Entrevista com o presidente do Sindicer/Rio do Sul, Claudio Luis Kurth
Expocever • 2014 • Edição 01
SALTO EM QUALIDADE Segunda edição da feira supera mais uma vez a expectativa de visitantes e expositores
Coquetel de Abertura
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Comissão Organizadora do Evento Claudio Luis Kurth Presidente do Sindicer/Rio do Sul Doli Lorenzetti Vice-Presidente do Sindicer Rio do Sul e Presidente da ACAVI Sandro Tavares Santos Diretor do Sindicer/Rio do Sul Moacir Tenfen Secretário Executivo Francine Arruda Coordenadora do Projeto
Revista Expocever Publisher: Geraldo Salvador Júnior Editora e Jornalista Responsável: Juliana Nunes SC04239JP Redação: Juliana Nunes Rosi Mizeeski – SC04176JP Projeto Gráfico e diagramação: André Gil Fotos: Natanael Knabben Editores de Arte/fotografia: Jefferson Salvador Natanael Knabben Impressão: Gráfica Coan Tiragem: 3.500
A Revista Expocever é uma publicação bienal do Sindicato da Indústria Cerâmica para a Construção do Vale do Itajaí, Norte e Planalto Catarinense (Sindicer). É proibida a reprodução total ou parcial do material desta edição, salvo sob prévia autorização da redação. As pessoas não listadas neste expediente não são autorizadas a falar em nome da revista.
ABERTURA
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Sindicato de Indústria Cerâmica para Construção do Vale do Itajaí, Centro, Norte e Planalto Catarinense (Sindicer/Rio do Sul) promoveu, de 23 a 25 de abril, a segunda edição da Exposição de Máquinas e Equipamentos para a Cerâmica Vermelha (Expocever). O evento ocorreu no Centro de Eventos Hermann Purnhagen e reuniu mais de 2,5 mil participantes, entre empresários do ramo do setor de cerâmica vermelha de todo o Brasil, técnicos e funcionários ceramistas, expositores e fabricantes de máquinas, insumos e consumidores dos produtos cerâmicos da região. O evento recebeu visitantes do Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além de visitantes de outros países, como Argentina e Paraguai. A feira teve como objetivo fortalecer a indústria de cerâmica vermelha por meio da troca de informações entre
empresários do ramo, além de mostrar aos ceramistas novos produtos, fornecedores e tecnologias para a produção dos materiais. Cerca de 48 expositores marcaram presença no evento, com a apresentação das mais variadas tecnologias e inovações relacionadas ao setor cerâmico. Juntos, eles movimentaram um total de R$ 15 milhões em negócios. Além disso, palestras sobre os mais diversos assuntos relacionados ao setor movimentaram o evento durante os três dias. Foram elas “A polêmica da absorção de água”, “Tendências da construção civil”, “As exigências ambientais e seus conflitos nas cerâmicas”, “Norma de Desempenho”, PSQ: oportunidade de negócios”, “Garantia de retorno no investimento na saúde ocupacional” e “NR12”. Também fez parte da programação a palestra motivacional sobre empreendedorismo. Realizada no último dia da feira, a palestra abordou o tema “Como pular o muro da incerteza e se tornar um empreendedor”. Durante cada apresentação, os ceramistas puderam interagir com o palestrante para debater e tirar dúvidas sobre cada tema. O evento também ficou marcado pela presença de
Vejo que houve um salto de qualidade em relação a primeira edição
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EXPOCEVER SUPERA EM QUALIDADE E ESTRUTURA
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autoridades do setor e do munícipio de Rio do Sul. Uma delas foi o prefeito de Rio do Sul, Garibaldi Antônio Ayroso. Durante a abertura, ele agradeceu a presença das autoridades, dos empresários do setor e dos expositores da feira. “É uma satisfação muito grande Rio do Sul receber os senhores em nossa cidade. Quero que vocês se sintam em casa em nossa modesta Rio do Sul, uma terra que a gente ama muito e tem muito carinho, desejo também que vocês façam visitas importantes para conhecer a nossa região e mais ainda que façam bons negócios”, disse. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, também esteve presente no evento em Rio do Sul. Na abertura da feira, ele declarou estar contente em retornar a Rio do Sul para participar de um evento como a Expocever. “Vejo que houve um salto de qualidade em relação a primeira edição do evento, que ocorreu há dois anos. A Fiesc se orgulha com a organização desta feira. Este é um case que temos que levar ao Estado. Realmente Rio do Sul, através do setor cerâmico, dá mais uma vez um bom exemplo ao setor industrial organizado do estado”, relatou. Representando a Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), Luis Lima foi outra autoridade do setor cerâmico presente no evento. Ele destacou a importância que é este setor de cerâmica vermelha. “Nós estamos aqui em uma feira regional cheia. As pessoas estão em busca de conhecimentos e os fornecedores fazendo negócios. Esse encontro precisa sempre ser fortalecido, já que é um movimento que traz benefícios a todos”, disse. Na ocasião, o presidente do Sindicer/Rio do Sul, Claudio Luis Kurth, destacou que a feira serve para fazer com que os associados – ao todo 54 – sintam orgulho do sindicato. “Esse papel não é meu, esse papel é de todos nós ceramistas e associados. Nós temos como objetivo aumentar a quantidade de associados e nós só vamos conseguir fazer isso mostrando para aqueles que ainda não são de que vale a pena se associar. Vale a pena se ajudar”, acrescentou. Ele também aproveitou a oportunidade para agradecer aos ceramistas que abriram as portas de suas empresas para as visitas técnicas. “Quero agradecer a estes ceramistas que, gentilmente, aceitaram receber os visitantes da Expocever. Não é tão fácil receber 300 pessoas dentro de uma empresa, não é tão simples receber ceramistas concorrentes dentro de sua fábrica. A nossa classe não pensa em concorrência, e sim em se ajudar. Eu gostaria de agradecer a estes nossos ceramistas, que permitiram aos participantes da feira visitálos”. No primeiro dia, foram realizadas visitas nas cerâmicas Oliveira, Kitijolo, Constrular e Lorenzetti. Todas localizadas em Pouso Redondo. No segundo dia a Telhas Hobus Esmaltadas, de Agrolândia, a Bela Vista Tijolos, de Ituporanga, e a cerâmica Bosse, de Presidente Getúlio, foram as empresas que receberam os participantes da feira. Já no
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte
terceiro dia foi a vez das empresas Telhas Rainha e cerâmica Princesa, localizadas em Rio do Sul, receberem os visitantes da feira. Além das visitas técnicas, da exposição de equipamentos e das palestras, ao final de cada dia de trabalho, a organização preparou aos participantes da feira programações temáticas, com apresentações de músicas e danças, comida e bebida, totalmente grátis.
Diretor do Sindicer/Rio do Sul, Sandro Tavares, e o presidente do sindicato, Claudio Luis Kurth
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A noite gaúcha, no segundo dia, contou com apresentações de danças tradicionalistas
NOITES TEMÁTICAS
lém das visitas técnicas, da exposição de equipamentos e das palestras, ao final de cada dia de trabalho, a organização da segunda edição da Exposição de Máquinas e Equipamentos para a Cerâmica Vermelha (Expocever) preparou aos participantes da feira programações temáticas, com apresentações de músicas e danças, comida e bebida, para todas as noites e totalmente grátis. No primeiro dia, com temática italiana, os visitantes e expositores puderam desfrutar de um jantar típico e apresentação de grupo folclórico. No segundo dia foi a vez da noite gaúcha, com petiscos, música e apresentações de danças tradicionalistas. Já no terceiro dia, com temática germânica, os participantes tiveram direito a jantar típico, músicas e danças alemãs. O chopp, totalmente gratuito, também foi garantido nos três dias de evento.
Grupo folclórico apresentou mais de 15 danças na última noite da Expocever, em Rio do Sul
Apresentações de danças germânicas animaram o público da Expocever no último dia do evento
Noite gaúcha também contou com apresentações de músicas tradicionalistas
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Noite tamática do primeiro dia de evento contou com apresentações de músicas italianas
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PALESTRA
NORMA DE DESEMPENHO
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orma de Desempenho foi o tema de uma das palestras destaque da Expocever. Ministrada pelo engenheiro civil Filipe Pires Francisco, a ideia foi despertar a curiosidade dos ceramistas para buscarem o que a norma quer de cada envolvido da área da construção. Conforme o palestrante, a norma de desempenho – NBR 15.575 – já está na quarta edição e esta última publicação entrou em vigor em 19 de julho de 2013. “A partir desta data, todas as construtoras, fornecedores e projetistas já deveriam estar atendendo aos requisitos desta norma, que é dividida em seis partes, sendo que cada uma delas fala do desempenho que a construção deve ter”, disse o engenheiro civil. Durante a palestra, Pires explicou sobre cada uma destas partes da norma e ainda informou que ela não se aplica a algumas construções, como obras que já estão prontas, obras de reformas, projetos que foram protocolados até aquela data, retrofits de edifícios e edificações provisórias, no caso de canteiros de obras. Outro dado apresentado por Pires é que a norma apresenta níveis de desempenho. Conforme ele, as edificações precisam ser classificadas em três níveis: o mínimo, o intermediário e o superior. “O projetista no momento de projetar a obra, junto com o incorporador, que é a pessoa que detém o recurso, vai definir o nível que esta obra vai ter. Com esta definição, ele vai ver a vida útil dela, quais requisitos e os níveis que a obra vai atender”, esclareceu.
O objetivo da palestra, ministrada por Filipe Pires, foi despertar a curiosidade do ceramista para buscar o que a norma quer de cada envolvido da área da construção
Outro item importante, conforme o palestrante, é que desde que a norma entrou em vigor é preciso especificar qual o desempenho da obra. Caso o projetista não faça isso, subentende-se que está atendendo o mínimo por ser obrigatório. Na palestra, Pires ainda falou sobre os envolvidos na cadeia da construção – incorporador, fornecedor de material, projetista, construtor, usuário – e o que cada um deve fazer de acordo com a norma de desempenho. Quanto ao fornecedor de material, o palestrante relatou que este profissional tem que prover os projetistas com informações de seus produtos. “Ele terá que caracterizar seus produtos conforme as normas prescritivas e a norma de desempenho para apresentar ao projetista o desempenho térmico e acústico, a durabilidade e a manutenção, entre outras especificações”, informou. Ao final da palestra, o presidente do Sindicer de Rio do Sul, Claudio Luis Kurth, comentou que o ceramista precisa entender que precisa ter seus produtos dentro das normas. “Sabemos que há cerâmicas que não têm produtos dentro das normas, mas nosso dever como ceramista é estar dentro de normas e buscar o PSQ, pois a Caixa Econômica já está começando a exigir das construtoras que comprem produtos dentro do PSQ”, comentou.
PALESTRA
PSQ: OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS
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ma palestra sobre o Programa Setorial da Qualidade foi ministrada durante a Expocever. O palestrante foi o assessor técnico da Anicer Max Piva. Durante o encontro, ele falou sobre a exigência do certificado do PSQ nas indústrias para o Projeto Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, e sobre os objetivos do PSQ no setor de cerâmica vermelha. Segundo Piva, os objetivos do PSQ na cerâmica são de elevar a imagem do setor, valorizar e divulgar o produto da cerâmica vermelha e combater a não-conformidade.
“Existem empresas do Brasil que aderiram o PSQ por exigência do mercado e estão colhendo frutos atualmente em cima do certificado, agregando valor aos seus produtos, divulgando melhor e trabalhando nichos de mercado”, comentou o assessor técnico da Anicer. Durante a palestra, o assessor técnico ainda explicou aos ceramistas como aderir ao PSQ e sobre as ações necessárias para conquistar o programa. “Uma delas é que o ceramista precisa ter o controle de sua produção, ou seja, é necessário cuidar do processo desde a matéria-prima até a entrega ao cliente”, disse o palestrante. Conforme ele, tudo que se faz em função da melhoria da qualidade é investimento. “O que eu estou investindo hoje, eu vou colher amanhã. Eu não posso só pegar o resultado da minha fábrica e botar no bolso. Preciso pegar uma parte para mim e outra para fazer investimentos nela”, aconselhou. Com isso, de acordo com Piva, o ceramista poderá aumentar a produtividade e reduzir as perdas.
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eguindo o ciclo de palestras oferecidas pela organização da Expocever, e com foco no sistema de produção das cerâmicas vermelhas e na qualidade do produto final, o consultor do Senai e engenheiro químico, Anselmo Marcelino, participou do evento falando sobre “A polêmica da absorção da água”. O tema, atual e que gerou dúvidas em muitos ceramistas, chamou a atenção dos participantes da feira que puderam esclarecer seus questionamentos. Marcelino explicou o conceito da absorção da água na cerâmica, deixando claro de que forma ela pode ser constatada no produto. “A absorção da água é a quantidade de poros vazios, no corpo cerâmico, ligados ao ambiente
externo”, informou. Ele também destacou as normas técnicas utilizadas como referências, como deve ser feito o teste de controle de qualidade e a relação entre os processos de produção e a absorção. “O nível de absorção da água é um indicador para a cerâmica mudar o seu processo, pois ela está ligada com a resistência mecânica. Quanto maior a absorção, menor a resistência mecânica. Pela minha vivência, talvez essa questão esteja ligada com a infiltração”, afirmou o palestrante. Com relação aos benefícios desse controle, já no final da palestra, Marcelino observou que “ele indica que a empresa consegue dominar seus processos com foco na qualidade”, sendo esta uma das vantagens.
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A POLÊMICA DA ABSORÇÃO DE ÁGUA
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PALESTRA
AS EXIGÊNCIAS AMBIENTAIS E SEUS CONFLITOS NAS CERÂMICAS
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ntre o ciclo de palestras proporcionadas nesta segunda edição da Expocever, os ceramistas puderam acompanhar a apresentação do engenheiro agrônomo e gerente regional da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), Edson Luckmann, sobre “As exigências ambientais e seus conflitos nas cerâmicas”. Durante seu discurso, Luckmann falou sobre a importância dos licenciamentos ambientais e como retirá-los, em Santa Catarina. Ele também evidenciou que cada estado brasileiro regulamenta suas próprias leis de licenciamento, por isso, é necessário consultar o órgão ambiental competente para conhecê-las. O engenheiro começou a palestra explicando o que é licenciamento ambiental e qual a importância dele para o bom andamento das atividades, independente do setor industrial.“Licenciamento ambiental é o que garante a conformidade com a legislação ambiental, existe no Estado uma resolução que define quais as atividades passíveis de licenciamento ambiental pela Fatma. Nessa resolução, também há uma lista com mais de 300 atividades passíveis de licenciamento. Nela consta ainda os estudos ambientais, o potencial poluidor ou degradador de cada atividade e o porte de cada atividade com relação às licenças”. Os ceramistas também conheceram de que forma retirar os licenciamentos ambientais em Santa Catarina. Segundo Luckmann, o sistema da Fatma é todo informatizado o que facilita a retirada dos documentos pelos empresários. “Para retirar o licenciamento, pode-se encaminhar o cadastro para a Fatma tudo via internet, não precisa se dirigir ao órgão para retirar protocolo da atividade licenciada”, explicou. O palestrante finalizou destacando os ramos da indústria que não são passíveis de licenciamento.“Essas atividades são dispensadas pelo órgão ambiental através da certidão de conformidade ambiental”, finalizou.
Edson Luckmann, engenheiro agrônomo e gerente regional da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma)
PALESTRA MOTIVACIONAL
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o último dia da Expocever, os participantes puderam assistir uma palestra motivacional intitulada “Como pular o muro da incerteza e se tornar um empreendedor”. O palestrante foi Airton Carlini, especialista em Change Management (gestão de mudança). Na palestra, o profissional fez um pequeno panorama sobre as mudanças que tem acontecido no mundo nos últimos anos e como mudar nos próximos anos. “Mostrei as inúmeras oportunidades que estão surgindo e que o Brasil é hoje um dos países onde mais as pessoas pensam em empreender. Mais da metade dos universitários brasileiros tem o ‘sonho’ de empreender. Mostrei que existem o que chamei de 3x3x3, ou seja, três estratégias, três aprendizados e três atitudes fundamentais para ser um empreendedor. O principal é comunicar bem aquilo que se pretende fazer, colocar o cliente no centro dos negócios e ser pró-ativo em todas as suas atitudes”, disse. Conforme Carlini, quando se pensa em empreender,
O Brasil é hoje um dos países onde mais as pessoas pensam em empreender
surgem dúvidas a respeito das possibilidades, vantagens, desvantagens e eventuais problemas. “É certo que ao empreender as pessoas ficam com muitas dúvidas. Na palestra, mostrei que esta dúvida é normal e que existem estratégias e ferramentas para ultrapassar estas incertezas e realmente assumir este espírito empreendedor”, contou. O palestrante afirmou que acima de tudo é preciso determinação, trabalho, perseverança e foco. “Pode parecer ‘lugar comum’, mas manter o foco é fundamental. Além disso, montar uma equipe unida e capacitada é imprescindível. Ninguém sabe tudo e é importante reconhecer as nossas deficiências e buscar nos parceiros as características que nos faltam”, acrescentou.
PALESTRA
TENDÊNCIAS DA CONTRUÇÃO CIVIL
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brindo o ciclo de palestras da segunda edição da Expocever o engenheiro químico e consultor do Senai de Criciúma (SC), Sérgio Michels, falou sobre as “tendências da construção civil” para os ceramistas presentes no evento. Durante o encontro, Michels destacou o que se espera do mercado da construção civil e de como a indústria cerâmica pode se adaptar para atender as mudanças. “Em Santa Catarina a indústria da construção civil influencia em 5,4 por cento do PIB estadual. Levando isso para a indústria cerâmica, 17 por cento do valor investido em matéria-prima, nas construções, vêm desse ramo”, informou o palestrante. O consultor explicou o quanto esse segmento ganhou espaço nos últimos anos com as facilidades de oferta de crédito, com o aumento da renda familiar e com os programas habitacionais do governo. “Entre 1996 e 2003 a construção civil brasileira ficou abaixo do PIB, já entre 2004 e 2013 esse valor foi invertido, e o setor alavancou o crescimento do país. Para os próximos 10 anos, a expectativa é que esse crescimento continue acelerado, acompanhando o PIB nacional”, comentou.
Com relação às tendências, Michels enfatizou que essas mudanças servirão como linha de trabalho para investimentos em novos produtos e melhorias nos dias atuais atendendo o novo mercado. Entre as principais listadas pelo palestrante, a eficiência energética e o aproveitamento dos recursos naturais foram destaque. “A utilização de materiais com maior desempenho serão otimizados, como as telhas de cerâmica que proporcionam uma série de vantagens, a telha de vidro, telhas de concreto, telhas de materiais recicláveis e alguns blocos cerâmicos. A busca por materiais vai focar também na facilidade de uso pela mão de obra”, afirmou o engenheiro. Muitas oportunidades se abrirão para o setor cerâmico nessa nova fase da construção civil como soluções viáveis, segundo o palestrante, que acredita na tecnologia desse ramo. “A cerâmica é um material que pode trazer muitos benefícios no desempenho e que sempre irá acompanhar a construção civil, tanto que está sendo utilizada a milhares de anos”, finalizou.
Em SC, a indústria da construção civil influencia em 5,4 por cento do PIB estadual
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Durante o encontro, Sérgio Michels destacou o que se espera do mercado da construção civil e de como a indústria cerâmica pode se adaptar para atender as mudanças.
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PALESTRA
SAÚDE OCUPACIONAL É TEMA DE PALESTRA DURANTE A FEIRA
Patricia falou sobre ações preventivas para evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais
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arantia de retorno no investimento na saúde ocupacional foi o tema de uma das palestras oferecidas pela Expocever no segundo dia do evento. Ministrada pela
consultora em saúde ocupacional e especialista em medicina do trabalho, Patricia Figueiredo, a palestra serviu para refletir sobre o quanto investir em saúde e segurança no trabalho pode ser benéfico para diminuir custos e melhorar a competitividade da indústria. Durante a palestra, Patricia falou sobre a gestão do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), sobre o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que mede o desempenho da empresa em relação aos acidentes de trabalho, e sobre o Risco de Acidente do Trabalho (RAT), além da adoção de ações preventivas para evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Segundo a palestrante, os empresários precisam começar a olhar a saúde e a segurança como investimentos e não como custos. “Se a empresa agir com uma gestão em SST (Segurança e Saúde no Trabalho), cuidar da saúde e segurança e ter retaguarda comprobatória, é possível diminuir custos e aumentar os lucros. Se a empresa faz um bom dever de casa, se controla acidentes e faz recursos do nexo técnico (NTEP), terá chance de pagar 50% a menos do que o nosso SAT (Sistema de Administração Tributária). Já o contrário a chance será de pagar 100% a mais”, esclareceu a profissional. Patricia ainda falou durante a palestra que para investir na redução da incidência de acidentes e doenças ocupacionais é preciso identificar os perigos existentes no processo produtivo, implementar medidas de correção que diminuam os riscos de acidentes e doenças de trabalho e atuar de forma preventiva nos acidentes e doenças que possam estar relacionadas com o NTEP/FAP através de gestão e investimento em SST, entre outras ações.
NORMAS REGULAMENTADORAS
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s ceramistas visitantes da Expocever puderam acompanhar, ainda no segundo dia do evento, uma palestra sobre as normas regulamentadoras. O profissional de segurança do trabalho do Senai de Jaraguá do Sul (SC), José Marcos Strigari, foi quem ministrou a palestra com foco para a NR-12. Ele falou sobre a importância da norma e da segurança do trabalho, além de destacar o que de fato isso representa para a empresa. “A segurança do trabalho, embora tenha um custo elevado para muitas empresas, é necessária para a prevenção de acidentes”, afirmou. Segundo o palestrante, o Brasil conta com 36 normas regulamentadoras, e elas têm por objetivo fornecer orientações sobre os procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança do trabalho.“É necessário que as empresas busquem por esses conhecimentos e coloquem em prática de forma eficaz”, enfatizou
Strigari. Voltando sua atenção para a NR-12, que surgiu em 1978 devido ao alto número de acidentes de trabalhos registrados, o palestrante destacou as principais causas de acidentes e como fazer a proteção adequada dentro das indústrias. “Essa norma regulamenta a segurança de trabalho em máquinas e equipamentos. Toda máquina apresenta um perigo, o que podemos fazer é buscar uma redução no risco de acidentes através de referências técnicas” destacou. Antes de finalizar a palestra, Strigari informou ainda as exigências constadas na norma, que prevê a adequação de todos os equipamentos dentro da indústria, seja ele novo ou já usado. “De um modo geral, a norma busca levar uma concepção de: máquina princípio da falha segura. A norma muitas vezes não é clara, mas ela pede a adequação dos equipamentos respeitando as características de cada um”, avaliou.
EXPOSITORES
FEIRA SURPREENDE MAIS UMA VEZ EXPOSITORES Lingl no Brasil, Martin Maass. “Essa feira me surpreendeu. Ela é pequena, mas super eficaz. As visitas técnicas, as visitas em nosso estande e as discussões me surpreenderam 100%”, esclareceu. “Não esperávamos este volume de pessoas aqui. Geralmente uma feira regional não dá esse retorno em número de visitantes. Foi surpreendente”, complementou João Paulo Betiol, responsável pela parte de vendas da empresa Betiol.
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Exposição de Máquinas e Equipamentos para a Cerâmica Vermelha de Santa Catarina em sua segunda edição surpreendeu mais uma vez expositores e visitantes de diversas partes do Brasil. Marcas nacionais e internacionais marcaram presença no evento e apresentaram, em três dias de muito movimento, novidades em tecnologia e serviços do mercado. Um dos expositores que se surpreendeu com o resultado da feira foi o gerente da
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EXPOSITORES
MELHOR QUALIDADE E PRODUTIVIDADE
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Com objetivo de estar mais perto dos produtores de cerâmica da região de Rio do Sul, a Sacmi participou da feira deste ano como expositora. Conforme a responsável pela Sacmi cerâmica vermelha a nível de Brasil, Rosângela Teles Silva, a ideia foi divulgar que a empresa faz automação e que é conhecida mundialmente. “Participar de uma feira aqui em Rio do Sul serve para mostrarmos que oferecemos os melhores maquinários e assim contribuir com a melhora de qualidade e produtividade”, relatou. A Sacmi levou para a feira um robô que faz parte de umas das automações oferecidas pela empresa. Sobre a Expocever, Rosângela afirmou que estava muito bem organizada. “Tivemos oportunidade de conhecer fabricantes de cerâmica vermelha da região e, para a empresa, fazer estes contatos foi muito importante. Vimos também que houve visitação a nível nacional, com ceramistas de diversos estados do país”, disse. A Sacmi do Brasil é uma subsidiária do Grupo Sacmi cuja matriz está sediada na cidade de Imola, na Itália. O Grupo Sacmi, que produz e instala máquinas e equipamentos para os segmentos cerâmicos, de bebidas e embalagens, de processamento de alimentos, de sistemas de inspeção e de plásticos, se distingue no mercado mundial pela confiabilidade de suas máquinas e equipamentos com a utilização de tecnologias de vanguarda. No Brasil, a empresa está localizada na cidade de Mogi
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Mirim, a 160 quilômetros de São Paulo e a 70 quilômetros da cidade de Santa Gertrudes, região de maior concentração de indústria cerâmica, para fornecer aos seus clientes um pronto atendimento técnico através de uma equipe de técnicos especializados na montagem de novas máquinas e equipamentos, como também na revisão, conserto e atualização das máquinas e equipamentos existentes. A fábrica no Brasil produz em sua própria instalação para o mercado nacional secadores horizontais multicanais e fornos a rolos para a indústria cerâmica e injetora para a indústria de plásticos, além de revender máquinas e equipamentos para os outros segmentos de atuação do Grupo Sacmi.
EXPOSITORES
ROBÔ DE CARGA E DESCARGA de fornos, secadores, automatismo de cargas e descarga, pinça de carga e descarga, e implantação de novos processos conforme a necessidade de produção de cada cliente. Com o seu nível de tecnologia e pesquisa, a Zucco torna-se referência nacional em seu segmento, reconhecida pela excelência de qualidade e atendimento junto ao mercado, sempre visando a satisfação do cliente.
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Solução em automação para carga e descarga foi a proposta da Zucco Equipamentos Cerâmicos na Expocever. O diretor da empresa, Ademar Zucco, destacou um sistema de automação através de robô e o aproveitamento das visitas técnicas para mostrar os equipamentos da marca em funcionamento nas cerâmicas. “Trouxemos um robô, próprio para apresentação na feira, para mostrar o nosso sistema de automação de carga e descarga, com o objetivo de facilitar a mão de obra e aperfeiçoar a carga”. A avaliação final do evento, para Zucco, foi positiva, tendo em vista a oportunidade de reencontrar clientes, de conhecer o que os ceramistas esperam na área da automação, além de mostrar de forma prática a eficiência dos equipamentos da marca. A Zucco Equipamentos Cerâmicos é pioneira em equipamentos para secagem e queima de produtos da indústria cerâmica. Localizada em Brusque, em Santa Catarina, hoje com anos de experiência no mercado e com mais de 150 fornos distribuídos pelo mercado nacional e internacional, realiza projetos em parceria com grandes empresas cerâmicas em todo o Brasil e exterior, para automatização total do fluxo de produção de fornos e secadores. A empresa está apta a fornecer projetos e orçamentos
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EXPOSITORES
ALTA CAPACIDADE A MSsouza, de Tubarão, foi à feira em Rio do Sul para apresentar ao ceramista sua linha de automatismo de carga e descarga e a máquina monobloco com capacidade de produção de 55 toneladas/hora. De estrutura robusta, a máquina continua com dupla extração de vácuo (exclusividade da MSsouza) e se destaca pela sua versatilidade operacional, pois trabalha tanto com canhão paralelo para produção de tijolos como com canhão cônico para fabricação de telhas.
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PARCERIA
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Buscando espaço no Brasil, as empresas Verdés e Sabo Impianti, participaram da Expocever para mostrar os equipamentos oferecidos devido a uma parceria entre as duas empresas. A Verdés é uma empresa espanhola que trabalha com toda a parte de preparação para a indústria cerâmica. Já a Sabo é uma empresa Greco-italiana, com mais de 30 anos no mercado internacional, responsável pela parte de cortadores, secadores, carregadores de secadores, fornos, carregadores de fornos e embalagem. O gerente geral da Sabo Impianti, Cleber Rafael, avaliou como positiva a participação no evento. “Ficamos surpresos com o movimento e com a qualidade das visitas técnicas. A feira deu oportunidade para o ceramista conhecer o caminho a ser seguido na área da cerâmica, que é a automação, e condições para entender a necessidade desse caminho”, destacou.
Segundo o diretor comercial da empresa, Álvaro José de Souza, a participação da MSsouza na feira foi importante.“Quem quer aparecer precisa estar presente nas feiras. Por ser um evento pequeno, é possível dar uma atenção melhor ao ceramista. A feira de Rio do Sul também se destaca por ser barata e atrair muitos ceramistas. A cada edição a feira está melhor, com diferenciais como chopp, janta e palestras gratuitas. Penso que a equipe da Expocever soube organizar a feira e cativar o ceramista”, acrescentou.
EXPOSITORES
SOLUÇÕES EM TRANSPORTE metros cúbicos, ideal para o transporte de argila. A empresa surgiu em 1983 desenvolvendo e fornecendo relés de partida. Atualmente, a ZM projeta e desenvolve produtos destinados ao mercado automobilístico, além de implementos rodoviários.
AUTOMAÇÃO Presente no evento, a Mecânica Bonfanti, de Leme (SP), foi uma das empresas fabricantes de equipamentos para cerâmica que participou da segunda edição da Expocever. Segundo o diretor da empresa, Luiz Bisaccioni, a proposta da indústria na feira foi apresentar ao ceramista os equipamentos de automação que foram vendidos e instalados na cerâmica Lorenzetti, em Pouso Redondo. “Esses produtos foram fabricados em nossa fábrica de Leme, em parceria com a MarcheLuzzo Impianti, da Itália, uma empresa líder de mercado que atua há 40 anos no mundo. Nós firmamos uma parceria para oferecer máquinas para atender o setor cerâmico, partindo da preparação da matéria-prima (extrusão), corte, automação, secadores, fornos e embalagem”, disse. Quanto à feira, Bisaccioni afirmou que a Bonfanti teve um êxito muito positivo, pois tiveram a oportunidade de mostrar seus equipamentos para aproximadamente 150 ceramistas que visitaram a cerâmica Lorenzetti no primeiro dia do evento.
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A ZM Implementos Rodoviários levou como destaque ao seu estande a caçamba basculante meia cana. Esse caminhão tem por diferencial a caixa de carga em formato meia cana que proporciona melhor distribuição da carga e a facilidade do escoamento. A caçamba pode suportar de 10 a 16
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ECONOMIA NO FINAL DA LINHA DE PRODUÇÃO Com quase 65 anos de fundação na Itália, a OMS Máquinas e Equipamentos levou aos ceramistas que visitaram a segunda edição da Exposição de Máquinas e Equipamentos para a Cerâmica Vermelha soluções em equipamentos de envolver e arquear. O consultor da empresa, Hermann Geerdink, informou que a participação no evento visou mostrar algumas máquinas que comprovam como é possível fazer
economia de filme e plástico no final da linha de produção. “A nossa proposta é economia, por isso, trouxemos a máquina arqueadora manual elétrica. Ela faz o ciclo de fechar a fita pet sem o uso do selo metálico e a máquina envolvedora de filme stretch com um pré-estiro, que pode gerar uma economia de 40% a 60% no filme, no momento da embalagem”, acrescentou Geerdink,
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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
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A Rogesesi levou para a segunda edição da Expocever toda a tecnologia e inovação para a linha de cortadores, carrochefe da empresa de Pará de Minas (MG). O diretor da marca, Sérgio Souza, explicou que há diversos modelos para vários tipos de produção. “Temos modelos específicos que atendem desde uma pequena e média produção até grandes produções com máquinas automatizadas. Trabalhamos tanto com cortadores moto-redutor quanto com cortador pneumático. Tudo isso para acompanhar o mercado e inovar com o que tem de melhor nos nossos equipamentos”, destacou. Entre a linha de cortadores oferecidos pela empresa, o pneumático é considerado o melhor do mercado, conforme Souza. Com grande capacidade de produção, chega a atingir 35 golpes por minuto e dá total precisão e acabamento no corte. A Rogesesi participou pela segunda vez do evento,
que a cada edição vem crescendo e atraindo o interesse dos ceramistas, segundo o diretor da empresa. “Nessa edição, percebi um interesse maior dos ceramistas e uma presença marcante dos fabricantes, o que é muito bom e mostra o quanto a Expocever está crescendo”, comentou Souza.
EXPOSITORES
TECNOLOGIA ITALIANA Com apenas dois anos no mercado brasileiro, a empresa Sace Impianti, da Itália, participou pela primeira vez da segunda edição da Expocever com o intuito de apresentar toda a tecnologia italiana aos ceramistas. O diretor da empresa no Brasil, Andrea Arrobbeo, destacou que embora a tecnologia empregada nos equipamentos venha do país onde está situada a matriz, a produção é brasileira e de excelente qualidade. “Destacamos nossos produtos, com foco na parte de automação. Além de fazer o projeto chave-na-mão, com equipamentos a partir da maromba até o processo final de uma fábrica”, explicou Arrobbeo. A empresa, que vê a região sul do Brasil como um polo cerâmico, investiu no evento com o intuito de difundir a marca no país. A empresa tem mais de 30 anos de experiência na construção e processos de produção e comercialização de máquinas para indústria fabricante de materiais cerâmicos. Na Itália, a sede da empresa fica em Asti, na região do Piemonte da Itália (perto de Turim). No Brasil, a marca tem uma unidade de produção localizada em Sorocaba, no estado de São Paulo, para atender diretamente o mercado interno brasileiro, oferecendo serviço de pós-vendas com pessoal europeu especializado.
Com apenas dois anos no mercado cerâmico, a empresa Bela Vista Máquinas levou soluções para a extração e para a manutenção do caixão alimentador, com máquinas escavadeiras e carregadeiras. O proprietário José Luiz Petri destacou a importância de a empresa participar da Expocever, como forma de estreitar o relacionamento com os clientes. “Viemos apresentar nossas máquinas, pois somos
uma empresa relativamente nova no sul do Brasil. O fato de ser uma feira bem direcionada a torna bem interessante e com foco em proporcionar bons negócios”. A Bela Vista surgiu da necessidade de ampliar os negócios. Ela já atuava no ramo de cerâmica, mas buscou uma área diferenciada na venda de máquinas. Atualmente, a empresa possui representantes por todo o Brasil.
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DIVULGAÇÃO DA MARCA
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EXPOSITORES
INOVAÇÃO EM MÁQUINAS Pela segunda vez na Expocever, a empresa Macromaq Equipamentos apresentou como inovação a empilhadeira telescópica. O equipamento, segundo o representante comercial, Marlos Hoffmann, é um produto diferenciado, pois possibilita o carregamento não só na vertical.“É possível também manipular a carga na horizontal. Esse produto é muito conhecido na Europa e aqui ainda está sendo tratado como uma inovação”, explicou. A Macromaq mostrou ainda aos visitantes da feira outros equipamentos, como uma escavadeira hidráulica de 21 toneladas, uma pá carregadeira de 13 toneladas e uma linha de empilhadeiras da marca Yale. A empresa está situada em São José, em Santa Catarina.
FOCO NOS CLIENTES
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Com soluções em equipamentos na linha de carregadeiras e escavadeiras hidráulicas, a Mantomac Máquinas, Peças e Serviços aproveitou a oportunidade de expor na Expocever para divulgar suas máquinas e buscar novos clientes. O gerente, Cristino Edison Bordin, destacou que a empresa é revendedora das marcas Komatsu e Gehl. “Trabalhamos com uma linha completa de carregadeiras e escavadeiras hidráulicas, mais utilizadas pelo ramo cerâmico, além de outros equipamentos para outros ramos da indústria”. A empresa possui 27 anos de mercado com sede em Chapecó (SC) e outras três filiais em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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EXPOSITORES
FORNOS MODERNIZADOS A IFC Indústrias de Fornos Cerâmicos apresentou na segunda edição da Exposição de Máquinas e Equipamentos para a Cerâmica Vermelha (Expocever) tecnologias para fornos túneis e soluções para o aprimoramento do processo de produção. A empresa, de Sombrio (SC), tem cerca de 10 anos de mercado e é conhecida em todo o país pela qualidade de seus equipamentos, em especial os fornos. O diretor comercial, Jorge Francisco, apontou o avanço da robótica como caminho a ser seguido. “Estamos entrando na era da robótica e, por isso, estamos investindo em um robô para fazer a carga e a descarga automática dos nossos fornos”.
Com uma gama de equipamentos para o ramo cerâmico, a Enaplic ofereceu aos seus clientes, durante a Expocever, um trabalho diferenciado de pós-venda e assistência técnica. A empresa comercializa peças de reposição e manutenção e é líder em tecnologia e equipamentos para a indústria cerâmica, tanto em processos de via úmida, quanto de via seca, tendo como um de seus carros-chefes os fornos, com mais de 150 instalados em países como o Peru, Argentina, Venezuela e Bolívia. Com mais de 40 anos no mercado cerâmico, a empresa fica localizada em Mogi Mirim, no estado de São Paulo, e conta com 110 funcionários, em um pavilhão de 22 mil metros quadrados. A empresa é especializada em fornecimento de soluções completas de fábricas de revestimentos cerâmicos e em 2013 começou a atuar no segmento de cerâmica vermelha,
quando criou a divisão Enaplic Clay Tech. “O objetivo da criação desta nova divisão foi atender ao mercado de cerâmica vermelha da mesma forma que atendemos ao segmento de pisos e azulejos, fornecendo soluções completas para implantação de fábricas. Percebemos a carência de tecnologia neste segmento e nos dispusemos a investir pesadamente em soluções que permitissem um salto tecnológico no setor”, contou o gerente industrial da empresa, Erasmo Pereira Júnior. Além de automação para carga e descarga de fornos móveis, a Enaplic está apta a fornecer soluções de preparação de massa (moagem), secagem com secadores contínuos modernos e eficientes, sistemas de cargas e descargas de vagonetas do secador, carga e descarga de vagões de fornos, layout de fábricas, movimentação e otimização de produção e sistemas de despoeiramento, entre outros.
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PÓS-VENDA POR DIFERENCIAL
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EXPOSITORES
FORNO METÁLICO MÓVEL A Texfornos, empresa de São Paulo, apresentou como inovação o forno metálico móvel. O equipamento, lançamento da empresa, promete a melhor eficiência térmica do mercado, resultando em economia de combustível e um resfriamento mais rápido. Além dos fornos, a Texfornos trabalha também com sistemas de isolamento térmico, otimizando a queima dos fornos e dando melhoria ao produto final. Diante das necessidades do mercado, a empresa oferece em sua linha de isolação térmica materiais sob a forma de tecidos, cordas, fios e placas para temperaturas desde 300ºC até 1.260ºC. Aliado à filosofia e aos seus objetivos, a empresa prima na constante busca da excelência em qualidade no atendimento aos seus clientes e também por seus produtos certificados pelas normas ISO 9001 e 14001.
FIESC NA FEIRA
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A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) também participou com um estande na segunda edição da Expocever. Durante os três dias, a entidade teve a oportunidade de apresentar ao púbico que participou do evento os serviços oferecidos pelo Sesi e Senai. O presidente da (Fiesc), Glauco José Côrte, ressaltou que a federação tem feito um grande esforço para acompanhar e ser parceira do crescimento e desenvolvimento a Rio do Sul. O presidente destacou que foram investidos cerca de R$ 13 milhões nos
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últimos quatro anos na região, sendo R$ 5 milhões só na revitalização da unidade do Sesi. Para este ano, segundo ele, a projeção de matrículas chega a 14 mil alunos nas unidades Sesi, Senai e IEL da região. “Com isso, nós queremos um crescimento de mais de 40% nas matrículas aqui. Nosso objetivo é melhorar o nível de escolaridade do trabalhador catarinense. Dessa forma, o trabalhador vai ter mais oportunidades e nossas empresas vão se tornar mais competitivas, investindo e gerando mais empregos”, contou.
EXPOSITORES
ANICER DIVULGA ENCONTRO NACIONAL A Anicer participou da segunda edição da Expocever com um estande institucional para divulgação de seus projetos e do 43º Encontro Nacional, que este ano será realizado na cidade de Belém (PA), de 30 de julho a 2 de agosto. No estande, conforme o presidente da Anicer, Cesar Vergílio Gonçalves, foi realizado o sorteio de um passaporte para participação gratuita no Encontro Nacional e brindes. “Como forma de exaltar a cultura paraense e atrair mais participantes ao Encontro Nacional, levamos ainda um casal de dançarinos de Carimbó, dança típica do Pará, que se apresentou e colocou o público para dançar”, disse. Sobre a feira, Gonçalves relatou que a Expocever apresentou boa programação técnica, com um conteúdo relevante e uma feira bastante voltada para as necessidades regionais. “Considero a nossa participação como bastante positiva, pois nos proporcionou o contato com grande parte das cerâmicas da região. Na ocasião, realizamos um bom trabalho de sensibilização para que os ceramistas do
Estado continuem buscando aumentar a qualidade de seus produtos. Com certeza estaremos presentes nas próximas edições do evento como apoiadores”, completou.
A Busch do Brasil, de São Paulo, também participou da edição deste ano da Expocever. Para a feira, a empresa levou uma bomba de vácuo que não precisa de água. Segundo o gerente Adriano Campos, é um produto inovador para o setor cerâmico que está presente em mais de 100 indústrias do Brasil. “É um produto que reduz 100% o consumo de água e reduz em 50% o consumo de energia, além de reduzir as perdas no produto final em 20%”, explicou. Segundo Campos, o produto é uma bomba que funciona a óleo. “Não é um óleo para lubrificar, e sim um óleo selante que faz o vácuo. É um produto que está no mercado há 50 anos, mas na cerâmica funciona há cinco anos. Aqui na região, usam a bomba da Bush as cerâmicas Constrular, Princesa e Telhas Rainha”, disse. Para Campos, a feira foi positiva, pois conseguiram fechar oito sistemas durante o evento. “A Expocever superou nossas expectativas em volume de negócios”, acrescentou Campos.
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BOMBA DE VÁCUO NÃO UTILIZA ÁGUA
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EXPOSITORES
BOMBA DE VÁCUO SELADA A ÓLEO
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Pela primeira vez na Expocever, o sistema de bomba de vácuo de anel líquido selado a óleo e totalmente isento de água foi a proposta inovadora apresentada pela Dositec, de Piracicaba (SP). Segundo o gerente comercial, José Augusto Pires, o produto é 100% nacional. “A maioria dos modelos existentes no mercado é importado e o nosso produto vem como forte concorrente, além de reduzir o consumo de água na produção”. Além da bomba de vácuo, a Dositec levou também à exposição o Scrubber. “Lançamos este equipamento em 2012 e foi bem aceito pelos ceramistas, já que prolonga a vida útil da maromba”, explicou o gerente comercial, que avaliou positivamente a feira e a participação dos ceramistas.
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DURABILIDADE
QUALIDADE
Durabilidade e acabamento inovador são os diferenciais da maromba NBT-4 apresentada pela Natreb. O coordenador de vendas, Ronaldo Silva, explicou que o equipamento é uma novidade da empresa.“A máquina,com caracol de 350 milímetros, tem por diferencial a caixa com redução de engrenagens, com engrenagens retificadas que tem maior durabilidade e um acabamento inovador no ramo cerâmico”, destacou. O conjunto é ideal para produção entre 14 e 20 toneladas por hora e permite trabalhar com massa de baixa umidade, o que gera economia na secagem e melhora no acabamento dos produtos cerâmicos. A Natreb, de Morro da Fumaça (SC), hoje tem uma grande gama de máquinas que atende desde o pequeno até o grande ceramista. Silva ainda destacou que a empresa é considerada top de linha no mercado nacional, buscando sempre inovação e tecnologia.“A empresa trabalha ainda o pós-venda, com serviços de peças de reposição e qualificação no atendimento”, finalizou.
No quesito novidade ao ceramista, a RG Maq. apresentou na Expocever soluções em moagem. O proprietário da empresa, Geraldo Donizete Facirolli destacou o moinho RGM-75C como uma alternativa na busca por mais qualidade no produto final. “A vantagem deste equipamento é que ele não limita a produção, já que elimina a pedra, dando uma qualidade melhor no produto e um rendimento melhor na produção”. Ainda de acordo com o proprietário esse sistema tem por facilidade a manutenção e a troca de peças. O equipamento fez sucesso entre o público que acompanhou a feira e, segundo Facirolli, o investimento – de cerca de R$ 150 mil o conjunto completo – é baixo diante dos benefícios. O empresário ficou satisfeito com o interesse e a procura pelo moinho, e com as oportunidades de negócios proporcionadas pela Expocever.
EXPOSITORES
MONITORAMENTO DE TEMPERATURA
ECONOMIA NA PRODUÇÃO
A Alutal aproveitou a Expocever para lançar, oficialmente, o iTemp, um indicador informatizado de monitoramento da curva de queima. Segundo o diretor comercial da empresa, Pedro Helpa, esse software é uma versão atualizada e com algumas vantagens em comparação a outro que a empresa produzia. “Um dos diferenciais do iTemp é que o computador não precisa ficar ligado na tomada, esse software faz a queima a noite toda e no dia seguinte carrega no computador. Além disso, não há necessidade de fazer ligação com fio até o computador, é tudo wireless”, apontou Helpa. Outro benefício é o touch screen, que permite visualizar a curva de queima diretamente na produção. Inovar é a palavra de ordem na Alutal. O diretor comercial explicou que a empresa trabalha com equipamentos opcionais dentro de uma cerâmica. “Por isso, temos que estar sempre buscando novos atrativos e diferenciais que tornam o nosso produto visado pelos ceramistas”, destacou Helpa. A empresa também apresentou em seu estande a linha voltada para termopares, imã, torre de resfriamento e o sensor de temperatura e umidade para secador.
A italiana Bernini Impianti inovou ao levar para o Brasil a tecnologia de queimadores específicos que trabalham com resíduos sólidos, chamados de biomassa. Pela primeira vez na Expocever, o proprietário da empresa, Massimo Bernini, explicou que o equipamento tem como principal vantagem a economia. “Essa tecnologia tem mais eficiência na combustão e melhora o produto final, gerando economia de energia no processo de produção que pode ficar entre 20% e 30%”. A empresa trabalha com o estudo de soluções específicas para qualquer tipo de biomassa e recentemente apostou no Brasil para difundir suas tecnologias. Aproveitando a feira, Bernini também visitou algumas fábricas na região de Rio do Sul, em Santa Catarina, para conhecer como funciona a linha de produção na região. “A Expocever abriu oportunidades para nossa empresa, não só na divulgação de nossa marca e produto, mas também para conhecer o que esperam nossos clientes”, finalizou o empresário.
A Betiol, em parceria com Lingl, empresa com sede na Alemanha, apresentou durante os três dias de feira um tijolo fabricado na Europa – intitulado Unipor –, que contempla os critérios de isolamento térmico e acústico exigidos pela norma de desempenho. As duas empresas lançam no país tecnologias avançadas que já existem em outros países para produzir este tipo de peça, que apresenta inúmeras vantagens e relação ao tijolo fabricado no Brasil. “Além de melhor isolamento térmico e acústico, este tijolo permite que a argamassa não entre nos buracos da peça cerâmica. Com isso, quando é feito o assentamento do tijolo na obra civil, o uso de argamassa é menor.”, disse o gerente da Lingl no Brasil, Martin Maass. Outra característica da peça é o fato de ser um produto totalmente plano. “Você usa na Europa este tijolo com a argamassa de um milímetro. Você tem uma agilidade de fazer a obra como nunca se viu no Brasil. A argamassa de um milímetro é um perfeito
condutor térmico. A perda de temperatura é conduzida também em grande parte pela argamassa. Mais uma grande vantagem é que quando a parede é plana, basta um reboco de cinco milímetros”, explicou Maass.
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TECNOLOGIA AVANÇADA
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EXPOSITORES
APOSTAS NA TELHA PISO CUIDADOS COM O PRODUTO FINAL A Filpemack, de São Bernardo do Campo (SP), levou soluções para a embalagem do produto. O destaque do estande foi a máquina envolvedora de stretch para a automação da embalagem final do material cerâmico. “Trabalhamos com o final da linha de produção, quando o material está indo para transporte ou direto para o cliente”, explicou a gerente comercial da empresa, Jéssica Cristina de Araújo. Pela primeira vez na Expocever, a empresa chegou até o evento através de um convite. “Recebemos o convite da cerâmica Princesa, onde já temos uma máquina funcionando, e um feedback positivo com relação ao nosso equipamento” comentou a gerente, que ainda informou que a empresa é nova no segmento cerâmico. “Resolvemos participar do evento para conhecer o ceramista e saber o que eles esperam do nosso produto”, afirmou Jéssica.
Ainda nova no mundo da cerâmica vermelha brasileira a telha piso é a aposta da empresa Ícon, que já apresentou na Expocever equipamentos para o processo de produção desse tipo de telha. O representante comercial da empresa, Aguinaldo dos Santos, destacou que Santa Catarina é pioneira no país na produção dessa cerâmica, mas que já está se estendendo para São Paulo e brevemente chegará aos estados do nordeste. “Atualmente as fábricas que possuem a linha de produção da telha clássica estão voltando os seus investimentos para a telha piso, buscando novas tecnologias para esse segmento. O Brasil hoje produz 16 milhões de telhas piso, número que poderá crescer, até 2015, para 25 milhões”, explicou o representante. A Ícon utiliza como base equipamentos da cerâmica de piso com algumas adaptações. “A matéria-prima é a mesma, a argila moída em pó, transformada em um produto de alta qualidade, com resistência e esmaltação”, destacou Santos, que chama atenção ainda para o processo de fabricação que também é diferente e mais rápido. “O produto final leva apenas uma hora para ficar pronto”.
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EXPOSIÇÃO ATRAVÉS DAS VISITAS TÉCNICAS
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A Manfredini & Schianchi Máquinas aproveitou as visitas técnicas, proporcionadas pela Expocever, para demonstrar seus equipamentos em funcionamento no ramo cerâmico. O diretor comercial Arlindo Roberto Voltolini destacou a importância dos ceramistas conhecerem um sistema de moagem em funcionamento. “Durante as visitas técnicas, os ceramistas puderam conhecer o nosso sistema de moagem em uma cerâmica, podendo ter uma ideia do que é a instalação de um sistema de moagem. Quando apresentamos um projeto no papel não dá para dimensionar de fato o que é a moagem e a importância dela para a indústria”, enfatizou. Além do sistema de moagem, a Manfredini & Schianchi trabalha com granuladores e peneiras.
EXPOSITORES
SISTEMA ELÉTRICO COM EFICIÊNCIA A Nema Eletrotécnica mostrou aos ceramistas toda a sua eficiência e soluções em geradores e sistemas elétricos. Com 25 anos de mercado, a empresa trabalha com geradores de marca própria e com toda a linha de produtos da Weg. O eletrotécnico, Leonardo Dalmir da Silva, explicou os benefícios da instalação de um bom sistema de geradores em uma cerâmica. “Hoje a energia está sendo vista em nosso país como deficiente, por isso, a necessidade de um grupo gerador nas empresas. O grupo gerador é utilizado na falta de energia para manter a produção do cliente ou pode ser um economizador de energia em horário de ponta” concluiu.
SOUZA & SOUZA ANTECIPA LANÇAMENTO
A Máquinas Man apresentou, nesta segunda edição da Expocever, soluções em enfornamento, desenfornamento, paletização de telhas e tijolos, além de fornos. Entre os lançamentos tecnológicos da empresa o proprietário, Matheus Rodrigues, destacou o enfornamento automático informatizado para tijolo em forno móvel, o desenfornamento de telhas em forno abóboda com paletização robotizada e o enfornamento de telhas, robotizado para forno túnel. “Esses três destaques são novos no mercado nacional e a Máquinas Man está oferecendo toda essa tecnologia aos ceramistas”, destacou. A empresa também trabalha com equipamentos convencionais como o enfornamento de tijolo em forno túnel, desenfornamento e paletização para forno túnel. “Para forno móvel, nós estamos oferecendo enfornamento e desenfornamento automático, mas mecanizado, através de empilhadeiras", explicou Rodrigues.
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TECNOLOGIA
Com lançamento marcado para o segundo semestre desse ano, a Souza & Souza antecipou a apresentação do seu novo projeto na linha de automação, a paletização. “O lançamento oficial será daqui alguns meses, mas já trouxemos para apresentar aos nossos clientes o diferencial do nosso equipamento”, enfatizou o representante comercial da empresa, Marcelo Hoffmann. A Souza & Souza levou ainda equipamentos para automação na linha de telhas e automação na linha de tijolos. “Participar desses eventos é uma oportunidade para alcançar novos clientes, fazer um trabalho de pósvenda personalizado e saber o que os ceramistas esperam da nossa empresa”, finalizou Hoffmann.
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EXPOSITORES
PÓS-VENDA COM FOCO NA QUALIFICAÇÃO A Unimac, de Bento Gonçalves (RS), foi outra empresa que expôs seus produtos durante os três dias de feira. Segundo o gerente, Marcelo Perrone, o objetivo de estar no evento foi apresentar a empresa de forma organizada e também apresentar a máquina mais vendida – modelo CML 400 –, além de lançamentos e outras inovações da Unimac. “A CML 400 é uma máquina de corte de bloco cerâmico. Ela faz o corte da peça em dois momentos: primeiro um corte de um bloco inteiro e depois o corte propriamente dito do tijolo. Esta máquina tem capacidade de produção de 500 peças/minuto. É uma máquina de alta produção, resistência e confiabilidade”, explicou. Entre as empresas do setor que utilizam este equipamento Perrone citou as cerâmicas Bronze (SP), Candelária (RS), City (SP), Endo (SP), Princesa (SC), Safira (ES) e Telhas Mafrense (PI), entre outras. Segundo Perrone, outra novidade apresentada na feira é que a Unimac pretende, em breve, oferecer automatismo de carregador e descarregador. Para isso, a empresa conseguiu um parceiro no evento para lançar o primeiro automatismo. “Um dos objetivos da
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MAQUETE
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A Thermo Industrial destacou em seu estande uma maquete com cinco por cento do tamanho original de um forno móvel. “A atração mostrou aos ceramistas o funcionamento do equipamento de uma forma mais didática, podendo conhecer melhor o equipamento”, informou o proprietário, Joaquim Gilberto Zucco. A empresa, de Brusque (SC), tem mais de 20 anos de mercado e trabalha com automatismo de carga, automatismo de descarga, forno móvel, forno túnel, secadores e com automação de queima. Outra novidade apresentada pela Thermo Industrial na segunda edição da Expocever foi o sistema de pinça, automação para forno túnel e móvel. Zucco reconheceu a importância do evento, tendo em vista a reunião de ceramistas de todo o Brasil, otimizando os objetivos da empresa, de fortalecer os negócios.
Unimac na feira também foi este, ou seja, mostrarmos que temos tecnologia e inteligência para fazer isso. A feira está muito boa, fizemos bons contatos e vendemos quatro máquinas. Portanto, isso para nós já é inspirador e fizemos ótimos contatos quanto a estes novos produtos a serem lançados”, disse.
SOLUÇÕES EM MAROMBAS A Metalúrgica Nandi, de Tubarão (SC), aproveitou a Expocever para aproximar o contato com seus clientes e apresentar sua tecnologia na linha de marombas. O destaque ficou por conta da maromba 320-MNX que, segundo o sócio proprietário da empresa, Ítalo Nandi, tem por diferencial a qualidade do tijolo. “Essa máquina já é destaque há cerca de três anos no mercado. Ela tem uma caixa de redução simplificada com fácil manutenção, evitando quebras, e a qualidade do tijolo é excelente para essa categoria de máquina. É uma maromba que tem um ótimo custo-benefício”, destacou. A Metalúrgica Nandi apresentou também o seu mais novo lançamento, a máquina de monobloco WNM-450, que vem com a proposta de superioridade aos modelos competidores.
EXPOSITORES
DIFERENCIAL NO PÓS-VENDA A empresa HVC Bombas, de Piracicaba (SP), trouxe como diferencial para a segunda edição da Expocever o bom relacionamento com o cliente através de um programa de pós-venda. De acordo com o fundador da empresa, Afonso Franklin, o objetivo é qualificar os trabalhadores para maximizar o aproveitamento da maromba. “Nossa proposta, além de vender o Scrubber – separador de impurezas – que já trará mais economia aos ceramistas pela forma como faz a limpeza da maromba, é de também fazer um treinamento para a equipe que utilizará o equipamento, otimizando os resultados na linha de produção”, enfatizou. A empresa foi responsável pela primeira venda realizada no evento. “Com apenas 40 minutos de exposição, já tínhamos fechado negócio”, afirmou Franklin, que saiu do local satisfeito com a qualidade dos produtos expostos e com a participação do público.
PEÇAS COM DURABILIDADE A qualidade e a durabilidade do produto foram destaque no estande da CMC Tecnologia, de Cocal do Sul (SC). Há mais de 20 anos no mercado, a empresa resolveu investir no ramo da cerâmica vermelha há quase dois anos. De lá para cá produz equipamentos para marombas, como boquilhas, cavaletes, caracol, raspadores, e outras peças de reposição revestidas em cerâmica. O proprietário, Hamilton Luiz Dias, enfatizou a qualidade dos produtos, que são revestidos com cerâmica de alta alumina. “A boquilha, por exemplo, na prática continua a mesma, mas ao invés de ser de aço, os pontos de desgastes são revestidos com cerâmica de alta alumina, isso aumenta a durabilidade em 50%. É um produto um pouco mais caro, mas que tem um tempo de vida muito maior”. Ele ainda explicou que o equipamento gera economia no processo de produção, já que a matriz não desgasta. Em sua primeira edição na feira, Dias ficou surpreso com a movimentação. “Conseguimos bons contatos e possíveis clientes no qual agendaremos visitas e apresentaremos melhor todos os benefícios dos nossos produtos”, finalizou o proprietário da empresa.
Um material especial, utilizado na fabricação de estampos para telhas prensadas, propõe economia e qualidade na telha fabricada. Esse foi o diferencial apresentado pela Formattec durante a Expocever. Segundo o proprietário da empresa, André Dias, esses estampos foram desenvolvidos especialmente para o setor cerâmico. “Nesse material, a telha não gruda e o cliente economiza esmoldante e ganha qualidade no produto final. Outra vantagem é a durabilidade, sendo que esse material é duas vezes mais resistente que o aço”, afirmou. A Formattec também mostrou soluções em formas de ferro fundido usinado em CNC, outro diferencial da empresa, já que a maioria das formas comercializadas atualmente não é usinada. “A nossa, por possuir esse diferencial, tem a qualidade bem superior às demais”, acrescentou Dias.
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ESTAMPOS DIFERENCIADOS
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EXPOSITORES
FOCO NO FORTALECIMENTO DA MARCA Pela segunda vez na feira, a SamRello, de Blumenau (SC), foi outra empresa que participou como expositora. A empresa, que esteve no evento com o objetivo de fortalecer a marca no setor cerâmico, levou para apresentar aos ceramistas produtos, como sensores de temperatura e de umidade, controladores para sensores, controladores, temporizadores e sensores de proximidade, entre outros. Para o gerente comercial da empresa, Marco Diego Krenzlin, a participação da feira rendeu muitos contatos e bons negócios. “Já no primeiro dia fizemos bastante contatos. Além disso, vimos um público focado e que sabia o que queria. Só foi à feira mesmo quem estava interessado em novidades”, disse.
FOCO NA REPOSIÇÃO DE PEÇAS A Saminas buscou na Expocever oportunidade de mostrar a sua vasta linha de peças de reposição. A diretora industrial, Simone Medeiros, enfatizou a importância de a empresa se fazer presente em todo o país e em especial na região sul, onde busca por novos clientes. “Nosso objetivo é trazer a Saminas para próximo dos clientes ceramistas, em especial do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e mostrar toda a nossa linha de produtos para reposição. Essa é a primeira edição que participamos do evento e concretizamos nossa meta”, afirmou. A empresa tem como foco a comercialização de arame para corte, que são cordoalhas, arames lisos e carimbos. Além disso, trabalha com feltros, pneus para carrinhos, boquilhas, lonas para secagem e demais linhas de peças de reposição para cortadores e marombas. A Saminas tem seis anos de mercado se destacando no atendimento personalizado, através do telemarketing e de visitas.
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SOLUÇÃO EM CORTES
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A Flyever apresentou soluções em medições e cortes, com produtos como o contador de peças integrado à maromba, o cortador de blocos, sensores de pressão e diversos softwares. Segundo o diretor da Flyever, Maurício Carnevalli, a empresa já é bem conhecida em Santa Catarina, mas busca fixar a marca em todo o país. “Expor na Expocever é uma forma de vender a nossa marca e, em comparação com a primeira edição, muitos clientes nossos estiveram aqui prestigiando o evento e conhecendo melhor os nossos produtos”, destacou.
EXPOSITORES
SEPARADOR MAGNÉTICO Um equipamento que protege as máquinas da cerâmica de contaminação ferrosa. Este foi o diferencial apresentado pela empresa G.A.M Equipamentos Magnéticos, de São Bernardo dos Campos (SP). O separador magnético, como é chamado o equipamento, é um dos produtos que a empresa desenvolve exclusivamente para o setor cerâmico, já que a G.A.M atua em diversos setores da indústria. O diretor da empresa, Eudes Ângelo, enfatizou que o separador magnético foi desenvolvido para facilitar o processo de limpeza e contaminação por ferro. “O equipamento suspenso, de limpeza automática, desenvolve fluxo magnético de cima para baixo atraindo a contaminação ferrosa e automaticamente liberando-as de sua base através da movimentação automática de sua esteira”. Ângelo informou ainda que o separador é desenvolvido conforme a necessidade do cliente. Com 12 anos de mercado, a G.A.M participou pela segunda vez da Expocever e saiu com uma avaliação positiva do evento. “A organização estava excelente e este ano muitas pessoas vieram com foco em conhecer o produto e fechar negócio”, finalizou o diretor da empresa.
EXPANSÃO Pela segunda vez na Expocever, a Raça Máquinas foi à feira com o intuito de firmar novas parcerias comerciais. O representante comercial da marca, Cícero Matos, destacou que, além de apresentar seus produtos, a Raça Máquinas busca espaço nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Atuamos forte no norte e nordeste do país, onde somos bem conceituados e, com quase 20 anos de mercado, estamos buscando novas oportunidades em todo o Brasil”, explicou. A Raça Máquinas trouxe como carro-chefe os fornos metálicos e secadores, que são o ponto forte da empresa. Matos avaliou de forma positiva a participação no evento, tendo em vista a gama de contatos proporcionados e a oportunidade de estreitar o relacionamento com os ceramistas.
Com equipamentos voltados para a linha de produção, a Máquinas Tubarão levou à Expocever uma maromba a vácuo que é destaque pelo seu custo-benefício para o setor cerâmico. De acordo com o representante comercial, Samarone Cruz de Souza, este equipamento faz a extrusão melhor para a argila, conseguindo trabalhar com menos umidade. “Trouxemos com o intuito de mostrar as inovações que foram feitas nela na parte de reforço de rolamento. Além de ser uma máquina de custo baixo, com investimento de R$ 140 mil e com produção de 110 a 120 tijolos por minuto”, destacou.
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CUSTO-BENEFÍCIO
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EXPOSITORES
MODERNIZAÇÃO NO CONTROLE DE QUALIDADE Qualidade dos produtos e a modernização da linha de laboratório foram as propostas da Isatec. A empresa, recentemente, desenvolveu uma linha de máquinas para laboratórios, com o intuito de atender a demanda do mercado. “Já trabalhávamos com máquinas para cerâmica, mas vendo a necessidade do mercado estamos desenvolvendo máquinas para laboratórios. Trabalhamos com todo tipo de equipamento para fazer ensaio físico da matériaprima, que é a argila”, informou o proprietário da Isatec, Alexandre Ronsani Guimarães. Entre os equipamentos apresentados estava a extrusora de autovácuo, que retira o vácuo da argila e comprime, saindo na boquilha o corpo de prova pronto (um pequeno tijolo) para testes e medições. “Podemos dizer que é uma mini maromba para laboratório. Outro diferencial dos nossos equipamentos é a facilidade de limpeza. É possível desmontar toda a máquina retirando apenas dois parafusos, em um processo bem simples”, concluiu.
TECNOLOGIAS EM ISOLAMENTO TÉRMICO O estande da RF Isolamento Térmico apresentou opções aos ceramistas para a economia de lenha. O coordenador de mercado, Rogério Gaspar, destacou que a empresa procurou mostrar ao público do evento a eficiência e as vantagens que o isolamento pode proporcionar. “Trouxemos a fibra cerâmica, o composto titânio e as ancoragens de inox. Com esses equipamentos, é possível fazer uma economia de até 40% na produção”, explicou. Essa foi a primeira vez que a RF Isolamento Térmico participou do evento. A empresa possui 37 anos de mercado, representando a Unifrax, uma empresa norte-americana, que possui sete fábricas pelo mundo.
TURISMO
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ESTAMPO DE PLÁSTICO
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Pela segunda vez na feira, a Santa Apolônia apresentou o estampo de plástico que proporciona maior durabilidade com relação aos já encontrados no mercado. O diretor da empresa, Moacir Bernadini, explicou que o produto foi lançado em 2010 e está sendo bem recebido no mercado. “Alguns ceramistas já implantaram o equipamento e estão satisfeitos com a qualidade e com o retorno do investimento”. Com 27 anos de mercado, a Santa Apolônia trabalha com produtos voltados para a automação, estampos, equipamentos para fornos túnel, secadores e peças de fundição. Bernadini destacou a importância do evento para a região e para os ceramistas. “Além da prospecção de novos clientes, tivemos a oportunidade de fechar negócios e mostrar nossa tecnologia”.
A Associação de Micro e Pequenas Empresas do Alto Vale do Itajaí (AMPE) também marcou presença na Expocever para divulgar o turismo da região. O secretário executivo, Luiz Alberto Costa da Silva, realçou o compromisso da associação em capacitar mão de obra para alavancar o turismo nos diversos setores da economia. “Estamos implementado o projeto da rota 470, para transformar essa rota em um caminho turístico e capacitar todo esse segmento de serviços (de bares, restaurantes, comércios, indústrias) para que possa atender a demanda do turista que passar aqui pela região”.
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ENTREVISTA
EM PROL DA QUALIDADE E MELHORIA DO SETOR
A
A segunda edição da Revista Expocever traz uma entrevista especial com o presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica para a Construção do Vale do Itajaí, Centro, Norte e Planalto Catarinense (Sindicer/ Rio do Sul), Claudio Luis Kurth. A frente do sindicer há sete anos, o presidente fala sobre o setor na região, além das ações do sindicato em prol das cerâmicas associadas ao Sindicer e sobre a importância da realização da feira em Santa Catarina.
Expocever • 2014 • Edição 01
Expocever - Quais as principais características do setor? CLK - É um setor que busca pela qualidade dos produtos e procura se manter dentro das normas.
Expocever - Há quanto tempo está à frente do sindicato? Claudio Luis Kurth - Estou exercendo o cargo de presidente há sete anos e com mandato até 2016.
Expocever - Qual a importância da realização da Expocever em Rio do Sul? CLK - A Expocever vem para fortalecer o Sindicer perante aos associados e demais sindicatos do setor da cerâmica vermelha.
Expocever - Quantas empresas produtoras de cerâmica vermelha há na Base Territorial do Sindicer? Qual o porte destas indústrias? CLK - Temos um cadastro com 452 empresas. Destas 54 são associadas ao sindicato. As empresas são micro, pequenas e médias.
Expocever - O que tem a dizer sobre o trabalho desenvolvido pela Anicer? CLK - Trabalho necessário, todos os ceramistas deveriam dar mais valor a Anicer, pois ela é importante na busca de benefícios junto aos órgãos governamentais, representando a classe da cerâmica vermelha perante todas as entidades da
Expocever - Qual a produção mensal das indústrias? CLK - A produção destas indústrias é de 90 mil toneladas de peças por mês.
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mos eventos como este da Expocever e visitas técnicas em outras regiões do país. Nosso principal desafio é ajudar a manter as empresas de portas abertas para os desafios do mercado.
Expocever - Quantos empregos diretos e indiretos são gerados pelo setor? CLK - As indústrias de cerâmica vermelha da região geram em torno de seis mil empregos diretos e outros dois mil indiretos. Expocever - Quais as principais ações do Sindicer/Rio do Sul e quais os desafios do sindicato para os próximos anos? CLK - A busca por conhecimentos técnicos para as indústrias e área administrativa por meio de cursos. Além disso, promove-
ENTREVISTA construção civil do país. Estamos fazendo um bom trabalho devido à Anicer, se estivéssemos individualizados, não teríamos a força e a representatividade necessária que hoje temos. Expocever - O que o senhor espera para futuro da cerâmica vermelha? CLK - Ela, a cerâmica vermelha, não vai acabar, pois é uma das três bases da construção civil, (Cerâmica Vermelha, Cimento e Ferro). O que precisamos fazer é nos preparar para os desafios e oportunidades que vamos ter pela frente e temos como exemplo a Europa, onde a cerâmica vermelha se modernizou muito bem. Expocever - Como é a questão da automatização das cerâmicas? Elas investem em equipamentos modernos? CLK - As empresas do setor na região tem investido sim em modernização, e as nove visitas técnicas realizadas durante a Expocever/SC foram exemplos disso. Expocever - O que pode ser feito com relação aos produtos concorrentes da cerâmica vermelha? CLK - Não podemos fazer nada, precisamos nos mobilizar para demonstrar as vantagens da cerâmica vermelha perante aos concorrentes.
Expocever - Qual a maior reivindicação do setor nos níveis estadual e federal?
A Expocever vem para fortalecer o Sindicer perante aos associados e demais sindicatos do setor
CLK - Os licenciamentos das matérias-primas poderiam ser mais simples e objetivos, pois não trabalhamos com nenhum mineral de alto valor. Expocever - Os ceramistas participam de feiras do setor? O sindicato incentiva esta participação? CLK - Sim, são participantes e o Sindicer sempre organiza as missões com visitas técnicas e incentiva a participação em feiras, palestras e outros eventos destinados ao setor da cerâmica vermelha. Expocever - Como o sindicato estimula as cerâmicas a buscarem a padronização de seus produtos? CLK - Conhecendo a empresa, fazendo com que ela se adeque às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e faça adesão ao PSQ (Programa Setorial da Qualidade). O Sindicer ainda está constantemente desenvolvendo projetos em parcerias com outras entidades, fazendo com que o ceramista tome conhecimento das normas, da obrigatoriedade e das vantagens da padronização de seus produtos.
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Expocever - Como está o setor e o que precisa melhorar? CLK - Não podemos dizer que o setor está bem, estamos desenvolvendo cursos e treinamentos para que os ceramistas venham a ter pensamentos e atitudes atualizadas.
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VISITAS TÉCNICAS
Visita técnica à Cerâmica Bela Vista Tijolos
VISITAS TÉCNICAS
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ove empresas do setor de cerâmica vermelha da região abriram suas portas para receber os visitantes da segunda edição da Expocever, em Rio do Sul. No primeiro dia, foram visitadas quatro cerâmicas do munícipio de Pouso Redondo. Foram elas Oliveira, Kitijolo, Constrular e Lorenzetti. No segundo dia, a Telhas Hobus Esmaltadas, de Agrolândia, a Bela Vista Tijolos, de Ituporanga, e a cerâmica Bosse, de Presidente Getúlio, foram as empresas que receberam os participantes da feira. Já no terceiro e último dia as visitas técnicas ocorreram nas empresas Telhas Rainha e cerâmica Princesa, ambas localizadas na cidade de Rio do Sul. Realizadas no período da manhã, as visitas técnicas tiveram como objetivo apresentar aos participantes a realidade das indústrias catarinenses, demonstrando os equipamentos em uso, seus resultados e a viabilidade de implantar a tecnologia limpa como diferencial competitivo, sem prejuízos econômicos e socioambientais. De pelotas, no Rio Grande do Sul, Nelson Danenberg
foi um dos ceramistas que participou das visitas técnicas. Ele contou que foi para conhecer o que há de mais moderno no mercado, pois tem investido em melhorias para sua fábrica. “Estamos sempre querendo melhorar nossa cerâmica, por isso vim para conhecer coisas novas”, relatou o empresário, que é proprietário da Cerâmica Danenberg. A engenheira Soledad Pereira Leguizamón, da cerâmica Santa María, no Paraguai, também participou das visitas junto com seu pai, o ceramista José Pereira, com a finalidade de buscar novas tecnologias. “Viemos para trocar experiências e ver o que podemos levar para implementar lá no Paraguai. Estamos um pouco para trás quanto a máquinas e processos. Por isso, tentamos levar o que aprendemos aqui para lá”, contou. Para se deslocar até as empresas, a organização da Expocever disponibilizou aos visitantes da feira quatro ônibus, com saídas do Pavilhão de Eventos Hermann Purnhagen. Foram dois ônibus lotados no primeiro e último dia e três no segundo dia.
VISITAS TÉCNICAS
O Sindicer/Rio do Sul agradece às Empresas por abrirem as portas de suas cerâmicas para as visitas técnicas. Cerâmica Oliveira Ltda; Cerâmica Kitijolo Ltda; Cerâmica Constrular Ltda; Cerâmica Lorenzetti Ltda; Telhas Hobus Esmaltadas; Bela Vista Tijolos; Cerâmica Bosse Ltda; Telhas Rainha; Cerâmica Princesa Ltda.
A primeira empresa a receber os visitantes da segunda edição da Expocever foi a cerâmica Oliveira, em Pouso Redondo (SC). Há cinco anos no mercado, a empresa fabricante de tijolos começou com produção de 600 mil peças por mês e hoje fabrica cerca de dois milhões de peças mensalmente no município. Atualmente, a cerâmica tem 11 mil metros quadrados de área construída e conta com 70 funcionários. Destes, 35 atuam dentro da fábrica. A Oliveira conta ainda com dois fornos túneis, que foram construídos pela própria empresa, de acordo com o proprietário da indústria, Antônio de Oliveira. Cada um deles, conforme o empresário, tem capacidade para queimar um milhão de peças/mês. Segundo Mário Mello, que faz a representação comercial e logística da cerâmica, os principais diferenciais da indústria são a praticidade de entrega e a qualidade do produto. O ceramista Paulo Roberto Amorim, proprietário das cerâmicas Amorim, em Sergipe, também participou das visitas técnicas. O empresário avaliou a cerâmica Oliveira como uma empresa limpa, enxuta e com boa tecnologia. “É uma empresa produtiva, com equipamentos e barracão simples, porém, otimizados para o uso racional da indústria”, opinou.
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Cerâmica Oliveira
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Cerâmica Kitijolo A empresa Kitijolo foi outra empresa do setor cerâmico que recebeu os visitantes da Expocever. Localizada em Pouso Redondo, a indústria produtora de tijolos está há 22 anos no mercado e fabrica mensalmente 550 mil peças por mês. A empresa de pequeno porte conta com seis fornos intermitentes e terreno próprio para extração da argila. Há nove anos no comando da empresa, Edla B. Hebeda é a proprietária da cerâmica. A empresária assumiu a indústria após o falecimento de seu esposo, em 2009. Segundo ela, o diferencial da Kitijolo é uma estufa automatizada, criada pelo próprio esposo quatro anos antes de falecer, e um lavador de fumaça que ajuda a diminuir a poluição no ar. Durante a visita na cerâmica Kitijolo, o ceramista Fernando Roberto Bruxel, da cerâmica Bruxel, no Rio Grande do Sul, avaliou as visitas técnicas como uma forma de trocar experiências com outros ceramistas e se atualizar quanto a novidades para aplicar em sua indústria. Porém, o empresário, que fabrica em torno de 600 mil peças por mês de tijolos maciços e blocos de vedação, acredita que o setor está muito desunido ainda. “Falta o setor se unir mais para alavancar o produto. Está na hora de desmitificar o tijolo da olaria como um produto artesanal e vê-lo como um produto mais nobre no mercado”, opinou.
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Cerâmica Constrular
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Há 32 anos no mercado, a cerâmica Constrular também abriu suas portas para os participantes da segunda edição da Expocever. Os empresários puderam conhecer o que há de mais moderno na fábrica que produz cerca de 1,5 milhão de peças por mês de blocos estruturais, blocos de vedação e blocos de vedação parede à vista. Segundo o gerente administrativo da Constrular, Juarez Schiochet, a linha de produção automatizada de bloco estrutural é o principal diferencial da indústria, que se destaca por utilizar tecnologia de última geração, modernas técnicas de pesquisa e desenvolvimento. Formada por uma equipe de 120 colaboradores que atuam nas áreas técnica, produção e administrativa, a empresa atende as Normas Técnicas Brasileiras e mantém seus produtos competitivos no mercado, cada vez mais exigente e inovador. Com o objetivo de buscar novos contatos e novas tecnologias, o consultor em cerâmica Paulo Fernandes destacou a parte de moagem da Constrular. “É uma cerâmica que está em um nível avançado no mercado. A parte de moagem via seca de matéria-prima está à altura de uma cerâmica de revestimento. São poucos os ceramistas do setor que executam esta parte de moagem em suas cerâmicas”, afirmou o consultor.
VISITAS TÉCNICAS
Cerâmica Lorenzetti Outra empresa do setor cerâmico que recebeu os visitantes da Expocever foi a cerâmica Lorenzetti. A empresa, no mercado há mais de 30 anos, fabrica em torno de dez mil toneladas por mês de tijolos de vedação e blocos estruturais. Segundo Bruno Colatto Lorenzetti, proprietário da indústria, o principal diferencial da Lorenzetti está na automatização de carga de vagão (enfornamento), descarga de vagões e paletização – investimentos realizados recentemente pela indústria catarinense. O presidente do Sindicer de Chapecó, Sérgio Luiz Moretto, avaliou não só a automação de carga e descarga de produto
queimado e o empacotamento, mas também todo o sistema de produção da Lorezentti como excelente. Moretto ainda destacou que visitas como estas elevam o nível de conhecimento e servem para trocar informações entre ceramistas. Rubi Toebe foi outro ceramista que visitou a Lorenzetti. O empresário, que foi conhecer novas tecnologias para levar à sua empresa, gostou da automação da cerâmica de Pouso Redondo e avaliou a indústria como uma empresa organizada. “A mão de obra humana está cada vez mais difícil e a tecnologia está aí, por isso, precisamos acompanhar”, relatou Toebe, que é proprietário da cerâmica Terra das Águas, no Paraná.
Telhas Hobus três milhões de reais em equipamentos de automação. Pioneira no Brasil em adquirir o primeiro sistema automático produzido no país, a Hobus adquiriu uma maromba, um carregador e um descarregador de vagonetas. Com a instalação dos equipamentos, a empresa conseguiu diminuir a mão de obra, eliminando 17 funcionários. Hoje, a empresa conta com 82 funcionários e fabrica mais de um milhão de peças. O principal diferencial da cerâmica é o investimento em tecnologia e produtividade. Na visita, a empresa apresentou aos ceramistas da feira tecnologia, inovação e automação na produção de telhas.
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A Telhas Hobus, empresa de Agrolândia (SC), também abriu suas portas para os visitantes da Expocever. Fundada em 1949, por Ricardo Hobus, a empresa inicialmente produzia tijolos maciços e telhas germânicas. Naquela época, implantar uma indústria no meio do nada era um desafio, nem energia elétrica havia para movimentar as máquinas. A indústria contava apenas com a força animal com seus belos cavalos que até então só eram usados na lavoura. Sua produção era pequena, pois apenas contava com o mercado local e tinha como objetivo básico gerar uma renda adicional para a família na entressafra. Atualmente, a empresa é automatizada e fabrica apenas telhas esmaltadas. Em 2010, a telhas Hobus investiu
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VISITAS TÉCNICAS
Bela Vista Tijolos A Bela Vista Tijolos também recebeu os ceramistas visitantes da Expocever no segundo dia de visitas técnicas. Localizada em Ituporanga, a empresa está há mais de 25 anos no mercado de tijolos e blocos estruturais, comercializando seus produtos em toda Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e sudoeste do Paraná. O principal produto da empresa são os blocos de vedação, com disponibilidade de cinco medidas diferentes. O proprietário da empresa, José Luiz, ressaltou a importância de abrir as portas da Bela Vista e trocar experiências com outros ceramistas. “Nossa empresa foi escolhida pela proximidade com a feira, e por estar sempre à disposição. Essa troca de experiência é muito válida, até por que o ceramista não concorre entre si, hoje o nosso principal concorrente é o bloco de concreto e os subprodutos deste material que estão por vir”, destacou. Entre os diferenciais da indústria está o forno, instalado a pouco tempo, com capacidade de sete mil toneladas por mês. Segundo Luiz, o equipamento, projetado pela Zucco Equipamentos Cerâmicos, teve algumas alterações para atender as necessidades da Bela Vista. “A principal modificação foi o acréscimo de mais dez fornalhas para atender a nossa demanda”, explicou.
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Cerâmica Bosse
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Consolidada no mercado desde 1943, a cerâmica Bosse também recebeu os participantes da feira. A empresa, conforme o proprietário, Horst Bosse, é pioneira na fabricação de blocos estruturais. A indústria fabrica ainda outros tipos de produtos, como blocos de vedação, tijolos e tavelas. No total, são fabricados mensalmente na indústria oito mil toneladas de peças queimadas por mês. Outro diferencial da Bosse é o monitoramento por câmeras. “São 32 câmeras na indústria. Por meio deste sistema, posso ver minha cerâmica de qualquer lugar do mundo, até mesmo através de um celular”, contou Horst. Ivam Pereira, gerente da cerâmica Ideal, de Canelinha (SC), aprovou a visita realizada na Bosse. “Muito bem elaborada a produção da cerâmica. Sempre tive vontade de conhecer os equipamentos da cerâmica e gostei muito do que vi. A cerâmica está de parabéns”, elogiou. Com duas fábricas no município de Canelinha (SC), o empresário e vice-presidente do Sincervale, Odenir Santos, também visitou a cerâmica Bosse. O empresário, proprietário das cerâmicas Lideral e Santo Amaro, gostou da linha de produção e dos automatismos da Bosse.“Tinha vontade de conhecer e achei muito interessante. Com estas visitas, sempre aprendemos algo de bom para implantar na nossa”, contou.
VISITAS TÉCNICAS
Cerâmica Princesa A cerâmica Princesa, localizada em Rio do Sul, foi a empresa do setor que recebeu os visitantes da Expocever no último dia. Com mais de 70 anos, a empresa possui 18 mil metros quadrados de área construída e 120 funcionários. A produção mensal da empresa é de quatro milhões de peças. Entre elas, tijolos, blocos estruturais e tijolos para laje. Além de seu maquinário de alta tecnologia, a cerâmica possui laboratório próprio equipado para desenvolver pesquisas e realizar testes em seus produtos visando melhorias continuas no sistema de qualidade. A empresa também já conquistou certificação de seus produtos e atualmente participa do Programa Setorial de Qualidade (PSQ) e do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). O ceramista Rogério Manoel Correa, da cerâmica Shopping Telhas, gostou da visita na cerâmica Princesa. O empresário disse que foi conhecer as automações instaladas na cerâmica e gostou do que viu. Outro ceramista presente nas visitas técnicas foi Paulo Felipe Wosniak, da cerâmica Wosniak. “Vim para conhecer os automatismos da cerâmica e ver os equipamentos funcionando”, contou.
Ainda no último dia, os participantes da Expocever puderam visitar a cerâmica Telhas Rainha. A empresa está há 80 anos no mercado e fabrica telhas esmaltadas. É a segunda indústria no país e a primeira no sul do Brasil no setor a obter a certificação de produto do CCB. Com 170 funcionários, a fábrica de 21 metros quadrados produz mensalmente um milhão de peças. O diferencial da empresa, conforme o proprietário, Claudio Luiz Kurth, está na qualidade das telhas, que apresentam robustez e bom encaixe. Cada telha suporta o peso de 350 quilos e sua robustez estrutural garante segurança de fixação em vendavais. Outro ponto forte da empresa é quanto ao meio ambiente, que sempre foi sinônimo de respeito para a empresa, que mantém legalizadas as suas áreas de extração mineral, e recupera os locais, transformando-os em arrozeiras, lagos e reflorestamentos. Além disso, mantém o tratamento de seus efluentes preservando os rios e transformando os resíduos em novos produtos. As telhas são fabricadas com argilas e taguás selecionados através de pesquisa, testes e acompanhamento do laboratório próprio e confirmados por ensaios em laboratórios certificados e reconhecidos internacionalmente.
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Telhas Rainha
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OPINIÃO
CERAMISTAS APROVAM FEIRA DESTE ANO
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eramistas de diversas partes do Brasil participaram da segunda edição da Expocever. Em busca de novos conhecimentos e tecnologias, os empresários vieram focados nos negócios e contaram que ficaram satisfeitos com a exposição deste ano. O que mais chamou atenção dos empresários foi a organização e a estrutura da feira. De Sergipe, o empresário Paulo Roberto Amorim foi um dos ceramistas que participou do evento deste ano. "A feira é uma oportunidade para troca de informações e conhecimentos entre nossa região (Sergipe) e a região daqui (Santa Catarina), além de conhecer novos amigos", disse o ceramista, proprietário das cerâmicas Amorim. Além de Amorim, Rodolfo Cayetano Rodriguez, da cerâmica Chaco, no Norte da Argentina, também participou do evento. O ceramista informou que, como nunca havia participado de feiras do setor, foi com o interesse de conhecer o evento. "Achei a feira muito interessante, pois consegui contato pessoalmente com os fornecedores. Lá na Argentina há poucos fornecedores de equipamentos, e os que têm são para grandes empresas. Dessa forma, tive que vim buscar no Brasil”, contou. No estado de Chaco, conforme Rodriguez, há três indústrias. Entre elas a do empresário, que foi fundada em 1974, uma empresa fabricante de tijolos que utiliza forno túnel e fabrica 3,5 mil toneladas de peças por mês. A cerâmica Santa Izabel, do Rio de Janeiro, foi outra empresa do setor que marcou presença na Expocever. Para o ceramista Bruno Menon, a feira foi muito boa. “Fui convidado por uma das empresas que estavam expondo na feira. Fiz um bom proveito das palestras, principalmente a que tratou sobre a norma de desempenho, pois a construção civil precisa se preocupar em estar de acordo com esta norma”, relatou. José Lavaqui Sobrinho, presidente do Sindicato das Cerâmicas do Mato Grosso, também esteve presente na feira. “Sempre procuro estar presente em grandes eventos para buscar coisas novas para levar para nossa região”, disse. O presidente do Sindicer de Mato Grosso do Sul, Natel Moraes, também marcou presença na feira. “O ceramista do Mato Grosso do Sul está sempre focado em tendência. Ele gosta de ver tudo o que tem de novo no setor. Não é à toa que nosso setor tem crescido e se desenvolvido bastante no Mato Grosso do Sul. Temos visto que Santa Catarina tem polos de cerâmicas muito bons, por isso viemos até aqui. Além disso, nos agradamos das visitas técnicas e dos layouts dos expositores”, relatou.
Fotos do primeiro dia
Fotos do segundo dia
Fotos do terceiro dia