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Ciclo “Cultura em Quarentena
União através da cultura
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Durante os meses de junho e julho, numa altura em que o país atravessava um período de forte confinamento social, a Comissão de Atividades Culturais e de Lazer da SRNOM promoveu a cultura através de uma iniciativa inovadora. “Cultura em Quarentena” apresentouse em quatro sessões e levou música e poesia a casa de todos os médicos.
Texto Catarina Ferreira › Fotografia Medesign “A pandemia por COVID-19 mostrou-nos que o mundo é dinâmico e que as regras de sobrevivência são facilmente mutáveis. No período de confinamento social a comissão cultural entendeu que seria fundamental a cultura assumir o seu papel unificador, educativo e até pacificador. A cultura serve como um refúgio para a solidão dos tempos, permitindo unir as pessoas que fisicamente se encontram distantes, unir as gerações que se viram obrigadas a co-habitar em permanência e gerar valores numa sociedade desigual. Foi por isso que o Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM) decidiu dar o melhor dos exemplos e organizar um evento cultural abrangente e capaz de chegar a casa das pessoas”, adiantou Rui Rodrigues, da Comissão de Atividades Culturais e de Lazer da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM). A iniciativa “Cultura em Quarentena” foi concretizada a partir das instalações da SRNOM, dividida em quatro sessões culturais, com transmissão exclusiva via streaming. Acompanhada e elogiada por centenas de pessoas, Rui Rodrigues confirmou a adesão e o sucesso do evento. “Acima de tudo, a SRNOM comprometeu-se, mais uma vez, a fornecer cultura de qualidade, sendo esse mérito reconhecido pelos médicos e pelos próprios artistas, que atravessam dificuldades inéditas”, revelou. Assim, a Comissão pretende manter-se “atenta e em conformidade com os tempos futuros” sobre a possibilidade de repetir este tipo de evento cultural.
OS ARTISTAS, POR RUI RODRIGUES:
13 DE JUNHO :: CARLOS AZEVEDO E MIGUEL ÂNGELO
Uma dupla formada por dois dos mais https://bit.ly/3jKjrKS influentes músicos de jazz da atualidade a nível nacional. Carlos Azevedo, virtuoso pianista, destaca-se igualmente no cenário musical pela carreira de compositor, movimentando-se nos universos da música clássica e do jazz. Tem ainda sido um importante protagonista na formação de músicos. Por sua vez, Miguel Ângelo, contrabaixista de formação, surge como músico inovador, capaz de conciliar a sua origem musical de rock com as orientações do jazz. Nos últimos anos tem trabalhado conjuntamente com músicos de relevo nacional e internacional.
27 DE JUNHO - JOSÉ VALENTE
Composi tor e violetista, José Valente é https://bit.ly/30WOyeZ um músico que se destaca no panorama nacional e internacional. Nos últimos anos arrecadou diversos prémios, sendo o único português detentor do título “The Hannah S. and Samuel A. Cohn Memorial Foundation Endowed Fellowship”, recebido após realizar residência artística no Djerassi Residency Artists Program, na Califórnia, EUA. Foi solista no Carnegie Hall e participa frequentemente em projetos multidisciplinares com vários artistas da cena contemporânea portuguesa e internacional. Compôs “Passaporte” para viola d’arco solo, uma encomenda Antena 2/RTP para a 32ª Edição do Prémio Jovens Músicos. Recebeu uma residência artística do Centro Internacional de Música e Dança do Mundo Ibérico – Musibéria para gravar o seu novo disco “Serpente Infinita”, que estreou no Ciclo de Concertos Solilóquios. “Serpente Infinita” recebeu recentemente 5/5 estrelas por Rui Eduardo Paes, foi disco do ano 2018 pela revista Jazz.pt e está a ser apresentado em diversas salas nacionais e internacionais.
11 DE JULHO - RUI DE NORONHA DE OZORIO
Poeta, ator e encenador, faz da Poesia a sua forma de vida. Nos últimos anos tem-se destacado pela https://bit.ly/3jk80Zn forma como aborda e sente a Poesia, transportando na sua voz os sentimentos únicos da palavra e do verso. Criador de “O Resto é letra – Companhia de artistas”, apresentou nesta sessão inédita poesia escrita em momentos de quarentena.
25 DE JULHO - VÍTOR SOUSA E CRISTINA SILVA
Vítor Sousa é um músico natural do Porto e licenciou-se em Canto na Escola Superior de Música e https://bit.ly/3kkMYep das Artes do Espetáculo (ESMAE), nesta cidade. Concluiu o 8º grau de piano pela Associated Board of the Royal Schools of Music e o mestrado em performance. Desenvolve importante carreira docente na área do canto, formação musical e piano. Atualmente integra o Coro da Casa da Música e é uma presença assídua em alguns dos mais importantes festivais de música nacionais e internacionais. Cristina Silva, soprano, foi aluna de Vítor Sousa, com o qual aperfeiçoou a técnica de canto. A sua qualidade valeu-lhe o convite para ingressar no projeto que ambos integram, Vítor Blue. n