenas um fornecedor para uma demanda e passa a ser amigo, interagindo com ele diariamente.” 36 Revista NESupermercados
“Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão.” Aaron Burns
Veja este quadro da FGV – Educação Execu va:
corpo de pesquisa da Harvard Business School, elencaram ao longo de algumas crises a importância do marke ng para o sucesso e o fracasso das marcas durarem na crise e após ela. E definem que o primeiro passo é ter claras as possíveis tendências de consumo.
Estamos em 2020 e neste cenário de crise na saúde que está afetando diretamente a economia e as polí cas de consumos; sua marca precisa se relacionar com seus clientes a todo o momento para ofertar alterna vas, principalmente em tempo de crise, desenvolver novas parcerias e manter relacionamento. E como desenvolver ações em um momento tão sensível sem estratégias? Seria jogar recursos no lixo. Concorda? Então de forma ní da as poli cas mercadológicas irão dar con nuidade a toda sua estratégia durante e muito mais pós qualquer crise. Em todas as crises que o mundo vive afetam diretamente a relação de consumo que são monitoradas através de psicologia e estudos do comportamento do consumidor. É necessário demais entender que o profissional do marke ng, busca de várias áreas que estão alinhadas com pessoas e suas várias formas de pensamento, es lo de vida até chegar à melhor persona ou persona ideal que vai se relacionar com sua marca. Neste cenário John A. Quelch (jquelch@hbs.edu) que é diretor sênior associado e tular da cátedra Lincoln Filene Professor of Business Administra on da Harvard Business School, nos EUA e a Katherine E. Jocz (kjocz@hbs.edu) pertence ao
Elencando 04 possíveis perfis de clientes: 1. O segmento pé-no-freio é o que se sente mais vulnerável e abalado financeiramente falando. Esse grupo reduz todo po de gasto, eliminando, adiando, diminuindo ou subs tuindo o consumo. Embora o segmento costume reunir consumidores de renda inferior, quem ganha mais também pode cair nessa categoria, sobretudo se sua situação de saúde ou renda mudar para pior; 2. O consumidor abalado-maspaciente tende a ser resiliente e o mista em relação ao longo prazo, mas menos seguro quanto às perspec vas de recuperação no curto prazo ou a sua capacidade de manter o atual padrão de vida. Assim como aquele que pisa no freio, esse consumidor economiza em todas as áreas, mas com menos fervor. Maior de todos os segmentos, o grupo inclui a grande maioria dos lares não a ngidos pelo desemprego e abrange um amplo leque de níveis de renda. Com o agravamento da crise, o consumidor abalado-maspaciente migra para o segmento pé-nofreio; 3. O consumidor em situação tranquila acredita na própria capacidade de sobreviver bem aos solavancos na
economia, hoje e no futuro. Seu nível de consumo con nua próximo dos níveis pré-recessão, embora agora tenda a ser um pouco mais sele vo com o que compra (e a ostentar menos). Esse segmento é formado basicamente pelos 5% de maior renda da população. Inclui, ainda, quem não é tão rico, mas sente que tem uma situação financeira estável — quem se aposentou bem, por exemplo, ou inves dores que saíram cedo do mercado ou nham aplicado em inves mentos de baixo risco, como CDBs; 4. O segmento que vive-opresente con nua agindo como sempre e, de modo geral, não se preocupa em poupar. A reação do consumidor desse grupo à crise é, basicamente, adiar compras de grande valor. Normalmente é gente mais jovem, urbana. É mais provável que vivam em imóvel alugado do que em casa própria e gastem em experiências, não em objetos (com a exceção de aparelhos eletrônicos). Dificilmente alteram os hábitos de consumo. Salvo, é claro, se perderem o emprego.
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EM DEFESA DO MARKETING EM TEMPOS DE CRISE
Independentemente do grupo ao qual pertence, o consumidor classifica produtos e serviços em quatro categorias para poder priorizar os gastos: • Ar gos essenciais são necessários para a subsistência ou considerados fundamentais para o bem-estar. • Um agrado é uma fonte de prazer cuja compra imediata é da como jus ficável. • Ar gos adiáveis são coisas necessárias ou desejadas cuja compra pode ser postergada. • Dispensáveis são coisas consideradas desnecessárias ou injus ficáveis. E agora Henrique com tanta informação relevante sobre a importância do Marke ng e sabendo que ele vai ajudar com muito estudo e estratégia a passar pela crise. Como ser asser vo e ajustar meu setor a tudo isto? Digo-te que é uma escolha ficar em modo off-line ou ao lado do seu cliente. Vamos às dicas: 1. Inovar e de forma bem asser va para estar cada vez mais onde seu cliente está encontrando meios para chegar e levar seu produto até ele; Seu cliente é digital? Quais destes perfis listados engloba grande parte deles? Qual a geração comportamental dele (X,Y,Z, Centenials)?O seu setor de marke ng vai te responder... Agora seja rápido; 2. Revise seu por olio, se for o caso o mix de produtos ou serviços e foque suas energias para promover aqueles que irão trazer retorno com menos custos (produção, operação, divulgação e venda). Principalmente aqueles que ainda não se firmaram no mercado servem apenas para sondar o mercado ou conversar com algum nicho seu; 3. Torne seu produto acessível, não sou a favor de queimar margem e entregar o produto à quase zero de lucro, mas falo de trabalhar seu produto 38 Revista NESupermercados
ou serviço de forma que consumidor não se apegue ao custo neste momento, mas sim lembre que sua marca sabe da importância de está com ele neste momento e precisa con nuar, porque quando o foco se torna preço o apelo da estratégia construída por todos da empresa é jogada fora por conta de uma e queta mal calculada. Uma dica é uma jogada de mercado bem comum, Produto Combate/ de entrada, criando algo que dentro do seu posicionamento possa agregar e levar o consumidor, a saber, que ali também tem sua essência. 4. Melhore a comunicação com seu cliente foque na humanização da comunicação, evite mensagens prontas e cautela nas mensagens automá cas. U lizar a liderança de sua empresa para conversar com o público através de mídias que ajudará a levar relevância a sua marca. 5. Pense em como seu negócio vai se posicionar para a volta da crise o seu setor de Marke ng já precisa estudar como será o consumo no “novo normal”, então mais do que nunca se faz necessário trabalhar de forma asser va sua comunicação digital, tendo em vista que o futuro é incerto, precisamos entender que a transformação digital não vai regredir e com o distanciamento desta crise especifica as marcas estão se firmando muito dentro de canais digitais. Lembrando que precisa alcançar seu público. Como? Eles possuem netos, filhos, amigos de trabalho. Então envolva e se comunique com todos com uma presença se conseguir diária, caso não produza ao menos 03 conteúdos a depender da rede social e o segmento. Também é uma forma de engajar com baixo custo; 6. Faça e mantenha parcerias com fornecedores, distribuidores. Envolva todos os canais de distribuição do seu produto ou serviço, pois estarão mostrando ao público alvo que estão vivos e em sintonia, levando a mensagem que tudo isto vai passar e pode
con nuar contando conosco. Uma ideia é pegar a causa e transformar em ação social e revertendo em visibilidade, com baixo custo; 7. Observe seus concorrentes e outras marcas e de até mesmo de outros segmentos se permita fazer o que chamamos de benchmarking (referência) é modelar as melhores prá cas para masterizar os resultados da sua empresa. Examine de tudo e retenha o que é bom; Acredito que teremos a chance de passar por qualquer crise sabendo u lizar as ferramentas em favor de nosso negócio, mas precisamos entender que não é de toda forma que deveremos inovar, traçar estratégias e avançar; existe um mundo de conhecimento disponível, mas nem tudo cabe ao perfil de sua empresa e muito menos ao seu público alvo. Evidencio que para trabalhar com Marke ng precisa gostar e ser um profissional mul disciplinar, beber de vários campos do conhecimento e ser focado em a ngir o coração do seu cliente, como citei anteriormente, está além da esfera visual de lindos posts, banner e outras peças visual. Precisa ter foco em pessoas e foco em resultados. Henrique Tenório é especialista em gestão e marke ng, consultor de negócios e professor nas cadeiras de comunicação, administração e marke ng
Gestão
Por André Luna
O pequeno varejo pós-pandemia
CHEGA DE DESESPERO! É POSSÍVEL AMENIZAR OS EFEITOS DA CRISE. Apesar do cenário de alerta, não é um momento de ficar aterrorizado(a)
Estamos numa crise de efeitos não totalmente mensuráveis. Novas formas de consumo surgem em detrimento da necessidade de se manter distante de qualquer risco de contaminação pela COVID-19. Para atender às demandas de consumo da população em quarentena e driblar o fechamento de suas lojas sicas, o varejo precisou mudar.
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Considerado um serviço essencial, boa parte dos supermercados con nuou em operação – precisando urgentemente se adequar ao novo cenário pandêmico. Não me refiro apenas às questões de limpeza e organização para evitar o contato direto com as pessoas, mas também à necessidade de se fazer presente no ambiente digital. O consumidor com receio em sair de casa, passa mais tempo na cozinha. A prova disso foi um levantamento que a Cielo fez no período de março a abril que mostra o crescimento de 17,7% no faturamento do super e do hipermercado em 2020. O consumidor que precisa sair de casa busca um serviço especializado, adequado aos seus padrões de limpeza e segurança e, claro, comodidade. Ele quer passar menos tempo e se possível contar com um serviço de entrega. De fato, as perspec vas apontam uma mudança significa va nos hábitos dos seus clientes, caro supermercadista! E o que fazer? Pequeno ou grande, médio ou em crescimento, o seu ponto de venda precisa estar preparado ao novo cenário. Não vamos falar de tecnologia ainda, mas confesso que será preciso pensar nela a curto e médio prazo! Vamos nos concentrar nas soluções que estão – ou deveriam estar em suas mãos. Com isso, separei algumas dicas para você, supermercadista, rar as mãos da cabeça e par r para a ação. 1 – ATENÇÃO À SUA LOJA. O seu consumidor precisa perceber um ambiente limpo e seguro. Portanto, fique de olho na limpeza – aumentando os cuidados principalmente em momentos de pico! Verifique se as gôndolas estão bem sinalizadas e arejadas. Capriche na iluminação e mantenha espaços livres e arejados. 2 – DEGUSTAÇÃO E AÇÃO PROMOCIONAL Devido aos novos hábitos de consumo, não é o momento de fazer degustação de produtos. Qualquer deslize pode levar a sua ação promocional ao fracasso. Evite por um bom tempo a experimentação, optando apenas pela abordagem diferenciada. Atenção ao uso das máscaras e luvas!
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3 – COLABORADORES Já conversou com os seus colaboradores hoje? Já falou da importância da prevenção no ambiente de trabalho? Seus colaboradores se sentem protegidos e es mulados a trabalhar com segurança? Orientação nunca é demais! Portanto, independente do tamanho do seu estabelecimento, crie pequenos grupos de conscien zação para manutenção de um ambiente de trabalho harmônico e ainda mais seguro. 4 – SEGURANÇA PARA O SEU CLIENTE Procure manter a loja sinalizada seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Respeite o distanciamento necessário nas filas, verifique a proteção dos checkouts e dos seus colaboradores. Disponha de álcool em gel na entrada ou saída do seu estabelecimento. Se possível, mantenha um colaborador para higienizar os carrinhos ou cestas de compra. Isso demonstra cuidado com o seu cliente. Embale as maquinetas de cartão de crédito com plás co filme e higienize com álcool sempre que necessário. 5 – ATENÇÃO AO SEU BAIRRO A situação atual também está gerando uma maior valorização do pequeno empreendedor. Algumas padarias estão fazendo entregas no início das manhãs e nos finais da tarde. Ou seja, é o comércio local colaborando com os moradores. O que você pode fazer para atender às necessidades dos seus clientes que preferem não sair de casa? Pensou em atender pelo whatsapp? Por quê não? Segundo Ana Costa, da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv), “é interessante observar o resgate de um serviço muito comum de um passado distante, que. curiosamente trazia uma sensação de cuidado, proteção e conforto ao consumidor. Com os comércios adotando essa infraestrutura de conforto, de ter os produtos às mãos, é provável que irão preferir manter mesmo após a pandemia”.
Existem profissionais especializados nessa área que podem contribuir e muito com essa forma de comunicação. 7 – PLANEJAMENTO A CURTO PRAZO Os planejamentos anuais e revisões trimestrais darão espaço aos planejamentos trimestrais e revisões diárias. Independentemente do tamanho do seu empreendimento, esteja disposto(a) a fazer revisões necessárias ao seu empreendimento. É possível amenizar os efeitos decorrentes da pandemia. Apesar do cenário de alerta, não é um momento de ficar "aterrorizado(a)", mas de pensar em saídas estratégicas para o seu negócio. Comece agora e boas vendas!
André Luna é consultor de empresas especializado em gestão de pessoas, treinamento e desenvolvimento e atua como trainer para o varejo, atacado e distribuição por todo Norte e Nordeste do Brasil. E-mail: consultor@andreluna.com www.andreluna.com 81.3039-5898
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6 – AS MÍDIAS SOCIAIS Tudo bem. Se não consegue inves r em tecnologia agora, como o lançamento da sua loja na internet ou ainda não quer par cipar daquelas lojas virtuais para comercialização de seus produtos junto a outros supermercadistas, pense na sua presença digital. Crie um perfil profissional postando fotos, divulgando as promoções e registrando o dia a dia do seu estabelecimento nas mídias sociais. É uma excelente maneira de se manter conectado aos seus clientes. Defina um calendário de postagens com assuntos que podem chamar a atenção do seu consumidor. Depois que “pegar gosto” por esse trabalho, peça ajuda a quem entende do assunto! Revista NESupermercados 43
Economia
Por Ecio Costa
O DESAFIO DOS PEQUENOS VAREJISTAS NO NORDESTE FACE À PANDEMIA DO COVID-19 E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA REABERTURA DA ECONOMIA. A economia brasileira está sendo uma das mais impactadas com as consequências econômicas do COVID-19 no cenário internacional. Além do ritmo de contágio estar demorando para suavizar, o que faz com que os governantes tomem cada vez mais medidas restri vas, os impactos nos setores de comércio e serviços têm sido ainda mais fortes do que em outros países. O isolamento social tem obrigado as famílias a consumirem menos e concentradamente nos itens de alimentação básica e itens de higiene e limpeza. Até aí tudo bem, indicadores de arrecadação de ICMS dos estados bem como dados do IBGE apontam que os supermercados têm sido beneficiados num primeiro momento em que a chamada primeira onda de impactos, a onda da saúde, a ngiu a população. Muitos, inclusive reportam crescimento aparente nos negócios, nos primeiros meses de polí cas mais restri vas ao deslocamento.
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O problema que se apresenta vem justamente quando a segunda onda de impactos chegar. Esta segunda onda, segundo indicado por Paulo Guedes, Ministro da Economia, traz fortes impactos sobre a renda das famílias, pois é baseada em uma forte e generalizada redução na a vidade econômica, destruindo empregos por conta da falta de planejamento financeiro das empresas para vencer este longo período de quedas (ou inexistência) de receita. Neste momento, mesmo os setores que até então são considerados essenciais e con nuaram operando, terão forte queda na receita e passarão por momentos di ceis.
A situação é ainda mais complexa, pois, diferentemente de setores como os de turismo, transporte, bares e restaurantes, confecções e calçados, o setor de supermercados não receberá apoio direto do governo através de polí cas de crédito facilitado, já que veram a possibilidade de manter suas operações funcionando durante a crise. Todavia, os governantes não levam em consideração que haverá sim um forte impacto na receita destes empreendimentos, pois os índices de desemprego aumentarão consideravelmente, impactando até mesmo o consumo de alimentos, bebidas e produtos de higiene. Esta queda na receita alimentará ainda mais o cenário de maior risco de inadimplência na economia, fazendo com que muitos fornecedores limitem o crédito aos pequenos negócios e reduzam a disponibilidade de itens fornecidos. Este mesmo problema não será sen do pelas grandes redes varejistas, pois contam com crédito disponível e com custos mais acessíveis para uma possível recuperação econômica. O que deve ser feito para conseguir sair desta situação tão di cil que se delineia pela frente? Algumas recomendações valem ser apontadas: - Tal qual a maioria das grandes redes estão fazendo, reduza seus custos. Trabalhe com uma o mização dos processos e colaboradores para que os desperdícios sejam ainda mais reduzidos; - Invista no marke ng voltado para o desenvolvimento de medidas de valorização do comércio local. Esta onda tem se intensificado e pode ser um grande diferencial para vender e fidelizar seus clientes;
- Tome ações, e faça a divulgação delas, que comprovem ao seu cliente que há sim segurança em frequentar o seu estabelecimento. Neste momento de reabertura dos mercados, os clientes têm muita incerteza quanto aos cuidados das empresas na prevenção de contaminação de produtos; - Invista em formas alterna vas de fazer o seu produto chegar até o seu cliente. Durante este período de isolamento social, quem não se reinventou e disponibilizou formas alterna vas de atender os seus clientes, perdeu vendas; e, - Procure fontes de crédito mais acessíveis e confie em ins tuições de fomento ao desenvolvimento econômico, como o Banco do Nordeste e a Caixa Econômica Federal. Apesar de serem reconhecidamente burocrá cos e rigorosos quanto à análise da empresa, estas ins tuições estão fazendo negócios preferencialmente voltados para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Estas são algumas das recomendações que estão sendo passadas para muitas empresas com quem tenho experiência de consultoria econômico-financeira em diversos segmentos, inclusive no varejista. Ressalto que os impactos desta pandemia têm duração incerta, porém mais longa do que muitos analistas nham esperado logo início. Desenvolver e implantar essas medidas, principalmente a de obtenção de crédito leva tempo e os fornecedores não costumam esperar. Prepare-se, pois o momento é de sobrevivência, e somente conseguirão permanecer no mercado e até mesmo crescer, aqueles que verem maior poder de adaptação.
Ecio Costa M.S. e Ph.D. em Economia Professor Associado da UFPE Sócio Fundador da CEDES Consultoria e Planejamento Colunista da CBN Recife e Grande Rio FM Petrolina
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Finanças
Por Felipe de Moraes Andrade
AS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS EM TEMPO DE PANDEMIA “Neste mundo nada está garantido senão a morte e os impostos” (Benjamin Franklin) A pandemia em curso no mundo em razão da circulação do coronavírus estabeleceu um sem fim de incertezas na economia mundial. Em um mundo integrado a aplicação de intensas medidas de restrições sobre o comércio mundial e até mesmo sobre as liberdades públicas dos cidadãos em razão da questão sanitária. O segmento do varejo de alimentos e higiene pessoal, em razão de sua essencialidade, tem chamado a atenção do mundo pela capacidade de adaptação e qualidade na prestação de serviços. Este segmento da economia possui uma grande complexidade na apuração dos seus tributos. Durante a pandemia houve a adoção de algumas medidas palia vas por parte dos Governos Federais e Estaduais com a prorrogação de prazo para pagamento de alguns tributos (ex:. postergação dos prazos para pagamento do SIMPLES NACIONAL, contribuições previdenciárias entre outras). Entretanto quase a totalidade das medidas envolve prorrogação de prazos, entretanto não existe aceno com redução da carga tributária ou simplificação das obrigações tributárias principais e acessórias. Na realidade dos supermercados a prorrogação de datas para pagamentos não se traduz em bene cio, tendo em vista que o pagamento de competências em meses posteriores pode comprometer o fluxo de caixa das empresas. O mizar o recolhimento dos tributos da empresa envolve análise de compliance tributário sobre a operação. Em linhas gerais, essa análise redunda em conhecer se a empresa guarda conformidade com a legislação tributária dos entes federa vos (ICMS, PIS/COFINS, IRPJ, CSLL e CPP). Para manter a conformidade no pagamento dos tributos é necessária uma visão além do trivial serviço realizado de apresentar as obrigações acessórias ao fisco. Ainda esse olhar pode apontar oportunidades legais para correção de pagamentos a maiores de tributos, bem como planejamento para reduções legais da carga tributária. 46 Revista NESupermercados
Felipe de Moraes Andrade bacharel em direito pela UNICAP Advogado Franceschini e Moraes Advogados felipe@franceschini.adv.br Procurador do Estado
Estratégia Por Eduardo Corrêa
VAREJO: NEM TODOS SOFREM COM A CRISE Estamos vivendo duas crises: a sanitária, provocada pela pandemia do novo coronavírus, e a econômica, resultante das medidas para o combate à doença, como a necessidade de isolamento social. Por conta disso, diversas empresas veem seu faturamento despencar e têm sua sobrevivência ameaçada. Por outro lado, existem vários segmentos que registraram aumento nas vendas por oferecerem produtos e serviços necessários durante esse período a pico. No varejo, existe uma linha de produtos que vêm sendo beneficiada pela quarentena e que, em um primeiro momento, nem seria considerada essencial: são os produtos para limpeza de carros. Com os lava-jatos das cidades fechados, os consumidores estão sendo obrigados a lavar e higienizar seus carros em casa. Em tempos de isolamento social, é preciso lembrar que um carro parado por muito tempo exige alguns cuidados, desde a limpeza externa até as peças e engrenagens do
motor, para que o funcionamento não seja prejudicado. No entanto, a limpeza do carro se tornou algo que vai além da esté ca, pois uma boa higienização do interior do veículo pode diminuir os riscos de contaminação da família. É uma ó ma oportunidade para os fabricantes de produtos de limpeza realizarem ações de marke ng, principalmente nas redes sociais, para aumentar o faturamento. Existem várias maneiras de se aproximar do público consumidor, fortalecer o relacionamento com sua marca e ainda oferecer seus produtos para serem usados em casa. Toda crise traz oportunidades. Esse é o momento de se aproximar das pessoas, ajudando no que for possível, para que elas lembrem da sua marca. E o digital é a melhor ferramenta para conquistar esse obje vo. Uma boa comunicação neste momento, mais do que um aumento de vendas pontual, pode garan r o crescimento do seu negócio depois que a crise passar.
Recursos Humanos Por Milena Souza
DEMISSÃO POR FORÇA MAIOR, O QUE DEVO SABER?
A rescisão do contrato de trabalho por mo vo de força maior não é considerada sem justa causa, mas uma “demissão” por mo vos alheios à vontade do empregador.
Um tema que vem sendo bastante discu do no meio empresarial, gerando muitas dúvidas tanto para o empresário, quanto para os empregados, a demissão por força maior está prevista nos ar gos 501 e seguintes da CLT, que dispõem tratarse de todo acontecimento inevitável e alheio à vontade do empregador e para o qual este não concorreu, direta ou indiretamente. A Medida Provisória (MP) 927/2020 no seu ar go 1º, parágrafo único, estabelece que a calamidade pública cons tui hipótese de força maior, não sendo necessário o reconhecimento desse fato pela Jus ça do Trabalho para ocorrer a rescisão do contrato de trabalho por esse mo vo. Sendo assim, não restam dúvidas de que a pandemia estabelecida devido a covid-19, que ocasionou a decretação de calamidade pública, é hipótese de força maior. Basta o reconhecimento da calamidade pública para o empregador poder fazer a rescisão do contrato de trabalho por mo vo de força maior? Embora a MP 927 tenha reconhecido a calamidade pública como mo vo de força maior para fins trabalhistas, nem toda empresa poderá se valer dela, pois, além do mo vo força maior, é necessário que tal fato tenha afetado substancialmente a situação econômica e financeira da empresa a ponto de ser necessário o seu fechamento, total ou parcialmente. Alguns, entretanto, entendem que a referida MP re rou a exigência de ex nção da empresa, talvez por entenderem que ela é vital para a sobrevivência da economia e futura geração de empregos. Porém, não há nada de forma expressa sobre isso no texto da norma. Esse, portanto, é um tema que deverá passar pelo entendimento dos tribunais.
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Quais verbas recisórias são devidas na rescisão por mo vo de força maior? • Saldo de salário; • Férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3; • 13º salários vencidos e proporcionais; • Indenização de 20% do FGTS sobre o saldo dos depósitos realizados na conta vinculada do trabalhador, conforme ar go 18, §2º, da Lei 8.036/90. • Liberação do FGTS, conforme ar go 20, I, da Lei 8.036/90. Importante esclarecer que a rescisão do contrato de trabalho por mo vo de força maior não é apenas mais uma modalidade de ex nção do contrato de trabalho à disposição do empregador, como se fosse uma benesse. Esse po de rescisão deve ser vista com cautela e u lizada somente por aquelas empresas que, de fato, foram a ngidas fortemente pela pandemia, ou seja, que não possuem reais condições de dar con nuidade ao negócio. Sendo assim, é importante que em casos de dúvidas, procurar um profissional da área, para que não seja tomada a decisão de forma errada, trazendo prejuízos futuros na esfera trabalhista. Milena Souza Contadora CRC 030342/O-8 Especialista em contabilidade para Micro e Pequenas Empresas (81) 98645-5867 @mscontadora_
SAÍDA
Mercado
Por Rose dos Pets
ROTINA DOS PETS NA QUARENTENA. Todos, em qualquer parte do mundo, veram a sua ro na modificada devido a pandemia do COVID – 19, ou popularmente conhecida como Corona, um vírus que teve seu inicio na China, e que muitos achavam que se tratava apenas de uma simples gripe, que outros vírus e doenças existentes no nosso País, como tuberculose ou a dengue, eram bem mais preocupantes , e que a distância da China para o Brasil é tanta que nada de mal irá acontecer, e eu também pensava assim em meados de janeiro desse ano, mas, o problema foi a velocidade que os sintomas se manifestavam, levando em poucos dias, o paciente ,à óbito, e poucos meses depois do primeiro caso no mundo, vemos nossa vida virada de cabeça para baixo, tudo foi modificado, reformulado e adaptado, e a família toda teve que se reinventar, mas, e os nossos amigos pets, veram também as suas ro nas diárias alteradas? Eu afirmo que sim, e antes de escrever esse ar go, já estava recebendo mensagens, lendo em jornais e revistas, e até matérias nos telejornais que falavam sobre o assunto, e fui então me aprofundar a respeito, e nada melhor do que conversar com os pais dos pets, e fiz isso através de um ques onário com várias perguntas, para saber o que realmente estaria acontecendo com meus pets sobrinhos. E foi só enviar mensagens que todos responderam no mesmo dia, sim, porque eles estavam ansiosos para falar e debater com alguém, queriam ser ouvidos, e as respostas foram muito parecidas, o isolamento estava deixando eles mais sonolentos em alguns momentos, e agitados em outros, porque a vida social deles também entrou em quarentena, nada de encontros em parques ou shoppings, agora a realidade é muito diferente, e para a grande maioria o único passeio é ir na rua para fazer as necessidades, e mesmo assim saídas bem rápidas, nada de encontro com conhecidos, muito menos receber carinhos. Ao chegar em casa, tem que fazer a limpeza das patas, porque é muito di cil colocar sapatos, po bo nhas, porque eles perdem a aderência ao andar, e vale até improvisar com balão de festa, já testei e foi aprovado. Muitos estão evitando levar para os banhos semanais nos petshops, mesmo sabendo que os cachorros não transmitem o vírus, mas, o problema é não arriscar sair de casa, e os banhos fi ca m d e fo r m a t ra d i c i o n a l . A alimentação está normal e as vezes até aumento de ape te, e como eles estão tendo mais a presença de seus todos em casa, pedem mais atenção e brincadeiras, e estão certos, tem que se exercitar, e 52 Revista NESupermercados
diminuir a monotonia que estão vivendo. O que chamou a minha atenção na pesquisa, é devido a quarentena, as pessoas só estão saindo para comprar man mentos ou ir a farmácia, e sente dificuldade de encontrar uma diversidade maior de produtos de alimentação nos supermercados, principalmente pe scos e produtos de higiene, como shampoo, escova e pasta de dente, tapete higiênico , porque os empresários tem que entender que pets fazem parte da família e tem necessidade básicas, merecendo mais ofertas de produtos nas prateleiras, principalmente, de qualidade. E o lado bom de ter um animal de es mação, é que a presença deles alegram a casa, distraem e servem de companhia, é que essa pandemia seria muito mais di cil se não fosse a presença dos pets em casa, porque eles doam amor sem nada exigir, cada um de uma maneira própria, seja um cachorro, gato ,pássaro, ou outro animal , o importante é a sintonia, muitas vezes realizada através de um simples olhar que acalenta nesse período a pico que estamos vivenciando. Concluindo, perguntei qual a primeira coisa que vão fazer no término da quarentena, e a resposta foi uma só, sair para brincar no parque, na praia, para encontrar os coleguinhas pets, marcar um encontrão com direito a sessão de fotos para comemorar os vencedores do BBB dos Petbloggers , mas, isso é assunto para o próximo ar go. Até breve.
NE NACIONAL Por Assessoria ABRAS
ABRAS E MAIS 28 ENTIDADES DO VAREJO LANÇAM PLATAFORMA DE GERAÇÃO DE EMPREGOS
Em um movimento pioneiro no país, 29 en dades ligadas ao varejo uniram-se para desenvolver uma plataforma online de geração de empregos no setor. Com a inicia va, in tulada Vagas no Varejo, o segmento espera minimizar os impactos provocados pelo novo coronavírus, ao garan r a recolocação de profissionais no mercado de trabalho e preservar a a vidade empresarial. O lançamento oficial acontece hoje, em uma data emblemá ca: 1º de maio, Dia do Trabalho. Segundo indicadores do Ibre/FGV, a crise pode deixar até 12,6 milhões de pessoas desempregadas e contrair em cerca de 15% a renda dos trabalhadores. O projeto foi idealizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe). A ação recebeu ainda o apoio voluntário da Tegra Sistemas, responsável pela concepção da plataforma; e da Advance, que elaborou o projeto de marke ng e comunicação visual. O aplica vo Vagas no Varejo estará disponível em todas as plataformas móveis, exigindo inicialmente a conexão com a rede social ou e-mail. A ideia é estabelecer uma conexão simples e autodidá ca, sem as dificuldades impostas por canais tradicionais de empregos. Ao ter a conta criada, o profissional precisa somente destacar sua área de atuação, experiências anteriores e disponibilidade de horários, podendo também inserir seu currículo. As entrevistas e avaliações serão realizadas online. As empresas interessadas em recrutar profissionais também terão uma área exclusiva no portal www.vagasnovarejo.com.br, no qual poderão cadastrar suas oportunidades. Elas serão responsáveis por excluir as vagas que forem preenchidas e assinarão um termo no qual se comprometem a não u lizar as informações dos candidatos
para qualquer outra finalidade, como venda de produtos ou serviços. Clique aqui e confira o vídeo da campanha. Da ideia às adesões As primeiras reuniões para discu r o movimento veram início no fim de março e, em apenas 15 dias, ganharam a adesão das demais en dades (veja a relação abaixo). "O Brasil está passando por um momento sem precedentes, que tem trazido muitos desafios para os empresários e trabalhadores. O Vagas no Varejo é um importante projeto que resulta da soma de forças do empresariado brasileiro na geração de oportunidades para a população. Juntos, queremos ajudar o país a passar por essa pandemia com menos danos econômicos possíveis", comenta João Sanzovo Neto, presidente da Abras. "A redução do ritmo da economia e o desemprego são consequências inevitáveis da crise, e a retomada tende a ser muito lenta em alguns setores. Com essa estratégia, empresários e dirigentes da inicia va privada somam esforços e competências para reverter mais rapidamente esse quadro e manter o nível de emprego e renda para muitas famílias", ressalta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma. "A perda do capital humano é a maior perda que uma empresa pode ter. Não poderíamos ficar está cos somente olhando tudo acontecer. Essa união do varejo é um compromisso com a sociedade para que juntos possamos superar essa fase. E a inicia va começa agora e fica aberta a todas as empresas e candidatos para sempre", afirma Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.
Acesse o vídeo promocional aqui
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NE NACIONAL Por Assessoria ABRAS
PRESIDENTE DA ABRAS PARTICIPA DE LIVE COM PARLAMENTARES E EMPRESÁRIOS SOBRE IMPACTOS DA COVID-19
Veja a videoconferência na íntegra.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Sanzovo Neto, par cipou na manhã desta quarta-feira (20), de videoconferência com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e da Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS), Efraim Filho, e empresários sobre os impactos econômicos da crise do coronavírus (covid-19) nas empresas brasileiras. Promovido pela União Nacional de En dades do Comércio e Serviços (UNECS) e conduzido pelo seu presidente, George Pinheiro, o encontro virtual destacou em sua pauta a importância de conciliar medidas para evitar a disseminação da covid-19 no Brasil e manter o funcionamento da economia, incluindo a necessidade de uma agenda pós-pandemia para o direcionamento de ações que possam contribuir com a sustentabilidade dos negócios empresariais. Par ciparam da Conferência mais de 50 parlamentares, entre senadores e deputados, e representantes de todas as en dades que fazem parte da UNECS. Dentre as principais sugestões abordadas estavam a redução de burocracias na concessão de créditos para as empresas e os riscos que devem ser assumidos pelo governo federal, reestruturação do isolamento social, abertura do comércio com responsabilidade, entre outros tópicos. "Temos uma grave pandemia que a nge milhares de brasileiros, nossa economia, as empresas, os empregos e a renda dos mais vulneráveis. Construímos por decisão da Câmara dos Deputados uma emenda cons tucional dando todo o poder para o governo ter os instrumentos necessários para enfrentar essa crise. Estamos trabalhando para que os projetos aprovados cheguem a todos as empresas: micro, pequenas, médias e grandes. Sabemos que muitos setores estão fechando suas portas, e que para reabrir não será tão simples. Nosso papel é tentar minimizar esses danos", destacou Rodrigo Maia. Maia ressaltou ainda que o diálogo é fundamental na busca por alterna vas que minimizem a crise ."Temos que unir esforços para construirmos os melhores textos que possam atender a sociedade brasileira. Nosso papel é cuidar da vida da população e gerar 56 Revista NESupermercados
condições para que o setor privado tenha seu capital de giro e con nue funcionando." O deputado Efraim Filho (DEM) falou da importância do setor produ vo e do governo focarem em soluções e não apenas em diagnós cos da atual situação. "É melhor ajudarmos na manutenção das empresas do que resgatá-las do fundo do poço depois. Com essa conferência estamos dando voz ao setor de comércio e serviços, que mais emprega e paga tributos no país, e que precisa ter vez na agenda do Brasil." Para ele, uma alterna va que soma forças na recuperação da economia seria seguir modelos que estão dando bons resultados, como da Europa e dos EUA, por exemplo. "Localidades onde o tesouro está assumindo 100% dos riscos. Não podemos par r da premissa de que as empresas irão pegar o dinheiro do governo para não pagar, claro que teremos exceções, mas a grande maioria quer con nuar na a vidade econômica e u lizar os créditos para sobreviver". O deputado destacou também a relevância em se discu r uma agenda pós-pandemia. "Já está no nosso radar. Ainda estamos tratando da covid-19, cuidando dos cidadãos mais vulneráveis, salvando empregos e empresas, e socorrendo os entes federa vos, mas já há uma agenda em estudo, que inclusive, não descarta a reforma tributária", ressaltou Efraim Filho. Para o presidente da Unecs, George Pinheiro, é momento de o governo brasileiro atender as empresas e evitar uma ‘quebradeira'. "É preciso que o governo, através do BNDES, assuma a responsabilidade das garan as necessárias para a tomada de crédito das micro, pequenas, médias e grandes empresas. As exigências dos bancos têm sido o principal entrave para o alcance dos valores já disponibilizados. É preciso que, de alguma forma, o governo ajude as empresas a superar a burocracia dos bancos para evitar o colapso financeiro." Pinheiro destacou ainda que en dade vai enviar um protocolo nos próximos dias com todas as sugestões apresentadas na videoconferência desta quarta-feira para a Frente Parlamentar do Comércio e Serviços (FCS) e para os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre
direta a d n e v ica da fábr
Garantia total de 1 ano Assistência local Faturado em PE Frost Free Sem gelo ntes e i l c e sd dezena tisfeitos sa
Maior durabilidade Pintura plastificada Menos manutenção Rodas com rolamento
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CADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTI
Por Giselle Veras
PAULA VALÉRIA E A INSPIRAÇÃO PRA INOVAR No mercado desde 2014 com a SPV Eventos e Promoções, Paula Valéria (43), se prepara para assumir novos desafios. Com espírito empreendedor e mo vação de sobra, é por meio da realização de feiras e eventos que a empresária mostra aos seus clientes as principais tendências do mundo corpora vo e promove networking de resultados. Formada em Administração, e com MBA em Marke ng, ambos pela UniFBV Wyden, no Recife, a empresária esteve à frente da realização da principal feira do varejo do Norte e Nordeste, a Super Mix. Tanta dedicação, rendeu a SPV o primeiro lugar na categoria Eventos Corpora vos, no Prêmio Pernambuco de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo e Lazer do Estado, em 2019. “Todo o sucesso e reconhecimento só foi possível graças aos nossos expositores, as marcas e aos parceiros que confiaram em nós”, agradece. Como cria vidade e inovação são as marcas registradas dessa empresária que não tem medo de ousar, há dois anos ela promove um encontro de negócios voltado só para mulheres. O Impact Woman tem como obje vos desenvolver habilidades, conectar e promover experiências de negócios entre mulheres, empresárias e empreendedoras. Sempre atenta às necessidades atuais do mercado, outro encontro realizado por Paula Valéria busca conectar aqueles que querem expandir seus negócios e detectar oportunidades. Esse é o Café de Negócios, sucesso desde a primeira edição, em 2018. Com 20 anos de experiência no ramo de varejo, a empresária irá se dedicar a desenvolver o Varejo Vivo, que busca iden ficar as principais tendências na área e as experiências de sucesso no setor, promovendo a troca de experiências. Além de con nuar a desenvolver as rodadas de negócios, outra novidade será a realização da Feira Fitness NE. No meio de tantas novidades, Paula Valéria se despede da organização da Feira Super Mix, na qual esteve à frente desde 2015, para dedicar-se aos novos projetos e a promoção de eventos no setor de negócios. “A Super Mix foi uma grande experiência, fomos reconhecidos como a melhor feira do segmento do Norte e Nordeste e a terceira do País. Por isso, só tenho a agradecer todos àqueles que durante todos esses anos tornaram possível à realização desse evento”, diz, preparando-se para os novos voos.
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