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Nova direção do Colégio de Cirurgia Torácica
O Conselho Nacional da Ordem dos Médicos convocou a consulta eleitoral para o Colégio da Especialidade de Cirurgia Torácica para o dia 16 de fevereiro. A SRNOM recebeu os médicos inscritos neste Colégio, através dos representantes André Santos Luís e Alberto Costa, que reafirmaram a importância destes atos eleitorais para as especialidades.
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Texto Catarina Ferreira › Fotografia Medesign
CIRURGIA TORÁCICA É UMA DAS MAIS RECENTES ESPECIALIDADES DA OM, CRIADA EM 2018
Para um pleno funcionamento das estruturas da Ordem dos Médicos, os atos eleitorais revelam-se decisivos. Após as eleições para as Direções dos Colégios de Especialidade e de Competências e Secções de Subespecialidade que marcaram o ano de 2021, o ato eleitoral voltou a repetir-se, desta vez para a direção do Colégio da Especialidade de Cirurgia Torácica, dado que se trata de uma especialidade que foi pela primeira vez a votos. A votação realizou-se durante o dia 16 de fevereiro, nas sedes das Secções Regionais do Norte, Centro e Sul da Ordem dos Médicos. Os Colégios “são órgãos técnicos consultivos da Ordem dos Médicos e congregam os médicos qualificados nas diferentes especialidades ou competências. (…) Têm como objetivo a valorização e desenvolvimento do conhecimento e exercício da Medicina de forma a atingir os padrões mais elevados, para benefício da Saúde dos cidadãos”. Atendendo ao contributo essencial destes órgãos para o pleno funcionamento da Ordem dos Médicos, através das competências específicas que lhes estão atribuídas, os atos
A Cirurgia Torácica viu reconhecida a especificidade da sua formação em 2010 com a criação do internato de formação específica em Cirurgia Torácica (Portaria 825/2010), e em 2018 com a criação do Colégio da Especialidade de Cirurgia Torácica.
eleitorais que elegem as respetivas direções são momentos extremamente importantes para a classe médica. O mandato das direções dos Colégios tem a duração de três anos, as quais mantêm-se em exercício até à sua substituição.
CLARIFICAR RESPONSABILIDADES “Esta é uma lista de continuidade da direção anterior que vem do processo de criação do Colégio da Especialidade de Cirurgia Torácica, na sequência da separação da especialidade de Cirurgia Cardiotorácica em Cirurgia Cardíaca e Cirurgia Torácica. Este grupo de trabalho vem dos tempos da comissão instaladora, criada em meados de 2017, que evoluiu no sentido da criação do próprio Estatuto, do regimento interno do Colégio e do Programa de Formação, que ainda se encontra em fase de aprovação”, começou por explicar José Miranda, presidente do Colégio de Cirurgia Torácica. Composta ainda por Fernando Martelo, João Bernardo, Paulo Calvinho, José Paupério e Cristina Tavira, a lista única candidata integrava os cerca de 20 elementos inscritos neste Colégio, maioritariamente médicos com o título de Especialista em Cirurgia Cardiotorácica ou em Cirurgia Torácica conferido pela Ordem dos Médicos. Enquanto integrada na Cirurgia Cardiotorácica, já existia uma clara separação da atividade entre cirurgiões. “O que se desejou foi separar as águas e clarificar as responsabilidades entre processos. Foi uma forma de melhorar a qualidade assistencial e o progresso científico da especialidade, que não é compatível e chega até a ser confuso entre competências”, acrescentou o dirigente, confessando a ambição de alargar a especialidade na sua representatividade nacional, numa “transição pacífica”.
PARTICIPAÇÃO ATIVA Presentes neste ato eleitoral, os representantes do CRNOM alertaram para a importância de uma participação ativa dos colegas nos processos eleitorais. “Para a Ordem dos Médicos este é um ato de verdadeira democracia, em que os colegas médicos elegem os pares que os vão representar na especialidade. É um momento importante, damos oportunidade e voz aos médicos de elegerem aqueles que os vão representar”, salientou André Santos Luís. Já Alberto Costa manifestou o “total apreço” com que o CRNOM “acarinha um novo Colégio”. “Os Colégios da Especialidade fazem parte da essência da Ordem dos Médicos, são eles que definem os pareceres e o estado da arte das respetivas áreas médicas e cirúrgicas. Esperamos que esta direção consiga atingir os objetivos que foram propostos no programa eleitoral e que se crie uma dinâmica natural para fazer a especialidade crescer e evoluir favoravelmente”, completou. n