Artigo técnico especial com o Engenheiro Cerâmico, Bruno Frasson
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Ano 7 ● Novembro/2016 ● Edição 79
RECUPERAÇÃO Indústria italiana de máquinas para cerâmica vermelha vê crescimento importante nas vendas
Universidade italiana utiliza 450 mil tijolos
CNI realiza a Sondagem da Indústria da Construção
Natel Moraes participa do lançamento do Construcard
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SUMÁRIO
CRESCIMENTO
09: As vendas de máquinas e
equipamentos italianos cresceram 38,4%. Tudo foi registrado nos mínimos detalhes.
EDITORIAL
DESENVOLVIMENTO
ARQUITETURA CERÂMICA GESTÃO
08: Carta ao Ceramista
12: Presidente da Anicer, Natel Moraes, participa do lançamento do Construcard
13: Universidade biomédica utiliza 450 mil tijolos em nova sede na Itália
Diretor Geraldo Salvador Junior
Diagramação & Arte Geraldo Salvador Júnior
Comercial Moara Espindola Salvador
Redação Geraldo Salvador Júnior
Administrativo Financeiro Moara Espindola Salvador
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Jornalista Responsável Geraldo Salvador Júnior SC05864-JP
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15: CNI divulga o Índice de Confiança do Empresário Industrial
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Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
Professor Edgard Mas
Mestre em Enganharia de Materiais Sócio-Diretor do Centro de Estudos Cerâmicos na Internet: www.ceconline.com
ARTIGO TÉCNICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
18: Patologias associadas à excessiva absorção d'água de blocos cerâmicos
21: Sondagem da indústria da construção civil é elaborada pelas Federações das Indústrias
SUMÁRIO
"A NovaCer é a maior biblioteca de conhecimento cerâmico em forma de revista mensal. Também é a maior vitrine tecnológica do mercado cerâmico brasileiro!"
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista Bom, chegamos à penúltima edição deste ano que foi um verdadeiro desafio para as nossas cerâmicas. O que podemos aprender com tanta dificuldade que o nosso país está enfrentando? Na minha humilde opinião, o aprendizado deste ano de 2016 foi: nas maiores dificuldades é preciso ter coragem para lutar e fé para conquistar! Eu fui pessoalmente à Itália na Associação Italiana de Fabricantes de Máquinas e Equipamentos, a Acimac, e trouxe uma informação importantíssima: o balanço anual das vendas de máquinas e equipamentos do ano de 2015. Os detalhes são impressionantes! É um verdadeiro exemplo a ser seguido por nós brasileiros. Na editoria sobre arquitetura cerâmica, apresentaremos à você um artigo fantástico sobre uma obra prima da cerâmica vermelha: “The Flower of Botta”. São 450.000 tijolos maciços encomendados pela Universidade de Padova na Itália para a construção da sua nova sede de biomedicina. O presidente da Anicer, Natel Moraes, este-
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ve presente no lançamento do Construcard, um cartão para financiamento de materiais de construção, juntamente com o presidente do Brasil, Michel Temer. Veja também, o Índice de Confiança dos Empresários Industriais deste ano, o ICEI. No Artigo Técnico Especial, o Engenheiro Cerâmico, Bruno Frasson, nos apresenta um trabalho sobre as patologias associadas à excessiva absorção d’água de blocos cerâmicos. E você verá também a Sondagem Industrial da Construção Civil. Todos os dados levantados em cada detalhe, informações importantes para o próximo ano. Estarei na torcida para que você absorva as informação de ouro contidas na edição deste mês. Boa Leitura! Geraldo Salvador Júnior Diretor
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Foto: Acimac
Crescimento de 38,4% nas vendas de máquinas italianas Após uma forte retração em 2014 (-15,3%), a indústria italiana de máquinas para cerâmica vermelha teve uma forte recuperação em 2015, fechando o ano com um crescimento de 38,4%, de 112,8 para 156,1 milhões de euros. De acordo com o 24º Inquérito Estatístico Nacional da Acimac, este crescimento foi impulsionado pelas vendas no exterior, que geraram um volume de negócios de 139,6 milhões de euros (+ 42,9%), 89,4% das receitas totais do setor. O mercado italiano também registou uma tendência de crescimento positiva pelo segundo ano consecutivo, com vendas de 16,5 milhões de euros (+ 9,3% que em 2014).
Fonte: Acimac, Itália
O ano de 2015 apresentou uma mudança positiva nas vendas de máquinas italianas para cerâmica vermelha para os próximos anos
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Quase todos os mercados internacionais viram crescimento nas vendas, com excessão do Brasil. Mais uma vez o norte de África confirmou a sua posição como a principal área de exportação, com vendas de 72,9 milhões de euros, 43,1% acima do ano anterior (52,2% das exportações totais). Após as dificuldades encontradas em 2014 (-53%), as vendas no Oriente Médio subiram para 19 milhões de euros (+ 151,8%), atingindo o segundo lugar nos rankings de exportação. As vendas na
União Europeia também subiram de 10 para 15,3 milhões de euros (+ 52,8%), assim como os países Europeus que não fazem parte da União Europeia, com vendas de 13 milhões de euros (+ 9%). A América do Sul, quarta maior área de exportação de máquinas italianas, com uma participação de 10,5%, registrou crescimento de 34,1%, atingindo 14,6 milhões de euros. Isso contrasta com a queda nas vendas na América do Norte (-4,3%), na China (-64,8%) e na Ásia (-9,4%).
Fonte: Acimac, Itália
Tipos de máquinas O ano de 2015 registou uma forte recuperação nas vendas de todos os tipos de máquinas para cerâmica vermelha, com exceção das instalações de preparação, embalagem e paletização, que diminuiram 44,9% (de 5,5 para 3 milhões de euros). Os sistemas de armazenamento e transportes de matérias primas registaram o maior desempenho em termos de volume de negócios, com cerca de 36 milhões de euros (+ 39,8%), seguidos de máquinas de preparação de massas em 31,5 milhões de euros (+ 75,1%) e equipamentos de moldes e extrusão em 25,5 milhões de euros (+ 16,4% ). Os sistemas de queima e fornos registaram um desempenho excelente, tendo o volume de negócios mais do que dobrado, de 9,8 para 21,5 milhões de euros (+ 118,5%).
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Verificou-se também um crescimento das vendas de moldes e matrizes de extrusão (16,5 milhões de euros, + 15,8%) e sistemas para vidros (15 milhões de euros, + 27,3%). A maior parte das unidades vendidas para a Itália consistiu em instalações de armazenagem e transporte de matéria prima (+ 157,9% a 5,9 milhões de euros, 36,1% do volume de negócios total gerado na Itália), seguida de moldes e matrizes (3,2 milhões de euros, 11,7% Milhões de euros, -45,6%). Também se obtiveram fortes desempenhos nas exportações (30,2 milhões de euros, +28,2), máquinas de preparação de argilas (29,6 milhões de euros, + 79,1%) e tecnologias de moldagem e extrusão (23 milhões de euros, + 40,1%).
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Fonte: Acimac, Itália
A indústria italiana de máquinas para cerâmica vermelha, ou estrutural, é um dos seis setores que compõem a indústria italiana de máquinas cerâmicas representada pela Acimac (os outros são máquinas para telhas, louças sanitárias, louças, refratários e cerâmicas diversas). A contribuição do setor de máquinas de argila pesada para o volume de negócios total da indústria aumentou para 7,9% em 2015 (6,1% em 2014), em comparação com a de 82,5% das vendas de máquinas de fabricas de telhas (1.635,6 milhões de euros, 6,1% acima de 2014).
Em termos globais, a indústria italiana de máquinas e equipamentos cerâmicos fechou 2015, com um volume de negócios recorde de 1.982,8 milhões de euros (+ 8% em 2014), 2,3 pontos percentuais acima do pico de 2007. As exportações representaram 76,8% das receitas totais. 1.522 milhões de euros (+ 9,1% em 2014). As vendas internas italianas permaneceram positivas pelo terceiro ano, atingindo 460,8 milhões de euros (+ 4,3% em relação a 2014). NC
Fonte: Acimac, Itália NovaCer • Ano 7 • Novembro • Edição 79
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D E S E N VO LV I M E N T O
Presidente da Anicer participa do lançamento do Construcard O governo federal lançou o cartão Construcard no dia 24 de novembro, uma linha de crédito R$ 7 bilhões destinada à aquisição de material de construção. O presidente da Anicer, Natel Moraes, participou da cerimônia conduzida pelo presidente Michel Temer, na presença do ministro das Cidades, Bruno Araújo, e outras autoridades. O Construcard é uma linha de financiamento a pessoas físicas para a construção, reforma ou ampliação de imóveis residenciais. A nova versão do cartão tem entre as novidades a possibilidade de aquisição de aparelhos de eficiência hídrica e energética, assim como equipamentos de reutilização de água e aquecimento solar. “O que temos em mente é incrementar a construção civil, a venda do material de construção. Porque, quando aumenta a venda de
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materiais de construção, aumenta o emprego na área dos materiais de construção. Isso significa a interação do empregador com o empregado, e portanto, o desenvolvimento do país”, afirmou Temer. O valor médio dos financiamentos é de R$ 14 mil por cliente e o limite varia conforme a capacidade de pagamento do consumidor. O cartão poderá ser utilizado em qualquer loja de material de construção, sendo que o usuário tem o prazo de dois a seis meses para comprar.O prazo para pagar do financiamento é de até 240 meses. Durante esse período, o consumidor paga apenas os juros dos valores que utilizar. Quatrocentos mil clientes já estão com limites de crédito pré-aprovados, segundo a Caixa Econômica Federal. Os financiamentos podem ser adquiridos em qualquer agência da Caixa. NC
ARQUITETURA CERÂMICA Foto: Divulgação
450.000 maciços para o projeto "A Flor de Botta" em Padova, Itália Um novo campus biomédico foi concluído na área anteriormente ocupada pela fábrica de bicicletas Rizzato em Pádua, Itália, fora do centro da cidade velha ao longo da estrada para Veneza. Proposto pela primeira vez pelo então chanceler Vincenzo Milanesi em 2007, o complexo de Faculdade de Biologia e Biomedicina é composto por docentes, pessoal administrativo e cerca de 3.000 alunos nos 14 módulos que frequentam os cursos de especialização em Medicina e Biologia. Em sua estrutura maciça e acima de tudo em tijolos expostos, "A flor de Botta", como o edifício vem sendo conhecido, exibe o estilo distintivo do arquiteto suíço Mario Botta. Com uma altura de 18,5 metros, o complexo tem uma estrutura de concreto armado e uma planta em forma de leque que inclui 18 salas de
Fonte: Brick World Review
Parcerias entre arquiteto e cerâmica são essenciais para projetos desta dimensão.
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aula, 25 laboratórios práticos e 2 laboratórios de informática. Os espaços são organizados em 5 pisos acima do solo, além de um porão com 2 salas de estudo e um parque de estacionamento de 100 lugares. Como em outras obras de Botta, a característica distintiva e unificadora do projeto é o revestimento de parede usado nas estruturas de apoio e enchimento. O número total de tijolos maciços, cantos e peças especiais equivale à impressionante soma de cerca de 450.000 unidades. Para o projeto foram escolhidos tijolos da linha de frente Clássico fornecidos pela San Marco Terreal Itália. Estes tijolos baseiam-se na tecnologia italiana do “barro macio e são particularmente adequados para a sua resistência às intempéries e inclusões calcárias, garantindo durabilidade sem necessidade de tratamentos de superfície. Estes tijolos têm um apelo fortemente tradicional. Moldados em tamanho padrão italiano (12x25x5,5cm), eles têm uma cor vermelha natural, obtida pela mistura de argilas de prestígio sem cores ou aditivos, e vem com um aca-
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bamento tradicional lixado. Os tijolos foram colocados utilizando uma argamassa pigmentada à base de cal hidráulica da mesma cor, com características (módulo elástico, coeficiente de expansão, baixo teor de sais solúveis suscetíveis à causar eflorescência superficial) que a tornam ideal para a instalação de produtos deste tipo. A cor especial dos tijolos foi desenvolvida como resultado da colaboração entre o arquiteto Botta e o laboratório da cerâmica San Marco Terreal Itália, que sempre combinou perícia com pesquisa experimental. Esta não é a primeira vez que o arquiteto suíço escolhe os produtos da empresa italiana para os seus projetos. As colaborações anteriores incluem o mesmo tipo de produtos para as paredes da Galleria Marconi em Vimercate (Milão, 2001), a igreja de Santa Maria Nuova em Terranova Bracciolini (Arezzo, 2010), um edifício multifuncional em Gallarate (Varese, 2010). ) E, acima de tudo, a "Cittadella delle istituzioni" (centro institucional) construída na antiga zona de Ceberiche Appiani em Treviso (2010). NC
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GESTÃO NC
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ARTIGO TÉCNICO
Patologias associadas à excessiva absorção d'água de blocos cerâmicos Trabalho elaborado pelo Engenheiro Cerâmico, Bruno Frasson.
Foto: Anicer
Empregar produtos em conformidade com as normas não só reduz o consumo de materiais, do desperdício e uniformiza a produção e melhoria da qualidade, como protegem a vida humana, saúde e segurança do usuário.
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Ainda que blocos cerâmicos apresentem elevada resistência mecânica e atendam aos requisitos dimensionais estabelecidos pela norma técnica, é de fundamental importância que a absorção de água (AA) permaneça nos limites estabelecidos pela norma técnica, uma vez que os blocos não conformes com elevada absorção de água e por consequência excessivamente porosos, tendem a reduzir a resistência à compressão das paredes da alvenaria. Este fenômeno ocorre devido à rápida redução da plasticidade da argamassa quando em contato com blocos de alta AA, causando um enxugamento da junta da argamassa, prejudicando a aderência e aumentando a fissuração da mesma, pois não haverá água suficiente para hidratação do cimento. Sofrem também um aumento de cargas quando expostas à chuva, podendo acarretar em patologias estruturais à construção. O seu efeito é comumente agravado quando se associa a um conjunto de mecanismos como a presença de sais, gerando criptoflorescências entre
• Aumento da umidade geral da edificação: formação de bolores e proliferação de fungos, expondo o usuário (habitante) a uma série de doenças; • Alteração de condições de habitabilidade (salubridade) e conforto; • Manchas e/ou degradação da tinta e dos revestimentos, rebocos e decoração com gesso; • Descolamento do reboco, revestimentos cerâmicos ou semelhantes; • Diminuição do desempenho térmico devido à concentração de água nos materiais da fachada, tornando a alvenaria mais permeável ao calor.
Criptoflorescência
ARTIGO TÉCNICO
a superfície externa do reboco e a camada de pintura e eflorescências nas superfícies das paredes. Em casas populares habitadas por moradores de baixa renda é comum que permanecem "cruas", ou seja, sem recobrimento que preserve suas paredes e, devido à exposição às chuvas, os problemas são ainda mais gritantes. As patologias podem ser amenizadas molhando as faces de assentamento dos blocos, porém geram outro problema: o maior consumo de água na construção, acarretando em maiores impactos ambientais. Além do exposto, este fenômeno tem ainda outras consequências, tais como:
Foto: Mundo da Tinta
Eflorescência
Foto: Mundo da Tinta
A impermeabilização em paredes com infiltrações e/ou umidade ascensional proveniente da alta AA na maioria dos casos é ineficaz. Este procedimento acaba limitando a capacidade de evaporação da água presente na parede, que é forçada a procurar outras zonas para atingir o exterior. O atendimento à norma de desempenho (ABNT NBR 15.575) também pode ser afetado pelo excesso de AA, com relação à estanqueidade de vedações verticais internas e externas, sejam de áreas molhadas ou molháveis. Por outro lado, blocos com baixo índice
de absorção fazem com que a argamassa não absorva a quantidade necessária de água da mesma, resultando em baixa aderência, pois tendem a “flutuar” sobre a argamassa, prejudicando ainda a resistência à flexão do elemento e, consequentemente, sua durabilidade. A forma mais eficaz de evitar todas essas patologias é optar por blocos em conformidade com as normas técnicas, que neste caso trata-se da ABNT NBR 15.270. Atualmente, a norma estabelece que a AA não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%, tanto para blocos de vedação como para estruturais.
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Foto: Anicer
No entanto, com revisão concluída recentemente pela Comissão de Estudo Especial de Cerâmica Vermelha (ABNT/CEE-179), haverá uma mudança do limite máximo de AA, que passa a ser 25% para blocos de vedação e 21% para blocos estruturais. Além de solicitar os laudos aos fabricantes ou realizar
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diretamente o ensaio, os construtores podem contar com importantes ferramentas como Programa Setorial da Qualidade (PSQ) e a Certificação Inmetro, que asseguram o atendimento desta e demais exigências da respectiva norma aos produtos qualificados ou certificados. NC
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