Revista Nosso Tempo - Nº 43 - Ano 4

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Ano 4  •  Edição Nº 43  •  FEVEREIRO/2017  • Paróquia Imaculada Conceição

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Um apostolado educacional católico Linhas gerais ou “fios de ouro” Conheça um pocuo mais deste projeto que vem do coração de Deus e que vem trazer grandes coisas para o futuro da nossa cidade de Franco da Rocha

• Matéria sobre a pastoral que cuida dos meios de comunicação em nossa amada paróquia.  |  Pág. 3 • Confira também uma catequese do Pe. André, CR sobre Nossa Senhora.  |  Pág. 6

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NOSSO TEMPO Apresentação Editorial Neste mês de fevereiro, mês onde realizamos mais um Cerco de Jericó em nossa paróquia, a Revista Nosso Tempo traz uma matéria sobre a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Vamos conhecer um pouco mais sobre a pastoral que organiza e gerencia os meios de comunicação de nossa paróquia e como, através disso alcançam cada dia mais almas para Deus Além disso poderá conferir a continuação da matéria do nosso Pároco, Pe, Alexandre, CR sobre o apostolado educacional católico em Franco da Rocha. Confira também a primeira matéria de nosso Vigário, Pe. André,CR, que neste Ano Nacional Mariano vem nos escrever sobre Nossa Senhora, e como amar ainda mais a Mãe de Deus e nossa. Peçamos a intercessão de Nossa Senhora que interceda em nossas vidas neste mês.

Uma abençoada leitura! Salve Maria! Equipe de Redação.

Horários Missas Feriais

• Ter.: 19h30 | Santa Missa da Esperança • Qua.: 15h| Santa Missa e Nov. Perpétua

19h30| Grupo de Oração • Quinta-feira| Dia de Adoração

8h| Santa Missa 19h30 | Procissão e bênção do Santíssimo 20h| Santa Missa pelas Famílias • Sex.: 19h30 | Santa Missa • Sáb.: 19h| Santa Missa

Missas Dominicais

• Dom.: 8h, 10h e 19h* * Missa do Avivamento

Confissões • Qui.: 9h - 12h | 16h - 19h • 1ª Sexta.: 18h - 19h | 20h30 às 22h • 1º Domingo.: 19h - 21h

Mídias sociais

Secretaria Paroquial

• Ter. à Sáb. 8h às 21h

E-mail: nossotempo@paroquiaimc.com.br

Dom. e Dias Santos 1 hora antes das Missas

Horários de Matrimônio Sáb. 11h| 12h| 16h| 17h| 20h30| 21h

Site: www.paroquiaimc.com.br

Informações sobre: Catequese, Sacramentos, Exéquias, intenções de Missa, visita aos enfermos, pastorais e inscrição para o dízimo.

Facebook: fb.com.br/paroquiaimcfrancodarocha

Tel.: (11) 4449-3131/ 4449-3104 E-mail: secretaria@paroquiaimc.com.br

Youtube: youtube.com/webtvjesusaocentro

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NOSSO TEMPO Pastoral

Comunicação

web tv jesus ao centro

Por Equipe de Redação

Algo que contribui para o crescimento de nossa paróquia é sem dúvida a comunicação. Desde o ano de 2012 a Paróquia vem realizando um trabalho incrível ao qual damos o nome de Web TV Jesus ao Centro. A Web TV é responsável por movimentar todos os meios de comunicação e publicidade na paróquia, incluindo: site, transmissões online das Missas e eventos, são responsáveis também pelo sistema de slides nas Santas Missas, fotos dos eventos, produção de conteúdo e vídeos das homilias, e outros eventos da paróquia, e até mesmo responsáveis pela diagramação e edição desta revista que chega em sua casa todos os meses. Tudo isso pra levar cada vez mais a evangelização além do que podemos imaginar, atravessando as fronteiras de cidades, estados e até mesmo países. É a paróquia Imaculada Conceição, que através dos meios de comunicação entra na casa das pessoas, até mesmo para as que mais necessitam da presença de Deus em suas vidas, seja onde estiverem, no trabalho, em suas casas, no hospital ou até mesmo realizando seus afazeres diários. Se interessou neste apostolado na comunicação? Entre em contato com a secretaria paroquial e faça parte de nossa família!

Espiritualidade Cruzada

Imaculado COração de Maria

Por Equipe de Redação

No sábado seguinte à sexta feira da Festa do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Maria. Jesus e Maria nunca se separaram. Disse São João Paulo II que Maria foi a que mais cooperou com a Redenção. Ela gerou o Verbo humano e aos pés da Cruz o oferecia em sacrifício pela nossa salvação. Os dois corações estão entrelaçados. Nas aparições de Nossa Senhora, tanto em Fátima como na França a santa Catarina Labourè, ela mostra seu coração cheio de compaixão pela humanidade. À Irmã Lucia, em Fátima ela falou, da devoção dos CINCO PRIMEIROS SÁBADOS, no dia 10 de dezembro de 1925: “Nossa Senhora mostrou o seu coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos atos de desagravo para tirá-los, com devoção reparadora dos cinco primeiros sábados. Em recompensa prometeu-nos “todas as graças necessárias para a salvação”. São cinco os primeiros sábados, segundo revelou Jesus, por serem “cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria”: 1 – As blasfêmias contra a Imaculada Conceição; 2 – Contra a Sua Virgindade Perpétua; 3 – Contra a Maternidade Divina recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens; 4 – Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe; 5 – Os que A ultrajam diretamente nas suas sagradas imagens. Como praticar esta devoção explica pela Virgem Santíssima: “Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no primeiro sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos mistérios do Rosário, com o fim de me desagravar”. Imaculado Coração de Maria, sede a minha salvação! www.paroquiaimc.com.br

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Um apostolado educacional católico Linhas gerais ou “fios de ouro” Por Pe. Alexandre Lopes Alessio, CR

A História, além da teologia católica da educação, nos assegura a necessidade de um autêntico e abrasado apostolado educacional católico. O fundador da Congregação da Ressurreição, Deodato Janski[1], adiante do seu próprio tempo, nos assegurava duas coisas: primeiro, a sociedade nova só será possível a partir de homens novos, ou seja, não começará imposta de cima pra baixo ou de fora pra dentro; segundo, ele, por experiência pessoal, constatou que os instrumentos eficazes que dão condições para a realização do homem novo estão na Igreja Católica, começando pelos seus ensinamentos, que partem da Doutrina Revelada, como também e imprescindivelmente, pelos sacramentos que conferem graça santificante. Seria um desvario querer mudar estruturas de sociedade, relegando para segundo plano, ou mesmo nem contemplando, o interior do homem[2]. Toda transformação deriva daí e jamais sem o ensino da Verdade e a Graça de Deus. O apostolado educativo católico, por contemplar tudo isso, no decorrer dos séculos é um imenso tesouro, desde os santos que o exerceram mais intensamente, até as congregações religiosas para isso fundadas, desde as inumeráveis instituições mundo afora até o imenso número de alunos acolhidos nestas instituições, desde a imensa contribuição deste apostolado nas diversas nações até o legado teológico, filosófico e científico deixados. Sempre que um novo apostolado se inicia este deve ser dócil as inspirações de Deus e aos sinais dos tempos, além de estar em profunda comunhão com os ensinamentos da Igreja e as autoridades eclesiásticas competentes – o bispo e os superiores da congregação religiosa. Para o apostolado que pretendemos desenvolver vamos percorrer necessariamente cinco linhas de ação: os voluntários, os benfeitores, as instalações, o projeto pedagógico e os destinatários ou educandos. 1. Voluntários – Num primeiro momento, dada limitação de recursos financeiros, mas sobretudo fundado no compromisso batismal, precisamos contar maciçamente com o apoio de voluntários[3]. Estes deverão ser pessoas apaixonadas pela educação da criança e da juventude e ter o desejo de dedicar seus dons e talentos conforme as condições pessoais de cada um em prol da educação das crianças e da juventude. Os voluntários deste apostolado deverão ser almas verdadeiramente abrasadas de fé, esperança e caridade. Deverão ser

pessoas que acreditam no poder da graça de Cristo no coração do homem, seja ele quem for. Terão por tripé do seu voluntariado: a-) vida de oração e a b-) busca da formação, para eficácia do c-) apostolado. Nos dizeres de São Pio X: “Para irradiar Cristo é necessário estarmos cheios de Cristo”[4] Por isso este apostolado assumirá características de uma autentica consagração. “Quanto bem não produz, numa grande cidade, uma associação cristã a viver, verdadeiramente, a vida sobrenatural! Opera como poderoso fermento e só os anjos podem dizer como ela é fecunda em frutos de salvação”[5] . Estes voluntários deverão ter uma vida de autentica piedade, ou seja, o governo e o encaminhamento da própria alma nos princípios da Religião[6]. Dentre os voluntários em um apostolado educativo encontram-se: professores, membros do clero e religiosos e a família, caso seja possível. E mais especificamente, todos poderão contribuir direta ou indiretamente: médicos, advogados, dentistas, padeiros, barbeiros, cozinheiros, faxineiros, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, engenheiros, arquitetos, etc. E quanto mais força agregarmos, mais êxito terá o apostolado. E nunca sem a graça de Deus e do que dispõe a Igreja. Por isso os voluntários serão vivamente animados a serem assíduos à Missa e aos sacramentos, sobretudo a confissão, e a devoção a Nossa Senhora, pois se para irradiar Cristo é necessário estar cheio de Cristo, isto não será possível sem Maria Santíssima[7]. 2. Benfeitores – Analogicamente falando, os benfeitores terão para o apostolado a importância que tem os contrafortes e os arcobotantes para as catedrais góticas (Imagem da capa). E o sustento se dará a nível financeiro. Precisaremos contar desde com as ofertas individuais sejam quais forem, mas fiéis e generosas, até aquelas mais robustas como as de um empresário ou comerciante ou ainda pessoa de mais posses. Mas também com aqueles que poderão fazer benfeitoria com o fruto do próprio trabalho, doando, por exemplo, pães e outros alimentos para a merenda, material escolar, livros, uniforme, etc. Sempre de acordo com as necessidades apresentadas pelo apostolado. Os benfeitores, evidentemente, serão informados, através de instrumentos de comunicação sobre o modo como estão sendo empregadas suas doações. Terão seus nomes colocados nas Missas e orações do apostolado. E, com o passar do tempo, terão grande alegria ao ver o resultado de tudo na vida


daqueles que serão atendidos pelo apostolado. Não há maior realização do que ver uma vida humana, desde a tenra idade, bem encaminhada! 3. Instalações – Tudo na Igreja começa muito simples e não sem muito trabalho, dedicação e sacrifício. Edificar qualquer tipo de instalação física sempre foi muito custoso e exigente. Por isso, serão dados passos conforme as possibilidades. Mas isso não impedirá de modo algum a magnanimidade e de vislumbrar algo lá na frente. Precisamos de um espaço autônomo para o apostolado, depois de que arrecadar, com ajuda primordial dos benfeitores os recursos para tal, pensando evidentemente na manutenção do que for sendo alcançado.

Aquela, que pretendemos que seja uma autentica instituição educacional católica, será a casa das crianças e dos jovens, a casa das famílias, a casa da Igreja, a Casa de Maria e a Casa de Deus. Haverá muita simplicidade, mas também muita nobreza, limpeza, asseio, organização. O coração será a capela. Em cada ambiente deverá ter um crucifixo, uma imagem de Nossa Senhora e uma fotografia do Santo Padre e do bispo diocesano – elementos que identificam a catolicidade. A sala de aula será lugar acolhedor e que inspire à sabedoria. A instalação será certamente estruturada e organizada a partir das diretrizes da instituição governamental competente para abertura de uma escola dentro do que diz a lei civil. 4. Projeto pedagógico – É a essência do apostolado. E quanto mais católico e claro for, mais o apostolado não correrá o risco de perder-se pelo caminho. O engenheiro da educação não é o pedagogo, mas o filósofo. Por isso, o projeto pedagógico se assentará sobre a filosofia perene da Igreja,

não só a respeito da educação em si, mas principalmente acerca do próprio ser humano. E o apogeu desta filosofia encontra-se em figuras colossais como São Tomás de Aquino e Hugo de São Vitor – entre outros [8]. Os documentos da Igreja serão o referencial constante [9], assim como o patrimônio deixado pelos grandes santos educadores[10]. Além do que o projeto pedagógico contemplará as devoções católicas como meio de proporcionar e garantir a ação da Graça: a Missa, a Catequese, o ensino religioso, a vida dos santos. Contemplará também o acesso às disciplinas que complementam e elevam as faculdades intelectuais, além daquelas disciplinas ordinárias exigidas pela lei: a filosofia, a música, língua estrangeira, etc. 5. Os destinatários – Estes destinatários são as crianças e os jovens. E não tratamos por último em razão de prioridade, mas de que tudo quanto foi falado até aqui o foi em função deles. Um apostolado educacional, assim como qualquer outro apostolado, pela sua seriedade e responsabilidade, não pode iniciar-se às apalpadelas, como um tiro no escuro, mas traçando metas claras e alcançáveis de modo a não cometer nenhum tipo de imprudência. As condições para acolhida destas crianças será: “Não ter nada, não saber nada e não poder nada” – o que identificará o apostolado como uma verdadeira obra de caridade e de misericórdia [11]. Haverá direitos e deveres pessoais e institucionais. Os pais, na medida do possível serão chamados a participar efetivamente da educação dos filhos. Poderíamos identificar o apostolado especificamente através de um moto: “disciplina e afeto”. Tudo desde o uniforme que será usado até e organização do espaço e do tempo terão em vista disciplina e afeto, de modo a podermos atingir o objetivo deste apostolado que é formar homens novos para uma sociedade nova. “A restauração da sociedade terá de passar, necessariamente, por uma irradiação da santidade da Igreja” [12]. Certamente esta afirmação vai de encontro ao ideal vislumbrado por Deodato Janski em seu processo de conversão, penitência e busca de santificação [13]. E a História, como dizíamos no início, corrobora o tempo todo a importância da fé e do apostolado católico: frente ao paganismo greco-romano brilhou o testemunho dos mártires; frente a decadência do Império e a invasão dos bárbaros, brilhou o testemunho dos monges; frente às inúmeras revoluções, brilhou o testemunho dos santos. E a tudo isso, intimamente unida, delineou-se a educação cristã e serviu ao mesmo tempo de instrumento potente na construção, sustento e soerguimento da sociedade. Eis porque nos dias atuais se faz tão necessário e urgente o apostolado educacional. Referências e notas desta matéria escanei o código com seu celular

Quer saber mais sobre este apostolado? Fique ligado nas próximas edições da Revista Nosso Tempo ou acesse www.paroquiaimc.com.br e aguarde as novas atualizações


NOSSO TEMPO Novidade

Catequese

Para conhecer e amar ainda mais a Virgem Maria

Irmãos e irmãs: Salve Maria! Este ano comemoramos os 300 anos do encontro milagroso da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba, por isso a Igreja no Brasil instituiu o Ano Nacional Mariano; iniciado em 12 de outubro de 2016, e que se concluirá aos 11 de outubro de 2017. Também neste ano se comemora o centenário das aparições em Fátima em Portugal. Um ano propício para catequeses que visam o objetivo de aprofundar e meditar sobre a vida, vocação e missão da Virgem Mãe de Deus. Para conhecer e amar ainda mais Maria Santíssima, Mãe de Jesus Cristo e nossa mãe é preciso saber que os muitos anos que precederam seu nascimento foram preanunciados por diversos profetas do Antigo Testamento (cf Is 7,14). Com esta consciência os nossos olhos se abrirão cada vez mais a compreensão de que Deus desde a eternidade predestinou a Virgem Santíssima a ser a mãe do Salvador Jesus Cristo. Aquela que teve o poder de esmagar a cabeça da serpente (cf Gn 3,15), e por seu consentimento traria em seu seio o Filho de Deus (cf Lc 1,38). Por isso as figuras simbólicas do Antigo Testamento nos apontam a beleza e a grandeza de Maria preparada desde a eternidade e, no qual os santos e doutores da Igreja interpretaram como uma prefiguração da vocação e missão de Maria. Antes de citar uma dessas imagens bíblicas é importante recordar as devoções populares e orações oficiais ao Culto à Virgem Puríssima ressaltam duas importantes: a Ladainha a Nossa Senhora e o Ofício a Imaculada Conceição. As ladainhas à Santíssima Virgem são uma série de breves e piedosas invocações dirigidas a Maria no qual evocam os mais belos títulos de glória conferidos pela a piedade cristã e fundamentados nas Sagradas Escrituras. Chamam-se ainda ladainhas lauretanas, porque se acredita que tomaram forma definitiva no santuário de Loreto, no século XVI, onde se encontra a Casa de Nossa Senhora transportada milagrosamente de Nazareth a Loreto, Itália. Outra grande oração é o Ofício a Imaculada Conceição, neste encontramos também riquíssimas invocações que se faz notar uma rememoração de todas as grandes imagens que as Sagradas Escrituras e a piedade cristã têm sugerido em honra de Maria (cf Curso Fevereiro | 2017

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médio Catecismo de Mariano, Par. 169-170). Promessas e Figuras de Maria

Santuário de Loreto, Itália No Antigo Testamento encontramos diversas promessas e figuras previstas que ordenam a compreensão da fé cristã, por isso a palavra prefiguração, significa uma antecipação figurada ou simbólica, uma representação de uma coisa, fato, pessoa que está por vir. Esta definição nos faz entender o plano de Deus ao escolher Maria a ser mãe do Salvador. Proponho três principais: A primeira se encontra em Gênesis. Após a desobediência dos nossos primeiros pais, Deus fala à serpente: “Porei inimizades entre ti e a mulher, entre sua descendência e a tua, e ela te esmagará a cabeça” (cf Gn 3,15). A Igreja reconhece Maria nessa mulher gloriosa e Jesus Cristo, seu Filho, nessa descendência que há de esmagar a cabeça da serpente, isto é, o poder do demônio. A segunda encontra-se em Isaías: “A virgem conceberá e dará a luz um filho que será chamado Emanuel” (cf Is 7,14). Emanuel significa em hebraico Deus está conosco, isto é Jesus Cristo, nascido da virgem Maria. A terceira profecia também se encontra em Isaías com esta definição: “uma vara sairá de Jessé” (cf Is 11,1) nome do pai de Davi. Deste broto da raiz nascerá uma flor sobre a qual o Espírito Santo repousará (cf Is 11,2-3) no dia de sua Anunciação. No Ofício da www.paroquiaimc.com.br


NOSSO TEMPO Imaculada encontramos estas duas profecias incluídas Assim, Maria ficou cheia da graça no meio da humanipela Igreja (Em Prima: Ecce Virgo concipiet... em Terça: dade decaída pelo pecado, e deste velo no qual permanEgredietur virga...). eceu imaculado desde sua concepção a sua assunção ao céu. Os símbolos bíblicos que prefiguram Maria Arco-íris- Sinal divino dado a Noé que indicava a A escada de Jacó - Esta escada revelada em sonho a aliança como penhor da paz restituída a terra após o Jacó em sua fuga liga a terra ao céu e, no todo dela en- dilúvio (cf. Gn 9,12-15). contrava-se Deus e seus anjos que subiam e desciam Maria foi neste mundo o penhor que indica a reconcil(cf 28, 12). Os santos doutores a interpretam como a iação do céu com a terra pela Encarnação de Jesus. As figura de Maria, como aquela que colocava em comu- sete cores também simbolizam os sete dons divinos do nicação a terra ao céu, e por iniciativa divina desce que Espírito Santo. se rebaixa até nós por meio da encarnação virginal de Maria. A nós é alcançada a graça. Isto tudo se refere à Sarça ardente – Deus se revela a Moisés no monte Maria: “É aqui, disse o santo patriarca, a casa de Deus e Horeb por meio de uma sarça flamejante, sem, porém a porta do céu”, dois gloriosos títulos muitas vezes con- consumi-la por completo. Era a presença Deus naquele feridos a Maria pela Santa Igreja (cf 28,17). lugar (cf. Ex 3,2-4). No ofício Vespertino dizemos em uma das antífonas: A Arca da Aliança – A arca da Aliança foi construí- “Na sarça que Moisés viu arder sem se consumir, reconda por Moisés para receber a vara de Aarão, o maná hecemos vossa admirável virgindade conservada intace as tábuas da Lei. Feita como um cofre de madei- ta, quando vos tornáveis a Mãe de Deus”. Rubum quem ra de cedro, revestido de ouro e pedras preciosas viderat... (cf Ex 25,10-16). Os hebreus portavam-na consigo em suas marchas rumo a terra prometida. Maria é aque- No próximo mês iremos meditar Maria prefigurada por la que trouxe em seio seu virginal nosso Senhor Jesus pessoas na Bíblia. Cristo, o verdadeiro pão descido do céu e, o próprio autor da Lei. A arca era um sinal sensível da antiga aliança, Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que Maria, no entanto, é instrumento desta nova aliança por recorremos a vós! meio da Encarnação do Verbo de Deus. Velo de Gedeão – Foi uma pele de ovelha usada por Gedeão que o cobriu e prodigiosamente o cobriu de orvalho mesmo em torno a seca e, e depois permaneceu seca, quando a terra cobriu-se de orvalho (cf Jz 6,40).

Santos

SÃO BRÁS

Por Pe. André Malta Martins, CR

Por Equipe de Redação

São Brás foi um médico popular que viveu entre os séculos III e IV na Arménia. Ele procurava o retiro no Monte Argeu, em oração a Deus, quando foi apontado pelo povo para suceder ao falecido bispo de Sebaste. São Brás aceitou ser ordenado padre e depois bispo. Em altura de perseguição à Igreja Católica, São Brás acabou por ser preso no Monte Argeu e por ser torturado por não renunciar à sua fé, tendo morrido degolado em 316 e sido sepultado em Sebaste, na atual Turquia. Como realizou vários milagres em animais e em doentes, como por exemplo retirar um espinho da garganta de uma criança somente por olhar para o céu e por rezar a Deus, São Brás tornou-se no santo padroeiro dos animais, dos veterinários, das dores de garganta e das crianças. São Brás, rogai por nós!

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Dos Escritos de São José de Calasanz, presbítero (Liturgia das Horas, Vol. IV, Ofício das Leituras, 25 de agosto) Pai da pedagogia pós-tridentina (1557-1648)

Esforcemo-nos por aderir a Cristo e só a Ele agradar Ninguém absolutamente ignora de quanta dignidade e de quantos méritos se reveste o santo ministério de educar as crianças, especialmente os pobres, para que bem instruídas, possam alcançar a vida eterna. Pois ao dar-lhes a instrução e principalmente ao formá-las na piedade e na doutrina cristã, cuida-se ao mesmo tempo da saúde das almas e dos corpos. Assim exerce-se de certo modo o mesmo encargo de seus anjos da guarda. Além disso, dá-se-lhes a oportunidade de excelente ajuda: não apenas se afastam os adolescentes do mal, mas com maior facilidade e doçura são atraídos e estimulados a fazerem todo bem, seja de que espécie for. Vê-se que, por meio deste auxílio, os jovens mudam para melhor, a ponto de não se distinguirem os que ainda estudam dos já formados. À semelhança de jovens plantas, são os jovens mais facilmente levados para a direção que alguém lhes deseja imprimir; mas se se deixa endurecerem, sabemos que a possibilidade de moldá-los diminui muito ou mesmo se perde totalmente. Dar uma educação adequada aos meninos, sobretudo aos pobres, concorre para aumentar-lhes a dignidade humana. E também alguma coisa que todos aprovam na sociedade humana: sejam os pais, os primeiros a se alegrarem ao verem os filhos bem encaminhados, sejam os governantes, que adquirem bons servidores e cidadãos, e, de modo todo especial, a Igreja que, nos múltiplos estados de vida, os vê entrar mais maduros e preparados, como dedicados a Cristo e testemunhas do Evangelho. Na verdade, é preciso terem muita caridade, a máxima paciência, e, sobretudo, profunda humildade aqueles que assumem este ofício que exige cuidado contínuo. Serão assim dignos de que o Senhor, invocado humildemente, os torne idôneos cooperadores da verdade, conforte-os no cumprimento da nobre missão e os enriqueça com o dom celeste conforme foi dito: Aqueles que instruem a muitos na justiça serão como estrelas na perpétua eternidade (Dn 12,3). Vocês realizarão tudo isto se, pelo voto da perpétua servidão, procurarem aderir a Cristo e só agradar Àquele que disse: O que fizestes a um dos meus pequeninos, a mim o fizestes (Mt 25,40).


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