Entrevista com o presidente do Sindicer/PB, João Neto
Ano 6
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Agosto/2015
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Edição 64
Meio Ambiente
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Saiba como transformar desafios ambientais em oportunidades
Ceramistas do RN participam Forno móvel traz economia de 50% para cerâmica de SC de seminário na Colômbia
Feira de Telhas acontecerá no mês de outubro em SP
O forno pode ser construído nos tamanhos de: 18,0m x 3,0m x 2,8m / 18 ,0m x 4,0m x 2,8m / 20,0m x 3,0m x 2,8m 20 ,0m x 4,0m x 2,8m / 24,0m x 3,0m x 2,8m / 24 ,0m x 4,0m x 2,8m
Comparando o custo final com os demais fornos do mercado o forno vagão metálico fica em torno de 40% a 60% mais barato e construído aproximadamente 60 dias.
O sistema de isolamento térmico em fibra cerâmica nas paredes, aplicados em módulos de 2m de comprimento eliminando propagação e fuga de calor, proporcionando uma economia de até 50% no combustível (madeira, cavaco e serragem, entre outros). Outra vantagem é o fantastico resultado da queima, tijolos queimados uniformimentes, tanto na parte superior da carga como na parte inferior da carga nao tendo tijojos requeimados ou sem queimar.
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O Forno Rogesesi conta com teto plano onde proporciona uma maior mistura do calor fazendo com que este calor desça uniformemente fazendo a queima e equilibrando a temperatura superior com a inferior. O forno, teto e portas são construídos com vigas “U”, “W” e chapa expandida para fixação da manta de fibra cerâmica.
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SUMÁRIO
MEIO AMBIENTE 14: Desafios ambientais como oportunidades
EDITORIAL
DESENVOLVIMENTO
FEIRAS
ECONOMIA E NEGÓCIOS
12: Carta ao Ceramista
20: Forno móvel traz economia de 50% para cerâmica de SC
26: Feira de telhas será realizada no mês de outubro em SP
28: Câmara aprova mudanças nas regras do Supersimples
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Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
ENTREVISTA
ARTIGO TÉCNICO
30: Pela união do setor
36: Influência da temperatura de sinterização em massa cerâmica com adição de carepa/resíduo de laminação
SUMÁRIO
Agosto 2015 DESENVOLVIMENTO 22: Ceramistas do RN participam de seminário na Colômbia
DESENVOLVIMENTO 24: Eficiência energética
DESENVOLVIMENTO 34: Portaria altera NR-12
DESENVOLVIMENTO 40: Sindicer de Porto Ferreira e Fiesp se reúnem em SP
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista O meio ambiente foi o tema que ganhou destaque na edição deste mês. Atualmente, cuidar do meio ambiente não é tarefa fácil. Porém, para que os recursos naturais sejam contínuos e infinitos, especialistas afirmam que é preciso sabedoria para manter o meio ambiente intacto para continuar produzindo. Na reportagem de capa, saiba como transformar desafios ambientais em oportunidades, como ter controle ambiental do solo e recuperação das áreas degradadas. Além disso, entenda melhor que manter o meio ambiente equilibrado pode ser um diferencial competitivo para sua empresa. Conheça ainda um pouco mais sobre Economia Verde, que prega a produção de mais com menos, ou seja, mais produtos por unidade de PIB, mais produtos por unidade de carbono emitida, mais produtos por unidade de matérias-primas utilizadas. Neste mês, a NovaCer também conversou com o presidente do Sindicer/RN, Vargas Soliz Pessoa. Ele participou como palestrante de
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uma feira realizada na Colômbia. Leia o que ele abordou durante o debate e como foi a experiência de participar deste evento como palestrante. Outro tema que ganhou destaque neste mês foi o forno móvel instalado pela Metalúrgica Costa na cerâmica Porto Galera, em Santa Catarina. O equipamento trouxe economia de 50% para a indústria, além de aumento na produtividade, ampliação de produção e mais qualidade no produto acabado Nesta edição, leia também a entrevista especial com o presidente do Sindicer/PB, João Neto. Nesta entrevista, ele fala sobre as características do setor na Paraíba, sobre as ações do Sindicer e sobre os desafios em unir mais este setor, para que possam crescer em conjunto e mostrar que é possível competir com qualidade.
A Direção
MEIO AMBIENTE
Desafios ambientais como oportunidades É preciso sabedoria para manter o meio ambiente intacto para continuar produzindo
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Preservar o meio ambiente nem sempre é tarefa fácil para o setor cerâmico. A principal razão é que a matéria-prima da indústria vem da natureza. No entanto, conforme o engenheiro civil e geógrafo David Zee, para que estes recursos sejam contínuos e infinitos, é preciso sabedoria para manter o meio ambiente intacto para continuar produzindo. “Preocupar-se com o meio ambiente é manter um elemento vivo, chamado Mãe Terra, ativo e, desta forma, não ter que precisar reproduzir seu trabalho. Além de não sabermos realizar, não temos conhecimento suficiente para substitui-lo”, disse Zee. Segundo o geógrafo, o principal desafio é saber manter ao mesmo tempo a viabilidade econômica do seu negócio, o bem social e a conservação dos recursos naturais. “Os três fatores devem caminhar lado a lado”, acres-
nor uso dos recursos e diminuição da geração de resíduos e poluentes. Muitas empresas aderiram o uso de “circuito fechado”, ou seja, os resíduos retornam ao processo produtivo em forma de matéria-prima e praticamente nada é jogado fora. Além de economizar os recursos, evita a poluição e aumenta os lucros”, assegurou. Para evitar agressões ao meio ambiente, a dica de Zee para os ceramistas é analisar com cuidado todas as interações que a fábrica faz com o meio ambiente desde a importação dos recursos naturais para a produção até a exportação dos resíduos para o meio exterior da empresa. “Estas interações devem ser estudadas de forma a serem o menos agressivas possíveis”, completou. Conforme a engenheira ambiental, as empresas não podem ignorar suas obrigações ambientais. Ainda de acordo com ela, a pressão dos consumidores e as imposições normativas obrigam as empresas a conceber produtos e sistemas de produção e distribuição que minimizem os impactos ambientais negativos. “Até poucos anos atrás, as empresas consideravam estas questões como uma imposição dos sistemas de proteção ambiental, que implicavam aumento de custos. Mas hoje os aspectos ambientais começam a ser considerados como fatores competitivos, que podem conferir à empresa uma vantagem no mercado”, destacou.
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centou. Ainda segundo ele é preciso transformar estes desafios em oportunidades, por meio da pesquisa e da inovação, procurando conceber novos procedimentos e tecnologias, reduzindo o consumo dos recursos naturais e otimizando os resultados. Conforme a engenheira ambiental Cíntia Casagrande, o homem precisa manter o meio ambiente em equilíbrio, pois se o meio em que vive está com algum problema isso poderá afetar diretamente a saúde. “Podemos tomar como exemplo o caso de uma olaria que polui o ar deixando o seu filtro desligado. A fumaça poluída poderá atingir a pele ou os pulmões das pessoas”, esclareceu. Para Zee, é necessário ainda procurar sempre analisar a possibilidade de adotar a regra dos 3R’s e otimizar os resultados. “A regra dos 3R’s compreendem as seguintes considerações: reduzir o consumo dos recursos naturais (energia, matéria-prima e água); reutilizar os resíduos da fábrica através de um pré-tratamento para adequar ao reúso; e reciclar materiais inservíveis, adotando parcerias externas ou mesmo internas”, elucidou. Todas as atividades que geram serviços ocasionam impactos ambientais em seu dia a dia, segundo Cíntia. Porém, ela explica que muitos destes impactos podem ser evitados ou minimizados, caso a empresa adote medidas de equilíbrio econômico e ambiental. “Ou seja, gerar mais produtos e serviços com me-
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Controle ambiental do solo e recuperação da área degradada Antes de iniciar a extração, conforme a engenheira ambiental Cíntia Casagrande, é preciso elaborar o PRAD – plano de recuperação de áreas degradadas. “Assim, o ceramista saberá de que forma deverá conduzir a situação e também como será a recuperação da área que foi degradada, tornando possível o equilíbrio do meio ambiente. “É preciso realizar um planejamento que seja possível se antever às necessidades futuras. Antes de instalar a fábrica, observar se existe abundância suficiente e permissão para uso da matéria-prima necessária nas proximidades. Observar se o relevo, geografia, geologia, tipo de solo e a existência de tecnologias para recomposição do solo são adequados para fa-
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cilitar o controle ambiental do solo. A demanda para recuperação da área degradada será cedo ou tarde exigida legalmente”, afirmou Zee. Segundo a bióloga-especialista em gestão, auditoria ambiental e perícia ambiental, Sandra Gazem, o aproveitamento de bens naturais pode ser temporário, no entanto, se for adquirido de forma sustentável, pode gerar outras oportunidades, incluindo geração de renda, com a transformação deste produto. Mas é importante ter em mente que após obter este material, deverá haver a recuperação, tornando o ambiente integrado novamente ao meio circundante. De acordo com Cíntia, antes da execução de qualquer atividade que irá degradar o meio ambiente, é necessária a realização do levantamento dos possíveis impactos gerados pela atividade e planejamento das ações que serão elaboradas para corrigir, evitar ou minimizar os impactos. “A empresa precisa contratar um profissional da área ambiental para auxiliar na melhor maneira a ser seguida. Para tanto, é preciso realizar o cadastramento no órgão ambiental e verificar o tipo de estudo para cada caso”. Em relação a extração da matéria-prima, conforme Cíntia, é preciso elaborar um plano de recuperação da áreas degradadas. É proibido o uso de lenha nativa nas fornalhas, a empresa deverá usar somente lenha de fornecedores que possuam documentação de regularidade ambiental. As emissões atmosféricas provenientes da queima da lenha ou outro combustível liberado pelo órgão ambiental deverá ser contido por filtros a fim de evitar o lançamento de níveis não permitidos de poluição no ar”, disse Além de todos os estudos realizados, a engenheira ambiental alertou que é necessário um acompanhamento e monitoramento das atividades. “É importante que a empresa efetive um programa de Educação ambiental com o propósito de atingir a sensibilização sobre a importância da conservação dos recursos ambientais, tratando seus efluentes líquidos e gasosos; destinando os resíduos sólidos a locais
empresários para evitar que os resíduos afetem a natureza. Como prevenção, devem ser seguidas as determinações da legislação vigente para cada situação, como colocação de filtros, tratamento de efluentes líquidos, destino adequado dos resíduos, treinamento técnico dos funcionários e implantação de um Sistema de Gestão Ambiental, entre outras. O maior compromisso entre indústrias e meio ambiente é com a sustentabilidade, pois se não houver preservação e cuidados, os bens naturais podem se tornar finitos”, disse.
Controle Para fabricação de um produto, é necessário que exista um controle de todos os possíveis impactos em cada etapa do processo, desde a chegada da matéria-prima até a venda final do produto ao cliente. “Com a análise das não conformidades e medidas de prevenção evita-se
MEIO AMBIENTE
ambientalmente corretos; promovendo a separação seletiva do lixo; dentre outras soluções que podem ser alcançadas através da realização de um gerenciamento constante voltado à Educação ambiental, ferramenta para a transformação socioambiental. A bióloga-especialista em gestão, auditoria ambiental e perícia ambiental, Sandra Gazem, complementou que as indústrias são empreendimentos passíveis de poluição, seja com emissões atmosféricas ou resíduos da produção. “Assim, deve haver um compromisso dos
riscos tanto de contaminação ambiental como prejuízos de perdas de matérias-primas e tempo. “Pelo simples fato que se houver um furo numa etapa do processo, todo esforço acumulado nas outras etapas se esvai por este buraco”, complementou Zee
Visibilidade e percepção social As empresas começaram a perceber que um diferencial competitivo para atrair o consumidor de qualidade para a sua marca é a visibilidade e a percepção social quanto ao quesito de sustentabilidade, conforme geólogo David Zee. “As empresas que tem ambição de crescer começaram a se preocupar com o quesito sustentabilidade. Diria que o adensamento urbano crescente da sociedade brasileira facilita a compreensão da demanda pela sustentabilidade por parte das empresas ceramistas. As empresas estão apenas iniciando”. Porém, quando se fala em sustentabilidade, desafios devem ser encarados pelo mundo empresarial quando incorporados aos aspectos socioambientais. O principal desafio é saber calcular a proporção, a velocidade e a forma mais eficaz destas empresas transferirem com visibilidade estes benefícios aos funcionários e à sociedade compradora de seus produtos. Conforme Zee, o ceramista não deve ter re-
ceio de promover a transparência das atividades, comunicação permanente com as comunidades do entorno e potencializar os possíveis benefícios sociais produzidos pela sua empresa. “Um dos principais benefícios das boas práticas ambientais é a economia gerada e, com isso, ocorre aumento na margem de lucro. Em outras situações pode não haver aumento na margem de lucro, mas o volume comercializado pode aumentar com a boa imagem que a empresa produz junto ao seu público consumidor”. Segundo Sandra, a natureza fornece a matéria-prima principal para a fabricação dos produtos cerâmicos, o que faz com que os ceramistas tenham um compromisso rigoroso com a recuperação dessas áreas degradadas. “Para isso, se faz necessário a regularização das atividades de mineração, com execução de projetos-planos ambientais, obtenção das licenças ambientais e atender todos os itens e condicionantes destas”.
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Responsabilidade socioambiental Responsabilidade Socioambiental ou Corporativa é a preocupação que a empresa tem não apenas com seu objetivo fim que é o lucro, mas também na sua capacidade de espalhar benefícios à sociedade e ao meio ambiente do entorno. A principal estratégia para auxiliar as indústrias na formulação e implantação de políticas de Responsabilidade Socioambiental é a capacidade de comunicação da empresa com seus funcionários e à sociedade, visando identificar os interesses comuns e que possam ser viabilizados através de parcerias. “Da mesma forma os interesses dos funcionários devem ser reconhecidos pela
empresa e vice-versa, para que possam ser desenvolvidos através da formação de comitês internos. Planos e metas devem ser implementados ao longo do tempo e periodicamente revistos”. Conforme Cíntia, existem ferramentas, normas e padrões internacionais para os aspectos sociais e ambientais. “Destacam-se as normas ISSO 9000 e ISSO 14000 que certificam empresas por sua capacidade gerencial, qualidade do processo de produção e pelo respeito ao meio ambiente, e OHSAS 18001 que certifica a empresa em garantias adequadas para a segurança e a saúde do trabalhador”, disse.
Economia Verde Economia Verde pode ser definida como aquela que busca a eficiência no uso de recursos naturais e matérias-primas como água e energia, além de uma produção mais limpa, com menos desperdício e menor geração de resíduos pré e pós-consumo. A afirmação é do jornalista e diretor do Portal
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Envolverde, Dal Marcondes. Conforme ele, a Economia Verde prega a produção de mais com menos, ou seja, mais produtos por unidade de PIB, mais produtos por unidade de carbono emitida, mais produtos por unidade de matérias-primas utilizadas. “É uma forma de ampliar a capacidade da economia em suprir as necessidades de todos os habitantes da Terra”. Marcondes explicou que para que haja economia verde, é preciso empresas eficientes, que produzam de forma sustentável, utilizando de forma inteligente seus recursos e controlando suas emissões. Portanto, conforme o jornalista, economia verde significa menor custo de produção a partir do uso mais eficiente dos recursos naturais, matérias-primas, energia, água e menor geração de resíduos. “As indústrias devem fazer uma análise de ciclo de vida de seus produtos, de forma a conhecer seus impactos e poder atuar sobre eles. As empresas precisam buscar um conhecimento melhor de seus processos e verificar como torna-los mais produtivos e com menos desperdícios”, concluiu. NC
D E S E N VO LV I M E N T O Fotos: Felipe Souza
Forno móvel traz economia de 50% para cerâmica de SC Equipamento foi instalado pela Metalúrgica Costa, de São Paulo, na cerâmica Porto Galera, de Canelinha
Um forno móvel instalado na cerâmica Porto Galera, de Santa Catarina, rendeu a indústria muito mais que aumento na produtividade e melhor qualidade no produto acabado. Instalado em abril deste ano pela Metalúrgica Costa, de Vargem Grande do Sul, São Paulo, o forno proporcionou também economia de 50% no combustível da queima, além de redução da mão de obra, agilidade na carga e descarga do material e
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baixo índice de quebra. Antes do forno móvel, a cerâmica Porto Galera, que está há 12 anos no mercado, utilizava o forno do tipo Intermitente (abóboda). Conforme o proprietário da indústria, Aloir Alécio Dias, o custo para queimar 36 mil peças dentro de cada forno era de R$ 3 mil de lenha. “Como eu tinha dois fornos deste tipo eu queimava em torno de 76 mil peças nos dois fornos e tinha um custo total de queima de R$ 6 mil de lenha. Hoje nas duas plataformas do novo forno eu gasto menos de 3 mil de farelo e cavaco. Meu forno reduziu custo de queima em pouco mais de 50%. Hoje gasto em torno de R$ 2,8 mil em combustível para queimar 76 mil peças”, contou. Dias contou também que hoje queima apenas em um forno. “Antes eu queimava
49 fornos deste modelo. A capacidade deste forno é de queimar cerca de 65 mil peças por vez de blocos 9x14x24. O combustível utilizado pode ser lenha, cavaco ou pó de serra. Entre os benefícios do forno, conforme o proprietário da Metalúrgica Costa, está queima homogênea de todas as peças e pouca quebra. “Além disso, por ser revestido com manta, seu tempo de queima é reduzido, causando assim menos poluição no meio ambiente. NC
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em dois fornos a mesma quantidade de peças. Hoje queimo em apenas um e só da economia da lenha para o farelo eu já pago a prestação do forno”, contou. Além do baixo consumo de queima, segundo o proprietário da Metalúrgica Costa, Ivanildo da Costa dos Santos, são vantagens deste forno a opção de aproveitamento do calor para o secador, baixa manutenção em todo o sistema, e a opção de queima de material que pode ser tanto bloco como telha. "Sem falar na qualidade do produto, já que a queima é totalmente uniforme". O ceramista afirmou também que economizou muito na confecção do forno. “Nas duas plataformas do forno móvel gastei 80 mil peças de tijolos. Enquanto que em outros fornos são gastos em torno de 108 mil peças de tijolos. O modelo da plataforma do forno da Metalúrgica Costa é muito barato, tu economizas muito. Por exemplo, nas duas plataformas não gastei a quantia de tijolos que uma cerâmica da região gastou em apenas uma plataforma”, exemplificou. Santos informou que o equipamento é construído de Viga I, chapas expandidas, com rodas em aço, com duas portas fixas ao forno basculante e revestido com mantas de 6¨ densidade 192. Ele é um projeto para se trabalhar de dois a três crivos. Na cerâmica Porto Galera, o forno foi construído em 30 dias. Conforme Costa, a construção do forno foi rápida devido ao forno ser montado em módulos e o projeto do crivo ser simplificado e de baixo custo. Para Dias, esta troca de forno significa a permanência no mercado. “Somos mais competitivos”, disse. Além disso, conforme ele, ao fazer novos investimentos, também se reduz os custos. “Por isso é importante fazer investimentos. Eu vejo que as empresas com maiores dificuldades são as que não estão investindo em novas tecnologias, não estão buscando. Aprendem a fazer daquela maneira e fazem sempre do mesmo jeito. Penso que uma empresa assim o próprio mercado está se encarregando de excluir, pela baixa qualidade e baixa produtividade. Tudo isso leva com que não permaneça no mercado”, opinou. A Metalúrgica Costa já fabricou cerca de
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Ceramistas do RN participam de seminário na Colômbia O presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção do Rio Grande do Norte (Sindicer/RN), Vargas Soliz Pessoa, e o proprietário da cerâmica Chico de Keka, Francisco das Chagas, participaram de um painel ministrado no Seminário Internacional de Produção Eficiente na Indústria de Tijolos – Feira Tecnológica e de Serviços. Vargas foi um dos debatedores sobre o tema as dificuldades e oportunidades na implantação de fornos eficientes. O evento ocorreu em julho na cidade de Bogotá, na Colômbia. Os ceramistas potiguares foram convidados para falar sobre os resultados do Projeto de Eficiência Energética em Cerâmicas de Pequeno Porte na América Latina (EELA), no Rio Grande do Norte. Durante o painel, o presidente do Sindicer/RN falou sobre como o setor de cerâmica potiguar tem investido na modernização do processo de queima, para garantir mais sustentabilidade e uma melhor qualidade dos produtos. “Foi muito bom ministrar esta palestra, pois pudemos passar a ideia de como as indústrias brasileiras estão buscando novas tecnologias de fornos, como foi o processo de implantação, quais estudos levaram a cada escolha e quais vantagens essas escolhas agregaram ao setor”. Também participaram do evento o consultor de projetos do Sebrae-RN, Edilton Cavalcanti, o chefe da unidade do Serviço Florestal Brasileiro em Natal, Nilton Barcelos, e o diretor de Relações Institucionais da Anicer e presidente do Sindicer Médio Vale do Paraíba/RJ, Luis Lima. Eles participaram do Fórum Internacional sobre políticas públicas para o setor de tijolos. “Tanto o seminário, como o fórum, teve como intuito melhorar habilidades do setor nos âmbitos ambientais, produtivos e empresariais para, assim, aperfeiçoar os processos de fabricação, aprimorar a qualidade do tijolo e desenvolver boas ações ambien-
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Entenda o programa EELA O maior polo de produção de cerâmica do Rio Grande do Norte, o Seridó, foi recentemente objeto de estudo do projeto que visa contribuir no combate às mudanças climáticas através da redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) produzidos no processo de fabricação de cerâmicas na América Latina e melhorar a qualidade de vida da população envolvida. O objetivo do projeto é incentivar medidas para a otimização do uso da energia nas fábricas de cerâmica, bem como para a redução das emissões de carbono e diminuição do impacto ambiental da atividade, através de consultorias. A iniciativa internacional é financiada pela Agência Suíça de Cooperação Internacional (Cosude) e executada pela Swisscontact junto aos seus parceiros em sete países na América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, México e Peru. No Brasil, a coordenação do programa está a cargo do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e conta com a parceria de diversos agentes como Sebrae, Serviço Florestal Brasileiro (SFB/MMA) e Associação Nacional de Cerâmicas (Anicer). Um dos principais elementos do trabalho desenvolvido é a implantação dos fornos tipo Cedan nas fábricas. No ano passado, o presidente do Sindicer/RN implantou em sua fábrica o modelo Cedan, o que exigiu uma mudança no combustível utilizado (no lugar da lenha, agora, utiliza pó de serra-
gem). Os resultados foram maior economia de combustível e um maior controle nas emissões de gases. Outra vantagem é que, com um processo mais controlado, obteve-se maior uniformidade na queima e produtos mais resistentes e bem-acabados. Segundo o presidente, a chegada desse projeto ao Rio grande do Norte foi muito importante porque a carência de tecnologias mais avançadas nas indústrias de cerâmica era muito grande. “A participação na Colômbia serviu para o estado apresentar os resultados do EELA, uma forma de divulgar a agência suíça responsável pela iniciativa, como ela tem sido proveitosa em terras potiguares e está atingindo o objetivo de diminuir as emissões atmosféricas pelo mundo”, finalizou Vargas. NC
Na foto, da esquerda para a direita: o consultor do Sebrae/RN Edilton Cavalcanti, o empresário Francisco das Chagas Dantas, o presidente do Sindicer-RN Vargas Soliz e o chefe da unidade do Serviço Florestal Brasileiro em Natal Nilton Barcelos, embarcando para o seminário
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tais, aumentando, portanto, a competitividade das empresas”, acrescentou Vargas. O encontro foi gratuito e organizado pelo Programa de Eficiência Energética em Olarias da América Latina, promovido pela Cooperação Suíça Cosude e executado pela Fundação Swisscontact em parceria com a Coalizão de Clima e Ar Limpo, com a Corporação Ambiental Empresarial de Bogotá e com a Câmara de Comércio de Bogotá.
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Eficiência energética
A NovaCer conversou com o diretor técnico do Centro Tecnológico da Espanha (Aitemin), Jorge Velasco Veléz. Ele é coordenador da RED CYTED IBERCERAM e chefe da área de cerâmica no Aitemin. Nesta entrevista, ele fala sobre eficiência energética no processo de fabricação e sobre caracterização de argilas. Revista NovaCer - Como melhorar a eficiência energética no processo de fabricação? Jorge Velasco Veléz - É preciso agir em todas as fases do processo, desde a seleção de matérias-primas até queima. Em cada uma das partes do processo pode ocorrer melhorias, no entanto, será naquelas etapas com maior consumo de energia em que haverá mais possibilidade. Selecionar corretamente a matéria-prima para o tipo de produto que se quer fabricar evitará consumos energéticos desnecessários. A utilização de melhores técnicas disponíveis para o processo diminuirá o consumo energético, uma vez que os novos processos apresentam um maior ajuste energético. NC - O que são aditivos energeticamente ativos? JVV - Normalmente, é a etapa que atua na queima. Geralmente as substâncias são acrescentadas à massa do corpo cerâmico, e podem fornecer energia por combustão ou podem apontar caráter fundente, ou seja, reduzir a temperatura de queima. Normalmente costumam ser resíduos eliminados, como resíduos florestais, agrícolas e vidro, entre outros. NC - De que forma esses aditivos podem contribuir para uma melhora da eficiência energética? JVV - O que provoca é uma diminuição do consumo energético durante a etapa de queima, bem porque entra em combustão fornecendo calor ou bem porque são fundentes e foram vidro ou fases amorfas que fecham a porosidade a temperaturas mais baixas que as habituais. Em qualquer dos casos supõe uma economia de combustível. NC - Quais os fatores determinantes para eficiência energética no processo produtivo do setor cerâmico? JVV - Realmente há muitos fatores que vão influir na eficiência energética do processo, mas tendo em conta que a fase de queima é a que mais consome energia, poderíamos dizer que um bom equipamento para a queima e uma seleção adequada das matérias-primas seriam os fatores mais determinantes. NC - Qual o processo baseado no uso de tecnologia a laser, que é capaz de resultar em economias energéticas em torno de 30% na fabricação de peças vistas (blocos e telhas)?
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NC - Quais os principais pontos de consumo podem ser levados em consideração numa indústria cerâmica e de que forma podem ser economizados e reavaliados? JVV - Como já mencionado, o ponto de maior consumo de energia é a queima. Os motores dos ventiladores também são um ponto importante e por último o secador. No entanto, para secagem pode se usar o calor do forno, o que pode tornar-se um consumo muito baixo. NC - Fale um pouco sobre argila. O que são argilas? JVV - Argilas são a matéria-prima básica da cerâmica, sem elas não se poderia fabricar cerâmica conhecida como cerâmica vermelha. A argila uma vez cozida fornece propriedades que necessitam um material cerâmico. NC - Que tipo de técnicas podem ser utilizadas para caracterização de argilas? JVV - Como exemplo diremos que para efetuar uma análise mineralógica é necessário utilizar a técnica de Difração de Raio-X. A Análise química pode ser feita por diversas técnicas, como absorção atômica, ICP ou Fluorescência de Raio-X. Uma técnica muito importante para analisar as argilas para uso em cerâmica é a Dilatometria.
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JVV - Esta é uma tecnologia nova que vem se desenvolvendo na Europa, financiada pelo programa LIFE (projeto Laserfiring), nos últimos anos. Consiste em grandes rasgos em tratar as superfícies das peças cerâmicas com laser de tal maneira que se aumenta a temperatura da face tratada até a fusão, se desejado. Isto faz com que o resto da peça seja cozido em menor temperatura, para que o material não perca suas propriedades, sendo possível obter decoração na peça sem aditivos. Para mais informações, é possível consultar o projeto pelo site www.laserfiring.eu.
NC - Quais os benefícios dos ensaios de caracterização de argilas? JVV - Realmente, a análise de argilas para uso em cerâmica só traz benefícios. Você pode ajustar o processo de modo que o consumo de energia será muito pequeno e se pode formular as massas cerâmicas ideais para a fabricação de cada produto a ser feito. NC - Como funciona os ensaios de caracterização de argilas? JVV - Normalmente, você precisará usar um laboratório especializado, não só para análise de argila, mas também para uso da argila em cerâmica, dado que muitos equipamentos que são necessários são caros e precisam de especialistas para sua gestão. Se o fabricante tem certo o que quer fabricar ou quais são os problemas que surgirão e transmiti-los para o laboratório, os especialistas poderão atender às suas necessidades. NC - Qual a importância de se conhecer a qualidade da argila? JVV - Não existe uma qualidade objetiva, tudo depende do que se quer fabricar. Portanto, não é tão importante que a qualidade seja muito elevada se não tem as propriedades que necessitamos para nossa instalação e para o produto que queremos fabricar. NC
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FEIRAS Evento realizado em 2014
Feira de telhas será realizada no mês de outubro em SP Organizada Clarion Events, a feira, que antes se chamava TeCobI Expo, será nos dias 13, 14 e 15
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A Roofing Expo Brazil – Feira Internacional de Telhados, Coberturas e Impermeabilização será realizada de 13 a 15 de outubro de 2015. Organizada Clarion Events, o evento, que antes se chamava TeCobI Expo, acontecerá das 14h às 20 horas, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. A expectativa da organização é que cerca de 5 mil profissionais qualificados compareçam no evento deste ano. A Roofing Expo Brazil 2015 deverá reunir cerca de 100 marcas expositoras, entre fabricantes e fornecedores de telhas, lajes, coberturas, estruturas, acessórios, impermeabilização, soluções para isolamento térmico, acústico e vedação, acessórios para fixação, além de soluções sustentáveis para o topo das construções. Segundo o gerente comercial da Clarion
afetam diretamente todos os setores da economia, inclusive o da construção civil. O público visitante da feira é formado por profissionais que buscam soluções para os topos das construções como engenheiros, arquitetos, construtores, síndicos, administradores de condomínios, além de aplicadores, prestadores de serviços e distribuidores de materiais de construção.
Umbelino Monteiro, empresa de Portugal, foi umas das expositoras da edição 2014
FEIRAS
Events, Fernando Merida, o objetivo da feira é colocar frente a frente quem compra e quem vende no setor de telhados, coberturas e impermeabilização, sendo também um fórum para discussão de novas tecnologias para o setor através do programa de conferências. “Pela primeira vez estamos contando com um trabalho minucioso de produção das conferências que inclui a pesquisa de mercado sobre os temas que os profissionais querem saber mais. Além disso, agora 100% organizado pela Clarion, o evento conta com um vasto trabalho de pesquisa para aumento e qualificação do banco de dados visando o aumento substancial no número de visitantes sem abrir da qualidade que vem caracterizando o evento desde a primeira edição”, disse Merida. O evento inicialmente seria realizado em junho. Porém, baseada em pesquisa realizada junto aos expositores, parceiros e apoiadores das duas edições anteriores, foi definido o mês de outubro para a feira deste ano. Segundo a Clarion Events, eles expressaram a preferência pela mudança, muito em função das questões econômicas do país e das perspectivas para o primeiro semestre, que
Perfil do evento A Roofing Expo Brazil - antiga TeCobI - é um evento internacional de telhados, coberturas e impermeabilização que reúne num só local, em três dias de realização, todos os elos da cadeia de equipamentos, produtos ou serviços relacionados à indústria de construção e manutenção de telhados, coberturas e impermeabilização, aplicáveis a obras residenciais, comerciais, industriais e esportivas. “É o ponto de encontro para que os profissionais possam conhecer as principais novidades dos fabricantes, como novas tecnologias para sistemas de telhado verde, soluções para coberturas que priorizem a iluminação natural, coberturas e engradamentos metálicos, telhado branco, telhados em cerâmica e sistemas de impermeabilização, entre outros”,
disse o gerente comercial da Clarion Events, Fernando Merida. A Roofing Expo Brazil é a única feira com foco no setor de telhados, coberturas e impermeabilização. “E é sabido que eventos focados são mais efetivos no sentido de gerar negócios para as empresas participantes”, relatou Merida. NC
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Câmara aprova mudanças nas regras do Supersimples A comissão especial da Câmara do Deputados que analisa mudanças no Supersimples (Projeto de Lei Complementar 25/07), aprovou, por unanimidade, o relatório do deputado João Arruda (PMDB-PR) com as novas regras para enquadramento no tributo. O substitutivo apresentado pelo parlamentar aumenta os valores para enquadramento no regime tributário do supersimples de R$ 360 mil para R$ 900 mil (receita bruta por ano) para microempresas e de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 (receita bruta por ano) para pequenas empresas. Segundo o parlamentar, a grande maioria das empresas brasileiras (mais de 90%) poderá optar pelo novo regime. “Não há diferença efetiva com a mudança para as
Foto: divulgação
microempresas ao aumentar o teto do faturamento para R$ 900 mil, porque os benefícios da lei são gerais e beneficiam tanto as micro como as pequenas empresas”, explicou. O relatório de Arruda também reduz o número de tabelas a que estão submetidos as empresas enquadradas no supersimples. Atualmente, há seis tabelas no Simples: uma para comércio, uma para indústria e quatro tabelas de serviços. De acordo com a proposta do relator, serão apenas quatro tabelas, reduzindo o setor de serviços a duas tabelas. “Com isso, elimina-se circunstância que, na prática, inibe o crescimento dos participantes do Simples Nacional ou, pior, enseja 'crescimento lateral', isto é, uma mesma micro ou pequena empresa, em vez de crescer, segrega-se em outras de modo a não avançar nas atuais faixas cumulativas do Simples Nacional”, justificou o parlamentar. A proposta também altera o valor de imposto pago pelo Microempreendedor Individual (MEI) com faturamento mensal de até R$ 60 mil. O MEI com faturamento mensal de até R$ 60 mil pagará para previdência 5% do salário mínimo, em vez de 7%. O texto aprovado na comissão especial ainda será votado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.
Relatório de consenso O deputado Afonso Hamm (PP-RS) afirmou que o relatório é de consenso por ter acolhido as propostas de diversos parlamentares. ”O relatório propicia melhoria na qualidade de vida dos brasileiros”, comemorou.
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O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) disse que o aumento do teto proposto pelo relator é uma conquista: “É um super teto para o supersimples. É um jogo do ganha-ganha. Ganham todos: estados, muniNC cípios, empresários, governo federal”. NC
Regulagem externa
Boquilha de telha canal
Corte a fio
ENTREVISTA
Pela união do setor A entrevista especial deste mês é com o presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha da Paraíba (Sindicer/PB), João Neto. Nesta entrevista ele, que também é diretor da cerâmica Salema, fala sobre as características do setor no estado, sobre as ações do Sindicer e sobre os desafios em unir mais este setor, para que possam crescer em conjunto e mostrar que é possível competir com qualidade. Neto é graduado em Administração pela UFPB e possui MBA em Gestão de Projetos pela FGV. Ele também é diretor do Programa Paraibano da Qualidade - PPQ e membro do GAP/Anicer Grupo de Apoio a Presidência da Associação Nacional de Cerâmica Revista NovaCer - Há quanto tempo existe o Sindicer/PB? João Neto - O Sindicer foi fundado no dia 18 de novembro de 1991. Está com 23 anos. NC - Há quanto tempo está à frente do Sindicer/PB? JN - Assumi a presidência do Sindicer/PB em abril de 2014, precedida por Manuelina Hardman (2010-2013). NC - Quantas empresas de cerâmica existem na Paraíba? JN - Nosso último levantamento contabilizou cerca de 150 empresas de cerâmica vermelha no estado. NC - Qual o porte destas indústrias? JN - A maioria das empresas é considerada de pequeno porte, porém, também possuímos médias empresas, com até cerca de 300 funcionários. NC - Qual o maior benefício em ser uma empresa associada ao sindicato? JN - O ceramista que se une ao sindicato participa de encontros com demais empresários do setor e se mantém sempre atualizado. Além disso, interage em capacitações exclusivas para o segmento cerâmico e tem acesso aos benefícios advindos de parce-
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rias com entidades privadas e governamentais. Participando do sindicato, as empresas tem voz na entidade que representa o setor de cerâmica vermelha no Estado em reuniões e assembleias. Por fim, o maior benefício é fazer parte de uma rede que se preocupa com o desenvolvimento do setor, promovendo o crescimento de todos. NC - Quantos empregos diretos e indiretos são gerados pela indústria de cerâmica vermelha na Paraíba? JN - O setor emprega diretamente mais de 2,5 mil colaboradores e envolve, ao todo, cerca de 20 mil pessoas em trabalhos diretos e indiretos. NC - Quais as principais características do setor na Paraíba? JN - O setor é bastante espalhado ao longo do Estado, tendo sua maior concentração nas regiões metropolitanas de João Pessoa, Guarabira e Patos. Existem empresas com mais de 40 anos operando na Paraíba, assim também como plantas recentes. A concorrência com produtos substitutos têm sido forte com a laje de isopor, pavers de cimento e blocos de cimento. NC - Quantos por cento das cerâmicas podem ser consideradas modernas na Paraíba?
ENTREVISTA JN - Cerca de 20% das empresas podem ser consideradas modernas na Paraíba. NC - As empresas trabalham com quais tipos de equipamentos? Há interesse dos empresários em modernizar suas empresas? JN - Possuímos vários tipos de empresas cerâmicas. Dentre as modernas, podemos citar empresas com fornos túneis, automatismos de carga e descarga, paletização, sistemas de gestão informatizados, sistemas integrados de qualidade, produtos racionalizados e certificados. O interesse em modernizar a planta é contínuo e o fluxo de consultores e fornecedores se mantém crescente. NC - Quais as principais ações do Sindicer/ PB? JN - Aumentamos o benefício fiscal para que o custo de ICMS que é de 17% seja reduzido em 50%. Isto, na prática, implica na
redução de metade da atual alíquota, o que beneficiaria em mais de 300 mil reais anuais para a empresa que estiver saindo do teto do regime do Simples Nacional. Estamos trazendo cursos, palestras e eventos especiais para e sobre o segmento. Fizemos ainda uma estruturação de gestão interna da entidade, com novo site, local e modelo de gestão. O Sindicer/PB sempre intermediou o bom relacionamento entre a classe laboral e patronal para a convenção coletiva anual, sem nunca ter tido uma greve e/ou dissídio. Em seu histórico, já promoveu um evento nacional da Anicer e dois regionais. Além disso, já realizou reuniões para discussão de assuntos diversos para troca de experiências entre empresários. NC - O que tem a dizer sobre o trabalho desenvolvido pela Anicer? JN - A Anicer vem se fortalecendo muito nos últimos anos. As parcerias feitas com
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ENTREVISTA
"O setor é bastante espalhado ao longo do estado da Paraíba, tendo sua maior concentração nas regiões metropolitanas de João Pessoa, Guarabira e Patos"
o Sebrae têm trazido novos conhecimentos a uma série de empresas que não tinham acesso antes. Creio que uma maior integração e fortalecimento com os sindicatos e associações faria o setor ter maior abrangência e aumentaria o potencial de associativismo no país. NC - Como entrou no mercado de cerâmica vermelha? JN - Em 2004 ingressei no curso de Administração de Empresas, na UFPB. Nesta época, decidi ajudar meu pai e ao mesmo tempo ter a experiência de um estágio. Já tinha a relação com a empresa desde criança, então o amor pelo segmento já estava plantado. NC - Nesse período no mercado de cerâmica vermelha, o que mais o motiva? JN - Este período, realmente é difícil achar algo que lhe traga inspiração, pois a quantidade de notícias negativas que surgem lhe minam a todo momento. Creio que a maior inspiração é ver seu próprio desempenho ao enfrentar todas as pedras que o caminho lhe joga. Neste mesmo tempo, conhecer os limites que você não sabia que tinha e estar mais próximo de sua equipe para encarar os desafios. NC - Há algo que o desmotiva? JN - A falta de investimento do governo em um setor que fortalece a interiorização do estado com emprego e renda, assim como a concorrência desleal causada pela informalidade são os principais pontos desmo-
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tivadores. NC - O que acredita ser seu maior desafio como presidente do Sindicer/PB? JN - Motivar nas empresas o senso de trabalhar pelo setor, e não só individualmente. Fortalecer reuniões setoriais e fazer o empresariado acreditar que bons projetos podem ser feitos em conjunto. NC - Como avalia a indústria de cerâmica vermelha brasileira? JN - A indústria nacional ainda é muito heterogênea, tal qual a Argentina, Colômbia e Venezuela, tendo desde verdadeiras corporações até pequenas olarias informais. Esta característica cria um senso de que ter um produto certificado e processos organizados não compensa, pois produtos de baixa qualidade são oferecidos de igual valor. Este sentimento já vi em todos os estados do Brasil, sem distinção. NC - Quem são os parceiros do Sindicato? JN - O Sindicato está aumentando seu número de parceiros, sejam parceiros em cursos, eventos, descontos, participação em projetos, como também em divulgação de notícias em conjunto. Dentre os principais, hoje podemos citar o SENAI/SESI/SEBRAE/ IEL, A FIEP, PPQ (Programa Paraibano de Qualidade), assim como as revistas NovaCer e Anicer. Estamos estruturando parceria também com o EELA (Instituto Nacional de Tecnologia), do CEPIS (Centro de Produção Industrial Sustentável) e o projeto ALI (Sebrae). Além destes, estamos fortalecendo o entrosamento com personalidades políticas, professores, jornalistas, fornecedores, órgãos ambientais e licenciadores, formadores de opinião e demais sindicatos e associações, para integrar projetos em conjunto e manter a comunicação ativa. NC - Como é a questão ambiental para as cerâmicas da Paraíba? Como é o processo de extração de argila no estado? É cooperativado? JN - Ainda possuímos atritos entre o setor e os órgãos ambientais. Algumas empresas são fiscalizadas, e outras não. O processo
NC - O que o senhor tem vontade de implantar no sindicato e ainda não conseguiu? JN - Um projeto em andamento que, com muito esforço certamente conseguiremos, é a implantação do laboratório em cerâmica pelo Senai. Poderia citar também a qualificação dos fornecedores de insumos para a cerâmica vermelha, parte deles uma porção de problemas para a garantia de qualidade nas cerâmicas, e melhorar ainda mais o sistema tributário para o nosso setor. Já estamos montando um canal de compra, venda e troca de máquinas /peças /equipamentos, fazendo com que as empresas que queiram se capitalizar, possam vender para as que não podem arcar com o custo e logística de um equipamento novo. Outro plano que há de acontecer é executar um mapeamento mais aprofundado das empresas de cerâmica do estado. Este trabalho visa traçar um perfil de características e necessidades e auxiliar a nossa montagem de novos projetos para o setor.
"Espero que o setor possa se unir mais, que as empresas possam fazer melhor uso de seus sindicatos e associações e que participem mais"
médio prazo.
ENTREVISTA
de extração de argila no estado é feito de forma individual. Não existem cooperativas de extração de argila no estado.
NC - O que espera para o futuro da cerâmica vermelha? JN - Espero que o setor possa se unir mais, que as empresas possam fazer melhor uso de seus sindicatos e associações e que participem mais. É unindo esforços que podemos ter mais poder, crescer em conjunto e mostrar que podemos competir com qualidade. Nosso setor precisa mostrar para toda a cadeia da construção civil que continua evoluindo. Que além de tradicional, nosso produto é o melhor, mais sustentável e mais competitivo. NC
NC - De que forma o Governo tem auxiliado o setor na Paraíba? JN - Recentemente conseguimos, junto ao governo da Paraíba, a implantação do benefício de 50% do ICMS para a indústria cerâmica. É o primeiro projeto feito em conjunto com o Governo, que já demonstrou abertura para outros que venham em seguida. NC - As empresas da Paraíba são certificadas? JN - Hoje possuímos cinco empresas certificadas para blocos e uma certificada para telhas cerâmicas. O Sindicer/PB vêm motivando a certificação, mas as empresas ainda não estão sentindo o diferencial de mercado com a qualificação. NC - A cerâmicas da Paraíba exportam? Têm potencial para isso? JN - Não temos nenhum histórico de exportação de produtos no nosso setor na Paraíba. Não há projetos com esta finalidade no
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Portaria foi publicada no Diário Oficial da União no dia 27 de junho de 2015 A Portaria Nº 857 que altera a Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12) foi publicada no Diário Oficial da União no dia 27 de junho deste ano. O objetivo das mudanças é aprimorar a legislação para melhorar a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. A Portaria é resultado do consenso obtido após intensos debates do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com empregadores e trabalhadores no âmbito da Comissão Nacional Tripartite Temática da NR12 e da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP). O ministro Manoel Dias se empenhou para essa alteração e afirmou que sua prioridade é atualização e modernização dos processos. “Desde que cheguei ao Ministério estamos procurando atualizar a discussão e modernizar a interpretação da legislação em
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Portaria altera NR-12
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pontos que são importantes como as máquinas e equipamentos”, afirmou Dias. As principais inovações da Portaria foram o tratamento diferenciado para microempresas e empresas de pequeno porte nas obrigações de capacitação, reconstituição de manual de instruções de máquinas antigas e elaboração de inventário e o corte temporal em relação a tensão de operação dos componentes de partida, parada, acionamento e outros controles que compõem a interface de operação das máquinas. Outras mudanças foram exclusão da expressão ‘falha segura’ do texto da Norma e do Glossário, com substituição pelo conceito de ‘estado da técnica’; dispensa do cumprimento dos requisitos da NR-12 a máquinas e equipamentos de fabricação nacional destinados à exportação; e permissão expressa da movimentação de máquinas e equipamentos que não atendem à NR 12 fora das instalações da empresa para reparos, adequações, modernização tecnológica, desativação, desmonte e descarte. A portaria está disponível no site do MTE. Fonte: MTE.
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ARTIGO TÉCNICO
Influência da temperatura de sinterização em massa cerâmica com adição de carepa/resíduo de laminação Trabalho apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, que ocorreu de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, RN
J.G. Meller, A.B.C Arnt, M.R.da Rocha Engenharia de Materiais - Universidade do Extremo Sul Laboratório de Fenômenos de Superfícies e Tratamentos Térmicos – LFSTT
Resumo
As atividades siderúrgicas são responsáveis pela geração de diversos tipos e quantidade de resíduos passíveis de reciclagem, sendo que há um grande estudo na reutilização da maioria desses materiais. Devido à crescente preocupação com as questões ambientais, muitas indústrias passaram a investir em novas alternativas buscando solucionar os problemas decorrentes da sua geração e disposição. Os principais resíduos consequentes do processo siderúrgico são: escórias, pós e lamas de alto-forno e aciaria, carepas e os finos de carvão e minério. Dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) apontaram para o fato de que, no ano de 2011, a indústria do aço produziu cerca 19,2 milhões de toneladas de resíduos, com uma média de 600 kg/t de aço produzido. (1) A necessidade, por parte do mercado, de produtos cerâmicos novos dotados de propriedades funcionais com uma melhor qualidade, tem notadamente estimulado a pesquisa em direção à aplicação de materiais com baixo custo. A maior parte das pesquisas demonstrou a importância da reciclagem na proteção ambiental e no desenvolvimento tecnológico. A utilização dos resíduos pelas indústrias cerâmicas pode ser viabilizada pela substituição de uma ou mais matérias-primas da sua composição original, mantendo-se o processo de produção. A carepa, um dos resíduos do processo de laminação a quente de aço, é constituída
Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da temperatura de sinterização de cerâmica vermelha de queima branca com adição de carepa, resíduo de laminação de aço. Este resíduo constituído de óxidos de ferro teve a função de substituir pigmentos utilizados em materiais cerâmicos. Após caracterização química e microestrutural, a carepa foi adicionada na proporção de 5% à massa de cerâmica. As formulações foram submetidas às temperaturas de queima de 900ºC, 950ºC e 1000ºC, e avaliadas quanto às características físicas de perda ao fogo, retração linear de queima, absorção de água e resistência à flexão em 3 pontos e ensaio de colorimetria. Os resultados indicam que as diferentes temperaturas de queima influenciaram na resistência e na tonalidade dos corpos de prova ensaiados.
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Introdução
Materiais e métodos A carepa de laminação utilizada foi proveniente de um processo de laminação à quente de chapas de aço carbono. Foi caracterizada por difração de raios-X (Shimadzu, modelo XRD 6000), quanto à sua forma e cristalografia e; via fluorescência de raios-X (Philips, modelo PW 24000), para identificação de sua composição química (semiquantitativo). A carepa foi seca em estufa (Servitech, mod.CT 242), em 100ºC por 24h e desaglomerada. Posteriormente, moída em moinho de bolas (Servitech, modelo CT24m), por 3 horas, em malha 400 mesh ABNT (0,038mm), com rotação de 200rpm. Na tabela 1 está representada a composição química da massa cerâmica. A massa cerâmica foi inicialmente seca (Servitech, mod.CT 242), em 100ºC por 24h e desaglomerada. Posteriormente foi
ARTIGO TÉCNICO
basicamente de óxidos de ferro, e poderia ser utilizada no setor cerâmico na forma de pigmento. (2,3,4) O uso de pigmentos à base de óxidos de ferro neste setor produtivo está baseado nas características de não-toxicidade, estabilidade química, durabilidade, baixo custo e estabilidade de coloração. O elemento ferro presente nestes óxidos age como elemento de absorção de cor, conferindo ao material cerâmico coloração. (5,6,7,8) Define-se como pigmento um particulado sólido, orgânico ou inorgânico, branco, preto, colorido ou fluorescente, que seja insolúvel no substrato no qual venha a ser incorporado e que não reaja quimicamente ou fisicamente com este. A tendência de um pigmento a solubilizar-se na matriz durante a aplicação industrial depende da área superficial específica, e, portanto, da distribuição granulométrica. (9) Como uma alternativa de utilização do resíduo/sub-produto do processo de laminação, neste trabalho, será estudada a viabilidade de incorporação de carepa de laminação a uma massa de cerâmica vermelha comercial a partir da sinterização em diferentes temperaturas.
moída em moinho de bola (Servitech, modelo CT24m), em 200 rpm por 1 hora, sendo então peneirada até a malha 18 mesh ABNT (1 mm). A partir da massa cerâmica, foram preparadas duas condições de formulação: uma definida como referência (sem adição de carepa) e outra com a adição de 5% de carepa (em massa). Foram preparadas 500g de cada formulação. A homogeneização das formulações foi realizada em moinho de bolas com 30% em volume de água, sem a utilização de bolas, durante 24 horas. Na sequência as massas foram peneiradas em malha 18 mesh e prensadas (prensa hidráulica ICON modelo 2x12-1.5) com força de 30 MPa, na forma de pastilhas (120 mm x20mm. As amostras com e sem adição de carepa foram secas em estufa a 100ºC por 24 horas e então queimadas nas temperaturas de 900ºC, 950ºC e 1000ºC, respectivamente, por 2 horas (forno muflado Jung, Mod. 0913 - taxa de aquecimento igual a 3ºC/min). Para cada formulação, foram preparados 12 corpos-de-prova. As amostras foram caracterizadas quanto à perda ao fogo, retração linear de queima, absorção de água (ABNT NBR 15310:2005), ensaio de flexão em três pontos e colorimetria (ABNT 15310:2005).
Resultados e discussões Na figura 1, são apresentadas as estruturas presentes na carepa utilizada. Como esperado, a sua composição é composta de uma mistura de óxidos de ferro com estruturas da magnetita e da hematita. A análise química quantitativa da carepa mostrou que esta é composta em mais de 94% de óxido de ferro e traços de sílica, alumina e óxido de manganês. O comportamento das amostras no ensaio de perda ao fogo está representado na
Tabela 1 Análise química semiquantitativa da massa cerâmica
Composição
Al2O3
CaO
Fe2O3
K2O
MgO
SiO2
TiO2
P.F
%
18,20
0,13
2,73
0,39
0,40
69,88
1,62
6,62
Fonte: Fornecedor da massa cerâmica NovaCer • Ano 6 • Agosto • Edição 64
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Fonte: Autor Fonte: Autor
ARTIGO TÉCNICO
Figura 1 - Difratograma de raios-X a 900ºC da carepa
Fonte: Autor
Figura 2 – Representação do ensaio de perda ao fogo em função da temperatura de sinterização
Fonte: Autor
Figura 3 - Representação do ensaio de retração linear em função da temperatura de sinterização
Figura 4 – Representação do ensaio de absorção de água em função da temperatura de sinterização
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figura 2. Esse ensaio está relacionado ao teor de matéria orgânica da massa. Pode-se perceber que na temperatura de 900º C as amostras referência, sem carepa, e com adição de 5% apresentaram comportamento semelhante. Nas demais temperaturas de sinterização (950º C e 1000º C), as amostras com adição de carepa apresentaram valores superiores. Esse comportamento pode ser atribuído à transformação da hematita contida na massa cerâmica padrão e no resíduo adicionado (carepa), para magnetita, ocasionando uma perda de O2. Em relação ao ensaio de retração de queima, representado na figura 3, o comportamento das amostras nas diferentes temperaturas de sinterização foi o esperado. As amostras sinterizadas nas temperaturas de 950ºC e 1000°C apresentaram maior alteração. Com relação ao ensaio de absorção de água, representada na figura 4, para as diferentes temperaturas de sinterização ensaiadas os resultados apontam discreta alteração. Na temperatura de 900°C ambas as amostras, na condição referência e com adição de 5% de carepa, apresentaram absorção de água em torno de 14%. Nas temperaturas de 950ºC e 1000°C a absorção de água ficou em torno de 12% e 13%, respectivamente. Este comportamento pode estar relacionado à composição química da massa cerâmica utilizada. A resposta em relação à resistência mecânica das amostras com adição de 5% de carepa foi significativa. Foram obtidos valores na ordem de 18,36 Mpa para a temperatura de sinterização de 950ºC. Na mesma temperatura para as amostras referência foram obtidos valores de 9,24 Mpa. Com relação às demais temperaturas ensaiadas, mesmo com a obtenção de valores de resistência menores, pode-se dizer que ambos atendem à norma brasileira para resistência à compressão para materiais cerâmicos na forma de blocos estruturais. No ensaio de colorimetria, foi observado que as amostras sinterizadas na temperatura de 900ºC, são mais escura (dL* = -15,29), menos vermelha (da* = - 7,18) e
Fonte: Autor
Figura 5 – Representação das amostras sinterizadas a 900º C, 950º C e 1000º C O aspecto visual dos corpos de prova, utilizados no ensaio de colorimetria, de acordo com as diferentes temperaturas de sinterização está representado na figura 5.
Conclusões A aplicação de carepa, proveniente do processo de laminação de chapas de aço, parece ser promissora, pois permite alterar a tonalidade das peças que a agreguem em sua composição. Com a adição de 5% de carepa, a uma massa cerâmica padrão, frente a temperaturas
ARTIGO TÉCNICO
muito menos amarela (db* = -16,48), com variação de tonalidade muito visível (dECMC = 23,59). O mesmo observa-se para a temperatura de sinterização de 950ºC, com adição de carepa a amostra é mais escura (dL* = -13,26), menos vermelha (da*= - 8,07) e muito menos amarela (db* = -19,19), com variação de tonalidade muito visível (dECMC = 24,68), e finalmente, na temperatura de sinterização igual a 1000ºC, a amostra é muito mais escura (dL* = -17,04), menos vermelha (da* = -6,25) e muito menos amarela (db* = -17,94), com variação de tonalidade muito visível (dECMC = 25,51).
de 900ºC, 950ºC e 1000ºC conduz a uma tonalidade vermelha mais escura. Quanto à resposta das propriedades mecânicas, valores na ordem de 19 MPa foram obtidos com a temperatura de 950ºC, o que pode viabilizar o uso deste resíduo na fabricação de peças estruturais.
Referências (1) METALURGIA E MATERIAIS.Revista Metalurgia e Materiais. MeioAmbiente. Lixo Não, Subproduto. Disponível em: www.revistametalurgia.com.br/apresenta2.php?edicao=549&pag_id=449.Acessado em 27/03/2013. (2) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10.004 Resíduos sólidos, Classificação. Rio de janeiro; ABNT, 2004.71p. (3) CUNHA ET all. Caracterização, beneficiamento e reciclagem de carepas geradas em processos siderúrgicos. Metalurgia & Materiais. Março, 2006. p.111-116. (4) MARTINS, F.M. Caraterização química e mineralógica de resíduos sólidos industriais minerais do estado do Paraná. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós- Graduação em Química. Universidade Federal do Paraná – UFPR. 158 folhas. Curitiba, 2006. (5) LEGODI, M.A.; WAAL, D. de. The preparation of magnetite, goethite, hematite and maghemite of pigment quality from mill scale iron waste. Dyes and Pigments 74 (2007) 161e16. Department of Chemistry, University of Pretoria, 0002 Pretoria, South Africa (6) VIEIRA, C.M.F.; SOARES, T.M.; SÁNCHEZ, R.; MONTEIRO, S.N. Incorporation of granite waste in red ceramics. Materials science and Engineering A373, 2004.p.115-121. (7) VIEIRA et all. Incorporation of fine steel sludge waste into red ceramic. Materials Science and Engineering A427, 2006. P.142-147. (8) ARNT, A.B.C.; ROCHA, M.R.; MELLER, J.G. P.S. Peruzzo. Avaliação do comportamento de massa cerâmica com a adição de carepa de laminação. In. 55 CBC – Congresso Brasileiro de Cerâmica, 2011. Porto de Galinhas, SP. (9) SPINELLI, A. Síntese de pigmento cerâmico contendo óxido de ferro. 2002. 75f.Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciências dos Materiais) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. NC
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Sindicer de Porto Ferreira e Fiesp se reúnem em SP Reunião foi realizada no dia 29 de junho, no Centro Educacional do Sesi de Tambaú Uma reunião entre o Conselho Consultivo Sesi-Senai da Região de Porto Ferreira, São Paulo, e representantes das indústrias do polo cerâmico daquela cidade foi realizada no dia 29 de junho. O encontro ocorreu no Centro Educacional do Sesi de Tambaú e teve como o objetivo intensificar e melhorar o relacionamento entre a indústria e suas entidades, conhecer e divulgar a estrutura disponível, de modo a aprimorar a oferta e qualificar a demanda pelos serviços oferecidos ao setor industrial pelo Serviço Social
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da Indústria (Sesi) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Na oportunidade, os representantes do Senai apresentaram os cursos realizados pela entidade. Foi questionada pelos conselheiros a realização de um curso de operador de empilhadeira, que havia sido solicitado pelas indústrias. Ainda durante a reunião os representantes do Sesi tiveram a oportunidade de apresentar o projeto “Meu Novo Mundo”. Idealizado pela Fiesp, pelo Sesi-SP e pelo Senai-SP, e realizado em conjunto com a Superintendência Regional do Trabalho, o projeto estabelece um vínculo entre as pessoas com deficiência e as empresas para o processo de inclusão no mercado de trabalho. Um dos assuntos de destaque foi apre-
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sentado pelo supervisor dos Laboratórios Cerâmicos do Senai-SP, Adriano Lanes, que atualizou o status de implantação do Laboratório de Ensaios em Cerâmica Branca e Vermelha de Porto Ferreira, ressaltando que o laboratório se encontra em fase final de instalação. Os conselheiros e demais empresários tiveram oportunidade de conhecerem os principais ensaios que serão realizados no laboratório de Porto Ferreira, tendo a chance de questionarem e ainda sugerirem ações em benefício da atividade industrial na região. Para o presidente do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Porto Ferreira/SP, Elio Bonelli, esta reunião foi importante para estabelecer maior aproximação entre as indústrias cerâmicas da região e as unidades locais do Sesi e Senai, visando contribuir para o processo de aperfeiçoamento e potencialização no atendimento às necessidades do setor produtivo industrial ceramista. Em cada região do estado de São Paulo
há um grupo de empresários voluntários que integra o Conselho Consultivo Sesi-Senai, que têm a missão de ser os ouvidos e a voz da instituição nessas respectivas regiões. Entre suas atribuições está a promoção do diálogo entre empresários, membros do setor público, sindicatos e associações representativas, com o intuito de trazer à Fiesp as reivindicações e necessidades dos industriais dessas regiões e, por outro lado, levar a elas as ações e propostas da entidade. NC
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