Revista Nosso Tempo - Nº 45 - Ano 4

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Revista

Ano 4  •  Edição Nº 45  •  ABRIL/2017  • Paróquia Imaculada Conceição

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Nosso Tempo Elementos de

CRISE NA EDUCAÇÃO dos sintomas às causas

• CATEQUESE MARIANA •

• Santo do mês •

A vida de Maria antes da anunciação

São Luís Maria Grinion de Montfort

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DESTAQUE | COMO VIVER A SEMANA SANTA pág. 3

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NOSSO TEMPO Apresentação Editorial

Horários

O mês de abril é marcado pela passagem da Semana Santa, tempo que nos convida a meditar sobre a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor, por isso a Revista Nosso Tempo traz uma matéria especial sobre a espiritualidade deste tempo tão importante que nos prepara para a Ressurreição do Senhor. Além disso poderá conferir a continuação da matéria do nosso Pároco, Pe. Alexandre, CR sobre o apostolado educacional católico em Franco da Rocha. Confira também a sequência das matérias sobre a Virgem Santíssima escritas pelo Pe. André,CR, que neste Ano Nacional Mariano será de grande proveito espiritual para todo o povo de Deus. Peçamos que com a Ressurreição de Nosso Senhor faça, de cada um de nós, homens e mulheres novos! Tudo isso e muito mais você encontra nesta edição da Revista Nosso Tempo. Uma abençoada leitura! Salve Maria! Equipe de Redação.

Missas Feriais

• Ter.: 19h30 | Santa Missa da Esperança • Qua.: 15h| Santa Missa e Nov. Perpétua

19h30| Grupo de Oração • Quinta-feira| Dia de Adoração

8h| Santa Missa 19h30 | Procissão e bênção do Santíssimo 20h| Santa Missa pelas famílias • Sex.: 19h30 | Santa Missa

Missas Dominicais • Sáb.: 19h

• Dom.: 8h, 10h e 19h* * Missa do avivamento

Confissões • Qui.: 9h às 12h | 16h às 19h • 1ª Sexta.: 18h às 19h | 20h30 às 22h • 1º Sábado.: 08h às 10h • 1º Domingo.: 19h às 21h

Secretaria Paroquial

• Ter. à Sáb. 8h às 21h Dom. e Dias Santos 1 hora antes das Missas

Mídias Sociais

Horários de Matrimônio Sáb. 11h| 12h| 16h| 17h| 20h30| 21h

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Expediente A REVISTA NOSSO TEMPO É UMA PUBLICAÇÃO DA PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO DIREÇÃO Pe. Alexandre L. Alessio, CR

TIRAGEM 2.000 exemplares

REDAÇÃO Pe. André, CR e voluntários

IMPRESSÃO Gráfica Artgraf

DIAGRAMAÇÃO Bruno Daminello Zacarias

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NOSSO TEMPO Destaque Semana Santa

Viver a Semana Santa

Semana Santa, tempo da misericórdia do Pai, da ternura do Filho e do amor do Espírito Santo. Esta semana chama-se Santa porque nos introduz diretamente no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Cada um desses acontecimentos tem um conteúdo eminentemente profético e salvífico. O fiel cristão verdadeiramente apaixonado por Jesus Cristo não pode deixar de acompanhar ativamente a Liturgia da Semana Santa. Infelizmente, a maioria dos católicos tem outras preferências na semana mais santa do ano. Não são capazes de vigiar e orar uma só hora com Jesus (cf. Mc 14, 37-38). “A participação no Mistério redentor de Cristo leva-nos a ser no mundo descrente testemunhas autênticas da Ressurreição de Cristo.” Nós queremos acompanhar os passos de Cristo e sentir de perto o que vai acontecer a nosso melhor Amigo e Salvador, procurando sentir o que Jesus sentia em seu coração ao se aproximar a Hora decisiva de glorificar o Pai. Ele viveu esses dias com mansidão e serenidade na presença do Pai. Seu coração estava inundado por uma imensa ternura para com todos os filhos e filhas de Deus dispersos. Mostremo-nos, pois, solidários a Jesus. Passemos esta última semana de sua vida terrena com Ele, num último gesto de amor e amizade, recolhidos em oração fervorosa e contemplação profunda, de modo que a Páscoa do Senhor seja um dia verdadeiramente novo para nós. Ao participarmos da bênção e procissão de ramos, queremos homenagear a Cristo e proclamar www.paroquiaimc.com.br

publicamente a sua Divina Realeza. No Evangelho lido na Segunda-feira Santa, contemplamos Maria de Betânia ungindo os pés do Mestre com o perfume do amor e da gratidão. Na Terça-feira, Cristo revela o que se passa no coração de Judas Iscariotes. Na Quarta-feira, Mateus relata Cristo celebrando com os Apóstolos a festa da Páscoa judia e a traição de Judas. Na Quinta-feira Santa, pela manhã, é celebrada a Missa Crismal. Esta celebração, que o Bispo concelebra com o seu presbitério e dentro da qual consagra o santo crisma e benze os óleos usados no Batismo e na unção dos enfermos, é a manifestação da comunhão dos presbíteros com o seu Bispo. No período vespertino, inicia-se o Tríduo Sacro. Com a celebração da Missa da Ceia do Senhor (cerimônia do Lava-pés), recordamos a instituição da Eucaristia e do sacerdócio católico, bem como o mandamento do amor com que Cristo nos amou até o fim (cf. Jo 13, 1). A Sexta-feira Santa é o grande dia de luto para a Igreja. Não há Santa Missa, mas celebração da Paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e sagrada Comunhão. Vivamos este dia em clima de silêncio e de extrema gratidão, contemplando a morte de Jesus na cruz por nosso amor.

mulheres junto ao túmulo de Jesus, sentindo com elas a medida do amor que Cristo suscita nos corações que O conhecem de perto. A Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo, compõe-se da liturgia da Luz, da liturgia da Palavra, da liturgia Batismal e da liturgia Eucarística.

Procissão da Ressurreição

Vigília Pascal - Bênção do Fogo Novo

A participação no Mistério redentor de Cristo leva-nos a ser no mundo descrente testemunhas autênticas da Ressurreição de Cristo. Não podemos retardar o anúncio da ressurreição. Que a alegria de Cristo ressuscitado penetre nosso ser, domine nosso pensamento, tome conta de nossos sentimentos e ações. Precisamos de gente que tenha feito experiência da ressurreição. Existe uma única prova de que Cristo tenha ressuscitado: que as pessoas vivam a Sua vida e se amem com o amor com que Ele nos ama… Guiados pela luz do círio pascal, e ressuscitados para uma vida nova de fé, esperança e amor, sejamos testemunhas vivas da Ressurreição do Senhor Jesus. Que a Mãe do Ressuscitado nos aponte o caminho para Jesus Cristo, nosso único Salvador.

O Sábado Santo é dia de oração silenciosa e de profunda contemplação junto ao túmulo de Jesus. São horas de solidão e de saudade… É ocasião para acompanharmos Nossa Senhora da Soledade e as santas

Fonte: Canção Nova

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Elementos de

CRISE NA EDUCAÇÃO dos sintomas às causas Por Pe. Alexandre Lopes Alessio, CR

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ma vez mais necessitamos partir do significado das palavras, e desta vez de ‘sintoma’ e ‘causa’, para tentar entender o que se passa com a educação em nossos dias [1]. É claro que estas palavras tomamos emprestadas do contexto da medicina ou da ciência biológica. Mas elas muito servirão, a modo de analogia, para fazermos esta análise. A palavra ‘sintoma’ refere-se a sinal, indício, traço. É geralmente a descrição que o próprio paciente faz da própria situação, como por exemplo uma dor ou mal-estar, e de onde o médico procurará traçar o diagnóstico. A palavra ‘causa’ – que encontra maiormente no contexto filosófico seu significado – refere-se a origem, ao motivo e a razão; ou, em outras palavras, é o que faz com que algo exista ou aconteça; é o princípio pelo qual uma coisa é ou se torna aquilo que é [2] . Não vamos adentrar na discussão filosófica propriamente dita, mas apenas utilizar uma analogia ao contexto da medicina ou da ciência. Ao traçar o diagnóstico, ainda que interaja com os sintomas, o médico deve estar certo da causa e agir a partir desta de modo a sanar o paciente daquilo que o torna enfermo. Interagir apenas com os sintomas não é suficiente, é preciso conhecer a causa. Por exemplo, uma dor de cabeça é um sintoma ou um sinal, porém a causa pode ser desde uma enxaqueca até uma sinusite ou problema na coluna, entre outros. Entendido isto, podemos perceber que determinadas situações, como a degradação intelectual e moral da juventude e a incapacidade de mudar esta situação, inclusive da parte de profissionais de muito boa intenção, tratam-se de sintomas – a causa deve ser procurada. Inclusive a expropriação da educação daquilo que lhe é próprio, ao ponto de escolas de todo tipo serem transformadas em campo de doutrinação ideológica, ao invés de lugares onde se forma o homem sábio e virtuoso, eleva o intelecto e assim a moral e a sociedade, é sintomático e não causal [3]. Nosso tempo vive as consequências de alguns eventos históricos tanto a nível social quanto de pensamento [4]. E aqui não é nossa intenção seguir a ideologia do “politicamente correto”, como que querendo equilibrar os pratos na balança dizendo: “mas tem sempre o lado bom!”. Se pensarmos assim nunca chegaremos a causa e se não o fizermos, não haverá resposta suficiente, mas apenas e sempre medidas paliativas que longe de intervir na causa do mal, apenas protelarão e quando não agravarão ainda mais a crise. Ao contrário do que muito se diz, o auge do pensamento humano e a ascensão do direito natural deuse na Idade Média [5]. Citemos por exemplo, a custódia,

o aprimoramento e elevação da filosofia grega e do direito romano; e a defesa da civilização de heranças do paganismo grego e romano, da ameaça bárbara e muçulmana, inclusive mediante a educação; a salvaguarda dos direitos da criança e da mulher; a produção de enorme quantidade de obras filosóficas, literárias, científicas e culturais, não obstante as condições rudimentares da época, entre outros. A educação teve o seu valor nesta construção lenta, mas consistente e robusta aos longo dos séculos. A concepção da educação para o medieval é levar o homem a contemplação, que é nada mais nada menos que meditar na busca da verdade através do reto pensar [6]. A Igreja por disposição da própria História e é claro de sua missão foi a guardiã a mantenedora da educação enquanto busca da sabedoria pela contemplação da verdade [7]. Do século XVI em diante houveram sucessivas convulsões sociais de larga difusão e que vieram a abalar esta ordem constituída em séculos de história e inclusive a concepção da própria educação. Cada revolução trouxe consigo uma negação [8], que interferindo no modo de pensar interferiu na própria organização social. Por isso devemos ver nestas revoluções uma verdadeira crise espiritual e não somente social. Elas derivam de algo que não funcionou bem no pensamento humano e assim desencadeou uma série de erros, que não puderam ser contidos – antes de tudo a nível intelectual e moral. A primeira convulsão trata-se da Revolução Protestante (1517), oriunda não só da cessão às heresias que já pululavam pela Europa, mas também de interesses e alianças políticas e, assim a larga difusão de tais ideias. Com essa revolução veio a primeira negação: Cristo sim, Igreja não! Seguidamente, e fomentada sobretudo pelo Iluminismo – cujo próprio nome já denota oposição ao período histórico anterior, isto é, à Idade Média, definida ainda mais pejorativamente e intencionalmente como “idade das trevas” – acontece a Revolução Francesa (1789). Desta convulsão emergirá não só revolução contrária a ordem social constituída, mas sim e uma vez mais ao pensamento humano, e com isso também uma tentativa de impor sua própria “religião”, a razão ou a ciência, sempre segundo as formulações do próprio Iluminismo. O pensamento emancipado e a sociedade também, já não podia-se aceitar a possibilidade da Encarnação de Cristo e igualmente a autoridade absoluta da Divina Revelação da qual a Igreja é guardiã. Segunda negação: Deus sim, Cristo não! A convulsão sucessiva, a Revolução Comunista (1917), sempre fomentada por ideologias de tipo filosóficas,


trará a negação seguinte: O homem sim, Deus não! Apoiada principalmente no materialismo marxista nega tudo que possa denotar-se espiritual, não só enquanto fato religioso, mas enquanto capacidade de conhecimento mediante a busca da verdade – aqui nega-se a metafísica e, consequentemente, tudo que nela se apoia como, por exemplo, os fundamentos da moral. Uma vez que o homem é produto do aperfeiçoamento da matéria a este cabe a interação ou a transformação; partindo desse princípio tudo torna-se relativo ou produto da cultura, inclusive instituições fundamentais como a família. O que acontece a partir daqui ainda mais é a degradação do intelecto humano muito mais propenso a ideologias que ao reto pensar na busca da verdade. E, por fim, a última convulsão antes de nossos dias, a Revolução Sexual (1968) ou da Sourbone, Paris. Filha não só do progresso industrial e científico, mas do declínio cada vez mais acentuado do intelecto humano no que tem de mais nobre: a busca pela verdade. E diga-se que quanto mais subjugado aos instintos primários, menos o homem terá condições de alçar-se em direção a verdade, de cuja contemplação emana a sabedoria. As consequências são as piores possíveis. Reduzido ao patamar dos instintos o homem assemelha-se aos seres irracionais e perde seu valor, sua dignidade e sua nobreza. Estágio atual da negação: o homem não! [9] Não sejamos ingênuos em pensar que estas revoluções foram o curso da História, ou seja, inevitáveis, ou ainda, que foram frutos do acaso, em outras palavras, elas tinham de acontecer. Precisamos recordar que a mesma História nos dá exemplos claríssimos de que o mal pode e deve ser evitado. Lembremos apenas dois momentos [10]: a invasão dos bárbaros durante a decadência do Império Romano combatida e contornada pela ação da Igreja; do mesmo modo que a expansão e a ameaça muçulmana da Europa em diferentes pontos, desde a Península Ibérica, passando pelo Mediterrâneo até a Áustria, igualmente combatida pela Igreja. Do contrário nosso cenário hoje seria todo outro. É preciso perceber que cada convulsão antes do seu auge foi alimentada e se ganhou força o ganhou em razão de uma fraqueza da parte do que se lhe poderia conter e evitar. Há quem situe o início da decadência do pensamento humano no momento em que surgem as grandes universidades, que não são um mal em si, mas pelo modo como as coisas passariam a desenrolar-se dali por diante: a intenção ao entrar para uma daquelas universidades não seria mais a busca e a contemplação da verdade, mas com fins no diploma, ou seja, a autorização para se exercer um determinado ofício, e inclusive aquele de ensinar. O fim não seria mais a busca da sabedoria, mas o diploma. Daí em diante haveria que dissociar-se cada vez mais o compromisso com a busca e a contemplação da verdade – e se diga, com todo rigor filosófico que havia até então – e a obtenção a todo custo de um pergaminho que, de certo, trazia consigo um status e uma série de oportunidades e privilégios. A preocupação com a formação do homem sábio fica cada vez mais à deriva e, evidentemente, as ideologias, isto é, ideias produzidas por erro de cognição ou intencionais, ficariam

cada vez mais propensas de serem aceitas sem maiores questionamentos e reflexões como uma vez se fazia tendo por bandeira sempre a honra da verdade. Com isso é possível entrever que por detrás daquelas convulsões estão pensamentos cada vez mais declinados à ideologia que a retidão da verdade. É o que acontecerá principalmente a partir de Immanuel Kant, se tratando da educação moderna, com a esquizofrenia que ele criará a respeito da constituição interior humana: no plano racional ele situa o homem no nível dos animais (Crítica da Razão Pura) pois este é incapaz de contemplar e definir as coisas tais e quais elas são; e já no plano moral, eleva o homem – segundo a filosofia tomista – ao nível dos anjos (Crítica da Razão Prática), pois aí sim o homem consegue ver as coisas como realmente são e isto a medida em que interage com elas. Por aí se vê que não é difícil formular a educação não mais como busca da sabedoria, mas como formação do homem para o agir moral, uma vez que no plano racional não é possível que este conheça ou abstraia. O parágrafo anterior, longe de iniciar um debate ou aprofundamento filosófico apenas acena que por detrás de cada convulsão social como as que elencamos está uma série de erros de cognição que não foram combatidos e contidos, mas inclusive lançados ao seu modo para as massas ao ponto de influenciar uma inteira época e sucessivamente. E como o engenheiro da educação não é o pedagogo, mas o filósofo, não é difícil perceber que a educação começou a ser usada como instrumento potente na difusão de ideologias e não mais na formação do homem sábio. Assim sendo a decadência do ensino se deu quando o próprio pensamento humano degradou-se produzindo não mais homens sábios, mas, por erros de cognição ou falta de retidão lógica, começou a produzir e disseminar ideologias. Percorrendo este caminho é possível diferenciar os sintomas das causas na crise educacional hodierna. Os sintomas os observamos não sem perplexidade. Mas é preciso procurar pelas causas. E assim nos damos conta de que os sintomas são oriundos de um longo caminho de convulsões sociais, isto é, de revoluções cuja intencionalidade foi principalmente a subversão da ordem constituída [11]. E que por detrás encontramos ideias, manipuladas ou não, mas que fogem ou erram o caminho na busca da verdade, ou nem mesmo tem interesse pela verdade. Assim entendemos que a crise do educação, mas também aquela moral e religiosa, é uma crise de alma. Por isso o “combate”, ou seja, o seu enfrentamento, não se dará eximindo-se desta realidade. Trata-se de um verdadeiro combate espiritual a medida em que as faculdades inteligíveis deverão ser soerguidas não enquanto fato meramente racional, mas enquanto capacidade de buscar a verdade pela contemplação [12]. Aqui o trunfo da educação será o que o educador medieval conhecia muito bem e cujo ideal educativo era formar antes de tudo homens sábios. E aí entendemos porque a filosofia e a teologia eram altamente apreciadas. Justamente pelo fato de elevarem o homem a contemplação, a natural e a infusa, uma pela razão outra pela fé. E jamais uma separada da outra [13]. Referências e notas desta matéria escaneie o código com seu celular

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NOSSO TEMPO Catequese N. Senhora

A vida de Maria antes da anunciação do anjo

Por Pe. André Malta Martins, CR Muitos se perguntam: Como era a vida de Maria antes de conceber o Salvador, sua infância e adolescência? De certo temos poucos escritos, mas esses relatos se encontram em alguns textos apócrifos e pela tradição que nos fornecem estas informações. Eis que apresento os mais importantes e significativos.

original, ela foi a única a ter este privilégio. Somente Maria por vontade de Deus foi concebida sem mancha alguma do pecado original.

Quem foram os pais de Maria?

“Uma graça dada por Deus que nenhum homem ou anjo já havia

Existe uma grande curiosidade de sabermos a origem de pessoas que amamos e apreciamos. E com Maria Santíssima certamente ocorre o mesmo, mas, se procurarmos descobrir sua infância nas Sagradas Escrituras não se encontrará nenhuma narrativa que conte sobre este período de sua vida, porém, a Igreja sempre apoiou na Tradição antiguíssima sobre este fato. Seus pais foram São Joaquim e Santa Ana, da estirpe da Davi, eram ambos virtuosos e de família nobre, apesar de não desfrutar de tais fortunas materiais, possuíam o maior tesouro que era temer a Deus, os valores da fé e a santidade. Ambos com a idade já avançada não tinham filhos por motivo da esterilidade de Ana, isto causava sofrimento e vergonha, pois para os judeus não ter filhos era sinal da maldição divina. Mas Ana e Joaquim não perderam a fé. Pediram a Deus por muito tempo até que um dia Ana engravidou. Deus permitiu que o esplendor da família de Davi fosse ofuscado com a humildade da família de Maria para nos ensinar o desprezo das riquezas e das grandezas vãs deste mundo e para demonstrar que, a verdadeira glória e o verdadeiro bem consistem na virtude a na santidade. (Escola de Maria, p.34). Segundo a tradição, habitavam em Nazaré ou ora em Jerusalém. São João Damasceno diz que em Jerusalém possuíam uma casa modesta. Hoje se encontra neste lugar a igreja de Santa Ana construída no séc.XII cuja arquitetura é romana. Em frente à Igreja encontra-se à piscina de Betesda, citada em João 5, 2 “Existe em Jerusalém, junto à Porta das Ovelhas, uma piscina que em hebraico se chama Betesda, com cinco pórticos” e onde Jesus curou um paralítico que já estava ali há 38 anos. A santidade de Maria comprova para nós a santidade de seus pais, pois pelos frutos conhecemos as árvores. Ao dar à luz a Maria seus pais se livraram do peso da esterilidade, mas muito mais, Deus recompensou-os pela fé, ao ser escolhida no futuro para ser a Mãe do Filho de Deus.

experimentando”

(Santo Afonso Maria de Ligório)

“Em Maria, diz Bossuet1. há a carne sem a fragilidade, os sentidos sem a rebelião, a vida sem a mancha, a morte sem o sofrimento, o casamento é o véu sagrado que cobre e protege sua virgindade; o Filho bem amado é a flor que desabrochou da sua integridade”. Devemos, pois, surpreender-nos se uma criatura tão privilegiada foi isenta da culpa original? (Escola de Maria, p.36). Uma graça dada por Deus que nenhum homem ou anjo já havia experimentando diz Santo Afonso, e, São Boaventura conclui que “Assim como para o oceano convergem todas as águas do globo, em Maria se reúnem todas as graças. Assim como o sol nos envia sozinho maior quantidade de luz do que todas as estrelas, Maria possui sozinha mais graça do que todos os bem-aventurados reunidos”.

O nascimento e apresentação de Maria? Este acontecimento inaugura o despontar de uma nova aurora para humanidade que vagava nas trevas da morte. A Igreja definiu o dia 8 de setembro para festejar este acontecimento que se deu aproximadamente, no ano 22 antes da era cristã. (Pe. de La Broise). Quanto à cidade de seu nascimento, uma tradição muito digna de crédito designa Jerusalém, embora haja também opinião a favor de Nazaré. A festa da Apresentação. — A Igreja fixou a 21 de novembro a festividade destinada a comemorar a Apresentação de Maria no Templo. Sua consagração é o modelo dos religiosos e religiosas. Maria, no Templo, levou a vida comum, não se pode negar que fosse modelo de piedade e de obediência. Pias tradições no-la mostram como a mais adiantada no conhecimento dos livros santos e a mais habilidosa na confecção dos bordados usados na ornamentação do Templo.

Maria concebida sem pecado? O privilegio singular em virtude do qual Maria foi isenta do pecado original desde o primeiro instante de sua existência e que a nenhuma outra criatura humana jama possuiu desde os filhos de Adão por motivo do pecado

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1 Jacques-Bénigne Bossuet (27 de Setembro, 1627 - 12 de Abril, 1704) foi um bispo e teólogo francês. 6

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NOSSO TEMPO Acredita-se que foi durante a estada de Maria no Templo que faleceram seus santos pais, Joaquim e Ana. Maria permaneceu no templo até seu casamento com São José. (Cf. Curso médio Catecismo de Mariano, P. 17). E para o próximo mês prosseguiremos com as catequeses marianas e que por intercessão de Maria

Santíssima desça sobre cada leitor a benção de Deus todo poderoso Pai e Filho e espírito Santo!

Salve Maria!

São Joaquim e Sant’Ana

Apresentação de Nossa Senhora no templo

Casamento de Nossa Senhora e São José

Mensal Santo do mês

São Luís Maria Montfort

São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor Neste dia, nós contemplamos o fiel testemunho de Luís que, ao ser crismado, acrescentou ao seu prenome o nome de Maria, devido sua devoção à Virgem Maria, que permeou toda sua vida. Nascido na França, no ano de 1673, de uma família muito numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e assim percorreu o caminho dos estudos. Como padre, São Luís começou a comunicar o Santo Evangelho e a levar o povo, através de suas missões populares, a viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. Foi grande pregador, homem de oração, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres; como bom escravo da Virgem Santíssima não foi egoísta e fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria. São Luís já era um homem que praticava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que o próprio Maligno derramou sobre ele; tanto assim que foi a Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, mas este não lhe concedeu tal pedido. Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor. São Luís, que morreu em 1716, foi quem escreveu o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, que influencia ainda hoje, muitos filhos de Maria. Influenciou inclusive o saudoso Papa João Paulo II, que por viver o que São Luís nos partilhou, adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, “Sou todo teu, ó Maria”.

São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova www.paroquiaimc.com.br

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DÍZIMO SINAL DE COMPROMISSO COM DEUS

Oração do Dizimista Recebei Senhor o nosso dízimo! Não é esmola, doação, pagamento nem contribuição. O que vos entregamos é um sinal de nossa fé e participação na vida da comunidade. É o nosso reconhecimento de que sem a vossa providência, nada seríamos, nada teríamos. Tudo o que temos recebemos de Vós, pelo amor por nós. Amém.

Seja você também um dizimista em nossa paróquia e contribua com as obras de evangelização

Acompanhe-nos: 1 Abril

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Informações: (11) 4449-3131 / 4449-3104  |  Igreja Matriz - Imaculada Conceição www.paroquiaimc.com.br www.paroquiaimc.com.br


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