Revista Novacer Edição 40 Agosto 2013

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Entrevista com o prof. Dr. da UENF Carlos Maurício Fontes Vieira

Ano 4

Agosto/2013

Edição 40

www.novacer.com.br

Produção

Processo produtivo bem executado garante mais qualidade e rendimento às indústrias do setor

Cerâmica City: líder em qualidade e tecnologia no Brasil

Estudo comprova uso de pó de pneu para produção de telhas

Setor perde um guerreiro


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tível e energia para aquecimento de estufas, enquanto que o automatismo da MAN coloca uma telha dentro da outra, isto é, no mesmo espaço que o europeu seca 6 telhas, a MAN seca10 telhas, ou seja, 40% a mais. “Muitas pessoas e ceramistas dizem que máquinas para serem boas têm que ser projetadas por europeus, sou Brasileiro mas filho de espanhóis, minha educação familiar e cada gota do meu sangue é 100% europeu, portanto minhas máquinas são projetadas por um europeu brasileiro, se é que isso tem alguma importância.” Matheus Rodrigues

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SUMÁRIO

DESENVOLVIMENTO 16: Processo produtivo bem

executado melhora a qualidade

EDITORIAL 12: Carta ao Ceramista

DESENVOLVIMENTO

ENTREVISTA

24: Cerâmica de SC consolida mais uma unidade de negócios

28: A pesquisa no setor

Diretor Geraldo Salvador Junior

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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

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Redação Juliana Nunes

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NovaCer • Ano 4 • Agosto • Edição 40

32: Líder em qualidade e tecnologia no mercado

Diagramação & Arte Jefferson Salvador Juliana Nunes

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DESENVOLVIMENTO

Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


MEIO AMBIENTE

NOVACER RESPONDE

36: Estudo comprova uso de pó de pneu para produção de telhas

46: Parecer técnico sobre eflorescências nas peças

SUMÁRIO

AGOSTO 2013 DESENVOLVIMENTO 40: Setor perde um guerreiro

DESENVOLVIMENTO 48: Keller HCW obtém dupla certificação ISO

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Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865

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Carta ao Ceramista Da extração à expedição. Até chegar ao produto final, a fabricação de produtos cerâmicos passa por diversas fases, como sazonamento, preparação de massa, secagem e queima, entre outros. Em cada uma destas etapas, o ceramista precisa ficar atento para que não haja perdas no processo. Entenda na reportagem especial desta edição como deve funcionar cada etapa do processo produtivo do setor de cerâmica vermelha. Na matéria de capa deste mês, especialistas dão dicas de como melhorar a cadeia produtiva, e como consequência obter um produto de qualidade. Neste mês, a NovaCer traz uma reportagem sobre um estudo que comprovou o uso de pó de pneu para produção de telhas, em Juazeiro do Norte, no Ceará. A pesquisa, de autoria de Luiz Roberto Machado Hordonho, mostra que a adição de pó de pneus à massa cerâmica resulta em melhora de 41% no índice de impermeabilidade e 26% na resistência à flexão, comparado com o que é indicado pela norma da ABNT. Confira a reportagem a partir da página 36. Confira ainda nesta edição a história da cerâmica City. Considerada uma das líderes em qualidade e tecnologia no país, a empresa de

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Cesário Lange (SP), está no mercado há mais de 25 anos. Na reportagem, conheça a história desta indústria, conhecida pela inovação tecnológica. Recentemente, a empresa investiu na aquisição de um carimbo dois em um, fornecido pela CS Carimbos. O investimento facilitou o processo produtivo da empresa, pois é mais prático e mais rápido para trocar os marcadores. No mês de agosto, o entrevistado especial é o prof. Dr. da UENF Carlos Maurício Fontes Vieira. Há 18 anos atuando com pesquisas, Vieira fala na entrevista sobre a importância da pesquisa no setor. O professor tem 102 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais e 207 artigos em anais de congressos nacionais e internacionais. Destes artigos, cerca de 95% é sobre o setor. A partir da página 40, conheça a trajetória do empresário Gelson Valentin Bertan. Diretor comercial da Natreb, faleceu no dia 7 de julho deste ano. Acompanhe na reportagem a homenagem da família ao empresário ceramista. Aproveite a leitura!

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D E S E N VO LV I M E N T O

Processo produtivo bem executado melhora a qualidade Grande gargalo do processo produtivo é a não existência de pesquisas das áreas exploradas

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A cadeia produtiva de cerâmica vermelha passa por diversas fases até chegar ao produto final. As etapas são parecidas para cada tipo de produto, o que diferencia uma etapa da outra é o tipo de material a ser fabricado. No geral, além da extração de matérias-primas, as etapas são sazonamento, preparação de massa, produção (extrusão, corte, prensagem – no caso das telhas), secagem, queima, classificação e expedição. Destas etapas, conforme a consultora em cerâmica vermelha Celina Monteiro, a área que o ceramista precisa aprimorar para que não surjam falhas nas fases seguintes é quanto à pesquisa das jazidas, legalização das áreas exploradas. “Infelizmente, do número de cerâmicas existentes no Brasil, não existe um dado oficial de quantos iniciam seu empreendimento após ter feito pesqui-


portamento da argila dentro do processo de extrusão, secagem e queima, evitando perdas no processo produtivo. Segundo o assessor técnico e da qualidade da Anicer Antônio Carlos Pimenta, para evitar perdas, o empresário deverá também controlar o processo, coletando dados de todas as fases e analisando-os para eventuais modificações necessárias. Para Pimenta, o ceramista precisa estar atento aos controles. “Os dados diários da produção devem ser objeto de contínua análise e tomada de decisões. Para isto, é necessária a manutenção de uma equipe bem treinada”. Segundo o consultor do Senai Mário Amato, aproximadamente 10% das cerâmicas sabem exatamente controlar a produção. “Infelizmente, no Brasil, não existe uma cultura de controle de processo. As coisas são tocadas de maneira muito artesanal, pois se tratam de empresas familiares, onde o comando das coisas é feita por gerentes e pelos próprios empresários. Neste caso, impera a vontade de cada um sem o uso de nenhum conhecimento técnico”, esclareceu. O combustível utilizado pela cerâmica é outro ponto que precisa de atenção quando o assunto é produção. Segundo Oliveira, se o ceramista não obedecer alguns procedimentos de oxigenação da combustão, a qualidade do produto pode ficar compromeNovaCer • Ano 4 • Agosto • Edição 40

D E S E N VO LV I M E N T O

sa e legalização, entre outros. Como já tive oportunidade de trabalhar em cerâmicas de todas as regiões do Brasil, minha experiência diz que, muitas vezes, a máquina já está na jazida para revirar a argila, e só depois o ceramista se preocupa em enviar, alguns, para laboratório para confirmar se vai servir ou não para fazer um produto de qualidade”, relatou. Para ela, não existe mais tempo para errar em uma etapa tão importante, já que poderá retirar uma argila com contaminações (de calcário, ou de gipsita, por exemplo), que causarão defeitos no produto, como a eflorescência. De acordo com Celina, sem conhecimento das argilas, a extração é feita da seguinte forma: retiram a argila, levam pra fábrica e vejam se quando chegar lá vão acertar. “O ceramista não se importa com o tratamento da argila, achando que todas são iguais em todas as regiões. Na minha opinião, o grande gargalo é a não existência de pesquisa, a não darem tanta importância a pesquisa das argilas. É preciso um estudo mais aprofundado” Para realizar uma pesquisa, com sondagens, verificação real do tempo de vida útil da jazida, entre outros, tem um custo elevado, conforme Celina. Porém, é uma etapa que pode ser feita em conjunto com outros ceramistas que retiram, inclusive, da mesma base. “Nesta etapa, devido ao custo alto, não é viável fazer individualmente, pois o serviço se torna oneroso. Aquele produtor que fabrica 6 milhões de peças/mês tem condições de bancar este custo sozinho. No entanto, para o produtor que fabrica entre 1 e 1,5 milhão de peças por mês, este serviço fica oneroso, fazendo com que ele vá concertando seu erro de não ter feito um estudo prévio durante a fabricação”, explicou. De acordo com o professor e consultor do Senai Mário Amato, Amando Alves de Oliveira, o ceramista precisa conhecer em primeiro lugar o comportamento das argilas dentro de cada processo e, para isto, alguns ensaios em laboratórios são obrigatórios, como análise térmica diferencial, dilatometria, análise química e ensaios preliminares. Estes ensaios mostram o com-

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D E S E N VO LV I M E N T O

tida. “É claro que o gás seria uma maravilha para queima, mesmo assim, sem o devido cuidado na mistura entre o ar e o combustível teremos um produto com problemas. Qualquer combustível exige um equilíbrio na mistura (oxigênio e combustível). O poder calorífico adquirido na combustão é de extrema importância tanto para a qualidade do produto como na economia de combustível. Cada tipo de combustível tem o seu poder calorífico específico, e o empresário deverá obter o máximo deste poder, mas, para isto, ele deverá atender às exigências nas misturas entre combustível e oxigênio”. No processo de produção, a etapa que o ceramista mais peca é no processo de extrusão, conforme o consultor do Senai Mário Amato. “É neste setor que eu determino a produtividade e a qualidade do meu produto. Outro setor que também requer muito cuidado é o de queima, inúmeros erros são cometidos neste setor elevando o custo de produção”, relatou. Um processo ideal, conforme ele, deve ser aquele em que todos envolvidos detêm conhecimento técnico, mesmo possuindo equipamentos obsoletos. Alguns pontos principais, conforme Pimenta, para uma cadeia produtiva eficaz são a correta extração e descanso das argilas,

preparação de massa, regulagem de boquilhas e secagem. Além disso, é preciso em primeiro lugar, conhecimento técnico e, em segundo lugar, uma equipe treinada. “É necessário treinar os funcionários, buscar nos centros de tecnologia ajuda para compras de máquinas e equipamentos, procurar saber antes se o equipamento realmente atende às suas expectativas. Também é preciso fazer pesquisa de mercado comparando os inúmeros equipamentos existentes no Brasil, procurando saber os prós e os contras de cada um”, relatou Oliveira. De acordo com Pimenta, a empresa deve ter procedimentos que garantam um fluxo contínuo de produção e, principalmente, interrompa a mesma quando identificar irregularidades, corrigindo-as imediatamente, antecipando maiores problemas e desperdícios. Muitas vezes, segundo o assessor técnico e da qualidade da Anicer, o ceramista opta por produzir mais, desprezando procedimentos como o sazonamento de argilas ou regulagem de boquilhas, fatores que podem comprometer a qualidade dos produtos. “Estes exemplos podem interferir ao contrário do que se deseja, diminuindo a quantidade produzida”.

Quer aumentar a produção? Fique atento Para aumentar a produção, é necessário avaliar se a empresa está ou não capacitada para aumentar a produção. “Por exemplo, existem alguns casos em que o empresário adquire um forno túnel e esquece que o mesmo exige uma secagem eficiente. O aumento de produção precisa passar por um estudo criterioso, deve-se verificar se os equipamentos de retaguarda são compatíveis com os equipamentos a serem ad-

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quiridos para aumento de produção. Nos dias de hoje, alguns empresários compram por impulso, esquecem de verificar as reais condições da sua empresa e se ela tem capacidade para absorver o investimento realizado”, explicou. Conforme Pimenta, é preciso analisar muito bem o mercado e suas tendências, além de ter muito bem controlado seu processo de fabricação e licenças ambientais.


De acordo com o consultor do Senai Mário Amato, Amando Alves Oliveira, antigamente os produtos de cerâmica vermelha tinham mais qualidade e durabilidade, e isto devido à preparação de massa que era realizada. “Tempos atrás, o sazonamento de argila era obrigatório, hoje em dia, devido ao custo, isto ficou para trás. A preparação de massa é importantíssima para a qualidade do produto e pela produtividade da empresa. A falta deste processo nos dias de hoje está comprometendo a qualidade dos nossos produtos, haja vista o aumento no índice de perdas no processo como um todo”, relatou. Dos erros mais comuns nesta etapa, Oliveira cita a dosagem realizada por meio de volume, pois a variação na composição da massa é constante. Outro fator preponderante é a falta de critérios técnicos para a mistura de determinadas argilas, pois cada uma delas requer um tratamento diferenciado, segundo o consultor. Outros equívocos, segundo o assessor técnico e da qualidade da Anicer Antônio Carlos Pimenta, são mistura em proporções inadequadas, equipamentos não apropriados e falta de descanso para estabilização de umidade.

D E S E N VO LV I M E N T O

Preparação de massa garante mais qualidade e durabilidade "Os processos são dependentes um do outro, qualquer desvio em um afetará o outro. Para resolver estes problemas o ceramista deve ser sistemático, acompanhar o sistema, monitorar, medir umidade, analisar resultados e tomar as ações devidas para correções", disse o assessor técnico e da qualidade. A preparação de massa e a extrusão, segundo Pimenta, interferem significativamente no resultado final dos produtos, "pois massas diferentes requerem regulagens de boquilha diferentes e, muitas vezes, nem esta regulagem resolve, ocasionando falhas no processo". Atualmente, o custo para preparação é um dos problemas vivenciados pelos empresários ceramistas. “A preparação de massa, embora necessária, tem um custo elevado, por isto, muitas empresas não fazem a preparação”, acrescentou. Para solucionar este problema, Oliveira dá a dica. “Muitas empresas que fazem a preparação de massa têm equipamentos em duplicidade (mesmo equipamento na preparação e na produção), alguns equipamentos poderiam ser retirados da produção em função da preparação de massa, reduzindo assim o custo da preparação”, relatou.

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D E S E N VO LV I M E N T O

Fluxograma do processo produtivo do setor de cerâmica vermelha PESQUISA DAS JAZIDAS DE ARGILAS / LEGALIZAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM “EXPLOTADAS”

ENSAIOS PRELIMINARES (1)

EXTRAÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS

ARGILA A1

ARGILA A2

ARGILA “N”

ESTOQUE / SAZONAMENTO FORMULAÇÃO DA MASSA CERÂMICA / “ESTOQUE INTERMEDIÁRIO “ CONFORMAÇÃO DAS PEÇAS REFUGO SECAGEM REFUGO SINTERIZAÇÃO REFUGO

Caracterização do Produto roduto Acabado segundo às Normas da ABNT

CLASSIFICAÇÃO/ EMBALAGEM / EXPEDIÇÃO MOAGEM/REUTILIZAÇÃO

(1)

AA

PA

TRF

RL

MEA

COR

Granulometria

FRX, DRX, DTA, TGA e AD

Na etapa pesquisa das jazidas de argilas/ legalização das áreas a serem exploradas, é preciso fazer um estudo da argila que se pretende utilizar na fabricação dos produtos. A pesquisa é importante, pois as argilas são de formação sedimentar que têm muitos minerais associados, portanto, a pesquisa faz com que o ceramista não utilize argila com contaminações, o que pode causar defeitos nas peças. Após esta fase, é preciso realizar alguns ensaios preliminares. São eles Absorção de água (AA); Porosidade aparente (PA); Tensão de Ruptura à Flexão (TRF) – faz tanto a seco ou como após a queima; Retração linear (RL); Massa específica aparente (MEA). Outros ensaios que se fazem necessários com as argilas são Difração de Raio X (DRX) – ensaio para saber quais são os minerais presentes na argila; Análise térmica diferencial (DTA); Análise termo gravimétrica (TGA); Análise dilatométrica (AD) – para conhecer o ponto de amolecimento da massa e Granulometria. Alguns destes ensaios, conforme Celina, podem ser realizados na própria cerâmica. No entanto, é preciso o acompanhamento de uma pessoa

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com experiência, para fazer o método de sondagem, escavação e coleta de amostras. Estes ensaios, portanto, devem ser feitos com corpos de prova já queimados. O ensaio de granulometria serve para conhecer as impurezas, que é o ensaio de resíduos, feito via úmida com peneiramento na peneira nº 325, da ABNT, conforme Celina. Referente aos tipos de argila (A1, A2 “N”), há cerâmicas que trabalham com dois tipos e há empresas que trabalham com até oito tipos de argilas. “Cada caso é um caso. Quando você conhece e tem o domínio das matérias-primas você pode brincar com a formulação de massa, ou seja, você pode estar otimizando e racionando aquela tua argila”, relatou Celina. Depois disso, o processo segue para estoque/sazonamento, formulação da massa cerâmica/estoque intermediário, passando pela conformação das peças, secagem e sinterização, que é a formação do corpo cerâmico. O refugos, segundo Celina, são as perdas que, dependendo da etapa, voltam para ser reutilizadas. Por exemplo, as perdas na conformação voltam para a formulação, também conhecidas como rebarbas. As perdas na etapa de secagem voltam para estoque intermediário, pois terá que ser umidificado para retornar à plasticidade. Já as perdas após sinterização, conhecidas também como moagem, atualmente são pouco reaproveitadas. “Uma peça queimada já perdeu água de constituição, então já não vai voltar à plasticidade em momento algum". Pra ser reutilizado, seria como o chamote, caco moído, que também tem um custo. É preciso ter um moinho de martelo e peneiras, entre outros, para estar na granulometria certa para ser reutilizado”. Quanto à classificação, embalagem e expedição, conforme Celina, um pequeno número de empresas põem em prática esta questão. No entanto, muitas construtoras já estão exigindo que o produto chegue na obra embalado, com palete e plastificado, entre outros.


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D E S E N VO LV I M E N T O 22

Secagem

Umas das etapas fundamentais no processo de produção em cerâmica vermelha é a secagem. Conforme o consultor do Senai Mário Amato, para esta etapa, o ceramista deve escolher um secador e forno compatível com a sua produção. “Dentro destas escolhas, devemos também observar o tipo de produto fabricado e o tipo de argila empregada. A grande maioria das perdas nas cerâmicas está diretamente relacionada à escolha errada do secador e do forno”, contou. Para ajudar o ceramista nesta questão, Oliveira afirmou que o Brasil possui centros de tecnologia que poderiam ajudá-los a escolher o equipamento ou processo ideal para cada realidade. “O que precisa realmente é o empresário parar de comprar pelo impulso e usar a racio-

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nalidade para investir na sua empresa. Hoje, o nosso mercado não permite mais erros, pois ele está cada vez mais exigente, sendo assim, a escolha de um equipamento ou máquina, deverá ser feito com critério técnico e não porque o do meu vizinho deu certo”. Para evitar perdas na secagem e queima do produto, conforme Pimenta, primeiro é preciso desenvolver uma massa mais adequada à secagem e depois controlar os fatores de secagem: calor, umidade e temperatura. Segundo Oliveira, o ceramista deve conhecer o comportamento da argila no processo de secagem para depois escolher o tipo de secador compatível com este comportamento. Conforme o consultor do Senai Mário Amato, a curva de Bigot mostra bem este comportamento durante o processo de secagem. “O processo deve ser realizado de acordo com o estudo realizado na argila para se determinar o ponto crítico da mesma. A escolha do processo e o tipo de secador dependem deste estudo”. No entanto, conforme Oliveira, “não basta fazer um túnel com trilhos e um exaustor para se considerar um secador, existem estudos e cálculos para se projetar um secador, visando velocidade e produtividade de secagem (retirada da água), não basta dimensionar a quantidade de vagonetas dentro do secador para se determinar a produção do secador (é o que é feito hoje no mercado) é preciso saber qual a velocidade que é possível retirar a água e qual a temperatura de risco do processo de secagem, entre outros”.


D E S E N VO LV I M E N T O

Queima O processo de queima varia de acordo com o forno utilizado e o tipo de produto fabricado, segundo o consultor do Senai Mário Amato, Amando Alves de Oliveira. Conforme ele, a escolha de um forno ideal deve ser feita após estudo do local onde será instalado, produção, tipo de produto e combustível a ser utilizado, entre outros. “O forno túnel é o mais moderno e o mais preciso no mercado, mas antes de construir um, o empresário deverá se perguntar: meu secador é compatível com o forno? A oferta de combustível atende às necessidades do mesmo? O mercado absorve a produção? Tenho gente capacitada para operá-lo? Estas perguntas deverão ser respondidas antes de se comprar um forno túnel”, aconselhou Amando. Para a consultora em cerâmica vermelha, Celina Monteiro, o melhor sistema de queima é aquele que o ceramista domina.

Regulagem A regulagem das boquilhas é outra etapa fundamental no processo produtivo. A finalidade é dar uniformidade à peça. Porém, quando não é bem executada, acarreta em deformações e trincas nas peças cerâmicas. Para evitar estes tipos de paroblemas no material, é necessário adequar a boquilha ao tipo de processo utilizado, boquilhas de qualidade e treinamento para o pessoal responsável pela regulagem. Umas das dicas do consultor é centralizar a boquilha em função ao eixo da maromba, caso isto não ocorra, a regulagem será praticamente impossível. O processo de extrusão é a etapa da produção que mais há perdas, conforme Oliveira. “Tudo acontece ali. Um eixo empenado, uma boquilha mal centralizada pode aumentar o índice de perda em grandes proporções. Todo cuidado que a empresa deve tomar deverá começar pelo processo de extrusão”. Conforme Oliveira, o índice de perdas por má regulagem pode chegar a 100%. Para melhorar a regulagem das boquilhas, segundo o consultor do Senai Mário Amato, Amando Alves de Oliveira, é preciso conhecer

sua funcionalidade. “É preciso entender o processo de extrusão e o seu comportamento. A regulagem de boquilha varia de acordo com o tipo de massa utilizada, pois o índice de plasticidade altera a regulagem. Toda regulagem deve ser feita com critérios, pois não basta colocar freios para se conseguir um produto que atenda a norma técnica. O conhecimento técnico é muito exigido neste caso”, afirmou. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O Fotos: Natanael Knabben

Cerâmica de SC consolida mais uma unidade de negócios Nova fábrica, chamada Cemagrês, foi inaugurada para fabricação de telhas piso Com o mercado cada vez mais exigente, a cerâmica Cematel, empresa produtora de telhas e acabamentos, de Sangão, no estado de Santa Catarina, consolida mais a unidade de negócios. Devido ao consumidor estar cada vez mais atento às novas tendências, a indústria apostou desta vez na produção de telhas piso, inaugurando em novembro de 2012 a fábrica Cemagrês. O processo de fabricação das peças é o mesmo para produção de pisos cerâmicos. O

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resultado são produtos com menor peso, maior resistência e com aspecto estético que se diferencia em relação às telhas tradicionais. “Além destas vantagens, destaco outras como a resistência ao ataque salino, resistência ao gelo e o não envelhecimento precoce como as demais telhas”, relatou o gerente comercial da Cemagrês, João Constante Luiz. Segundo o gerente comercial, a principal diferença entre a telha piso e a convencional está nos equipamentos utilizados. Para se produzir telhas naturais vermelha leva-se em torno de cinco a seis dias, chegando a cerca de 20 dias, no caso das telhas de argila branca. Já para fabricação de telhas piso todo processo leva em torno de duas horas. Atualmente, a Cemagrês produz cerca de 350 mil peças por mês. “Nossa produção


monia tanto no projeto arquitetônico como também com as cores a serem utilizadas na obra. Porém, mesmo com tantas qualidades em relação a telha tradicional, Luiz acredita que este novo produto não venha tirar o lugar das telhas tradicionais. “Temos um mercado muito complexo a nível de Brasil, cada região, por questão de cultura e implantação, usa determinado tipo de telhas, portanto, não acredito que um novo produto possa substituir totalmente algum produto já existente no mercado”, relatou. Com a nova fábrica, o gerente comercial afirmou que o principal objetivo é seguir a tendência do mercado e assim poder passar aos clientes um produto de qualidade. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

de telhas ainda é pequena já que nosso forte é a fabricação de acabamentos”, acrescentou Luiz. Além dos aspectos estéticos, a produção de telhas piso é mais sustentável, já que que utiliza em seu processo fabril gás natural, que não agride o meio ambiente. Outro fator importante é que oferecem excelente uniformidade e não apresentam empenamentos devido ao processo empregado na produção. Por ser feita com um processo totalmente automatizado, a inovação exige um bom investimento para fazer a fábrica funcionar, segundo o gerente comercial da Cemagrês. “Depois vem a questão comercial, tem que se investir também numa boa equipe”, disse. “Eu considero uma grande inovação as telhas de piso, a nível de Brasil tivemos melhora no que se refere a produção de telhas. Quem mais ganhou com todo esse processo foi, sem dúvida, o consumidor que, além da grande qualidade, ainda podemos destacar o valor final do produto. Hoje uma telha de piso chega no consumidor final com preço abaixo do que era praticado há dez anos”. Para o gerente comercial, com certeza, as telhas de piso se sobressaem em função da estética, por serem esmaltadas e darem ao cliente a escolha de cores, trazendo har-

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HÁ MAIS DE UMA DÉCADA NO MERCADO

MILHARES DE DECLIENTES CLIENTES A BOQCER BOQUILHA FAZ A DIFERENÇA NO MERCADO POR FABRICAR PRODUTOS DE ALTA DURABILIDADE

QUALIDADE QUE FAZ A

DIFERENÇA

MACHOS e TELARES Revestidos em Metal Duro, Durabilidade e Eficiência garantida PLACA Usinada em CNC acabamento perfeito

CAVALETE Pernas com sistema de chavetas, facilidade no manuseio

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ENTREVISTA

A pesquisa no setor A entrevista especial deste mês é com o prof. Dr. da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) Carlos Maurício Fontes Vieira. O professor tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Cerâmica Vermelha e Revestimento Cerâmico. Há 18 anos atuando com pesquisas, Vieira tem 102 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais e 207 artigos em anais de congressos nacionais e internacionais. Destes artigos, cerca de 95% é sobre o setor 28

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NovaCer - Quantos trabalhos sobre o setor de cerâmica vermelha você já elaborou e quantos estudantes já orientou na elaboração de projetos sobre o setor? Carlos Maurício Fontes Vieira - Até agora tenho publicado 102 artigos em revistas nacionais e internacionais e 207 artigos em anais de congressos nacionais e internacionais. Destes artigos, cerca de 95% é sobre cerâmica vermelha. Com relação aos estudantes, já orientei 52 alunos: 12 de mestrado, três de doutorado, duas co-orientações de doutorado, 21 alunos de iniciação científica e 14 monografias de fim de curso de graduação em engenharia metalúrgica e de materiais. NC - Quais os temas destes trabalhos? CMFV - Caracterização de argilas, avaliação da etapa de secagem, avaliação microestrutural, efeito da temperatura de queima nas propriedades das cerâmicas, plasticidade, formulação e reformulação de massa cerâmica e incorporação de resíduos industriais. NC - Você tem algum projeto de cerâmica verme-


NC - Em quais linhas de pesquisa você atua? CMFV - Além da cerâmica vermelha, com a caracterização de matérias-primas, desenvolvimento de massas e incorporação de resíduos, atuo no desenvolvimento de materiais compósitos como a rocha artificial, mistura de pós de rocha com resinas, revestimentos cerâmicos e incorporação de resíduos em matriz cimentícia. NC - Qual sua experiência com o setor de cerâmica vermelha? CMFV - Eu procuro atuar, sobretudo, na pesquisa aplicada. Desta forma, quando um determinado trabalho mostra-se viável técnica, após testes laboratoriais, e economicamente eu procuro as indústrias cerâmicas e viabilizamos um teste industrial. Em alguns casos, há necessidade de monitoramento das emissões atmosféricas e posterior ensaios ambientais, no caso da incor-

poração de determinados resíduos industriais. Os recursos para estes testes são provenientes de agências de fomento à pesquisa como a FAPERJ e o CNPq, bem como das empresas parceiras geradoras de resíduos. NC - Como é feita a escolha dos temas das pesquisas sobre cerâmica vermelha? CMFV - Esta escolha é muitas vezes feita por meio da identificação da necessidade de melhoria da qualidade dos produtos e de ajuste no processamento das indústrias de cerâmica vermelha. Além disso, os temas surgem pelo potencial da região, seja na disponibilidade de matérias-primas alternativas para uso em cerâmica vermelha ou ainda na necessidade das indústrias em dar um destino ambientalmente correto aos seus resíduos. Em alguns casos, as pesquisas são feitas em colaboração com pesquisadores de outras regiões e até mesmo de outros países.

ENTREVISTA

lha sendo desenvolvido? Qual? Pretende desenvolver algum futuramente? CMFV - Atualmente, tenho trabalhado com resíduos de vidros planos e de lâmpadas fluorescentes, cinzas de capim-elefante, cinzas de lixo (da incineração da matéria orgânica e de plásticos), cinzas de lenha de eucalipto, lama vermelha do processo Bayer de beneficiamento da bauxita, resíduos siderúrgicos como a lama de alto forno e o material particulado da etapa de sinterização, rejeitos de queima da própria indústria de cerâmica vermelha, resíduo do beneficiamento de rochas ornamentais, desenvolvimento de pavimentos intertravado de argilas, adoquín, e de telhas extrusadas. Estou iniciando uma pesquisa com a incorporação de finos de borracha. Para que eu possa ter tantas linhas de pesquisa em andamento ao mesmo tempo, eu tenho uma adequada infraestrutura de pesquisa no Laboratório de Materiais Avançados da UENF, além de contar com o auxílio de outros laboratórios como o Laboratório de Engenharia civil e de Ciências Físicas. Nestes dois laboratórios, tenho parceria com outros pesquisadores. Além disso, os alunos são essenciais, pois são eles que desenvolvem toda a parte experimental. Atualmente oriento dois alunos de doutorado, supervisiono um aluno de pós-doutorado, cinco alunos de mestrado e cinco alunos de iniciação científica, além de contar com um técnico de nível médio.

NC - Há quanto tempo atua no setor de cerâmica vermelha desenvolvendo pesquisas? CMFV - Há 18 anos, quando iniciei o mestrado na UENF. Em 2001, terminei o doutorado e, no ano de 2004, terminei um pós-doutorado, desenvolvendo uma pesquisa com o reaproveitamento das peças defeituosas da queima de blocos de vedação queimados a cerca de 600oC em composição de massa para telhas queimadas a 900oC. NC - Nestes anos de atuação com pesquisa, alguma te marcou? Qual e por quê? CMFV - As pesquisas que mais considero relevantes são as que estão aplicadas na indústria. Neste caso, destaco o estudo da incorporação em cerâmica vermelha de um resíduo da indústria de papel, além do estudo da lama de alto forno, resíduo siderúrgico, do resíduo de corte de rocha ornamental, desenvolvimento de telhas extrusadas e de pavimento intertravado para vias públicas, o adoquín. NC - O que é imprescindível em uma pesquisa? CMFV - No de pesquisa aplicada, destaco a necessidade de aproximação com a iniciativa privada. É preciso ter conhecimento da dinâmica industrial, de mercado e de custo para que uma pesquisa tenha alguma chance de sucesso, ou NovaCer • Ano 4 • Agosto • Edição 40

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ENTREVISTA

seja, de sair do “papel” e dar um retorno à sociedade. Os pesquisadores devem deixar um pouco de lado o “mundo” acadêmico e sua sala com ar condicionado e todas as facilidades de trabalho e ir um pouco para o “chão” de fábrica. Por outro lado, os ceramistas devem acreditar e incentivar mais as pesquisas. Esta parceria é fundamental para o aperfeiçoamento do setor. NC - Como o ceramista pode ter acesso a estes trabalhos realizados sobre o setor? CMFV - Alguns destes trabalhos estão disponíveis nos anais dos congressos da ABM, CBECIMAT E ABC. Já os artigos disponíveis nas revistas nacionais como a Cerâmica, Cerâmica Industrial podem ser acessados por www. periodicos.capes.gov.br. Já a revista Matéria é acessada pelo site www.materia.coppe.ufrj.br. Eu sugiro que os ceramistas fiquem sócios da Associação Brasileira de Cerâmica e que participem do Congresso Brasileiro de Cerâmica. A relação completa das minhas publicações está disponível no meu CV Lattes (http://lattes.cnpq. br/6309884585355966). NC - Quando se fala em produção de uma pesquisa voltada ao setor de cerâmica vermelha, qual o maior desafio dos alunos e professores orientadores? CMFV - É o desenvolvimento de pesquisa aplicada, ou seja, aquela que tem parceira com o setor industrial e com potencial técnico, econômico e eventualmente ambiental. NC - Qual a sua avaliação sobre o setor de cerâmica vermelha atualmente? CMFV - O setor está se aperfeiçoando aos poucos. Entretanto, nem todos os maquinários e programas modernos e mais eficientes estão disponíveis no Brasil. Além disso, poucas cerâmicas têm condições de acesso ao que existe de melhor. Creio que o aumento da diversificação dos equipamentos e a criação de linhas de crédito específicas poderiam contribuir para alavancar mais rapidamente o setor. A mão de obra é pouco qualificada. Falta conhecimento de exploração racional das jazidas das matérias-primas, gestão mais profissional, plano de manutenção preventiva dos equipamentos, maior conhecimento sobre as matérias-primas e formulação de massa, marketing de venda e con-

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trole de processo. Por exemplo, é muito simples e barato ter um pequeno laboratório de controle na cerâmica. Um pequeno laboratório com balança, estufa, peneiras e paquímetro pode fazer uma diferença enorme. NC - De todos os teus projetos, qual o mais interessante para o meio ambiente? CMFV - São os projetos com resíduos que são atualmente utilizados por cerâmicas como o lodo de estação de efluente da indústria de papel, a lama de alto forno e o resíduo do corte de rocha ornamental. Os dois primeiros resíduos ainda acarretam redução no uso de combustível. NC - Qual a importância de estudos e pesquisas para o setor de cerâmica vermelha? CMFV - As pesquisas podem contribuir em muito para a melhoria da qualidade dos produtos, diversificação da produção e redução de custos, por exemplo. A redução de custos pode ocorrer pela implementação de sistemas de gestão, composição de massa adequada, otimização do processamento e transporte mais eficiente, por exemplo. NC - De que forma a cerâmica pode se preparar para o futuro com relação ao impacto que suas atividades causam ao meio ambiente? Como uma empresa pode compensar seu impacto ambiental? CMFV - - Elaborando um plano de exploração racional da jazida, promovendo o reflorestamento ou o reaproveitamento das cavas, reduzindo o desperdício de matéria-prima, utilizando equipamentos mais eficientes, otimizando a etapa de queima, por meio da redução da perda de calor, controlando o ciclo de queima, a qualidade e a umidade da lenha, buscando combustíveis alternativos e renováveis e controlando as emissões atmosféricas. Entretanto, há necessidade de orientação e capacitação técnica de pessoal. E isso não se consegue de uma hora pra outra. Há necessidade de planejamento. Os órgãos públicos poderiam colaborar. Por outro lado, o setor não pode ficar de braços cruzados esperando que um dia a ajuda apareça. É preciso mobilização. Como não ocorre, a impressão que dá é que a maioria está satisfeita do jeito que as coisas estão. A compensação poderia ocorrer com reflorestamento ou reaproveitamen-


NC - Como você vê a indústria de cerâmica vermelha quanto à sustentabilidade? CMFV - A cerâmica vermelha está muito longe de ser sustentável. Por exemplo, na região de Campos dos Goytacazes (RJ), onde existe uma produção significativa de cerâmica vermelha, somente cerca de 10% das cerâmicas promovem o reflorestamento. Em muitos casos, o plano de controle ambiental (PAC), só existe na teoria. Sabemos das limitações dos órgãos públicos na fiscalização. Infelizmente, muitos se “beneficiam disso”, ou seja, não cumprem com suas obrigações, sem entender que isso é muito importante para a qualidade de vida das próximas gerações. E isso não é “privilégio” somente da cerâmica vermelha. A utilização de resíduos em cerâmica vermelha é uma atividade que vem crescendo e ganhando importância. Todos podem ganhar. A indústria geradora que dá um destino ambientalmente correto para o resíduo. A cerâmica que pode receber recursos financeiros para a incorporação, ou obter melhoria de processamento, redução de gasto energético durante a queima ou ainda melhoria de qualidade do produto. E o meio ambiente que deixa de receber um resíduo que pode ser nocivo. Além disso, aterros sanitários industriais, embora tenham uma concepção ambientalmente correta, não resolvem o problema como um todo, pois cada vez mais resíduos são gerados e a necessidade de locais de estocagem tem que acompanhar a geração. Por outro lado, há necessidade de criação de uma legislação ambiental mais específica para esta atividade, bem como a legalização perante aos órgãos competentes. NC - Qual a sua avaliação sobre incentivos do governo à pesquisa e à educação? O que falta? CMFV - Os recursos precisam aumentar. Por outro lado, a gestão não é adequada. Os recursos são mal aplicados. Além disso, a iniciativa privada precisa acreditar mais em pesquisa e desenvolvimento e buscar as parcerias. NC - De que forma suas pesquisas e projetos podem contribuir para o setor de cerâmica vermelha?

CMFV - A caracterização das matérias-primas, por exemplo, permite formular uma massa cerâmica mais adequada ao tipo de produto que se deseja fabricar e ao processo de fabricação disponível, nem que isso exija a busca por outras matérias-primas para corrigir as deficiências encontradas. Por exemplo, em Campos identificamos que a plasticidade das massas cerâmicas e a perda de massa durante a queima é mais que o dobro de uma massa de cerâmica vermelha de reconhecida qualidade. Além disso, as argilas apresentam um excesso de Al2O3 e baixo teor de SiO2. Estes óxidos são majoritários na cerâmica silicática, como a cerâmica vermelha de base argilosa. Entretanto, excesso de alumina (Al2O3), aumenta a refratariedade da massa e dificulta a redução da porosidade durante a etapa de queima. A utilização de resíduos pode contribuir para a melhoria de processamento, corrigindo as eventuais deficiências das argilas, melhorando a qualidade da cerâmica com o aumento da resistência mecânica e redução da absorção de água e ainda redução de gasto energético durante a etapa de queima. Logicamente, que cada resíduo pode apresentar um comportamento bem distinto em função da sua granulometria (tamanho de partícula) e composição química e mineralógica.

ENTREVISTA

to das cavas para outras atividades e projetos sociais de educação ambiental.

NC - O que tem a dizer sobre o setor cerâmico brasileiro? CMFV - Que o desafio a ser enfrentado é grande. A qualidade dos produtos, qualificação de mão-de-obra e sustentabilidade são os pilares que devem ser abordados com ações coordenadas e específicas para cada região produtora. NC - Aonde a pesquisa na área de cerâmica pode chegar? CMFV - Na melhoria de qualidade dos produtos, melhor aproveitamento das matérias-primas, redução de custos, diversificação da produção e melhoria da sustentabilidade, por exemplo. NC

"As pesquisas contribuem para a melhoria dos produtos e redução de custos" NovaCer • Ano 4 • Agosto • Edição 40

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D E S E N VO LV I M E N T O Fotos: Natanael Knabben

Líder em qualidade e tecnologia no mercado Há mais de 25 anos no mercado, a City, uma das cerâmicas líderes em qualidade e tecnologia, foi fundada por Constantino Frollini Neto. Atualmente, a empresa, que fica em Cesário Lange (SP), oferece ao mercado um sistema construtivo completo em alvenaria cerâmica, que compreende blocos para vedação racional e para alvenaria estrutural. Com cerca de 80 funcionários trabalhando em três turnos, a capacidade produtiva da City é de 8 mil toneladas de peças por mês. Aproximadamente 99% dos materiais fabricados são fornecidos para o Estado de São Paulo. A inovação tecnológica é o que chama atenção na City. De acordo com o gerente de produção, Thiago Frollini, o que deu a chance à essa inovação tecnológica foi a instalação do forno tipo Túnel. “A instalação do forno

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(de 107 metros de comprimento por quatro metros de largura) gerou a oportunidade de fazer todo o resto da automação da empresa. Depois do forno, veio as outras automações da City”, contou. O combustível utilizado para queima dos produtos é o pó de serra. “A grande vantagem da automação é a qualidade e a tranquilidade que ela te dá quando é bem feita. Caso a automação não seja bem feita, é melhor fazer manual. Uma automação bem feita, que funciona corretamente, exige da produção produtos com maior controle de qualidade para seu funcionamento. Quanto maior o nível de automação da empresa mais rigoroso tem que ser seus padrões de qualidade, e maior tem que ser a qualificação dos funcionários”, relatou Thiago, que atua na empresa há quatro anos. Quanto à sustentabilidade, a City é uma



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empresa empenhada na preservação do planeta. A cerâmica utiliza 100% de fontes renováveis de energia. A principal é o reaproveitamento de cavaco da indústria de móveis. Entre outras ações da City estão eliminação de desperdícios e reciclagem de resíduos; reciclagem de resíduos cerâmicos: peças com defeitos; moinho para recuperação e retorno ao processo produtivo; programa de reuso da água e captação da água da chuva; utilização de resíduos de madeira (cavaco) para alimentar os fornos, economizando outros combustíveis (gás, óleo BPF). A City também se destaca quanto à preservação do meio ambiente, com a recuperação das áreas onde é retirada argila e proteção às nascentes que se encontram na área. A preservação do meio ambiente em suas

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jazidas também é uma das preocupações da empresa. A City conta ainda com projetos permanentes de recuperação ambiental, aprovados pelos órgãos oficiais. Já foram plantadas 35 mil árvores nativas e 250 mil pés de eucaliptos. Com tecnologia única no Brasil e matérias-primas de alto padrão, a City fabrica produtos de alta performance e qualidade. O coração da cerâmica é a argila, conforme Thiago. “Se quiser fazer um produto de qualidade você tem que começar lá atrás, desde a extração da argila”, aconselhou. A cerâmica ainda possui laboratório próprio para ensaio dos produtos. A City realiza elevados investimentos em tecnologia e conta com os mais modernos equipamentos de produção e controle. Porém, segundo Thiago, nunca parou a fábrica para fazer algum investimento, sempre trabalhando. O padrão de qualidade segue os mais rigorosos controles e normas técnicas. Certificada pelo PSQ - Programa Setorial de Qualidade (Ministério das Cidades) e Inmetro - OCP/Senai, a City oferece produtos que representam o que há de mais moderno neste segmento e que são fabricados conforme ABNT NBR 15270/05. A City também é membro do Green Building Council Brasil, que é uma organização não governamental que visa fomentar a indústria de construção sustentável no Brasil, por meio de sua atuação junto ao governo e à sociedade civil, capacitação técnica de profissionais, disseminação de informações, práticas e conhecimentos e promoção de processos de certificação.


Um produto inédito no Brasil. Lançado recentemente pela CS Carimbos, a City utiliza um carimbo que evita perdas de material, perda de tempo e apresenta facilidade para a produção, pois o manuseio é fácil e evita erros na troca de medida ou data. De acordo com Italo Soriani, que gerencia as áreas de marketing e vendas da CS Carimbos, o diferencial é que você troca os números de data e medidas sem precisar tirá-los do carimbo. “Você apenas precisa girar o número que é fixo no carimbo para chegar no qual precisa. Outro benefício é que como todos os números já estão no carimbo, você não precisa buscar o número que precisa no almoxarifado ou ficar procurando, apenas precisa girar a peça até encontrar”. De acordo com Thiago Frollini, da City, o carimbo é bem mais prático e mais rápido de trocar os marcadores. “Eu só mudo a dimensão do material, então pra trocar é muito fácil. O resto continua tudo igual, como o nome da cerâmica, por exemplo. Muito mais prático, não para a produção para marcar uma nova dimensão, tem menos aderência, e funciona muito bem. Se eu fosse comprar um carimbo para cada material, ficaria mais caro, do que um carimbo que dá para usar em vários materiais”, contou. Os outros carimbos que existem no mercado, conforme Soriani, possuem número de troca, portanto, é preciso tirar um número para colocar outro, ocasionando perdas de

número, tanto na armazenagem quanto na própria produção. Atualmente, além da City, outras quatro cerâmicas usam este carimbo. “Este carimbo é dois em um, pois eu vendo como um carimbo, porém, todas as informações que contém nele são escritas duas vezes, portanto, ele terá o dobro de durabilidade de um carimbo normal”, disse Soriani.

D E S E N VO LV I M E N T O

City investe em tecnologia da CS Carimbos

Entenda o processo produtivo da City • A argila repousa por um ano e meio. Depois é destorrada, formulada, laminada e descansa em galpão fechado por mais sete dias; • A matéria-prima é novamente laminada e segue para a extrusora (maromba), onde gabaritos especiais conferem o desenho exclusivo da City para cada linha de produtos; • Os blocos seguem para a secagem e para a queima. A City possui dois fornos túneis de última geração; • Paletização e embalagem em filme plástico; • Armazenagem e despacho ao cliente; • Um rigoroso controle informatizado do processo de produção assegura o domínio da qualidade do produto final; • A City realiza continuamente ensaios conforme ABNT NBR 15270-3. NC

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MEIO AMBIENTE

Estudo comprova uso de pó de pneu para produção de telhas O reaproveitamento resulta em telha mais resistente e mais impermeável

Um estudo comprovou a possibilidade de reaproveitamento de pó de pneu para a fabricação de telhas, em Juazeiro do Norte, no Ceará. Intitulado Processo de inclusão da borracha de pneus na fabricação de telhas cerâmicas, a pesquisa mostra que a peça feita com este material resulta em um produto mais leve e que absorve menos água com ganhos na produção, já que pode ser fabricado com o mesmo maquiná-

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rio existente no mercado. O trabalho tem autoria de Luiz Roberto Machado Hordonho, instrutor de nível superior do Senai, e co-autoria de Amanda Salvador de Carvalho, instrutora de nível médio do Senai. Segundo Hordonho, o processo baseia-se na inclusão de um percentual de pó da borracha na massa base (argila + água) adicionada diretamente no misturador, sem a necessidade de modificar o fluxo produtivo já existente na fabricação da telha. Hordonho afirmou que, segundo os testes efetuados em laboratório, a adição de pó de pneus à massa cerâmica resulta em melhora de 41% no índice de impermeabilidade e 26% na resistência à flexão comparado com o que é indicado pela norma da ABNT, além da diminuição do consumo de argila e água.


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MEIO AMBIENTE

Durante a realização deste projeto, que levou dois anos para ser concluído, foram fabricadas telhas cerâmicas de capa e canal tipo colonial, seguindo as dimensões especificadas pela norma da ABNT NBR 9600. As peças foram confeccionadas com o apoio e uso dos maquinários da CGM – Cerâmica Gomes de Mattos, que fica na cidade do Crato (CE). Para testar a eficiência deste projeto, de acordo com Hordonho, foram realizados dois testes segundo a ABNT: ensaio de ruptura à flexão e ensaio de absorção

de água, tendo como resultado a aprovação do processo. “O projeto tem viabilidade econômica e mercadológica, pois o custo da inclusão do pó da borracha é viável por ser fornecida gratuitamente por empresas de recauchutagem e, caso a empresa queira raspar os pneus, o custo da máquina é de aproximadamente de R$ 10 mil. Acredito que o maior valor agregado a este novo processo é da questão ambiental, que atualmente o consumidor prefere produtos que respeitem a natureza”, informou o autor da pesquisa.

Meio Ambiente Segundo estudos (PCC-Poli USP), a Indústria da Construção Civil consome entre 15% e 50% de todos os recursos extraídos da natureza, de forma que a introdução de materiais reciclados nos processos já existentes resultaria em grande economia. Atualmente, conforme os dados de organizações internacionais, a produção de pneus novos está estimada em cerca de 2 milhões por dia em todo o mundo. Já O projeto foi apresentado no Inova o descarte de pneus Senai. O evento, com objetivo de incenvelhos chega a atingir, tivar o desenvolvimento de produtos e anualmente, a marca serviços inovadores, tem duas fases: de quase 800 milhões uma estadual e outra nacional. Na fase de unidades. estadual, em 2011, o trabalho obteve o Foi pensando nis3º lugar na categoria Processo Inovador so que Hordonho e foi selecionado para a etapa nacional pensou no projeto. em 2012, que ocorreu em São Paulo. “Em visita a uma empresa de recauchuta-

gem da região observou-se grande quantidade de pó de pneu provindo do processo que se destina ao descarte, somado a este evento já tinha visitado uma empresa de fabricação de telhas e percebi que esse material poderia ser inserido no processo já existente”, relatou o autor do projeto. Por meio deste projeto, portanto, quem ganha é o meio ambiente, com o reuso do refugo do processo de recauchutagem de pneus. “Quando não reaproveitado, segundo o que foi observado, o destino final é o lixo, onde, muitas vezes, é queimado e, em chamas, o material libera poluentes gasoso tóxico, como benzeno e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAH), cheiro intenso causado pelo teor de enxofre e a fuligem escura causada pelo negro de fumo, e liberação de óleo pirolítico, contaminando solos e águas superficiais e subterrâneas que ameaça o meio ambiente e a saúde pública”.

Produto final - A resistência à carga de reflexão ficou acima do que a indicada pela ABNT, que é de 100 Kfg, atingindo a marca de 125,8 Kfg; - Obteve menor absorção de água passando de 13% na telha normal, para apenas 11,8%; - Esteticamente não houve alteração da coloração e formato. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Setor perde um guerreiro Gelson Bertan tinha 49 anos e veio a falecer no dia 7 de julho deste ano, em Morro da Fumaça (SC)

O setor de cerâmica vermelha nacional perdeu no dia 7 de julho deste ano um exemplo de empreendedor. Diretor de vendas da Natreb, uma das principais fornecedoras de máquinas e equipamentos do Brasil, Gelson Valentin Bertan, tinha 49 anos e veio a falecer por volta das 7h30min de domingo após um infarto fulminante. O empresário ceramista estava em casa com a família quando se sentiu mal e, apesar de todas as medidas de emergência terem sido

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executadas, Gelson não resistiu. Natural de Morro da Fumaça (SC), era um entusiasta em tudo o que fazia. A simplicidade também era umas das marcas do empresário. Segundo o irmão Agnaldo Cezar Bertan, foi uma pessoa muito boa para a familiares e amigos, tendo formado um grupo de amizade em todo o país que poucas pessoas conseguem. “Cada cliente ou parceiro de negócio era um amigo. Vivia feliz com seu trabalho. Tinha personalidade marcante, mas sempre humilde, tratando muito bem a todos. Como pai, marido, irmão e filho, foi exemplar”, revelou Agnaldo, diretor administrativo da Natreb, empresa de Morro da Fumaça. Ao completar o segundo grau, Gelson fez curso técnico em mecânica, pela SATC, em Criciúma (SC), dando início à carreira no ramo de fabricação de máquinas para o setor. “Ele dedicou sua vida à Natreb. Começou a trabalhar na empresa ainda quando adolescente assim como nós, sócios e irmãos, pois esta era a educação que recebemos de nosso pai Norio Valentin Bertan, o fundador da empresa. Desta forma, aprendemos a amar o nosso ofício e nos dedicarmos, juntos, pelo sonho chamado Natreb”, relatou Agnaldo. Com o crescimento da empresa nos últimos anos, Gelson assumiu o cargo de direção de vendas na empresa, onde fez um trabalho espetacular, montando uma ótima equipe de vendas e fazendo elos de amizades e de profissionalismo com ceramistas de todo o Brasil e países vizinhos. “Como tinha muito contato com as cerâmicas também trazia para a empresa as necessidades do setor para que criássemos as soluções. Foi empreendedor junto com os sócios e sempre soube ensinar e delegar aos profissionais da empresa para que tudo ocorresse perfeitamente bem, mesmo na sua ausência”, esclareceu o irmão. Nestes anos de direção, conforme Agnaldo, Gelson junto da gerência e dos sócios formou uma equipe de profissionais em vendas capacitada para dar continuidade ao


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D E S E N VO LV I M E N T O Gelson, com a esposa, Sayonara, e os filhos Maurício e Brener

Agradecimento “O pesar do falecimento do Gelson será substituído pelas saudades. Nós familiares e equipe nos fortaleceremos através do trabalho, da união e do resultado dos dois. Aos clientes, funcionários, fornecedores, parceiros e concorrentes, que eram tratados simplesmente como amigos pelo Gelson, agradecemos profundamente o reconhecimento e homenagens a ele prestadas. Isto nos consola e nos dá força para continuarmos na nossa missão. Gelson era feliz com seu trabalho, sua família e sua equipe. E se orgulhava de cada amigo que conquistou em sua jornada. Que Deus abençoe com muita saúde cada um de nossos amigos” (Família Natreb).

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atendimento personalizado Natreb a cada cliente. Desta equipe, fazem parte sete representantes nacionais, quatro internacionais, seis pontos de distribuição de peças, três vendedores técnicos, sete profissionais internos entre gerência, venda de peças e inteligência em vendas. Além de consultor técnico e equipe de cinco pessoas na assistência técnica. “A marca Natreb se consolidou pelo reconhecimento de cada cliente. Queremos ser percebidos como uma empresa segura, ágil e sólida, e todo o setor de vendas será direcionado neste sentido”, disse Agnaldo. Conforme o irmão, Gelson deixa o legado da simplicidade, da coragem, do empreendedorismo, da amizade, do trabalho e da perseverança. “Seus bons exemplos deverão de agora em diante ser lembrados e utilizados como um farol para nos encorajarmos para tudo o que ainda está por vir. Os mais de 200 profissionais do grupo Natreb, junto dos sócios, são como uma família. Todos sentimos muita dor pela perda. Mas com a solidez desta grande família, todos os trabalhos terão continuidade como já estavam planejados, sem o Gelson presente no dia a dia, mas em nossa lembrança com o legado que deixou. Empresas podem ser muito semelhantes na gestão, nos produtos e na tecnologia, mas cada uma tem sua cultura enraizada, principalmente quando se trata de empresa familiar fundada pelos sócios. Esta cultura na Natreb, que é a de nunca deixar um cliente sem assistência e atender sempre da forma mais rápida possível, está muito evidente em cada pessoa que faz parte da equipe que o Gelson representava”, comentou. Familiares, amigos e ceramistas de toda região de Morro da Fumaça e outras cidades marcaram presença no velório deste guerreiro e representante do setor cerâmico. Conhecido de norte a sul do país, Gelson Bertan, deixará saudades. O empresário deixa os dois filhos, Maurício Naspolini Bertan e Brener Naspolini Bertan, e a esposa Sayonara Regina Naspolini Bertan, além dos dois irmãos com quem tinha sociedade na Natreb, Dalmo José Bertan e Agnaldo Cezar Bertan.



D E S E N VO LV I M E N T O

Planos e investimentos

Agnaldo fala sobre os próximos planos da Natreb

Da esquerda para direita: Gelson, Dalmo, Etelvina (Mãe), Norio (Pai), Rose (Irmã) e Agnaldo

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Com 49 anos, Gelson tinha muitos planos para a empresa. Conforme Agnaldo, o irmão já vinha diminuindo seu ritmo de viagens de trabalho para cuidar mais da saúde, dos planos pessoais e, principalmente, das obras e investimentos de ampliação da Natreb. “Graças ao crescimento nas vendas,

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na média de 30% nos últimos oito anos, a Natreb alcançou robustez e saúde financeira para fazer planos mais arrojados. A Natreb é uma empresa familiar, mas com gestão profissional e todo planejamento estratégico delineado para curto e médio prazo serão mantidos. Planos de longo prazo passarão por revisões e adaptações necessárias, assim como em toda gestão bem sucedida num país em desenvolvimento como o nosso. Gelson participava ativamente do planejamento e sempre conseguia passar à equipe a realidade e necessidade do setor para os próximos anos”, explicou. Agnaldo afirmou que muitas novidades serão lançadas nos próximos meses e próximos anos, tanto nos produtos quanto nos serviços. Conforme ele, a visão da Natreb continuará a de ser reconhecida como excelência em fabricação de máquinas e prestação de serviços para cerâmicas, e todos os passos a serem dados serão nesta direção. O grupo Natreb é formado pela Natreb Máquinas para Cerâmica e Fundição Monferrato, onde Gelson era sócio nas duas. Agora, a direção administrativa da Natreb continuará com Agnaldo Cezar Bertan. Quanto à direção de vendas da Monferrato, também continuará sob a direção de Dalmo José Bertan e o pai e fundador da empresa Norio Valentin Bertan, junto com os filhos de Gelson, Maurício e Brener, que também têm atividades profissionais na Natreb. Investimentos que vinham sendo feitos, como qualificação das pessoas, informatização de todas as operações internas desde compra e produção até a rastreabilidade de cada produto, compra de máquinas operatrizes de ponta e fundição própria moderna que garanta os melhores aços ligados dentro das normas internacionais, conforme Agnaldo, também continuarão sendo realizados na empresa. Outros investimentos que dizem respeito à estratégia de fidelizar ainda mais o cliente pela satisfação dos serviços e peças também serão concretizados pela Natreb, porém, estes ainda não podem ser divulgados. NC


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“Eventualmente, ocorre em nosso produto já instalado (telhas), manchas na parte inferior (local do carimbo). Estas manchas podem ser esverdeadas ou mais pretas sem muita intensidade. Porém, quando o comprador usa uma cobertura com as telhas aparentes (sem laje) as manchas ficam visíveis e, em alguns casos, reclamam, chegando procurar o PROCON. Como este órgão não dispõem de dados para comprovar defeitos, fica difícil nossa defesa. Assim, neces-

sitamos de algum parecer técnico, atestando não ser defeito, uma vez que a telha não tem trincas, empenamentos e a absorção de água é em torno de 13% (bem abaixo do limite de tolerância), conforme laudo em nosso poder, emitido por laboratório”.

Com base na indicação do ceramista, podemos concluir que se trata de um caso de eflorescência, que são depósitos salinos que se formam nas argilas e nas telhas cruas. Estas eflorescências formam-se pela intervenção da água como agente mobilizador dos sais, podem consolidar-se e se tornar permanentes em temperaturas elevadas. As eflorescências são defeitos das telhas que se originam durante sua fabricação e que permanecem na superfície praticamente inalteradas, durante toda a sua vida. As eflorescências são, portanto, anomalias permanentes da constituição superficial da telha. Podemos diferenciar dois tipos: eflorescência de secagem e eflorescência de queima. As manchas escuras (pretas) são oriundas do processo de lubrificação dos moldes através de oleína, com ocorrência de oxidação na superfície da peça. Neste caso, deve-se trocar o tipo de oleína utilizada no processo. Após requeimar a peça (nova queima) a mancha desaparece por se tratar de mancha orgânica, sem que isto prejudique a integridade da peça. As manchas verdes (fungos) também é intercorrência natural das argilas vermelhas, pois a

porosidade existente nas peças absorve a umidade do ar formando um local apropriado para formação de fungos, principalmente em locais de alta umidade (serra, praia e campo), ou em época em que há precipitação de chuvas constante. Manchas brancas e foscas são formadas por compostos que mantém sua cristalinidade e temperaturas superiores às de queima de tijolos. A norma ABNT 15310 em seu item características visuais relata: a telha pode apresentar ocorrências como esfoliações, quebras, lascados e rebarbas que não prejudiquem o seu desempenho; igualmente, são admissíveis eventuais riscos, escoriações e raspagens causadas por atritos feitos nas telhas durante sua fabricação, embalagem, manutenção ou transporte.

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D E S E N VO LV I M E N T O

Keller HCW obtém dupla certificação ISO Empresa alemã, de Ibbenbüren-Laggenbeck, foi qualificada por dois sistemas de gestão

A Keller HCW, localizada em Ibbenbüren-Laggenbeck, na Alemanha, foi premiada com o selo de qualidade por dois sistemas de gestão: certificação de qualidade ISO 9001 e certificação de qualidade de acordo com ISO 14001. Com esta certificação, entregue pela autoridade alemã de inspeção técnica TÜV Nord, a Keller HCW pretende manter a sua competitividade e oferecer aos clientes melhor cooperação em um ambiente de trabalho estruturado e orientado para o meio ambiente, para assegurar o futuro da

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empresa. A norma internacional ISO 9001 atesta que todas as operações da Keller (a partir da primeira consulta até a montagem final no local) são monitoradas continuamente e, portanto, são objeto de uma evolução e melhoria contínua da realidade do sistema gestão da qualidade. A segunda questão importante é com relação ao ambiente, que tem sido analisada e avaliada em um sistema completo de gestão ambiental de acordo com 14001. Em muitos aspectos, o nosso desenvolvimento ainda está indo além dos requisitos das normas internacionais. Durante as auditorias e revisões periódicas, as operações estão sendo submetidas a revisões frequentes, com o objetivo de melhorar continuamente. A seção de negócios da Keller para medição, controle e regulagem MSR tem desempenhado um papel pioneiro desde 1996 em convencer os clientes com um sistema eficaz de gestão da qualidade. Durante a recertificação deste ano, isto foi confirmado de novo: o organismo de certificação TÜV não encontrou nenhum incumprimento. Assim, a seção Keller MSR está muito satisfeita por ter alcançado ao mesmo tempo a certificação ISO 14001 para o sistema de gestão ambiental. "Com esta certificação, a Keller HCW persegue uma estratégia clara para fazer todos os processos e operações transparentes para seus empregados. O primeiro passo neste caminho já foi dado. Em primeiro lugar, agora temos de melhorar e otimizar os processos e, em segundo lugar, devemos adotar os procedimentos definidos também nas outras localizações da Divisão Keller. Alcançando estes objetivos, a satisfação do cliente é a nossa primeira prioridade e será garantida pelos elevados padrões de qualidade e de ambiente", disse o Dr. Jochen Nippel, diretor geral da Keller HCW GmbH. NC


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