Revista Novacer Edição 52 Agosto 2014

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Entrevista com o engenheiro civil Julio Cesar Sabadini de Souza

Ano 5

Agosto/2014

Edição 52

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43º Encontro Nacional O setor de cerâmica vermelha em debate

Empresa da Bolívia anuncia compra da cerâmica Bloks Projeto de Eficiência Energética beneficia indústrias do Ceará Cobogós personalizados atendem Festival de Parintins no AM


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SUMÁRIO

FEIRAS 16:

Belém do Pará sedia Encontro Nacional

EDITORIAL

DESENVOLVIMENTO

MEIO AMBIENTE

ENTREVISTA

12: Carta ao Ceramista

24: Empresa da Bolívia anuncia compra da cerâmica Bloks

32: Cerâmica do RJ extrai a argila e já recupera área degradada

34: Norma de Desempenho

Diretor Geraldo Salvador Junior

direcao@novacer.com.br

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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

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Fotografia & Marketing Digital Natanael Knabben revista@novacer.com.br

Impressão Gráfica Coan Tiragem 3500 exemplares

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Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


SUMÁRIO

Agosto 2014 ARQUITETURA CERÂMICA 46: Cobogós personalizados atendem Festival de Parintins

DESENVOLVIMENTO 28: Natreb completa 40 anos de história

MEIO AMBIENTE 40: Projeto de Eficiência Energética beneficia indústrias do Ceará

DESENVOLVIMENTO 44: Norma de desempenho é tema de reunião em SC

DESENVOLVIMENTO 48: Sindicer de Porto Ferreira e Senai darão cursos ao setor

DESENVOLVIMENTO 49: CBECiMat será realizado em Mato Grosso em novembro

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Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865

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EDITORIAL Apartamentos de tijolos vermelhos no centro de Londres

Carta ao Ceramista O Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha chegou à sua 43ª edição neste ano. O evento, maior do setor na América Latina e um dos maiores do mundo, ocorreu de 30 de julho a 1º de agosto, na cidade Belém, no Pará. Durante os três dias, foram seis clínicas tecnológicas, dois fóruns e quatro minicursos gratuitos. Todos ministrados por renomados palestrantes do Brasil, Espanha, Portugal e Áustria. O Encontro ainda contou com a 17ª Expoanicer, feira que reuniu cerca de 60 marcas de várias nacionalidades para apresentarem as últimas novidades em tecnologia e serviços no mercado. Também fizeram parte da programação do evento deste ano o Prêmio Jovem Ceramista; Encontros do Sesi, Senai e Sebrae; Prêmio João-de-Barro, que prestigia personalidades e empresas que mais se destacaram ao longo do ano no setor; e visitas técnicas às cerâmicas Vermelha, em Inhangapi, e Barreira, em São Miguel do Guamá. Além das principais informações sobre o 43º Encontro Nacional, confira ainda nesta edição uma matéria especial sobre a fabricante de equi-

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pamentos Natreb. A empresa completa 40 anos no mês de agosto e conta a partir da página 28 sua trajetória e como se tornou ao longo dos anos umas das maiores fabricantes de equipamentos para cerâmica vermelha no Brasil. Confira também a partir da página 32, o trabalho em prol do meio ambiente realizado pela cerâmica Santa Izabel. A empresa faz a extração da argila e seguida já recupera a área degradada. O trabalho de extração e recuperação ao mesmo tempo é feito pela cerâmica desde 2004 e beneficia em torno de 30 empresas do setor no Estado do Rio de Janeiro. Leia também na edição deste mês o trabalho diferenciado da cerâmica Cemopar, no Amazonas. Com o intuito de decorar as residências dos moradores que participam do Festival Folclórico de Parintins, festa que sustenta a disputa entre os bois Garantido e Caprichoso, a empresa desenvolveu uma linha de cobogós que traz o símbolo do boi favorito de cada torcedor. Aproveite a leitura! A Direção



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Belém do Pará sedia Encontro Nacional Evento ocorreu no Hangar - Convenções e Feiras da Amazônia de 30 de julho a 10 de agosto

A Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) promoveu de 30 de julho a 1º de agosto o 43º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. Considerado um dos mais importantes eventos do setor, o encontro ocorreu no Hangar - Convenções e Feiras da Amazônia, na cidade Belém, no Pará. O objetivo foi promover o debate entre empresários, sindicatos, associações, pesquisadores, fornecedores, instituições públicas e privadas, organi-

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zações internacionais e consumidores. Durante os três dias, o evento recebeu 1.176 visitantes e participantes. Além do Brasil, prestigiaram o evento pessoas da Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru, Portugal, Paraguai, França, Itália e Grécia. Até o dia 1º, o evento contou com seis clínicas tecnológicas, dois fóruns e quatro minicursos gratuitos. Todos ministrados por renomados palestrantes do Brasil, Espanha, Portugal e Áustria. Entre os principais temas abordados foram automação, norma de desempenho, normas técnicas e novos produtos, eficiência energética e meio ambiente. O Encontro Nacional ainda contou com a 17ª Exposição de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica (Expoanicer) voltada para o setor em toda América Latina. A feira reuniu expositores nacionais e internacio-


FEIRAS Foto: Jorge Espindola / Revista Tempo Cerâmico

nais que apresentaram as últimas novidades em tecnologia e serviços no mercado. Além disso, a programação contou com visitas técnicas às cerâmicas Vermelha, em Inhangapi, e Barreira, em São Miguel do Guamá. Inaugurada em agosto de 1998, a Cerâmica Vermelha abastece o Estado do Pará com blocos de vedação de seis e oito furos, blocos estruturais, meio bloco, tijolos maciços, elementos para lajes, canaletas e telhas coloniais. Já a Barreira, fundada em 1° de setembro de 1992, é referência na fabricação de telhas, ocupando uma posição de destaque na economia local por ser a empresa que mais gera postos de trabalho (200 colaboradores), com os maiores investimentos em tecnologia. Integrada com a programação do evento, houve ainda o lançamento do projeto de cooperação internacional da Rede Ibero-americana de Desenvolvimento Sustentável da Indústria Cerâmica. O lançamento foi realizado durante a abertura do 43º Encontro Nacional. Financiado pelo Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED), sob a coordenação do Centro Tecnológico da Espanha (Aitemin), o objetivo do projeto é transmitir ao setor da indústria de cerâmica vermelha conhecimentos científicos e tecnológicos. A rede ainda promoverá a integração entre universidades, centro de pesquisas e empresas, reunindo inicialmente 16 entidades de nove países. Durante a solenidade de abertura do evento deste ano, também foram entregues os certificados do Programa Setorial de Qualidade (PSQ) para as empresas que se adequaram às normas técnicas. Na mesma ocasião, os visitantes do Encontro Nacional conheceram os vencedores do Prêmio Jovem Ceramista 2014 nas categorias Universitário e Técnico. O primeiro lugar entre os trabalhos universitários foi para o aluno do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), Fábio Rosso. Ele é o autor do artigo “Obtenção de um compósito cerâmica-polímero para a produção de telhas cerâmicas com a eliminação da etapa de queima”. O segundo lugar na categoria foi para o artigo “Aproveitamento de resíduo da etapa de lapidação de vidro em cerâmica vermelha”, da estudante da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Juliana Simões. E quem levou o prêmio de primeiro lugar entre os trabalhos dos cursos técnicos foi o estu-

dante do Senai Mario Amato, Eduardo dos Santos, com o artigo “Seu tijolo está manchado? Conheça a influência do cimento sobre a formação da eflorescência”. Os primeiros lugares de cada categoria ganharam um tablet, participação gratuita no 43º Encontro Nacional, apresentação em pôster durante o evento, troféu PJC, publicação do projeto na Revista da Anicer, kit Anicer – brindes institucionais, kit técnico – livros de pesquisa relacionados à Indústria da Cerâmica Vermelha e R$ 1 mil reais. Também fizeram parte da programação do evento encontros do Sesi, Senai e Sebrae; e Prêmio João-de-Barro, que prestigia personalidades e empresas que mais se destacaram ao longo do ano no setor. Neste ano, os vencedores foram Mecânica Bonfanti, na categoria Fornecedor; José Joaquim Gomes da Costa (Piauí), na categoria Personalidade; CGM - Cerâmica Gomes de Matos (Ceará), na categoria Cerâmica; Senai Mario Amato (São Paulo), na categoria Instituição; Cerâmica City, pela nova categoria Ação Sustentável; e CNI/ Sesi/ Senai, na categoria Melhor Estande. O troféu para premiação João-de-Barro deste ano foi confeccionado pela artista plástica gaúcha Anelise Bredow. O ateliê da artesã, que

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FEIRAS

tem o seu trabalho espalhado pelo Brasil, fica localizado no Morro Reuter, uma pequena cidade na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. A entrega do prêmio para o ganhador de cada categoria foi feita durante a festa de encerramento do evento, realizada no dia 2 de agosto. A noite contou com ceramistas do Pará e demais estados para um momento de confraternização e homenagens. Ao final da festa, a cantora paraense Gaby Amarantos fez o público dançar ao som de hits de seu próprio repertório, como “Xirley” e “Ex my love”, sucessos de diversos ritmos brasileiros, como samba, sertanejo e MPB, além de apresentar o carimbó, uma dança típica do Pará. Em 2015, Rio Grande do Sul será o estado que sediará o 44º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O evento vai ser realizado na cidade de Porto Alegre.

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Foto: Jorge Espindola / Revista Tempo Cerâmico

Senai, Sebrae e Sesi realizam reuniões durante o Encontro

Foto: Rafael Araújo / Anicer

Na véspera do 43º Encontro Nacional, foram realizados o 12º Encontro Nacional dos Laboratórios de Cerâmica do Senai e o 10º Encontro Nacional do Sebrae para Cerâmica Vermelha. As reuniões ocorreram no Hangar – Centro de Convenções da Ama-

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zônia. Outro evento recebido pela Anicer foi o 2º Encontro Nacional do Sesi para Cerâmica Vermelha, durante a 17ª Expoanicer. O Encontro do Sebrae buscou capacitar seus representantes regionais para o trabalho de empreendedorismo nas indústrias do setor e o atendimento às normas técnicas vigentes. Durante a reunião, foram distribuídas, em primeira mão, a Cartilha Ambiental Cerâmica Vermelha, produzida em parceria com a Anicer, cujo lançamento oficial ocorreu no dia 30, durante a 17º Expoanicer, no estande do Sebrae. Na pauta da reunião do Senai, os temas debatidos foram: acreditação técnica dos laboratórios e a certificação das empresas junto ao Programa Setorial de Qualidade (PSQ), com o objetivo de desenvolver o setor e ampliar a competitividade das empresas que atuam no ramo.

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FEIRAS

Palestras destacam produção, sustentabilidade e inovação

Fotos: Rafael Araújo / Anicer

"Melhora da eficiência energética no processo de fabricação. Fornos mais econômicos no consumo de energia. Aditivos energeticamente ativos. Novos processos" foi o tema de uma das clínicas ministradas no primeiro dia do 43° Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O palestrante foi o representante do Centro Tecnológico da Espanha (Aitemin), Jorge Velasco. Ele abordou o uso de aditivos ativos de energia durante a queima cerâmica e os aspectos ambientais, econômicos e tecnológicos dos processos.

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Além dele, ministraram palestra no primeiro dia os consultores técnicos da Anicer, Vagner Oliveira e Max Piva. Eles falaram sobre a importância da qualidade das matérias-primas e as melhorias na produção através da inovação tecnológica, com o tema “Melhore o seu produto, otimizando matérias-primas e processos produtivos”. A dupla de consultores também analisou custo-benefício, implantação de controles operacionais e adequação de produtos, conforme as normas técnicas vigentes. Ainda no primeiro dia, dois minicursos foram realizados. Os temas abordados foram: “NR-12: Como atender à norma de segurança em máquinas e equipamentos” e “Licenciamento ambiental e gerenciamento de resíduos”. Os palestrantes foram o especialista em segurança do trabalho do Sesi/ RJ, Marcus Vinícius Maurício, e o engenheiro e consultor do projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, Moisés Fernandes, respectivamente. O evento também contou com a palestra "Vendas: investimento técnico é um bom negócio". Ministrada no segundo dia do encontro, os palestrantes foram os ceramistas Luis Lima (Cerâmica Argibem – RJ), Constantino Frollini Neto (Cerâmica City – SP), Ri-


FEIRAS

vanildo Samuel Hardman Junior (Cerâmica Vermelha – PA) e Juan Carlos Germano (Cerâmica Pauluzzi – RS). Durante a palestra, eles apresentaram questões como a produção de materiais diferenciados para atender as demandas do mercado; a atuação com uma equipe de vendas qualificada e capacitada para atender os diferentes públicos; e a importância do conhecimento como forma de melhorar a fabricação e competir com igualdade. Além desta, fez parte da programação do segundo dia do evento a clínica "Desafios e oportunidades dos produtos cerâmicos para a construção sustentável". A palestra foi ministrada por Roberto Díaz, do Aitemin/Espanha, e por Victor Francisco, do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro – CTCV (Portugal). Eles abordaram aspectos como o desafio de modernizar o setor ao mesmo tempo em que se promove o desenvolvimento sustentável com produtos mais verdes; e cumprimento das normas de desempenho e exigências do mercado. Também no segundo dia os participantes do evento contaram com dois minicursos gratuitos. Foram eles "Desenvolvimento de novos produtos frente às necessidades de mercado", com o gerente de inovação e design, do Centro Cerâmico do Brasil (CCB), Marcos Serafim, e “Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e racionalizada”, com o assessor técnico da Anicer, Antônio Pimenta. O dia 31 ainda contou com o fórum Automação no Brasil e na Europa: Como aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos”, ministrado por Thomas Ulbrich, da Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais (VDMA). Este foi o primeiro fórum ministrado no evento. O professor da UERJ e engenheiro civil, David Zee, foi o palestrante que abriu as Clínicas Tecnológicas do terceiro dia do 43º Encontro Nacional. O tema abordado foi "Transformando desafios ambientais em oportunidades". Zee falou sobre a importância da relação homem-natureza e elencou as principais razões para o compromisso das indústrias do setor com o meio ambiente, como as imposições legais; a credibilidade perante a opinião pública; e a redução

ou falta de matéria-prima. Na sequência, o engenheiro austríaco, Stefan Renz ministrou a palestra “Klimabloc-Redbloc: inovação e criatividade na cerâmica vermelha europeia”. Ele expôs sobre o desenvolvimento do setor na Europa Central e apresentou alguns cases de sucesso aos ceramistas brasileiros. Neste mesmo dia, foram realizados o último minicurso do evento com o tema “A aplicação e o potencial das biomassas na produção de cerâmica”, por Edvaldo Maia, e o último fórum sobre “Inteligência do sucesso”, pelo Dr. Jô Furlan, médico, escritor e professor.

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FEIRAS

Expoanicer reúne cerca de 60 marcas nacionais e internacionais

Fotos: Jorge Espindola / Revista Tempo Cerâmico

Cerca de 60 marcas nacionais e internacionais participaram da 17ª Exposição Internacional de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria da Cerâmica Vermelha (Expoanicer), que ocorreu durante o 43º Encontro Nacional. Juntas, essas marcas movimentaram um total de R$ 23 milhões em negócios. A exposição ocorreu de 30 de julho a 1ª de agosto, das 12 às 21 horas, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. Uma das empresas expositoras foi a Waker Química, fabricante de silicone. O gerente de vendas da Waker, Pedro Marani, contou que a intenção da empresa alemã na feira foi de mostrar os benefícios do uso do silicone nos materiais cerâmicos, principalmente, em telhas, tijolos e pisos que

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possam ser expostos à água. “O silicone atua como proteção contra a água e, por consequência, dos malefícios que a água traz. O ceramista pode oferecer um produto com mais qualidade, mais durabilidade e maior valor agregado para os seus clientes”, disse. Também participou como expositora neste ano Sotreq/Somov, na linha amarela. Para o representante de vendas de máquinas da empresa, Sayro Mendes, a Expoanicer é uma ótima oportunidade para melhorar o vínculo com o público-alvo. “Queremos ter esse estreitamento com o cliente, e lógico fazer bons negócios e apresentar novos produtos”. A novidade que a empresa trouxe para o evento deste ano foi a Carregadeira 930k. “A 930k é uma máquina que foi utilizada até 2000, depois saiu do mercado e voltou em 2013 com diferenciais, como uma maior caçamba, hoje ela é uma máquina toda eletrônica com transmissão hidrostática”, explicou. Além destas duas empresas, participaram da exposição deste ano a Alutal; Anfamec; Anicer; Artesananto Cida; Banco da Amazônia; Bergamo; Betiol; Boqcer; Brasenic; Busch do Brasil; Campinas e região convention & Visitors bureau; Cerâmica Miranda e Ribeiro; Cerâmica vermelha; CNI/ Sesi; Correias Adipa; Crisda; Deltamaq; Dio Viagens; Doce Pará; Dositec; Filiere; Flyever; FRC Moldes; Fundacer; Gomes Painéis Elétricos; Icon; IFC; JCA; JT Indústria; Juruá Natural da Amazônia; Kromaq; Lippel; Máquinas Man; Mecânica Bonfanti; MS Souza; Natreb; Pneucorte; Porto Alegre Convention & Visitors Bureau; Protec; PSQ; Raça Máquinas; RG Maq; Rogesesi; Sabo Impianti; Sace Impianti; Saminas; Sebrae; Sindicer São Miguel do Guamá/PA; Sindicer Tapajós; Sotreq/Somov; Souza e Souza; Thermo Mecânica; Tratomaq; Unimac; Verdés; Waker Química; Wb Equipamentos; e Zucco Equipamentos. NC


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Empresa da Bolívia anuncia compra da cerâmica Bloks Fábrica de São Paulo foi comprada no mês de junho deste ano pela cerâmica Incerpaz

Com o intuito de oferecer produtos inovadores em cerâmica vermelha, a Incerpaz, empresa da Bolívia, comprou uma fábrica em junho deste ano no Brasil. A aquisição é a cerâmica Bloks, empresa de São Paulo especializada na produção de blocos estruturais e blocos de vedação, entre outros produtos cerâmicos. O investimento na nova fábrica foi de aproximadamente R$ 24 milhões. Com este investimento, o objetivo da In-

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cerpaz é mostrar ao Brasil que a cerâmica é muito mais do que tijolo da vedação e telhas. “A cerâmica pode ser usada em ruas e calçadas, em fachadas aparentes muito lindas que acrescentam valor aos prédios. Nossa intenção é desenvolver produtos com a tecnologia e a expertise que temos no ramo cerâmico há mais de 35 anos”, contou o diretor geral e sócio da Incerpaz, David Paz. A ideia da Incerpaz com o novo empreendimento é manter o que já era produzido na Bloks e ainda desenvolver novos produtos. Nos próximos meses, conforme Paz, a empresa fará mudanças na matriz produtiva para, no final do ano, lançar o Pavic, pavimento cerâmico utilizado em ruas e calçadas. “Atualmente, a Bloks produz dois milhões do blocos por mês, mas ainda tem capacidade para duplicar a produção, e esse é nosso objetivo


D E S E N VO LV I M E N T O

até o final do ano. Queremos acrescentar a produção, melhorar alguns processos produtivos e desenvolver novos produtos.”, contou o diretor geral da Incerpaz. Conforme ele, a Bloks conta atualmente com a melhor tecnologia disponível no Brasil. “A empresa tem processos automatizados que permitem ter o melhor produto que a tecnologia pode oferecer na atualidade. Além disso, a Bloks tem linhas de produtos muito bem desenvolvidas, e agora acrescentaremos mais duas linhas, que são os tijolos clássicos e o Pavic (pavimento cerâmico)”, relatou Paz. “A Incerpaz é uma empresa familiar que reinveste 70% dos lucros. Nós chegamos ao Brasil para ficar no mercado, investir mais e ofertar produtos inovadores em cerâmica vermelha. Nós queremos mostrar toda nossa expertise em cerâmica e liderar com produtos novos”, completou Paz.

A Incerpaz A Incerpaz é uma empresa familiar que atualmente conta com 34 sócios, todos da mesma família Paz-Rojas e filhos. Localizada na Bolívia, a cerâmica está no mercado desde o ano de 1978. Nesses 36 anos, desenvolveu um sistema de fabricação otimizado, reduzindo os custos do processo. Reconhecida como uma das maiores empresas da Bolívia no setor cerâmico, a Incerpaz se destaca pela fabricação eficiente e preservação do meio ambiente. “Trabalhamos com gás natural, infelizmente no Brasil, o custo do gás é muito elevado. A maioria das cerâmicas no Brasil usa pó de serra para queimar. No entanto, em nossa fábrica no país, tentaremos usar outros combustíveis alternativos e reduziremos as emissões o mínimo possível”, contou um dos sócios da Incerpaz, David Paz. Atualmente, a fabricação de tijolos seis furos é a maior produção da Incerpaz. “Hoje na Bolívia é o produto mais usado pela construção. Também são confeccionadas em nossa fábrica na Bolívia telhas do tipo colonial e portuguesa e blocos estruturais. Além disso, a Incerpaz desenvolve produtos que no Brasil ainda não são muito populares, como o Pavic (pavimento cerâmico) e produtos decorativos

de alto padrão que embelezam as fachadas das construções". Na Bolívia, segundo Paz, a empresa é a única fabricante do Pavic (pavimento cerâmico). Atualmente, a Incerpaz conta com seis firmas em cinco cidades da Bolívia. “Temos 15 linhas de produção, mais de 14 fornos túneis e seis fornos Hoffman, queimando tudo a gás natural. Nossa produção é de 1 milhão de tijolos por dia”, contou Paz. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Natreb completa 40 anos de história Empresa de SC é uma das principais fornecedoras de máquinas e equipamentos para cerâmica do Brasil

Da esquerda para direita: os sócios Dalmo, Brener, Agnaldo, Nório e Maurício

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O grupo Natreb, uma das principais fornecedoras de máquinas e equipamentos para cerâmica vermelha do Brasil, completa 40 anos no mês de agosto. Com sede no município de Morro da Fumaça (SC), o grupo iniciou suas atividades em 1974 sob o comando do Sr. Nório Valentim Bertan. No começo, realizava apenas trabalhos de manutenção em máquinas diversas e caminhões, mas em seguida passou a fabricar e se especializar em máquinas para as cerâmicas, atendendo as olarias de Morro da Fumaça e da região sul de Santa Catarina. Ao longo de sua história, projetos surgiram e foram aperfeiçoados, conforme a necessidade e evolução das cerâmicas. Máquinas para preparação de argila e de conformação por extrusão são os principais itens desenvolvidos e fabricados atualmente pela Natreb. Ao longo de seus 40 anos, a Natreb conquistou clientes em todos os estados do Brasil, com mais de 3,9 mil máquinas fabricadas. Só nos últimos três anos, conforme o sócio e diretor de vendas da empresa, Agnaldo Cezar Bertan, entregou em máquinas o equivalente a mais de 200 novas instalações completas de produção e preparação de argila. No comércio exterior, atua nos países latino-americanos e na África. “O prestígio da marca Natreb se evidenciou



D E S E N VO LV I M E N T O

nos últimos anos quando começou a ser indicada por clientes de todo Brasil como fornecedora do ano na categoria máquinas e equipamentos para o setor, conquistando o prêmio nacional João de Barro da Anicer em 2010”, contou Agnaldo. Para atender o segmento cerâmico brasileiro, a Natreb conta com estrutura interna de pós-venda e assistência técnica; laboratório para análise de argilas; dez pontos de

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vendas de peças estrategicamente localizados; representantes e vendedores e equipe interna de vendas para atendimento ágil e preciso; consultoria com engenheiros e técnicos em cerâmica. Atualmente, a Natreb conta com recursos tecnológicos, engenheiros e técnicos de fabricação mecânica para projetar marombas, monoblocos, misturadores, laminadores, desintegradores, alimentadores, homogeneizadores e demais máquinas para cerâmica. “A escolha dos materiais, o dimensionamento das peças e o design inteligente são muito bem administrados para que o resultado seja percebido pelo cliente através da redução de consumo de energia, alta produção, durabilidade e facilidade de manutenção. Além do projeto das máquinas, a Natreb entrega todo o layout de instalação das mesmas com objetivo de otimizar o espaço disponível da cerâmica”, disse. Além disso, o alto nível de controle interno de processos de produção da Natreb permite rastreabilidade informatizada de tudo o que fabrica, o que a tem tornado referência no setor metalmecânico da região, conforme Agnaldo. “Todas as peças passam por rigoroso controle de qualidade. Alguns processos internos como, por exemplo, o tratamento térmico e a retificação de dentes de engrenagens são processos que a Natreb disponibiliza para poder entregar máquinas de alta durabilidade”, contou o diretor de vendas da empresa. Internamente, a Natreb sempre conseguiu manter uma equipe diferenciada e envolvida, segundo Agnaldo. Um dos destaques da empresa foi o empresário Gelson Valentin Bertan (in memoriam). Ele era um


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dos sócios da empresa e atuou como diretor de vendas. “Lamentavelmente há um ano perdemos um grande guerreiro de nossa equipe que ajudou a propagar a marca Natreb em quase todo o país, não só vendendo máquinas, mas levando soluções e companheirismo aos ceramistas. Em 2013, Gelson foi homenageado como personalidade do ano com o prêmio João de Barro”, contou Agnaldo. Atualmente, a sociedade e direção do grupo é formada por Nório, Agnaldo, Dalmo, Maurício e Brener Bertan. “Nós, da Natreb, acreditamos que para uma empresa ter futuro deve se guiar nos princípios da seriedade, determinação, sustentabilidade, tecnologia, respeito às pessoas e muito trabalho. É claro que nosso dia a dia traz muito mais do que se consegue colocar numa lista e jamais teríamos a pretensão de passarmos algum tipo de receita de sucesso. Mas a humildade sim é um ingrediente que recomendamos, pois este nos permite continuar aprendendo e crescendo todos os dias”, acrescentou Agnaldo.

Monferrato Além da fábrica de máquinas Natreb, faz parte do grupo a empresa Monferrato Peças de Ferro e Aço, uma fundição certificada com ISO 9001-2008, que foi implantada para atender as exigências de qualidade dos materiais que são utilizados nas Máquinas Natreb e atende também a diversos outros segmentos como mineração, metalurgia, ferroviário, naval, petrolífero, entre outros. Com a Fundição Monferrato sendo do grupo, a Natreb passou a ter o diferencial de ter o controle das peças desde a concepção do projeto até o acabamento final, garantindo peças de aço da melhor qualidade e estoque para atender os clientes sempre a pronta entrega, conforme o diretor de vendas da empresa. NC

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MEIO AMBIENTE

Cerâmica do RJ extrai a argila e já recupera área degradada O trabalho de extração e recuperação da área degradada é feito pela cerâmica Santa Izabel

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Como forma de não degradar o meio ambiente, a cerâmica Santa Izabel, no Rio de Janeiro, faz a extração da argila e, em seguida, a recuperação da área degradada. “Temos um plano de recuperação de área degradada, onde devolvemos uma parte do aterro ou saibro mantendo o caimento do terreno, conforme o projeto de drenagem e o levantamento planialtimétrico da área de extração mineral a ser recuperada, finalizando com a camada de material orgânico e o replantio da vegetação existente anteriormente”, explicou engenheiro civil Bruno Florentino Menon. Segundo ele, o processo de extração de argila é feito através decapê – remoção do material orgânico e vegetal. Este mesmo material é utilizado para recuperação, sendo depositada próximo à frente de lavra. Depois


MEIO AMBIENTE

disso, conforme o engenheiro, uma parte do saibro ou aterro é retirada para recuperação e outra parte para construção civil e, finalmente, a argila para cerâmica vermelha. O trabalho de extração e recuperação ao mesmo tempo é realizado pela cerâmica Santa Izabel desde 2004. A empresa possui terreno próprio para extração e uma área que é arrendada para fornecimento de argila para cerca de 30 cerâmicas, localizadas entre Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito, no estado do Rio de Janeiro. Aproximadamente 12 mil toneladas de matéria-prima são distribuídas às empresas da região. “A parte arrendada é de propriedade de terceiro. A fim de nos adequarmos às Normas e Legalidades Ambientais estabelecidas pelos órgãos públicos, nós contratamos a Empresa Greendetalle Engenharia e Consultoria para nos auxiliar no cuidado de todos os processos ambientais da empresa no âmbito federal, estadual e municipal”, explicou Menon. Conforme o engenheiro civil, um dos benefícios de extrair e já recuperar a área é que o custo do metro cúbico da argila já sai com extração + recuperação. “Então acrescenta o valor no início da atividade, pois com isso a empresa elimina todo o passivo ambiental”, acrescentou. Ainda conforme Menon, a cerâmica Santa Izabel, que tem produção mensal de 1 mil toneladas de blocos de vedação, desenvolve ações de melhorias contínuas quanto à sustentabilidade. “Acreditamos que o desenvolvimento econômico tem que estar aliado à preservação do meio ambiente. Portanto, nos preocupamos em prover as necessidades do presente sem comprometer os recursos naturais para as gerações futuras. Dentro dessas perspectivas, para mitigar as emissões dos GEE instituímos ações como, substituição de fontes energéticas, com a substituição do combustível não renovável (óleo BPF) por renováveis e também o replantio da vegetação pré-existente na área de extração além do exigido pela legislação em parceria com a Sustainable Carbon que administra a Metodologia do Carbono Social desenvolvida pelo Instituto Ecológica”, explicou.

Menon também acrescentou que a legislação ambiental em vigor possui medidas capazes de coibir, controlar e compensar eventuais impactos ambientais a fim de promover o desenvolvimento sustentável. “No entanto, deveria estabelecer normas e regras claras e objetivas que tornem o processo mais ágil, pois para tirar a licença ou renová-la demanda muito tempo e altos custos (taxas e serviços ambientais) fazendo com que o processo se torne um obstáculo ao crescimento do negócio e consequentemente do país”, complementou. NC

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ENTREVISTA

Norma de Desempenho A entrevista especial deste mês é com o engenheiro civil Julio Cesar Sabadini de Souza. Pesquisador do Centro Tecnológico do Ambiente Construído (CETAC), ele fala sobre a norma de desempenho – NBR15575. Na entrevista, Sabadini fala sobre a importância desta norma para a construção civil, quais as exigências desta norma e de que forma ela afeta o setor de cerâmica vermelha. Além disso, o engenheiro explica os objetivos da norma e a quem se destina, entre outros assuntos ligados ao tema. Revista NovaCer - Qual o histórico e evolução da norma? Julio Cesar Sabadini de Souza - As discussões sobre a norma de desempenho se iniciaram no ano 2000. A primeira versão entrou em vigor em 2008. Foi feita uma revisão dessa versão da norma a partir de 2011 e a norma atual entrou em vigor em 2013. NC - Por que a criação da norma de desempenho? JCSS - Há diversos motivos. A norma se baseia no conceito de desempenho, que pode ser entendido como o comportamento do produto em utilização (a edificação e seus subsistemas), com foco nas exigências dos usuários. Todos nós somos usuários de edifícios e todos nós queremos que o edifício em que habitamos tenha desempenho térmico, desempenho acústico, segurança ao fogo, desempenho estrutural, durabilidade, etc. Essa já seria uma razão suficientemente importante para justificar a criação de uma norma de desempenho. Há outras, tão importantes quanto. A norma de desempenho estimula a inovação. Por exemplo, a partir do momento que temos uma norma que especifica que a isolação sonora de uma parede de fachada deve ser de 39 dB há um estímulo para a inovação, pois permite-se que se desenvolva qualquer solução que atenda

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a esse critério, independentemente do material que é feita essa parede. Se dispuséssemos apenas de normas prescritivas que estabelecessem, por exemplo, a espessura mínima dessa parede de fachada não haveria estímulo para se buscar novas soluções. NC - Qual a importância desta norma para a construção civil? JCSS - Eu costumo fazer um paralelo entre a Indústria da Construção Civil e a Indústria Automobilística. Será que alguma fábrica de automóveis colocaria no mercado um carro que não foi submetido a um extenso programa de testes e avaliações? Será que essa fábrica colocaria no mercado um carro cujo comportamento ela não conhece? Nós, ao escolhermos que carro vamos comprar, não questionamos se esse carro passou no teste de impacto, o conhecido crash-test? Pois bem, a Construção Civil coloca no mercado produtos que ela não sabe como se comporta, produtos que não passaram por uma avaliação e nós, usuários desses produtos (os edifícios e suas partes), não questionamos se aquele produto que estamos comprando atende a requisitos de conforto térmico e acústico, de segurança ao fogo, de segurança estrutural, de durabilidade, etc. A grande diferença é que, ao longo de nossas vidas, trocamos de carro várias vezes e,


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ENTREVISTA

em muitos casos, compramos apenas uma casa ou um apartamento. Essa é a importância. NC - Quais as exigências da NBR 15575 para as vedações verticais e os ensaios de desempenho? JCSS - A norma estabelece várias exigências. Sem pretender citar todos e respondendo de maneira mais geral, são exigências de desempenho estrutural, segurança contra incêndio, estanqueidade à água, desempenho térmico, desempenho acústico, durabilidade e manutenibilidade. São especificados vários ensaios para a avaliação desses requisitos. Citando alguns estão os ensaios de impacto de corpo mole e de corpo duro, o ensaio de isolação sonora e o ensaio de resistência ao fogo. NC - Para quem se destina a norma de desempenho? JCSS - Para todos os intervenientes da construção civil. O usuário, que vai exigir o cumprimento das especificações da norma; a construtora, que vai ter que atender a essas exigências; aos fabricantes de materiais e componentes, que terão que fornecer os dados de desempenho de seus produtos; aos projetistas, que especificarão o desempenho em seus projetos; e ao agente finan-

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ceiro, que exigirá o cumprimento da norma para a liberação de financiamentos. NC - De que forma esta norma afeta o setor de cerâmica vermelha? JCSS - O fabricante de produtos cerâmicos (blocos, tijolos e telhas) deverá disponibilizar os dados de desempenho dos seus produtos para que o projetista possa especificar uma solução de projeto. Assim, por exemplo, o projetista vai questionar o fabricante de blocos, qual a isolação sonora que uma parede feita com o seu bloco da linha “X” apresenta? Qual a resistência ao impacto? Qual a resistência ao fogo? NC - Quais exigências da norma o ceramista do setor de cerâmica vermelha precisa cumprir? JCSS - As exigências relacionadas às vedações verticais, contidas na parte quatro da norma e, no caso das telhas, as exigências da parte cinco. NC - Quais as consequências para quem não cumprir as exigências da norma? JCSS - Ele pode perder ou mesmo sair do mercado. NC - O que é desempenho e qual o conceito de desempenho?


NC - Quais os objetivos da norma de desempenho? JCSS - A norma interessa a todos. Os projetistas terão como especificar o desempenho no projeto. Os fabricantes terão que comprovar que o seu produto atende às exigências de desempenho. O construtor terá como comprovar que executou o edifício, ou os seus subsistemas, com o desempenho especificado em projeto e atendendo às exigências da norma. O usuário terá como reclamar, caso o desempenho não seja satisfatório. Por outro lado, o construtor e o fabricante estarão respaldados no caso de reclamações indevidas dos usuários. Assim, a norma é um balizador do mercado. NC - Quais as principais mudanças realizadas na norma que passaram a valer a partir de julho de 2013? JCSS - Em relação à versão de 2008 alterou-se o título, que na primeira versão se referia a edifícios de até cinco pavimentos e na versão de 2013 se refere a edifícios residenciais. Foram também revistos critérios

de desempenho acústico para as vedações verticais, dentre outros. NC - Onde se aplica a norma de desempenho - NBR 15575? JCSS - A norma é válida em todo o território nacional, respeitando-se as exigências locais, no que se refere a desempenho térmico, por exemplo. O Brasil possui oito zonas climáticas que devem ser consideradas para o atendimento do desempenho térmico, só para citar um exemplo. Também devem ser consideradas as especificidades com relação à chuva e velocidade de vento.

ENTREVISTA

JCSS - Desempenho, de maneira simplificada, pode ser entendido como o comportamento do produto em utilização, no caso a edificação e seus subsistemas. Com base nas exigências dos usuários, foram formulados requisitos e critérios de desempenho. Os requisitos são qualitativos e os critérios, quantitativos. Assim, o requisito é, por exemplo, que a parede tem que oferecer desempenho acústico, o critério é estabelecer quanto de isolação acústica a parede deve ter. Dessa maneira, pensa-se o edifício e suas partes em termos de fins e não de meios, no comportamento em uso do produto e não na prescrição de como ele é construído ou do material de que ele é feito. Esses preceitos surgiram após a Segunda Guerra Mundial, a partir da necessidade de construção em larga escala e, em 1984 surgiu a norma ISO 6241, que estabelece esses conceitos. O IPT vem trabalhando com o conceito de desempenho e a sua aplicação desde a década de 1980 com a formulação de critérios mínimos para avaliação de desempenho de habitações para o BNH.

NC - Explique sobre os níveis de desempenho? JCSS - No corpo da norma constam as exigências para o nível mínimo (M) e nos anexos as exigências para os níveis intermediário (I) e superior (S). Assim, caso seja de interesse do construtor/fabricante, ele pode oferecer soluções com níveis de desempenho superiores ao mínimo. NC - A norma é dividida em quantas partes e o que trata cada uma das partes? JCSS - A norma possui seis partes. Parte um: requisitos gerais – a parte um é introdutória e traz os termos e definições e os principais conceitos envolvidos, além das referências normativas. Parte dois: requisitos para os sistemas estruturais. Parte três: requisitos para os sistemas de pisos. Parte quatro: requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas. Parte cinco: requisitos para os sistemas de coberturas. Parte seis: requisitos para os sistemas

O fabricante de produtos cerâmicos deverá disponibilizar os dados de desempenho dos produtos para o projetista especificar uma solução de projeto

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ENTREVISTA

hidrossanitários. NC - Em sua opinião, o que significa esta norma para o setor da construção civil? JCSS - Sem dúvida, é uma evolução. Até então o setor não tinha uma referência de desempenho. Agora essa referência existe. Um outro exemplo que eu costumo citar a esse respeito é que quando pegamos um catálogo de um produto vendido na Europa, por exemplo, um bloco cerâmico, o fabricante cita claramente qual o desempenho que a parede com aquele bloco possui, em termos de acústica, de isolação térmica e de resistência ao fogo. Nós não temos isso. Os nossos catálogos são essencialmente comerciais. Já passou da hora de mudarmos essa realidade. NC - Que tipo de melhorias a norma estabelece para as edificações? JCSS - Vai trazer um melhor desempenho. Tanto acústico, quanto térmico e estrutural. Também pode-se esperar que pode levar a uma maior vida útil da edificação pois, a priori, deverão ser levadas em consideração as condições de exposição às quais a edificação estará sujeita ao longo de sua vida útil. NC - Para que tipos de construções a norma não se aplica? JCSS - A norma se aplica a edificações residenciais. Para todas as outras deve-se pensar em requisitos e critérios específicos, mais exigentes ou menos exigentes, e deve

A norma estabelece exigências, como desempenho estrutural, segurança contra incêndio, estanqueidade à água e desempenho térmico e acústico, durabilidade e manutenibilidade

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ser analisado caso a caso. Por exemplo, para escolas, hospitais e escritórios as solicitações são diferentes daquelas encontradas em edifícios residenciais. NC - Como o ceramista pode ter acesso a esta norma? JCSS - Através da ABNT. NC - Por que o ceramista deve se preocupar com a norma de desempenho? JCSS - Em primeiro lugar por tudo que já foi respondido nas perguntas anteriores. Em segundo, porque a norma de desempenho remete a normas dos componentes e materiais. Ou seja, os fabricantes de materiais e componentes tem que atender às respectivas normas. Em terceiro lugar porque ele tem que conhecer o que ele disponibiliza no mercado para o seu consumidor. Em quarto lugar porque ele deve ter dados de desempenho de paredes ou coberturas executadas com os seus produtos para fornecer aos projetistas, que especificarão as soluções construtivas a serem adotadas. NC - Um dos itens exigidos pela norma é o desempenho térmico e acústico. Como avalia o tijolo cerâmico quanto a estes itens? Como o ceramista pode melhorar o desempenho acústico e térmico das peças? JCSS - O desempenho térmico e acústico são características do elemento, ou seja, da parede como um todo, embora dependa dos componentes com os quais é produzida. No caso específico do desempenho térmico, é um pouco mais complexo, pois depende da edificação como um todo (das paredes, dos revestimentos, da cobertura, do forro, esquadrias, etc.) e das condições às quais a edificação está sujeita relacionadas à insolação, sombreamento, ventilação, etc. Assim, o correto é se pensar no desempenho acústico de uma parede de tijolos cerâmicos maciços e no desempenho térmico de uma edificação com paredes de tijolos cerâmicos maciços. Quanto a isso pode-se dizer que uma parede de tijolo cerâmico maciço tem grande massa, o que favorece a isolação sonora a ruído aéreo e tem grande inércia térmica. NC



MEIO AMBIENTE

Projeto de Eficiência Energética beneficia indústrias do Ceará Programa envolve a utilização responsável e ambientalmente correta das matrizes energéticas

Indústrias cerâmicas da região do Baixo Jaguaribe, no Ceará, se beneficiam de projeto inovador de eficiência energética. O programa envolve a utilização responsável e ambientalmente correta das matrizes energéticas utilizadas como combustível para a atividade ceramista. A iniciativa é do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), com apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e do Fundo Socioambiental Caixa. O

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programa deve ocorrer até julho de 2015. O projeto de Implementação da Eficiência Energética para as Indústrias Cerâmicas do Baixo Jaguaribe atende 120 indústrias do setor de sete municípios da região. São eles Alto Santo, Aracati, Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Quixeré, Russas e Tabuleiro do Norte. Com o projeto, segundo a gestora ambiental do Conpam, Magda Marinho, é possível aplicar métodos produtivos mais eficientes, utilizar menos matéria-prima e assim impactar menos o meio ambiente. Conforme Magda, o objetivo do projeto é desenvolver e implementar um modelo sustentável de atuação no âmbito de eficiência energética para as indústrias de cerâmica. “Além disso, a intenção é promover a utilização racional dos recursos naturais necessários para operacionalização das cerâmicas,



MEIO AMBIENTE

com implementação de práticas ambientalmente corretas, visando harmonizar a atividade com o meio ambiente”, contou. Entre as metas do programa, conforme a presidente do Conpam, Virgínia Carvalho, estão: facilitação para construção do Pacto para a Produção Sustentável; capacitação e assistência técnica para a eficiência energética nas cerâmicas; e elaboração do projeto executivo de uma unidade demonstrativa para a produção sustentável. A construção do Pacto de Produção Sustentável envolve os três principais grupos envolvidos no processo produtivo – empresários, agricultores e representantes do poder público. “Ele é um importante documento balizador das atividades industriais com foco na eficiência energética”, afirmou Virgínia.

Resultados O setor no Ceará Segundo dados do censo realizado em 2012, no Ceará existem 412 indústrias de cerâmica. Juntas, estas empresas tem produção anual de 2,5 bilhões de peças, conforme a gestora de projeto do IEL/CE, Margaret Lins. A maioria das cerâmicas está localizada na cidade de Russas, cujo parque industrial reúne 120 empresas do setor. Os tipos de fornos mais encontrados são os intermitentes, operando com lenha.

O projeto de Implementação da Eficiência Energética para as Indústrias Cerâmicas do Baixo Jaguaribe teve início em setembro de 2013. Já nos primeiros três meses 22 empresas já apresentaram avanços significativos. Entre os resultados obtidos através do projeto, o consultor do Senai Amando Alves de Oliveira citou alguns, como redução de 50% no consumo de combustível; redução na emissão de gases nas chaminés (ainda em medições pelo Senai); redução no tempo de queima na ordem de 15 horas; e melhoria na qualidade do produto final. Para obter os resultados, os ceramistas passaram por capacitação técnica de produção com ênfase à secagem e queima (eficiência energética).

Principais regiões de produção cerâmica do estado • Russas e municípios vizinhos – localizada na região centro leste do estado, com cerca de 120 empresas; • Caucaia – localizada na região litorânea norte de Fortaleza, apresenta 17 empresas; • Aquiraz – localizada na região litorânea sul de Fortaleza, apresenta dez empresas; • Crato – situada no extremo sul do estado (Cariri), apresenta nove empresas; • Sobral – situado na região norte do estado, compreende dez empresas; • Maracanaú – situada ao sul de Fortaleza, apresenta nove empresas. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Norma de desempenho é tema de reunião em SC Uma reunião do Comitê Gerenciador do PBQP-H (Coger) foi realizada no dia 17 de julho, na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis (SC). O tema abordado foi a norma de desempenho. O encontro teve duração de duas horas e reuniu engenheiros, consultores, representantes de diversas empresas e entidades, como Caixa, CREA, Fiesc e Sindicer de Rio do Sul, entre outras. Os assuntos tratados durante o encontro foram os seminários sobre a Norma de Desempenho NBR 15.575 nas instituições de ensino superior e técnico; a pesquisa de satisfação realizada com os participantes dos seminários; e o esclarecimento sobre a Resolução 735/2013 do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS). O consultor da Fiesc, Paulo Mundt, comentou dos seminários sobre a norma de desem-

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penho. Segundo ele, o objetivo dos seminários é alertar o setor produtivo da existência da norma e de sua relação com o Código de Defesa do Consumidor. “A norma estabelece parâmetros de avaliação de desempenho térmico, estrutural e acústico, entre outros, que poderão ser utilizados em decisões judiciais”, acrescentou o consultor. Durante a reunião, Paulo Ruaro, da Ouvidoria do CREA/SC, considerou que o objetivo dos seminários é conscientizar os profissionais que estão em formação a respeito de sua responsabilidade e também tentar alcançar os profissionais que estão no mercado através do Projeto de Educação Continuada e de divulgação no site do CREA. “O fato é que temos a norma e não temos ainda as regulamentações que vão viabilizar ela. Tínhamos que trabalhar com essas re-


prorrogado para julho de 2014. Entretanto, segundo Roman, não existe nenhuma movimentação neste sentido. Para Roman, uma forma de acelerar o processo de divulgação do PBQP-H e da Norma de Desempenho é que as prefeituras exijam uma auto declaração de cumprimento das normas no momento de aprovação dos projetos. Sobre o assunto Késia Alves da Silva comentou que as prefeituras de São José e Palhoça já exigem e sugeriu verificar nestas prefeituras a mesma auto declaração de cumprimento da norma no momento da entrada dos projetos na prefeitura.

Apresentação da pesquisa de satisfação feita com os participantes dos seminários sobre a norma

D E S E N VO LV I M E N T O

gulamentações para poder acompanhar em cada uma das dimensões. Uma delas, a médio prazo, é alcançar universidades através de um projeto de conscientização para que profissionais que estão em formação saibam da responsabilidade que pesa sobre eles. Outra coisa que podemos fazer é, através do programa educação continuada, conscientizar os profissionais que já estão no mercado”, disse Ruaro. Outra consideração de Ruaro é estreitar os laços com o Ministério Público para que eles exijam dos órgãos financiadores o cumprimento da norma de desempenho pelos construtores, pois a norma já está vigente e deve ser cumprida. “Temos que estreitar os laços com o Ministério Público, discutir uma forma de o ministério estar chamando os bancos financiadores da habitação e fazendo o Termo de Ajustamento de Conduta, exigindo destes financiar e liberar recursos para habitação desde que este recurso esteja financiando uma casa que esteja sendo construída dentro das normas de desempenho", disse. Outro assunto comentado na reunião por Odilon Roman, da Caixa Econômica, foi quanto à exigência de auto declaração de cumprimento da norma de desempenho. Conforme ele, a Caixa iria exigir um termo de auto declaração de cumprimento da Norma de Desempenho do proprietário da construtora e do responsável técnico para qualquer programa de financiamento a partir de janeiro de 2014,

Seminários sobre a norma Mais de 600 pessoas de 11 cidades já participaram dos seminários sobre a norma de desempenho realizados pelo Coger. Em abril e maio foram realizados seminários em Criciúma, Rio do Sul, Balneário Camboriú, Blumenau, São Bento do Sul, Joinville e Jaraguá do Sul. Nos meses de junho e julho, Concordia, São Miguel do Oeste, Chapecó e Caçador foram as cidades que sediaram os eventos. O objetivo dos seminários é contribuir,

através da capacitação, orientação e disseminação de informações sobre o tema, para a adequação das indústrias da cadeia produtiva da construção civil e demais setores impactados pela NBR 15.575. Além disso, o intuito é promover a integração por meio do relacionamento entre as indústrias da cadeia produtiva, prestadores de serviços, universidades, agências regulatórias e representantes das esferas governamentais. NC

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ARQUITETURA CERÂMICA

Cobogós personalizados atendem Festival de Parintins Peças nos formatos de coração e estrela são fabricadas pela cerâmica Cemopar, no Amazonas

Com o intuito de decorar as residências dos moradores que participam do Festival Folclórico do Boi-Bumbá, lenda que sustenta a disputa entre os grupos Boi Caprichoso e Boi Garantido, na ilha de Parintins, no Amazonas, a cerâmica Cemopar desenvolveu uma linha de Cobogós personalizados que traz o símbolo do boi favorito de cada

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torcedor. Para o Garantido, que usa o vermelho, e é conhecido como "boi do povão", a peça é confeccionada no formato de coração. Já para o torcedor do Caprichoso, adepto do azul, e conhecido como o "boi da elite", o Cobogó é no formato de estrela. A ideia de produzir os elementos vazados para os torcedores de cada boi foi do empresário Antonio Betti. “Com esta iniciativa, a intenção foi de proporcionar, aos torcedores dos bois, materiais para suas construções, com o símbolo do seu boi favorito. Artigo funcional e de decoração ao mesmo tempo”, contou a gerente da Cemopar, Lílian de Melo Betti. Segundo ela, este festival é a maior vitrine da cultura amazonense e, para os parintinenses, isso é motivo de orgulho e satisfação. “É a celebração narrada ao ar livre de toda história e cultura de um povo”, acrescentou. A gerente da empresa ainda afirmou que as peças tem ótima aceitação no mercado local. “A maior procura ocorre nos quatro meses que antecedem o festival, quando


O Festival Folclórico de Parintins O festival cultural é uma apresentação a céu aberto da disputa entre dois bois, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo – um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, dividido em duas cores, vermelho e azul. A arena do espetáculo abriga 16,5 mil pessoas. Só 5% dos ingressos são vendidos a preços entre 600 e 700 reais. O resto dos ingressos é cedido de graça para as torcidas dos bois. A torcida de cada boi ocupa metade do Bumbódromo e participa ativamente do desfile. Quando seu boi está na arena, vale caprichar na coreografia e na animação para garantir pontos no desfile. Quando é a vez do boi contrário, silêncio total. Se um adversário vaiar, seu boi perde ponto. “Durante três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como rituais indígenas, costumes dos ribeirinhos, lendas através de alegorias e encenações. Tudo é desenvolvido e encenado por parintinenses”, acrescentou a gerente da Cemopar, Lílian de Melo Betti. O festival folclórico hoje é uma das maiores festas regionais do Brasil, começou ofi-

cialmente em 1965. Desde então, o evento se repete todo mês de junho. Já o nome da festa vem do lugar onde ela acontece - a ilha de Parintins, às margens do rio Amazonas, a 420 quilômetros de Manaus. NC

ARQUITETURA CERÂMICA

as pessoas preparam suas casas e comércios para o festival”. A festa ocorre sempre no último final de semana do mês de junho. Neste ano, ocorreu nos dias 27, 28 e 29 deste mesmo mês. Além de fabricar estes Cobogós personalizados para atender os clientes que torcem tanto para o Boi Garantido como para o Caprichoso, a empresa com mais de 30 anos de história, fabrica tijolos oito furos, tijolos dois furos, pingadeiras, cumeeiras, telha romana e portuguesa, lajotas e terminal para cumeeira.

Com informações da Revista Mundo Estranho.

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D E S E N VO LV I M E N T O

Sindicer de Porto Ferreira e Senai darão cursos ao setor O Senai de São Paulo desenvolveu uma programação de treinamentos em processos produtivos em cerâmica para serem ministrados em Porto Ferreira, em São Paulo. As aulas ocorrem no período de julho de 2014 a março de 2015 e serão ministradas das 19h às 22 horas, na sede do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Porto Ferreira (Sindicer). Além dos treinamentos, durante o expediente das fábricas, o docente do Senai-SP ficará disponível das 13h às 17 horas, na sede do Sindicer, para assessorar na resolução de problemas dos processos produtivos, caso

haja interesse das empresas participantes. A primeira aula do cronograma estabelecido pelo Senai aconteceu no último de 30 de julho, na sede do sindicato patronal, no Jardim Primavera. Com turma de 20 alunos e carga horária de 40 horas, o primeiro treinamento teve como o tema “Formulação de Vidrados Cerâmicos para Baixa Temperatura”. A docente do primeiro curso foi a professora Flávia Vila Fiore Vanderlinde, técnica em ensino do Senai-SP, com o acompanhamento do orientador de Atividades Práticas do Senai-SP, Carlos José Venâncio. O curso de Formulação de Vidrados Cerâmicos para Baixa Temperatura tem por objetivo o desenvolvimento de competências relativas à atuação na elaboração, preparação e ajustes técnicos de vidrados cerâmicos para baixa temperatura, seguindo normas e procedimentos técnicos de qualidade, saúde e segurança do trabalho. Na aula inaugural dos treinamentos, estiveram presentes o diretor do Sindicer, Ivan Roberto Burian e o presidente do sindicato, Elio Bonelli. Marcaram presença também o supervisor do Departamento de Ação Regional da Fiesp, Marcelo Mesquista, o agente de Desenvolvimento Associativo da Central de Serviços da Fiesp, João Leonardo Fernandes da Silva, e o chefe da Divisão Municipal de Desenvolvimento Econômico de Porto Ferreira, Marcelo Padilha Gomez. Segundo o cronograma de treinamentos firmado entre o Sindicer e o Senai-SP, as próxima jornadas serão as seguintes: Reologia aplicada à cerâmica (1º de setembro a 18 de setembro); Ensaios preliminares (3 de novembro a 24 de novembro); Ensaios térmicos para cerâmica (2 de fevereiro a 24 de fevereiro de 2015); e Preparador de massa cerâmica branca (2 de março a 27 de março de 2015). NC Fonte: Porto Ferreira Hoje.

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NovaCer • Ano 5 • Agosto • Edição 52


D E S E N VO LV I M E N T O

CBECiMat será realizado em Mato Grosso em novembro De 9 a 13 de novembro, Mato Grosso sediará o 21º Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais (CBECiMat). O evento será realizado no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá, e abordará assuntos relacionados às áreas de materiais cerâmicos, compósitos, metálicos, poliméricos e ensino de materiais. Entre os temas destaques estão Ciência dos Materiais básica, incluindo modelagem; Síntese; Processamento; Caracterização de Materiais; Propriedades Mecânicas; Degradação de Materiais; Engenharia de Superfícies; Biomateriais; Cimentos; Materiais Elétricos, Eletrônicos e Fotônicos; Materiais Isolantes; Materiais Magnéticos; Materiais Nanoestruturados; Materiais para Geração de Energia; Ecomateriais (materiais

ambientalmente corretos); Reciclagem de Materiais; Equipamentos e Tecnologias; Ensino de Graduação e de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, entre outros. Para este ano, ainda haverá um grupo de docentes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) participa da organização da 21ª edição do CBECiMat. A ideia é aproximar ciência e tecnologia para satisfazer interesses acadêmicos e industriais, com o intuito de contribuir para uma aproximação entre pesquisadores, profissionais da indústria e educadores da área de Ciência e Engenharia de Materiais. O evento é promovido pela Metallum e recebe apoio de entidades como ABCeram, ABM e ABPol. NC

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