Revista Novacer Edição 12 Abril 2011

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Entrevista com o coordenador e professor do IMG Agenor De Noni Junior

Ano 1

Abril/2011

Edição 12

Crescimento Encontro do Nordeste mostra que não faltam oportunidades para o setor avançar: a hora é de mobilização

Metalúrgica catarinense completa 47 anos de sucesso Pesquisa e caracterização de argilas ao alcance do ceramista 4ª Expocer cheia de novidades

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SUMÁRIO

FEIRAS 20 à 27:

O setor em debate no nordeste

EDITORIAL

DESENVOLVIMENTO

ENTREVISTA

12: Carta ao Ceramista

16 à 18: Quase meio século de sucesso

28 à 32: Entrevista com o coordenador e professor do IMG Agenor De Noni Junior

Conselho Editorial

w w w. n o v a c e r. c o m . b r revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 403, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869 8

Agenor de Noni Junior, Dr., Antônio Cubano Rissone, Engª Celina Oliveira Monteiro, Engº Joaquim Canha, Geol. Luciano Cordeiro Loyola, Harald Blaselbauer, Jamil Duailibi Filho, José Octavio Armani Paschoal, Luis Carlos Barbosa Lima, Paulo Henrique Manzini, Prof. Adriano Michael Bernardin, Prof. Edgard Más, Prof. Sérgio Lanza, Sérgio Pagnan e Stefano Merlin.

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GESTÃO

34 à 39: Pesquisa e caracterização de argilas ao alcance do ceramista

Diretor Geraldo Salvador Junior

Diagramação & Arte Jefferson Salvador | André Gil

Comercial Moara Espindola Salvador

Redação Aline Ventura | Juliana Nunes

Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

Assessoria Ambiental Engª. Marina Salvador CREA-SC: 105932-7

direcao@novacer.com.br

comercial@novacer.com.br

financeiro@novacer.com.br

Jornalista Responsável Aline Ventura - SC01781-JP

redacao@novacer.com.br

arte@novacer.com.br

redacao@novacer.com.br

ambiental@novacer.com.br

Impressão | TIragem Gráfica Coan | 5000 exemplares


SUMÁRIO

ABRIL 2011 MEIO AMBIENTE 44 à 46: Coopemi garante extração provisória em sete áreas

ARTIGO TÉCNICO 58 à 64 Areia de fundição descartada como matéria-prima na produção de cerâmica vermelha

FEIRA

DESENVOLVIMENTO

19 : Cerâmica vermelha é destaque na Feicon

70 à 72: Senai capacita profissionais

TECNOLOGIA

FEIRA

40: Flexibilidade e produtividade alemãs

74 à 76: Curitiba sedia 4ª Expocer

DESENVOLVIMENTO

MEIO AMBIENTE

58 à 60: Procompi trará melhorias a micro e pequenas indústrias

78 à 80: 15 de abril - Dia de preservar o solo

GESTÃO

62 à 64: Conhecimento ao alcance de todos

FEIRA 66: Tecnargilla confirma posição de liderança mundial 68: Indian Ceramics 2011 recebe mais de 4 mil visitantes

Fale com a NovaCer Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br

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EDITORIAL Tijolos antigos do ano 7.500 a.C, descobertos em uma expedição arqueológica na região de Çayönü, na Turquia, próximo ao Rio Tigre Superior

Foto: Marie-ll

Carta ao Ceramista O sentimento de chegar à 12ª edição da NovaCer é um só. O desafio só começou. Manter o leitor informado sobre as principais novidades da indústria cerâmica vermelha não é tarefa das mais fáceis. Em um ano contamos nas páginas da NovaCer diversas histórias de sucesso, projetos inovadores e eventos importantes que mostram o crescimento do setor. Divulgamos aqui as ações dos sindicatos e associações em prol do desenvolvimento da cerâmica vermelha. Com um novo projeto gráfico, mais leve e moderno, esperamos continuar contando com você, leitor e parceiro, para que o setor continue gerando pautas de sucesso e mostrando do que é capaz. O recado é claro: crescer. O 16º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste e a 6ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha, realizados em Salvador, de 17 a 19 de março, mostraram que o mercado está aquecido e oportunidades não faltam para quem quer inovar, se aperfeiçoar e se manter no mercado cada vez

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mais competitivo. O que falta, no entanto, é iniciativa por parte de ceramistas em ousar e aproveitar o que é oferecido por entidades ligadas ao setor como capacitações, cursos, orientações, suporte, enfim, possibilidades de crescimento. O sucesso do projeto Casa Cerâmica apresentado na 19ª Feicon, em São Paulo, é mais uma prova do quanto o setor ainda pode atrair o interesse dos consumidores com novidades. Para quem considera o segmento carente de informações técnicas e teóricas, confira nesta edição várias obras sobre cerâmica vermelha lançadas no mês de março. Confira também os resultados do uso de areia de fundição descartada na produção de cerâmica vermelha em mais um estudo apresentado no 54º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado no ano passado, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Aproveite a leitura!

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D E S E N VO LV I M E N T O

Colaboradores e diretores da MS Souza

Quase meio século de sucesso 1970 - Já em galpão de alvenaria, os irmãos Souza davam início à fabricação de implementos agrícolas

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Com 47 anos de fundação, a MS Souza conquista mercados nacional e internacional

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As habilidades e o espírito empreendedor dos irmãos Ayrton Zeferino de Souza e Aceonézio Souza foram responsáveis pelo surgimento, em janeiro de 1964, da Irmãos Souza Ltda, em Tubarão (SC). A formação de torneiro mecânico, pelo Senai, por Aceonézio, somada à experiência de soldador de Ayrton deram início a história da atual MS Souza, que hoje é referência no ramo metalúrgico no Brasil. Em 1960, o torneiro mecânico começou a pintar bicicletas em casa. “O trabalho ficou tão bom que todos começaram a pedir”, recordou Ayrton, aos 78 anos. Iniciava aí, num espaço atrás da casa da família, o trabalho de pintura e reforma de bicicletas. O jovem não demorou para alugar uma sala e ampliar os consertos para motocicletas e mais tarde fabricação de peças. Quando Ayrton juntou-se ao irmão, em 1963, aos poucos foram


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construindo o que hoje é a Metalúrgica Souza Ltda. O incentivo partiu dos pais, “rígidos, porém dedicados”, conforme a lembrança de Ayrton, visto com frequência na empresa verificando pessoalmente a produção, seguindo os passos do pai. “Era muito comum nosso pai passar pela fábrica de manhã cedo. À noite, ele nos dizia o que estava errado e o que precisava melhorar”, destacou Ayrton. Em 1973, a Irmãos Souza entrou efetivamente no mercado de máquinas e equipamentos para indústria de cerâmica vermelha ao fabricar a primeira maromba a vácuo MSL 25 para produção de tijolos e telhas. O ano de 1974 marcou a mudança do nome da empresa que passou a ser identificada como Metalúrgica Souza. Neste ano, a empresa começou a fabricar máquinas em chapa, método criticado pela concorrência. “Desde nossa primeira máquina produzimos com chapa. A concorrência dizia que desse jeito a peça sofria dilatação. Mas quem nos criticava por usarmos a chapa passou a nos copiar”, justificou o projetista, Antônio Menegali Zanelato, há 37 anos na empresa. Quando a empresa estava perto de alcançar a terceira década de história, em 1993, Aceonézio faleceu, aos 57 anos. Esta foi uma das etapas mais difíceis, de acordo com os funcionários. A morte de um dos fundadores marcou a história da metalúrgica. Um outro episódio bastante difícil aconteceu no dia 24 de março de 1974, quando uma enchente fez 200 vítimas fatais, 60 mil desabrigados e 3 mil casas destruídas em Tubarão. De acordo com Ayrton, a empresa ficou três meses parada, muitos funcionários foram embora por desacreditarem na reconstrução da cidade. “Muitos moradores acabaram deixando a cidade. A empresa ficou sem o prédio, sem máquinas, foi preciso reconstruir tudo”, comentou o diretor comercial, Álvaro José de Souza. De 45 operários na época, apenas 12 trabalhadores permaneceram. Na época, a empresa operou com gerador elétrico improvisado com lona. Com o crescimento do mercado, a MS Souza passou a investir em inovação ampliando sua gama de produtos. Em 1984, começou a fabricar secadores. Aparelhos para musculação e ginástica também integra-

ram o mix de produtos da metalúrgica a partir de 1985, chegando a responder por 20% da produção da empresa. Atualmente, estes produtos só são fabricados por encomenda. Em 1986, extrusoras a vácuo para sabão passaram a ser produzidas. Em 1993 extrusoras monobloco, em 2002 forno túnel e em 2005 automatismo para carga e descarga. Depois de passar por pequenas salas emprestadas e alugadas, barracão de madeira

1960 - Rodolfo e Daltina com os filhos Arnóbio, Aceonézio, Acedite, Ayrton e Alvim

1967 - Ainda em um barracão de madeira, a empresa venceu a concorrência para fornecer equipamentos agrícolas para a Cia de Cigarros Souza Cruz

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D E S E N VO LV I M E N T O

1975 - O novo galpão de alvenaria substituiuo antigo, destruído pela enchente de 1974

1979 - Aceonézio e Ayrton Souza pousando em frente às marombas à vácuo ao lado de um cliente (ao fundo)

1973 - Primeiro cortador automático de produtos cerâmicos

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até chegar ao atual endereço o parque fabril da MS Souza conta hoje com 22 mil metros quadrados, sendo 15,5 mil metros quadrados de área construída que abrange fábrica, fundição, administração, área de lazer, restaurante e vestiário. A metalúrgica Souza atua em todos os estados do Brasil, América Central e América do Sul, atendendo desde o pequeno até o grande produtor. Atualmente, são fabricados 20 modelos de marombas a vácuo, desde 3 toneladas por hora até 45 toneladas por hora, além de mais de 130 tipos de equipamentos para atender às mais variadas necessidades de fabricação de produtos cerâmicos. Com três engenheiros na linha de projetos, a empresa está prestes a lançar ainda neste ano uma nova maromba com produção de 40 a 50 toneladas por hora. Com pioneirismo no Brasil, e talvez além da fronteira sul-americana, foi recentemente lançado o caixão alimentador CAS-1307, com silo, autonomia superior a 20 metros cúbicos, produção de até 50toneladas por hora e a inédita instalação de quantidade superior a 1030 rolamentos. “O mercado pede máquina produtiva e nosso diferencial é que nossa tecnologia é feita em casa”, disse Ayrton. Nos últimos anos, a empresa avançou nas exportações. Trabalhar o mercado externo quando o mercado interno vai mal foi a estratégia adotada que deu certo. “A forte atuação no mercado externo é uma marca registrada da MS Souza, que desde 1981 está presente em todos os países da América do Sul”, complementou o diretor comercial, Álvaro Souza. A maior virtude da empresa, segundo o proprietário, são as inovações, os lançamentos de produtos inéditos no mercado e o fato de que todo investimento da empresa está baseado em recursos próprios. Além disso, a família sempre norteou os princípios da metalúrgica. “Temos uma estrutura familiar forte, o pai cuidava muito, a mãe era severa, dedicada”, disse Ayrton. “E com essa mesma estrutura familiar e dedicação que pretendemos dar continuidade à MS Souza, para que ela continue sendo uma empresa familiar de sucesso, buscando sempre nosso principal objetivo que é a excelência no atendimento e seriedade na prestação de serviços ao cliente”, finalizou Álvaro. NC


A Casa Cerâmica, projeto apresentado na Feira Internacional da Construção 2011 (Feicon), de 15 a 19 de março, em São Paulo, ganhou destaque na imprensa nacional pela economia de tempo e custos com que é construída. Com R$ 32 mil e cinco dias de execução, o Sindicato da Indústria da Cerâmica para Construção do Estado de São Paulo (Sindicercon) construiu uma casa de 54 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e lavanderia externa. Em larga escala, os gastos podem cair ainda mais. Segundo o sindicato, empresas que já adotaram o modelo consumiram R$ 28 mil por unidade em projetos de 40 casas. “Esse modelo apresentado na feira pode ser aplicado em diferentes modelos de construção desde o baixo até o alto padrão nos mais variados tamanhos. A obra planejada significa rendimento tanto em rapidez quanto em desperdício, ou seja, economia ao final da obra”, informou o consultor do projeto, Paulo Manzini. O corte de gastos inclui economia também na hora de assentar o tijolo. Uma bisnaga é utilizada para aplicar a argamassa de assentamento e substitui a colher de pedreiro, utilizada no modelo convencional de obra. Com a bisnaga é aplicada a quantidade exata e no local certo de cada bloco. O processo garante velocidade na aplicação. Na avaliação do profissional, a edição 2011 da Feicon foi a melhor dos últimos sete anos, período em que expõe no evento. “Nosso público visitante foi recorde em relação às três edições anteriores, o que resultou na distribuição de 30 mil folders do projeto”. A Casa Cerâmica é um projeto da Fiesp, Sesi, Senai, Sindicercon/SP, Sitivesp, Acervir, Aict e Acertar. A execução da alvenaria foi da Tecno logys.

FEIRAS

Cerâmica vermelha é destaque na Feicon Em cinco dias de evento, 150 mil pessoas passaram pela maior feira de construção da América Latina

Estandes lotados Em sua 19ª edição, a maior feira de construção da América Latina contou com as principais marcas e novidades do mercado de construção. Em 85 mil metros quadrados de exposição, 150 mil visitantes de 35 países conheceram 750 marcas nacionais e internacionais. Durante o evento, os profissionais do setor puderam participar de rodada de negócios e discutir os principais temas na área de sustentabilidade. Com a demanda aquecida pela nova Classe C, estímulos federais ao setor – crescimento de 8,5%, índice acima dos 5% PIB (Produto Interno Bruto) – o evento, que congrega toda a cadeia produtiva do segmento de construção, apresentou mais de 2,5 mil produtos aos principais profissionais do setor, formado por arquitetos, engenheiros, construtores, lojistas, representantes de home centers e compradores do Brasil e do exterior, além de consumidores que estão construindo ou reformando imóveis. NC

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FEIRAS

O setor em debate no nordeste Inovação pautou discussões em três dias de evento Bastante prestigiado por ceramistas e produtores de equipamentos, o 16º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste e a 6ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha, realizados de 17 a 19 de março, em Salvador (BA), debateram questões importantes para o setor. Em pauta, assuntos como competitividade, sustentabilidade, acesso ao mercado, crédito, gestão empresarial e a urgência da inovação. O evento foi aberto pelo presidente do Sindicer da Bahia, Jamilton Nunes da Silva, que des-

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tacou a boa fase do mercado e o grande desafio de crescimento para o nordeste. Mais de 200 pessoas entre inscritos nas palestras e visitantes e 22 expositores de equipamentos participaram do encontro, realizado no Pestana Hotel Bahia. O evento contou com participantes dos nove estados do nordeste, do Rio de Janeiro, de Goiás e de Portugal. “Concluímos que o encontro foi de alto nível, superando expectativas, não só pela sua organização, como pela participação maciça dos ceramistas. A escolha do local foi um grande benefício, pois nessa estrutura houve uma integração entre os participantes das palestras e a feira da exposição. O número de fornecedores nesta edição foi maior e observamos que as palestras foram muito bem recebidas pelo público”, relatou Silva. O superintendente da Federação das In-


Competitividade, sustentabilidade, acesso ao mercado, crédito e a urgência de inovação pautaram Encontro

FEIRAS

dústrias do Estado da Bahia (FIEB), Manoel Lacerda ressaltou a importância do apoio da FIEB ao evento e destacou a base do trabalho industrial cerâmico ao defender os interesses do setor para seu crescimento. “O sistema Fieb (Sesi, Senai, IEL) é fiel parceiro do Sindicer e tem disponibilizado para o sindicato conferências, capacitações profissionais e ensino básico nas indústrias. A parte profissional da cerâmica tem muito para crescer e vai conseguir mediante a união de esforços”, citou. Uma das preocupações da federação é melhorar o sindicato cerâmico com maior atenção na questão do meio ambiente. “Ações seguras e concretas em prol do desenvolvimento do nordeste. O ceramista se empenha em produzir mais e logo depois é prejudicado pelos órgãos ambientais”, completou Lacerda. O atual momento da economia brasileira foi abordado pelo presidente da Anicer, Luis Lima. “Temos ouvido em vários lugares e de várias pessoas e países que o Brasil vive um momento ímpar com relação ao progresso. Na minha opinião, o Brasil só está tomando seu papel, pois temos muitos recursos e tudo que precisamos”, considerou o presidente ao

chamar os participantes para o compromisso de aproveitar a boa fase. “Agora está em nossas mãos, temos a responsabilidade de manter esse bom momento, precisamos fazer essa sustentabilidade continuar. Lá atrás tivemos momentos muito bons, mas logo surgiram grandes recessões”. Lima prestou contas sobre o papel da associação ao cobrar dos governantes a criação de uma política mais adequada para o setor, porém, em contrapartida cobrou dos empresários que devem retribuir com a fabricação de produtos de qualidade e o cumprimento das exigências ambientais, bem como investir na alta produtividade exigida pelo mercado aquecido. A participação sólida e significativa da indústria da cerâmica vermelha no cresci-

Presidentes dos sindicatos de cerâmica vermelha do Nordeste

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mento do país foi levantada por Lima ao citar o exemplo da Angola, um país totalmente ativado, segundo ele, pela indústria cerâmica vermelha. “A moradia é uma necessidade”. Problemas fiscais enfrentados pelos ceramistas também foram apontados, como o ICMS que apresenta valores diferenciados de acordo com os estados. Segundo o presidente, a solução para consertar gargalos como este deve acontecer por meio de ações dos sindicatos. Lima aproveitou para falar da falta de iniciativa de alguns empresários. “Num geral ainda não estamos vendo o ceramista buscar as facilidades que estão sendo oferecidas. Não estamos sabendo utilizar nosso próprio potencial, que está à frente da Europa, da China, dos Estados Unidos e agora do Japão”. A entrada no mercado, cada vez mais

acentuada, de produtos alternativos que imitam o design dos produtos cerâmicos também foi discutida no evento. Conforme Lima, estes produtos são “tecnicamente muito mais inferiores”. Para combater esta ameaça, a Anicer vai contratar um trabalho conjunto para caracterizar o ciclo de vida dos produtos cerâmicos em relação aos outros. Um acordo com uma instituição canadense está sendo viabilizado. O objetivo é gerar credibilidade em nível mundial. Pelo Ministério de Mineração, Alberto Ratchman representou o governador da Bahia, e falou sobre a importância do encontro ser feito no estado baiano para fortalecer o nordeste. Na avaliação de Ratchman, “o setor está muito aquém do que poderia gerar. A necessidade de inovar é extremamente importante, assim como primar por processos tecnológicos mais eficientes, tanto na produção e na qualidade, quanto na proteção da sociedade e do meio ambiente. A vulnerabilidade do setor devido ao atraso na busca por parcerias e inovações, falta de organização nas fábricas e certificação gera um quadro

A região nordeste do Brasil abrange 1,6 mil empresas de cerâmica, sendo 400 empresas formais na Bahia Presidente do Sindicer BA, Jamilton Nunes da Silva

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destacou que falta conhecimento aos empresários. A Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do estado da Bahia patrocina ações da cerâmica vermelha juntamente com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral e a FIEB. Um diagnóstico do setor em todo estado está sendo desenvolvido, com o levantamento de diversos aspectos, assim como um projeto para o desenvolvimento do uso do gás natural. No nordeste, há 1,6 mil empresas do setor, sendo 400 empresas formais na Bahia em 96 diferentes localidades. O setor gera cerca de meio milhão de empregos diretos, mais de 1 milhão indiretamente e conta com mais de 7 mil fábricas em atividade no Brasil com faturamento de mais de R$ 20 bilhões por ano. O evento foi realizado pelo Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha da Bahia (Sindicer-BA), que integra 36 associados com o apoio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Sebrae, Anicer, Caixa Econômica Federal, Senai e Sesi.

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FEIRAS

desfavorável”. Pontos que, segundo Ratchman, não são negativos, mas podem ser traduzidos em oportunidades. A Bahia apresenta grande disponibilidade de matéria-prima. Atualmente, 90% dos blocos utilizados na construção civil do estado são produtos baianos. Apesar da disponibilidade nos centros de ensinos, Ratchman


FEIRAS

Palestras atraíram público O evento contou com a palestra do gestor técnico e da qualidade da Anicer, Emerson Dias, que abordou a atualização do layout da fábrica. Na palestra com o gerente geral da agência da Caixa Econômica Federal de Calçada, Salvador (BA), Antônio Márcio Figueiredo Bastos, os ceramistas tiveram a oportunidade de conhecer os benefícios das linhas de crédito, tipos de ações de apoio financeiro aos empresários, empréstimos e financiamentos do banco. Por meio de um acordo de cooperação firmado com a Anicer foi criado um programa de financiamento que disponibiliza linhas de crédito a micro e pequenas empresas cerâmicas associadas à instituição. A partir da assinatura, foi criado um programa de financiamento diferenciado para que as empresas invistam em inovação, sustentabilidade, modernização e melhorias nas fábricas com limites e prazos de carência adequados à realidade do setor. “O objetivo da Caixa é se aproximar de atividades produtivas. As cerâmicas estão agrupadas em empresas de micro e pequeno porte. Isso por si só já inibe as pessoas de irem ao banco. Estes empresários tendem a utilizar recursos próprios na hora de investir, quando pode haver uma adequação da linha de crédito à realidade do negócio”, informou Bastos. Com mais informações os ceramistas têm condições de avaliar o que é melhor para suas empresas e não utilizar o

dinheiro do dia a dia destinado à compra de matéria-prima, por exemplo, para investimentos maiores. O técnico do laboratório de cerâmica do Senai, de Fortaleza (CE), Ailton Luiz da Silva, participou do evento em Salvador e considerou positivo o encontro. “Um evento desses é sempre bom para o setor e para as pessoas envolvidas como profissionais e fabricantes, porque traz novidades e conseguimos nivelar e balancear conhecimentos. Os participantes conseguem visualizar o que o mercado está pedindo, é uma oportunidade para o empresário observar que a exigência para ele é a mesma para empresários de ou-

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FEIRAS 26

Palestra sobre segurança e saúde no trabalho como parte do negócio da empresa atraiu ceramistas preocupados com a questão

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tros estados”. Encontros desse porte promovem a interação entre ceramistas e provam que os problemas enfrentados diariamente dentro da fábrica são tão comuns quanto as soluções. “O maior concorrente do empresário é o desperdício. Quando se consegue reduzir essa margem se tem fôlego para investir na fábrica, diminuir o retrabalho, isso só se consegue com disciplina”, considerou o técnico. O presidente do Sindicer do Maranhão (MA), Benedito Mendes, avaliou como proveitoso o evento. “Fizemos um trabalho de grande retorno, com discussões de muitas coisas importantes a nosso respeito. As palestras foram bem escolhidas e nos mostraram a realidade do ceramista. Com relação à exposição a cada dia as empresas estão se aperfeiçoando para oferecer produtos com mais inovação”. Do Sindicer MA, participaram sete membros. A palestra “A segurança e saúde no trabalho como parte do negócio da empresa”, ministrada pela gerente do Núcleo de Segurança e Saúde no Traballho do Sesi (BA), Katyana Aragão Menescal, atraiu os ceramistas que cada vez mais buscam informações sobre o assunto. A gerente tratou de questões como as metas e objetivos que os empresários precisam estabelecer com relação ao tema. “Quem faz o negócio é o trabalhador. O desempenho da saúde e segurança no trabalho dentro da empresa é benéfico tanto para o trabalhador quanto para o empresário”, deixou claro Katyana ao enfatizar a importância de o empregador calcular o retorno do investimento que faz em equipamento de proteção individual e coletivo, proteção de máquinas, entre outros cuidados. A profissional informou que muitas empresas trabalham com ações de prevenção, mas na grande maioria estas ações não estão inseridas no planejamento empresarial. “Muitos empresários investiam em saúde e segurança do trabalho, mas não viam resultados, pois as ações não faziam parte de um todo. É necessário identificar, monitorar, priorizar investimentos nessa área”, explicou. Além das palestras, o encontro contou ainda com exposições de maquinários da indústria cerâmica e visita técnica à cerâmica Santana, de Alagoinhas (BA).


FEIRAS

PSQ Durante a abertura do evento, a cerâmica Santana, de Alagoinhas (BA), a 119 km de Salvador, recebeu a certificação do Programa Setorial de Qualidade (PSQ). Graças a um trabalho de redução de perdas em sua fábrica, o empresário Ailton Cruz Alves, 38 anos, recebeu dois certificados (telhas e blocos de cerâmica). “Aumentamos nosso conhecimento técnico graças ao Sebrae”, afirmou Alves, que possui 93 funcionários e é autosuficiente em material energético (toda a madeira queimada nos fornos é fruto de reflorestamento). Ailton destaca que agora a empresa vai poder participar de programas do governo federal (como o “Minha Casa, Minha Vida”), pois tem a certificação. O empresário atribui a conquista da certificação à redução de perda no processo de secagem da cerâmica. Outra empresa que recebeu a certificação foi a cerâmica Kitambar, de Caruaru (PE) e a cerâmica Balsas, de Balsas, no Maranhão. (Com informações da Agência Sebrae de Notícias)

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De cima para baixo, cerâmica Santana de Alagoinhas, cerâmica Balsas e cerâmica Kitambar

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ENTREVISTA

A formação de qualidade e a pesquisa no setor Formado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2003, Agenor De Noni Junior é professor e coordenador de projetos de pesquisa e inovação do Instituto Maximiliano Gaidzinski, em Cocal do Sul (SC), professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense em Criciúma (SC) no Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais, nos cursos de graduação em Engenharia Química e Engenharia de Materiais e professor das Faculdades Associadas de Santa Catarina, também em Criciúma. Com mestrado em Engenharia e Ciência de Materiais e doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais pela UFSC tem experiência na área de propriedades mecânicas, valorização de resíduos industriais para a indústria química, mineração e construção civil, processos industriais sustentáveis, eficiência de processo, delineamento de misturas e reologia de suspensões cerâmicas. 28

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NovaCer - Há quanto tempo trabalha no IMG e atua na área de pesquisa? Agenor De Noni Junior - Minha história com o IMG é antiga, entre 1994 e 1997 fiz o curso técnico de cerâmica e em 2004 voltei como professor depois de ter me graduado em Engenharia Química. Trabalho com pesquisa desde 1995. NC - Quais os cursos o IMG oferece? ADNJ - Ele oferece três cursos regulares: o ensino médio, o curso técnico de cerâmica e o curso técnico em eletromecânica. Todos com um excelente histórico de formação de qualidade. NC - Em quais áreas o técnico em cerâmica formado no IMG pode trabalhar? ADNJ - Os cursos do IMG preparam os jovens em dois aspectos fundamentais: (1) para ini-


é aquele que os alunos têm vontade e se dedicam porque gostam, sentem prazer mesmo com o cansaço da cobrança, que espontaneamente continuam falando de uma aula ou de uma prova na roda de amigos, indo almoçar, em redes sociais ou em outros momentos quaisquer.

NC - Onde estão os melhores cursos nessa área no Brasil? ADNJ - Em Cocal do Sul e Criciúma, mas são cursos de formação em cerâmica de modo geral, não apenas em cerâmica vermelha.

NC - Na Europa, o senhor tem conhecimento de alguma universidade ou escola modelo nessa área? ADNJ - Pela minha vivência por lá e pelos contatos com vários professores da Espanha, Portugal e Itália posso dizer que: os laboratórios são de última geração, a informação é acessível, os professores em geral são motivados. Um bom estudante, disciplinado e focado em seus objetivos certamente se torna um profissional de excelência. Por outro lado, no que diz respeito às áreas mais técnicas, eles têm certa dificuldade em identificar estes talentos entre os estudantes.

NC - Como o senhor vê a pesquisa hoje no Brasil? ADNJ - Para responder a esta pergunta, é preciso levar em consideração o tamanho do Brasil, suas potencialidades e como vai a pesquisa nos outros países em desenvolvimento. Neste cenário, o Brasil pesquisa muito pouco. NC - No Brasil há incentivo à pesquisa? O que falta? ADNJ - O Brasil tem investido muito em pesquisa e o momento é de crescimento. Os problemas da área da pesquisa são comuns a outros setores: faltam dinheiro e pessoas qualificadas para atender as oportunidades. Digo oportunidades e não a demanda. Muitos empresários e gestores têm dificuldade de quantificar o retorno sobre o investimento em pesquisa. É mais fácil, porém, mais caro, copiar algo pronto do que ter coragem e competência para investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação. NC - Em sua opinião, o modelo de ensino na área de cerâmica no Brasil é o ideal? Qual sua avaliação sobre isso? ADNJ - Não existe modelo ideal, nem sequer pode-se dizer que existe um modelo de ensino de cerâmica no Brasil. É preciso acompanhar as necessidades de formação profissional e tornar o conhecimento mais acessível aos interessados. O modelo de ensino ideal não é aquele onde o laboratório é de última geração, nem mesmo aquele que o material didático é padronizado e extenso. O modelo ideal é aquele onde todos os professores têm interesse e motivação pelo ensino e possuem qualificação para tal. O modelo ideal também

ENTREVISTA

ciar sua vida profissional, (2) para a continuidade de seus estudos. Nós formamos o técnico para atuar prioritariamente em qualquer empresa do setor cerâmico: revestimentos cerâmicos, cerâmica vermelha, refratários, colorifícios, mineradoras, etc... desde o chão de fábrica até os cargos de gerência.

O modelo ideal é aquele onde todos os professores têm interesse e motivação pelo ensino e possuem qualificação para tal NC - Qual o perfil do estudante dos cursos da área de cerâmica vermelha? ADNJ - Não tenho informação suficiente para responder esta pergunta de forma ampla. Por outro lado, tivemos uma experiência no IMG, através de uma parceria com o Sindicer, um curso de capacitação específica em cerâmica vermelha em Morro da Fumaça (SC). Este curso fazia parte de um programa do governo federal chamado Escola de Fábrica. Nele os jovens de baixa renda estudavam de graça e ainda ganhavam um auxílio financeiro. Resultado: tivemos dificuldades para preencher as vagas, muitos desistiram logo nas primeiras semanas porque não tinham interesse. Mesmo assim o resultado foi muito bom, passamos uma formação de qualidade para um pequeno

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ENTREVISTA

O profissional que estiver preparado para atuar neste setor certamente terá seu trabalho reconhecido e valorizado grupo. Deste grupo, dois deles tiveram tamanha motivação que foram cursar Engenharia Cerâmica e hoje estão em Portugal cursando a nova fase do curso. Ou seja, o perfil é dos mais variados, mas se não investirmos no ensino de qualidade efetiva, nunca iremos desenvolver nossos talentos jovens. NC - Qual conselho o senhor daria para estes estudantes que optaram pela área de cerâmica? ADNJ - Em primeiro lugar não desistir que aos poucos vai se criando gosto pela cerâmica. A área de cerâmica não é fácil, o profissional tem que estar disposto a trabalhar, por vezes, em ambientes insalubres. Por outro lado, nunca será uma atividade monótona. Está cheia de oportunidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O profissional que estiver preparado para atuar neste setor certamente terá seu trabalho reconhecido e valorizado. NC - Em todos esses anos no IMG qual projeto teve mais destaque na área de cerâmica vermelha? ADNJ - A parceria com o Sindicer de Morro da Fumaça cujo grande entusiasta é o presidente do sindicado, Sérgio Pagnan. NC - O que é imprescindível em um projeto? ADNJ - Ter prazo definido e chegar até o fim. Mas o fator mais importante é não desistir aos primeiros sinais de fracasso. Thomas Edison, o maior inventor da história da humanidade, antes de desenvolver a lâmpada incandescente, que até hoje usamos, fracassou mais de uma centena de vezes. Em outras palavras, cada fracasso sucessivo tornava-o mais convicto daquilo que tinha que ser feito para seu projeto dar certo.

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NC - No que se refere à matéria-prima, o IMG tem pesquisas sobre a argila utilizada na cerâmica vermelha? Quais? ADNJ - O IMG tem algumas pesquisas na área de caracterização das argilas para identificar suas propriedades para o uso em cerâmica vermelha. NC - O IMG tem novos projetos voltados ao setor de cerâmica vermelha? ADNJ - Todos os anos nós orientamos alguns trabalhos nesta área, o resultado é apresentado em nosso seminário, SITC. NC - Qual a conclusão do artigo “Avaliação da relação ensino-pesquisa na formação do ensino médio”, de sua autoria e do professor Jackson Cittadin, apresentado no 10° Seminário de Tecnologia Cerâmica do IMG? ADNJ - Neste artigo, o objetivo era identificar o resultado e a importância de possuir um modelo de ensino voltado para a pesquisa. Para isso, localizamos onde estudavam todos aqueles alunos que tinham se formado no IMG. Eles estavam espalhados por todas as universidades e faculdades de nossa região e nos mais variados cursos, desde a primeira até a nona fase. Nós elaboramos um questionário e, sem identificar a origem do aluno, entrevistávamos seus professores de forma a realizar uma avaliação comparativa deste aluno com os demais colegas provenientes de outras escolas. O resultado foi que 92% dos nossos egressos foram considerados pelos professores universitários como destaque da sua turma. Durante as entrevistas houve vários relatos do tipo: “...que coincidência, vocês me fizeram avaliar justamente os melhores alunos da turma, como vocês sabiam que eram eles?...”. Com este trabalho demonstramos, de forma estatística e quantitativa, que promover o desenvolvimento do estudante juntamente com a pesquisa é um dos pilares para a formação de um modelo ideal de ensino. NC - Quais as carências do setor de cerâmica vermelha com relação à tecnologia? ADNJ - O setor é carente principalmente nos equipamentos de secagem e queima, mas a tecnologia existe e está à disposição dos in-


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ENTREVISTA

teressados. Perde-se muito devido à falta de controle destes processos, falta de homogeneidade, baixa eficiência energética e elevados níveis de poluição atmosférica. Por outro lado, os empresários buscaram investir principalmente nos equipamentos de conformação, extrusoras e prensas. NC - Quais países hoje são referência no setor de cerâmica vermelha? ADNJ - Do ponto de vista tecnológico, Portugal e Espanha. NC - Aonde a pesquisa na área de cerâmica brasileira pode chegar? ADNJ - Se houver fortes investimentos para resolver os problemas de eficiência energética, design e uniformidade dos produtos pode-se dizer que o avanço já é muito grande. Se você tivesse feito esta mesma pergunta para Thomas Edison, talvez ele não teria imaginado que algum dia nós estaríamos usando um computador, nem mesmo um computador disfarçado de telefone celular. NC - Como o senhor vê o mercado de cerâmica vermelha no Brasil? Chegará um dia que as pequenas olarias acabarão e só restarão grandes e modernas cerâmicas de tijolos e telhas? Em quanto tempo isso pode acontecer? ADNJ - Isso já está acontecendo, é a tendência natural dos setores industriais de produtos sem diferencial competitivo. Por outro lado, enquanto a construção civil continuar aquecida a taxa de mortalidade das empresas será menor. Outro fator que se deve levar em consideração é a questão logística. Nas regiões com menor densidade demográfica, ainda prevalecerão as pequenas e rudimentares fábricas. NC - O mercado brasileiro de cerâmica vermelha está muito atrasado? O que pode melhorar

Os empresários não inovam porque acham que inovar é um gasto e não um investimento

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em curto prazo? Qual a importância do controle de qualidade para uma cerâmica? ADNJ - Sim, mas parte por que as empresas não oferecem soluções diferenciadas. O produto deve melhorar quanto a sua uniformidade dimensional. O controle de qualidade serve para uma empresa não desperdiçar recursos e melhorar sua imagem no mercado. NC - Quais as consequências de empresas que não possuem Controle e Medição de Qualidade? ADNJ - Fecharem NC - Como as empresas estão lidando com a questão sustentabilidade? Pode ser um modismo? ADNJ - A sustentabilidade sócioambiental não é modismo, é um caminho sem volta. Da mesma forma que uma empresa que não é economicamente sustentável simplesmente deixa de existir, as empresas que não forem sócioambientalmente sustentáveis deixarão de existir em breve. A preocupação com a sustentabilidade infelizmente é devido apenas à pressão que o setor está sofrendo, sobretudo do ministério público. Por outro lado, existem bons ceramistas, formadores de opinião, que não abrem mão de investir de forma convicta em ações de sustentabilidade sócioambiental. NC - A maioria dos empresários deixa de inovar hoje em dia, pois acreditam que isso demanda investimentos. Como os empresários devem agir diante de novas mudanças? ADNJ - Se você convidar um empresário a gastar mil reais em algo que não lhe trará retorno financeiro ele vai achar caro. Por outro lado, se você convidar para investir R$ 1 milhão em algo que lhe trará um retorno de 5% ao mês ele vai achar barato. Os empresários não inovam porque acham que inovar é um gasto e não um investimento. NC - As empresas hoje estão preparadas para atender as novas demandas? ADNJ - Algumas sim, a maioria não. Mas hoje existe tecnologia disponível para elas se prepararem. Por vezes o empresário não dispõe de crédito ou documentação adequada para captar recursos a baixo custo, isso contribui para o atraso tecnológico do setor. NC


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GESTÃO

Pesquisa e caracterização de argilas ao alcance do ceramista Por: Sérgio Lanza sergiolanzaconsultoria@gmail.com

Este artigo apresenta o procedimento de ensaio em um minilaboratório desde a pesquisa de campo, metodologia de trabalho até os resultados finais, com o objetivo de orientar o ceramista sobre as características da argila utilizada. O ensaio fornece valores de retração a seco e pós-queima, cor de queima, absorção de água e apresenta uma referência de resistência mecânica pós queima por meio da sonoridade (som metálico produzido ao bater os corpos de prova). São descritos a seguir os procedimentos para pesquisa de campo e confecção dos corpos de prova. É importante observar que os resultados obtidos são valores de referência aproximados, importantes durante a fase de pesquisa ou para simples orientação. Os equipamentos e materiais necessários para a pesquisa são: enxada, pá, cavadeira ou alavanca, paceta ou cavadeira, trado, hastes, sacos plásticos, prensa hidráulica para 10 toneladas ou macaco hidráulico, balança eletrônica, água, óleo diesel, utensílios para corte dos tabletes (ou corpo de prova) e um

Argila Tecnicamente é: “um material natural, terroso, de granulação fina, que geralmente adquire, quando umedecido com água, certa plasticidade; quimicamente, são as argilas formadas essencialmente por silicatos hidratados de alumínio, ferro e magnésio” (Santos, 1975).

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gabarito para medir cinco centímetros (confeccionado na cerâmica).

Formação das argilas As argilas são “o resultado do intemperismo, da ação hidrotermal ou que se depositaram como sedimentos fluviais, marinhos, lacustres ou eólicos” (SANTOS, 1975). Os grandes depósitos de argila para uso em cerâmica vermelha, geralmente, encontram-se próximos aos leitos de rios e riachos em áreas de várzeas ou em sedimentos folhosos nas elevações dos morros ou partes altas (longe dos rios) como é o caso dos taguás e filítos (folhelho argiloso); As argilas são matérias-primas “vivas” que possuem qualidades que se diferem em cada jazida, local de extração, etc, portanto são oferecidas inúmeras possibilidades de obtenção de toda riqueza intrínseca à sua formação geológica e química. A preparação de massa no processo cerâmico é fundamental para a qualidade do produto a ser fabricado. A utilização da matéria-prima originada diretamente da jazida pode provocar diversos defeitos de qualidade no produto e acarretar dificuldades durante o processo de fabricação, daí a necessidade do sazonamento ou descanso. O estudo das características das argilas é muito importante para o ceramista, uma vez que através desses procedimentos é possível evitar desperdícios, reduzir custos e garantir a fabricação de produtos de qualidade. Com a posse de uma boa argila, cujos resultados de ensaios indicam qualidades importantes e adequadas, o ceramista pode determinar o produto a ser fabricado, assim como determinar a cor, a resistência e a absorção de água antes de iniciar o processo produtivo.


Os passos para a pesquisa de campo na jazida são: a) Escolher os pontos de coleta, limpar a área retirando a vegetação rasteira e terra vegetal; b) Utilizar ferramentas apropriadas como: alavanca, paceta ou cavadeira e um trado (foto 1). A utilização do trado facilita e acelera o trabalho, pois penetra mais no solo coletando amostras mais representativas, podendo ainda a haste ser prolongada possibilitando a coleta de amostras mais profundas;

Foto 1: Trado

c) Recolher a amostra de argila das diversas camadas em um saco plástico (foto 2), identificando a amostra com as informações: local-propriedade, se possível georreferenciada (GPS), profundidade da coleta e outros dados que considerar relevantes. Vale ainda descartar a camada de terra vegetal ou não argilosa; d) Registrar a jazida junto ao DNPM (Departamento Nacional de Propriedade Mineral), órgão do governo que regulamenta e licencia a exploração de minerais.

GESTÃO

Pesquisa de campo na jazida

Procedimento de ensaio de preparação para confecção dos corpos de prova

Foto 3: Exemplo de preparação da amostra Destorroar toda a amostra, separar uma parte após quarteamento para o ensaio, destorroar e peneirar (peneira para areia lavada) ou moer com moinhos agrícolas usados para fabricar ração na roça. Em seguida, umedecer uniformemente, amassar e bater formando um bloco compacto com o objetivo de retirar o ar e incorporar melhor a umidade na argila. Preservar o restante da amostra no saco plástico de origem para outros ensaios. Deixar descansar por 24 horas e proceder o ensaio. Método de quarteamento: 1. Homogeneizar a amostra com espátula; 2. Juntar a amostra formando um cone; 3. Achatar o monte e dividí-lo em quatro partes iguais; 4. Separar duas partes opostas e juntar as

outras duas; 5.Repetir as operações até obter a quantidade necessária a ser utilizada. Após o quarteamento, é necessário separar dois quilos de amostra para a realização dos ensaios. Durante a preparação da amostra, o ceramista deve observar atentamente as características de plasticidade da argila. Verificar e anotar a quantidade de água requerida para que a argila se torne plástica (é recomendável conhecer este consumo de água que poderá variar de argila para argila). Assim, será possível identificar características importantes para o processo de fabricação tais como: tempo de secagem, trincas, empenos, etc. Observar durante o teste o comportamento dos tabletes-amostras.

Foto 2: Saco com amostra de argila

As argilas são “o resultado do intemperismo, da ação hidrotermal ou que se depositaram como sedimentos fluviais, marinhos, lacustres ou eólicos” (Santos, 1975)

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GESTÃO

Foto 4: Forma para compactação da argila e conformação dos corpos de prova

Foto 7: Corpo de prova prensado.

Foto 5: Preenchimento da forma (observe que o molde está colocado no fundo)

Foto 8: Parafuso para sacar o molde

Obs.: lubrificar com óleo diesel as paredes, o fundo e a tampa Ao compactar a argila, é preciso observar a saída das rebarbas. Utilizar prensa hidráulica de 10 toneladas. Foto 6: Compactação do corpo de prova

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Foto 9: Recortar a peça para formar tabletes padronizados



GESTÃO

Fotos 10 e 11: Identificar a amostra e codificar referente ao local de extração. Com auxílio de um gabarito, demarcar 5 cm para cálculo de retração da massa após secagem e queima.

Foto 12: Os tabletes identificados com a letra P são da argila que está na produção (referência). Os corpos de prova identificados com M1 referem-se à amostra-teste. É preciso preparar, no mínimo, 15 tabletes para cada amostra. Os corpos de prova, após a secagem, deverão ser queimados no forno juntamente com a carga de blocos ou telhas, protegendo-os da chama direta. Para isso, recomenda-se preparar um cubículo feito com blocos, onde os tabletes serão colocados. Dessa forma, os corpos de prova estarão protegidos da chama direta (dê preferência ao meio da carga). Após a queima, as amostras M1 e P serão comparadas. Verifica-se a sonoridade, resistência e cor de queima.

Metodologia A determinação da massa seca (peso dos tabletes) é feita logo após os corpos de prova saírem do forno, por amostra com o registro de dados. Após essa etapa, os corpos de prova deverão ser colocados em um recipiente com água limpa e mantidos imersos por 24 horas. Ao retirar essas amostras, deve-se remover o excesso de água com um pano úmido, pesar e anotar. Encontrados os pesos seco e úmido das amostras, o valor encontrado é dividido pela quantidade de tabletes para chegar ao valor aproximado por peça.

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Cálculo do ensaio: absorção de água

Retração total (%) = Mi – Mf x 100 = 5,0 – 4,5 x 100= Mu = massa úmida Mi Ms = corpo de prova queimado seco. 5,0

Absorção de água (%) = Mu - Ms x 100 = % de AA Ms

O percentual de retração da massa seca e pós queima indicará que a argila é mais ou menos plástica – argilas plásticas tendem a retrair mais, enquanto que as com baixa plasticidade, por exemplo, as que contêm resíduos de areia, são as que menos retraem.


GESTÃO

Assim, as argilas plásticas que apresentarem resistência mecânica, som metálico agudo, baixo percentual de absorção de água e retração total abaixo de 10% podem ser avaliadas para uso provável na fabricação de telhas (Norma ABNT 15310:2009 Telhas determina AA máximos 20%.). As argilas “ma-

gras”, ou seja, menos plásticas, geralmente, apresentam menor resistência mecânica à flexão e à compressão. Essas são mais utilizadas na fabricação de blocos de vedação ou entra na composição da massa plástica como fator de correção da retração após secagem e queima.

Resultados do ensaio de caracterização física Conclui-se que os corpos de prova apresentam cores e tamanhos diferentes. Esta variação é consequência das características de cada argila, sendo que cada uma delas possui propriedades únicas, o que deve ser observado. Argilas que queimam na cor branca contêm baixo percentual de óxido de ferro, enquanto que as que apresentam coloração avermelhada contêm óxido de ferro em maior quantidade, em média acima de 3%.

Foto 13: Corpo de prova após queima

Para o cálculo de retração total utiliza-se a fórmula:

Retração total (%) = Mi – Mf x 100 = 5,0 – 4,5 x 100= 10% Mi Onde Mf é medida final (queimado) e Mi a medida inicial (molhada). Absorção de água (%) = Mu - Ms x O paquímetro é usado para medição. Para calcular o percentual de absorção de água é necessário ter uma balança eletrônica de precisão 0,01g. Pode utilizar-se, com algumas restrições, balanças eletrônicas comuns. Nesse caso, deve-se pesar uma quantidade maior de corpos de prova da mesma amostra, ou seja, pesar todos os corpos quando retirados do forno. Exemplo: peso de um corpo de prova úmido = aproximadamente 80g. Este é o primeiro artigo de uma série de procedimentos que visam auxiliar o ceramista no conhecimento das argilas. Os próximos assuntos a serem abordados serão escavação; sazonamento – estoque; equipamentos e preparação da mistura e ensaio de resíduos. NC

5,0 100 = % de AA Ms

As argilas que queimam na cor branca contêm baixo percentual de óxido de ferro, enquanto que as que apresentam coloração avermelhada contêm óxido de ferro em maior quantidade, em média acima de 3%.

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TECNOLOGIA 40

Flexibilidade e produtividade alemãs No outono europeu de 2007, a empresa alemã Keller HCW se propôs a um grande desafio: trocar em 14 dias a antiga instalação de montagem da fábrica de tijolos Küsters, em Kleve, na Alemanha, por uma instalação robotizada sem desligar o forno. Com uma operação de teste completa, os engenheiros garantiram o prazo. “As intensivas conversas preliminares e o magnífico trabalho conjunto fizeram com que tudo transcorresse de acordo com o planejado para que atingíssemos o nosso objetivo sem transtornos”, informou a empresa. O forno foi reduzido para o mais baixo débito possível na operação e a frota de veículos da fábrica foi posicionada à frente do forno. Em seguida, iniciaram-se os trabalhos da instalação dos robôs envolvendo os colaboradores da Küsters e da Keller 24 horas por dia. Antes do prazo estipulado a instalação foi colocada em funcionamento.

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Em combinação com uma estrutura de acumulação existente, a nova instalação de secagem passou a funcionar de forma altamente flexível com a fabricação de dois produtos simultaneamente. A alimentação automática da máquina, assim como um setor manual podem ser viabilizados opcionalmente por meio de um robô de transferência. Por meio dos muitos e diferentes conjuntos de máquinas na condução do robô de transferência, foram implementados os mais diversos esquemas de carregamento. O robô de transferência trabalha sobre dois trilhos. O carregamento automático de tijolos de fachada sobre tiras não representa problema na instalação. O desempenho chega a 14 milhões por ano em operação de um turno. Em primeiro plano, está a enorme flexibilidade desta máquina e a facilidade de uso. Todo o setor é supervisionado por apenas um colaborador. NC


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MEIO AMBIENTE

Coopemi garante extração provisória em sete áreas Os locais para extração de matéria-prima estão localizados em Içara (SC)

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Ceramistas associados à Cooperativa de Extração Mineral da Bacia do Rio Urussanga (Coopemi), de Morro da Fumaça (SC), começam o ano com uma boa notícia para o meio ambiente e suas atividades minerais. Mediante diversas reuniões com o Ministério Público Federal, Fundação de Meio Ambiente (Fatma), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a diretoria e técnicos da Coopemi, foi possível viabilizar a regularização de sete títulos minerários para extração de argila da cooperativa. Os locais para extração estão localizados em Içara (SC). Segundo o geólogo do DNPM, João Batista Lins Coitinho, após a liberação das licenças ambientais, coube ao departamento emitir as guias de utilização, que autorizam a cooperativa a extrair uma determinada quantidade de argila nas áreas


fazer futuramente a extração e fornecer para cada um”, relatou. De acordo com o presidente do Sindicado da Indústria de Cerâmica Vermelha (Sindicer) de Morro da Fumaça, Sérgio Pagnan, por muito tempo os ceramistas extraíram matéria-prima irregularmente. Mas frisa que, na maioria dos casos, isso ocorreu devido à falta de informação. De acordo com o geólogo da Coopemi, Rafael Guelfi Frizzo, a maioria dos oleiros não tem conhecimento que para explorar argila é preciso de autorização. “Eles acham

MEIO AMBIENTE

licenciadas, pelo prazo de um ano. “A partir da liberação das guias de utilização (direito provisório para extração), a atividade de extração de argila passa a ser realizada dentro dos preceitos legais previstos no Código de Mineração, segundo um plano de aproveitamento econômico aprovado pelo DNPM e mediante os condicionantes definidos pela licença ambiental de operação fornecida pela Fatma”, explicou Coitinho. O próximo passo agora é conseguir a portaria de lavra, que é o título definitivo para extrair. “A guia de utilização é um título precário, concedido mediante determinadas condições, por um período determinado. Já a Portaria de Lavra pode ser considerada um título definitivo, que assegura o direito da empresa sobre uma determinada área, até sua exaustão. Já a extração de argila deverá, sempre, ser realizada conforme projeto previamente aprovado no DNPM e licenciado ambientalmente”. Segundo o engenheiro ambiental da Coopemi, Wagner Benedet, dos 23 títulos minerários, que estão em diferentes fases de regularização, sete já estão legalizados para extração de argila. O engenheiro ainda afirma que a cooperativa conta com 127 filiados. Destes, 51 empresas extraem matéria-prima nos sete títulos, que totalizam aproximadamente 1,6 mil hectares. Por enquanto, as próprias cerâmicas vão extrair argila dos locais legalizados. “Por um ano as cerâmicas continuam extraindo elas mesmas com a licença da Coopemi. Isto ocorrerá até a cooperativa ter estrutura para

Ceramistas poderão extrair legalmente nas sete áreas pelo prazo de um ano

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MEIO AMBIENTE 46

Coopemi supervisiona e orienta ceramistas da região sul para extrair argila legalmente

que comprando o terreno podem fazer o que querem, o que não é verdade, pois o subsolo pertence à União. Isso acontece, muitas vezes, por falta de conhecimento. Ou também pelo tamanho da burocracia. Tu precisas contratar engenheiro de minas, engenheiro ambiental, geólogo, entre outros, para conseguir legalizar uma área de extração”, disse. Segundo ele, é a falta de informação um dos principais motivos que levam o ceramista a extrair ilegalmente. Frizzo afirma que, para extrair corretamente, é preciso cumprir uma série de exigências conforme está previsto em lei. A Coopemi, criada em 1998 para supervisionar e orientar a extração de argila na região sul, conta com geólogo, engenheiro de minas, engenheiro ambiental, além de departamento jurídico especializado, à disposição dos associados, para, dessa forma, passar a extrair legalmente, cumprindo exigências que envolvem desde a extração

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até a recuperação das áreas degradadas. De acordo com Coitinho, a legalização das extrações representa a própria sobrevivência da atividade. “Os ceramistas têm duas alternativas para conseguir matéria-prima para sua atividade. A primeira, preferida pela grande maioria, é a própria extração de argila, em áreas próximas à sua indústria e a segunda, é a compra de matéria-prima proveniente de produtor legalizado. No primeiro caso, as áreas estando regularizadas junto ao DNPM e Fatma e a atividade sendo realizada de forma associativa, os custos serão bastante reduzidos, se comparados com a produção individual realizada por cada um dos ceramistas”, disse Coitinho. Ao DNPM, agora, caberá fiscalizar a atividade de lavra, para verificar se estão sendo cumpridos os planos de aproveitamento econômicos aprovados, além de fiscalizar o recolhimento da Compensação Financeira pela Extração Mineral (CFEM). NC



ARTIGO TÉCNICO

Areia de fundição descartada como matéria-prima na produção de cerâmica vermelha Trabalho apresentado no 54º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado de 30 de maio a 2 de junho de 2010, em Foz do Iguaçu, no Paraná

Resumo A Metalurgia no Brasil funde 3 Mt/ano de diferentes ligas metálicas destinadas à Indústria Automotiva, siderurgia e outros. A demanda projetada para 2011 é de 4 Mt. Das 600 fundições em todo o país, 224 utilizam o processo de modelagem de areia + CO2 e delas 152 são destinadas a fundir bronze. Uma empresa como a Grofe com 50 funcionários funde 20 t/mês de bronze e descarta 15 t/mês de areia contaminada com elementos pesados como chumbo, que é destinada à aterros sanitários especiais, distantes para o transporte e caros de manter. Numa indústria cerâmica em Jundiaí foram produzidos 700 blocos de cerâmica vermelha onde se utilizou 1,0% da areia descartada. Os resultados tecnológicos dos mesmos são comparáveis aos tradicionais com o benefício ambiental de não serem destinados aos aterros acima referidos. Esse mesmo destino pode ser dado aos 2,5 Mt/ano de areia descartada apenas no estado de São Paulo.

Introdução Nos últimos quinze anos, o LMPSol - Laboratório de matérias-primas particuladas e sólidos não-metálicos do PMT-EPUSP – Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais – Escola Politécnica – Universidade

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de São Paulo estuda as possibilidades de incorporar materiais provenientes dos rejeitos das diferentes produções industriais à produção de tijolos, telhas, lajotas e blocos para construção civil. Entre os objetivos do estudo se encontra diminuir a poluição ambiental e ao mesmo tempo melhorar as propriedades dos produtos finais para a construção civil. Entre os exemplos estão o estudo da influência do pó de aço rejeitado na siderurgia utilizada como reforço em cerâmica estrutural [1] e o uso da areia rejeitada do processo metalúrgico de fundição na produção de tijolos e de outros produtos da cerâmica estrutural.

Antecedentes, material e métodos No princípio de 2007, especialistas da Companhia Metalúrgica Grofe, de São Paulo, contataram pesquisadores e professoras do LMPSol - PMT - EPUSP procurando uma solução à preocupação com a disposição final das areias de fundição rejeitadas depois do processo metalúrgico. Até hoje a companhia paga pelo aterro sanitário especial, muito caro, em segurança, fora do cinturão de saúde da cidade com todas as consequências incluídas, como armazenamento adequado em contêineres perto da fábrica, caminhões, fretes, salários e tempo para transportar estes contêineres até o local do aterro sanitário especial. A empresa solicitou aos pesquisadores do laboratório uma solução sustentável para esta situação. Os autores deste artigo fizeram um plano de trabalho para caracterizar as amostras de areia rejeitada pela distribuição do tamanho de partículas (Tabela 1 e Figura 1) e pela composição química (Tabela 2). [2]


Tabela 1 Distribuição granulométrica das areias descartadas de fundição pela Grofe.

Malhas (µm)

Tamanho (mm)

Retido (g)

Peso %

850 600 425

0,850 0,600 0,425

0,90 2,20 63,80

300

0,300

212 150 106

Peneirado a seco

0,11 0,26 7,47

Retido acumulado % 0,11 0,36 7,83

Passante acumulado % 99,89 99,64 92,17

216,60

25,35

33,18

66,82

0,212 0,151 0,106

319,00 185,00 30,30

37,33 21,65 3,55

70,51 92,16 95,71

29,49 7,84 4,29

75

0,075

0,80

0,09

95,80

4,20

53 -53

0,053 0,050

24,50 11,40

2,87 1,33

98,67 100,00

1,33 0,00

ARTIGO TÉCNICO

G. R. Martín-Cortés¹; S. Cosin¹; J. E. D’rito²; F. J. Esper¹; F. R. Valenzuela-Díaz¹; W. T. Hennies³ ¹LMPSol – PMT – EPUSP Laboratório de matérias-primas particuladas e sólidos não-metálicos do PMT-EPUSP – Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais – Escola Politécnica – Universidade de São Paulo ²Mineração ITABRAS Ltda. Jundiaí, SP ³PMI-EPUSP Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Figura 1. Distribuição granulométrica das areias descartadas da fundição Grofe

Frequência acumulada abaixo (%)

100

80

60

40

20

0 0,010

0,100

1,000

Diâmetro de Partículas (µm)

Tabela 2 Composição química das areias descartadas da fundição Grofe Oxide Na2O Al2O3 SiO2 P2O5 SO3 %

0,71

0,13

98,8

0,01

Cl

K2O

CaO TiO2 MnO Fe2O3 PbO

0,01 0,02 0,02 0,02

0,05 0,03

0,14

0,02

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ARTIGO TÉCNICO 50

Como a tabela 2 mostra o teor de PbO está no limite inferior da norma. [3] O plano proposto foi analisado por todo o grupo de especialistas envolvidos tanto do LMPSol quanto os da Grofe. Foi aprovado e executado o trabalho seguinte: Foram preparadas amostras de composições (em peso) com: 1%, 5%, 10%, 20% e 30% em massa do material particulado rejeitado no processo de fundição após o uso na moldagem das peças de bronze. Depois de homogeneizadas as composições, para cada 500 gramas de mistura umedecida obtendo uma massa pastosa se conformaram manualmente 60 esferas. As esferas foram pesadas depois de conformadas (peso verde), para o cálculo da umidade de conformação. Depois da pesagem, os corpos de prova esféricos foram mantidos em temperatura ambiente por pelo menos 48 horas. Imediatamente depois de secos os corpos foram colocados em estufa a 60ºC por 24 horas e depois a 110ºC. Trinta esferas secas a 110ºC foram avaliados no ensaio de resistência a compressão. Trinta esferas secas a 110ºC foram queimadas a 950ºC em forno elétrico com velocidade de aquecimento de 10 graus por minuto e mesas de estabilização de temperatura de 30 minutos. Colocadas para esfriar em temperatura ambiente os corpos de prova foram avaliados com relação à cor e submetidos ao teste de resistência à compressão. Os testes feitos com os corpos de prova esféricos indicaram a possibilidade de incorporar até 30% da areia de fundição rejeitada na massa de produtos de cerâmica vermelha. Mas a presença de metais pesados na composição química e a necessidade de proteger os trabalhadores levaram a decidir usar só 1% da areia rejeitada na massa a testar. Então aquele % de material particulado rejeitado foi usado para conformação por extrusão dos corpos de teste prismáticos (tijolos). Foram pesados 1500 kg de argila e aproximadamente 15 kg de areia rejeitada para a composição. Com a massa elaborada, foram conformados mais de 600 blocos estruturais industriais por extrusão. As Figuras 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, mostram o processo de conformação numa fábrica de cerâmica vermelha do município de Jundiaí. Depois destes passos, 30 tijolos foram

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Figura 2. Preparação por peneiramento das areias para o teste de extrusão

Figura 3. Seleção da argila para o teste de extrusão

Figura 4. Início do processo de produção fabril depois da homogeneização da massa

Figura 5. Mistura previa à extrusão


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ARTIGO TÉCNICO

Figura 6. Extrusão e corte dos tijolos

Figura 7. Marcação dos tijolos para identificação posterior

Fig. 8 Pesagem dos tijolos do teste antes de secar e queimar a 700 – 900°C

enviados para o ensaio de resistência à compressão como amostra representativa de todo o processo de conformação e queima junto com 30 tijolos tradicionais de cerâmica vermelha sem areia. Antes de executar o ensaio os tijolos foram submergidos em água (Figura 9) por quatro horas, depois foram medidos por todos os lados para calcular a área comum de cada tijolo. Então cada tijolo foi submetido ao ensaio de resistência à compressão em uma máquina universal. Todo o processo é mostrado nas fotografias seguintes (Figura 10, 11 e 12) e os resultados são apresentados à frente. [4]

Figura 9. Tijolos submergidos em água antes do ensaio de resistência à compressão

Figura 10. Medindo os lados do tijolo.

Das 600 fundições em todo o país, 224 utilizam o processo de modelagem de areia+ CO2 e delas 152 são destinadas a fundir bronze

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ARTIGO TÉCNICO

Figuras 11 e 12. Ensaio de resistência à compressão, início e fim.

Resultados Os resultados do ensaio de resistência à compressão se mostram na tabela 3 abaixo: Tabela 3 Resultados do ensaio de resistência à compressão

Tipo

Resistência a Compressão (MPa)

Grofe

3,1

White

3,2

Entretanto o laboratório onde os testes foram executados estabelece 1,5 MPa como valor mínimo de resistência à compressão; os tijolos conformados com a areia descartada do processo de fundição apresentaram como média o dobro dos valores exigidos. Valores praticamente iguais aos que apresentaram os tijolos tradicionais elaborados com “argilas Taguá”. Os resultados do teste de absorção de água apresentam valores menores ou iguais de 2,0%. Os mesmos se encontram dentro dos valores permitidos para tijolos de cerâmica vermelha. Um laboratório especializado em análise de águas executou o ensaio de lixiviação para determinar a composição química do material dos tijolos quebrados no ensaio de resistência à compressão e comprovar o comportamento do PB após os processos de elaboração da massa, extrusão e queima. Este laboratório emitiu certificado técnico analítico onde concluiu que os resultados obtidos se encontram dentro dos valores normalmente permitidos. Outra boa noticia é que desta forma a vida útil dos depósitos de argilas Taguá para cerâmica vermelha pode ser prolongada evitando

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o distanciamento dos depósitos minerais das unidades de produção e das áreas em construção.

A aplicação destas areias descartadas para estas produções elimina ou reduz a necessidade de usar áreas especiais caras para a disposição final das mesmas depois de serem contaminadas no processo de fundição


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ARTIGO TÉCNICO 56

Conclusões

Referências

A adição de areia proveniente do processo de fundição à massa de argila para produzir tijolos, telhas e outros produtos de cerâmica vermelha representa uma solução útil e barata para a disposição do mesmo. A aplicação destas areias descartadas para estas produções elimina ou reduz a necessidade de usar áreas especiais caras para a disposição final das mesmas depois de serem contaminadas no processo de fundição. Tijolos produzidos com massas compostas por argilas vermelhas e areias procedentes do processo de fundição apresentam resistência à compressão suficiente para a construção civil, igual a que apresentam os tijolos tradicionalmente produzidos apenas com argilas vermelhas. Por outro lado, o custo de produção destes tijolos será menor que o dos tijolos produzidos tradicionalmente porque diminui a quantidade de argilas boas a serem usadas em sua produção. Outra boa noticia é que desta forma a vida útil dos depósitos de argilas Taguá para cerâmica vermelha pode ser prolongada evitando o distanciamento dos depósitos minerais das unidades de produção e das áreas em construção.

1. Machado, A. T., Carneiro, I. N. S., Carvalho, A. L., Souza, C. A. C., Cardoso, R. J. C., Valenzuela-Diaz, F. R. Influência da temperatura no comportamento mecânico de matrizes de cerâmica vermelha contendo pó de aciaria In: XV Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais, 2004, Porto Alegre, RS. CD ROM Anais do XVI CBECIMAT. , 2004. p.11011 – 10 2. Cosin, Shirley, Kozievitch, V. F. J., Santos, Pérsio de Souza, Moreno, M. T., Valenzuela-Diaz, F. R. Estudos visando a incorporação de lodo de ETA em massas de cerâmica vermelha. Cerâmica Informação,v.26, p.34 - 38, 2003. 3. Cosin, Shirley, Kozievitch, Valquíria de F J, Santos, Pérsio de Souza, Valenzuela-Diaz, F. R. Influência de alguns aditivos na resistência após secagem de mistura Taguá de Jarinu, SP/lodo de ETA In: 48 Congresso Brasileiro de Cerâmica, 2004, Curitiba, PR. CD ROM Anais do 48 CBC. São Paulo, SP,: Associação Brasileira de Cerâmica, 2004. p.19271 – 19279 4. Santos, Pérsio de Souza, Coelho, A. C. V., Valenzuela-Diaz, F. R.,Wiebeck, H., Toffoli, S. M. Pesquisas sobre a reciclagem de alguns rejeitos sólidos no Laboratório de matérias-primas particuladas e sólidos não-metálicos (LMPSol) da Escola Politécnica da USP In: Seminário Nacional sobre uso/Reciclagem de Resíduos Sólidos Industriais, Secretaria do Estado de Meio Ambiente, 2000, São Paulo. CD ROM do Seminário. , 2000. p.01 – 21 NC

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Procompi trará melhorias a micro e pequenas indústrias Curso visa desde desenvolver empreendimentos até gerar negócios de sucesso

Ceramistas vão poder resolver problemas que eles encontram no dia a dia

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Ceramistas associados ao Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha (Sindicer) de Morro da Fumaça (SC) terão a oportunidade de participar de um programa de melhorias para micro e pequenas indústrias. O Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), que tem duração de 18 meses, visa desenvolver empreendimentos e gerar negócios de sucesso e fortalecer o grupo de empresa tornando o produto competitivo ao mercado consumidor. O investimento é de R$ 250. Durante a capacitação, os participantes aprenderão sobre o desenvolvimento das micro e pequenas empresas do setor e seus trabalhos consistirão em melhoria da qualidade dos materiais, formação e qualificação da mão de obra, normalização técnica, capacitação de laboratórios e informação ao consumidor.


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O curso será ministrado por consultores capacitados e credenciados que serão contratados pela Fiesc, Senai e IEL. Segundo Paulo Fernandes, responsável pelo Laboratório de Cerâmica Vermelha do Sindicer, durante os 18 meses de curso serão feitos nas empresas ações de diagnóstico, capacitações, consultorias e eventos para promover a melhoria e ampliação do mercado das empresas participantes. A programação inclui 80 horas de capacitação coletiva e 50 horas de consultoria na empresa, podendo ser alterada conforme a evolução do programa. Entre os benefícios do Procompi é possível destacar, segundo Fernandes, a correção de toda a cadeia produtiva, modernização da gestão, melhoria de processos, melhoria da qualidade dos produtos e adequação às normas técnicas, aumento da produtividade, redução de custos e desperdício e qualificação subsidiada. De acordo com Fernandes, é importante que os empresários invistam neste curso, “pois nesse programa os ceramistas vão poder resolver problemas que eles encontram no dia a dia com um apoiador que visa atender às necessidades do mercado, como fabricar produtos conforme as normas técnicas, além de aumentar a produção sem comprometer a qualidade e ter a oportunidade de ter seus colaboradores qualificados para suprir a mão de obra”.

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“A ideia de implantar o curso surgiu a partir do comitê gerenciador do PBQP-H, conhecido como COGER, onde se encontra representantes da Caixa Econômica Federal, da Federação das Indústrias (Fiesc) e do Ministério Publico, entre outros órgãos de apoio, como o CREA/SC, Inmetro, consultores e representantes da construção civil e sindicatos das cerâmicas vermelhas da região. Assim, esse comitê vendo a necessidade de melhorias nas cerâmicas da região decidiu implantar esse programa de qualificação e capacitação na região sul de Santa Catarina, onde se encontra um grande polo produtor de cerâmica vermelha que comercializa para o Brasil todo”, explicou. Podem participar do programa associados ao Sindicer. “Atendendo a esse quesito é só vir até o sindicato e preencher o termo de adesão e participação do Procompi”, disse Fernandes. NC


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Conhecimento ao alcance de todos Problemas e soluções são detalhados em obra Conhecido no setor de cerâmica vermelha por sua linguagem clara e objetiva, o professor e consultor de empresas do Senai, Amando Alves de Oliveira, lança seu primeiro livro com o título Tecnologia em Cerâmica. A obra atende uma necessidade antiga do setor, carente em produções técnicas voltadas para a realidade da empresa brasileira. Em 176 páginas, o leitor vai encontrar informações sobre o processo industrial bem como a tecnologia empregada no processo produtivo com exemplos reais, defeitos e erros comuns nas empresas e soluções. O autor, que trabalhou dois anos para concluir o livro, conta que Tecnologia em Cerâmica é sua primeira publicação. “Ele é inédito no Brasil, pois não existe nenhum livro no país que trate os problemas de produção e ao mesmo tempo traga a solução para os mesmos. Faltam técnicos realmente envolvidos com a cerâmica vermelha, por isto não vejo um mercado

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rico em informações técnicas voltadas para a cerâmica vermelha. Na verdade, o que vemos é uma enxurrada de livros totalmente teóricos e voltados mais para trabalhos técnicos científicos sem nenhuma importância para o setor”, destaca. A intenção de Oliveira é que o livro beneficie desde as olarias comandadas por famílias até as grandes cerâmicas de alta tecnologia. “Tive o cuidado de colocar os problemas comuns a todos e as soluções dos mesmos em linguagem simples para que o gerente ou encarregado por meio da consulta resolva o problema da cerâmica”. Na cartilha o leitor, terá acesso a detalhes da produção, desde a escolha da matéria- prima, o tipo de preparo da massa, a influência dela na qualidade do produto, na produtividade, nos custos, desgaste e regulagem de equipamentos, a escolha dos tipos de fornos, o sistema de transporte de produtos e o sistema de secagem e queima de peças. O lançamento oficial da publicação acontece entre os dias 24 e 27 de agosto, durante o 40º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, em Vitória (ES).


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O autor Amando Alves de Oliveira é professor e consultor de empresas pelo Senai. É formado em Tecnologia Cerâmica pela escola Senai Armando de Arruda Pereira, de São Paulo, e pelo curso técnico de ensino pela escola Senai Mário Amato (SP). Fez especializações em Extrusão, na Alemanha, em Sistema de Secagem de Produtos, na Itália, em Sistema de queima e secagem rápida, em Portugal e em Extrusão de revestimentos e telhas, na Espanha. Em 2010, ganhou o prêmio João de Barro, concedido pela Anicer, na categoria personalidade na indústria de cerâmica vermelha.

Livros trazem novidades sobre o setor O livro Alvenaria Estrutural em blocos cerâmicos: projeto, execução e controle foi lançado durante a 19ª Feicon Batimat, realizada de 15 a 19 de março, em São Paulo. A obra foi escrita por Guilherme Parsekian e Márcia Soares. O livro traz informações sobre racionalização, segurança e qualidade para as construções, com base nas normas técnicas para projeto e execução de alvenaria estrutural de blocos cerâmicos. O principal objetivo da obra é informar o leitor sobre a elaboração de projetos e obras em alvenaria estrutural de blocos cerâmicos. São abordados no livro tópicos importantes para a eficiência e racionalização do sistema como conceitos técnicos da normalização brasileira; definição de materiais e componentes; crité-

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rios para dimensionamento de elementos de alvenaria; projeto de alvenaria estrutural (com exemplos detalhados de projeto racionalizado); conceitos sobre ações e segurança; critérios para dimensionamento da estrutura do prédio (com exemplos de cálculo) e aspectos para a correta execução e controle de obras em alvenaria estrutural. Outra novidade no evento foi o lançamento pela ABNT da Norma para Alvenaria Estrutural com Blocos Cerâmicos. A NBR 15812 apresenta normatizações que garantirão maior segurança a calculistas e consumidores em geral, gerando ainda economia em materiais, rapidez e durabilidade. Além disso, é adequada aos padrões brasileiros para a construção civil e chega para somar no crescimento continuado e sustentável de todo o setor. Homens do Barro - Trabalho e Sobrevivência na Cerâmica Vermelha é outra obra voltada para o setor de cerâmica vermelha. O livro, do professor de História da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), de Criciúma (SC), João Henrique Zanelatto, traz um estudo sobre a trajetória dos trabalhadores que atuavam nas cerâmicas do Morro da Fumaça (SC) no período de 1970 a 1990. O lançamento da obra publicada pela Editora Baraúna (SP) aconteceu no dia 10 de março na Unesc, em Criciúma (SC). NC


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Tecnargilla confirma posição de liderança mundial Feira da Itália teve recorde de público em 2010 Um estudo de natureza qualitativa e quantitativa, realizado pela empresa Nets comprovou que a Tecnargilla, realizada uma vez a cada dois anos em Rimini, na Itália, é a feira mais popular no setor cerâmico mundial. A última edição foi realizada de 27 de outubro a 1º de setembro de 2010 e mais uma vez provou ser a líder mundial de suprimentos para a indústria cerâmica. Mais de 66% dos visitantes entrevistados classificaram a Tecnargilla entre “boa” e “excelente” em termos de qualidade. Segundo os entrevistados, a feira internacional se destaca por oferecer a maior gama de produtos e todos os tipos de tecnologia e recursos para a

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produção de telhas, louças sanitárias, tijolos e cerâmicas técnicas e apresenta o maior número de expositores de alto nível. Praticamente todas as empresas líderes no setor participaram da feira de 2010 e confirmaram a vontade de voltar a expor em setembro de 2012. Mais de 54% dos visitantes entrevistados revelaram que nos últimos dois anos compareceram apenas na Tecnargilla. Estas taxas de aprovação colocam a feira da Itália acima de feiras semelhantes na avaliação de operadores internacionais. O perfil do visitante é altamente qualificado, um outro indicador da capacidade do evento. Profissionais dos departamentos técnico e de vendas de empresas que produzem produtos cerâmicos foram responsáveis por mais de 80% dos visitantes. Destes, mais de 40% ocupam cargos de decisão em suas empresas. Entre os visitantes do exterior, esse número sobe para 67%. A Tecnargilla 2010 fechou com visitação recorde, cerca de 31.599 pessoas, aumento de 0,5% comparado com a edição de 2008. Destes, 14.603 vieram do exterior, um número que subiu 18,6% em relação à edição anterior. NC


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FEIRAS

Indian Ceramics 2011 recebe mais de 4 mil visitantes Evento de 2012 já tem data definida Mais de 4 mil visitantes de diversos países estiveram presentes no Indian Ceramics 2011, que ocorreu de 13 a 15 de março, em Ahmedabad, na Índia. O evento de crescimento mais rápido na indústria cerâmica internacional proporcionou diversos contatos para os mais de 130 expositores de todos os continentes na feira. “Nós assinamos ordens de negócios com os Estados Unidos de mais de 5 milhões de dólares durante o evento”, disse um porta-voz da Sacmi, uma das maiores fabricantes de equipamentos italiana. Para Derek Burston, da Event Manager, este ano o evento foi um sucesso. “Cada expositor relatou suas satisfações particulares com a qualidade das visitas que obtivemos e a quantidade de negócios fechados”, comentou. Os planejamentos já estão em andamento para o Indian Ceramics 2012, que tem data prevista para acontecer de 13 a 15 de março

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de 2012, na mesmo centro de exposições, em Ahmedabad. “Estamos negociando agora para ter mais espaço no local”, afirmou Burston. “Como a procura está maior e a lista de espera de expositores também, significa que vamos precisar de uma maior vitrine para o próximo ano”. Os expositores da mostra deste ano têm até 30 de abril para confirmar as suas posições na planta do evento de 2012, a fim de garantir seu espaço. “Já temos 27 confirmações da mostra de 2012 e uma lista completa das empresas que esperamos dentro dos próximos meses. Alguns destes estão exigindo mais espaço devido ao enorme crescimento do setor cerâmico na Índia. Porém, no momento, não podemos garantir até confirmarmos a ampliação da área no centro de eventos. Esperamos que o próximo evento seja vendido para todos expositores internacionais, mais uma vez, antes do final deste ano. Manteremos as mesmas empresas, porém faremos novos contatos para termos um evento cada vez mais diversificado com inovações tecnológicas, gerando grandes oportunidades”, finalizou. NC


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Presidente do Sindicer, Rio do Sul, Cláudio Kurth, entrega o certificado

Senai capacita profissionais Capacitação do Senai integrou Programa Estruturante, que conta com parceria do IEL e do Sindicer, entre outras instituições Fonte: Fiesc

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Depois de sete meses de curso, 85 colaboradores das indústrias cerâmicas do Alto Vale do Itajaí (SC) receberam o certificado no dia 21 de março. A capacitação em cerâmica vermelha formou integrantes de 19 empresas da região. Ministrado pelo Senai de Santa Catarina, o curso integrou o projeto estruturante do setor, que conta com a participação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), do Sindicato da Indústria de Olaria e Cerâmica para Construção dos Vales do Itajaí e Tijucas (Sindicer), entre outras entidades. “Buscamos constantemente conhecimento, principalmente teórico para as empresas associadas. Nossos conhecimentos vêm de empresas familiares que precisam se atualizar e aperfeiçoar. Aplicamos o curso no Senai e agora o resultado é visível”, afirmou o presidente do Sindicer, Cláudio Kurth.


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“O curso foi dividido em 12 módulos e teve uma duração de sete meses. Agora continuamos as consultorias dentro das empresas, adaptando o conteúdo para cada realidade”, completou a diretora do Senai, Graziela da Silva Branco. Para o superintendente do IEL, Natalino Uggioni, um fator crítico de sucesso é a força de um sindicato, como o Sindicer. “O IEL trabalha pra captar recursos e viabilizar estes projetos, buscando a melhoria na qualidade e a capacitação. Sempre precisamos de instituições parceiras para executar esses projetos com sucesso”, afirmou Uggioni. Com a aceitação de mais de 80% das empresas do Sindicer, uma nova turma já começou o curso na cidade de Timbó. “Estamos

Diretora do Senai de Rio do Sul, Graziela da Silva Branco

Curso teve duração de sete meses e formou 85 colaboradores das indústrias cerâmicas do Alto Vale do Itajaí

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aplicando e queremos atingir ainda a região sul do estado”, disse Uggioni. O Projeto Estruturante da Cerâmica Vermelha e Artefatos de Cimento, no Alto Vale do Itajaí, conta com a participação também da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Sebrae, Inmetro, Caixa, Ministério Público do Estado, CREA-SC, secretarias de desenvolvimento regional de Rio do Sul e Taió e Comitê Gestor do PBQP-H. Também participam associações empresariais como a Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Brasileira de Cerâmica Certificada, de cerâmicas vermelha do Alto Vale do Itajaí (Acevale) e das indústrias de cimento e blocos de concreto (Assibloco). NC

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FEIRAS

Curitiba sedia 4ª Expocer Segmento desempenha papel fundamental no desenvolvimento do país e terá feira técnica na capital paranaense

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O setor cerâmico movimenta 500 mil postos de trabalho diretos e 1 milhão de indiretos do país. Representa 4,8% do volume de empregos da construção civil. Somente no Paraná são 714 empresas devidamente regularizadas, que apresentam uma produção média mensal de 178,5 milhões de peças de tijolos padrões, principal produto derivado da cerâmica vermelha. O estado é responsável por 1/4 de toda a produção nacional, de acordo com o Sindicato da Indústria Cerâmica do Paraná, o Sindicer PR. É no contexto deste importante segmento para o crescimento do país que acontece a quarta edição da Expocer – Feira de fornecedores para a indústria cerâmica e mineral, que acontece no pavilhão de exposições São Pedro, em Curitiba, entre os dias 13 e 16 de abril. O evento já se consolidou como


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principal palco de apresentação de tecnologias, serviços e produtos para o segmento na região sul do Brasil. A proposta do evento é trazer novidades e estimular a formalização do setor, por se tratar de uma atividade que ainda possui muitas ações irregulares. Com a regularização cria-se acesso a recursos econômicos e sociais que favorecem o crescimento das empresas com a possibilidade de aquisição de tecnologias que aumentam a qualidade e a quantidade da produção. As propostas da Expocer estão em consonância com os objetivos da principal instituição promotora do evento, o Sindicer PR. A instituição trabalha no sentido de contribuir com o desenvolvimento do setor sen-

do um agente entre empresas (fornecedor e cliente) e órgãos gestores do setor. Sua função na indústria cerâmica é fomentar a demanda de produtos, divulgá-los e profissionalizar os empresários para torná-los mais competitivos. Para isso são mantidas parcerias como o Senai de Ponta Grossa, onde são ministrados cursos técnicos específicos para a cerâmica vermelha. O secretário executivo do Sindicer PR, Donizeti Motta, destaca que, além disso, a sede do sindicato, com seus 20 anos de história, conta com espaço exclusivo para atendimento ao público, com sala de treinamento equipada com instalações de multimídia adequada especialmente para a realização de palestras e treinamentos teóricos aos associados. “Temos ainda veículo e instrumentos técnicos próprios para atendimento in loco nas empresas através de um quadro funcional altamente qualificado”, complementa Motta.

A feira De acordo com Donizeti, a Expocer é um evento de renome nacional e reúne um número grande de empresários dos setores de mineração, cerâmica vermelha e construção civil, que buscam a implementação do automatismo no parque fabril. “É um encontro já conhecido pelo setor, onde muitos empresários programam seus investimentos pós-feira. Uma ótima oportunidade para fazer negócios e aparelhar o chão de fábrica das olarias. Os ceramistas aguardam este acontecimento com entusiasmo”, enfatiza Motta. Durante a feira o Sindicer PR estará com um estande expondo sua estrutura de atendimento e parcerias. Serão mais de 50 expositores com tecnologias de ponta para o setor. Para Valdir Bello, diretor da Monte Bello Eventos, que realiza e organiza o evento, a Expocer 2011 será uma das melhores em volume de visitantes e negócios gerados. “A feira acontece em um polo produtivo da cerâmica vermelha, o que favorece a visitação por parte dos empresários e nos cria boas expectativas quanto aos resultados para os expositores”, comenta. NC

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A oitava edição do Edital Senai e Sesi de Inovação destinará R$ 26 milhões para projetos inovadores da indústria. Com valor 67% superior aos R$ 15,5 milhões investidos em 2010, a expectativa é que sejam atendidas mais de 90 de empresas de todo o país. Os projetos selecionados receberão apoio técnico e financeiro para o desenvolvimento de produtos, melhoria de processos de produção ou criação de serviço que proporcione qualidade de vida ao trabalhador ou à comunidade onde a indústria está situada. Além do aumento do volume total de recursos, o edital de 2010 aumentou de R$ 200 mil para R$ 300 mil o valor por projeto. Dos R$ 26 milhões, R$ 16 milhões são do Senai, R$ 7,5 milhões do Sesi e R$ 2,5

milhões em forma de bolsas de estudo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a pesquisadores que participam do projeto. Em 2010 foram atendidas 77 empresas em todo o país. Para participar, as empresas deverão apresentar o projeto aos departamentos regionais do Senai ou do Sesi até o dia 6 de maio. O edital detalhando os procedimentos necessários está disponível no site www. editaldeinovacao.com.br. As empresas deverão entrar com uma contrapartida de, no mínimo, 5% do valor pedido. O projeto precisa gerar um produto final, processo ou serviço com característica inovadora, que agregue valor à empresa e agrade ao mercado consumidor. NC

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Senai e Sesi têm R$ 26 milhões para inovação na indústria

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MEIO AMBIENTE

15 de abril - Dia de preservar o solo Por: Marina Salvador ambiental@novacer.com.br

O solo recobre a superfície da terra e é formado por diferentes tipos de substâncias, como minerais e água. Pode parecer estranho imaginar que o ato de conservar o solo mereça um dia especial. Mas essa conscientização é realmente importante, visto que o solo é responsável pela manutenção da vida dos seres vivos, seja fornecendo alimento ou matéria-prima para diversas atividades humanas. No Brasil, o Dia Nacional da Conservação do Solo, 15 de abril, foi instituído pela

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lei 7.876, de 13 de novembro de 1989, que homenageia o norte-americano Hugh Hammond Bennett (15.04.1881 – 07.07.1960) – considerado o pai da preservação dos solos nos Estados Unidos e o primeiro responsável pelo Serviço de Conservação de Solos do país norte-americano. Este dia é dedicado à reflexão sobre a conservação dos solos e sobre a necessidade de utilizarmos corretamente este recurso natural e, assim, viabilizarmos a manutenção e melhoria de sua capacidade produtiva, única forma de aumentarmos de forma sustentável a produção de alimentos, sem degradação ambiental. As atividades de extração de argila (um tipo de solo), que integram a rotina dos produtores de telhas e blocos de cerâmica vermelha, alteram consideravelmente as ca-


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MEIO AMBIENTE

racterísticas do solo. Os principais impactos negativos ao meio ambiente decorrentes desta atividade são o desmatamento e a remoção da camada superior do solo, resultando em um cenário arrasado devido aos processos erosivos. Devido aos impactos negativos que o solo sofre, é relevante que as empresas que utilizam a argila em seus processos produtivos usem apenas o material proveniente de áreas que possuam licenciamento ambiental, o que assegura a recuperação das áreas mineradas por meio do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) e evita a deterioração do meio ambiente. Um dos impactos ambientais causados pela extração de argila sem a correta recuperação é a erosão. Entende-se por erosão o processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou fragmentos de rocha, pela ação combinada da gravidade com água, vento, gelo ou organismos. A ação humana sobre o meio ambiente contribui exageradamente para a aceleração do processo, trazendo como conse-

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quências a perda de solos férteis, a poluição da água, o assoreamento dos cursos d’água e reservatórios e a degradação e redução da produtividade global dos ecossistemas terrestres e aquáticos. O assoreamento é o acúmulo de solo desprendido de erosões e outros materiais levados até rios e lagos pela chuva ou pelo vento. Quando isso ocorre, cabe às matas ciliares servirem de filtro para que este material não se deposite sob a água. Quando as matas são indevidamente removidas, rios e lagos perdem sua proteção natural e ficam sujeitos ao fenômeno. O assoreamento reduz o volume de água, torna-a turva e impossibilita a entrada de luz dificultando a fotossíntese e impedindo renovação do oxigênio para algas e peixes, conduzindo rios e lagos ao desaparecimento. Evitar e controlar erosões no solo, além de manter as matas ciliares intactas, é a melhor receita para evitar o fenômeno. Outro problema que a atividade de extração pode gerar é o aparecimento de cavas resultantes da remoção da argila em partes do terreno. Estas podem acumular água das chuvas e servir como vetores de doenças, dentre elas a dengue, já que o mosquito transmissor da enfermidade se reproduz em água limpa e parada.

PRAD O PRAD é responsável por evitar os impactos no solo citados, já que através dele a camada fértil é recomposta e a vegetação, auxiliadora na fixação e proteção do mesmo, replantada. É importante que o projeto seja implantado durante as atividades de extração, nas áreas onde a argila já foi retirada, para evitar que os impactos sejam potencializados pela demora na recuperação. O ceramista pode auxiliar na proteção do recurso obtendo argila apenas de locais onde o projeto esteja realmente sendo implantado. NC


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