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Revista

SUPERMERCADOS ANO XVI Nº96 setembro / outubro 2020

autoserviço . atacado . distribuição

Vendas de verão Produtos que devem fazer parte desta tão esperada estação que começa mais cedo no Nordeste

O FATOR HUMANO NO CENTRO DO NOVO VAREJO Seja no presencial ou no digital, as empresas terão que se adequar a estarem mais próximas de seus clientes e entenderem melhor suas necessidades

E ainda...

Liderando com clareza

Cobertura do Café de Negócios

Negócios de família

Engajamento virtual

Iden dade empresarial

Expressão corporal dos clientes




EDITORIAL Carlos Cavendish Diretor Editorial

Chegamos na penúl ma edição de 2020 e con nuamos “em quarentena”, aguardando o “novo normal” chegar. Parece até ousado pensar no futuro, mas é necessário refle rmos sobre que cidadãos essa nova sociedade terá? O novo normal exige adaptações que a crise vivenciada pela pandemia do coronavírus já tem trazido à tona. Todas suposições e possibilidades que imaginamos para “o novo mundo” convergem em um ponto: mudanças. Ao longo da história, grandes crises, guerras ou revoluções foram causando mudanças no modo de vida do ser humano. O desenvolvimento cien fico e tecnológico alterou a forma do homem se comunicar e se informar. O mercado de trabalho também experimentou transformações con nuas no caminhar da sociedade. O momento é de reflexão. Que competências e habilidades nos serão solicitadas no novo normal? Que po de ser humano desejamos para o futuro? Se não for possível sairmos pessoas melhores dessa crise, que nossa sociedade seja melhor no futuro. Algumas habilidades que já eram discu das antes da pandemia ganham mais força no cenário atual e no futuro: cria vidade, capacidade de resolver problemas, trabalho em equipe, versa lidade. Percebemos que muitas outras habilidades serão bem-vindas: empa a, respeito, tolerância, alteridade. Que nossa futura sociedade seja melhor, sem crise, sem vírus, com cidadãos com conhecimentos e habilidades suficientes para uma vida digna. E que nós, sociedade, tenhamos orgulho de ter contribuído com a formação desses novos cidadãos.

Boa leitura!

www.revistanesupermercados.com.br EDIÇÃO setembro / outubro

06- VITRINE 08- VITRINEVIVA

10 CADERNO ASPA ABAD elege nova diretoria para triênio 2021-2023. Aspa e Sincadise debatem adequações das empresas à LGPD. 14 CADERNO APES Setor supermercadista pressionado pelo aumento dos preços de produtos. Pernambuco torna obrigatório o uso de protetor facial ou a instalação de barreiras físicas transparentes em mercados e similares. Organização de las. Conferência de mercadorias proibida. Escola Nacional de Supermercados. 18 CADERNO ASA-AL Feira e exposição alagoana de supermercados 20 anos 22 PRA VENDER NO VERÃO 26 Douglas Carias ADOTANDO A CLAREZA COMO UM PRINCÍPIO PARA O TRABALHO EM EQUIPE

32 JOGO RÁPIDO - Danielle Torres SUA EMPRESA POSSUI UMA IDENTIDADE? 34 Angela Vilela ANSIEDADE POR RESULTADOS: SUCESSO OU VENENO PARA SUA EQUIPE? 36 Luciano Barreto OS DESAFIOS DA GESTÃO NO VAREJO FAMILIAR 42 Benovaldo Júnior AGORA É A HORA! ENCANTAR E FIDELIZAR CLIENTES

Expediente

46 Mônica Leão O CORPO FALA! SERÁ? 52 Cleia Eliane Soares TRÊS ESTRATÉGIAS QUE PODE APLICAR AGORA MESMO NO SEU SUPERMERCADO: PERDER CLIENTE É CARO E DÓI NA ALMA. 54 Eduardo Correia ENCARANDO AS LIVES PROFISSIONALMENTE 56 Henrique Tenório OITO DICAS DE COMO ENGAJAR CLIENTES ATRAVÉS DE GRUPOS VIRTUAIS 60 Giselly Veras A PROFISSIONALIZAÇÃO NO VAREJO

Distribuição: Alagoas, Paraíba e Pernambuco

66 Giselly Veras SUPERMERCADO LUCRATIVO 68 COBERTURA NESUPERMARCADOS CAFÉ DE NEGÓCIOS

74 MERCADO EXECUTIVO FLÁVIO MARTINS

CONTATO revistanesupermercados@yahoo.com.br

Fone: 81 99515.2222 04 Revista NESupermercados

Comentários, sugestões e críticas, como também assuntos relacionados às reportagens, ou se deseja orçamento para anunciar em nossa publicação



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TOSTADINHA É O NOVO SUCESSO DA VITARELLA Apresentando mais uma novidade ao mercado, Vitarella, marca pernambucana líder de vendas em massas e biscoitos no país, lança a Cream Cracker Tostadinha. Sendo mais uma opção irresistível para as famílias incrementarem o café da manhã, o lanche da tarde e o jantar, a Cracker Tostadinha está disponível em pacotes de 400g nos estados entre a Bahia e Rio Grande do Norte.

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LINHA UNIQUE DE PALMITOS DA MARIZA FOODS Palmitos de Pupunha da linha UNIQUE da Mariza Foods em formatos de arroz, Spaghetti e lasanha. eles levarão novos formatos e diversas possibilidades de receitas.

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VITRINEVIVA inovação e engajamento VITARELLA LANÇA CAMPANHA NACIONAL DA CREAM CRACKER

Assista aqui

A campanha está sendo veiculada na grade de horário nobre das principais emissoras. Também conta com versões do lme em vinhetas e merchans. Os meios digitais também fazem parte do alvo da marca. A ação tem como objetivo despertar o interesse nos consumidores que ainda não conhecem o produto a provarem.

PIRAQUÊ FAZ 70 ANOS COM CAMPANHA INSTITUCIONAL Receitas originais que atravessam gerações com milhares de fãs! A Piraquê, uma das marcas mais icônicas do país, completa em setembro 70 anos, sempre se reinventando. A novidade da marca é que os produtos Piraquê passam a ser distribuídos em todo o país. A nacionalização de Piraquê, adquirida pela M. Dias Branco em 2018, faz parte de um plano estratégico da companhia.

Assista aqui

FLOCÃO SÃO BRAZ NÃO-TRANSGÊNICO Este ocão é produzido com milho selecionado de sementes não transgênicas, que é milho ou outro vegetal que tem a semente modi cada em laboratórios para aumentar a produtividade. Como exemplo algodão ou soja utilizada para produção de óleo. Arroz, mamão e feijão são outros exemplos de produtos que tem versões transgênicas. Os produtos transgênicos são liberados por todos os órgãos governamentais e não há provas de que façam mal. Compromisso de oferecemos aos consumidores todas as opções disponíveis de farinhas de milho.

COCA-COLA REFORÇA PEQUENOS VAREJOS PARA A RETOMADA Transformado em uma plataforma de benefícios, o novo site de Coca-Cola reúne todas as promoções, ofertas e demais ações oferecidas pela marca, passando a conectar os consumidores diretamente aos comércios de suas vizinhanças. O objetivo dessa iniciativa, inédita no mercado de bebidas brasileiro, é promover o estreitamento do relacionamento entre os pontos de venda e consumidores, e assim contribuir para a recuperação econômica dos estabelecimentos.

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Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

ABAD

elege nova diretoria para o biênio 2021-2022

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Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) elegeu sua nova diretoria para o biênio 20212022. O novo presidente é o empresário mineiro Leonardo Miguel Severini, do Grupo Vila Nova, de Minas Gerais, que na gestão atual ocupa o cargo de 1º vicepresidente. O presidente Emerson Destro desejou sucesso à nova diretoria. “Leonardo e os novos diretores vão con nuar honrando o compromisso de lutar pelo associa vismo”, enfa zou. Ao concluir seu mandato, em dezembro, Destro passará a ocupar o cargo de presidente do Conselho Delibera vo da en dade. Em sua fala, Leonardo Miguel Severini destacou as inúmeras inicia vas do presidente Emerson Destro em prol da en dade nos quatro anos à frente da ABAD, ressaltando principalmente a força polí ca consolidada nesse período na parceria com a Unecs – União Nacional das En dades de 10 Revista NESupermercados

Leonardo Miguel Severini será o novo presidente da en dade nacional. José Luiz Torres, presidente da Aspa, foi escolhido como membro do Conselho Fiscal

Comércio e Serviços. Ele também parabenizou o superintendente execu vo Oscar A sano pelos 25 anos de ABAD, completados em 2020. “Agradeço a confiança do presidente e da diretoria. A par r de janeiro de 2021 estarei à disposição para conduzir a en dade da melhor forma possível, sempre respeitando os interesses de todos e, principalmente, o que a ABAD vem preconizando em 40 anos de atuação”, afirmou o presidente eleito. Para José Luiz Torres, fazer parte do Conselho Fiscal da ABAD demonstra a confiança e o reconhecimento da en dade nacional quanto ao trabalho exercido à frente da Aspa. “Sinto-me honrado pela escolha e asseguro meu olhar atento, minha dedicação e meu compromisso com a ABAD para que con nuemos a ter uma ins tuição fortalecida, proa va e asser va nas pequenas e grandes tarefas”, ressalta Torres.


De cima para baixo: José Luiz Torres, Thiago Cabral, Breno França, Bruna Mattos e Luciano Caribé

LIVE Aspa e Sincadise debatem adequações das empresas à

LGPD

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Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) vai regulamentar o modo como os dados dos cidadãos serão tratados pelas empresas, tanto no meio digital como no convencional. As novas regras afetarão todas as a vidades que envolvam a u lização de dados pessoais sensíveis relacionados a uma pessoa sica, seja ela já iden ficada ou iden ficável. Para tratar do tema pela segunda vez, a Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa) – em parceria com o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado de Sergipe (Sincadise) – promoveu uma Live, no dia 16 de setembro, com os advogados Luciano Caribé e Bruna Ma os e o assessor jurídico do Sindicato, Thiago Cabral, tendo como mediadores os presidentes José Luiz Torres (Aspa) e Breno França (Sincadise). Para fazer o tratamento correto dos dados é necessário que as empresas sigam os princípios da LGPD, entre eles segurança, transparência, prevenção, não discriminação e responsabilização. A advogada Bruna Ma os explicou que pode ser considerado dado sensível informações sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião polí ca, filiação a sindicato ou a organizações religiosas, filosóficas ou polí cas. “Mas não apenas isso, pois também incluem dados relacionados à saúde, vida sexual e orientação sexual, além de dados gené cos e dados biométricos tratados para iden ficar uma pessoa, como ocorre nos bancos e em alguns edi cios empresariais e condomínios”. O advogado Luciano Caribé falou da importância de as empresas inves rem em ações e mecanismos sistema zados e

estruturados para poderem se adequar de forma segura à LGPD. “A relação entre uma empresa e seus clientes pode ficar comprome da se a plataforma virtual disponibilizada não for segura para coibir tratamentos ilegais de dados pessoais”. Caribé alertou sobre a importância de as empresas adotarem todos os métodos necessários a fim de minimizar riscos de uso indevido de dados pessoais, sob pena de multas. “Um programa de Privacidade eficiente fará toda a diferença nesse sen do”. Para o consultor jurídico do Sincadise, Thiago Cabral, as empresas devem fazer contratos muito bem estruturados com seus parceiros, em caso de compar lhamento de dados sensíveis. “Todos os elos devem ter o máximo de cuidado, pois existe a responsabilidade solidária, em se tratando de um possível vazamento de dados da base”. Ele recomendou que as empresas façam treinamentos com profissionais especializados, para conscien zação sobre a lei, e treinamentos específicos para os setores mais envolvidos no tratamento de dados pessoais, de acordo com o modelo de negócio de cada empresa. Revista NESupermercados 11




Associação Pernambucana de Supermercados

SETOR SUPERMERCADISTA PRESSIONADO PELO AUMENTO DOS PREÇOS DE PRODUTOS

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o longo de todo o período no qual estão vigentes as medidas de controle à pandemia do COVID-19, o setor supermercadista vem sofrendo forte pressão com o aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. Itens como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja sofreram aumentos significa vos, em especial neste segundo semestre, o que trouxe grande preocupação para o segmento em todo o Brasil, que teve na ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) a en dade interlocutora em nível nacional junto à presidência da república, ministérios e órgãos de consumidor. Aqui em Pernambuco não foi diferente, e a APES se manteve à frente de todos os diálogos junto aos órgãos de controle e o Ministério Público. É um momento preocupante para todos, pois são os produtos da cesta básica da população Brasileira que sofreram essa majoração. "Nosso setor está sendo bastante pressionado, mas há o entendimento de alguns órgãos de acompanhamento de preços que a responsabilidade dessa majoração não é do supermercado, mas uma consequência da alta do dólar, da exportação, da lei da oferta e da procura e,

ainda, da diminuição da produção de matérias-primas", destacou o presidente da APES, João Alves. De acordo com a ABRAS, os aumentos de preço se devem ao aumento das exportações destes produtos e sua matéria-prima e a diminuição das importações desses itens, mo vadas pela mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real. Somando-se a isso a polí ca fiscal de incen vo às exportações, e o crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial do governo federal. O setor supermercadista reconhece o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira, mas é importante atentar para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, e esse ponto foi tratado pelo presidente da ABRAS, João Sanzovo, quando em reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da economia, Paulo Guedes. Além disso, a ABRAS tem dialogado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento, destacando o apoio ao sistema econômico baseado na livre

PERNAMBUCO TORNA OBRIGATÓRIO O USO DE PROTETOR FACIAL OU A INSTALAÇÃO DE BARREIRAS FÍSICAS TRANSPARENTES EM MERCADOS E SIMILARES A par r do mês de agosto, os estabelecimentos comerciais instalados em Pernambuco ficaram obrigados, por força da Lei Estadual 17.017/2020, a disponibilizar aos funcionários que desempenham funções de atendimento direto ao consumidor protetor facial (face shield) para uso ininterrupto ou providenciar a instalação de barreiras sicas transparentes nos locais de trabalho. No caso dos supermercados e similares, as barreiras sicas poderão ser usadas nos caixas de 14 Revista NESupermercados

inicia va e afirmando que o setor é contrário às prá cas abusivas de preço, que impactam nega vamente no controle de volume de compras, na inflação, e geram tensões negociais e de ordem pública. Há um esforço imenso do setor supermercadista para manter os preços normalizados e também para garan r o abastecimento regular das gôndolas. A APES par cipou de reunião virtual com o Ministério Público, que convocou a en dade e algumas empresas para explicarem o aumento. Na reunião, a en dade defendeu o setor no que diz respeito à não responsabilidade do aumento dos preços. A Associação também alertou aos seus afiliados sobre a importância de apresentar as notas fiscais de compra dos produtos no caso de uma fiscalização. "A transparência é fundamental, e mais ainda neste momento", afirmou João Alves. A en dade ainda informou ao empresários do setor sobre a possibilidade de ruptura de alguns produtos, como o óleo de soja, pois já há registro de lojas que estão limitando a venda ao consumidor, por não estarem conseguindo comprar do fornecedor, pela indisponibilidade do mesmo na indústria.

pagamento e nos setores de auxílio ao consumidor e o uso do protetor individual de face vai permi r que os atendentes de padaria e do balcão de frios, os gerentes e os funcionários de loja contem com mais uma proteção contra a transmissão da COVID-19. Vale ressaltar que a Lei 17.017/2020, fruto da unificação dos projetos de lei nº 1083/2020, 1197/2020 e 1193/2020, de autoria, respec vamente, dos deputados Claudiano Mar ns Filho (PP), Pastor Cleiton Collins (PP) e Henrique Queiroz Filho (PL), recebeu atenção prioritária da APES durante seu processo de tramitação, que conseguiu ajustar diversos pontos que poderiam causar impactos economicamente nega vos ao segmento.


ORGANIZAÇÃO DE FILAS Entrou em vigor no dia 10 de agosto a Lei Nº 16.997/2020, que estabelece procedimentos de prevenção da COVID-19 nos estabelecimentos comerciais. O texto trata sobre a responsabilidade das lojas sobre organização de filas de atendimento. Em seu ar go 4, que trata especificamente dos supermercados, mercados, hipermercados e afins, a Lei diz que "É de responsabilidade durante o período de pandemia do COVID-19, a organização de filas de atendimento, cumprindo as determinações de espaçamento recomendadas pelas autoridades de saúde do Estado de Pernambuco". O não cumprimento da Lei prevê multa que pode variar de R$ 1 mil reais a R$ 5 mil reais, dependendo do porte da loja. CONFERÊNCIA DE MERCADORIAS PROIBIDA A Lei nº 16.821/2020 altera a Lei nº 16.559, de 15 de janeiro de 2019. Com a Lei em vigor, fica proibida a conferência de produtos, após o pagamento no caixa, dos produtos adquiridos. Essa prá ca é mais usual nas lojas de formato atacarejo, e o entendimento do autor da Lei é que ela constrange o consumidor. Então, foi acrescido ao Código Estadual de Defesa do Consumidor o Art. 164-A, que diz que "os mercados, supermercados, hipermercados e atacadistas estabelecidos em Pernambuco, sejam eles de varejo, atacado ou venda mista, são proibidos de conferir os produtos adquiridos e devidamente pagos pelo consumidor após o atendimento no caixa do estabelecimento, sem a sua anuência". Os mercados, supermercados, hipermercados e atacadistas devem, ainda, afixar um cartaz com os dizeres: É PROIBIDA A CONFERÊNCIA DE MERCADORIAS SEM ANUÊNCIA DO CLIENTE, APÓS O PAGAMENTO NOS CAIXAS DESTA EMPRESA. O mesmo deverá ser colocado em um local de fácil visualização. O não cumprimento prevê as sanções descritas no Art. 180 do CEDC PE, a ver: Art. 180. A penalidade de multa será fixada de acordo com as seguintes faixas pecuniárias: I - Faixa Pecuniária A: de R$ 600,00 (seiscentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais); II - Faixa Pecuniária B: de R$ 10.000,01 (dez mil reais e um centavo) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); III - Faixa Pecuniária C: de R$ 50.000,01 (cinquenta mil reais e um

centavo) a R$ 100.000,00 (cem mil reais); IV - Faixa Pecuniária D: de R$ 100.000,01 (cem mil reais e um centavo) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); e V - Faixa Pecuniária E: de 1.000.000,01 (um milhão de reais e um centavo) a R$ 9.000.000,00 (nove milhões de reais). § 1º As faixas pecuniárias aplicáveis a cada po de estabelecimento, graduadas de acordo com a natureza e gravidade da infração, encontram-se definidas em disposi vos específicos deste Código. § 2º As faixas pecuniárias estabelecidas neste ar go serão atualizadas anualmente, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou índice previsto em legislação federal que venha a subs tuí-lo. ESCOLA NACIONAL DE SUPERMERCADOS No ano passado, a ABRAS apresentou a ideia de um projeto associado à Escola Nacional de Supermercados para a construção de um curso de capacitação orientado para varejistas de todo o Brasil. Com a pandemia do coronavírus e as medidas de controle social, a en dade nacional direcionou o seu trabalho para as plataformas on-line, e lançou, no final de agosto, o curso de capacitação para “Rastreabilidade – Programa Rama”, em conformidade com as Instruções Norma vas Conjunta (INC 02/2018 e INC 01/2019). O Curso poderá ser acessado por todos os profissionais do setor por meio da Escola Nacional de Supermercados (ENS), e terá um conteúdo composto por 10 módulos, a ver: mapa geral da agricultura no Brasil; os Tipos de FLV – o orgânico e o tradicional. Melhorias gené cas; variedades de produtos e bene cios; padrão de qualidade para FLV; segurança do alimento . Global GEP; armazenamento e acondicionamento (enfoque prá co) – em CDs e em lojas – temperatura, umidade, as prá cas do dia a dia; Exposição e manuseio (transporte/CDs e lojas); rastreabilidade e boas prá cas de FLV; cer ficação ISO ou análise de pontos crí cos ou HACCP – análise de perigos e pontos crí cos de controle; por fim, o programa RAMA (rastreabilidade e monitoramento de alimentos) – metodologia e processos. Curso já disponível em h p://www.escolaabras.com.br/

AÇÃO SOCIAL Em mais uma ação solidária da APES, foi entregue à Cruz Vermelha uma doação de água mineral. Empresas associadas à APES se uniram para atender ao pedido da ins tuição, que está ajudando pessoas necessitadas em consequência da pandemia da COVID-19. No total,

foram doados 9702 garrafas de 1,5l de água e par ciparam da ação as bandeiras Arco Mix, Extrabom, Trevo, Bonanza, Rende Mais, Soberano e Deskontão.

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Associação de Supermercados de Alagoas

Por Mirna Lívia Suiça de Lima, Assessora de comunicação

FEIRA E EXPOSIÇÃO ALAGOANA DE SUPERMERCADOS ‒ 20 ANOS São duas décadas aproximando indústrias, distribuidores e serviços ao varejo. 20 anos que serão comemorados em 2021 com uma Feira renovada em um dos melhores locais da região, o Centro de Convenções de Maceió.

A

Associação dos Supermercados de Alagoas – ASA – realizadora da FEIRA E ESPOSIÇÃO ALAGOANA DE SUPERMERCADOS – a exemplo da maioria dos eventos de negócios, adiou a realização da FESUPER devido á Pandemia da Covid-19. A prioridade nesse tempo de exceção foi o trabalho incessante para garan r que o setor supermercadista alagoano con nuasse exercendo sua essencialidade com a maior segurança e tranqüilidade possível para colaboradores e clientes.

20ª FEIRA E ESPOSIÇÃO ALAGOANA DE SUPERMERCADOS ‒ 15 a 17 de setembro de 2021 ‒ CENTRO DE CONVENÇÕES DE MACEIÓ Com data e local definidos já estamos trabalhando para que esta edição da FESUPER onde comemoramos 20 anos de sucesso seja a maior e melhor de todos os tempos com a par cipação de nossos tradicionais expositores que já garan ram preseça e já fazem parte de nossa planta oficial. Além disso já temos também garan da a par cipação de novas empresas. Tudo em um ambiente seguro e propício para a realização de grandes negócios. Em 2021 faremos o melhor evento da história do supermercadismo alagoano com a presença de expositores alagoanos e de vários lugares do país que realizarão excelentes negócios com os milhares de varejistas alagoanos e visitantes dos Estados vizinhos. Marque desde já em sua agenda e procure um dos nossos canais de atendimento para par cipar desta grande festa de comemoração dos 20 anos da FESUPER - FEIRA E EXPOSIÇÃO ALAGOANA DE SUPERMERCADOS. 18 Revista NESupermercados

No entanto este adiamento necessário aumentou a expecta va, o que tem nos proporcionado uma disposição ainda maior para a realização de um evento que tem sido reconhecido como uma dos mais importantes de toda a região. E, com esse espaço de tempo extra, estamos preparando junto a expositores e patrocinadores uma FESUPER muito mais especial para 2021.





Embalagem prática do cajú cristalizado da Tambaú para um dos doces mais apreciados. facilita a vida de levar na bolsa da praia ou da piscina.

Paçoquita Diet, as balas mastigáveis Paçoquita é a primeira bala mastigável diet do Brasil. Com excelente sabor faz sucesso entre os consumidores que procuram uma alimentação livre de açúcar. Doce de Amendoim Diet, A Paçoquita de sempre, sem açúcar! Quem é exigente no sabor agora pode ser duas vezes mais. Os produtos da linha PAÇOQUITA DIET entram nas dietas dos diabéticos e de qualquer pessoa que busca uma alimentação mais saudável. Paçoquita Zero com Aveia, é um produto com o conceito Zero Adição de Açúcar que, além de manter todos os benefícios que o amendoim proporciona para a saúde e não ter açúcar incorporado, adiciona a Aveia, que também possui muitas vantagens para uma alimentação equilibrada. Amendoim sem pele, Grelhaditos, o Verdinho, é o amendoim sem pele, torrado e levemente salgado. É perfeito para degustar com os amigos, família ou no lanche do trabalho.

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Por Douglas Carias

ADOTANDO A CLAREZA COMO UM PRINCÍPIO PARA O TRABALHO EM EQUIPE Há muitos anos conheci um livro chamado “Chega de Oba-Oba”, escrito por Judith Mair, uma autora alemã (salvo engano) que tem uma visão, digamos assim, diferenciada do trabalho. Ela fundou uma agência de publicidade em Colônia (AL) e imprimiu seus princípios na ro na da empresa - alguns deles, muito polêmicos. Por exemplo, ela pede para que seus colaboradores (todos) desliguem o celular enquanto estão no trabalho, não levem trabalho para casa, finalizem o dia de trabalho pontualmente (sem horas extras) e limpem suas mesas ao final do expediente. Isso me parece um tanto incomum para a realidade brasileira, eu sei. Porém, a autora tem um ponto de vista claro e direto sobre o trabalho, escrito na orelha do livro:

“No fundo, o que Judith Mair pretende (...) é que elas [as pessoas] guardem seu amor e sua alegria de viver para a família, os amigos, os trabalhos comunitários e possam assim ser mais objetivas e eficazes no trabalho”.

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O fato de ela querer dividir trabalho e vida pessoal é para dar aos colaboradores a oportunidade de viverem plenamente seus diversos papeis sociais: pensar no emprego apenas no horário do emprego, cuidar da família e se diver r em todo o resto do tempo. O principal ponto que nos serve aqui é: há muita clareza no que se exige dos seus colaboradores. Concorda que essa é uma excelente lição para os nossos negócios? Isso traz algumas ideias do que podemos aprender e refle r sobre essa necessidade no mundo do trabalho.

I. O COLABORADOR PRECISA SABER DO QUE É EXIGIDO O contexto norma vo das organizações vem sofrendo uma mudança sistêmica, na qual há mais liberdade, menos rigidez e uma maior diversidade em muitos sen dos. Isso me lembra a teoria da modernidade líquida, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Vivemos em tempos nos quais ser “sério”, regrado e disciplinado é um problema. No geral, as pessoas estão mais acostumadas com as chamadas “verdades rela vas”, onde ninguém pode falar nada de ou para ninguém, e qualquer contexto que procure trazer padrões e

d) e)

lógicas estabelecidas é do como incômodo, estressante ou até abusivo por muitos. Sim, em alguns momentos, isso pode acontecer, porém não há como aceitarmos essa generalização. Inclusive, isso já nos ajuda na aplicação deste tópico: não podemos achar que todos os colaboradores são iguais. São pessoas, mundos, formações, mentalidades, percepções, comportamentos, posturas e reações diferentes. Não podemos interpretar que todos vão entender tudo da mesma forma. Ainda que sejam duas pessoas em cargos iguais, elas podem entender que suas funções devem ser desenvolvidas de forma diferentes. Isso posto, é importante considerar não apenas o conteúdo, mas a forma que as instruções e informações são repassadas para os mes. Sobre este ponto, Judith Mair tem uma contribuição importante: “O funcionário está igualmente encarregado de explorar sua força do trabalho. Na falta de instruções e normas eficazes, o lema mais seguro é este: é melhor sobrar do que faltar. Se os acordos de metas são realizáveis apenas em parte, não compete ao funcionário ques oná-los: eles são ditados “de cima” e só raramente são desenvolvidos junto com os funcionários. A sobrecarga do funcionário culmina em uma ditadura do trabalho que mais do que nunca determina o ritmo do dia do indivíduo. [...] A permuta moral básica con nua a mesma: “Você recebe mais responsabilidade porque confio em você, mas não me decepcione”. As aparências enganam, porém. [...] A coação não foi abolida. Ela só ressurge em um novo estado de natureza menos nobre: a pressão su l.” A observação de Mair destaca um ponto fundamental sobre a delegação de tarefas: é preciso deixar tudo claro e estabelecido, e isso depende de algumas variáveis: a) a capacidade de transmi r as informações; b) o perfil do líder; c) as ferramentas u lizadas; os processos determinados; a definição de obje vos e metas.

É certo que cada um dos pontos acima poderia ser desenvolvido em formato de ar go, mas vou me deter a falar sobre dois deles: a capacidade de transmi r as informações e as ferramentas que podem ser u lizadas para ajudar nisso.

II. O COLABORADOR PRECISA SER ENSINADO DA CULTURA ORGANIZACIONAL Frank Berzbach, autor do livro “Psicologia para Cria vos”, afirma que “a direção de uma equipe é um desafio social” e que “a tarefa da direção é coordenar habilmente os processos dentro do grupo e encarregar-se das exigências do cliente e dos superiores”. Nessas definições, é possível observar que existe uma visão cole va e sistemá ca do processo de liderança, que envolve todo o ecossistema organizacional desde a alta gestão até as demandas de mercado. Assim, quanto mais houver uma relação posi va e melhor construída dos processos, com estes sendo disseminados e acompanhados de modo cultural na organização, mais será provável Revista NESupermercados 27


ADOTANDO A CLAREZA COMO UM PRINCÍPIO PARA O TRABALHO EM EQUIPE

que as empresas obtenham melhores resultados com cole vidade. Esse é um desafio educacional, visto que precisamos alinhar os colaboradores dentro de uma visão sistêmica, cultural. E o campo de estudos que dá conta do compar lhamento de conhecimento entre adultos é a andragogia. Malcolm Knowles, considerado o pioneiro dos estudos na área, sugere que ela possui seis princípios: (1) (2) (3) (4) (5) (6)

a necessidade do aprendiz de saber; o autoconceito do aprendiz; a experiência anterior do aprendiz; a pron dão para aprender; a orientação para a aprendizagem e a mo vação para aprender.

De modo geral, as empresas possuem uma cultura estabelecida, que vem desde sua fundação e é disseminada para quem faz parte dela. Ora, todas as pessoas que fazem parte da organização devem, em primeira instância, estar alinhadas com a cultura da empresa. Isso significa que a função da área de recursos humanos é a de filtrar o mercado de trabalho com a missão, visão, valores e propósito das empresas. Isso é um desafio muito grande, pois enquanto muitos estão à procura do primeiro emprego que aparece, há pressa nos processos sele vos (se estão abertos, é porque há uma demanda rela vamente urgente por alguém que atenda às necessidades internas para a função ofertada). Por isso, a ideia de termos líderes engajados com a empresa e que repassam isso para suas equipes é muito importante. Se os gestores possuírem o domínio e o alinhamento com a cultura organizacional e a direção sustentar esses princípios ao longo do desenvolvimento da empresa, certamente os mes terão isso reforçado, pra cado e aplicado com frequência. Estamos falando dos valores iniciais que são a alma da empresa, o seu DNA. Porém, isso também se desdobra nas a vidades diárias da empresa, as quais, do mesmo modo, respeitam o mesmo princípio: se houver obje vos e metas claras para as equipes, se todos souberem o que fazer e forem instruídos para tal, devemos ter melhores desempenhos dos mes. Resgatando a citação do Frank Berzbach, os grupos possuem o desafio de atender exigências do cliente. Isso dialoga com as metas e obje vos, pois no fim, o obje vo é resolver o que o cliente tem por expecta va. Por isso, há a necessidade de: (1) a relação entre cliente e empresa ser clara, onde ambas as partes saibam o problema a ser trabalhado e o caminho para resolvê-lo; (2) o problema do cliente ser repassado internamente para as áreas que trabalharão em sua resolução. Quando o problema do cliente chega a cada área em formato de obje vos e metas, também há exigências internas, ou seja, dos superiores. Com isso, cada área que recebe suas deliberações deve informar e repassar, de modo claro e direto, o que deve ser feito para alcançar sucesso nas a vidades. Percebe como essas a vidades delegadas e divididas é parte de um todo?

III. AS EQUIPES PODEM USAR FERRAMENTAS PARA AJUDAR NESSA DISSEMINAÇÃO 28 Revista NESupermercados

Por ora, acredito que tenha ficado claro: é sobre ter obje vos e metas definidos de cima a baixo, de um lado para o outro, dos clientes para a organização. A questão é: como fazemos isso? Há princípios ligados à comunicação interna, que não são parte do escopo deste ar go, mas tenho algumas sugestões de ferramentas que pode ajudar mes na clareza e no compar lhamento definido do que tem que ser feito. Destaco-as abaixo: a) 5W2H: ferramenta focada em desenvolver planos de ação, baseada em sete perguntas em inglês: What (o quê?), Why (por quê?), When (quando?), Who (quem?), Where (onde?), How (como?) e How much (quanto?). Ao responder essas perguntas, você terá claro o caminho para chegar ao obje vo proposto. Aconselho u lizá-la para tarefas específicas das suas equipes, bem como alinhá-la ao planejamento estratégico da empresa (u lizá-la após a aplicação de uma análise SWOT é muito interessante). b) Kanban: originada do Toyo smo, é uma forma de organizar processos de trabalho para não haver excedentes ou faltas do que deve ser feito. Esta ferramenta facilita a filosofia do “just-in- me” (só no tempo), bem como a execução de uma lista de tarefas. Minha sugestão é u lizar o Trello, um site no qual você pode organizar um Kanban da forma que preferir. Ele possui uma versão gratuita, e a distribuição pode ser compar lhada com toda a equipe. Ou seja, todos vendo, ao mesmo tempo, o que deve ser feito. Maravilhoso, não? c) OKR: essa metodologia surgiu na mesma pegada da lógica das startups e se traduz como Objec ves and Key Results (Obje vos e Resultados-Chave), e basicamente funciona assim: a empresa define obje vos gerais e resultados-chave para cada departamento. Os departamentos definem obje vos específicos e resultados-chave para os colaboradores. Cada colaborador possui obje vos individuais e resultados-chave que precisam alcançar. O diferencial é que os obje vos são de teor qualita vo, enquanto os resultados-chave devem ser quan ta vos. Isso mesmo: colocando em números, fica mais fácil mensurar o quanto falta para alcançar o obje vo geral. Empresas como o Google cresceram u lizando esta ferramenta. Sugiro pesquisar alguns modelos online e tentar aplicar em suas equipes. Eu u lizo e asseguro que funciona. Essas ferramentas são apenas caminhos para ajudar equipes a terem mais clareza em seus processos e desenvolvimento de trabalhos, porém nenhuma delas será eficaz se toda a empresa não es ver engajada em resolver as demandas dos clientes de forma alinhada. Por isso, procure adotar esse pensamento e integrar os mes dividindo o obje vo geral em problemas menores e específicos. Assim, você conseguirá compar lhar e analisar detalhes e ninguém deixará passar alguma coisa no dia a dia. Vá por mim: no final, o cliente agradecerá!





JOGO

RÁPIDO Danielle Torres

SUA EMPRESA POSSUI UMA IDENTIDADE?

P

ara entendermos melhor a necessidade de uma empresa ter a iden dade reconhecida pelo cliente, usaremos o exemplo da iden dade de uma pessoa, que é composta por caracterís cas que a diferencia da outra, essas que são decorrentes de uma história de vida e valores individuais. Da mesma forma que as pessoas tem uma iden dade composta pela sua individualidade, toda empresa independentemente do tamanho ou do segmento precisa ter sua iden dade bem definida e baseada na essência do seu negócio, considerando toda sua trajetória. Para construir uma iden dade corpora va, além do logo po é necessário definir Missão, Visão e Valores, pois será onde toda a comunicação terá embasamento. • Missão é o propósito e a finalidade da empresa, é o porquê de sua existência. • Visão é onde a empresa deseja chegar e que quer alcançar. • Valores são princípios que orientam a equipe para que a empresa consiga exercer a missão a alcance sua visão. Esse conceito deve ser criado com base na essência de cada empresa de forma original e personalizada, pois os clientes devem ter iden ficação com a marca, essa que por sua vez deverá comunicar o que de fato será entregue. Esse é um cuidado primordial, ter a integridade de oferecer o que está sendo vendido, para que não haja o efeito contrário e sua imagem seja passada de forma nega va. Se a sua missão é levar para o cliente uma experiência única, superando suas expecta vas, então entregue essa experiência. Quando foi pensado em abrir a empresa, foi pensado em algo que o cliente precisava e que você poderia atender a essa necessidade. É traduzindo esses valores que a comunicação será feita ao público alvo, através da comunicação visual e mídias digitais. Criar essa iden dade junto ao cliente não será uma tarefa fácil, podendo levar alguns anos para a consolidação

dessa imagem. Mesmo sendo um construção lenta é necessário que haja, assim garan rá a manutenção no mercado. Quando a iden dade for reconhecida pelo cliente, poderá tornar-se o bem mais valioso da empresa, sendo um grande diferencial compe vo e mostrando seu posicionamento. Para as empresas que ainda não possuem iden dade, é importante iniciar o processo de construção se perguntando. • Porque minha empresa existe? • O que minha empresa faz? • O que me diferencia da concorrência? • Como pretendo me posicionar? Com essas respostas já terá bem claro o seu propósito e iniciará a construção de sua iden dade, não só visual mas principalmente como será visto pelo seu cliente.

Danielle Torres, Consultora de varejo. 32 Revista NESupermercados



Por Angela Vilela

O

mercado indicava, para 2020, um inves mento das empresas no bem-estar dos consumidores e dos seus colaboradores, mas vemos a surpresa de um ano imprevisível demais para realizar a meta em alta performance. Deste modo, com a chamada urgente da sobrevivência humana na pandemia, ressoou uma voz interna, uma nova regra ampliada, pedindo equilíbrio, um estado de cuidado que privilegiasse nossa mente e pensamentos. Desafiador, visto que o século é tecnológico, exigente e paradoxalmente fragmentado. O fato é que a crise antecipou a chegada de novas tendências e a busca autên ca pela humanização. O sucesso segue in mamente associado a uma visão de mundo holís ca, dinâmica e com mais sen do. Ao despertarmos para nossa vida frágil e menos estruturada emocionalmente, nossa humanidade saltou! O foco agora é uma genuína sa sfação, seja modificando o presente, promovendo o futuro ou retomando certa harmonia. Não corremos somente em busca do resultado ou sucesso, mas da consequência complementar de uma dedicação e corresponsabilidade na qualidade de vida. Uma nova regra que oportunize cuidar das emoções, refazer o plano, reorganizar a convergência e saber a medida entre resultado e sa sfação.

ANSIEDADE POR RESULTADOS: SUCESSO OU VENENO PARA SUA EQUIPE?

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que há impactos nega vos e prejudiciais nas tensões co dianas que se originam principalmente no ambiente do trabalho. Os efeitos psicológicos do estresse, das preocupações e da falta de sono sãos exemplos das lutas emocionais travadas no ambiente laboral. Inicialmente, a pressão

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mental proporciona alteração na emoção em níveis controlados, mas, ao a ngir modos sistemá cos e intensos, pode afetar o rendimento e a produ vidade, mesmo que a pessoa não seja incapacitada para as a vidades laborais. Qualquer pessoa pode ser acome da com alterações emocionais; assim a prevenção e a promoção da saúde é imprescindível em qualquer espaço laboral. O estresse é responsável por uma alteração processual que, sem atenção e cuidados devidos, pode ocasionar um diagnós co de ansiedade, depressão, ou até mesmo uma síndrome de “burnout — estresse crônico proveniente do trabalho que não foi bem administrado. É caracterizado por "sen mentos de esgotamento de energia ou exaustão; maior distância mental, ou sen mentos de nega vismo quanto ao trabalho; e redução da eficácia profissional. ” O conjunto de exigências excessivas, responsabilidades, com prazos curtos, de metas inalcançáv e i s e b u s c a c o n s ta n t e p o r resultados termina em exaustão do cérebro, nomeado por estresse. É uma percepção que inicialmente, aponta as ameaças comuns como iminentes, remetendo-as assim ao sistema nervoso simpá co, que

libera as substancias químicas hormonais do estresse (adrenalina e o cor sol na corrente sanguínea), a va os ba mentos cardíacos e os músculos, altera a respiração e renova a energia, a fim de que possamos reagir rapidamente e resolver a situação problema. Esse processo constante e intenso torna-se inadequado e produz ansiedade, depressão ou outros adoecimentos. De acordo com as novas tendências, o retorno ao trabalho chega com expecta vas de ações (pessoais e corpora vas) que possibilitem mudanças autên cas. Seguem, então, algumas sugestões para o retorno dos profissionais ao ambiente de metas e resultados: As Tarefas: Realizar uma tarefa de cada vez, pois, quando

fazemos várias coisas ao mesmo tempo, acabamos distraídos dos verdadeiros obje vos. As Metas: Quebrar os obje vos em pequenas metas nos faz redimensionar e avançarmos, mais mo vados e focados ao obje vo. A Organização: A agenda com tarefas pequenas, bem distribuídas por datas, pode favorecer tranquilidade na execução. Ao evitarmos a procras nação, o medo, a insegurança e a baixa es ma tendem a diminuir. Os Intervalos: O descanso durante uma tarefa densa contribui para retomar o foco com melhor aproveitamento. Nunca faça tudo de uma vez; isso não significa produ vidade e sim exaustão. O Tempo: É distribuído entre tarefas de trabalho, vida social e pessoal. Seja o mais específico possível para iden ficar o tempo que não agrega algo em sua vida. Para a ansiedade não resultar em um veneno para a sua equipe, mude a mente! É fundamental que o gestor busque boa produ vidade e condições de valorização da equipe. Algumas sugestões para a liderança: Buscar metas possíveis de acordo com o momento da equipe; Desenvolver o potencial cria vo e, principalmente, estabelecer boas relações de gen leza com a equipe; Oferecer um ambiente saudável e harmonioso, trocando a agenda de pressões no viés do medo pela agenda de a vidades com boas trocas e autoconhecimento. Oportunizar momentos de descontração (lembrando da proteção contra o covid-19) e realizar danças, jogos, massagem e ginás cas laborais, pois, ao desconstruir círculos viciosos e destru vos, reduzimos a fonte do estresse. A implementação da nova regra é uma tendência mundial urgente, pois o mercado mudou para uma produção melhor, que atrela inovação e bem-estar. Assim, ao perceber problemas emocionais se desenhando, devemos incen var a busca de ajuda profissional, compreendendo que nossa humanidade se apresenta nas variadas funções co dianas, cabendo a cada indivíduo o papel empá co da humanização.

Maria Angela M. Vilela Psicóloga clínica CRP 02-17536, Especialista em Saúde Pública Treinadora de Equipes, Facilitadora de Jus ça Restaura va @angelavilelaoficial

Organização Mundial de Saúde. (2019, 28 de maio). CID: burnout é um fenômeno ocupacional – Acesso:11-09-2020. Retirado do http://www.paho.org/bra/index.php?option=com...burnout-e-um-fenomeno-ocupacional&Itemid=875 Revista NESupermercados 35


Por Luciano Barreto

OS DESAFIOS DA GESTÃO NO VAREJO FAMILIAR

D

urante anos o varejo girou no mesmo formato onde o segredo era comprar barato, vender bem e com o prazo menor do que se comprava. Os anos se passaram, o varejo evoluiu e agora? O que fazer? “Nem tudo que me trouxe aqui, me levará até lá!!!!!!” Os anos se passaram, o varejo evoluiu em uma velocidade muito rápida, e infelizmente, nem todos os gestores de empresas no formato familiar, estavam preparados para tantas mudanças. Seja nos aspectos contábeis, u lização da tecnologia, a exigência dos clientes, mudança nas indústrias, nos hábitos de consumo, enfim! A realidade é que muitos gestores disponibilizaram muito do

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seu tempo empenhados para que o negócio desse certo e pra camente nada ou pouco tempo em conhecimento ou em treinamentos específicos para o setor. Segundo o IBGE, 90% das empresas familiares no Brasil, não chegam a terceira geração, onde os mo vos são os mais diversos, desde questões por disputa de postos de poder dentro da empresa, até futuras disputas de herança. Deixando de lado planos de expansão ou profissionalização da mesma. Felizmente com a propagação das informações no mundo web, muitos empresários têm inves do em profissionais especializados na área, em treinamentos para os colaboradores e tecnologia de ponta. No entanto há um longo caminho pela frente, pois não há ainda uma liberação até por questões culturais da tomada de decisões destes profissionais dentro do varejo familiar. A cultura de raiz muito forte é algo a ser descontruído e reconstruído para a verdadeira evolução e profissionalização do varejo familiar. Outro grande desafio acontece no ato das contratações, por oportunizar postos de trabalho para familiares, independente de se encaixar no perfil da vaga ou não. O que pode parecer privilegio do ponto de vista de outros colaboradores, gerando inúmeros atritos ou falta de es mulo futuramente dentro da organização. A sucessão, sem sombra de dúvidas deve ser algo muito bem planejado, pois será o momento mais delicado, talvez o ponto crucial para a perpetuação ou fim da organização. Neste momento em algumas empresas que não se preparam para este ponto, se iniciam os choques de cultura, principalmente nas organizações em que o proprietário não teve a oportunidade de inves r tempo na carreira acadêmica e a parte sucessora pode usufruir de tal privilégio. Neste momento, o equilíbrio entre o conhecimento e a experiência devem se respeitar e dar um verdadeiro banho de CHA dentro da organização. Imprimir o CONHECIMENTO, HABILIDADE e ATITUDE dentro da empresa. Desbravar novos caminhos através do conhecimento, respeitando as habilidades do criador do negócio, unindo forças entre o velho (sucesso) e o novo (desconhecido) porém, preparado para enfrentar os novos desafios do varejo. Neste momento que a empresa começa a traçar estratégias, a englobar a tecnologia de forma a auxiliar a leitura e análises de relatórios que podem enriquecer a tomada de decisões. Onde começam a aparecer a presença de indicadores, de metas e obje vos claros, através de um propósito bem definido da organização, sabendo onde querem chegar e de que forma irão chegar.





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Revista NESupermercados 41


Por Benovaldo Júnior

AGORA É A HORA! ENCANTAR E FIDELIZAR CLIENTES.

E

m tempos de cuidados e restrições no convívio das pessoas, novas habilidades e habilidades conhecidas e pouco exploradas até então, ganham força e passam a ser fundamentais nas estratégias dos negócios, a fim de superar o momento econômico que estamos atravessando. O uso das redes sociais como ferramenta imprescindível para fortalecer marcas e criar relacionamentos com intuito de fidelizar clientes e gerar aumento de receitas. Uma das coisas que você pode e deve aplicar em seu negócio e o marke ng de relacionamento, mas por onde começar? Vamos lá, segundo uma pesquisa realizada pela McKinsey, 70% dos clientes citam o mau atendimento como a razão para não adquirir produtos ou serviços de uma empresa novamente. É aí que o marke ng de relacionamento entra em cena e ganha cada vez mais

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espaço no mercado. E se você acha que essa estratégia não se aplica à realidade da sua empresa, sinto-lhe informar, mas você está enganado. Estreitar os laços com clientes é mais importante do que conquistar novos clientes. Por isso, vou falar sobre as caracterís cas do marke ng de relacionamento e como inseri-lo no co diano de sua empresa. A arte de encantar! Você já u lizou um serviço ou produto tão bom que sempre que podia, recomendava a algum amigo? Você não foi o único. Isso acontece porque psicologicamente falando, é prazeroso recomendar algo de qualidade para a alguém que gostamos, já que o nosso intuito é o de fazer o bem a essa pessoa.


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AGORA É A HORA! ENCANTAR E FIDELIZAR CLIENTES. Nessa mesma situação, do outro lado da mesa existem as empresas que sabem desse efeito e dão o seu melhor para encantar os clientes. Um dos principais obje vos é justamente a divulgação por meio do “boca a boca”. Mas não se engane, conseguir encantar um cliente ao ponto de ele divulgar o seu negócio não é tarefa fácil, existem inúmeras estratégias e ferramentas por trás de tudo isso e esse conjunto de ações é o que chamamos de marke ng de relacionamento. Esse po de marke ng é essencial porque parte de uma premissa que é válida para a maioria dos negócios: fidelizar um cliente é muito mais vantajoso e barato do que conquistar outro. Imagine então conquistar um consumidor ao ponto de ele não te trocar pelo concorrente e ainda vê-lo divulgando o seu nome… E embora seja uma tarefa di cil, vou dar três dicas que podem ajudar seu negócio a criarem um grupo de clientes evangelizadores. Quer descobrir quais são? Então confira nas próximas linhas. 1. Marque presença nas redes sociais Uma das maneiras mais eficientes de trabalhar o marke ng de relacionamento em seu negócio é fazendo-se presente nas redes sociais. O primeiro passo é selecionar aquelas que são mais relevantes para o seu público-alvo, geralmente o Facebook e Instagram e criar páginas oficiais do seu negócio. É essencial que qualquer manifestação recebida nesses espaços seja crí cas, sugestões ou elogios, de clientes e potenciais clientes, seja respondida por você ou por alguém da sua equipe com rapidez e gen leza. Além disso, mantenha esses canais atualizados com conteúdo relevante sobre a sua área de atuação e que encante e retenha seus seguidores. Você pode realizar lives respondendo dúvidas comuns, informando sobre promoções, realizando sorteios ao vivo e fazer posts de conteúdo relevante de forma estratégica. Qualquer que seja a sua escolha mantenha a regularidade das publicações. Dessa maneira, seus seguidores se habituam a buscar conteúdo novo e no cias em suas páginas e compar lhá-los no feed, ampliando o alcance da sua marca. 2. Treine seus colaboradores Pouco adianta você se empenhar em criar estratégias de marke ng de relacionamento para trabalhar a fidelização dos clientes se sua equipe não oferecer um atendimento de excelência. Lembre-se de que um bom atendimento não começa 44 Revista NESupermercados

quando o cliente cruza a porta do seu negócio pela primeira vez. Não é incomum que uma equipe despreparada ponha em risco todo o trabalho de retenção realizado por você durante horas de estudo e planejamento. Por isso, é essencial que seus colaboradores estejam capacitados a oferecer um atendimento gen l, proa vo e respeitoso em qualquer situação. 3. Esteja sempre presente. Você já sabe que um dos principais obje vos do marke ng de relacionamento é fortalecer sua marca junto aos clientes para aumentar a fidelização, não é mesmo? E não há maneira melhor de fazer isso do que estando em contato com eles. Para isso, crie um banco de dados como uma ferramenta para aproximar-se e estreitar relacionamento. Mandar mensagens simpá cas em datas especiais, como aniversário e Natal, enviar pesquisas para avaliar a qualidade do atendimento e avisar sobre eventuais mudanças no funcionamento são algumas das muitas ações de marke ng de relacionamento que você pode implantar agora mesmo. Muitas vezes, demonstrar que você se importa com a opinião de cada pessoa que passa pelo seu negócio é o suficiente para encantar e fidelizar seus clientes. Gostou de entender como dar os primeiros passos no marke ng de relacionamento e melhorar a experiência do cliente com o seu negócio? Se você quer receber mais conteúdos relevantes sobre seu seguimento, não deixe de seguir @ne_super no instagram.



Por Mônica Leão

O CORPO FALA!

SERÁ? Já aconteceu com você de conversar com uma pessoa e, sem mo vo aparente, achar que o que foi dito não é bem assim?

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ois é, provavelmente o corpo da pessoa, ou melhor dizendo, os seus gestos, as expressões faciais, não deram a mesma informação que as palavras ditas pela sua boca. A linguagem corporal diz muito sobre o que estamos falando, sobre as nossas emoções e se acreditamos naquilo que estamos falando. Essas informações que o nosso corpo passa são involuntárias, inconscientes e são chamadas de comunicação não verbal. E porque isso acontece? Segundo o psicólogo, pesquisador e professor Albert Mehrabian no seu livro Silent Messages, para que as informações ditas por uma pessoa sejam entendidas de forma verdadeira, tem que ter consistência nas palavras proferidas, no tom da voz e na linguagem corporal. Se quem está te escutando perceber alguma inconsistência no que está sendo dito, será a linguagem não verbal que estará 46 Revista NESupermercados


passando essa impressão geral sobre a mensagem. Dentro dessa perspec va de consistência da mensagem, Mehrabian montou a seguinte equação: Comunicação dos sen mentos = 7% verbal + 38% vocal + 55% facial Atenção para a leitura correta desta fórmula: Esta fórmula mostra apenas que, quando achamos alguma coisa estranha naquilo que estamos ouvindo, é a informação não verbal que terá mais força na percepção geral sobre a mensagem. Nesse contexto, as impressões faciais tem um impacto maior ao comunicarmos nossos sen mentos. Em segundo lugar a forma como se fala e por úl mo o que realmente está sendo dito. Vejamos um exemplo simples que acontece no nosso dia a dia: Você encontra sua amiga e pergunta: Você está bem? E ela responde: estou ó ma! Só que essa resposta não te convence e você pergunta novamente: Tem certeza que você está bem? O que aconteceu no diálogo acima é que, provavelmente, a expressão facial da sua amiga não foi condizente com a mensagem que ela tentou passar dizendo que estava ó ma.

Observe o que o corpo está falando. A postura corporal diz muito sobre a pessoa e pode te dar indicação se o seu cliente está gostando ou não da conversa, da reunião ou da apresentação de um produto.

Analisando de forma rápida a imagem acima vemos que o rapaz e a moça de blusa vermelha estão interessados um na conversa do outro. Observe os pés e o rosto de ambos apontados uns para o outro. Agora já não podemos falar da mesma maneira para a moça de roupa branca: pé esquerdo apontado para fora indicando que gostaria de ir embora, mãos presas para se segurar e cabeça baixa sem nenhum interesse.

Mônica Leão é Consultora de varejo e Neurmarke ng

Revista NESupermercados 47


O CORPO FALA!

SERÁ?

Agora observe a foto acima: braços cruzados e mãos escondidas. Em uma análise básica porque não vemos a expressão do rosto, podemos sugerir que essa pessoa não está interessada no que está ouvindo e de alguma forma está se sentindo ameaçada pelo fato de esconder as mãos ao cruzar os braços. No nosso dia a dia nós usamos bastante a expressão facial através dos emojis para nos comunicarmos via whatsapp.

Vários níveis de felicidade

Pensa vo

Triste

Viu como falamos bastante com as expressões faciais?! Então agora fique atento às informações que o seu corpo passa e que o corpo do seu cliente transmite para saber quando a sua conversa está sendo interessante ou não.

Mônica Leão Consultora de Varejo, Especialista em Neurociências e Professora de PósGraduação

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Por Cleia Eliane Soares

TRÊS ESTRATÉGIAS QUE VOCÊ PODE APLICAR AGORA MESMO NO SEU SUPERMERCADO: PERDER CLIENTE É CARO E DÓI NA ALMA 1º) PESQUISA COM CLIENTES Quem melhor que o cliente para apontar soluções imediatas para seu Supermercado? A pesquisa permite: conhecer os principais problemas pela ó ca do cliente; levantar os pontos fortes da loja e fazer um plano estratégico: aqui você tem um mapa que aponta por onde começar a resolver as principais questões. Como fazer? a) O ideal é que a pesquisa seja realizada por uma semana dentro e fora da loja porque há situações específicas que acontecem em um determinado horário, por exemplo, a reclamação que o pão não está adequado acontece com frequência depois das 15:00 horas. b) A pessoa que realiza a pesquisa não pode ser colaborador ou u lizar o uniforme do supermercado porque isso inibe a resposta dos clientes. c) Em geral, os clientes gostam de ser abordados e falar dos pontos relevantes da loja, as pessoas sentem-se bem quando são escutadas. d) Tipos de perguntas que podem ser colocadas no ques onário da pesquisa: bairro; quanto tempo é cliente; com que frequência vem à loja; quais os itens que compra na loja; verificar com critérios “ó mo”, “bom”, “pode melhorar” todos os setores da loja (Padaria, Açougue, Frente de Caixa, Reposição, Hor fru ). Aqui é interessante anotar o 52 Revista NESupermercados

'porquê' de cada resposta, por exemplo, o cliente falou que o “hor fru pode melhorar” – obtenha o principal mo vo que na opinião do cliente há necessidade de melhoria. e) Após coletar os dados da pesquisa fazer gráficos para visualizar os principais pontos, por exemplo, 30% dos clientes apontam que o Açougue precisa melhorar o atendimento. f) Planejar uma ação estratégica: por onde vamos começar. Por vezes, a tudes simples são facilmente implantadas. g) Comunique nas Redes Sociais as melhorias que foram implantadas após ouvir os clientes.


2º) AÇÕES DE MARKETING QUE NÃO CUSTAM DINHEIRO Vou citar 2 ações de Marke ng que foram adotadas por supermercados com custo zero e que você pode u lizar na sua empresa. Gosto de ações que privilegiam ações sociais: isso ajuda a comunidade, gera engajamento nas redes sociais e promove sua empresa 'de graça'. Currículo solidário: sabemos que há um número enorme de pessoas desempregadas no Brasil e na sua região. Um Supermercado fez um balcão de currículos e encaminhamento dos candidatos para empresas da comunidade. Essa ação gerou uma matéria gratuita na rádio da cidade. Árvore do Bem (Supermercado Triunfo na cidade de Curi ba): na porta da loja foi colocada uma árvore com nome de pessoas que precisam de ajuda: o cliente 'adota' uma família e ajuda comprando itens da loja. O Supermercado também contribui com um percentual. A inicia va foi divulgada na televisão

3º) COLABORADORES E ATENDIMENTO AO CLIENTE Ter ó ma localização, equipamentos de primeira, hor fru bem selecionado, carnes de ó ma qualidade, produtos com preço baixo são uma parte do negócio do Supermercado. E os colaboradores? Como está o atendimento? Como é o jeito do seu pessoal realizar o contato com o cliente? Sempre digo que o maior patrimônio das empresas são as pessoas! Quer um atendimento extraordinário: invista na sua equipe. O ideal é começar o treinamento pelos líderes porque eles impactam diretamente nos procedimentos e relações dos colaboradores. Sabemos que se um líder fizer uma orientação grosseira a um funcionário os danos são

terríveis. Alguns líderes conseguem grande capacidade técnica (sabem como trabalhar: um Encarregado de Açougue pode saber 'todos' os cortes e ser excelente na parte operacional). E a parte comportamental: como é o jeito de lidar com seus liderados? Fundamental realizar treinamentos de Atendimento ao Cliente e Vendas com seus colaboradores. Uma equipe pode ser orientada para ações de excelência, foco no cliente, procedimentos bem estruturados e vendas. Neste momento como está sua equipe? Como estão seus líderes? O Simon Sinek tem uma frase genial: “100% dos clientes são pessoas - 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios”.

Cleia Elaine Soares – Psicóloga CRP 08/07013 – MBA em Marke ng – Gestora do TreineSeuSupermercado – Criadora do Programa Competências Avançadas para Líderes de Supermercado

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Por Eduardo Correia

ENCARANDO AS LIVES PROFISSIONALMENTE

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crise do coronavírus trouxe uma avalanche de Lives, dos mais variados temas, para todos os gostos. Diversos conteúdos de qualidade, sendo oferecidos gratuitamente e que você pode u lizar para seu desenvolvimento profissional e pessoal. No entanto, justamente, a grande variedade trouxe um sério problema para quem quer encarar as Lives de forma mais profissional: qual escolher? Como selecionar o conteúdo ideal para a sua necessidade? Como u lizar as Lives como uma ferramenta eficiente de aprendizado e não apenas entretenimento ou, pior, perda de tempo? Neste ar go procuraremos responder essas perguntas, dando dicas sobre como você pode escolher as Lives e aproveitar seus conteúdos para alavancar sua carreira ou sua empresa. Critérios para “filtrar” as melhores Lives O que você precisa aprender agora para evoluir profissionalmente? Quais são as habilidades que você precisa adquirir para subir de nível? O autoconhecimento é, sem dúvida, uma das maiores vantagens para quem deseja crescer. Portanto, aproveite a oportunidade para refle r sobre quem você é, o que deseja para sua vida, as suas prioridades. Você pode tornar o processo mais interessante, criando uma lista com suas maiores qualidades e os pontos que acha que precisa desenvolver. A par r dessas informações poderá traçar estratégias e estabelecer critérios para escolher quais os assuntos deve priorizar nas Lives. Um exercício interessante para dar clareza nessa questão é você escrever em uma folha de papel as áreas da sua vida que deseja melhorar ou aprender alguma coisa. Por exemplo: Finanças Qualidade de Vida Trabalho Negócios E, assim, por diante. Agora, em cada uma delas, iden fique algo que você pode melhorar, uma habilidade que pode ser desenvolvida, ou um conhecimento que precisa adquirir. Seguindo com nosso exemplo: Trabalho: preciso organizar melhor minhas tarefas para ser mais produ vo. Negócios: preciso aprender a vender. E, assim, por diante. Ao final, você terá uma lista de habilidades a serem desenvolvidas. 54 Revista NESupermercados

Saiba iden ficar os melhores conteúdos Muito bem, o próximo passo é localizar as Lives que poderão oferecer conteúdos relacionados à essas habilidades. Nesse ponto, é essencial conseguir diferenciar o que pode ser uma boa oportunidade, já que a oferta é muito ampla. A primeira providência, portanto, é assegurar-se da fonte e da qualidade do conteúdo. Para isso, você pode buscar perfis de profissionais e empresas no Instagram, Google ou Youtube. Um cuidado que você precisa ter é verificar se aquele profissional que fará uma Live sobre Vendas, por exemplo, realmente tem um conteúdo interessante, se ele é didá co, enfim, se contribuirá para seu aprendizado. Uma maneira de se assegurar disso é analisar o histórico profissional dele olhando seu perfil no Linkedin para conhecer um pouco da sua experiência. Você também pode assis r alguma Live an ga, que esteja gravada no Instagram ou no Youtube para verificar se ele se expressa bem, se consegue passar o conteúdo de maneira eficiente. O segundo ponto é ver quais Lives ficarão gravadas. No Instagram, geralmente elas ficam durante 24 horas. Alguns profissionais deixam gravadas no IGtv permanentemente, outros, sobem no YouTube Veja qual será o caso para organizar sua ro na de estudos, assis ndo primeiro aquelas que não ficarão gravadas. Também pode ser interessante se organizar para assis r ao vivo e poder interagir com o profissional, rando dúvidas que serão importantes na hora de aplicar o conhecimento. Por úl mo, e, talvez, o mais importante, tome notas do que aprendeu e procure oportunidades de aplicar esse novo conhecimento. Apenas a prá ca leva ao desenvolvimento de uma nova habilidade. Conhecimento não ocupa espaço. Mas, sem u lidade prá ca, não servirá para nada. É nosso papel aprender a usar a tecnologia para nosso desenvolvimento pessoal e profissional, seja no mundo corpora vo ou no empreendedorismo.



Por Henrique Tenório

OITO DICAS DE COMO ENGAJAR CLIENTES ATRAVÉS DE GRUPOS VIRTUAIS

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m tempos de distanciamento social as relações entre as pessoas esfriaram muito com a quarentena espalhada pelos países e o contato virtual tomou uma celeridade avassaladora, atrelado a este acontecimento os contatos B2C* ficaram extremamente virtuais. Muitas empresas que já surfavam na onda digital, apenas viraram a chave de vez e outras precisaram imergir rápido para con nuar a faturar. De acordo com pesquisa do IBGE: “O volume de vendas do varejo cresceu 5,2% em julho, na comparação com o mês anterior, após a alta recorde de 13,3% em maio e de 8,5% em junho. Este é o maior resultado para o mês de julho da série histórica, iniciada em 2000, e a terceira alta seguida no ano, 56 Revista NESupermercados

com algumas categorias apresentando resultados acima dos registrados no período pré-pandemia de Covid-19, como móveis, eletrodomés cos, hiper e supermercados. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (10), pelo IBGE.” Outro dado forte é o impulso que o e-commerce* ganhou. É o que revela o site Mercado e Consumo: “Ao comparar o mês de junho de 2020, ante o mesmo mês do ano passado, o setor dobrou com alta de 110,52%. Ao observar a métrica de faturamento, nota-se a mesma tendência posi va: 108,84%, no mesmo período. Os dados compõem o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) em parceria com o Movimento Compre & Confie.”


Revista NESupermercados 57


OITO DICAS DE COMO ENGAJAR CLIENTES ATRAVÉS DE GRUPOS VIRTUAIS

Acredito que estes dados anteriores demonstram o quanto avançamos de maneira acelerada. Então eu te pergunto: como e onde está sua loja neste momento de crescimento virtual? Calma! Respira que tem como iniciar ou melhorar sua imagem virtual junto a seus clientes. Antes de tudo quero te levar a pensar que sua loja é um ambiente que faz parte do ecossistema local dos moradores daquela região, interferindo na ro na de muitos que escolhem frequentar seu PDV*. Então, Henrique como gerar engajamento diariamente através de grupos virtuais? O primeiro ponto é saber quem é seu cliente. Geralmente as empresas u lizam uma ferramenta chamada CRM*, que ao ser bem preenchida, vai gerar inúmeros filtros de triagem dos seus fregueses. Ou você, de maneira prá ca, pode usar o excel junto a outras ferramentas como os formulários virtuais, vai suar mais um pouco, mas vai ter dados para iniciar. Segundo passo, sabendo quem é seu cliente vai poder interagir com ele através de redes sociais que eles mais u lizam. Estas ferramentas em sua maioria habilitam grupos que podem ser privados ou abertos. Todos estão na palma de sua mão através do seu smartphone. Terceiro lugar, tenha uma programação de conteúdos, porque nem só de preço vive o cliente, o que nos prende seguindo alguma página ou grupo sempre são os conteúdos que agregam em nossa ro na e é um fator relevante de aumento de engajamento. Pense que a sua loja é uma pessoa que precisa sempre aumentar o número de amigos e para manter um relacionamento é preciso constância. Assistência para não abrir para a concorrência. Quarta dica, escute a opinião dos clientes nos grupos e re o que agrega, o que te impulsionará, mas não ignore outras opiniões nos comentários, trate as com carinho e agradeça pelo comentário, cur ndo. Ter um grupo virtual pode aumentar sua asser vidade em ações de vendas a par r de dados que aquela comunidade gera. Quinta dica, humanize seu diálogo com seu público, u lize os emojis e se conecte com seu cliente falando na linguagem dele, tenha em mente que ele, assim como vai interagir quando es ver em um ambiente que gere empa a. Em sexto lugar, crie um ambiente amigável, pois isto vai te render recomendações e o famoso boca a boca, digital e sico só aumenta os números de qualquer loja. Uma pesquisa da Nilsen revelou que 83% das decisões de compra 58 Revista NESupermercados

surgem de boas opiniões de familiares e amigos mais próximos e pessoas acreditam mais em outras que em publicidades. Sé mo ponto, crie ações onde os clientes se sintam VIPS, descontos, sorteios de brindes exclusivos, além de agitar o grupo vai render visibilidade para sua marca. Crie critérios simples que sua asser vidade será grande. Exclusividade vende. Oitavo e úl mo, tenha uma equipe para acompanhar seus grupos, planejar e acompanhar o engajamento. Muitas empresas recorrem a agências, mas de toda forma é preciso estar alinhado com as equipes para que elas entendam a filosofia de sua empresa e abrace seu público através dos grupos com mensagens acolhedoras.

Espero ter contribuído para te dar um início ou te impulsionar a observar com carinho as oportunidades que um grupo em um mundo virtual podem gerar. Sigo a disposição!

Glossário B2C (Businessto Consumer): Empresa para o cliente. CRM(Customer Rela onship Management): Gestãode relacionamento com o cliente. E-commerce: Comercio eletrônico.

Henrique Tenório é especialista em gestão e marke ng, consultor de negócios e professor nas cadeiras de comunicação, administração e marke ng



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autoserviço . atacado . distribuição

Por Giselly Veras

A PROFISSIONALIZAÇÃO NO VAREJO

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necessidade de haver profissionalização do setor de varejo, bem como o fato de que esse conhecimento transformou-se numa ferramenta de gestão, foram os temas abordados pela live promovida pela revista NE Supermercados, realizada no dia 30 de agosto. Com a presença dos integrantes do Comitê Integrado do Varejo (CIV), Luciano Barreto, Flavianny Cartaxo, Danielle Torres e Patriciane Melo, o debate contou com a mediação do editor-chefe da revista, o jornalista Carlos Cavendish. A reunião virtual teve início com a idealizadora do CIV, Patriciane Melo, relatando como surgiu o comitê e quais suas funções. Ela explicou que a ideia surgiu da necessidade de unir mais o varejo em Pernambuco, que é um mercado gigantesco e tem suas par cularidades. Além disso, ela conta que percebeu que outros Estados, como São Paulo estão bem mais adiantados nessa união e resolveu levar a ideia para outras pessoas, como Luciano Barreto e Flavianny Cartaxo que acolheram a inicia va. O intuito é trazer vários especialistas para abordar os assuntos de interesse do varejo. Mas, devido a pandemia esses projetos ficaram paralisados e estão retornando agora, sendo a live promovida pela revista NE Supermercados a retomada desses planos. Na ocasião, o jornalista Carlos Cavendish convidou todos a conhecer o novo canal de comunicação do CIV no Instagram e a acompanhar o concurso do Ponto de Vendas (PDV) Cria vo, que teve como ganhador o Café São Braz, no supermercado Panorama, na cidade do Paulista. Já o consultor e gerente de grandes redes, professor Luciano Barreto, explicou que a criação do CIV se deu por entender que o varejo brasileiro precisava de gestão, por ser uma área rela vamente nova e que cresceu muito rápido e de forma desordenada. “O Comitê Integrado de Varejo percebeu que seria de suma importância ter o ponto de vista da indústria, do próprio varejista, de consultores e de pessoas que atuam dentro do varejo. O CIV surgiu porque temos muitos talentos no nosso Estado, mas a quan dade de cursos que começaram a surgir sobre o varejo com se fossem 'receitas de bolo' com uma fórmula única que se aplica a todos, começaram a nos preocupar, porque, na verdade, cada loja tem sua par cularidade e 60 Revista NESupermercados

nem tudo que se aplica na loja A, se aplica na loja B”, diz. Ele ainda detalhou que cada loja é como se fosse uma digital e tem as suas par cularidades, então é necessário estudar essas lojas e entregar números e resultado de acordo com cada uma, sendo esta a principal preocupação do Comitê. O professor explicou que todas as informações prestadas pelo CIV são trabalhadas cuidadosamente, tanto é que ainda não foi lançada nenhuma plataforma em rede social porque a ideia é dar o devido tratamento à informação, para que o canal funcione realmente como um lugar de informações úteis e precisas. “São problemas de conhecimento e gestão que vão muito mais além do que tudo aquilo que quando o varejo começou há 7º e poucos anos atrás”, diz, acrescentando que na equipe estão advogado, contador, entre outros profissionais capazes de trazer soluções para cada setor da empresa. O consultor também chama atenção para o fato de que no varejo a evolução deve ser constante, não apenas do gestor, mas dos colaboradores também. Sobre as habilidades essenciais para a atuação profissional varejista, Patriciane Melo destaca que a profissionalização possui



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A PROFISSIONALIZAÇÃO NO VAREJO vários vieses, que vão desde a profissionalização do dono do negócio, até a do colaborador que está lá na base. “Eu tenho a sorte de trabalhar numa empresa, como a São Braz, que investe em desenvolvimento. Então isso é muito bacana quando a empresa iden fica esses potenciais dentro do seu negócio”, diz, acrescentando que esse inves mento em conhecimento para desenvolver o colaborador gera um sen mento de gra dão, que é rever do em doação ao próprio negócio. “Não adianta lutar contra a isso, é preciso ler mais, estudar mais, é preciso estar antenado, porque o que eu vi há 10 anos, hoje pra camente não se aplica. A gente sabe que no varejo existe uma base, uma essência que não vai mudar nunca, como por exemplo, o que acontece no chão de loja. Acredito que isso nunca vai mudar, mas tantas outras coisas que ficaram para trás e eu acredito sim que a profissionalização é essencial e que muitas vezes você vai ter que contratar um profissional para ajudar ou agregar dentro do processo de desenvolvimento da tua equipe”, alerta. Para Luciano Barreto, o varejo ainda é muito novo e muito amador, apesar de toda a evolução já sofrida. Por outro lado, ele afirma que existem muito profissionais sérios e muitos consultores podem ajudar nessa transformação. “Por mais que a empresa invista em profissionalização e em cursos, o profissional também tem que tentar entender como funciona o segmento dele. Até porque os cursos, na sua grande maioria, são generalizados e servem para aplicar em tudo. Agora eu tenho que pegar isso e aplicar dentro da cultura minha empresa. Eu tenho que entender principalmente o comportamento do meu cliente e o que o dono da empresa quer. Aí sim, aquilo que eu estudei e que eu treinei aplicar dentro dos princípios e valores da empresa. É para isso que serve o treinamento e a gente precisa desenvolver isso nos nossos profissionais. Se tem um gerente na loja, ele precisa ser um gerente de verdade, que saiba planejar, delegar, cobrar. Eu tenho que ter um repositor que entenda uma sigla, que saiba que quando entra na loja comece o dia sabendo o que vai fazer e sabendo o que vou fazer no final do dia, porque ele é um profissional”, explicou. Para a idealizadora do CIV é melhor desenvolver um gerente do que trazer uma pessoa de fora. Ela explica que buscar esse gerente dentro da própria empresa é antecipar etapas, pois a pessoa já tem a cultura da empresa, precisando apenas de desenvolvimento e treinamento. Ela alerta, no entanto, que essa valorização precisa refle r também na remuneração do trabalhador. “Para você ter um bom profissional como varejista, é importante saber que você vai ter que pagar para ter esse bom profissional. Ter essa consciência de que é preciso pagar bem ao bom profissional, é essencial para você saber quem é o profissional que vai tá lá representando o teu negócio”, detalha. Na segunda parte da live, o jornalista Carlos Cavendish apresentou as fotos dos locais e produtos que concorrem ao PDV Cria vo, com par cipantes de toda a região metropolitana do Recife (RMR). Para a terceira parte do encontro, o mediador do debate chamou a empresária paraibana e supermercadista, Flavianny Cartaxo, que representa o varejista no CIV. A empresária explicou que leva ao comitê a visão do varejista. Ela deu uma breve explanação de como chegou ao varejo, de como se tornou empresária desse ramo e como surgiu o convite para par cipar do CIV. “Eu levo a demanda do varejo. Tá todo mundo aí falando em pagar bem ao profissional e etc. mas tem empresa que não tem essa realidade de conseguir profissionali62 Revista NESupermercados

zar e contratar essa pessoa. As vezes a empresa até pode contratar, mas onde ela está não esse profissional. No interior, onde eu estou, existe uma dificuldade maior de profissionais. Mas eu acredito que o melhor é você iden ficar essas pessoas na sua loja e formar esses profissionais. Chamar essa pessoa e começar esse despertar nessas pessoas”, detalha. A empresária também afirmou que entre as demandas enviadas ao CIV está a preocupação de como iden ficar e reter esses talentos na empresa. Os convidados ainda debateram temas polêmicos como a contratação de familiares e amigos. Para Luciano Barreto, o fato de o empresário contratar parentes e amigos terminava por trazer problemas ao empresário, visto que essas pessoas, na maioria das vezes, tendiam a se aproveitar da amizade e do parentesco, relaxando na realização do trabalho. “Isso começou a mudar. Agora é feito um processo sele vo e a pessoa se candidata, se ela não tem a capacitação nem o perfil daquela vaga, ela é vista como um candidato qualquer. E eu acho que tem que ser dessa forma”, falou. Ele esclareceu que Flavianny Cartaxo tem razão e que no interior é mais di cil encontrar um profissional qualificado, mas, mesmo que a empresa invista na formação desse profissional é preciso acompanhar de perto esse desenvolvimento. “Todo desenvolvimento tem que ser acompanhado. Isso é uma missão di cil, duríssima, mas tem que ser feita. Se a gente quer crescer, acompanhar para desenvolver é necessário. Isso vai do gerente ou repositor de loja. E é por isso que a gente aplica indicadores”, jus ficou. Ainda na transmissão, o mediador explicou que está trazendo para as lives a sessão Vitrine. Sucesso na revista impressa, essa sessão traz lançamentos das grandes marcas que estão chegando nas gôndolas dos supermercados do Nordeste. Nesta primeira Vitrine Digital os produtos apresentados foram o colorífico da Mariza Foods, os temperos em pó Turquesa, o azeite Olive, a linha Soya da Bunge, o Mac'n Cheese da Sadia, a Maravi a da Vitamassa, novos sabores do Futurinhos da Capricche. Na quarta parte do encontro, foi a vez da consultora especialista em gestão, Danielle Torres, fazer parte do debate, fazendo uma análise no contexto do negócio para colocar em prá ca as diversas análises desses números para o pequeno e o médio empresário. “O varejo tem muitas par cularidades, nós temos os parâmetros, acompanhamos muito os números da Abras, etc. e é de extrema importância trabalhar esses números, porém cada loja tem sua par cularidade e aí muitas vezes as 'receitas de bolo' disponíveis nas redes sociais não funcionam, porque o varejo não funciona assim”, esclarece a consultora. Para ela essa questão de melhorias no varejo é muito complexa e deve ser avaliada a par cularidade de cada loja. Ela apresentou números e dados, dando destaque ao número de perdas, que no Nordeste (NE) chega a 2,7%, acima da média nacional que é de 1,82%, o que representaria um amadorismo da gestão. Ela informou que dessas perdas no NE, 63% diz respeito a perdas desconhecidas, nos hipermercados esse número é de 25%. “Isso representa a falta de gestão no pequeno e médio varejo. A gente precisa trabalhar o desenvolvimento das pessoas para implementar processos. Muitas vezes o lojista quer o resultado imediato, aí implementa processos, mas não desenvolve as pessoas, para implementar os processos e acompanhar os processos, aí não funciona, por isso muitas consultorias não dão certo. Não dão certo porque não foram feitas da forma que deveriam ser feitas”, analisou.





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SUPERMERCADO LUCRATIVO

Silvana Buarque

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einventar-se. Essa é a ordem em tempos de pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que impôs a população mundial uma rígida regra de distanciamento social. Seguindo a car lha a risca, a Revista NE Supermercados encontrou no ambiente virtual o espaço perfeito para levar informação de qualidade aqueles que fazem o varejo Nordes no. Sob mediação do editor-chefe da publicação, o jornalista Carlos Cavendish, a live realizada no dia 16 de agosto, trouxe como temas as estratégias a serem adotadas para tornar um supermercado lucra vo. O encontro virtual contou com a presença do professor especialista em gestão e dono de supermercado, Gilson Lopes; a empresária supermercadista, Flavianny Cartaxo; e a superintendente da Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), Silvana Buarque. A reunião, que acontece num formato pioneiro no setor, começou com mais uma novidade ao ter como cenário o supermercado. O jornalista Carlos Cavendish fez a mediação do encontro diretamente do supermercado Tem Mais, localizado no município de Mamanguape, na Paraíba. Os convidados debateram sobre a o mização dos processos para supermercados e como melhorar os resultados, tornando a empresa mais lucra va. Os par cipantes abordaram pontos como meritocracia no varejo, o papel dos líderes e como despertar esse perfil nos colaboradores, além de logís ca e estoque e a importância de descentralizar os processos. Na conversa os par cipantes narram experiências pessoais e dão dicas de como conseguiram fazer com que seus negócios fossem lucra vos, mesmo diante das dificuldades. Segundo o professor Gilson Lopes é preciso ter foco no treinamento interno, se concentrando em treinar as lideranças, que podem vir a montar as bases posteriormente. Ele esclarece que às vezes a preocupação em treinar todos os colaboradores é desnecessária, pois o ideal é manter o foco no treinamento dos líderes ou dos encarregados de cada setor. “Quando você tem a liderança do teu setor treinada, sabendo o que 66 Revista NESupermercados

tem que fazer, qualquer pessoa que entrar ou sair do setor vai ser treinada por uma pessoa boa. O que acontece normalmente é que vão entrando funcionários que vem com a mentalidade de outra empresa, então quando ele chega na sua empresa eles vão fazendo as coisas erradas porque não tem nenhum líder para explicar como deve ser feito. As vezes eles executam as funções de forma errada porque nunca veram essa orientação. Então o principal é: treina-se os cabeças e isso vai ser um passo grada vo, automa camente a base vai entrar nessa organização”, destaca Lopes. Já com relação à logís ca e estoque, o especialista em gestão chama atenção para o fato de muitas lojas, ainda hoje, recebem mercadorias sem o apoio da tecnologia, ou seja, sem o suporte dado por algum sistema. Na ocasião, o gestor descreveu como é a sua experiência e destacou que adotar estratégias como guia cega ou coletor pode acarretar na economia de milhares de reais. Ao relatar qual método é u lizado em suas lojas, a empresária Flavianny Cartaxo chamou atenção para o fato de que a u lização desses sistemas ajuda a não ficar com estoque nega vo. Ao ser ques onado sobre como deve ser a postura do gestor frente a necessidade de integração das áreas, o debatedor respondeu que todas as áreas do supermercado são integradas. Mas ele ainda chamou atenção para um paradigma que deve ser quebrado. “Todas as áreas do supermercado devem ser integradas, mas, quando o dono da empresa quer se preocupar em todos os processos de integração da loja, ele acaba esquecendo do principal que é ter resultados ou ter pessoas que deem resultados. Roda tanto querendo estar em todos os lugares ao mesmo tempo, que acaba não enxergando o problema”, alerta. Ele ainda destaca que descentralizar os processos é melhor que integrar, pois o dono querer par cipar de tudo termina por ser contraproducente e cita como exemplo a sua experiência. “Hoje na minha loja eu sou o diretor comercial e busco fazer as compras de forma asser va, fazer as melhores negociações possíveis. Mas quando a gente consegue ter o olhar de águia é sentar com as lideranças e ter os resultados de todos os setores. O que eu quero dizer é que quando o dono da loja quer par cipar de todo os setores, as coisas ficam distorcidas porque os funcionários não sabem a que líder seguir”, diz. A empresária paraibana também narra sua experiência de descentralização com relação a sua loja. Ela disse que tem uma pessoa apenas para fiscalizar as lideranças, se essas estão executando de acordo com o que foi planejado. “Antes eu não conseguia acompanhar e terminava não conseguindo implantar o processo. Então eu contratei essas pessoas que ficam na minha loja que vão alinhando tudo junto aos funcionários para


ver se os processos estão funcionando, para implantar ou implantar. Porque se esse funcionário não conseguir, ele automa camente vai ser desligado”, afirmou, acrescentando que melhorou a comunicação com os funcionários e que todas as reuniões com a equipe são registradas em atas. Sobre o Supermercado Lucra vo, Gilson Lopes destacou que esse é um treinamento voltado especificamente para a gestão da loja. “Quando os processos não são definidos, ou quando não tem a qualidade nesses processos, você não tem resultados. Não adianta querer faturar cinco ou dez milhões, se você não tem qualidade. Assim, quanto mais você fatura, mais prejuízo tem”, alerta o especialista, destacando que nesse treinamento as pessoas descbrem que a gestão é muito mais importante do que as pessoas pensam. “A gente mostra tudo no treinamento: como tem que fazer, quais são os processos e mostro na prá ca como eu faço, o que funciona e o que dá resultado. Lembrando que o varejo brasileiro, o setor de supermercados, é um dos setores mais a vos, mas também é muito carente e eu entrei nessa para mudar o jogo mesmo e ensinar mesmo como tem que fazer ”, diz. Na segunda parte da live, foi a vez da superintendente da Apes, Silvana Buarque, dar o recado. Ela destacou a importância dos empresários fazerem parte da associação, que tem 46 anos de história. Ela afirmou que a en dade tem estado a frente nas questões referentes à pandemia do novo coronavírius (COVID-19), mantendo o setor informado, a fim de estar preparado para as exigências previstas nas legislações federal, estadual e municipal. “A gente se depara diariamente com novidades rela vas às legislações, visto que cada município hoje tem a sua própria legislação, além do que diz as leis federais e estaduais. Nós estamos acompanhando nos mais de 180 municípios de Pernambuco todas essas mudanças e temos mostrado ao setor a importância de estar preparado para que possam con nuar com o seu obje vo que é manter a cadeia de abastecimento”, declara. Ela ainda informou que está man do no mês de novembro o evento Carrinho de Ouro, mas que este ano o formato será diferente devido a pandemia. “Mais de mil pessoas de toda a cadeia do setor de varejo costumam par cipar desse evento, que é muito importante para a categoria, por isso a diretoria achou importante mantê-lo. Será em novembro, mas ainda não temos o dia”, detalhou. Na terceira parte do encontro virtual, as perguntas se concentraram nas ofertas, sendo o especialista em gestão ques onado sobre o que faz uma oferta ser um sucesso. Como resposta a essa pergunta, Gilson Lopes deixou claro que é importante sempre ter uma oferta dentro da loja, mas que esse item deve ser determinado de acordo com a par cularidade do consumo da região. “É preciso ter um item na loja que seja o chamariz. A gente costuma fazer a estratégia do correlato, que consiste em atrair o cliente com um produto específico, é o funil de venda que a gente chama, e a gente começa a u lizar nas mercadorias que são correlatas a esse produto que a gente direcionou para ter uma diferença de margem. Ou seja: o que a gente perde de margem no produto que a gente chamou, a gente ganha na margem de um outro produto correlacionado que o cliente leva”, asseverou. Para Flavianny Cartaxo a estratégia apresentada por Gilson Lopes faz todo sen do, pois não há uma fórmula para determinar o sucesso de um produto em oferta. Ela inclusive cita que possui duas lojas na mesma cidade e que as duas têm um perfil de consumo completamente diferente. “As vezes o que funciona na matriz, não funciona na filial. Eu vivo isso diariamente. Então é muito importante você avaliar que produto eu vou colocar na minha loja, porque eu estou colocando esse produto e qual a importância dele para o meu cliente. E é a par r daí que você consegue fazer com que a promoção atraia o cliente”, ra ficou. Ainda segundo a empresária, nas suas lojas a estratégia consiste em cinco dias de ofertas diferentes, fazendo com que as promoções sejam dinâmicas e o fluxo de clientes na loja seja maior nesses dias. “Faz o cliente pensar que se não for hoje, amanhã não tem essa promoção. Gera essa

sensação”, ensina a Rainha do Vale como ficou conhecida. Ao serem ques onados sobre a carga de trabalho do supermercadista, os dois par cipantes do debate virtual deixaram claro que não é necessário viver 24 horas dentro da loja, de domingo a domingo. Para eles, o varejo é antes de tudo um prazer. Mas, para os dois, é necessário ter uma equipe qualificada que saiba lidar com os processos e que estes possam ser acompanhados também à distância. Numa análise sobre o atendimento ao cliente, os debatedores deixaram claro que todos os aspectos impactam na percepção desses. No entanto, a atenção dos donos com os consumidores é de suma importância, inclusive para saber o ponto de vista do cliente e melhorar o atendimento. Ainda sobre o método desenvolvido por Gilson Lopes, ele esclareceu qual é o ponto chave do Supermercado Lucra vo. “Vender não significa ter lucro. De fato, o que o método Supermercado Lucra vo propõe levar aos alunos é que se eles adotarem processos de gestão de forma prá ca, eles vão ter resultados de forma vitalícia. A ideia é que eles consigam ter conhecimento suficiente para desenvolver a loja deles”, ensina o professor especialista em gestão e supermercadista. No que diz respeito ao tema 'empresa familiar', os convidados discordaram sobre essa forma de gerir os negócios. Para Gilson Lopes, ele é a prova viva de que um a empresa familiar pode ser lucra va. Já Flavianny Cartaxo tem suas ressalvas sobre esse assunto, deixando claro que para dar certo é preciso que todos os familiares que atuam na empresa tenham uma visão alinhada e focada. Gilson Lopes explicou que o supermercado funciona como uma máquina, onde todas as engrenagens estão interligadas. Ele explica que para que essa máquina funcione bem é preciso que todas as catracas funcionem, porque se uma parar, a máquina toda para. “O dono não precisa estar interligado a tudo, mas todos os processos da empresa precisam estar. O ideal é que os processos estejam tão bem definidos que o dono é só um maestro, acompanhando a máquina funcionar”, ensina.

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CAFÉ DE NEGÓCIOS REÚNE VAREJISTAS E MOVIMENTA A ECONOMIA EM EVENTO HÍBRIDO.

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terceira edição do Café de Negócios foi realizado em evento híbrido que movimentou o mercado varejista. Na quinta-feira, 17 de setembro, mais de 30 varejistas de diversas empresas es veram presentes ou par ciparam on-line. O evento teve suas inscrições presenciais esgotadas e uma grande par cipação pelo canal do YouTube. Com o tema "O novo varejo e a transformação digital", Paula Valéria, diretora da SPV Eventos e Promoções, trouxe Rubens Sant´Anna, um dos profissionais de Trade Marke ng mais conceituados e requisitados do país. Além de palestrante, é também consultor, empresário, inves dor e idealizador de cursos, que formam gestores do varejo e da indústria em todo o Brasil. O momento pediu um tema que abordasse sobre esse "novo normal no varejo" para orientar os varejistas sobre a importância de inves r em estratégias digitais e novas técnicas de vendas no formato on-line. "Levando em consideração o momento econômico em que o País e o Estado vem passando com a pandemia, a par cipação dos empresários foi muito expressiva. Os par cipantes veram a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, ampliar o networking e de realizar negócios na hora. Todos ficaram sa sfeitos com os 68 Revista NESupermercados

resultados", destacou Paula Valéria. Além do palestrante, o Café contou com uma Rodada de Negócios com varejistas de Pernambuco e estados vizinhos, gerando muitas parcerias presenciais e também pelo site do evento – cafedenegocios.com.br. “O sen mento que vemos era de que todos estavam esperando por um momento como esse”, ressaltou Alexandre Alves, Gerente do Sebrae em Pernambuco. As empresas patrocinadoras aproveitaram o momento para fazer lançamentos. A Cadan Distribuição apresentou várias promoções e lançou sua campanha de aniversário. A São Braz lançou sua nova linha de flocos de milho, com o Flocão Não Transgênico. A Compare Distribuidora lançou a sua nova filial na capital Pernambucana, gerando mais empregos para o nosso Estado. E a M. Dias Branco, detentora das marcas Fortaleza, Adria, Pilar, Vitarella, entre outras, apresentou a sua mais nova aquisição: a marca Piraquê. “O Café de Negócios trouxe resultados muito posi vos! Movimentou a cadeia varejista, gerando mais conhecimento sobre como atuar no momento atual que estamos vivendo, e proporcionou bons negócios para as empresas, movimentando a economia”, destacou Paula Valéria. Assista o evento completo pelo site www.cafedenegocios.com.br


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CADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTI

Por Giselle Veras

FLÁVIO MARTINS Inteligência e visão de futuro

Flávio Menezes Mar ns (40), está à frente da diretoria comercial da Compare Distribuidora há 2 anos, porém sua atuação e liderança já era sen da por toda a organização há muito tempo. Jovem e inteligente, Flávio começou a trabalhar aos 11 anos com Heraldo Menezes e aos 14 anos na Compare, acumulando experiências como repositor de loja, digitador de pedido, cobrador, montagem de carga, comprador, vendedor... aos 23 anos Flávio assumiu a supervisão de vendas, alcançou assim o primeiro cargo de liderança dentro da organização, após isso foi promovido a gerente de vendas até galgar a diretoria comercial, tudo fruto do conhecimento tácito adquirido, que só foi possível através da sede de aprender que ele nha. Rapidez, eficiência e proa vidade, são qualidades que formam o homem influente e de vasto network que Flávio se tornou. Sempre buscando trazer para a Compare fornecedores chaves para os negócios, além de qualificar os fornecedores que já estavam trabalhando de maneira mais incisiva os indicadores de desempenho. Buscando também novas tendências de mercado e aprimorando ainda mais os serviços e operações internas. Execu vo de campo, Flávio busca conhecer os clientes de perto e leva para o me comercial a essência da proximidade, mostrando para o cliente que a Compare está sempre ali, junto! Aos poucos e com sua experiência, Flávio foi se tornando uma autoridade nos negócios de distribuição e varejo. É conhecido por todo o Brasil pelo trabalho que ele faz com maestria dentro da Compare, nos estados de Pernambuco e Norte da Bahia. Seu trabalho vai além de liderar uma equipe comercial com mais de 600 pessoas, ele ainda acumula a vidades de compra, planeja novos produtos para as marcas próprias e atua diretamente no marke ng da empresa. Durante estes 26 anos atuando firmemente dentro da Compare Distribuidora, Flávio Mar ns é uma inspiração para os seus liderados e para todos da organização, busca sempre levar para a sua equipe o exemplo de profissionalismo sério e dedicado e tem como lema: o comprome mento e a melhoria con nua para que a Compare con nue indo além. 74 Revista NESupermercados




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