Revista Novacer Edição 34 Fevereiro 2013

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Entrevista com o presidente eleito para comandar a Anicer, Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves

Ano 3

Fevereiro/2013

Edição 34

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Produtos regulares favorecem a imagem do setor

Cerâmica vermelha é destaque em documentário Sindicer/PR promove campanha solidária Cerâmica Santa Maria é a ganhadora da promoção Assinatura Premiada


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SUMÁRIO

DESENVOLVIMENTO 16: Pela imagem positiva do setor

EDITORIAL

TECNOLOGIA

ENTREVISTA

12: Carta ao Ceramista

24: CDT Felipe Verdés é inaugurado em São Paulo

28: Unidade é o caminho

32: Alternativa em cerâmica para aves nativas

Diretor Geraldo Salvador Junior

direcao@novacer.com.br

revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869

Comercial Moara Espindola Salvador André Gil

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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

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Jornalista Responsável Aline Ventura - SC01781-JP

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Diagramação & Arte Jefferson Salvador André Gil Juliana Nunes

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Redação Aline Ventura Juliana Nunes - SC04239-JP

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NovaCer • Ano 3 • Fevereiro • Edição 34

ARQUITETURA CERÂMICA

Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


Luciano Cordeiro de Loyola, geólogo da Minerais do Paraná/Mineropar.

FEVEREIRO 2013 RESPONSABILIDADE SOCIAL 34: Sindicer/PR promove campanha solidária

MEIO AMBIENTE 38: Grupo Tavares comercializa créditos de carbono

SUMÁRIO

“Mesmo tendo necessidade profissional de participar ativamente de encontros, seminários e congressos do setor de cerâmica vermelha Brasil afora, eu não consigo ter tal disponibilidade. A revista me proporciona a possibilidade de me manter informado sobre o que acontece. Costumo ler com muita atenção os artigos técnicos sobre os processos de fabricação e em especial sobre uso das matérias-primas. É um canal de informações essencial para pesquisadores, estudantes, consultores, fabricantes de equipamentos e produtores”.

FEIRAS 47: BAU abre agenda de feiras

DESENVOLVIMENTO 22: Cerâmica vermelha é destaque em documentário 36: Curso Técnico em Cerâmica será oferecido em SC

ARTIGO TÉCNICO 40: Determinação rápida da plasticidade de argilas: comparação entre os métodos Casagrande e Pfefferkorn

DESENVOLVIMENTO 48: Cerâmica de SP vence promoção da NovaCer

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Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865

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EDITORIAL

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Carta ao Ceramista Oferecer ao mercado produtos fora das normas técnicas vigentes no país é mais do que desrespeitar a lei, é desrespeitar o consumidor final. E consumidor chateado porque teve retrabalho ao usar bloco fora da norma e sem qualidade dificilmente volta a comprar da mesma marca que o prejudicou. Não pense o fabricante que o Inmetro só quer fiscalizar e multar o produtor. Pelo contrário. O Inmetro, a ABNT, o Ipem, a Anicer, os sindicatos e diversos órgãos apoiadores da indústria de cerâmica vermelha querem promover a competitividade do setor. A matéria de capa desta edição mostra que a padronização de produtos cerâmicos está longe de ser o diferencial das empresas. Já faz tempo que atender às normas vigentes é o mínimo que o fabricante pode oferecer se quiser fazer parte de um setor como o de cerâmica vermelha. Coloque-se você, ceramista, no lugar de consumidor e respeite as normas que foram criadas para fortalecer a imagem da indústria. Leia também nesta edição o exemplo do Grupo Tavares, do Ceará, que no final de 2012 fechou mais uma venda de créditos de carbono no mercado internacional a partir do uso de bio-

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massa renovável nos fornos cerâmicos de cinco unidades do grupo. Confira também a entrevista especial com Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves. O ceramista assume a presidência da Anicer no mês de abril. Gonçalves falou à NovaCer sobre a importância da união entre ceramistas, dos planos para a associação e do papel da instituição. Na editoria de Responsabilidade Social, conheça a bela ação de ceramistas do Paraná com a campanha solidária promovida pelo Sindicer para arrecadar leite para a instituição Pequeno Cotolengo, de Curitiba. O resultado da campanha surpreendeu e animou o sindicato que pretende continuar com a iniciativa. Muitas vezes, as pessoas querem colaborar, mas por falta de tempo ou conhecimento acabam deixando de ser solidários. Seria ótimo se cada cerâmica tivesse um projeto social, mas enquanto não é possível, colaborar com uma campanha coletiva como a do Sindicer é um bom exemplo. Boa leitura!

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Produção da cerâmica City, em São Paulo

Pela imagem positiva do setor A qualidade dos produtos cerâmicos deixou de ser diferencial para se tornar essencial

A exigência do consumidor pela qualidade de qualquer produto aumenta a cada dia. Já passou a época em que clientes eram enganados ao comprar uma mercadoria acreditando ser de qualidade quando na verdade o produto pertencia a uma classe inferior. Atualmente não é preciso ter olho treinado para

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reconhecer que um produto não vai atender à expectativa desejada. O preço inferior é um desses indicadores. No caso de produtos cerâmicos, quem adquire telhas, blocos e tijolos fora das normas vigentes, por exemplo, tem consciência de que está levando para casa muito menos qualidade e muito mais dor de cabeça. Os principais benefícios da padronização de produtos para fabricantes são redução de custos e prazos, satisfação do cliente e maior competitividade no mercado. Produtos padronizados têm mais qualidade e, consequentemente, maior aceitação entre os clientes. No entanto, a concorrência entre as empresas somada à exigência de clientes mais informados levou empresários comprometidos com a padronização à seguinte conclusão: oferecer qualidade não é mais


“Ao usar produtos sem qualidade, a correção que eu vou ter em massa é muito superior quando comparado com produtos padronizados. O retrabalho não vale a pena. O resultado final com produtos padronizados é de muito mais economia. OtiTelha Americana mizo o processo e o uso de material. A economia é muito expressiva”, explicou Cordasso. O construtor Robson Martendal, proprietário da Joneclei Contruções, de Rio do Sul (SC), é cliente há 10 anos da Telhas Rainha, localizada também na cidade catarinense, e concords que os clientes estão mais exigentes e percebem quando o produto é inferior. A construtora atua na área de coberturas de casas e pequenas reformas. “Só trabalho com produto de qualidade pela garantia do melhor resultado".

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diferencial das empresas e sim essencial. O coordenador de suprimentos da Construtora Supricel, de Piracicaba, em São Paulo, Rodrigo Cordasso, afirma que o cliente sabe o que está comprando. “Há muitos produtos de fundo de quintal. Porém, até um leigo enxerga a diferença. A qualidade de um produto é visível”, disse Cordasso. A construtora paulista atua na construção de prédios residenciais e comerciais de médio e alto padrão desde 2006 e, segundo Cordasso, usa produtos padronizados em suas obras. Prova disso é o fato de ser cliente da cerâmica City, de São Paulo, empresa produtora de blocos. “Hoje a qualidade dos produtos é exigência do cliente e isso reflete diretamente no resultado final da obra”. A construtora teve experiência com produtos não padronizados, mas motivos como o retrabalho, por exemplo, levaram a empresa a investir somente em produtos padronizados.

Qualidade em primeiro lugar Com certificados do PSQ e Inmetro, a cerâmica City, de Cesário Lange, em São Paulo, fabrica um sistema construtivo completo em alvenaria cerâmica, que compreende blocos para vedação racional e para alvenaria estrutural fabricados conforme a ABNT NBR 15270/05. A empresa está implantando a ISO 9000. O arquiteto Vanderlei Lopes, do Departamento Técnico e Pós-Venda, da cerâmica City, explica que a padronização é preocupação da empresa desde a fundação há 25 anos. “É preciso entender que hoje as empresas cerâmicas têm que ter consciência que não vendem mais blocos e sim um material chamado alvenaria, cujo bloco é um dos componentes deste material. Porém, em todas as fases, o bloco está integrado à estrutura, no caso de vedação e aos outros materiais utilizados na alvenaria, como argamassa, aço, grout, tela de ligação e aos revestimentos e também com papel fundamental nas instalações hidráulicas e elétricas, a fim de possibilitar o menor retrabalho possível. Neste contexto, a padronização, aí entendida como normatização, tem

fundamental importância na qualidade final da obra”. A lista de motivos que leva uma empresa a padronizar seus produtos é grande. Uma pequena parte dela é suficiente para convencer um empresário a adequar sua produção às normas vigentes. De acordo com Charles Keske, técnico em qualidade da Telhas Rainha, a cerâmica catarinense apostou na padronização dos produtos em busca do atendimento às normas vigentes no país; da redução nas perdas no processo produtivo e melhoria da gestão; da condição essencial para exportação para diversos mercados; da oportunidade para alavancar a imagem da empresa; da diferenciação dos produtos em relação aos concorrentes; do aumento da satisfação dos clientes e da maior credibilidade e competitividade dos produtos junto aos clientes. A padronização levou a Telhas Rainha à certificação. A empresa é certificada pelo Centro Cerâmico do Brasil/Inmetro, pelo Programa Setorial da Qualidade e pelo Miami Dade County, em conformidade com a norma ASTM C1167:1996.

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Mudanças importantes do para a área da qualidade”, explicou a analista executiva em metrologia e qualidade da Divisão do Programa de Avaliação da Conformidade da Diretoria de Qualidade do Inmetro, Roberta Chamusca. A partir de 10 de janeiro de 2014 as telhas deverão ser Telha romana fabricadas e importadas somente em conformidade com o regulamento aprovaCeramistas devem ficar do pela nova Portaria do Inmeatentos à publicação pelo Inmetro. A partir de julho do ano que tro no dia 10 de janeiro no Diário Oficial vem são os pontos de venda que da União (DOU), da Portaria Inmetro nº 05 deverão comercializar telhas em conformide 08 de janeiro de 2013. O documento dade com o novo regulamento. aprova o Regulamento Técnico da QualiA mudança de área também acontecedade para Telhas Cerâmicas e Telhas de rá em breve para blocos cerâmicos, tijolos Concreto e estabelece as condições em cerâmicos maciços e tijolos cerâmicos perque devem ser comercializados estes profurados, entre outros componentes cerâdutos para a execução de telhados de edimicos. “A norma de tijolos é muito antiga. ficações, bem como a metodologia para a O Regulamento Técnico Metrológico aprodeterminação das dimensões efetivas dos vado pela Portaria 16, de 5 de janeiro de produtos, visando à prevenção de práticas 2011, está em fase de revisão e também enganosas de comércio. será substituído por Regulamento Técnico A partir da nova Portaria, as telhas muda Qualidade. Em fevereiro, entra em condam da área de Produtos Pré-Medidos para sulta pública e é importante que o setor a área da Qualidade. “Houve um entendiacompanhe para ficar atento e participar da mento interno de que esses produtos não revisão”, avisou Roberta. são pré–medidos e por isso estão passanFabricantes, revendedores e consumidores devem se informar sobre direitos e deveres de cada um. Os regulamentos aprovados por Portarias do Inmetro seguem normas da ABNT no que tange às dimensões e têm força de lei. “Regulamentos devem ser obrigatoriamente respeitados pelo fabricante. A Portaria do Inmetro existe para garantir ao consumidor todas as informações necessárias para a compra de um produto de qualidade. O consumidor está mais atento. A cada ano que passa percebemos um registro maior na ouvidoria do Inmetro, tanto na parte de dúvidas quanto de reclamações. O consumidor quer ter seu direito garantido”, explicou Roberta.

A partir de 10 de janeiro de 2014, as telhas cerâmicas deverão ser fabricadas e importadas somente em conformidade com o regulamento aprovado pela nova Portaria do Inmetro 18

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Institutos de Pesos e Medidas (Ipem) são os órgãos responsáveis pela fiscalização de produtos cerâmicos coTelha colonial locados no mercado. As atividades do Ipem são delegadas pelo Inmetro que possui representação em todo território nacional. A fiscalização de componentes cerâmicos para alvenaria é realizada periodicamente a partir de coletas em pontos de venda que comercializam estes produtos com a realização do exame final nas unidades fabris. No caso de blocos e tijolos, de acordo com a diretora de divisão do Ipem-SP, Vera Lúcia Gonçalves, a Portaria Inmetro nº 16 de 05 de janeiro de 2011 estabelece todas as condiAltura, largura, ções e metodologia para a execução do exacomprimento, me de determinação da conformidade mesepto e parede são trológica. São verificadas as condições em medidos pelo Ipem

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que os produtos estão sendo comercializados, bem como a fidelidade das dimensões nominais obrigatórias como largura, altura e comprimento gravadas em baixo relevo nos produtos, além de septo e parede. As empresas autuadas pelo Ipem-SP têm 10 dias para apresentar defesa ao órgão, que define as multas a serem aplicadas. De acordo com a lei federal 9.933/99, as multas na autarquia podem variar entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão valendo para todo o Brasil. No caso dos produtos pré-medidos, o valor mínimo é de R$ 640 e o máximo, de R$ 30 mil. A autuação vale para quem cometeu a irregularidade, podendo ser o fabricante e o ponto de venda. No caso das telhas cerâmicas, antes da Portaria Inmetro nº 05 de 08 de janeiro de 2013 ser publicada, Vera explicou que elas seguiam o mesmo esquema de fiscalização dos blocos e tijolos. Com a mudança do pro-


Tijolo maciço prensado

descritivo da obra a descrição dos materiais e dos fabricantes. Na ausência da informação no memorial, a declaração da construtora especificando o material utilizado garante que o produto é padronizado. “A exigência do consumidor via mídia do tipo ‘se não tem Tigre eu não compro’, faz com que cada vez mais as construtoras procurem materiais de melhor qualidade. Falo isto, pois o bloco é um dos materiais da cesta da construção que fica invisível aos olhos do usuário final, como o aço, o concreto e instalações. Quanto ao consumidor que faz a sua própria obra, a certeza está na compra dos materiais de empresas com certificação e com produtos dentro da norma”. Todas as Portarias do Inmetro estão disponíveis no site www.inmetro.gov.br/legislacao.

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duto da área de pré-medidos para a área da qualidade, fabricantes e pontos de venda têm prazos para se adequar. O Ipem-SP informou que produtos irregulares podem ser interditados e, após decisão da superintendência, podem ser doados a instituições assistenciais cadastradas pelo instituto. “A pedido do ceramista, o produto pode ser aproveitado pelo próprio fabricante com autorização da superintendência”, esclareceu Vera. A assessoria de imprensa do Inmetro informou ainda que produtos irregulares podem ser destruídos. O fato de o setor de cerâmica vermelha ser muito grande e abranger desde olarias até grandes fábricas justifica o conhecimento diferenciado de oleiros e empresários, na avaliação de Roberta. “Nem todas as olarias estão associadas a instituições que recebem e divulgam informações importantes e fundamentais para o setor. O objetivo do Inmetro não é penalizar a indústria e sim fortalecer as cerâmicas. Todos ganham com a padronização. Ela traz segurança para o consumidor, que ao comprar uma peça, vai ter certeza de que ela poderá ser reposta porque o produto é padronizado. Isso favorece a imagem da indústria”. A dica do arquiteto Vanderlei Lopes para o consumidor ter certeza de que o produto é padronizado é ao comprar de uma construtora conferir no apontamento feito no memorial

Normas vigentes Representantes do setor são consultados pela ABNT sobre a necessidade de revisão de uma norma cinco anos após sua publicação, porém em qualquer momento pode-se solicitar a revisão justificada por razões tecnológicas ou ajustes. De acordo com a Anicer, a norma pode ser cancelada e substituída por uma nova ou apenas revisada mantendo seu número original. Blocos: NBR 15.270/2005; Telhas: NBR 15.310/2009; Tijolos maciços: NBR 7.170/1983. Mais informações no site da Associação Nacional da Indústria Cerâmica www. anicer.com.br. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Cerâmica vermelha é destaque em documentário Potencialidades de Morro da Fumaça, Sangão e Içara são apresentados na reportagem

Fotos: Gabriela Recco

O setor de cerâmica vermelha do sul de Santa Catarina é pauta de um documentário produzido no final de 2012 pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Durante três dias do mês de dezembro, a equipe de TV da Alesc percorreu os municípios de Morro da Fumaça, Sangão e Içara para gravar

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entrevistas e o trabalho dos ceramistas. A reportagem especial contando a história do setor cerâmico e a evolução nos últimos anos foi proposta pelo deputado estadual Valmir Comin. O documentário foi produzido pela equipe de jornalismo do programa Mosaico, que tem como objetivo apresentar diversidades e potencialidades de Santa Catarina. Na reportagem, a proposta é evidenciar a importância do setor cerâmico no sul do estado, referência na região. “Temos defendido com vigor a indústria da cerâmica vermelha em Santa Catarina. Há pouco tempo mobilizamos as forças políticas e o poder público para evitar o fechamento de olarias, buscando incentivos e recursos. Hoje, o estado precisa conhecer este segmento que cresce cada vez mais, gerando emprego, renda e profissionalização do colaborador”, destaca o deputado que acompanhou as gravações. Para o presidente do Sindicer/Coopemi, Sérgio Pagnan, o apoio político e institucional da Assembleia é importante para alavancar o setor abrindo portas para novos mercados. “Temos uma meta de resultados a ser atingida pelas empresas até 2014, que é aumentar em 10% a receita e 15% a produtividade. Para isso já solicitamos aos deputados apoio para que os títulos minerários sejam da cooperativa, regularizando assim as extrações”, explica Pagnan. O documentário deve ir ao ar no mês de fevereiro. Em Santa Catarina, há três regiões de destaque na produção de cerâmica vermelha. Alto Vale Tijucas, Canelinha e Morro da Fumaça. O polo abordado no documentário concentra 274 empresas que empregam 7 mil trabalhadores e somam produção mensal de 100 mil milheiros, sendo 20% telhas e 80% tijolos. O destino da produção são os estados do Rio Grande do Sul e Paraná e a Argentina. NC Com informações de Gabriela Recco/Informativo Sindicer/Coopemi


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TECNOLOGIA Fundador da Verdés, Felipe Verdés Martí, e a analista de marketing Carolina Ises

CDT Felipe Verdés é inaugurado em São Paulo Centro de Desenvolvimento Tecnológico conta com laboratório, planta piloto e sala de treinamento

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A Verdés, S.A – Máquinas e Instalações inaugurou em dezembro o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Felipe Verdés. O evento ocorreu na cidade de Itu, em São Paulo, e reuniu aproximadamente 120 pessoas. Composto por laboratório, planta piloto e sala de treinamento, o novo espaço é um local planejado para atender as necessidades dos empresários do ramo cerâmico e de mineração. O objetivo principal do CDT Felipe Verdés é realizar ensaios de caracterização de argilas e composições e testes de moagem para uso em mineração, além de desenvolver composições para aumentar os níveis de eficiência operacional e qualificar colaboradores através de treinamentos em aplicação e manutenção de máquinas e equipamentos. "As pessoas não compram produtos, compram soluções


TECNOLOGIA

para seus problemas", declarou Felipe Verdés Martí, proprietário da empresa. O CDT conta com local para ensaios laboratoriais – com equipamentos em escala de laboratório – e planta piloto, local com equipamentos em escala industrial. “A planta piloto tem como objetivo principal analisar todo o comportamento de determinados materiais, em etapas do processamento dos materiais. É por meio da planta piloto, por exemplo, que o cliente pode ver (in loco) a produção que determinado equipamento dá, de acordo com o seu material em específico. Ou seja, o cliente não fica no “blá-blá-blá” dos catálogos e, sim, consegue ver (com seus próprios olhos) a atuação dos equipamentos”, relatou a analista de marketing da Verdés, Carolina Ises Camargo. A construção do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Felipe Verdés começou em dezembro de 2011. “Através de muitas pesquisas (nos mais conceituados centros de desenvolvimento de tecnologia no mundo) reunimos engenheiros e projetistas e traduzimos para as necessidades de nossos par-

ceiros tudo aquilo que pode contribuir com o aperfeiçoamento, lançamento ou mesmo aprimoramento dos materiais oferecidos por eles ao mercado consumidor”, completou Carolina.

Cidadania - Senhor Felipe Verdés Durante o evento de inauguração do Centro de Desenvolvimento Tecnológico Felipe Verdés, o fundador da Verdés, S.A – Máquinas e Instalações, Felipe Verdés Martí, recebeu das mãos do prefeito eleito da cidade de Itu (SP) o título de Cidadão Honorário de Itu. Natural de Igualada, província de Barcelona, Espanha, Felipe Verdés iniciou sua vida profissional aos 20 anos atuando nas empresas da família, Fundiciones de Òdena e Talleres Felipe Verdés, empresa esta com sede na Espanha. Com o intuito de prospectar o mercado brasileiro de cerâmica, o empresário chegou ao Brasil em 1973. De espírito empreendedor, vislumbrando o futuro de Itu, acreditou na cidade, construiu, sofreu crises, investiu, gerou empregos, impostos e continua acreditando e investindo no mercado brasileiro. Apaixonado pelo Brasil, Felipe Verdés Martí possui há 37 anos residência própria em Itu,

no bairro Jardim Novo Itu. A qualidade de vida e a receptividade do povo ituano são, sem dúvida, a maior satisfação do empresário que, aos 83 anos, se orgulha em deixar seu legado e passar o bastão aos filhos e netos, embasado em uma herança de tecnologia, inovação, perseverança, cidadania e brasilidade. NC NovaCer • Ano 3 • Fevereiro • Edição 34

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Unidade é o caminho NovaCer - Esta é a segunda vez que o senhor assume a presidência da Anicer. Quando foi a primeira vez e o que será diferente neste mandato? Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves - Fui eleito pela primeira vez no Encontro Nacional de 2000, realizado na cidade de Natal (RN). Tomei posse em março de 2001 e presidi a associação até 2007. Nesses 12 anos que se passaram, a Anicer contribuiu e esteve presente na grande evolução pela qual passa a cerâmica vermelha brasileira. A diferença está no tamanho e na representatividade da nossa associação. Crescemos muito, estamos fortes, resultado de um trabalho contínuo de muita competência e comprometimento. Muda a figura do presidente, mas o trabalho da Anicer continua sempre focado no desenvolvimento e no crescimento da cerâmica vermelha brasileira. Foto: Anicer

A partir de abril, a Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) passará para o comando do presidente Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves. O atual diretor de Relações Institucionais da associação foi eleito em 7 de novembro de 2012. Gonçalves será presidente da Anicer por três anos. Natural de Barra do Piraí, município da região sulfluminense, Gonçalves é engenheiro mecânico e sócio-gerente da Olaria São Sebastião. Ceramista há 35 anos, Gonçalves integra as diretorias do Sistema Firjan e do Sindicer Médio Vale Paraíba/RJ. Nesta entrevista, Gonçalves fala da importância da união entre ceramistas e dos planos para a associação

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NC - Desde quando é associado à Anicer? Quais funções o senhor já ocupou na associação? CVOG - Minha fábrica é associada desde 1993, sem jamais ter interrompido sua contribuição para a associação. No primeiro mandato de Nelson Ely Filho, em 1996, fiz parte da diretoria. Em seu segundo mandato, iniciado em 1999, Nelson me convidou para ser seu vice. E assim o fui até 2001, quando assumi a presidência da casa. NC - A Anicer tem cerca de 400 associados. Como pretende ampliar esse número? CVOG - A Anicer faz trabalho diário e constante, no sentido de sensibilizar as empresas do setor a se associarem, mostrando que a unidade é o caminho ideal para sermos fortes e representativos. NC - Qual o maior benefício em se associar a uma instituição como a Anicer? CVOG - Hoje a Anicer tem reconhecimento nacional e internacional por seu trabalho em defesa, interlocução e valorização da cerâmica vermelha brasileira. Esta é a função da associação, representar e dar voz ao setor. O empresário que se associa à Anicer,


NC - Qual foi (ainda está sendo até março) seu papel como diretor de Relações Institucionais da Anicer? CVOG - Ao longo desse mandato, sempre procurei ajudar o presidente Luis Lima no que se fizesse necessário. Participei de alguns Comitês e Comissões da ABNT, o que culminou com a minha nomeação para a coordenação da CEE-179, Comissão de Estudo Especial de Cerâmica Vermelha. Atualmente, sou o representante da Anicer na Comissão Especial de Mineração da CNI, CEM-CNI. NC - Como entrou no mercado de cerâmica vermelha? CVOG - Meus pais, quando se casaram, foram morar em uma pequena casa contígua à escola que minha mãe lecionava, localizada em frente à olaria que meu pai e meu avô trabalhavam. Esta fábrica, que existe desde 1938, hoje pertence a meu grande amigo e conselheiro Henrique Nora, que agora a passa ao comando dos filhos, que estão mostrando grande apetite em conduzir o negócio. Fui concebido nesta casa. Acho que estava predestinado a ser ceramista. Estudei Engenharia Mecânica na Universidade Federal Fluminense. Formei-me em 1975, e em janeiro de 76 já estava empregado na CSN, onde fiquei até janeiro de 77 quando meu pai faleceu, vítima de um aneurisma cerebral. Como era o filho mais velho, fui tomar conta da olaria da família, a São Sebastião, e a cada dia de trabalho, mais eu me apaixonava por aquele universo, o que acontece ainda hoje. A fábrica é tocada por mim em sociedade com mais quatro irmãos. Nela, produzimos tijolos de vedação, estruturais e tijolos para lajes (tavelas). NC - Em todos esses anos no mercado de cerâmica vermelha, o que mais o motiva? CVOG - Os novos desafios, a busca pelo melhor produto e pela superação, a satisfação pelas novas conquistas e a sensação de que em nosso negócio, nunca existe um dia igual ao outro. NC - Há algo que o desmotiva? CVOG - Quem comanda uma empresa nunca deve se desmotivar, sob pena de inviabilizar seu negócio. As dificuldades e desafios apa-

recem sempre e estão aí para serem superados. O mesmo acontece quando se está no comando de uma associação. Sempre haverá desafios, e essa é a engrenagem que move o mundo. NC - Quais as principais ações pretende desenvolver a partir da sua posse como presidente da Anicer? CVOG - A Anicer tem vários projetos em andamento, tais como o “Anicer Na Sua Empresa”, “Conheça o seu Produto”, que recebeu um aditivo do Sebrae para mais um ano, os PSQ's tanto de blocos quanto de telhas. Continuaremos a tocá-los sempre com foco na melhoria dos produtos da Cerâmica Vermelha. Em breve teremos novidades, mas isto será divulgado mais pra frente, quando oportuno. Continuaremos também agindo fortemente junto às nossas entidades maiores tais como Federações de Indústrias, Sesi, Senai, CNI, Sebrae, ABNT, setores governamentais, especialmente junto ao Inmetro, PBQP-H e Ministérios, sempre com o objetivo de ajudar, destacar e dar visão positiva ao setor.

ENTREVISTA

contribui para o crescimento de sua própria empresa.

NC - Pretende enfatizar a divulgação da Avaliação do Ciclo de Vida do Produto Cerâmico? De que forma? CVOG - Sem dúvida, já existem várias peças e ações de marketing previstas e em andamento. NC - O que acredita que será seu maior desafio como presidente da Anicer? CVOG - Fazer o setor continuar evoluindo, na melhoria da qualidade dos produtos por nós fabricados, na melhoria do ambiente de trabalho de nossas fábricas e no fortalecimento da nossa imagem. É importante trabalhar junto aos consumidores, destacando que tijolos e telhas cerâmicas produzem habitações muito superiores em questões como sustentabilidade, durabilidade e qualidade de vida para moradores. NC - Como avalia a forma como os ceramistas brasileiros encaram a concorrência dos produtos cerâmicos com produtos alternativos não cerâmicos? CVOG - Com os nossos programas habitacionais, a demanda por materiais de alvenaria e coberturas vem crescendo consideravelmen-

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ENTREVISTA

te. Não existe, até hoje, nada que supere os tijolos e telhas para uso na construção habitacional. Mas é fundamental que os produtos sigam as normas técnicas e, por vezes, as superem. Muitos ceramistas ainda acham que diminuir medidas dos produtos é algo que lhes traz vantagens. Grande engano. Ao contrário, atitudes como esta têm manchado a boa reputação dos produtos e aberto espaço para os ditos alternativos. NC - Quais as novidades do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha que em 2013 será realizado em Recife? CVOG - Os trabalhos para a realização do Encontro Nacional já se iniciaram há muito. Importantes assuntos como pavilhão para realização da feira, hospedagem e outras tantas coisas necessárias já estão acertados e contratados. As novidades serão mostradas lá durante o encontro. A programação, como sempre, tratará de assuntos do maior interesse para o setor, mas a grande novidade fica por conta da cidade do Recife, bela metrópole nordestina que, tenho certeza, nos receberá de braços abertos. NC - Quais os planos para a Fundação Nacional de Cerâmica (Fundacer) em 2013? CVOG - O principal papel da Fundacer é contribuir permanentemente para a promoção do produto cerâmico, assim como para o seu desenvolvimento e do setor, por meio de pesquisas e serviços nas áreas ambiental, tecnológica e técnica. Para 2013, vamos continuar divulgando a Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos Cerâmicos como forma de conscientizar o mercado consumidor acerca das qualidades dos nossos produtos. Mas o grande foco será, como já vem sendo, a busca por novas parcerias com universidades e entidades financiadoras para investir no desenvolvimento de projetos de qualificação do setor. NC - Sabemos que o marketing é uma ferramenta importante no mundo dos negócios, principalmente no caso da cerâmica vermelha, que sofre concorrência com produtos não cerâmicos. Porém, ainda se percebe timidez na indústria de cerâmica vermelha brasileira quando o assunto é este. Pretende desenvolver alguma ação no sentido de estimular as cerâ-

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micas a investir em marketing? CVOG - Sim, algumas ações já estão sendo desenvolvidas por nossa diretoria de marketing e em breve surtirão um grande efeito no mercado. NC - É comum vermos em estádios, portos e aeroportos construídos ou reformados para a Copa de 2014 no Brasil a ausência de cerâmica vermelha. Pensa em desenvolver algum trabalho no sentido de mudar isso? CVOG - O percentual de alvenaria desses projetos não é expressivo. Nosso foco principal é a habitação, e nela estamos presentes em mais de 90% das alvenarias do país. NC - O que impede os ceramistas de ter seus produtos em mais obras públicas, por exemplo? CVOG - Para empresas pequenas, que são a nossa maioria, vender para governos nem sempre é fácil, visto que com frequência atrasam pagamentos. Entendo ser esse o maior dificultador. NC - De que forma os ceramistas devem aproveitar esse momento que antecede a Copa para divulgar e vender seus produtos? CVOG - Alguns creem que a Copa fará uma grande revolução no país, mas eu digo que não fará. Somente 12 de nossas 27 capitais receberão jogos. As outras continuarão com suas vidas normais. Volto a dizer que nosso foco principal é a habitação. Esse sim é o grande programa que devemos cuidar e estimular. NC - Como o senhor avalia a criação da associação dos fabricantes de equipamentos cerâmicos sendo que a primeira reivindicação dos empresários é a negociação da Expoanicer? CVOG - O anseio de criar uma associação de fabricantes de equipamentos para cerâmica é legítimo. Entretanto, é importante saber qual é o seu objetivo. Se for para a melhoria de ambos os setores, tanto o de cerâmica vermelha como o de fabricantes de equipamentos, será um grande avanço. No entanto, é sempre bom lembrar que não haverá indústrias de equipamentos para cerâmica sem mercado para tijolos e telhas cerâmicas. Assim eu entendo. Devemos estar unidos na defesa e na promoção dos materiais


NC - Como avalia a indústria de cerâmica vermelha brasileira? CVOG - Nossa indústria passa hoje por sua maior transformação e enfrenta a necessidade de melhoria da qualidade e de atendimento às regras legais que estão cada vez mais exigentes. Em grande parte do país, enfrentamos o problema da escassez de mão de obra qualificada, dificultando as transformações necessárias. A Anicer está atenta a essas transformações, buscando sempre o melhor para ajudar o setor. Os fabricantes de equipamentos têm um papel importante nessa transformação, principalmente no fornecimento de equipamentos com qualidade e eficiência. A cerâmica vermelha brasileira é formada principalmente por pequenas empresas que sempre têm dificuldades na obtenção de créditos. Muitas cerâmicas estão distantes de seus fornecedores, o que aumenta a responsabilidade dos fornecedores com a qualidade, e agora ainda mais com a nova NR-12, que exigirá esforço concentrado de todos para as adequações necessárias. Os fabricantes têm a obrigação legal de somente vender máquinas e equipamentos em conformidade com os requisitos da norma. Os ceramistas deverão ter o cuidado de exigir o cumprimento da norma pelo seu fornecedor. NC - O que os ceramistas brasileiros devem seguir como exemplo dos ceramistas europeus? CVOG - A indústria cerâmica europeia sempre foi um bom exemplo para a brasileira. A diferença está no porte, nosso mercado é menor, o que é um ponto positivo num mercado com

frequentes oscilações. Empresas menores tendem a absorver melhor estas oscilações. NC - Há ainda no mercado muitas empresas com métodos produtivos antigos. Acredita-se que estas empresas não sobreviverão ao mercado. Em sua opinião, permanecerão no Brasil daqui pra frente cerâmicas com produção de quantas peças por mês e de que nível? CVOG - As fábricas deverão se modernizar por motivos já ditos anteriormente. Na minha avaliação, a produção de 2 a 4 mil toneladas ou 2 a 4 milhões de peças por mês é a ideal para a permanência da empresa no mercado de maneira competitiva.

ENTREVISTA

de cerâmica vermelha. Quanto à “Expoanicer”, esta se trata de uma marca da Anicer. Não é negociável. A Expoanicer tornou-se a segunda maior feira de máquinas e equipamentos para a indústria de cerâmica vermelha do mundo. Não foi fácil essa conquista, exigiu trabalho e esforço de muitos. É um patrimônio conquistado pelo setor, que hoje é a maior vitrine para exposição e realização de negócios no hemisfério sul do planeta. É o ponto de encontro anual de quase 3 mil pessoas ligadas à cerâmica vermelha, sendo que a cada ano cerca de 40% dos visitantes estão lá pela primeira vez. Daí a grande importância para ceramistas e expositores: a itinerância da Expoanicer.

NC - Quais produtos de cerâmica vermelha, que ainda não são produzidos no Brasil, sugeriria para um ceramista brasileiro fabricar que teriam mercado no país? CVOG - Os produtos aqui fabricados atendem bem ao nosso mercado. O que precisamos é de mais qualidade e um maior atendimento às normas técnicas. A exigência do atendimento à norma de desempenho pelas construtoras a partir já do próximo mês de maio de 2013 trará, imagino, grandes oportunidades para a alvenaria e coberturas cerâmicas. NC - O que gostaria de dizer para o ceramista Luis Lima, quem o senhor vai suceder? CVOG - As palavras são de agradecimento sempre. O envolvimento e a dedicação do Luis Lima com o setor é digna dos maiores elogios. A cerâmica vermelha brasileira tem muito a agradecer ao grande amigo. NC - Expectativa para o setor em 2013? CVOG - As expectativas são boas. Os programas habitacionais devem novamente deslanchar pela quantidade de novos projetos assinados este ano que se iniciarão a partir de janeiro.. NC - O que o senhor espera concluir, de projetos e atividades para o setor, até o fim do mandato? Qual a sua meta? CVOG - A meta é terminar o mandato com o setor melhor, com empresas melhores e um mercado estável e mais lucrativo. A meta é termos, cada vez mais, clientes satisfeitos com nossas telhas, tijolos, blocos e tubos. Este é o objetivo a ser alcançado através de nosso constante trabalho, com novos projetos e atividades. NC

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ARQUITETURA CERÂMICA Casa fica vinculada a uma telha comum

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Para quem aprecia a presença de pássaros ao redor de casa, o designer holandês Klaas Kuiken criou uma estrutura para abrigar aves nativas que fica vinculada a uma telha comum. Com a ideia de preservar casas para estes animais, o projeto Birdhouse Rooftile (Telha Casa de Pássaro) usa a matéria-prima padrão das telhas e foi feito para os telhados das residências. A ideia surgiu depois de observar que pássaros costumam construir seus ninhos nos telhados das casas. Acessadas por uma pequena abertura, as casinhas oferecem boa ventilação e proteção contra animais domésticos, como os gatos. “Há algum tempo, eu estava lendo o jornal e li que os pardais (pássaro mais comum na Holanda) estavam na lista vermelha, pois estavam morrendo. Isso me fez pensar em uma solução. Depois de pesquisa, descobri que o nosso pardal tem dificuldade para encontrar um local para fazer ninhos, porque seu lugar de sempre, sob as telhas, não existe mais, por causa dos novos regulamentos de construção”, relatou o

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Kuiken. O casebre é constituído de uma chapa de madeira moldada com uma tela que protege o contato direto dos pássaros com o telhado, impedindo ainda que filhotes caiam em ocasiões de fortes tempestades. O material também resiste a alterações bruscas de temperatura. O projeto Birdhouse Rooftile ainda assegura que a ave não pode alcançar todo o telhado, e faz com que seja possível limpar o ninho após o período de reprodução. O projeto do holandês começou a ser vendido há cerca de um mês. Aproximadamente 25 casas já utilizam Birdhouse Rooftile. O valor da casa custa 89 euros (R$ 245,23), mais adicional para o transporte para o Brasil de 35 euros (R$ 95,66). Com esta solução curiosa, Kuiken cria um novo lugar para as aves da cidade fazerem seus ninhos, a nidificaçao, além de ser uma calorosa recepção para os pássaros, deixa a casa a motra. Em consulta ao Vogelbescherming (Associação holandesa de pássaros), o projeto é refinado, de modo que não é apenas uma imagem bonita, mas também um local de nidificação responsável. Os pássaros encontram seu lugar em uma estrutura especialmente projetada. Quem precisa realizar reparos em seu telhado e gosta de pássaros, Birdhouse Rooftile é uma opção. Os refúgios são produzidos pela empresa Dijkstra Keliwaren, da cidade de Sneek, na Holanda. Para quem aderir à ideia, uma das dicas importantes é colocar o Rooftile Birdhouse fora do alcance do sol. “Você tem que ter cuidado com a colocação da casa, que tem que estar fora do alcance do sol para não aquecer demais. As aves sabem exatamente o que é um bom lugar para fazer o ninho, se elas acham que vai aquecer, vão procurar um lugar melhor. Então, se você colocar a casa de pássaros em pleno sol, os pássaros não vão entrar”, esclareceu o design holandês. Para conhecer o projeto das telhas modificadas, acesse o site oficial do designer (klaaskuiken.nl/birdhouse.html). NC

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Sindicer/PR promove campanha solidária Um sentimento de dever cumprido. Este foi o significado da primeira campanha solidária promovida pelo Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas para Construção no Estado do Paraná (Sindicer/PR). Mais de 230 moradores com deficiências físicas e mentais da instituição paranaense Pequeno Cotolengo, de Curitiba, foram beneficiadas com a campanha, que arrecadou 394 litros de leite. Com o intuito de realizar algo diferente para os associados, o Sindicer/PR solicitou aos empresários que trouxessem um litro de leite para o jantar de confraternização, que ocorreu em dezembro. “Como todos os anos o jantar de confraternização reúne as famílias dos empresários e todos estão com os sentimentos de solidariedade aflorados devido ao Natal, pensamos então em aproveitar este momento tão especial fazendo uma boa ação a quem mais precisa”, disse Rosane. Segundo ela, o resultado foi melhor que o esperado. A executiva do sindicato contou que os empresários trouxeram além do que foi pedido. A maioria, ao invés de um litro, doou uma cai-

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xa com 12 litros. “Essa foi a primeira vez que o sindicato fez uma campanha assim. Pedimos a doação de um litro de leite por pessoa que participasse do jantar, mas nem sabíamos se ia dar certo. Fomos realmente surpreendidos pela generosidade de nossos sócios. No jantar, avisei aos sócios que o Pequeno Cotolengo, todo primeiro domingo do mês realiza o churrasco solidário, onde a renda arrecadada é direcionada integralmente para a instituição. Caso os associados quiserem continuar colaborando doando não só leite, mas também outros alimentos ou roupas, e não puderem participar do almoço, podem deixar na sede do sindicato que faremos a entrega no dia do churrasco”, relatou. A entrega dos leites arrecadados foi feita no dia 14 de dezembro. Com o bom resultado da campanha, outras ações como estas serão realizadas pelo Sindicer/PR. “Temos a intenção de repeti-la, com certeza, só não sabemos ainda se será destinada novamente à mesma instituição”, disse Rosane. NC


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Curso Técnico em Cerâmica será oferecido em SC Curso será gratuito para alunos que estudam ou completaram o Ensino Médio em escola pública

O Senai de Criciúma (SC) oferecerá neste ano curso Técnico em Cerâmica. A capacitação é gratuita para quem está cursando o segundo ou terceiro ano do Ensino Médio, ou já concluiu em escola pública. As pesso-

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as que completaram o Ensino Médio em escola particular e receberam bolsa de estudos integral durante todo curso, também podem concorrer a uma vaga, desde que comprovado o auxílio. As aulas começam no dia 25 de fevereiro. O curso acontecerá de segunda à sexta-feira, das 19 às 22 horas. São ofertadas 40 vagas. De acordo com a coordenadora do curso em Criciúma, Jucilene Feltrin, um dos objetivos da capacitação é fornecer ao aluno condições para o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais, necessárias ao desenvolvimento de atividades ou funções típicas, segundo os padrões de qualidade e produtividade requeridos pela natureza do trabalho do técnico em cerâmica. A intenção também é fornecer aos estudantes o conhecimento teórico e prático


e tecnológica. Neste ano, o Governo ampliou o número de capacitações oferecidas pelo programa, incluindo outros cursos técnicos do Senai, como Informática, Segurança no Trabalho e Modelagem Industrial. As vagas por meio do Pronatec serão sorteadas, conforme orientação do Governo Federal. Para concorrer a uma vaga, o candidato deverá levar até a Unidade do Senai Criciúma comprovante de matrícula (segundo ou terceiro ano) ou certificado de conclusão do Ensino Médio, ou de estudos equivalentes; RG e CPF do aluno e do responsável legal (caso seja de menor idade); comprovante de residência; uma foto 3x4 colorida e recente. Para os interessados que não atendem ao perfil do Pronatec, o processo seletivo dos cursos técnicos para 2013 é por ordem de chegada. O candidato deverá procurar o Senai Criciúma para efetivar diretamente sua pré-matrícula no curso escolhido. O valor da mensalidade é de R$ 224,36.

D E S E N VO LV I M E N T O

das diversas atividades da área de cerâmica, permitindo que o futuro profissional descubra o verdadeiro potencial e inicie um processo para o desenvolvimento técnico, econômico e social nas empresas. O curso tem duração de dois anos (quatro semestres) e é formado por dois módulos: Laboratorista de ensaios cerâmicos e Assistente de desenvolvimento e fabricação de produtos. De acordo com Jucilene, o curso é voltado para aqueles que desejam aprender uma profissão, entrar no mercado de trabalho ou buscar uma melhor colocação na empresa em que trabalha. Para o setor, o curso abordará o processamento da cerâmica vermelha nos controles de qualidade necessários para garantir adequação dos produtos às normas vigentes, desenvolvimento de massas e produtos diferenciados. “O ceramista deste setor irá desenvolver-se tecnicamente melhorando a qualidade, o processo e, consequentemente, melhorando o desempenho econômico do seu parque fabril. Em alguns casos, percebemos que este segmento carece destes profissionais”, disse Jucilene. Após a conclusão do curso, o profissional estará apto para atuar diretamente nos processos do setor ceramista, executando ensaios físicos, químicos, reológicos, térmicos e produto acabado. Além disso, garantem a calibração dos equipamentos e realizam amostragem de materiais; trabalham segundo normas de segurança, saúde e meio ambiente; controlam a qualidade do processo e do produto propondo melhorias; participam do sistema da qualidade da empresa; colaboram no desenvolvimento de metodologias de análises; controlam matérias-primas e processos produtivos da fabricação de materiais cerâmicos; atuam no desenvolvimento de novos produtos; administram custos e orçamentos, controlam estoques de produtos acabados e gerenciam equipes de trabalho. Conforme a coordenadora pedagógica, Fabiana Paez Martinello, o Senai está oferecendo o curso gratuitamente pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado pelo Governo Federal em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional

Conteúdo programático • Comunicação Oral e Escrita; • Ensaios de Caracterização de Matérias-primas I; • Física Aplicada; • Matemática Aplicada; • Matérias-primas; • Química Aplicada; • Ensaios de Caracterização de Matérias-primas II; • Ensaios de Caracterização de Produto Acabado; • Gestão de Pessoas; • Introdução à Informática • Processos de Fabricação Cerâmica I; • Defeitos Cerâmicos; • Degradação Ambiental e Rejeitos Cerâmicos; • Gestão de Processos Cerâmicos; • Higiene e Segurança do Trabalho; • Metodologia para elaboração de projetos; • Processos de Fabricação Cerâmica II; • Técnicas de Manutenção; • Desenho Gráfico Cerâmico; • Desenvolvimento de Esmaltes e Tintas Cerâmicas; • Desenvolvimento de Massas Cerâmicas; • Desenvolvimento de Produtos Especiais e Estágio. NC

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MEIO AMBIENTE

Grupo Tavares comercializa créditos de carbono

Das 21 unidades do grupo, cinco vendem créditos de carbono

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Com 21 unidades fabricantes de produtos cerâmicos no estado do Ceará, o Grupo Tavares efetivou no mês de dezembro do ano passado mais uma comercialização de créditos de carbono no mercado internacional. A negociação é resultado dos projetos de queima de biomassa renovável nos fornos cerâmicos de cinco unidades do grupo. A venda somou 19,8 mil VER’S (Redução de Emissões Voluntárias) nas unidades participantes do projeto. De acordo com o diretor de marketing do Grupo Tavares, Marcelo Tavares, o uso da biomassa renovável na queima de produtos cerâmicos, além de evitar o desmatamento da Caatinga, um dos biomas brasileiros mais degradados, reutiliza resíduos renováveis descartados por indústrias, evitando a emissão de gases poluentes causadores do efeito estufa. “As cerâmicas atuam como limpadoras do meio ambiente reduzindo consideravelmente dois dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa (GEE), o gás carbônico e o gás metano. O consumo desses resíduos evita a emissão de gás metano, proveniente da decomposição e compostagem destas biomassas em aterros sanitários ou no pátio das agroindústrias. O gás metano (CH4) é 21 vezes mais poluente que o CO2”, explica Tavares. No Grupo Tavares, as biomassas mais uti-

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lizadas são lenha de manejo florestal, poda de cajueiro, casca da castanha de caju, casca da mamona, borra da mamona, resíduos de oiticica, resíduos de coco, resíduos de serraria, bagaço de cana-de-açúcar, capim elefante, podas de árvores urbanas e resíduos da construção civil. A utilização de biomassa na queima cerâmica possibilita iniciativas direcionadas à conservação e ao uso racional de matérias-primas como a economia de lenha nativa, programas de gerenciamento de resíduos sólidos, reutilização de biomassa, melhoria da qualidade do ar, redução de gases do efeito estufa (GEE), desenvolvimento de tecnologias de processo e a utilização de combustíveis alternativos. O projeto é co–desenvolvido pela empresa Sustainable Carbon. As VER’S do Grupo Tavares disponibilizadas para venda foram comercializadas a 6,50 euros e o montante recebido foi dividido entre o Grupo Tavares e a Sustainable Carbon. “Este projeto é uma medida voluntária desenvolvida pelo Grupo Tavares, objetivando reduzir seu impacto ambiental. O projeto não é obrigatório por nenhuma lei ou regulamentação efetiva e não está incluído em nenhum esquema de incentivos. Porém, possui uma série de exigências contratuais para sua validação”, disse Tavares. O grupo cearense iniciou no mercado de créditos de carbono em 2010.

Créditos de carbono - são certificados gerados por projetos que objetivam reduzir ou absorver emissões de gases do efeito estufa. Empresas ou governos de países desenvolvidos que precisam alcançar metas de redução de emissões compram créditos de carbono de diversos países. VER - Unidade igual a uma tonelada de CO2 equivalente, negociada no mercado voluntário de carbono. NC Fonte: Instituto Carbono Brasil


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ARTIGO TÉCNICO

Determinação rápida da plasticidade de argilas: comparação entre os métodos Casagrande e Pfefferkorn Trabalho apresentado no 56º Congresso Brasileiro de Cerâmica, 1º Congresso LatinoAmericano de Cerâmica e 9º Brazilian Symposium on Glass and Related Materials, realizado de 3 a 6 de junho de 2012, em Curitiba, no Paraná

Resumo

A plasticidade é a propriedade que as argilas apresentam quando misturadas com água, permitindo alterações da sua conformação. Esta propriedade é de muita importância na indústria cerâmica estrutural, que utiliza métodos de conformação em estado plástico como a extrusão, já que o controle desta possibilita diminuir problemas de laminação, trincas e quebras durante o processamento, além de evitar o desgaste excessivo por abrasão das boquilhas de extrusão e/ou sobrecarga de tensão nas paredes do canhão da extrusora, responsáveis pelo aumento no consumo de energia elétrica no processo. Vários métodos são utilizados para a determinação da plasticidade de argilas, sendo o mais comum o Método de Casagrande, o Método de Moore (Indentação) e o Método de Pfefferkorn. Neste trabalho, foi realizado um estudo comparativo dos métodos para determinação da plasticidade de cinco argilas do estado do Maranhão e uma do estado de São Paulo, usando os métodos que utilizam equipamentos simples (Método de Casagrande e Método de Pfefferkorn), de fácil operação e baixo custo que podem ser adquiridos e operados pelos ceramistas em unidades de produção por todo o Brasil. Os resultados

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A. S. do Nascimento; A. J. T. Lisboa; Sousa, D. G. de Sousa; G. S. Correia; J. M. Rivas Mercury Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) Campus do Monte Castelo, São Luis (MA)

mostraram que ambos os métodos são de simples execução, porém o Método de Casagrande apresenta a desvantagem de necessitar um tempo maior para obtenção dos resultados que o Método de Pfefferkorn, sendo este último fácil de ser implantado em laboratórios de produção.

Introdução

As argilas são materiais naturais encontrados na natureza, constituídas principalmente por argilominerais, os quais possuem tamanho de grão característico menor que 2 µm. Além disso, as argilas também possuem certa plasticidade quando misturadas com água, a qual é observada devido à estrutura em camadas da maioria das argilas (Santos, 1989). Segundo Bauer (apud Morais, 2006) e Gomes (1988), a plasticidade das argilas é dependente de sua composição mineralógica, das dimensões e do formato das partículas, da carga elétrica, da presença de outros minerais, além dos argilominerais, por exemplo, quartzo e até mesmo de impurezas como matéria orgânica. Dessa forma, as argilas podem ser classificadas em muito plástica e pouco plástica. Segundo Morais (2006), a plasticidade das argilas é difícil de ser ajustada. Esta propriedade é de muita importância na indústria cerâmica estrutural, que utiliza métodos de conformação em estado plástico como a extrusão, já que o controle desta possibilita diminuir problemas de laminação, trincas e quebras durante o processamento, além de evitar o desgaste excessivo por abrasão das boquilhas de extrusão e/ou sobrecarga de tensão nas paredes do canhão da extrusora, responsáveis pelo aumento no consumo de energia elétrica no processo. Por isso, vários métodos foram desenvolvi-


Materiais e métodos Material

Para o estudo pelos métodos Casagrande e Pfefferkorn utilizaram-se quatro argilas do município de Itapecuru (MA) e uma do município de Alagoinha (SP). Estas argilas foram identificadas por siglas conforme mostra a Tabela 1. Para a determinação do conteúdo de umidade, do limite de liquidez e do teor de umidade foram utilizados os seguintes materiais: estufa com circulação e renovação forçada de ar (MA 037, Marconi); balança de precisão, (Shimadzu); aparelho Casagrande elétrico (Solotest) com gabarito (Bastão) e vidro fosco; plasticímetro e molde de Pfefferkorn (F. própria); agitador de pe-

neiras (Betel); cápsulas/cadinho de alumínio e água destilada. Tabela 1. Siglas das argilas Argila

Código

Alagoinha – SP

BEGE

Itapecuru – MA 06

OL.IT.06

Itapecuru – MA 08

OL.IT.08

Itapecuru – MA 01 T

OL.IT.01 T

Itapecuru – MA 01 B

OL.IT.01 B

Metodologia utilizada

ARTIGO TÉCNICO

dos para determinar a plasticidade das argilas, tais como Casagrande (Souza et al. 2000), Rieke, Barna, Moore, (Gomes, 1988), Indentação, Pfefferkorn (Modesto e Bernardin, 2008) e outros. O Casagrande determina a plasticidade de uma argila por meio dos índices de Atterberg: limite de plasticidade (LP), limite de liquidez (LL) e pelo índice de plasticidade (IP). O ensaio de limite de plasticidade tem por objetivo, segundo a norma NBR7180, determinar o teor de umidade no qual o solo começa a se fraturar quando se tenta moldar com ele em um cilindro de três milímetros de diâmetro e aproximadamente da largura da mão. O ensaio de limite de liquidez determina a quantidade de umidade do solo, onde o mesmo muda do estado líquido para o estado plástico, ou seja, perde a sua capacidade de fluir. E, por fim, o índice de plasticidade é determinado pela diferença entre o LL e o LP. O ensaio de Pfefferkorn avalia a plasticidade através da medida de deformação observada num cilindro com diferentes quantidades de água. Dessa forma, para determinação da plasticidade de argilas do estado do Maranhão (OL.IT.01T, OL.IT.1B, OL.IT.06, e OL.IT.08) e do estado de São Paulo (Bege) usaram-se os métodos Casagrande e Pfefferkorn a fim de verificar a quantidade ideal de água segundo cada método e comparar as vantagens e desvantagens desses métodos.

Para determinação da plasticidade pelo método de Casagrande, foram determinados os limites de Atterberg e o índice de plasticidade seguindo as normas NBR-6459 (Limite de Liquidez) e NBR-7180 (Limite de Plasticidade) da ABNT. Já para determinar a plasticidade pelo método de Pfefferkorn foram utilizadas as recomendações de Amorós colaboradores (Amorós et al., 1998).

Resultados e discussões Medida da plasticidade pelo Método de Casagrande A figura 1 (a-e) mostra o limite de liquidez Figura 1. Limite de liquidez das amostras estudadas

BEGE LL = 37,50 % a)

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ARTIGO TÉCNICO

OL.IT.1B LL = 46,00 %

b)

(LL) determinado nas amostras em estudo conforme a norma NBR-6459. A figura 1 mostra uma boa correlação dos valores experimentais obtidos com valores de limites de liquidez variando entre 37-51%.

Limite de plasticidade

OL.IT.06

Os valores da determinação do limite de plástico (LP) das amostras (BEGE, OL.IT.01T, OL.IT.1B, OL.IT.06, e OL.IT.08) estudadas estão na tabela 2, na qual se relacionam o limite de liquidez, o limite plástico e se calcula o índice de plasticidade (IP (%) = LL(%) – LP(%)) de todas as amostras.

LL = 41,50 %

Tabela 2. Limites de Atterberg das argilas

c)

Amostras

(LP %)

(LL %)

(IP%)

BEGE

34,25

37,50

3,25

OL.IT.01T

33,90

51,00

17,10

OL.IT.1B

25,88

46,00

20,12

OL.IT.01T

OL.IT.06

36,92

41,50

4,58

LL = 51,00 %

OL.IT.08

30,52

42,00

11,48

d)

OL.IT.08 LL = 42,00 %

Em mecânica dos solos (Ortigão, 2007), os solos podem ser classificados como fracamente plásticos (1%<IP<7%), mediamente plásticos (7%<IP<15%) e em altamente plásticos (IP >15%). Dessa forma, as amostras Bege e OL.IT06 são classificadas como sendo fracamente plásticas, a OL.IT.08 em mediamente plásticas e as OL.IT.1B e OL.IT.01T em altamente plásticas, de acordo com o método Casagrande (Tabela 1).

e)

Plasticidade de Pfefferknorn O resultado do ensaio de plasticidade, segundo Pfefferkorn, para as argilas em estudo é mostrado na figura 2.

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Figura 2. Plasticidade de Pfefferknorn das amostras estudadas

a)

b)

c)

d)

e)

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Segundo Gomes (1988) e J. Ribeiro et al (2003), o índice ideal de plasticidade de Pfefferkorn é determinado para uma deformação de em média 3,3. Para uma deformação inferior a 2,5 a argila é difícil de ser conformada devido à baixa quantidade de água. Se a deformação for superior a 4,0 a massa está muito pastosa. Pode-se observar na Figura 2, que os valores do IP obtido pelo Método de Pfefferkorn variam entre 22-28%, os quais divergem quando comparados com os resultados de plasticidade de argilas obtidos pelo método de Casagrande. Porém, os valores obtidos por Pfefferkorn apresentam uma melhor reprodutibilidade devido ao método estar menos sujeito a erros durante a realização do ensaio, o que possibilita sua aplicação em laboratório de produção.


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ARTIGO TÉCNICO 46

Conclusões Os valores apresentados pelo Método de Pfefferkorn apresentam uma boa reprodutibilidade em comparação com os dados de plasticidade obtidos pelo Método de Casa-

grande, o que possibilita a aplicação do método em laboratórios de produção para determinação rápida da plasticidade de massas cerâmicas.

Referências J.L. Amorós, E. Sánchez, J. García, et al. Manual para el control de la calidad de las materias primas arcillosas. Instituto de Tecnología Cerâmica, Castellón (España) 1998. Bauer, L. A. F. Materiais de construção. 5. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científico, 2000 apud Morais, Dirceu Medeiros de; Sposto, Rosa Maria. Propriedades tecnológicas e mineralógicas das argilas e suas influências na qualidade de blocos cerâmicos de vedação que abastecem o mercado do Distrito Federal. Cerâmica Industrial. 2006. Gomes, C. F. Argilas, o que são e para que servem. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988. G. Ribeiro, Clara; Correia, Márcia G.; Ferreira, Luís G.; Gonçalves, Ana Margarida; Ribeiro Manuel J.P.; Ferreira, António A. Labrincha. Estudo sobre a influência da matéria orgânica na plasticidade e no comportamento térmico de uma argila. Cerâmica Industrial. 2004. J. Ribeiro, M.; Ferreira, A. A. L.; Labrincha, João A. Aspectos fundamentais sobre a extrusão de massas de cerâmica vermelha. Cerâmica Industrial. 8 (1) Janeiro/Fevereiro, 2003. Lehman, L. Determinación de la plasticidad según Pfefferkorn. Ber. Dtsch. Keram. Ges. 22.(1941) 69. Modesto, Cláudio de Oliveira; Bernardin, Adriano Michael. Determination of clay plasticity: Indentation method versus Pfefferkorn method. Applied Clay Science. 2008. Morais, Dirceu Medeiros de; Sposto, Rosa Maria. Propriedades tecnológicas e mineralógicas das argilas e suas influências na qualidade de blocos cerâmicos de vedação que abastecem o mercado do Distrito Federal. Cerâmica Industrial. 2006. Santos, P. de S. Ciência e Tecnologia das Argilas. Ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1989. Souza, Cristiano Márcio Alves de; Rafull Vieira Leidy Zulys Leyva; Vieira, Luciano Baião. Determinação do limite de liquidez em dois tipos de solo utilizando-se diferentes metodologias. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. 2000. NC

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Mais de 235 mil pessoas visitaram a primeira feira do setor da construção de 2013, em Munique, na Alemanha. A Feira Líder Mundial para Arquitetura, Materiais e Sistemas – BAU foi realizada de 14 a 19 de janeiro e apresentou inovação e qualidade para o futuro da construção. Estiveram na feira cerca de 50 mil arquitetos e urbanistas. O evento, organizado pela empresa Messe Munchen Messegelände, atraiu ainda engenheiros civis, fabricantes de materiais para construção, empreiteiras e construtoras. Marcaram presença na 20ª edição do evento 2060 expositores de 41 países focados na sustentabilidade e tecnologia. Visitantes de fora da Alemanha somaram 60 mil. "As altas expectativas sobre a BAU têm sido cumpridas em sua totalidade. Com 50 mil arquitetos e urbanistas, este evento certamente tem feito justiça a sua pretensão de ser mostrar ao mundo como a mais importante exposição para arquitetos. Os expositores ficaram muito satisfeitos com o aumento da participação internacional entre os vi-

FEIRAS

BAU abre agenda de feiras sitantes da feira. Este crescimento se deve em grande parte a países como a Rússia e a China. A BAU marcou status como a principal feira de comércio internacional", destacou o diretor da Messe München, Reinhard Pfeiffer. Com periodicidade bienal, a próxima edição da BAU acontece de 19 a 24 de janeiro de 2015. NC Divulgação

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D E S E N VO LV I M E N T O Os sócios Jefferson, Geraldo e Moara, o consultor José Gadonski e a auditora Nadir Zapellini

Cerâmica de SP vence promoção da NovaCer A cerâmica Santa Maria, de Vargem Grande do Sul (SP), do empresário Libânio Coracini Filho, foi a vencedora da promoção Assinatura Premiada, promovida pela revista NovaCer em 2012. A empresa sorteou um iPhone 4S 16Gb no dia 10 de dezembro, às 15 horas, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma (SC), cidade sede da revista NovaCer. Concorreram ao smartphone 420 cerâmicas assinantes. Para participar, os leitores solicitaram o boleto bancário de assinatura anual da revista. Com a quitação do boleto, estava validada a participação na promoção. Participaram da promoção, lançada oficialmente no mês de setembro de 2012, os leitores assinantes da revista a partir do mesmo ano. Cada empresa recebeu um código baseado nos quatro principais números do boleto de pagamento da assinatura. O número sorteado foi 1287, alga-

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NovaCer • Ano 3 • Fevereiro • Edição 34

rismos do boleto bancário da cerâmica Santa Maria. O sorteio foi realizado manualmente por meio de um globo com bolas numeradas e foi acompanhado pelo consultor financeiro José Gadonski, como testemunha, a coordenadora do Procon de Criciúma, Nadir Zapellini, como auditora, os três sócios da NovaCer, Geraldo Salvador Júnior, Jefferson Salvador e Moara Espíndola, além de três colaboradores da revista. O resultado da promoção foi divulgado após o sorteio no site www.novacer.com.br e em anúncio publicado na edição 33 de janeiro de 2013. Surpreso com a notícia dada pelo diretor da revista NovaCer, Geraldo Salvador Junior, o ceramista comemorou a conquista do prêmio enviado via Sedex. “Sou assinante há bastante tempo. A iniciativa da revista foi muito boa, porque o iPhone hoje é o aparelho mais cobiçado que existe”.


fez uma analogia da tecnologia utilizada atualmente na telefonia móvel e da tecnologia que o setor de cerâmica vermelha precisa. ”O iPhone é o maior representante da inovação tecnológica desde que foi lançado. Depois dele a busca enfurecida do mercado por tecnologias aumentou absurdamente, e acredito que é esse o caminho que a indústria cerâmica deve trilhar, buscando intensamente os melhores resultados para o setor. O sorteio com o iPhone 4S foi somente o início das promoções. Muitas coisas boas virão”. NC

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O ceramista assinou a NovaCer antes de a promoção ser lançada. “Acho a revista muito boa. A melhor do setor cerâmico no Brasil. Acredito que ela ajuda o ceramista a tomar decisões muito importantes para seu futuro. Indico a revista para todos os interessados no setor cerâmico para poderem ficar atualizados sobre as novidades e tendências”, elogiou o vencedor que já usava um smartphone. O leitor citou uma das reportagens que mais o ajudou. “Achei muito interessante a matéria sobre reengenharia de fornos, inclusive estou construindo novos fornos e até entrei em contato com a empresa. Para mim valeu muito”. Para o diretor da NovaCer, “a promoção foi uma forma de incentivo e fomentação no mercado cerâmico para a disseminação da assinatura da revista que possui um conteúdo excelente e totalmente direcionado”. O resultado da promoção foi melhor do que o esperado. “Em apenas 60 dias de trabalho, mais de 400 cerâmicas se tornaram assinantes e novas parceiras da NovaCer”, destacou Junior. Para a escolha do item sorteado, o diretor

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