Artigo especial sobre a reativação econômica dos 5 países da África do Norte
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Ano 7 ● Outubro/2016 ● Edição 78
Tecnargilla 2016 A vitrine internacional da inovação
A cerâmica em uma das 7 maravilhas do mundo
Operação Tijolo Legal notifica 27 estabelecimentos no RN
Caixa inicia financiamentos para o Minha Casa Minha Vida
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SUMÁRIO
TECNARGILLA
09: A Itália mostrou mais uma vez a
força de um país que ama a indústria cerâmica e reuniu um público recorde
EDITORIAL
CONSTRUÇÃO CIVIL
GESTÃO
ARQUITETURA CERÂMICA
08: Carta ao Ceramista
14: Caixa inicia financiamentos para o programa Minha Casa Minha Vida
16: Operação Tijolo Legal do Ipem/RN notifica 27 estabelecimentos
17: A cerâmica vermelha presente em uma das 7 maravilhas do mundo
Diretor Geraldo Salvador Junior
Diagramação & Arte Geraldo Salvador Júnior
Comercial Moara Espindola Salvador
Redação Geraldo Salvador Júnior
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NovaCer • Ano 7 • Outubro • Edição 78
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
SUMÁRIO
Outubro 2016 DESENVOLVIMENTO
CONSTRUÇÃO CIVIL
DESENVOLVIMENTO
ECONOMIA E NEGÓCIOS
22: R$ 500 milhões para reforma para os imóveis do MCMV
23: Habitação popular terá R$ 58,5 bilhões do FGTS
25: Indústria precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores até 2020
26: África do Norte: construção civil e investimentos para reativar a economia
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista Temos a honra de apresentar à você ceramista a cobertura completa da Tecnargilla 2016. Esta a quarta participação consecutiva da NovaCer no evento que sempre nos acolhe, através de uma parceria sólida, pois nossos amigos italianos dão muito valor à informação e jornalismo. Nesta edição trazemos um pouco de atualização sobre as propostas do governo para o Programa Minha Casa Minha Vida. Uma das novidades é que a Caixa Econômica Federal iniciou os financiamentos na faixa 1,5. Além disso, os imóveis do MCMV terão uma verba direcionada para reformas. O FGTS destinará uma verba de R$ 58,5 bilhões para a habitação popular. O Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte iniciou neste mês a Operação Tijolo Legal que já notificou 27 estabelecimentos. Se você ama a cerâmica vermelha, então vai se apaixonar pelo artigo de arquitetura cerâmica sobre o Coliseu de Roma, que é uma das 7 maravilhas do mundo e traz em sua edificação tijolos maciços de cerâmica vermelha com quase 2 mil
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anos. Outro destaque é sobre o desafio da indústria brasileira até o ano 2020: qualificar 13 milhões de trabalhadores. Isso inclui a cerâmica vermelha. O artigo especial deste mês é sobre a África do Norte, mais conhecido como a região do Megrebe, que abrange os seguintes países: Argélia, Marrocos, Tunísia, Egito e Líbia. Estes países estão recebendo um forte apoio governamentalpara a reativação de suas economias . A construção civil do Megrebe está em ascensão e as oportunidades são imensas para o ramo cerâmico. Além disso os setores de máquinas e equipamentos para cerâmica ganham muita força, pois as 5 nações necessitam importar estes produtos. Desejo à todos, uma boa leitura!
Geraldo Salvador Júnior Diretor
FEIRAS Foto: Tecnargilla
Tecnargilla 2016 é sucesso em público No mês de setembro a NovaCer participou pela quarta vez consecutiva da Tecnargilla, considerada uma das maiores feiras cerâmicas no mundo. Como de costume o evento ocorreu na cidade de Rimini, na Romagna Italiana, nos pavilhões de centro de exposições Rimini Fiera. O conglomerado foi construído exclusivamente para abrigar feiras e eventos industriais de todos os tipos de segmentos. Desta feita, a Tecnargilla tinha alguns grandes desafios: manter o público, dar a volta na crise financeira italiana, atrair empresários ceramistas de países que também se encontram em crise, como o Brasil e por fim, apresentar novidades relevantes para o mercado cerâmico internacional. A organização do evento mostrou mais uma vez à que veio.
O evento bateu a própria marca em número de visitantes e mantém a posição como líder mundial.
Foto: Tecnargilla
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“A Tecnargilla é o único evento no mundo, capaz de reunir o melhor da tecnologia e estética da cerâmica. Esta edição demonstrou isso mais uma vez. Nossa exposição não é dirigida apenas para o público técnico das empresas, mas também para os tomadores de decisão", comentou o gerente geral da Acimac, Paolo Gambuli.
Foto: Tecnargilla
FEIRAS
A abertura da vigésima quinta edição do evento foi realizada no dia 26 de setembro com a participação da Associação Italiana de Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Cerâmica , a Acimac. O número de expositores foi de 7% em relação ao evento de 2014. Ao todo foram
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mais de 500 empresas expositoras que ocuparam um espaço considerável: mais de 80 mil metros quadrados. Destes, mais de 40% vieram de outros países, cerca de 25 no total. Entre os mais expressivos estão a China, Espanha, Alemanha, Turquia e Portugal. Segundo um levantamento feito pela organização do evento e de outras associações europeias, a liderança mundial em tecnologia e informação ficou nas mãos dos italianos que estavam representados por mais
FEIRAS Foto: Tecnargilla
de 300 empresas recheadas de novidades. O número de visitantes ultrapassou o evento de 2014 que registrou um participação de 32.000, dos quais 15.770 eram estrangeiros. Desta vez foram 33.395 visitantes, 4% a mais do que em 2014, dos quais 16.764 vieram de outros países, concretizando um aumento de 6,3% dos empresários internacionais. A exposição foi dividida em 4 seções principais: Tecnargilla, dedicada à tecnolo-
gia de pisos, sanitários, azulejos e louças; Kromatech, a vitrine das cores e da criatividade para cerâmica; Claytech, a exposição de máquinas e equipamentos para indústrias de blocos, tijolos, telhas e derivados; T-white, a nova área de exposição dedicada à máquinas e sistemas para a produção de cerâmica sanitária e louça. Mais de 100 países passaram pela Tecnargilla 2016, os maiores destaques foram: China, Espanha, Alemanha, Turquia, Índia, Rússia, Egito, Brasil, Irã e Polônia. Juntos estes países somaram mais de 12.000 inscritos.
Foto: Tecnargilla
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FEIRAS
A parceria com a NovaCer "Devemos nos espelhar em ideias e conceitos que deram certo. A Tecnargilla é uma inspiração para a cerâmica brasileira", comentou o diretor da Revista NovaCer.
Geraldo Salvador Júnior, Diretor da Revista NovaCer Foto: Marcos Passos de Souza
Selfie do diretor da NovaCer, Geraldo Salvador Júnior com Arlindo Voltolini , diretor da Manfredini & Schianchi do Brasil e Fábio Schianchi, CEO da companhia na Itália e membro do Conselho de Administração da Acimac.
Anicer no evento
O Vice-Presidente da Anicer esteve presente na Tecnargilla 2016 e aproveitou para fazer uma selfie com o Diretor da Cerâmica Tavares-CE , Marcelo Tavares.
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Fotos: Tecnargilla
Outra parte importante do evento é o Tecnargilla Design Award, uma premiação para as empresas que apresentarem as melhores ideias e conceitos tecnológicos e arquitetônicos envolvendo a produção e utilização dos materiais cerâmicos. O prêmio foi criado pela Acimac (Associação Italiana dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Cerâmica) no ano de 2010, e visa fomentar entre as cerâmicas uma busca contínua por novos conceitos. A quarta edição do prêmio focou nos temas “Luz e Sombra”. O vencedor foi a grupo empresarial System que conseguiu atender aos 5 requisitos exigidos pelo júri: estética, versatilidade, potencial comercial, originalidade e conteúdo tecnológico inovador. A premiação abriu uma disputa acirrada entre 11 fabricantes de máquinas: Colorobbia Itália, Digital Design, Emar Impianti, Esmalglass Itaca, Esmaltes, LB Oficina Maccaniche, Metco, Sacmi, Sertile, Surfaces, System Group e Torrecid Group. O corpo de jurados é composto por diretores técnicos, designers cerâmicos, varejistas de produtos cerâmicos, arquitetos e jornalistas. Nesta edição do evento aconteceu a
FEIRAS
Tecnargilla Design Award
primeira premiação IED Lab, uma forma de reconhecer jovens talentos. Desenvolvido numa parceria entre a Acimac e o Instituto Europeu de Design em Milão, o projeto visa as iniciativas de inovação tecnológicas desenvolvidas por jovens. NC
Diretores e colaboradores do Grupo System recebendo o prêmio Tecnargilla Design Award 2016
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Foto: AdobeStock
Caixa inicia financiamentos da Faixa 1,5 do Programa Minha Casa Minha Vida O teto para o financiamento varia de acordo com a região, e, conforme a tabela de municípios, o valor varia de R$ 70 mil a R$ 135 mil O financiamento para imóveis da Faixa 1,5 do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) já está sendo disponibilizado pela Caixa Econômica Federal. A nova modalidade atenderá famílias com renda mensal de até R$ 2,35 mil. 14
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De acordo com o Ministério das Cidades, a previsão é contratar 40 mil unidades habitacionais até o final deste ano. As aquisições na Faixa 1,5 do MCMV estão abertas para empreendimentos contratados pela Caixa desde 24 de outubro. O cliente deve atender às demais condições de análise do crédito previstas nas faixas 2 e 3. O teto para o financiamento varia de acordo com a região. Conforme a tabela de municípios, o valor vai de R$ 70 mil a R$ 135 mil. O subsídio também varia de acordo com o local em que o empreendimento está sendo construído. Vai de R$ 11 mil a 45 mil conforme o município de contratação da operação.
CONSTRUÇÃO CIVIL
O financiamento, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), poderá ser feito em até 360 meses (30 anos). Os juros são de 5% ao ano acrescido de TR. Para a nova modalidade, os empreendimentos podem ter até 500 unidades. A Faixa 1,5 era uma reivindicação antiga dos empresários da construção civil e das organizações da sociedade civil, que enxergavam uma grande lacuna entre aqueles que estavam na Faixa 1 (renda familiar de até R$ 1,8 mil) e os que estavam na Faixa 2 (até R$ 3,6 mil) do programa habitacional. Segundo o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio de Souza, a Faixa 1,5 irá permitir às famílias de baixa renda chegarem mais rápido à casa própria. “É uma oferta de crédito importante para uma parte da população que não estava sendo atendida”, explica o vice-presidente. “A Faixa 1,5 com certeza vai melhorar o acesso à moradia própria e a qualidade de vida das famílias brasileiras”, completa.
Subsídios e Metas De acordo com o Ministério das Cidades, estão destinados R$ 4,3 bilhões em recursos para os imóveis da Faixa 1,5 do MCMV. Destes, R$ 1,9 bilhão serão em subsídios (R$ 1,8 bilhão do FGTS e R$ 180 milhões do Tesouro Nacional) e os demais R$ 2,4 bilhões em financiamentos do FGTS. Até 2018, o governo federal pretende contratar 600 mil casas e apartamentos em todas as faixas do Programa. Para as faixas 2 e 3, estão previstas 320 mil unidades habitacionais. As demais serão para faixa 1,5. NC
Foto: Caixa
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GESTÃO
Foto: Divulgação
Operação Tijolo Legal do Ipem/RN notifica 27 estabelecimentos Fonte: IPEM
O Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem/RN) realizou a Operação Tijolo Legal, uma parceria entre o órgão com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), e o Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha para a Construção do RN (Sindicer). O objetivo era estabelecer as condições dos componentes cerâmicos para alvenaria a serem comercializado, bem como a metodologia para a determinação da dimensão efetiva dos mesmos, visando à prevenção de práticas enganosas de comércio. Os fiscais do Ipem/RN fizeram uma reciclagem técnica para atuarem na fiscalização. Nos meses de junho e julho o Instituto e o Sindicer realizaram uma conscientização com a finalidade de orientar as indústrias de cerâmicas a rea-
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lizarem ensaios técnicos com os seus produtos, para que os revendedores e distribuidores tenham a garantia de que estão vendendo tijolos certificados. A economia chega a ser de 14% para o consumidor que compra tijolos e telhas de acordo com os padrões específicos exigidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e as portarias do INMETRO nº 558/2013 para blocos cerâmicos (tijolos) e nº 005/2013 (telhas). Dos 37 estabelecimentos visitados, 27 apresentaram irregularidades, sendo 5 cerâmicas e 22 comércios. Para dúvidas e reclamações a Ouvidoria do Ipem-RN pode ser acionada através do 0800281-4054, ou pelo e-mail: ouvidoria-ipem@ rn.gov.br. Já os acidentes de consumo podem ser relatados no Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac), no endereço: www.inmetro.gov.br/sinmac. NC
ARQUITETURA CERÂMICA
Foto: Diliff
A cerâmica vermelha em uma das 7 maravilhas do mundo Coliseu (em italiano: Colosseo), também conhecido como Anfiteatro Flaviano (em latim: Amphitheatrum Flavium; em italiano: Anfiteatro Flavio), é um anfiteatro oval localizado no centro da cidade de Roma, capital da Itália. Construído com tijolos maciços cerâmicos, concreto e areia, é o maior anfiteatro já construído e está situado a leste do Fórum Romano. A construção começou sob o governo do imperador Vespasiano em 72 d.C. e foi concluída em 80, sob o regime do seu sucessor e herdeiro, Tito. Outras modificações foram feitas durante o reinado de Domiciano (81-96). Estes três imperadores são conhecidos como a dinastia flaviana e o anfiteatro foi nomeado em latim desta maneira por sua associação com o nome da família (Flavius). O Coliseu poderia abrigar, estima-se, entre
Fonte: the-colosseo.net Wikipedia
A cerâmica vermelha se faz presente em uma das obras mais admiradas pela história da humanidade 50 mil e 80 mil espectadores, com uma audiência média de cerca de 65 mil pessoas. O edifício era usado para combates de gladiadores, espetáculos públicos, tais como simulações de batalhas marítimas (em um curto período de tempo como o hipogeu era inundado através de mecanismos de apoio), caças de animais selvagens, execuções de cristãos e judeus perseguidos por causa da sua fé, encena-
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ARQUITETURA CERÂMICA
ções de batalhas famosas e dramas baseados na mitologia clássica. O prédio deixou de ser usado para entretenimento na era medieval. Mais tarde foi reutilizado para vários fins, tais como habitação, oficinas, sede uma ordem religiosa, uma fortaleza, uma pedreira e um santuário cristão. Embora parcialmente arruinado por causa de danos causados por terremotos e saques, o Coliseu é ainda um símbolo da Roma Imperial. É uma das atrações turísticas mais populares da capital italiana.
de si mesmo. Vespasiano, fundador da dinastia Flaviana, decidiu aumentar o moral e autoestima dos cidadãos romanos e também cativá-los com uma política de pão e circo, demolindo o palácio de Nero e construindo uma arena permanente para espetáculos de gladiadores, execuções de cristãos e judeus com suas famílias e outros entretenimentos de massas. Vespasiano começou a sua própria remodelação do lugar entre os anos 70 e 72, possivelmente financiada com os tesouros conseguidos depois da vitória romana na Grande Revolta Ju18
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Construção A construção começou sob ordem de Vespasiano numa área que se encontrava no fundo de um vale entre as colinas de Célio, Esquilino e Palatino. O lugar fora devastado pelo Grande incêndio de Roma do ano 64, durante a época de governo do imperador Nero, e mais tarde havia sido reurbanizado para o prazer pessoal do imperador com a construção de um enorme lago artificial, da Casa Dourada (em latim: Domus Aurea), situada num complexo de uma villa, e de uma colossal estátua
daica, no ano 70. Drenou-se o lago e o lugar foi designado para o Coliseu. Reclamando a terra da qual Nero se apropriou para o seu anfiteatro, Vespasiano conseguiu dois objetivos: Por um lado realizava um gesto muito popular e por outro colocava um símbolo do seu poder no coração da cidade. Mais tarde foram construídos uma escola de gladiadores e outros edifícios de apoio dentro das antigas terras da Casa Dourada, a maior parte da qual havia sido derrubada. Vespasiano morreu mesmo antes do Coliseu ser concluído. O edifício tinha alcançado
Jogos inaugurais Os jogos inaugurais do Coliseu tiveram lugar no ano 80, sob o mandato do imperador
Arquitetura e público O Coliseu, não estava inserido numa zona de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a maioria dos teatros e anfiteatros romanos. Em vez disso, possuía um "anel" artificial de rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta substrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada dos espectadores. Tal como foi referido anteriormente, possuía três pisos, sendo mais tarde adicionado outro.
Tito, para celebrar a finalização da construção. Depois do curto reinado de Tito começar com vários meses de desastres, incluindo a erupção do Vesúvio de 79, um incêndio em Roma em 64 e um surto de "peste", o mesmo imperador inaugurou o edifício com jogos pródigos que duraram mais de cem dias, talvez para tentar apaziguar o público romano e os deuses. Nesses jogos de cem dias teriam ocorrido combates de gladiadores, venationes (batalhas entre gladiadores e animais selvagens), execuções, batalhas navais, caçadas e outros divertimentos numa escala sem precedentes.
O edifício é construído em mármore, pedra travertina, tijolos maciços de cerâmica vermelha e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros. A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao facto de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço. A arena mede 87,5 metros por 55 metros
ARQUITETURA CERÂMICA
o terceiro piso e Tito foi capaz de terminar a construção tanto do Coliseu como dos banhos públicos adjacentes (que são conhecidos como as Termas de Tito) apenas um ano depois da morte de Vespasiano. A grandeza deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios.
Foto: Vitold Muratov/Wikipedia
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ARQUITETURA CERÂMICA
e possuía um piso de madeira, normalmente coberto de areia para absorver o sangue dos combates (certa vez foi colocada água na representação de uma batalha naval), sob o qual existia um nível subterrâneo com celas e jaulas que tinham acessos diretos para a arena. Alguns detalhes dessa construção, como a cobertura removível que poupava os espectadores do sol, são bastante interessantes, e mostram o refinamento atingido pelos construtores romanos. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos abóbadas, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à engenharia de estruturas. Esses
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arcos são de concreto em cimento natural revestidos por alvenaria de cerâmica vermelha. Na verdade, a alvenaria era construída simultaneamente e já servia de forma para a concretagem. Os assentos eram em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o pódio, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. O pulvinar, a tribuna imperial, encontrava-se situada no pódio e era balizada pelos assentos reservados aos
No detalhe, tijolos maciços que fazem parte de toda a obra
ARQUITETURA CERÂMICA
paganda e difusão da filosofia da civilização romana. Hoje, trata-se da maior atração turística da cidade de Roma. Encontra-se, atualmente, em ruínas decorrentes de terremotos e pilhagens, mas ainda é o grande símbolo do Império Romano. Declarado como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, está passando por um intenso processo de restauração e é um dos melhores exemplos da engenharia e da arquitetura romana. NC
O diretor da NovaCer, Geraldo Salvador Júnior, durante a gravação de uma matéria no Coliseu para o canal da revista no Youtube. Assista na íntegra em: www.youtube.com/RevistaNovaCer
Foto: History Channel
senadores e magistrados. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde era possível visualizar o espetáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro. Por muito tempo, o Coliseu serviu de pro-
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D E S E N VO LV I M E N T O
R$ 500 milhões para reforma de imóveis do MCMV Por: Fiesp/Ciesp
O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, destacou durante reunião com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, a importância de evitar o desperdício de recursos públicos. “Os governos querem aumentar impostos para cobrir os rombos”, declarou Skaf após ouvir o relado de Araújo sobre problemas que ele encontrou ao assumir a pasta. Skaf disse que é preciso apertar o cinto e defendeu a aprovação da PEC 241, que limita o aumento das despesas públicas à inflação do ano anterior. “Ela vai abrir caminho para a reforma da Previdência, para a queda de juros e para a recuperação da economia”, afirmou Skaf. “É uma PEC estadista”, disse, lembrando que o governo está propondo limitar seus próprios gastos. “Quem está pensando no Brasil não pode rejeitar um limite para os gastos.” A pedido de Skaf, Araújo designou um interlocutor no Ministério das Cidades para a Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
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Fiesp e outras entidades ligadas à construção. Em sua apresentação, o ministro disse que sua primeira decisão foi recompor a relação de credibilidade entre a pasta e o setor privado. Agora o Ministério das Cidades não deve nem um real a nenhuma construtora, ressaltou. Recuperada a credibilidade, começou o aprimoramento. Araújo disse que pensa em todas as formas de melhorar o Minha Casa Minha Vida. “O programa tem que entrar numa fase de humanização”, disse, exemplificando com o acréscimo de paisagismo nos projetos. O Minha Casa Minha Vida passou a ser visto como um programa de Estado e precisa ser aprimorado, explicou Araújo, que anunciou que em 25 de outubro será assinada pelo presidente Michel Temer medida provisória para criar o cartão-reforma, que permitirá tratar de adensamentos urbanos com nível de precariedade de construção. Os moradores das áreas definidas por Estados e municípios receberão o cartão. Inclui assistência técnica de arquitetos, engenheiros e outros profissionais, para a requalificação dessas áreas. “É um projeto barato quando se considera o benefício para a população”, afirmou. Serão R$ 500 milhões no primeiro ano, com R$ 5.000, em média, por tomador, num processo de aprendizado. Araújo espera que, como vai ser usado diretamente pela população, seja eficiente. Araújo disse que se reunirá com a CEF para criar campanha para reduzir a inadimplência na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, que está na faixa de 25%. Falou sobre novas sugestões a levar para o BNDES sobre melhoras na regulação e que darão mais segurança na concessão de crédito para investimento no saneamento básico. Em sua opinião, haverá impulso para o saneamento, a partir de um modelo que dê resultado. Araújo revelou também que está em estudo nova legislação fundiária, que permitirá enfrentar de forma mais rápida e barata uma questão de grande interesse social.
CONSTRUÇÃO CIVIL Foto: Divulgação
Habitação popular terá R$ 58,5 bilhões do FGTS O setor de Construção Civil do país vai receber injeção de R$ 63,5 bilhões no próximo ano. Os recursos investidos sairão do FGTS e boa parte será destinada à habitação popular que terá R$ 58,5 bilhões. Do total, R$ 48,5 bilhões vão ser direcionados somente para o programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com o Ministério do Trabalho, os investimentos vão beneficiar 556 mil famílias de baixa renda na compra da casa própria. Também, conforme a pasta, servirão para gerar ou manter 2,5 milhões de empregos na indústria da construção. Outros R$ 9 bilhões dos recursos do fundo foram reservados para subsidiar a compra da casa própria por famílias de baixa renda, por meio de descontos — beneficiando cerca de 506 mil contratos. Já o Pró-Cotista, que ofere-
R$ 48,5 bilhões vão ser direcionados para o MCMV em 2017
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CONSTRUÇÃO CIVIL
ce taxas de juros menores, será direcionado aos detentores de conta vinculada, o valor alcança R$ 5 bilhões. Os recursos do orçamento do FGTS servirão para gerar ou manter 2,5 milhões de empregos na construção As verbas virão do orçamento do fundo que foi aprovado ontem pelo Conselho Curador para o ano que vem. O total a ser investido será de R$ 87 bilhões na economia do país. De acordo com conselho, intervenções em mobilidade urbana receberão cerca de R$ 14 bilhões e mais R$9,5 bilhões serão investidos em obras de saneamento básico em 2017. O orçamento aprovado é 17% menor do que o de 2016, que era de R$ 104,7 bilhões. Inicialmente, o de 2016 era de R$ 83,6 bilhões, mas em fevereiro esse valor foi elevado em R$ 21,7 bilhões. O Conselho Curador do FGTS também aprovou o orçamento para os próximos quatro anos. Serão investidos do FGTS um total de R$ 331 bilhões na economia até 2020. Além dos R$87 para o próximo ano, foram aprovados R$ 81,5 bilhões em 2018, R$ 81,75 bilhões em 2019 e R$ 80,75 bilhões em 2020.
Foto: Divulgação
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Serão destinados R$ 5 bilhões para imóveis novos Para linha pró-cotista, cerca de 60% dos R$ 9 bilhões destinados a baixa renda — o equivalente a R$ 5 bilhões — vão financiar imóveis novos. O dinheiro que será liberado também obedece a uma distribuição conforme o valor máximo da casa própria: R$ 8,3 bilhões vão para a compra de imóveis avaliados em até R$500 mil. Mais R$ 1,2 bilhão vai financiar imóveis cujo valor de venda esteja limitado a R$ 650 mil em todo o país. Há exceção para os estados de Minas Gerais, Rio e São Paulo e para o Distrito Federal, onde os valores de venda dos imóveis pode chegar a R$ 750 mil. NC
O Brasil precisará qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico e de qualificação até 2020. O Mapa do Trabalho Industrial 20172020, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é uma projeção sobre as necessidades de qualificação do trabalhador da indústria para o período. Segundo o estudo, será necessário formar 625,4 mil profissionais no ensino superior, mas as maiores demandas serão por formação de técnicos e qualificação técnica, somando 5,1 milhões de trabalhadores. Outros 7,1 milhões deverão ter qualificações básicas. Os setores que mais vão demandar formação profissional serão: construção (3,8 milhões de trabalhadores); meio ambiente e produção (2,4 milhões); metal/mecânica (1,7 milhão); e alimentos (1,2 milhão). Vestuário e calçados; tecnologias de informação e comunicação; energia; veículos; petroquímica e química; madeira e móveis; papel e gráfica; mineração; pesquisa, desenvolvimento e design estão entre os outros setores com grande demanda. Para o diretor-geral do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, o Brasil precisa de um modelo de educação que favoreça o desenvolvimento econômico e social, a exemplo do que é feito em países desenvolvidos. “Temos um grave problema na matriz educacional brasileira. O ensino médio brasileiro está indo no caminho errado e vale fazer essa reflexão”, disse, defendendo a reformulação do ensino médio que está em discussão no Brasil. A proposta de reestruturação do ensino médio possibilitará que o aluno escolha diferentes trilhas de formação e formação técnica.
Por: Andreia Verdélio Agência Brasil
“No Brasil, apenas 12% da população adulta têm ensino superior e é importante enxergarmos a formação profissional como um caminho importante para a inserção no mercado e para manter a empregabilidade das pessoas que têm acesso à requalificação”, disse Lucchesi. Segundo a CNI, em países como a Áustria, por exemplo, 76,8% dos jovens procuram a educação profissional. O diretor-geral do Senai conta que lá, três vezes mais jovens cursam a universidade e isso não impede que haja um elevado número de jovens na educação profissional. Na Alemanha, 51,5% dos jovens fazem educação profissional e na França, 44,3%. “A reforma vai na direção correta do que os principais países, desenvolvidos e emergentes têm feito com um sistema de ensino médio mais diversificado e flexível. Isso melhora a qualidade da educação, o nível de engajamento do jovem nessa atividade e o resultado final”, disse. A maior necessidade por profissionais capacitados em ocupações industriais se concentra no Sudeste, Sul e Nordeste, alinhada com a participação dessas regiões no Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país). A demanda por formação até 2020 inclui a requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado de trabalho. Segundo Lucchesi, 28% são empregos novos e 72% são demandas por aperfeiçoamento e requalificação.
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D E S E N VO LV I M E N T O
Indústria precisa qualificar 13 milhões de trabalhadores até 2020, diz pesquisa
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Imagem: Google Maps
África do Norte: Construção e Investimentos para reativar a economia Por: Paola Giacomini Brick World
A região do Magrebe, se apresenta como um potencial internacional para a indústria cerâmica Em 2015, a região do Norte de África, conhecida como Magrebe, viu o seu crescimento econômico voltar aos níveis de 2010 em 3,9% (excluindo a Líbia). No período 2011-2014 o crescimento médio anual foi de 2,5%. Do Marrocos ao Egito, todos os países da região estão dispostos a adotar medidas que fomentem o
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desenvolvimento econômico sustentável, especialmente devido ao forte impacto negativo da queda das matérias-primas e dos preços do petróleo e ao declínio do turismo. Todos os países da região lançaram programas de investimento público voltados principalmente para os setores de transporte e habitação social, com o objetivo de atender à necessidade crônica de infra-estrutura e à escassez de habitação há muito tempo para os segmentos menos abastados da população. É óbvio que o sucesso dos vários programas de estímulo econômico depende de encontrar uma solução para a instabilidade política e questões de segurança, os principais obstáculos à prosperidade da região.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Cidade de Argel, Capital da Argélia
Foto: Wikipedia
Argélia O setor da construção na Argélia continua a ser dinâmico apesar do impacto da queda significativa nos preços globais do petróleo, com o governo que continuar a apoiar os principais projetos de infra-estruturas. Um novo plano de investimento quinquenal para o período de 2015-2019, no valor de 233,7 bilhões de euros, foi aprovado pelo governo no final de 2014, na sequência dos 255,1 bilhões de euros atribuídos em 2010-2014 e de 178,4 bilhões de euros em 2005-2009. Os compromissos de despesa serão mantidos para os principais projetos de habitação, energia e água, bem como para os setores de educação, saúde e transportes (estradas, portos e aeroportos). O objetivo é diversificar a economia dependente do petróleo e apoiar a indústria da construção, setor que em 2014 representou 10,2% do PIB do país (+ 6,8%). As menores receitas petrolíferas obrigaram o governo a congelar todos os projetos que ainda tinham de ser lançados nos setores da educação, da saúde e dos transportes e a
reduzir o orçamento de 2016 em 9%. Por este motivo, as previsões de crescimento no setor da construção foram revistas em baixa. Os analistas do país estão prevendo crescimento abaixo de 2,9% em 2016, seguido por uma média anual de 4,8% até 2025.
Construção de moradias e novas cidades Nos últimos anos, o desenvolvimento de infra-estruturas tem-se concentrado na satisfação das crescentes exigências da região costeira densamente povoada (que representa apenas 4% do território nacional total, mas alberga 64% da população do país de 39,5 milhões) e descongestionar esta área estendendo o desenvolvimento a outras áreas do país. Isto envolveu a construção de grandes linhas rodoviárias e ferroviárias norte-sul e o desenvolvimento de novas zonas industriais e novas
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cidades ao longo destes eixos de transporte. Em sintonia com a crescente demanda por imóveis residenciais, shopping centers, hotéis e resorts de luxo para o segmento médio-alto do mercado (fenômeno que tem levado à proliferação de empresas locais de construção), a demanda de moradias de baixo custo para a faixa etária da população residente continua forte. Enquanto 2,4 milhões de novas habitações foram construídas desde 1999, o déficit total ainda é estimado em 1,2 milhões de casas. No segmento de habitação a preços acessíveis, o governo comprometeu 58 bilhões de euros para construir 1,6 milhões de novas casas até 2019. Tendo em conta as 650 mil unidades que ainda estavam a ser construídas no âmbito do anterior plano quinquenal, isto resulta num total de 2,2 milhões de unidades habitacionais. A entrega destes volumes de novas habitações em tão pouco tempo é um verdadeiro desafio, razão pela qual o governo recorreu a empreiteiros estrangeiros (principalmente da China e da Turquia) para ajudar as empresas do setor público local (o baixo preço oferecido para os contratos públicos de habitação significa que existe pouco interesse por parte dos promotores argelinos da propriedade privada). Grande parte do novo parque habitacional do governo está sendo construído dentro e ao redor das principais cidades ou em novas cidades destinadas a aliviar a pressão sobre os centros urbanos existentes. Quatro novas cidades estão previstas em Boughezoul (perto de Ain Oussera), Bouinan (perto de Blida) e Sidi Abdellah (nos subúrbios de Argel, nas alturas de Zeralda). Mais ao sul, o desenvolvimento de Naama, capital da província Eponymous, foi contratado a empresa francesa EGIS Internacional. Em agosto de 2015, as empresas árabes que foram con-
Bandeira da República Argelina Democrática
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tratadas, com sede no Egito, informaram que estão construindo três novas cidades, que deverão fornecer 4.500 unidades habitacionais, enquanto que em maio foi assinado um contrato com uma empresa turca para a construção de 5.000 unidades sob o programa de aluguel. Infelizmente, o programa de construção de moradias sociais do governo pode não ter infra-estrutura de acompanhamento, como conexões de transporte, escolas e instalações de lazer.
Apoio à indústria de materiais de construção Para apoiar a indústria local e reduzir a conta de importação de materiais de construção, desde o final de 2014 o governo exigiu que os desenvolvedores de imóveis que trabalham em projetos financiados pelo Estado usem materiais de construção produzidos no país. Esta medida teve um impacto imediato. Considerando que em 2014 as importações de material de construção aumentaram 6,4% em 2013 para € 3,26 bilhões, no primeiro semestre de 2015 as importações diminuíram 30% ano a ano (de € 1.9 mil milhões para € 1.3 mil milhões). A maior queda nas importações foi no setor de produtos cerâmicos (-46%), seguido de ferro e aço (-34%) e madeira (-29%). Para aumentar a capacidade de produção local e, ao mesmo tempo, melhorar a sustentabilidade ambiental dos processos e produtos, se prevê um aumento anual de cerca de 6,5% nas importações de máquinas para os setores siderúrgico e cerâmico, a maioria proveniente da Itália, porém deixando uma excelente oportunidade para países fabricantes de máquinas e equipamentos para cerâmica vermelha, como o Brasil, por exemplo.
Bandeira da Líbia
Marrocos
O Marrocos é a quinta maior economia da África, com uma taxa média anual de crescimento do PIB de cerca de 5% desde o ano 2000, embora tenha desacelerado em 2015 (+4,4%) e em 2016 (+3% segundo o Ministério das Finanças). O setor de serviços representa mais de 50% do PIB e a indústria (mineração, construção e fabricação) 25% a mais. No período de cinco anos de 2015 a 2019, a indústria da construção será impulsionada por investimentos públicos em infra-estrutura (transportes, turismo, energia) e em edifícios residenciais destinados a enfrentar a escassez de habitação no país. Os projetos lançados pelo governo incluem a Vision 2020 para o setor do turismo, a Rawaj Vision 2020 para atividades comerciais e o Projecto Marroquino de Energia Solar para modernizar a entrega de energia através da utilização da energia solar. Os efeitos positivos para a indústria da
Líbia
Os investidores são cautelosos em entrar ou re-entrar no mercado líbio, devido à situação de segurança extremamente pobres associadas à instabilidade política e violência generalizada. Um grau de estabilidade foi restaurado para a indústria após uma contração severa em 2015 (-25%). O IMC prevê um crescimento real de 12% em 2016, uma média anual de 5,6% nos próximos cinco anos e de 4,9% nos próximos dez anos. O crescimento decorrerá principalmente da atividade nos setores de transporte e energia e de serviços públicos,
Foto: Kukly Bratc
construção resultarão no crescimento em termos reais durante o período de 2015-2019 a uma taxa composta de crescimento anual de 4,37%, em comparação com 2,25% no período 2010-2014. O IMC prevê que o setor de construção de Marrocos cresça 4,8% ano-a-ano em 2016 (após quatro trimestres de estabilidade substancial) e em média anual de 3,5% nos períodos de 5 e 10 anos.
Cidade de Casablanca, a maior de Marrocos.
enquanto as perspectivas para os setores residencial e não residencial permanecerão sombrias.
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Cidade de Rabat, capital de Marrocos
Bandeira do Reino de Marrocos.
Cidade de Trípoli, capital da Líbia.
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Tunísia
Bandeira da República Tunisina
A indústria da construção tunisina está emergindo de cinco anos de crescimento muito modesto. Em termos reais, o valor da produção da indústria aumentou a uma taxa composta de crescimento anual de apenas 0,30% no período 2011-2015, devido ao impacto da transição política na confiança dos investidores. Mas com a melhoria das condições econômicas e a adoção de uma nova constituição em 2014, o crescimento da indústria está previsto para subir para uma média anual de 1,54% ao longo do período 20162020. O crescimento da indústria será impulsionado pelo investimento em construção de infra-estrutura, projetos de habitação, saúde, educação construção e indústria. A Tunísia se beneficia de um mercado imobiliário forte. De acordo com o Centro de Financiamento da Habitação Acessível em África (CAHF), o setor residencial responde por cerca de 6,6% do PIB e gera cerca de 3% das receitas do governo. Os empregos relacionados com a construção representaram 13,5% do emprego total em 2014. Embora a oferta de habitação seja sóli-
da e os níveis de propriedade de casa sejam relativamente elevados (79,2%), a acessibilidade tornou-se um problema crescente para muitos tunisianos que foram afetados pelo crescimento econômico mais lento (que caiu de 2,3% em 2014 para 1% em 2015 em comparação com uma média anual de 4,4% entre 2000 e 2010) e o aumento da inflação para 4,1%. Os aumentos de material de construção e os custos de mão-de-obra elevaram os preços da habitação para entre 266 e 399 € / m2, em comparação com 177 € / m² em 2011. Para resolver o problema, o governo anunciou planos de construir entre 6.000 e 10.000 novas unidades de habitação social a cada ano a partir de 2016. A agência imobiliária estatal SNIT colocou 1.500 unidades destinadas a compradores de classe média para venda em toda a Grande Túnis, Nabeul e Zaghouan, com preços entre € 31.000 e € 44.300, e os planos para lançar mais 654 unidades no mercado em 2016 em Sidi Hassine, Batan, Ben Arous, Tunisi e Ksar Said.
Foto: Wikipedia
Cidade de Túnis, capital da Tunísia
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Foto: Bogometer
Egito O PIB do Egito cresceu 4,2% em 2015 (acima de 2,2% em 2014), marcando o primeiro ano de retorno aos níveis de crescimento anteriores a 2011, o ano da Primavera Árabe, embora se espera que desacelere novamente em 2016, entre 3,5% e 3,8%. O desenvolvimento do país está sendo prejudicado por fraquezas contínuas, incluindo um declínio no investimento estrangeiro e turismo (-15% em 2015 em relação a 2014), aumento da inflação (10,6%) e desemprego que subiu para 17%. No entanto, as previsões da BMI Research para a indústria da construção civil continuam positivas, com um crescimento esperado de 8% para 2016, impulsionado principalmente pelos investimentos em construção residencial e infra-estrutura. O governo egípcio anunciou recentemente que vai licitar 12 parcerias público-privadas no valor de US $ 4 bilhões em 2016, principalmente nos setores de infra-estrutura de transporte e energia. Investimentos em turismo e construção comercial estão em maior risco. Os edifícios residenciais oferecem boas oportunidades em todos os segmentos de mercado. A demanda por moradias de luxo permanece estável, com o imobiliário visto como um refúgio seguro contra a alta inflação e a depreciação da libra egípcia (queda de 25% em relação ao dólar desde 2011 e queda de 7,7% desde 2014). De acordo com a consultoria imobiliária JLL, cerca de 18.000 unidades residenciais prime devem ser entregues apenas no Cairo em 2016 e 2017. Devido à demografia subjacente (mais de metade dos quase 90 milhões de habitantes têm menos de 25 anos), o déficit habitacional está crescendo cada vez pior de ano para ano e já atingiu 3 milhões de unidades. Para atender a demanda de novas famílias sozinhas (cerca de 800 mil casamentos ocorrem anualmente), mais de meio milhão de unidades são necessárias a cada ano, principalmente nos segmentos de baixa
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Cidade do Cairo, capital do Egito
e média renda. Em comparação, a oferta aumentou nos últimos anos, mas ainda está em apenas 300.000 a 500.000 unidades, apenas uma pequena parte dos quais são entregues por desenvolvedores privados. A prioridade do governo e do seu Ministério da Habitação é intensificar o programa de habitação social e ao mesmo tempo procurar atrair investidores privados para a participação em parcerias público-privadas. O ministro da Habitação Mostafa Madbouly anunciou que o governo mais do que duplicou o orçamento para habitação social este ano, alocando 28 bilhões de EGP (cerca de US$ 3 bilhões) para o ano fiscal de 2015/2016 e que pretende completar 700.000 unidades residenciais até 2017 / 2018. O governo também alocou mais 55 bilhões de EGP (cerca de US $ 6 bilhões) para projetos de reestruturação. As parcerias oferecidas a empresas privadas incluem a construção de mais 59 novas cidades urbanas até o final de 2017. Os locais de destino incluem Nova Alamein, Novo Cairo, Sheikh Zayed, 6 de Outubro, Sadat, Nova Damiette, Al Shorouk, Nova Assuão, Nova Tushka e East Port Said. Projetos de construção residencial e comercial em 27 novas cidades já construídas em todo o Egito e até à data atraiu cerca de US $ 45 bilhões (EGP 400 bilhões) de investimentos privados. Um dos maiores projetos é um investimento proposto de US $ 40 bilhões com a Arabtec, uma empresa sediada nos Emirados Árabes Unidos, para construir 1 milhão de novas unidades habitacionais para cidadãos de baixa renda, com conclusão prevista para 2020. Prevê-se que a construção global criará um total de 1 milhão de novos empregos. Atualmente, o setor de construção e desenvolvimento representa 20% do PIB nacional. O valor do setor imobiliário deverá crescer 70%, de US $ 7,2 bilhões em 2012 para US $ 12 bilhões até 2020. NC
Bandeira da República Árabe do Egito
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