Ano 8 ● Setembro/2017 ● Edição 89
Economia Azul
Comércio internacional frente à crise econômica
Construção civil esboça sinais de melhora
Lançamento do InovaCer: Núcleo de Inovação
EDITORIAL
ECONOMIA E NEGÓCIOS DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
GESTÃO
07: Professor chama atenção para a Economia Azul, durante reunião na Fiesp
16: Para crescer, Brasil mira comércio internacional
18: Queda dos juros ajuda a conter o aumento das despesas na indústria
10: Modernização das leis do trabalho chamam atenção
Olá ceramista! A evolução dos sistemas de trabalho estão na mesma velocidade da luz. Todos os dias temos novas alternativas de melhoria e modernização nos mercados. O tópico da vez é a Economia Azul. Bom, segundo especialistas dizem, esse mercado irá empregar mais de 100 milhões de trabalhadores. Veja o que foi dito durante uma reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo sobre este tema que desperta grandes interesses. Além disso trouxemos o lançamento do InovaCer, que é um Núcleo de Inovação para a Indústria de Cerâmica Vermelha e da Construção Civil. Além disso trouxemos o que há de mais novo em informação nos principais setores e cadeias produtivas na indústria, comércio
e empreendedorismo. Desejo uma boa leitura para você!
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Jesus Cristo, O Messias
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Geraldo Salvador Júnior
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
ECONOMIA E NEGÓCIOS
"Brasil tem que voltar seus olhos para a Economia Azul" A nova fronteira econômica está no fundo dos oceanos. Mais especificamente na chamada economia azul, baseada no aproveitamento inteligente e científico dos recursos naturais em águas profundas, sem prejuízo de ecossistemas e do meio ambiente. É dessa nova fronteira que o Brasil, detentor de 3 milhões e 600 mil quilômetros quadrados de solo e subsolo marinho, poderá gerar novos negócios e novas oportunidades de emprego. “A chamada economia azul, que está na pauta da Organização de Comércio e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Banco Mundial, se baseia no uso sustentável dos oceanos e seus recursos, com foco no crescimento econômico, com visão desenvolvimentista do ponto de vista da sustentabilidade e não apenas ambientalista”, explica o professor Dr. Rodrigo Fernandes More, do Departamento
Em reunião do Cosema na sede da Fiesp, Rodrigo More chamou a atenção para a riqueza econômica que o país tem em sua área oceânica e para a necessidade de sua exploração efetiva Por: Roseli Lopes, Agência Indusnet Fiesp
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de Ciências do Mar na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), professor adjunto do Instituto do Mar da USP e membro e consultor jurídico do Grupo de Trabalho do Leplac, plano de levantamento da plataforma continental brasileira na Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. Essa foi a mensagem que More deixou aos participantes da reunião do Conselho Superior do Meio Ambiente (Cosema) da Fiesp, no último dia 29, na sede da Federação, onde se discutiu a importância econômica dessa região. “O Brasil tem uma área no fundo oceânico equivalente a todo o território da União Europeia e com imensa riqueza, que não se resume ao petróleo e ao gás natural”, disse o professor da Unifesp. A grande área oceânica brasileira descrita por More ganhou o nome de Amazônia Azul, assim cunhada por ter uma dimensão muito próxima à da região da Amazônia e também pela sua biodiversidade, extremamente rica e importante, à semelhança da floresta. A Amazônia Azul corresponde à porção de mar declarada território brasileiro, em 1982, na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos
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do Mar (CNUDM), e ratificada pelo Brasil. Esse território submerso que corresponde a quase metade do território nacional abriga importantes bacias petrolíferas. Como as de Campos, Espírito Santo e Santos, de onde o Brasil extrai mais de 90% do petróleo. Mas tem também jazidas de minerais pesados, ouro, carvão, níquel, cobalto, enxofre, manganês, calcário e fosforita, que podem ser usados desde a indústria de tecnologia como nos setores farmacêutico, de mineração, da construção civil e o agrícola, por exemplo. O Brasil, entretanto, a despeito de todo esse potencial oceânico, ainda engatinha nessa exploração, segundo More, uma vez que os desafios da economia azul envolvem questões de transporte marítimo, navegação, biotecnologia e produção de energia. “O Brasil tem um potencial agrícola enorme e é sem dúvida um grande exportador. Pela dimensão de sua costa pode ampliar de maneira significativa essas novas fronteiras, elevando sua participação no abastecimento global”, avalia Walter Lazarini, presidente do Cosema. Mas é preciso, segundo ele, que se tenha cuidado na exploração dos recursos
Pela sua complexidade esse tipo de exploração também exige equipamentos de alta tecnologia, pessoal especializado para fazer o estudo da região e para operar os equipamentos no fundo marítimo. Isso do ponto de vista ambiental. Do ponto de vista econômico, é preciso que o Brasil crie um plano, um programa de incentivo para que empresas comecem a estudar esses recursos, uma vez que a exploração no fundo do oceano tem um custo superior à feita em terra”, diz. Porque, ressalta o professor, quando essas jazidas tiverem de ser exploradas, as empresas têm de estar preparadas, o Brasil precisa estar preparado para que o espaço não seja ocupado por companhias estrangeiras. “As disputas marítimas se tornaram mais frequentes porque se alterou a percepção da importância dos oceanos na economia mundial e esse tipo de riqueza aguça os olhos de outros países”, assinalou. Tudo isso, no entanto, não será suficiente para que o Brasil avance na economia azul, se assenhore desses recursos, segundo o professor da Unifesp, se não tiver uma moldura jurídica que traga segurança e previsibilidade às empresas nos investimentos na área dos oceanos. “Isso é extremamente importante para um país como o Brasil, que pretende ter um papel de liderança na América Latina”, diz More.
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marítimos para que a vida marinha, fonte importante de alimentação, não seja afetada, assim como o meio ambiente. Um dos fatores que devem ser levados em conta é que essa área, apesar de muito rica, ainda é muito nova dentre as preocupações da sociedade, na visão de Walter Lazarini. “Todo trabalho nesse sentido deve ser feito dentro do licenciamento ambiental futuro dessas atividades, levando-se em conta critérios que evitem problemas no meio ambiente ou contaminação dele”, completa. “Sempre falamos da Amazônia Verde e de todo potencial exploratório que tem, mas da mesma maneira que aqui a exploração dos recursos naturais deve ser feita de forma racional, também na Amazônia Azul as indústrias devem desenvolver conhecimento e capacitação para explorarem essa nova economia”, pondera o presidente do Cosema. A avaliação de Lazarini é ratificada pelo professor da Unifesp. “Hoje, há uma intensa ocupação do Brasil no espaço oceânico ainda relacionada ao petróleo e ao gás natural, mas para que possamos avançar em outros temas, principalmente em ciência e tecnologia voltada à área de biotecnologia, precisamos de estudos sobre o impacto ambiental no mar profundo, sob o risco de restringir a atividade científica na região por falta de conhecimento de questões fundamentais”, diz More.
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D E S E N VO LV I M E N T O Fonte e Direitos de Texto e Imagem: CNI, Confederação Nacional da Indústria
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Thomaz Zanotto durante o Public Forum, da OMC, em Genebra. Foto: © WTO/Jay Louvion
Fiesp discute papel do comércio internacional na crise econômica Thomaz Zanotto, diretor titular do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp (Derex), moderou nesta quinta-feira (28 de setembro) em Genebra (Suíça) sessão de trabalho do Public Forum, maior evento da Organização Mundial do Comércio (OMC). O tema da sessão – o papel do comércio internacional como propulsor dos níveis de emprego e da produção em um contexto de crise econômica – foi proposto pela própria Fiesp, encarregada também de sua organização. O objetivo principal da sessão foi discutir como determinados avanços e instrumentos de comércio internacional (como o Acordo de Facilitação de Comércio e os padrões privados) podem contribuir para a recuperação da economia brasileira, apesar da retórica prote-
Sessão de trabalho durante o Public Forum foi organizado e moderado pela entidade Por Agência Indusnet Fiesp
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cionista no mundo desenvolvido. Annalisa Primi, chefe da Structural Policies and Innovation Unit do Centro de Desenvolvimento da OCDE, falou sobre o papel das cadeias de valor globais e regionais em permitir a transformação econômica e fomentar o comércio internacional. Alfredo Bonet, diretor internacional da Câmara de Comércio da Espanha, tratou dos efeitos estimados de um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia sobre as economias de ambas as regiões. Vera Thorstensen, coordenadora do Centro do Comércio Global e do Investimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) analisou o impacto dos padrões regulatórios (técnicos, sanitários e fitossanitários) e padrões privados de acesso aos mercados estrangeiros. Evandro Didonet, representante do Brasil junto à OMC, discutiu a perspectiva brasileira
sobre os temas anteriores. Realizado anualmente, o Public Forum é o maior evento da Organização Mundial do Comércio (OMC), representando uma oportunidade para que os participantes discutam os últimos desenvolvimentos no comércio mundial e proponham formas de aprimorar o sistema de comércio multilateral. O evento atrai regularmente mais de 1.500 representantes da sociedade civil, academia, negócios, mídia, governos e organizações intergovernamentais. Na edição de 2017, que aconteceu em Genebra de 26 a 28 de setembro, foi discutido o papel do comércio como meio efetivo de alcançar objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas e de promover o crescimento econômico inclusivo e a redução da pobreza.
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Por : Revista CNI
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CONSTRUÇÃO CIVIL
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Fonte: Revista CNI
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Com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), o Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha (Sindicer-RN) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RN), realizarão nesta sexta-feira (15), às 9 horas, no auditório Joaquim Victor de Holanda, 7º andar, na Casa da Indústria, uma reunião técnica para apresentar a proposta de criação no Rio Grande do Norte do Núcleo de Inovação para Indústria de Cerâmica Vermelha e Construção Civil – Inovacer. O Núcleo objetiva fortalecer o setor da indústria cerâmica vermelha e construção civil do Estado, por meio da inovação, priorizando ações em sistemas de gestão, processos produtivos e melhoria da qualidade dos produtos. O evento contará com a participação do
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Núcleo de Inovação para a Indústria de Cerâmica Vermelha e Construção Civil empresário da construção civil e presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro de Holanda, que apresentará o modelo de gestão para inovação implantado no Ceará. André Holanda tem reconhecida trajetória e experiência na estruturação de modelo de governança que propõe forte diálogo entre lideranças empresariais, academia e organismos de representatividade do setor. Empresas do setor da indústria de cerâmica vermelha, universidades, SENAI, IFRN, sindicatos patronais, empresas – cerâmicas e construtoras, fornecedores, Governo do Estado (SEDEC), CREA e CAU estão convidados a participarem do comitê gestor.
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