Exclusivo: entrevista com o presidente da Anamaco, Cláudio Conz
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Maio/2010 - Edição 03
Impresso Especial
Mãos que transformaram o barro e ajudaram a desenvolver Morro da Fumaça
Tendência: Espanhola Verdés Cerâmicas otimizam completa 35 anos transporte no Brasil
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A eficiência dos secadores cerâmicos na redução do consumo de energia
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NovaCer
05
R e v i s t a
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SUMÁRIO EDITORIAL
Revista NovaCer | Maio 2010 | Edição 03
10 - Carta ao Ceramista
GESTÃO
20 à 22 - Cerâmica em movimento Empresas otimizam transporte ENTREVISTA
26 e 27 - Cenário promissor do setor de materiais de construção, com o Presidente da Anamaco, Cláudio Conz
FEIRAS
51 - Congresso Brasileiro de Cerâmica em Foz do Iguaçú-PR
GESTÃO
12 à17 - Verdés: da Espanha para o Brasil - mais de um século de história
MEIO AMBIENTE
24 - ONU: Degradação florestal custa até US$ 4,5 trilhões ao ano
Rua Coronel Marcos Rovaris, 54, Sala 34 Cep: 88801-100 - Criciúma Santa Catarina
Conselho Editorial: Dr. Agenor de Noni Junior, Engª Celina Oliveira Monteiro, Prof. Edgard Más, Stefano Merlin, Antônio Cubano Rissone, Jamil Duailibi Filho, Engº Joaquim Canha, Geol.Luciano Cordeiro Loyola, Sérgio Lanza, Prof. Adriano Michael Bernardin, Harald Blaselbauer
Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865
Maio 2010
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חישמה ושי
Jesus Cristo, o Messias
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados 06
NovaCer
Diretor: Geraldo Salvador Junior direcao@novacer.com.br
Comercial: Espindola espindola@novacer.com.br
Administrativo Financeiro: Moara Espindola financeiro@novacer.com.br
Jornalista Responsável: Aline Ventura - SC01781-JP redacao@novacer.com.br
Diagramação & Arte: Jefferson Salvador André Alves Gil arte@novacer.com.br Edição e textos: Aline Ventura
Impressão: Gráfica Oceano Sul Tiragem: 5000 exemplares
DESENVOLVIMENTO
w w w. t e x f i b e r. c o m . b r
30 à 33 / 36 à 39 - Capa: As mãos que amassaram o barro e ajudaram a desenvolver Morro da Fumaça. A indútria cerâmica nos 100 anos de colonização de Morro da Fumaça
DESENVOLVIMENTO
42 à 44 - Projeto do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vai viabilizar extração de argila por 85 anos
ARTIGO TÉCNICO
48 à 50 - Estudo avalia uso de cutelos em madeira e argamassa para determinação da resistência à flexão de telhas cerâmicas
ARTIGO TÉCNICO
54 à 57 - Secadores cerâmicos - eficiência com redução no consumo de energia elétrica
GESTÃO
60 e 61 - Gestão sustentável
NovaCer
07
08
NovaCer
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista
C
hegamos à terceira edição da
a
Uma entrevista com o presidente
logística
da Anamaco destaca o aumento das
utilizada por cerâmicas vermelhas
vendas de materiais de construção
parceiros.
ao longo do país, que decidiram por
com redução do IPI e a visão da
Nesta edição ampliamos a relação de
utilizar frota e equipe própria, visando
entidade sobre o setor de cerâmica
cooperadores editoriais, com temas
promover a excelência na entrega de
vermelha. O aumento de empregos na
diversos, com especial ênfase ao ponto
telhas e tijolos ao consumidor.
construção civil reflete o aquecimento
número
revista
NovaCer
reiterando
nossa gratidão ao crescente de
leitores
e
que direciona o público alvo de nossa revista.
relacionada
à
Conheça a história da espanhola empresa
especializada
na
fabricação de equipamentos para
do mercado. O nível cresceu 6% no primeiro trimestre com a contratação de 147,5 mil trabalhadores.
cerâmica, que completa 35 anos no
Já formamos parte do Conselho
de Morro da Fumaça, em Santa
Brasil e se consolida como líder no
Consultivo NovaCer. Convidamos os
Catarina, respeitado polo cerâmico
mercado. Desde 1908 na Espanha,
interessados em participar. Nosso
e a importância da atividade para a
seu fundador escolheu o Brasil para
desafio continua em busca de pautas
economia da região. Conversamos
montar a filial e atender o mercado
de
com os filhos dos primeiros oleiros
sul-americano. O artigo do engenheiro
aguardando
da cidade e descobrimos como a
Harald Blaselbauer, especialista em
e sugestões para cada vez mais
argila fez e ainda faz parte da vida
queima e secagem para produtos
apresentarmos o melhor ao nosso
dos fumacenses. Na década de 1980
cerâmicos, de interesse dos nossos
alcance para você, caro leitor da revista
o município ficou conhecido como
parceiros, também chama à leitura
NovaCer.
capital do tijolo em função da forte
com o tema “Eficiência com redução
presença de cerâmicas na cidade.
no consumo de energia elétrica”.
NovaCer
do
apresenta
município
10
colonização
matéria
relevância
Verdés,
Destacamos neste mês o centenário de
Outra
interesse
do seus
setor.
Estamos
comentários
Os Editores.
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GESTÃO
Revista NovaCer | Maio 2010 | Edição 03
R e v i s t a
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Em 2010 a centenária Verdés completa 35 anos no Brasil. Conheça a trajetória da empresa espanhola líder na fabricação de equipamentos para o setor cerâmico.
Da Espanha para século de história
Benção de inauguração - Verdés,1975 Os 35 anos da Verdés no Brasil, comemorados
extrusora para cerâmica de hélices, que por seu
no mês de março deste ano, representam uma
avançado design, se manteve na liderança por
pequena parte da história da empresa que iniciou
20 anos. O ano de 1950 marcou a inauguração de
suas atividades em 1908, na Espanha. São 102
uma nova fábrica e em 1966, a crescente demanda
anos de história que começou quando Don Felipe
impulsionou a ampliação da empresa.
Verdés Sabadell fundou uma oficina dedicada
A Verdés foi responsável por construir em 1971
à construção de maquinário em Igualada, na
um moinho de rolos de 52 mil quilos de peso,
Espanha. No Brasil, Felipe Verdés Martí, neto de
a maior máquina construída na Espanha para a
Don Felipe, e atual presidente do grupo, idealizou
indústria cerâmica que passou a atender o novo
e implantou a filial de Itu, em São Paulo, em 1975 .
mercado de exportação. No mesmo ano a empresa
“Um centenário de existência não é para qualquer
inaugurou novas instalações em Vilanova del Camí,
empresa. Vivenciamos uma história real. Já
também na Espanha.
passamos diversas crises nacionais e internacionais
No Brasil a Verdés S.A foi fundada com a meta
com casos de sucesso e alguns insucessos. E hoje
de atender o mercado sul-americano. A filial da
somos o que somos pela dedicação e esforços de
tradicional empresa espanhola e líder na fabricação
centenas de pessoas comprometidas, pela forte
de equipamentos para o setor cerâmico passou a
vocação tecnológica e espírito inovador, sempre
ser o braço produtivo para a América Latina.
comprometidos a pensar “um passo à frente””, declara o diretor geral do Brasil, Eduardo Putz. Em 1924 a empresa fabricou a primeira 12
NovaCer
Investimentos
constantes
na
produção
de equipamentos com tecnologia de ponta, atendimento
técnico
especializado,
pronta
GESTÃO
a o Brasil - mais de um Foto aérea Verdés 1975, no Brasil
assistência
e
antecipação
de
equipamentos.
tendências mundiais são os focos
Na década de 1980 a fábrica
da empresa que possui o centro
foi
tecnológico mais moderno da América
modernização
Latina, equipado com máquinas CNC
laboratório cerâmico que ganhou
de última geração.
instalação de provas com moinho
ampliada,
passando e
por
ampliação
do
A Verdés Brasil é a única indústria
pendular. Em 1987 o programa
da América Latina que possui sistema
de fabricação foi modificado com
de qualidade certificado pelo ISO-
base exclusivamente no uso do aço
9001 de abrangência internacional,
soldado e materiais de alta resistência
além de garantia total do produto e
à abrasão. Com a nova ampliação da
serviços de pós–venda que, garantem
matriz em 1993, a empresa passou a
o menor tempo de parada dos
ocupar 21 mil m² de área industrial.
Alicerce fábrica Verdés, Brasil 1973 NovaCer
13
GESTÃO
Sr. Felipe Verdés Martí apresentando novo equipamento em 1957
Engenheiros mecânicos na sala de projetos em 1960
Primeira Fábrica Felipe Verdés Sab
Primeira extrusora monobloco, nov Fábrica Verdés, Espanha 1908 14
NovaCer
GESTÃO
Primeira Prim meira ra ae ext extrusora xttrusora fabrica fabricada cca ada em 1924
Cortador de tijolos manual -1927
Fábrica Verdés em Itu, São Paulo (atualidade)
dés Sabadell
oco, novos caminhos NovaCer
15
GESTÃO
Empresa em expansão O primeiro país a receber uma filial do grupo
A filial no Brasil comercializa máquinas,
foi a Colômbia e em seguida a Malásia. No Brasil a
equipamentos e serviços para todos os países da
filial de Itu está desde 1975 no mesmo endereço
América Latina, Europa, Ásia e principalmente
e deve passar pela quinta ampliação em 2011. Há
África meridional e ocidental.
filiais e centros de distribuição de peças também
A Verdés Brasil trabalha com metas ousadas
na Bolívia, Venezuela, Estados Unidos, Angola,
já para os próximos anos. Obter um maior
Marrocos, Argélia, Malásia e ainda na Europa,
crescimento nas vendas e atingir outros mercados,
como em Portugal, na cidade de Pombal. Em 2008
como Índia e China, fazem parte do atual plano
foi inaugurado o Centro de Treinamento Verdés
estratégico do grupo que já tem negócios em
“A Casa do Cliente”. O espaço foi projetado para
andamento. Ainda em 2010 a empresa pretende
atender ao mercado cerâmico e de mineração
inaugurar o laboratório cerâmico e a planta piloto
como ponto de apoio para o desenvolvimento
para moagem de diversos materiais. Obras de 500
de treinamentos e palestras sobre manutenção,
m² já estão em execução.
aplicação de equipamentos e confraternizações. “O
Empresa com Certificação ISO 9001 16
NovaCer
O
grupo
acompanha
dessa
forma
o
projeto de construção deste espaço foi totalmente
aquecimento do mercado. “Vivenciamos um
idealizado e projetado com materiais cerâmicos
momento muito bom, tendo em vista o crescimento
para reafirmar a posição da Verdés como parceira
econômico acelerado, incentivado pelo governo
de nossos clientes e amigos”, explica a analista de
através dos financiamentos do BNDES, que vem
marketing da Verdés, Carolina Isis. Atualmente a
refletindo um significativo aumento de vendas de
companhia conta com mais de 700 colaboradores.
máquinas e equipamentos, apenas carregando
GESTÃO
um pouco de preocupação com o aumento dos custos (inflação). Esperamos que o ceramista saiba aproveitar bem o atual momento, pois nós mesmos aproveitamos para modernizar ainda mais nosso parque fabril com modernos equipamentos de controle numérico computadorizado e alinhadores laser”, destaca o diretor superintendente do Brasil, Eduardo Putz.
Foco na indústria cerâmica
Sr. Felipe Verdés Sabadell I
Sr. Felipe Verdés Sabadell II
A fabricação de máquinas para a indústria cerâmica é a principal atividade da Verdés, S.A. desde a sua fundação. Na área de pisos e revestimentos a Verdés, segundo Eduardo Putz, detém a liderança na moagem à seco produzindo equipamentos para todo o processo de preparação de matériasprimas, a partir de sua extração nas jazidas até o abastecimento dos materiais já moídos e granulados para as prensas. Equipamentos como moinhos pendulares, destorroadores, alimentadores, desintegradores, moinhos de martelos, misturadores são fabricados pela empresa. A Verdés também se destaca em alguns dos principais segmentos de mineração, cimentos, fertilizantes, tintas e vernizes, calcáreos,
Sr. Felipe Verdés Martí
siderurgia, reciclagem de sólidos, plásticos, entre
pelas cópias dos produtos da marca. A Extrusora
outros.
Monobloc, projeto original, está entre os produtos
Sua rede comercial contempla mais de 20
mais famosos mundialmente. O equipamento é
representantes no Brasil, América Latina, África
o mais copiado, sendo que no Brasil, atualmente
e Europa. O suporte ao cliente é outro ponto alto
existem sete cópias, de acordo com a empresa.
da Verdés que oferece ao cliente amplo depósito central
de
peças,
representantes
regionais,
Nome espanhol
contratos de programação, centros de distribuição de peças, programa de fidelização, programa
O sobrenome do fundador da Verdés, Don
de manutenção preventiva, programa técnico
Felipe Verdés Sabadell, deu nome ao grupo. No
itinerante e contrato de programação anual. Com
Brasil algumas pessoas pronunciam a palavra
um histórico de mais de duas mil instalações o
Verdés dando ênfase ao acento agudo na letra ‘é’,
grupo mantém equipamentos funcionando em
quando a pronúncia correta, é Verdês. O acento
mais de 90 países, além de distribuição de peças
agudo segue uma regra gramatical da língua
em 11 países.
espanhola, portanto não é necessário sua leitura.
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O sucesso da Verdés pode ser reconhecido NovaCer
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Cerâmica em mov i otimizam transpo r
Revista NovaCer | Maio 2010 | Edição 03
R e v i s t a
Próprio ou terceirizado, o transporte de telhas e
20
NovaCer
mantém uma frota de cinco caminhões.
tijolos tem sido alvo da preocupação de ceramistas
Da mesma opinião compartilha o sócio
que enxergam este departamento da empresa
proprietário da Cerâmica Kaspary, do Rio Grande do
como fundamental para a satisfação do cliente final.
Sul, Clóvis Kaspary. O ceramista tem 38 caminhões,
Diversos fatores influenciam a entrega da carga como
mas como chega a carregar 60 por dia, depende do
condições das estradas, destino e principalmente
transporte terceirizado. “Eu posso exigir mais do meu
o perfil do cliente. A exigência do comprador pode
funcionário quando o transporte é próprio”, alega.
determinar como será realizado o transporte. Sem
Com quatro caminhões o ceramista Álvaro Anidio
dados oficiais o presidente do Sindicer de Morro da
Batista, proprietário da cerâmica Dogato, do Rio
Fumaça (SC), Sérgio Pagnan acredita que na região
Grande do Norte, já investe no quinto veículo e se
Sul do estado a maioria das cerâmicas investiram em
prepara para adquirir o sexto, dentro de seis meses. O
transporte próprio. É o caso da Cerâmica Felisbino.
empresário terceiriza 60% do transporte.
Há 17 anos no mercado, a empresa de Jaguaruna
A favor do transporte terceirizado é o dono da
optou pela frota própria, mas antes disso testou a
Cerâmica Icepol, de Içara, Santa Catarina. Emerson
entrega terceirizada. O diretor de fábrica, Gerson
Demboski Polla nunca teve problemas. “Nós criamos
Felisbino, diz que tentou durante um período fretar
um relacionamento bom com a transportadora. Pra
caminhões, mas não aprovou a experiência. “O
mim não vale a pena investir em frota própria”, diz
serviço terceirizado é diferente porque o motorista
Polla.
não é funcionário da empresa. O nosso colaborador
Mas o que otimiza o transporte e garante
tem um comprometimento diferente. Ele vai fazer o
agilidade é paletizar o processo, tendência do setor.
possível para deixar o cliente satisfeito. A experiência
De acordo com a Associação Brasileira de Normas
que tivemos há alguns anos com o frete não atendeu
Técnicas (ABNT) não existe regra para o transporte
nossas expectativas”, recorda Gerson. A cerâmica
de cerâmica vermelha no país. O que existe é a
GESTÃO
v imento – empresas o rte exigência do mercado, que acaba norteando as
Cliente exigente pede entrega personalizada.
empresas. A Cerâmica Felisbino está mudando
Alguns compradores não aceitam a peça molhada.
aos poucos sua logística, e economizando mão de
Para isso o uso da lona é fundamental. Mas Felisbino
obra e reduzindo desperdícios graças à exigência
afirma que o uso da cobertura depende de quem
da clientela. O uso do palete para transportar os
compra e a ausência dela não causa danos ao
blocos produzidos pela cerâmica foi responsável por
produto. Mudanças rápidas de temperatura durante
quase zerar a perda de blocos durante o transporte.
o transporte também não danificam a mercadoria,
O uso dos paletes fabricados em madeira, metal ou
segundo especialistas.
plástico, utilizados para movimentar cargas, reduz o tempo de carregamento e descarregamento de
Qualidade das estradas ditam velocidade - A
telhas e tijolos, diminui mão de obra, possibilita
conservação das estradas é fundamental para evitar
maior controle do estoque, agiliza a estocagem e
as perdas de peças. De oito mil peças manuseadas e
movimentação das cargas, racionaliza o espaço de
transportadas a média de perdas fica entre 10 a 15
armazenagem com melhor aproveitamento vertical
unidades.
da área, além da uniformização do local. O próximo
O transporte ideal leva em consideração alguns
passo da cerâmica Felisbino é usar paletes em todo o processo. O investimento vai reduzir custos com funcionários e vai agilizar a entrega na obra. Dos 18 funcionários empregados hoje no setor de transporte, a cerâmica pretende reduzir para 6 com o transporte da carga em paletes, conforme exigência dos clientes. Com o uso do palete o transporte não precisa mais do carregador, o conhecido “chapa”. O motorista fica responsável por abrir e fechar o caminhão. A praticidade proporcionada pelo palete, diminui o trabalho manual dos trabalhadores. Um caminhão específico, equipado com um braço hidráulico telescópico, coloca as mercadorias direto no segundo ou terceiro andar da obra, conferindo velocidade à entrega. Batista, da Cerâmico Dogato, também é favorável ao método que está inserindo em sua cerâmica. O ceramista está investindo no caminhão equipado com sistema hidráulico para movimentação, que segundo ele, barateia o carregamento e a descarga, que pode diminuir de duas horas para meia hora ou até 15 minutos. O uso de embalagens específicas também não é regulamentado. Algumas empresas utilizam fitas para envolver as peças, outras preferem o filme stretch que empacota toda a carga. NovaCer
21
fatores, como por exemplo, quantidade de carga,
para
deslocamento, distância, enfim, características da
normas específicas ter cuidado rigoroso com a
venda acabam determinando a melhor maneira
carga é fundamental e demanda atenção. Fita para
de entregar a encomenda. Entregas nos centros
transporte, presilhas de segurança, cantoneiras para
das cidades pedem caminhões pequenos pela fácil
proteger quinas, filme esticável usado para envolver
manobra. O uso da carreta é mais econômico, porém
a mercadoria na paletização estão disponíveis no
pequenas obras não comportam o recebimento do
mercado.
veículo. Área de estocagem - A qualidade do piso da área de estocagem é outro ponto importante a
NovaCer
mercadorias.
Mesmo
sem
Proteger a mercadoria desde o armazenamento, passando pelo manuseio correto e posterior carregamento garantem entrega sem reclamações.
ser observado. O chão batido precisa ser solado e
No local de entrega a atenção continua. O
plano, sem imperfeições. O ideal, como utilizado em
armazenamento dos produtos até sua utilização final
países como a Alemanha, é armazenar o estoque
deve ter qualidade. A descarga precisa ser realizada
em chão de piso de concreto ou asfalto. Em 200 m²
em local seco e plano, livre de umidade. Descarregar
de área de estoque, a cerâmica Felisbino mantém
blocos em cada pavimento de uma obra de vários
900 mil unidades. A cobertura no estoque garante a
pavimentos agiliza o serviço.
qualidade do produto.
22
acondicionar
Proteger a mercadoria com plásticos, quando
Mercado e entrega – Acompanhando o
armazenadas a céu aberto, evita saturação com água
aperfeiçoamento do transporte das cerâmicas
da chuva, porém o material precisa respirar evitando
fornecedores têm investido em métodos eficientes
condensações que podem causar manchas.
NC
NovaCer
23
MEIO AMBIENTE
Degradação florestal custa até R$ 8,2 trilhões ao ano
Um novo relatório do Programa das Nações
US$ 1,4 trilhão (R$ 2,5 trilhões) ou mais. Somente na
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta
África subsaariana, os invasores são responsáveis
para os impactos econômicos da perda da
por perdas anuais que somam US$ 7 bilhões (R$
biodiversidade no mundo. Em âmbito global, os
12,8 bilhões).
desmatamentos e a degradação florestal levam
“Muitas economias continuam cegas para o
a um custo anual entre US$ 2 trilhões e US$ 4,5
enorme valor e papel da diversidade de animais,
trilhões (R$ 3,6 trilhões e R$ 8,2 trilhões) - para se
plantas e outras formas de vida num ecossistema
ter uma ideia, o valor é maior do que os prejuízos
saudável e funcional de florestas e água para solos,
provocados pela recente crise financeira mundial.
oceanos e a atmosfera”, diz Achim Steiner, diretor
Chamado de Terceiro Panorama Global de
executivo do Pnuma. Alguns países começam
Biodiversidade, o estudo do Pnuma demonstra
devagar a perceber a importância econômica
também que espécies invasoras (que podem
da biodiversidade. Porém, segundo as Nações
competir com espécies nativas e danificar
Unidas, as iniciativas precisam ganhar escala mais
plantações) podem custar para a economia global
rapidamente.
NC Fonte: O Estado de S. Paulo
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ENTREVISTA
Cenário promissor no setor de material de construção Depois de um ano de redução do IPI em alguns materiais de construção a Anamaco comemora o aumento de 20% nas vendas. Em entrevista à NovaCer, o presidente da entidade que representa as 138 mil lojas de material de construção no país, Cláudio Conz, fala da recuperação do patamar de crescimento, Prêmio Anamaco 2010 e projetos da entidade.
26
NovaCer
Como a Anamaco vê o setor de cerâmica
Projetos da Anamaco para os próximos meses?
vermelha no Brasil? Agora estamos iniciando a entrega dos relatórios É
um
setor
que
tem
tido
excelente
da Pesquisa Anamaco Ibope Inteligência, que indica
desenvolvimento ao longo dos últimos anos,
os vencedores do prêmio Anamaco 2010, que
com mais de 5 mil empresas, empregando
acontecerá em agosto. Além disso, continuamos
aproximadamente 400 mil pessoas diretamente e
atuando no Grupo de Avanço da Competitividade,
gerando mais de 4 milhões de trabalhos indiretos.
antigo Grupo de Acompanhamento da Crise,
É um setor com um peso muito grande no
levando solicitações de toda a cadeia produtiva.
desenvolvimento da nossa cadeia produtiva
Uma das nossas maiores preocupações e que
ENTREVISTA
tem sido alvo de discussões e debates no GAC
consumidores de menor poder aquisitivo, que
é a falta de profissionais qualificados para atuar
geralmente fazem mais pesquisas de preço e
no setor, principalmente eletricistas, pedreiros
optam pelos produtos mais em conta. Para quem
e assentadores cerâmicos. Cerca de 90% dos
estava construindo uma casa popular (em torno de
acidentes de trabalho do setor acontece quando a
R$ 40 mil), o benefício significou uma economia de
pessoa está construindo a segunda parte da casa e
aproximadamente R$ 1,5 mil ou a construção de
encosta no fio de alta tensão.
um banheiro.
A Anamaco tem algum projeto para o setor de
Com relação ao meio ambiente, os ceramistas
cerâmica vermelha?
estão conscientes do fator sustentabilidade?
Não temos um projeto específico para
Ainda há muito a ser feito, mas muitos
este segmento. Na verdade a Anamaco está
ceramistas já estão tomando medidas sustentáveis.
trabalhando a formação de profissionais do setor, principalmente dos prestadores de serviço
De que forma o Governo pode ajudar o setor de
- pedreiros, eletricistas, encanadores etc. Estes
cerâmica vermelha?
profissionais manuseiam a maioria dos produtos e fazem a ponte entre o varejo e o consumidor.
Acredito que a redução do IPI já foi um auxílio
A opinião deles e a realização de um serviço de
a permitir que o setor continue se desenvolvendo,
qualidade é imprescindível para o bom andamento
mas a grande ajuda é ampliar as linhas de
da obra e para que o consumidor tenha, cada vez
financiamento e conter a alta dos juros para que
mais, uma relação de satisfação no atendimento
as pessoas de classe baixa possam continuar tendo
da nossa cadeia produtiva. Eu digo que a maioria
acesso aos produtos do setor e investindo no
dos profissionais do setor é formada por “tentativa
sonho da casa própria. Essa sem dúvida, é a maior
e erro na casa do consumidor” e isso traz muito
contribuição para toda a cadeia produtiva.
desgaste à nossa cadeia. Por isso, realizamos na Loja Escola da Anamaco uma série de
Como o senhor avalia o cenário econômico atual
treinamentos voltados a estes públicos e estamos
para a cerâmica vermelha?
desenvolvendo um grande projeto nacional que deve abranger também as Acomacs e Fecomacs.
É um cenário promissor para todo o setor. Os programas PAC 1 e 2 e Minha Casa Minha Vida 1 e 2
Quais efeitos a redução do IPI em alguns itens de
devem potencializar ainda mais este crescimento.
material de construção provocou para o setor?
Não só na fase de construção das casas, mas depois, com a entrega, as pessoas tendem a personalizar
Nos últimos 12 meses as vendas de materiais
as casas, a darem a ‘sua cara’ para o lugar em que
de construção com IPI reduzido cresceram 20%.
moram e a maioria delas opta por trocar o piso,
Este número ajudou o setor a recuperar o patamar
mudar a cor da parede, etc.
de crescimento desejado. A medida completou um ano em abril e está em vigor até o final deste
Em ano eleitoral o que devemos esperar
ano. Iniciamos 2009 com uma retração nas vendas
economicamente do Brasil?
de 12% no primeiro bimestre e só começamos a melhorar esse índice depois que a desoneração
Ser ou não um ano eleitoral não modifica
foi implementada. Na prática, a desoneração
nada ao nosso ver. O que favorece este mercado
reduziu os preços dos produtos em torno de 8,5%.
é a estabilidade econômica e a forte presença de
Quem sentiu mais os efeitos da medida foram os
financiamentos.
NC
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DESENVOLVIMENTO
Revista NovaCer | Maio 2010 | Edição 03
R e v i s t a
®
A indústria cerâmic colonização de Mor Uma cidade com 16 mil habitantes, que já sediou mais de cem cerâmicas vermelhas e ainda é conhecida como polo do setor em todo o país, deve muito de seu desenvolvimento à argila. Morro da Fumaça completa seu primeiro centenário de colonização em maio deste ano. Quem visita a cidade hoje percebe com facilidade o que significou o barro para o crescimento do município. O fundador de Morro da Fumaça, José Cechinel, chegou ao Sul de Santa Catarina em 1910 e com as próprias mãos produziu os tijolos que usou para erguer a primeira casa da cidade. Cechinel não seguiu na profissão de oleiro, mas sem saber inspirou o filho, Olívio, a encarar, mais tarde, a olaria como ganha pão. A primeira olaria do município que se tem notícia era de propriedade de Pedro Gabriel. Em 1928, num barracão, o oleiro iniciou a fabricação artesanal de tijolos que durou 30 anos e por ser muito conhecido o barracão deu nome ao bairro. Um ano depois Olívio Cechinel, filho do fundador José Cechinel
de Morro da Fumaça, começou no ramo. No livro “Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia”, de Claudino Biff, Olívio conta que trabalhou em fábrica de banha, foi serrador de madeira, carpinteiro, mas ser oleiro foi o ofício que mais teve orgulho. “...o que foi mais importante na minha vida, foi ser oleiro. Olaria tocada a boi, com 3 mil peças de tijolos maciços por dia. Eu usava três bois. O tijolo já saia cortado a fio de aço”. O filho do oleiro, Wanderley Cechinel, recorda que desde criança circulava pela olaria e cedo, antes dos 10 anos de idade, já sujava as mãos de barro para ajudar na produção, suficiente para consumo próprio. O neto do fundador de Morro da Fumaça continuou no setor. Em 1970 fundou com o irmão a cerâmica Irmãos Cechinel. Em 1985 vendeu sua
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NovaCer
DESENVOLVIMENTO
ica nos 100 anos de orro da Fumaça parte para o sócio e abriu a cerâmica Wander, em funcionamento até hoje. Aos 73 anos, Wanderley faz questão de acompanhar de perto a produção e destaca a importância da cerâmica vermelha para Morro da Fumaça. “Se não fosse a cerâmica o município seria muito fraco economicamente, viveria apenas da agricultura”, declara.
Wanderley Cechinel (Wande)
Wanderley Cechinel (Wande) quando criança (o primeiro da direita para esquerda)
Wanderley Cechinel (Wande) NovaCer
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DESENVOLVIMENTO
A terceira olaria do município pertencia a Gregório Espíndola. Fundada em 1935, fabricava tijolos maciços e louças de barro para a comunidade. O filho de Gregório, Valter Santos Espíndola, conta que ajudava na olaria e ainda hoje mora na casa construída com tijolos produzidos pelo pai. A olaria funcionou até a década de 1960. Em 1974 Valter fundou a cerâmica Gregório que durou até 1980. O auge da cerâmica, de acordo com Espíndola, foi entre as décadas de 1960 e 1980. “Essa época foi o forte, com grande produção e muitas cerâmicas aqui na região”, lembra. A construção da BR 101 em 1964 ajudou a crescer e a partir daí só se mantiveram as cerâmicas que passaram a investir em equipamentos. Theodoro Maccari foi o quarto oleiro de Morro da Fumaça, em 1939. Pioneiro na fabricação de tijolos de dois furos, Maccari contou no livro “Morro da Fumaça e sua Divina e Humana Comédia” sobre sua olaria a boi, passando pelo locomóvel e finalmente movida a energia elétrica. “A energia foi o primeiro sinal de progresso de Morro da Fumaça”.
Valter Espíndola e esposa Alvani Espíndola em frente a
Maccari também investiu no próprio engenho. “De Gregório Espíndola
maio a setembro fazia farinha. E o resto do ano era para os tijolos. Naquele tempo sim é que havia crise. Hoje a BR 101 nos salvou”, registrou o autor, Claudino Biff, na entrevista feita em 1988. O filho de Maccari, José Luiz Maccari, conhecido como Zezo, lembra dessa época e da fartura de matéria-prima. “Havia muita disponibilidade de matéria-prima nobre na região, por isso muitas cerâmicas foram instaladas aqui”, destaca. A quinta olaria do município era de propriedade de Ítalo Naspolini, pai de Octávio Naspolini, atual proprietário da Cerâmica Moliza. Octávio começou cedo a trabalhar na olaria da família Maccari. Em 1942 montou a própria e orgulha-se de ter produzido a primeira maromba da cidade para fabricar tijolo furado e telhas. Octávio foi prefeito de Morro da Fumaça entre 1993 e 1996, quando o município tinha 80 cerâmicas. O ex-prefeito garante que todas as casas do município foram construídas com tijolos fabricados na própria cidade.
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NovaCer
Sr. Octávio Naspolini
cas
DESENVOLVIMENTO
De acordo com o presidente do Sindicer de Morro da Fumaça, Sérgio Pagnan, a produção de cerâmica vermelha já foi responsável por 60% da economia do município. Hoje, responde por 30%. ”A
cerâmica
vermelha
movimentou
significativamente a economia da cidade. Em função das cerâmicas quatro metalúrgicas surgiram aqui para dar suporte às empresas em crescimento”, declara Pagnan. Com o crescimento das cerâmicas as metalúrgicas se fortaleceram.
A evolução A fabricação do tijolo e da telha vem da extração de argila, geralmente extraída de reservas próximas à olaria. Hoje os métodos por escavação contrastam com a época em que o barro era extraído com pás. Maromba, secador, prensa, estampo, alimentador, boquilha. Termos como estes conhecidos dos ceramistas atualmente ea
casa construída com os tijolos da olaria de Gregório
estavam longe de fazer parte do vocabulário dos
Mário Bertan, Valdemar Durval da Silva (Bigode) e Vergílio Maccari na oficina de equipamentos para cerâmica em 1944
Tijolos e telhas fabricados na olaria de Octávio Naspolini em 1953
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DESENVOLVIMENTO
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Revista NovaCer | Maio 2010 | Edição 03
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oleiros há 82 anos, quando a primeira olaria surgiu.
máquina de vapor d’água foi outra alternativa de
A primeira fonte de energia utilizada era humana.
geração de energia para as cerâmicas.
Os pés do oleiro amassavam a argila cavada com pá
Em 1950 os motores utilizados já eram a diesel
nas reservas das redondezas. Em seguida a tração
e em 1960 a energia elétrica passou a fazer parte do
animal começou a ser usada. O barro colocado
cotidiano das cerâmicas.
dentro de uma barrica era misturado com a ajuda
A natureza foi generosa com Morro da Fumaça.
do movimento de um boi. “Uma pessoa moldava
A abundância de argila é a razão para tantas olarias
o tijolo no guanapo (molde). Um rasão, arco de
que mais tarde se tornaram cerâmicas. “Ninguém
madeira com um arame, era usado para nivelar o
conhecia o termo cerâmica na época. Só depois,
barro nas formas e outra pessoa lanceava (levava
quando começamos a vender para o Rio Grande do
para secar)”, recorda Octávio Naspolini. A queima
Sul, e precisávamos de nota, é que começamos a
era feita em fornos produzidos pelos próprios
nos organizar e passamos a chamar de cerâmica”,
oleiros. A lenha aquecia o forno que levava três dias
lembra Valter Santos Espíndola.
para esquentar, segundo Naspolini. Para queimar as peças levava um dia.
Primeira olaria – Pedro Gabriel (1928)
Com a industrialização começaram a surgir
Segunda olaria – Olívio Cechinel (1929)
alternativas para os combustíveis. Depois que a
Terceira olaria – Gregório Espíndola (1935)
gasolina ficou escassa durante a Segunda Guerra,
Quarta olaria – Theodoro Maccari (1939)
de 1939 a 1945, o gasogênio, gás obtido por meio
Quinta olaria - Ítalo Naspolini (1942)
da queima do carvão, foi a alternativa encontrada para substituir o combustível. O locomóvel,
Morro da Fumaça em 1976
Morro da Fumaça em 1985
Cidade colonizada por italianos
o local.
Os primeiros europeus vieram da
Bielorrússia e viviam da produção de suínos. Mesmo com o pioneirismo deste colonizadores,
Há 100 anos o município de Morro da Fumaça
foram os italianos que povoaram o município
recebia os primeiros colonizadores italianos
em 1910. Em1931 foi instalado o distrito de
para iniciar a história da pequena cidade que
Morro da Fumaça pertencente à Urussanga. A
ficou conhecida como capital do tijolo, título
emancipação aconteceu em 20 de maio de 1962.
conquistado e difundido nos anos 80, conforme
Para explicar a origem do nome da cidade há duas
o atual prefeito de Morro da Fumaça, Baltazar
versões. Segundo historiadores, o nome se deve
Pellegrin. “Na década de 80 vivemos os anos de
à neblina formada no morro onde hoje se localiza
ouro da cerâmica vermelha”, relata.
o Hospital de Caridade São Roque, sempre que
Antes dos italianos os índios carijós habitavam 36
NovaCer
o Rio Urussanga subia. Uma outra versão conta
DESENVOLVIMENTO
que, devido a esta neblina, pessoas que por ali se
cerâmica de tijolos em 1973. “Hoje atuamos em
instalavam precisavam acender fogueiras em seus
outro setor, mas toda minha família trabalhou lá e
acampamentos, causando a emissão de fumaça.
crescemos graças à empresa do meu pai”, destaca.
A vocação para a agropecuária predomina
Com 53 empresas do setor a cerâmica vermelha
até hoje, com destaque para o cultivo do fumo,
ainda é a principal fonte de economia da cidade. “Se
da mandioca, do milho e do arroz. Também é
não fosse a argila encontraríamos outra maneira de
importante a criação de suínos, gado e de aves,
sobreviver, além da agricultura. Morro da Fumaça
além da indústria cerâmica, que também fez parte
é bem localizada, tem acessos asfaltados. Mas a
da vida da família do atual prefeito de Morro da
cerâmica vermelha foi fundamental para nosso
Fumaça. O pai de Baltazar Pellegrin abriu uma
desenvolvimento e ainda é a base da economia do
José Luiz Maccari (Zezo), Wanderley Cechinel Fillho (Wandinho), Wanderley Cechinel (Wander), Presidente do Sindicer Sérgio Pagnan e Octávio Naspolini, na sede do Sindicato de cerâmica vermelha em Morro da Fumaça nosso município. É o nosso carro-chefe”, ressalta o
Sindicato atuante
prefeito. Os 100 anos de colonização representam
Conhecido
por
investir
em
novas
e
muito para o fumacense. A comunidade ganhou
diversificadas ações de apoio aos empresários e
um festa para comemorar a data. “Para nós é
incluir o meio ambiente e a cultura local entre suas
muito gratificante. A nossa geração está sendo
prioridades o Sindicato da Indústria da Cerâmica
contemplada com uma grande festa e nunca mais
Vermelha de Morro da Fumaça (Sindicer) fundado
vai poder participar de uma comemoração como
em 1991 representa 150 empresas do setor
essa. É um evento que homenageia todos que
cerâmico da região Sul de Santa Catarina. Destas,
contribuíram para Morro da Fumaça chegar até
53 estão localizadas em Morro da Fumaça, sendo
aqui”, diz orgulhoso o chefe do executivo.
47 de tijolos e 6 de telhas. A entidade desenvolve NovaCer
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DESENVOLVIMENTO
48 3434-1192
Estrutura do Sindicato conta com departamento jurídico, geológico, escola de artesanato, núcleo de cerâmica artística e laboratório.
diversas atividades com o objetivo de fortalecer o
Para fomentar o atendimento as normas
setor. Presta assessoria aos associados nas áreas de
técnicas e aos PSQs, o Sindicer criou o Laboratório
engenharia, geologia, lavra, jurídica e laudo técnico
Técnico de Cerâmica Vermelha (Labcer). A iniciativa
de ensaios de laboratório. Mantém em parceria
permite que o ceramista adiante a verificação da
com o Instituto Maximiliano Gaidzinski (IMG) o
qualidade e evite que o item seja reprovado no
curso técnico de cerâmica e em parceria com a
Inmetro. Desenvolvido com recursos da Fundação
Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul)
de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do
curso superior de Tecnologia em Administração
Estado de Santa Catarina (Fapesc), o Labcer está
Empresarial.
em atividade desde maio de 2003. O laboratório
Na área social o Sindicer é mantenedor da www.metalurgicabertans.com.br
Escola de Artesanato “O Oleiro” e do Núcleo de
foi estruturado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Cerâmica Artística “Olaria das Artes”. O Núcleo
Outra iniciativa do Sindicer é a Cooperativa de
produz louças e utensílios cerâmicos em escala
Extração Mineral (Coopemi). Hoje estão disponíveis
industrial. As peças são criadas e desenvolvidas por
30 hectares de terreno para extração conjunta e
ex-alunos da Escola de Artesanato que tem apoio
22 títulos minerários, totalizando cerca de 5 mil
do Sebrae.
hectares.
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DESENVOLVIMENTO
IPT descobriu em 2009 quarta maior reserva de argila no Brasil. Secretaria de Desenvolvimento Regional de São Paulo vai investir cerca de R$ 250 mil no projeto que vai beneficiar a indústria cerâmica do oeste paulista.
Projeto do IPT vai viabilizar extração de argila por 85 anos
Contrato assinado no final de março entre a Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) vai viabilizar a exploração de uma jazida de argila dimensionada em 135 milhões de toneladas, suficientes para o abastecimento do setor durante 85 anos. O contrato do projeto Bases Técnicas, Legais e Modelo de Zoneamento Minerário para Garantia de Suprimento de Matérias-Primas no Arranjo Produtivo Local (APL) de Cerâmica do Oeste Paulista foi assinado pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, no dia 27 de março, no município de Castilho (656 km da capital), na região de Araçatuba. Por meio desse estudo, será elaborado um modelo de zoneamento minerário, estabelecendo as áreas aptas para a atividade de mineração, de forma compatível com as normas ambientais e com as outras atividades de uso e ocupação do solo. Além disso, serão estruturados os subsídios técnicos e legais necessários para a inserção da atividade de mineração no ordenamento territorial dos cinco municípios que centralizam as reservas de argila do APL: Castilho, Presidente Epitácio, Pauliceia, Panorama e Ouro Verde. Os resultados do projeto deverão
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DESENVOLVIMENTO
ser apresentados em 2011. Os
investimentos
da
Secretaria
de
Desenvolvimento serão de aproximadamente R$ 250 mil na execução dos serviços. A iniciativa deverá beneficiar o APL da indústria cerâmica do Oeste Paulista, um dos principais pilares econômicos da região, que conta com 230 micro e pequenas empresas instaladas, responsáveis pela geração de cerca de 1,4 mil empregos. 4ª maior reserva de argila do Brasil - Por meio do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), da Secretaria de Desenvolvimento, técnicos do IPT apontaram, em 2009, a descoberta da quarta maior reserva de argila do Brasil, localizada nos municípios de Castilho e Presidente
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DESENVOLVIMENTO
Epitácio, com 135 milhões de toneladas de
Arranjos Produtivos Locais (APLs)
matéria-prima para fabricação de blocos, lajes e telhas. A argila possui grande espessura da camada
Os investimentos na realização do projeto
de minério e pequena espessura da camada de solo
Bases Técnicas, Legais e Modelo de Zoneamento
que cobre o minério, o que a torna muito atrativa
Minerário para Garantia de Suprimento de Matérias-
para a indústria.
Primas no APL de Cerâmica do Oeste Paulista fazem parte do Programa Estadual de Fomento aos Arranjos Produtivos Locais. Os APLs concentram geograficamente micro, pequenas e médias empresas de um mesmo setor ou cadeia produtiva que, sob uma estrutura de governança comum, cooperam entre si e com entidades públicas e privadas. Em todo o Estado, existem 24 Arranjos Produtivos Locais e 22 aglomerados produtivos. Por meio de convênios, em 2009, o programa aplicou R$ 6,15 milhões em investimentos. Em 2010, a Secretaria de Desenvolvimento está disponibilizando mais R$ 4,5 milhões.
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ARTIGO TÉCNICO
Estudo avalia uso de cut e determinação da resistência à fl A determinação precisa da resistência à
pelas telhas e acessórios é denominado telhado.
flexão de telhas cerâmicas é de suma importância
Para a escolha da cobertura de uma residência,
para as aplicações a que estas possam vir a ser
o cliente tem opções de escolha entre telhas
requeridas. Estas aplicações são importantes
cerâmicas, de fibrocimento e cimento, sendo que
tanto na montagem do telhado, como em futuras
cada uma tem seus pontos fortes e suas deficiências
manutenções. De acordo com a norma NBR
em alguns aspectos. Como qualidade da telha
15310:2009, para a determinação da resistência à
cerâmica pode-se ressaltar o conforto térmico.
flexão de telhas cerâmicas, pode ser usado gesso,
Em linhas gerais, a resistência à flexão é afetada
argamassa ou madeira dura como material de
negativamente pela porosidade por dois motivos:
apoio para os corpos de prova. Este estudo mostra
reduzem a área de seção reta através do qual a
os resultados obtidos para uma mesma amostra
carga é aplicada e atuam como concentradores
constituída de telhas compostas de encaixe,
de tensão. Estes produtos ficam mais resistentes
quando forem utilizados diferentes tipos de apoios.
quanto mais homogêneos, finos e quanto melhor
Segundo a norma brasileira ABNT NBR
a sinterização.
15310:2009 telhas cerâmicas são componentes
Foram coletados 20 corpos de prova de telhas
destinados à montagem de cobertura que estanque
cerâmicas para a execução deste trabalho, do
a água, de aplicação contínua. O conjunto do
tipo composta de encaixe, modelo portuguesa.
sistema de cobertura de uma edificação constituída
Estas amostras referem-se ao mesmo lote de uma
Amostra A 48
NovaCer
ARTIGO TÉCNICO
t elos em madeira e argamassa para a à flexão de telhas cerâmicas
Amostra B produção contínua da empresa fornecedora. Antes da confecção dos apoios e cutelos nas
aplicação da carga foi em uma velocidade de (50 ± 5) N/s.
telhas, estas foram limpas e passaram por uma
Os
resultados
apresentaram
variação
inspeção para a retirada das rebarbas provenientes
significativa entre as metodologias empregadas
do processo de fabricação. As telhas foram
para a confecção dos apoios e cutelos. Os valores
repartidas em duas amostras, contendo 10 corpos
da
de prova cada, sendo que estas se distinguem e
aos da amostra “B”. A argamassa proporciona
identifica-se da seguinte forma:
melhor acomodamento dos apoios e cutelo,
Amostra A: Telhas com produção dos apoios
consequentemente distribuindo melhor a carga
inferiores e cutelo em argamassa;
aplicada em toda a extensão da telha. Os moldes
Amostra B: Telhas com apoios inferiores e cutelo
de madeira, apesar de serem confeccionados sob
de madeira dura (Itaúba), sendo que na interface
medidas para este trabalho, apresentaram regiões
foi utilizada uma borracha para acomodação do
onde não estavam completamente acomodados,
conjunto.
concentrando tensões em algumas regiões.
amostra “A” apresentaram-se
superiores
O ensaio foi realizado conforme a norma NBR 15310:2009. Em resumo, o vão livre (distância entre os apoios inferiores) empregado foi o que a empresa declara como galga média (33,6 cm), e a NovaCer
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ARTIGO TÉCNICO
Resultados de ensaio de flexão
processo produtivo haja vista o ritmo de produção atual. Nos apoios e cutelo de madeira a vantagem é a rápida execução do ensaio, onde a etapa mais demorada está na imersão em 24 horas das telhas em água. Esta metodologia condiz com um resultado mais próximo da realidade de aplicação do material, pois a telha estará apoiada sobre outra telha (portanto não tendo uma ideal condição de apoio) e o outro lado sobre o apoio do telhado
Devido ao processo de fabricação e as
(ripa), logo tendo concentrações de tensões na
propriedades cerâmicas, estes materiais tendem a
telha. A desvantagem se dá pelo próprio fato
apresentar variação e uma dispersão considerável
do apoio uniforme, pois variações do processo
em ensaios mecânicos quando comparados com
que costumam ocorrer, como empenamento e
os metais, por exemplo.
pequenas variações dimensionais que não são
Esse fenômeno pode ser explicado pela
compensadas pelo molde em madeira.
dependência da resistência à fratura em relação
Apesar das duas metodologias estarem de
à probabilidade da existência de um defeito
acordo com a norma NBR 15310:2009, existe
que seja capaz de iniciar uma trinca. Este fato
diferença
pode estar atrelado ao desvio e coeficiente de
acomodação do corpo de prova a ser ensaiado. A
variação apresentado pela amostra “A”, pois houve
argamassa apresenta valores superiores em carga
melhor distribuição dos esforços, sendo que a
de ruptura comparadas com a madeira, sendo
força máxima para o material romper estava mais
que a argamassa condiz mais com o resultado de
atrelada ao material propriamente dito do que à
flexão teórico do material, devido à distribuição
má distribuição de esforços durante a aplicação
de esforços, enquanto a madeira simula melhor
da carga, estando mais sujeito a estes defeitos. Na
a condição de uso da telha, com concentradores
amostra “B”, como estava ocorrendo concentração
de tensão. Ficou evidenciado que o método de
de esforços em alguns pontos, as regiões
execução do ensaio afeta significativamente no
submetidas à força máxima eram praticamente
resultado final.
entre
o
material
escolhido
para
NC
as mesmas em todos os corpos de prova, ou seja, na intersecção da capa (componente ou parte da telha cuja finalidade é conduzir a água para o canal) e do canal (componente ou parte da telha cuja
1,2Guilherme Cole Nascimento
finalidade é conduzir a água). Com isto, a força para
1,3Rosaura Piccoli
romper o material foi menor e também o desvio e o
1Cristian Roque Perdoná
coeficiente de variação.
1,3Priscila Benedetti Peruchi
A vantagem de confeccionar os apoios e
1Priscila Vitoreti
cutelos em argamassa é que a carga fica distribuída uniformemente em toda a extensão da peça
1Centro de Tecnologia em Materiais – CTCmat – Senai/
ensaiada, tendo como resposta um resultado mais
Criciúma - SC
próximo do teórico. Porém, a desvantagem se dá
2Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química,
pelo procedimento dispendioso na elaboração
UFSC – Florianópolis/SC
dos mesmos, o qual implica em maior tempo para
3Universidade Barriga Verde (Unibave) – Orleans/SC
execução do ensaio, que pode ser fator crítico no 50
NovaCer
FEIRAS
54º Congresso Brasileiro de Cerâmica Foz do Iguaçu, no Paraná, sedia de 30 de maio a 2 de junho o 54º Congresso Brasileiro de Cerâmica. O evento tem o objetivo de promover a interação entre os diversos setores envolvidos com o meio cerâmico e contribuir para o desenvolvimento da cerâmica brasileira. Participam indústrias, escolas técnicas, universidades, institutos de pesquisas e fornecedores de matérias-primas, equipamentos e insumos. No congresso, realizado pela Associação Brasileira de Cerâmica (ABC), serão debatidos temas como energia, meio ambiente, recursos minerais, inovação tecnológica, reciclagem, qualidade, recursos humanos e outros. Durante o evento haverá ainda apresentações de trabalhos técnico-científicos, palestras de renomados especialistas nacionais e internacionais, painéis e seminários sobre a indústria cerâmica. Entre os temas abordados destacam-se trabalhos referentes a matérias-primas; síntese de pós; cerâmica vermelha; cerâmica branca; revestimento cerâmico; gesso e cimento; refratários/isolantes térmicos; vidros e vidrocerâmicas; cerâmica eletroeletrônica/ magnética; cerâmica nuclear, óptica e química; biocerâmica; reciclagem e meio ambiente; arte e design; esmaltes/ fritas/corantes e ceramografia. Na programação ainda estão previstos o Seminário de Cerâmica Artística, Minicursos e o Ateliê de Cerâmica Artística. Os trabalhos apresentados serão divulgados nos anais do congresso, que serão distribuídos após a realização do evento. Serão concedidos prêmios aos melhores trabalhos técnico-científicos e à melhor ceramografia. Paralelamente ao congresso ocorrerá uma feira onde as empresas e instituições de ensino e pesquisa terão a oportunidade de divulgar seus produtos e serviços. Foz do Iguaçu foi escolhida para abrigar a 54ª edição do Congresso Brasileiro de Cerâmica por estar situada no Paraná, estado que apresenta bom desenvolvimento na área de cerâmica, principalmente nos segmentos de cerâmica branca e vermelha, pelo fácil acesso e também apelo turístico. O Congresso Brasileiro de Cerâmica é o mais antigo e importante da área no Brasil e um dos maiores em nível internacional, realizado pela Associação Brasileira de Cerâmica desde 1954.
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ARTIGO TÉCNICO
Secadores Cerâmi c redução no consu m Eng. Harald Blaselbauer
No mundo globalizado a necessidade de racionalizar o uso dos recursos disponíveis é fundamental, produzindo mais e melhor. Em síntese o processo deve utilizar menos energia, combustível, matéria-prima e mão de obra, com a otimização das várias fases do processo fabril, aumentando a eficiência e a produtividade, o que implica a redução de custos com produtos que estejam em conformidade com a norma e preços compatíveis com o mercado consumidor. O processo para fabricação de elementos cerâmicos apresenta grau de complexidade, o que requer o desmembramento do processo em etapas distintas, avaliando-as individualmente, permitindo a elaboração de uma escala de prioridades entre todos os estágios envolvidos na fabricação e um plano de ações corretivas com seus respectivos investimentos. O sistema de secagem é responsável pelo maior custo de uma cerâmica vermelha por ser um processo semi-contínuo ou contínuo, e que depende de uma série de equipamentos acionados por motores elétricos trifásicos, entre eles:
- Exaustor centrífugo; - Auto-viajantes; - Extrator de umidade; - Automatismos para carga e descarga.
A racionalização do uso da energia elétrica é fundamental para a redução de custos fixos e para compreender sua importância, realizamos a seguinte simulação de carga e seus respectivos custos: 54
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i cos – Eficiência com u mo de energia elétrica Carga consumida
1
Kw
Potência consumida
1,36
CV.
Operação diária
24
Horas
Operação anual
365
Dias/ano
Horas trabalhadas por ano
8.760
Horas
Custo médio por Kw consumido
0,23
R$/kw
Custo de 1Kw em regime contínuo no final de um ano
R$ 2.014,80
Ano
Portanto uma carga de 1 Kw utilizada em
potência na condição de trabalho
regime contínuo corresponde a um custo anual
J – Contaminantes de qualquer gênero com
de R$2 mil de energia elétrica, por consequência a
suas respectivas concentrações e características
racionalização de seu uso torna-se uma questão de
físico quimicas.
sobrevivência. Podemos A – Exaustores centrífugos
concluir
pela
relação
dimensionamento de um exaustor
que
o
envolve
um grande número de variáveis que requerem O termo exaustor, utilizado no ramo cerâmico,
conhecimento técnico específico, projetando
é sinônimo de ventilador centrífugo, termo técnico
e fabricando equipamentos
utilizado na engenharia e na classificação fiscal
atendam integralmente às condições de projeto do
deste tipo de equipamento em secadores para
sistema a ele instalado, trazendo como vantagens
cerâmica são utilizados exaustores centrífugos
a produtividade e a economia de energia elétrica.
com potências que variam de 15 C.V. a 125 C.V., dependendo do porte e disposição das estufas. O dimensionamento de um exaustor centrífugo requer a definição dos dados abaixo relacionados:
sob medida que
O levantamento das características técnicas de um exaustor em campo não é algo simples ou acessível para leigos, requer a adoção de procedimentos técnicos específicos, normatizados pela AMCA (Air Moviment and Control Association),
A – Vazão volumétrica ou vazão normal ( m3/h ou Nm3/h )
com a utilização de instrumentos de barômetros, manômetros especiais com líquidos calibrados,
B – Pressão estática ( mmCA )
tubos Pitot, anemômetros, termômetros digitais,
C – Altitude em relação ao nível do mar (metro)
amperímetro e voltímetro. Mediante os dados
D – Pressão barométrica local ( mmHg )
coletados são realizadas sequencias de cálculos
E – Aplicação ou caracterização do processo
para a obtenção dos dados genéricos do
onde o equipamento será instalado
equipamento, entre eles o rendimento.
F – Temperatura do fluxo de ar ou gases ( ºC) G – Limite do nível de ruído ( quando houver )
Em avaliações realizadas ao longo de 20 anos,
H – Limite do nível de vibração (quando houver)
verificamos que a maioria dos equipamentos
I – Rendimento ou consumo máximo de
aferidos apresentam consumos excessivos
de NovaCer
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ARTIGO TÉCNICO
energia em relação a um equipamento fabricado sob medida e sob encomenda por empresas com sólido conhecimento técnico do processo cerâmico e nos procedimentos técnicos na fabricação de equipamentos aptos a operarem em regimes severos de trabalho sem a necessidade de paradas não programadas. Na maioria das cerâmicas observamos a adoção de equipamentos de baixo rendimento, adaptados sem critério, o que produz a elevação do consumo de energia em 50 a 150 % quando comparados a equipamentos de alto rendimento. Observamos na tabela abaixo os quadros de rendimentos e consumo específicos horários :
Equipamento de alto rendimento
25
C.V.
18,38
Kw/h
Equipamento de baixo rendimento A
50
CV.
36,76
Kw/h
Equipamento de baixo rendimento B
45
CV.
33,08
Kw/h
Equipamento de baixo rendimento C
365
CV.
29,44
Kw/h
Economia de energia ( kw )
Horária
Mensal
Anual
Custo Anual
Em relação ao equipamento A
18,38
13.233,60
158.803,20
R$ 36.524,00
Em relação ao equipamento B
14,70
10.584,00
127.008,00
R$ 29.211,84
Em relação ao equipamento C
11,06
7.963,00
95.558,40
R$ 21.978,43
O cálculo acima foi elaborado para regime contínuo de trabalho, consumindo toda a potência instalada dos motores. A mesma sistemática
adotada
para
os
exaustores
centrífugos deverá ser adotada para os extratores de umidade e para os auto-viajantes, onde se observam variações de rendimento equivalentes aos exaustores. Outros fatores que influem no desempenho dos secadores: - Análise granulométrica das argilas; - Caracterização mineral das argilas; - Formulação das argilas e misturas utilizadas para fabricação dos elementos cerâmicos; - Preparação do material para secagem; - Comprimento disponível para a secagem; - Secagem crítica e não crítica;
- Caixas para mistura e dispositivos para modulação de volume e temperatura; - Disposição do material nos pisos das vagonetas; - Disposição das vagonetas nas câmaras de secagem; - Taxa de transferência de calor dos autoviajantes; - Consumo específico dos auto-viajantes; - Caracteristicas dimensionais das câmaras de secagem; - Transbordadores de entrada e saída do produto nos secadores; - Controles de temperatura e umidade; - Distribuição seletiva de calor nas câmaras de secagem; - Extratores de umidade.
- Canais para interligação dos fornos aos secadores com a avaliação das perdas de carga; 56
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Observamos que a maioria das cerâmicas
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requerem um atendimento profissional que resulte em ganhos efetivos de produtividade, qualidade e taxas de lucratividade compativeis com as cerâmicas.
NC
Eng. Harald Blaselbauer. Engenheiro Mecânico Pleno Graduado pela FEI - Faculdade de Engenharia Industrial São Bernardo do Campo - SP Especialista em queima e secagem para produtos cerâmicos CREA-SP-0601851702.
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59
MEIO AMBIENTE
Gestão Sustentável Madalena Pereira
Colocando
em
termos
simples,
a
- trocar caixas sanitárias pelas caixas econômicas/
Consultora Industrial e Executiva
sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas
sem a válvula nas paredes;
de Negócios Internacionais
e para o ambiente, tanto agora quanto para o
- energia – instalação de “timers”,
futuro. Ou ainda, é suprir as necessidades da
diversas outras opções.
sensores e
geração presente sem afetar as habilidades das gerações futuras de suprirem as suas. Resumindo, a Gestão
A gestão de processos, no nosso caso produção
Sustentável é a
e/ou transformação deve ser vista sempre como
capacidade para dirigir o curso de uma empresa
um processo evolutivo de trabalho. Gestão não é
por vias que valorizam e
só um projeto com início, meio e fim.
recuperam todas as
formas de capital humano, natural e financeiro de modo a gerar valor.
Metamorfose empresarial é o que necessitamos, neste momento, que nada mais é que uma
Sustentabilidade é um conceito sistêmico,
jornada pelos fundamentos da evolução de todas
atrelado a continuidade dos aspectos econômicos,
as empresas e de seu permanente processo
sociais,
de mudanças e transformação, onde o motor
culturais e ambientais da sociedade
humana. Precisa-se
desta constante mutação é o capital humano e expandir
esta
consciência
intelectual, aliado à inovação tecnológica, nas
“sustentável” no empresariado. O planeta agradece
várias áreas de atividades da empresa, tanto
aos muitos que já fazem parte deste time. Para
administrativa quanto produtiva.
aqueles que ainda não se ativeram ao “como”
A solidez do que construímos depende da sua
efetivamente fazer, eis algumas sugestões de
renovação ou reconstrução periódica. Hoje, mais
atitudes sustentáveis, sem dizer que são inúmeras
do que nunca, uma empresa deve ser adaptativo-
outras, também bastante simples:
evolutiva, flexível e auto-inovadora, e aprender constantemente com os erros, fracassos e sucessos,
•
desperdícios
–
combater
ao
máximo,
seus e de outros.
(sensibilização dos funcionários);
Reflexões, experiências e vivências da autora,
• garantir a economia de recursos importantes,
no Brasil e no exterior em vários países, nas muitas
como energia e água:
empresas parceiras, onde teve oportunidade de
- captação de águas das chuvas, reciclagem da
se relacionar ao longo de sua carreira profissional
água – para jardins, lavagem de áreas, carro;
deixaram sempre evidentes, que a boa gestão, claro
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MEIO AMBIENTE
que tem que ser sustentável, não pode viver sem os velhos fundamentos, que estão intrínsecos no seu contexto: planejamento, organização, direção e controle e depois de alguns anos já tiveram e terão que sistematicamente inserir os planejamentos estratégicos, que abrangem toda a complexa estrutura da empresa e sua visão e preparação para o futuro mais sustentável. Por
esta
necessários
razão,
para
que
investimentos a
são
sustentabilidade
aconteça, porém estamos praticamente sendo forçados pela conjuntura nacional e mundial a nos enquadrarmos cada vez mais neste novo contexto.
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