Revista Novacer Edição 58 Fevereiro 2015

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Entrevista com ex-presidente do Sicec, Sérgio Luiz Moretto

Ano 5

Fevereiro/2015

Edição 58

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Comprovado

Uso de materiais cerâmicos nas construções apresentam alta resistência, durabilidade e conforto térmico e acústico

Sindicer-RN firma parceria Indian Ceramics recebe Pesquisador estuda uso de resíduos para doação de telhas e tijolos mais de 5 mil visitantes para fabricar tijolos maciços


O forno pode ser construído nos tamanhos de: 18,0m x 3,0m x 2,8m / 18 ,0m x 4,0m x 2,8m / 20,0m x 3,0m x 2,8m 20 ,0m x 4,0m x 2,8m / 24,0m x 3,0m x 2,8m / 24 ,0m x 4,0m x 2,8m

Comparando o custo final com os demais fornos do mercado o forno vagão metálico fica em torno de 40% a 60% mais barato e construído aproximadamente 60 dias.

O sistema de isolamento térmico em fibra cerâmica nas paredes, aplicados em módulos de 2m de comprimento eliminando propagação e fuga de calor, proporcionando uma economia de até 50% no combustível (madeira, cavaco e serragem, entre outros). Outra vantagem é o fantastico resultado da queima, tijolos queimados uniformimentes, tanto na parte superior da carga como na parte inferior da carga nao tendo tijojos requeimados ou sem queimar. Economia de mão de obra devido a facilidade no carregamento do tijolo para plataforma do vagão para queima e facilidade do descarregamento do tijolo depois de queimado diretamente no caminhão. Este forno esta totalmente em conformidade com as exigência do Ministério do Trabalho, ele evita que o funcionário entre dentro do forno com temperatura elevada. Após retirada do vagão os tijolos estão resfriados após 2 horas.

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As fornalhas são projetadas com chamas no alto, evitando requeima do tijolo na lateral da fornalha. Sistema de vedação da fornalha com porta emantada, revestimento externo com manta aluminizada, tendo o teto totalmente emantado onde o conjunto diminui a propagação do calor para meio externo aumentando a economia. A fornalha é construída com tijolos feitos de chamote sendo queimado a 1200 graus, proporcionado assim uma maior resistência conta impactos sofridos por lenha ou outro material na queima.

O Forno Rogesesi conta com teto plano onde proporciona uma maior mistura do calor fazendo com que este calor desça uniformemente fazendo a queima e equilibrando a temperatura superior com a inferior. O forno, teto e portas são construídos com vigas “U”, “W” e chapa expandida para fixação da manta de fibra cerâmica.

As opcões de porta pode ser: Abrir em duas bandeiras (manual) correr (manual ou automática). Para fazer a extração do vagão com tijolos queimados e a colocação do vagão a ser queimado, utilizamos um em cada extremidade do forno. Com um sistema totalmente automatizado através de painéis elétricos o redutor trabalha de modo automático.

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SUMÁRIO

DESENVOLVIMENTO 16: Vantagens da cerâmica nas construções

EDITORIAL

FEIRAS

12: Carta ao Ceramista

22: Ceramitec: o ponto de encontro do setor cerâmico

RESPONSABILIDADE SOCIAL

direcao@novacer.com.br

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Comercial Moara Espindola Salvador

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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

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Redação Juliana Nunes

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Fotografia & Marketing Digital Natanael Knabben revista@novacer.com.br

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32: Pelo crescimento do setor

24: Sindicer-RN firma parceria para doação de materiais

Diretor Geraldo Salvador Junior

revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg

ENTREVISTA

Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


MEIO AMBIENTE

ARTIGO TÉCNICO

36: Pesquisador estuda uso de resíduos para fabricar tijolos

38 : Massa de cerâmica estrutural formuladas com argilas e argilitos da região do Morro da Fumaça – SC

SUMÁRIO

Fevereiro 2015 DESENVOLVIMENTO 28: Crise financeira fecha mais uma indústria no Oeste Paulista

FEIRAS 30: Índian Ceramics 2015 recebe mais de 5 mil visitantes

DESENVOLVIMENTO 31: Sindicer-PR faz balanço sobre desempenho em 2014

DESENVOLVIMENTO 48: Senai de Criciúma oferece curso técnico em cerâmica

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EDITORIAL

Carta ao Ceramista Alta resistência, durabilidade e conforto térmico e acústico. Estas são algumas das vantagens do uso de materiais cerâmicos nas construções atualmente no país. Na matéria de capa deste mês, conheça em que aspectos as cerâmicas vermelhas se destacam em relação a outros materiais disponíveis no mercado. Segundo profissionais da área, os blocos cerâmicos, por exemplo, tem maior produtividade, pois são produtos 40% mais leves e consomem menos argamassas de assentamento e reboco. Conheça estas e outras vantagens a partir da página 16. Uma das mais importantes feiras internacionais da construção civil acontecerá neste ano, em Munique, na Alemanha. A Ceramitec ocorrerá de 20 a 23 de outubro, nas instalações da Messe München. A última edição da feira ocorreu em 2012, atraindo mais de 16 mil participantes de mais de 100 países. Confira ainda nesta edição a parceria firmada entre o Sindicer-RN e a Casa Durval Paiva para

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doação de telhas e tijolos. Os materiais servirão para construir casas para as famílias de crianças em tratamento de câncer assistidas pela instituição filantrópica. Serão construídas cinco casas em 2015. Outro assunto que ganhou destaque nesta edição foi a pesquisa realizada na Universidade de Sorocaba (uniso), em São Paulo. O trabalho, realizado pelo estudante de Engenharia Civil Michel Hitoshi Watanabe, estudou a possibilidade de usar escória de aciaria de Forno Elétrico a Arco (FEA) para fabricação de tijolos maciços. Leia ainda o artigo técnico Massa de cerâmica estrutural formuladas com argilas e argilitos da região de Morro da Fumaça – SC. O trabalho foi apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, que ocorreu de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, no Rio Grande do Norte. Aproveite a leitura!

A Direção





D E S E N VO LV I M E N T O

Vantagens da cerâmica nas construções As cerâmicas vermelhas têm maior facilidade de manuseio com melhores acabamentos

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Alta resistência, durabilidade e conforto térmico e acústico são algumas das vantagens do uso de materiais cerâmicos nas construções atualmente no país. Comparando os materiais disponíveis no mercado hoje, conforme o consultor em cerâmica Vitor Nandi, as cerâmicas vermelhas apresentam maior facilidade de manuseio com melhores acabamentos e possuem menor absorção de água, diminuindo infiltrações. “As paredes de concreto, por exemplo, são mais frias e tendem a molhar mais em tempo de chuvas, nesse caso, é preciso ter cuidado redobrado com a impermeabilização para não ter paredes descascadas com o passar do tempo”, contou. Para Nandi, o tijolos cerâmicos possuem isolamento térmico e acústico melhor que os blocos de concreto, sua resistência me-


e intempéries, são mais leves e aumentam a produtividade. Porém, conforme o engenheiro cerâmico Odenir Wagner, apresentam maior irregularidade na forma e carecem de mais unidades por metro quadrado. “Também são menos competitivos em preço e, por mais que seja um produto que utiliza matéria-prima natural, apresenta fragilidade pelo fato dos impactos ambientais causados pela exploração da matéria-prima e da queima”, disse. “As principais características dos produtos cerâmicos estão em sua absorção d’água, que está entre 8 a 22%; em sua resistência que, para os blocos de vedação, estão superior a 1,5 MPa e, para os blocos estruturais, 3,0 Mpa; em sua condutividade térmica que é baixa (~ 1,10 W/mºC), em sua estabilidade dimensional que, por norma, oscila em no máximo 3 mm; e em sua resistência ao fogo, que é muito maior em relação a outros produtos, já que em seu processo passa por uma etapa de sinterização em temperaturas usualmente maiores que 800ºC”, disse Nandi. “São peças de preço relativamente baixo e que em sua grande maioria atendem as expectativas dos clientes consumidores. A única coisa que ainda precisa melhorar é a questão da padronização e normalização”, acrescentou o engenheiro cerâmico, Odenir Vagner.

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cânica é superior em relação a outros tipos comuns de materiais usualmente utilizados. “Além disso, possui facilidade de manuseio e assentamento, bem como, maior resistência ao fogo devido ao seu processo de fabricação que, por sofrer sinterização em temperaturas que oscilam entre 800 a 950ºC, são inertes até esta faixa de calor. Sua absorção d’água baixa favorece maior vida útil e menor proliferação de sais solúveis em sua superfície, isso também favorece na diminuição de micro-organismos. Em alguns casos podem ter formas geométricas que facilitam e melhoram seu efeito estético”, relatou. Segundo a técnica em cerâmica, Monica Chiusano Cocchi, os blocos cerâmicos tem maior produtividade, pois são produtos 40% mais leves e consomem menos argamassas de assentamento e reboco. “Os tijolos ou blocos cerâmicos são divididos em duas categorias: estruturais e de vedação. Além de proporcionar conforto térmico e acústico, é preciso cuidado na escolha do produto, materiais com melhor qualidade, menor desperdício. Os blocos cerâmicos estruturais, por exemplo, chegam a uma economia de 30% no final da obra e acelera a construção das paredes”, disse. Os produtos de cerâmica vermelha são muito resistentes, possuem baixa absorção de água, são inertes aos agentes químicos

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Durabilidade Os materiais cerâmicos também saem na frente quando o assunto é durabilidade e facilidade de fabricação dado a abundância de matérias-primas. “A durabilidade se mostra praticamente inalterada com o passar dos anos devido à elevada resistência mecânica, resistência a altas temperaturas, propagação ao fogo e a penetração de água de chuva, por serem matérias quimicamente inertes”, disse a técnica em cerâmica Monica Chiusano Cocchi. Conforme ela, a cerâmica vermelha acompanha a humanidade desde a pré-história e os tijolos são utilizados pelo homem desde 4.000 a.C, ou seja, duram muito tempo mesmo”. Segundo Nandi, se avaliarmos um pouco da histó-

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Segundo o consultor em cerâmica Vitor Nandi, a Alvenaria Estrutural possui uma técnica executiva simplificada, facilitando o treinamento de mão de obra. Além disso, o processo se torna mais organizado em função da facilidade de manuseio. “A Alvenaria Estrutural

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ria do tijolo, iremos encontrar materiais que ainda estão em nosso meio. “Se verificarmos ao redor de nossa comunidade, podemos encontrar casas que tem mais de 200 anos e estão intactas”, contou. Ainda segundo Nandi, a durabilidade do tijolo está ligada diretamente ao seu método de fabricação, principalmente no tipo de argila utilizada e na etapa de queima para garantir uma menor absorção de água, bem como, seu armazenamento posterior. “Além disso, uma boa adequação no momento do assentamento dos tijolos auxiliam para se ter resultados mais positivos na durabilidade”, complementou o engenheiro cerâmico Odenir Vagner.

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apresenta menor diversidade de mão de obra na fase de estrutura (não é necessária equipe de carpintaria, armação) deste modo diminui alguns custos de uma construção, também proporciona maior integração com os sistemas de instalações elétricas e hidrossanitárias”, contou. Ainda conforme Nandi, a redução nas formas, consumo de aço e concreto também ajudam na diminuição do custo da obra. “O concreto armado, por exemplo, possui um peso elevado dificultando a realização de reformas e demolições, que se tornam trabalhosas e caras. Também é importante salientar que apesar de ser muito utilizado nas coberturas, o concreto armado não proporciona adequado índice de isolamento térmico e acústico, principalmente quando instalado em lajes maciças com espessura reduzida. Por isso, influenciará no conforto da edificação”, relatou. “No sistema de construção estrutural, possuem a função tanto de vedação quanto de estrutura, servindo também para passagem e dutos elétricos, enquanto que o sistema tradicional apenas a função de vedação”, complementou Monica.


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Telhas cerâmicas A telhas cerâmicas também são mais sustentáveis e apresentam vantagens em relação às de concreto. “As telhas cerâmicas têm maior durabilidade que as telhas de concreto, com isso demora mais para se extrair as matérias-primas novamente da natureza, porém, não se pode desprezar que também impacta quando se extrai a argila e quando ocorre a queima do material”, relatou o engenheiro cerâmico Odenir Vagner. Para o consultor em cerâmica Vitor Nandi, todos os tipos de telhas devem apresentar boa resistência mecânica à flexão, assim como elevada resistência ao fogo. “A estabilidade dimensional também deve ser muito bem controlada para facilitar a sua montagem em obra, durabilidade e, sobretudo, impermeabilidade”. Outro fator relevante ligado às telhas cerâmicas, conforme Nandi, está no seu peso que, por ser menor, facilita sua funcionalidade em obras. “A resistência ao fogo das telhas cerâmicas é superior às telhas de concreto, isso se deve em função de seu processo de fabricação, já que sua faixa

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de sinterização está acima dos 850ºC, na maioria dos casos, ou seja, se torna inerte até esta temperatura, já as telhas de concreto nessa faixa podem sofrer alteração de sua estrutura”. Conforme Nandi, as telhas cerâmicas também apresentam menor permeabilidade, diminuindo assim a criação de micro organismos (limos e fungos) aumentando sua vida útil em relação à telha de concreto. “Seu processo de fabricação é muito mais sustentável e ambientalmente correto, pois se sabe que para a produção de cimento se consome uma quantidade alta de energia, e o cimento é matéria-prima fundamental para a fabricação de telhas de concreto, que em sua fórmula também apresentam maiores teores de água. Sabendo que a água está sendo discutida em todas as partes do mundo como bem mais precioso, a recomendação é estudar as alternativas e sempre que possível escolher um material mais sustentável, que neste caso, são as telhas cerâmicas”, disse o consultor em cerâmica vermelha, Vitor Nandi.


Para a técnica em cerâmica, Monica Chiusano Cocchi, a argila é uma matéria-prima abundante no Brasil, “mas o importante é conhecer as características físico-químicas das argilas através de ensaios tecnológicos, a fim de orientar as indústrias na importância da caracterização e assim adequar o processo de fabricação”. “A argila é a “alma” da fábrica. Ela dita as regras em relação a obtenção de um produto melhor, uma produção uniforme”, contou. Portanto, segundo o consultor em cerâmica Vitor Nandi, por serem feitos com argila natural, os produtos cerâmicos apresentam algumas vantagens. “Por serem sinterizados em fornos cerâmicos, garantem uma maior quali-

dade referente à suas características técnicas, principalmente em resistência, baixa absorção de água comparada aos blocos de concreto, maior resistência mecânica, maior vida útil, não podendo deixar de comentar que o processo cerâmico proporciona um maior controle de suas características físicas ao longo da sua produção. Também relacionando seus aspectos ambientais os desperdícios do processo de fabrico bem como as quebras de produção de blocos e telhas de concreto, são muito mais agressivas. Os produtos cerâmicos podem ser fabricados com algumas formas estéticas, bem como acrescentado outros produtos de sua mesma natureza que lhe proporcionam cores e formas diferentes”, disse.

Futuro da cerâmica Para Nandi, o setor cerâmico depende muito da economia e crescimento do país. “O Brasil por estar em pleno crescimento, porém não homogêneo em todas as regiões, está necessitando de cerâmica, mas cerâmica de qualidade e bom preço, o que muitas vezes acaba sendo difícil de conciliar por muitos ceramistas. Mas estou otimista, pois nos últimos anos, foi onde houve os maiores investimentos das empresas cerâmicas. Isso favorece todos os que estão ligados direta ou indiretamente com esse setor", relatou. "Mas posso dizer que vejo o setor como uma pequena semente que deve ser muito bem cuidada para que possa gerar bons frutos em seu futuro. E algo que falta no setor se chama união, se o setor fosse mais unido os problemas seriam muito mais fáceis de resolver e estaria com maior valor agregado ao seu produto”, opinou. “O setor é envolvido por uma variedade de empreendimentos, tais como familiares (olarias), cerâmica de pequeno e médio porte com diferenciados sistemas de gestão e mecanização e também empresas de grande porte, com tecnologia mais avançada. Hoje, no entanto, é visível que as empresas vêm

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Argila natural

se preocupando com a qualidade do produto, aprimoramento tecnológico, implantação de laboratórios, desenvolvimentos de novos combustíveis, recuperação ambiental e qualificação profissional”, acrescentou Monica. “Eu vejo o setor cerâmico com boas perspectivas para o futuro, porém é preciso sempre inovar e capacitar as pessoas da equipe, pois do contrário, a concorrência pode ganhar espaço e ameaçar o setor cerâmico”, disse o engenheiro cerâmico Odenir Vagner. NC

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FEIRAS

Ceramitec: o ponto de encontro do setor cerâmico Evento ocorrerá de 20 a 23 de outubro, em Munique, na Alemanha

Fotos: Ceramitec 2012

Depois de três anos da última edição, agora falta pouco para realização de uma das mais importantes feiras internacionais da construção civil em Munique, na Alemanha. O evento ocorrerá de 20 a 23 de outubro deste ano, nas instalações da Messe München. Desde a sua estreia, em 1979, a Ceramitec desenvolveu-se como uma das principais feiras do mundo para a indústria cerâmica. A última edição atraiu mais de 16 mil visitantes de mais de 100 países. Mais de 613 expositores de mais de 42 países marcaram presença na

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Ceramitec de 2012. Neste ano, a feira de Tecnologias, Inovações e Materiais – uma das mais importantes plataformas de negócios e tecnologia para o setor cerâmico – apresentará as últimas novidades em máquinas, equipamentos, plantas, processos e matérias-primas para cerâmica e metalurgia de pó, oferecendo uma visão geral das tendências atuais e inovações no mercado de cerâmica. Em 2015, as áreas de "Técnico de Cerâmica" e "Metalurgia do Pó" ainda em expansão; as áreas clássicas de matérias-primas, argila pesada, cerâmicas finas e refratários continuarão sendo o foco do evento. A Ceramitec contará também com uma programação especial de fóruns e painéis, com um tema a cada dia. No primeiro dia o assunto é Metalurgia do Pó; no segundo Argila Pesada; e no terceiro dia Cerâmica Técnica. A participação nas palestras de especialistas e debates será gratuita. As palestras serão oferecidas com tradução simultânea em Inglês e Alemão. A feira é onde a indústria apresenta todo o seu portfólio de produtos e serviços. A exposição líder também tem uma excelente reputação na indústria como uma plataforma de estreia e está constantemente expandindo seu círculo de participantes interessados. Por exemplo, os setores de cerâmica técnica e metalurgia do pó também conseguiram estabelecer-se na feira. O evento terá exposição nos halls A1, A2, B1 e B2. As matérias-primas e aditivos, pós, materiais de produção e auxiliares serão exibidos no salão A1. Salão A2 irá acomodar o segmento de materiais refratários, fornos e equipamentos, entre outros. No hall B1, os visitantes encontrarão máquinas, equipamentos e dispositivos para cerâmica fina e refratários, cerâmica técnica e metalurgia do pó e, finalmente, no salão B2, máquinas, equipamentos e dispositivos de cerâmica de barro pesado. NC


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RESPO NSA BI LI D A D E SOC I A L Na foto: presidente do Sindicer, Vargas Soliz; a vice-presidente da Casa Durval Paiva, Daniela Paiva; e o diretor do Sindicer, Jeffeson Barbosa

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Sindicer-RN firma parceria para doação de materiais Parceria firmada com a CACC visa construir casas para crianças em tratamento de câncer

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O Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção do Rio Grande do Norte (Sindicer-RN) assinou um termo de parceria com a Casa Durval Paiva (CACC), para a doação de 20 mil tijolos e 10 mil telhas. Os materiais serão utilizados na construção de cinco casas, durante o ano de 2015, que serão doadas às famílias de crianças em tratamento de câncer assistidas pela instituição filantrópica. O termo de cooperação foi assinado no dia 26 de janeiro de 2015, na sede da Casa Durval Paiva. O compromisso foi firmado com a presença do presidente do Sindicer, Vargas Soliz, do diretor do Sindicer, Jeffeson Barbosa e da vice-presidente da Casa Durval Paiva, Daniela Paiva. Segundo o presidente do Sindicer/RN, Vargas Soliz Pessoa, a arrecadação dos materiais será feita por meio do contato com as


N

construídas e 114 foram reformadas. Suporte que foi necessário para a dona de casa Iris Felipe Oliveira, durante o tratamento do pequeno Erick Gabriel Oliveira, de 6 anos, diagnosticado com câncer infantil, no ano de 2011. Na época, a família, que vive no município de Extremoz, teve que modificar toda a rotina para garantir o tratamento do menino na capital. Assim que chegou a Natal, Íris conheceu o trabalho da CACC e uma das ações da assistência social foi conhecer in loco a situação em que todos viviam. “Nossa casa era bem pequena e Erick não tinha um espaço só para ele, para brincar. A assistente social fez a visita e viu a

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Divulgação / Sindicer - RN

empresas associadas ao sindicato, a cada obra iniciada. Cada residência tem uma média de 38,70 metros quadrados. Os locais das obras serão definidos pela CACC. “É importante o sindicato se engajar em ações como esta, pois nossa atividade está localizada no interior do estado, onde justamente a maioria dessas famílias, que vem à capital buscar tratamentos para o filhos, vive. Muitas vezes, a fábrica está localizada na mesma cidade em que mora a criança que está precisando da reforma, ou construção, de uma casa mais confortável para se recuperar melhor. Ajudar a comunidade em que está inserida dá a oportunidade à empresa de contribuir socialmente com o local que lhe garantiu desenvolvimento”, relatou o presidente. A iniciativa faz parte do projeto Vida, desenvolvido pela Casa Durval Paiva desde o ano de 1998 e criado com o intuito de identificar e sanar as principais carências do cotidiano dos pacientes e de seus familiares, visto que a qualidade de vida tem uma influência direta no sucesso terapêutico. A adequação das condições sanitária, por exemplo, possibilita uma redução considerável de ocorrências infecciosas. Evitando, assim, que haja atraso da quimioterapia. Desde a criação do projeto, 71 casas foram

Divulgação / Sindicer - RN NovaCer • Ano 5 • Fevereiro • Edição 58

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RESPO NSA BI LI D A D E SOC I A L 26

necessidade de um quarto para ele. Mas aumentaram a cozinha e área de serviço, para que toda a família tivesse conforto. Porém, o mais importante, com certeza, foi o amor que recebemos aqui”, conta a dona de casa. Dentre as ações realizadas pela Casa,

também estão incluídas o resgate de pacientes que por algum motivo abandonaram o tratamento e também a viabilização de trabalho para os pais desempregados. Sentindo-se cuidadas, as famílias podem resgatar um sentimento de autoestima, dignidade e respeito pessoal.

Reforma da sede da CACC O interesse das indústrias potiguares de cerâmica em auxiliar no trabalho surgiu no ano de 2011, após a informação da necessidade de doações de material de construção para a reforma e ampliação da sede da Casa Durval Paiva (CACC). Local que atende mais de 1480 crianças e adolescentes portadores de câncer e de doenças hematológicas crônicas no Rio Grande do Norte. Entre os serviços prestados, estão o acolhimento no momento da investigação e do diagnóstico da doença e a mediação no atendimento médico hospitalar, além do apoio financeiro e psicológico às famílias. Uma história de solidariedade que já dura 20 anos no Rio Grande do Norte e que precisava ser expandida. A questão foi tema de mobilização dentro do setor na época e, após a contribuição de 18 indústrias associadas, o Sindicer-RN pôde realizar a doação de 60 mil tijolos para a obra de reforma da instituição. “O prédio da Casa, inclusive, foi reinaugurado no ano passado. Quando vimos como o resultado da reforma trouxe mais suporte para o atendimento às crianças, tomamos gosto pelo processo e resolvemos oficializar essa parceria”, disse o presidente do sindicato. “Agora, vamos atuar também na construção de casas para essas famílias que precisam de todo o apoio para superar, com força, momentos tão difíceis. Os empresários se interessaram muito em contribuir e ficaram orgulhosos em ajudar. Isso porque é um projeto muito bem estruturado e com grande transparência em todas as ações, o que nos deu vontade de continuar”, finalizou. NC

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Esta é a 28ª cerâmica a encerrar as atividades desde 2009 no polo ceramista de SP Empresária do setor oleiro-cerâmico demitiu 20 funcionários no mês passado e fechou as portas da primeira indústria de Paulicéia, após a empresa contrair endividamento provocado pelos recentes anúncios do Governo Federal. Na lista de motivos que levaram o fechamento das portas da Cerâmica Maldonado & Maldonado, além das medidas governistas a exemplo da alta no custo do combustível e energia elétrica, existem o aumento do custo do empregado e aumento na quantidade de clientes inadimplentes, quem comprou tijolos não estava pagando. "Nós paramos porque não estávamos conseguindo pagar as contas em dia e tão pouco repassar esses custos na venda do bloco cerâmico. Tínhamos um déficit de R$ 30 mil mês a mês", disse a empresária Eunice Fortunato Maia Maldonado, arrendatária da cerâmica fechada. Pelas contas da Incoesp (Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista), esta é

Alex Barreto / Portal Regional

D E S E N VO LV I M E N T O

Crise financeira fecha mais uma indústria no Oeste Paulista

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a 28ª cerâmica a encerrar as atividades entre os seis municípios produtores de blocos cerâmicos do polo ceramista representado pela cooperativa. A Incoesp representa indústrias oleiras estabelecidas nas cidades de Panorama, Regente Feijó, Ouro Verde, Presidente Epitácio, Castilho e Paulicéia. Somente em Panorama, fecharam 22 empresas até 2014. Para evitar o encerramento das atividades, Eunice tentou diminuir a produção e dispensou parte dos funcionários para equilibrar as contas, mas logo veio a alta da energia elétrica, e daí acabou pondo fim na empresa. Pesou na decisão de 'abaixar as portas' a ação civil pública movida pelo Ministério Público do estado de São Paulo da Comarca de Panorama, que pede a todas as cerâmicas de Panorama e Paulicéia, a eliminação da fumaça preta e regularidade empresarial. Quanto a esta regularidade, a empresária disse que a cerâmica está com restrições junto à Receita Federal, e para colocar toda essa documentação em ordem cumprindo as demais exigências da Promotoria demandaria de certa quantia em dinheiro, que para ela seria improvável resolver na data estabelecida pela Justiça, em razão da falta de dinheiro. Como a firma é arrendada, o proprietário da cerâmica abriu mão de fazer reparos exigidos pela Promotoria e resolveu desmanchar a mais antiga indústria da cidade instalada há mais de 30 anos e lotear todo espaço para a construção de residências. Para o diretor da Incoesp, Milton Salzedas, a posição da cooperativa será a de reencaminhar os mesmos pedidos reivindicados há tempo pela categoria, o qual chamou de a 'mesma novela'. Nos insistentes e numerosos ofícios encaminhados pelo setor oleiro-cerâmico para os governos municipais, estadual e federal, figuram a barreira fiscal imposta pelo estado do Mato Grosso do Sul, a balança 24 horas num único sentido da rodovia Comandante João Ribeiros de Barros (SP-294), no trecho entre Dracena e Junqueirópolis. NC


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Índian Ceramics 2015 recebe mais de 5 mil visitantes

De 21 a 23 de janeiro, Ahmedabad, na Índia, sediou o Índian Ceramics 2015. O evento ocorreu no Centro de Exposições Universidade Gujarat. Com apoio da Ceramitec e organizado pela MMI India Pvt. Ltd, uma filial da Messe München International, a feira testemunhou um aumento no número de visitantes. Mais de 5,5 mil pessoas provenientes da Índia e dos mercados internacionais emergentes participaram do evento neste ano. Além disso, um total de 161 expositores apresentaram seus produtos e soluções em duas salas de exposições. A Índia foi responsável por 45% dos expositores, Itália 22%, China e Hong Kong por 18% e 15% dos expositores vieram de outros países europeus. “Este ano percebemos mais visitantes de mercados emergentes, estamos começando a conhecer as suas necessidades e ajudando a satisfaze-las. O “Indian Ceramics” é uma grande plataforma para os ‘tomadores de decisão’ políticos de alto escalão", disse Kamal Kumar, Manager - Operações Índia, Modena Technology Ltd. Pela terceira vez na feira, George Koukas, diretor comercial da SA Sabo Tijolo e Telha, comentou que o mercado está mudando. "Produtores indianos estão buscando maior qualidade agora. Não é fácil chegar a nossos clientes na Índia devido às difíceis condições de viagem. Portanto, esse evento é um excelente oportu-

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nidade de conhecer toda a gama dos nossos clientes, desde os decisores de topo para engenheiros, técnicos e diretores comerciais", relatou. Neste ano, o espaço de exposição no Indian Ceramis 2015 aumentou em 30% comparado com a última vez em que a exposição foi realizada. Expositores internacionais tiveram estandes maiores na feira deste ano. Outra vantagem do novo salão é que a distância entre as salas foram menores e os visitantes puderam chegar aos dois salões de forma rápida e fácil. A feira deste ano também contou com um workshop organizado pelo Fórum Internacional de Cerâmica (CFI). Com o tema “Avanços em matérias-primas de cerâmicas e tecnologias de processo”, o seminário recebeu o apoio da Ceramitec. O workshop foi aberto com um painel de debate, liderado por Karin Scharrer, editor-chefe do CFI. Participantes proeminentes incluem Rajesh Nath, da VDMA Índia, e representantes da Indústria de Cerâmica Indiana. Gian Paolo Crasta, gerente de marketing da Associação dos Italianos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Cerâmica (Acimac) aprovou a feira. "Nós estamos orgulhosos de ser uma parte indispensável da história de sucesso do Indian Ceramics", disse. Além de Crasta, Dries Van Hapert, presidente da European Ceramic Technology Suppliers, também comentou sobre o sucesso do evento. "Desde que o MMI Índia passou a organizar a feira, temos assistido um claro aumento na qualidade de evento para evento. Esta é a plataforma mais importante quando se trata de superar os desafios que enfrentam a indústria de argila pesada na Índia", complementou. A próxima edição da Indian Ceramics já tem data marcada. O evento ocorrerá no mesmo local, de 23 a 25 de fevereiro de 2016. "O Indian Ceramics 2015 foi um evento bem organizado. Ficamos surpresos com o número de visitantes em nosso estande. Nós definitivamente estaremos de volta novamente para a próxima edição do evento", finalizou Bruno Martinez, gerente de área de vendas da Esmalglass Itaca Grupo. NC


O maior desafio para 2015 será a redução de custos na produção para não perder espaço no mercado Um ano de ajustes diante do desempenho da economia e do andamento do mercado. Assim foi 2014 para o presidente do Sindicer-PR, Arnoldo José Orso, que fez um balanço sobre o setor no ano passado. “Este foi um ano de ajustamento da economia e também para os industriais, que tiveram que rever seus processos e fazer ajustes a esta nova economia que o país está vivenciando. Todos tiveram que reduzir custos para não perder no final. Com isto, além de fazer os acertos necessários, foi um ano de otimização da produção”, destacou. Orso acredita que ainda haverá reflexos deste processo em 2015. Tudo vai depender do andamento da economia brasileira. “Uma nova direção deve aparecer e esperamos um ano melhor do que 2014”, considerou.

Para o presidente do Sindicer-PR, os grandes desafios para 2015 estão relacionados com o mercado e com a busca por mais qualidade na produção. “Vamos continuar produzindo com custos menores porque a concorrência está aí. Os industriais também devem buscar mais qualidade em seus processos produtivos, diante das exigências do mercado. Cada vez mais, os integrantes do setor de cerâmica vermelha devem ir atrás da certificação do Programa Setorial da Qualidade (PSQ), promovido pela Anicer. Vamos contar com o apoio do Sebrae, por meio do Sebraetec, para a consultoria técnica para estes casos”, salientou Orso. Por fim, o presidente do Sindicer-PR deixa uma mensagem de estímulo aos proprietários de olarias e profissionais que atuam no segmento. “Precisamos nos unir cada vez mais para vencer no próximo ano e para que todos ganhem em qualidade e produtividade. Somente com a união conseguiremos resultados positivos para o nosso setor”, avaliou.

D E S E N VO LV I M E N T O

Sindicer-PR faz balanço sobre desempenho em 2014

Fonte: Sindicer/PR. Foto: Joyce Carvalho NovaCer • Ano 5 • Fevereiro • Edição 58

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ENTREVISTA

Pelo crescimento do setor Sérgio Luiz Moretto é o entrevistado da edição deste mês. Na entrevista, ele fala seus dois mandatos durante seis anos no Sindicato das Indústrias de Olaria, de Cerâmica para Construção, de Mármores e Granitos de Chapecó (Sicec), em Santa Catarina, e também sobre o setor. Saiba os desafios do Sicec para os próximos anos e como está o setor nesta região. Confira ainda como é a questão de automação nas cerâmicas e o que ainda precisa melhorar para que o setor possa avançar NovaCer - Há quanto tempo existe o sindicato? Há quanto tempo está na presidência do Sindicato? Sérgio Luiz Moretto - A entidade existe há 26 anos. Estou há seis anos na presidência do sindicato, deixando o mandato no ano de 2014. NC - Quais as principais ações do Sicec? SLM - As principais ações do Sicec são na coletividade, as negociações coletivas cinco por ano, ação na justiça federal que eliminou obrigatoriedade de manter um profissional com cargos e funções nas empre-

Nosso maior desafio é integrar o setor de mármores e granitos que está na base do sindicato e não temos participação efetiva destas empresas

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sas. Ação civil que trata sobre as licenças ambientais. NC - O Sicec atende cerâmicas de quais municípios de Santa Catarina? SLM - Hoje 16 municípios com ampliação da base para 94. Atualmente, os municípios são Caibi, Capinzal, Chapecó, Cunha Porã, Descanso, Faxinal dos Guedes, Itapiranga, Maravilha, Mondai, Palmitos, Pinhalzinho, São Carlos, São José do Cedro, São Miguel do Oeste, Xanxerê e Xaxim. NC - Quantas empresas produtoras de cerâmica vermelha há na região? Destas, quantas são filiadas ao sindicato? SLM - Atualmente, são 24 empresas. Destas, 20 são filiadas ao sindicato. NC - Qual o porte destas indústrias? SLM - As empresas da região são Micro e Média, sendo a maioria Empresa de Pequeno Porte (EPP). NC - Qual a produção mensal das indústria na região? SLM - Sem índice oficial, pois temos cerâmicas que não participam da entidade, mas acreditamos que em torno de oito milhões de peça ao mês no total.


ENTREVISTA

NC - Como estão as vendas do setor na região? SLM - Estão razoáveis, com algumas regiões passando por dificuldades e outras não suprindo a necessidade de mercado. NC - Quantos empregos diretos e indiretos são gerados pelo setor da região? SLM - No setor cerâmico da região são gerados aproximadamente 350 empregos diretos e mais de 1,6 mil indiretos. NC - Quais os desafios do sindicato para os próximos anos? SLM - Nosso maior desafio é integrar o setor de mármores e granitos que está na base do sindicato e não temos participação efetiva destas empresas. Também fazer com que todos os fabricantes cumpram com as regras de mercado sem práticas desleal e contribuir para o desenvolvimento das indústrias prestando serviço de apoio e informações das novas tecnologias. NC - O que tem a dizer sobre o trabalho desenvolvido pela Anicer? SLM - No momento, pouca representativa para com seus associados, deixando muito a desejar.

equipamentos modernos? SLM - Sim, em nossa região já temos empresas com automatismo de carga e com pinça de descarga e algumas com dois fornos do tipo túnel.

NC - O que o senhor espera para futuro da cerâmica vermelha? SLM - Espero a permanência no mercado, com transformações permanentes dos produtos e das fábricas cada vez mais automatizadas.

NC - O que pode ser feito com relação aos produtos concorrentes da cerâmica vermelha? SLM - Podemos nos diferenciar na entrega,

NC - Qual a maior carência do setor na sua opinião? SLM - Uma legislação trabalhista tributária e ambiental estável e com segurança jurídica, pois tudo o que se desenvolve no setor público é para dar transtorno para quem produz,nossa legislação é complexa e longa, de difícil aplicação e de alto grau de facilitação ou manipulação.

Espero para o futuro da cerâmica a permanência no mercado, com transformações permanentes dos produtos e das fábricas cada vez mais automatizadas

NC - Como é a questão da automatização das cerâmicas da região? Elas investem em

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ENTREVISTA

um alto custo para as empresas. NC - Como é a questão ambiental para as cerâmicas da região? É difícil conseguir liberação das licenças? SLM - Difícil não, porém o processo para conseguir a liberação das licenças é demorado. NC - Como é a questão de extração de argila na região? É cooperativado? SLM - Hoje está tranquila depois de uma ação cível junto à justiça federal. Não é cooperativado NC - Quais as maiores dificuldades do setor da região quanto à área ambiental? SLM – Hoje não estamos com nenhuma dificuldade, pois nossas empresas procuram estar de acordo com a legislação.

agilidade e preço. NC - Como está o setor na região e o que precisa melhorar? SLM - Podemos dizer que o setor está se desenvolvendo bem, mas precisamos combater a concorrência desleal. Empresas que não participam do sindicato colocam produtos no mercado sem as devidas identificações. NC - Qual a maior reivindicação do setor nos níveis estadual e federal? SLM - No nível estadual a licença única para as minerações vizinhas. No nível federal as NRs, que são um absurdo, pois não se modifica uma indústria de um dia para outro, é

O setor nesta região está se desenvolvendo bem, mas precisamos combater a concorrência desleal

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NC - Os ceramistas da região participam de feiras do setor? O sindicato incentiva esta participação? SLM - Sim, nossos associados sempre participam das feiras, e o sindicato busca apoio para ajudar nos custos das viagens, incentivando assim a participação de um maior número de associados nas feiras. NC - Como o sindicato estimula as cerâmicas a buscarem a padronização de seus produtos? SLM - Mantendo as empresas informada das portarias do Inmetro e normas, através de e-mails, palestras e reuniões. NC - Qual município registra o maior número de cerâmicas? Quantas? SLM - São Miguel do Oeste e Itapiranga são os municípios com o maior número de cerâmicas, três e quatro, respectivamente. NC - O que o senhor gostaria de implantar no sindicato e ainda não conseguiu? SLM - Ampliação na base, que demorou um mandato e que agora que estou entregando o mandato foi aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e minha luta desde o início que é a integração do setor dos mármores ao sindicato. NC


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Pesquisador estuda uso de resíduos para fabricar tijolos Pesquisa estudou o aproveitamento da escória de aciaria de Forno Elétrico a Arco

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Uma pesquisa realizada na Universidade de Sorocaba (Uniso), em São Paulo, estudou o aproveitamento da escória de aciaria de Forno Elétrico a Arco - FEA para fabricação de tijolos maciços. O material são impurezas geradas na siderurgia, na transformação de ferro em aço. A pesquisa foi desenvolvida pelo estudante de engenharia civil Michel Hitoshi Watanabe, com a orientação do prof. Dr. Haroldo Lhou Hasegawa, coordenador do curso de Engenharia de Materiais da Uniso. “Percebemos que a escória de FEA era descartada nos aterros sanitários, assim como o lixo comum, podendo então diminuir a vida útil desses locais, logo, resolvemos desenvolver um estudo para encontrar uma utilização desse resíduo. A ideia foi incorporar na massa cerâmica devido à gran-


verificação da possibilidade do aproveitamento da escória de aciaria de FEA em tijolos cerâmicos. “Para pôr o projeto em prática, diversos testes devem ser realizados, pois o resíduo possui enxofre, manganês e fósforo, sendo necessário saber como será seu comportamento no decorrer do tempo em uma construção”, finalizou.

MEIO AMBIENTE

de quantidade de empresas deste setor na região de Itu (SP)”, disse Watanabe. O estudante complementou que a escória é gerada durante os processos de pirometalurgia. “Estima-se que em 2012 o Brasil produziu 17,7 milhões de toneladas desse material, sendo esse o maior volume de resíduo produzido no mundo. O meu trabalho visa a incorporação da escória de FEA na massa de cerâmica vermelha. Diversas empresas vêm investindo em pesquisas e desenvolvimentos, sendo os materiais cerâmicos da construção civil largamente estudados para a incorporação de resíduos industriais”, relatou. O trabalho que se tornará linha de pesquisa de mestrado foi concluído no final do ano passado. Foram 18 meses de pesquisas, experimentos e ensaios. Os testes foram realizados de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e foram desenvolvidos na Uniso, com o apoio da empresa de consultoria Alfa Engenharia Ambiental, formada por ex-alunos, e pelo Laboratório de Ensaios de Materiais para Construção Civil Qualitec. O universitário ressaltou ainda que este projeto foi apenas uma demonstração para

Ganhos para o meio ambiente A argila representa a terceira maior extração de minério do país, com produção estimada em 180 milhões de toneladas, atrás apenas dos agregados e do minério de ferro, com 542 milhões de toneladas e 380 milhões de toneladas, respectivamente, tornando o Brasil o terceiro maior produtor de cerâmica vermelha, atrás apenas da China e da Índia. A argila que atualmente é utilizada para a produção de tijolos nas cerâmicas é um bem material que, depois de retirado da natureza, não é possível que retorne. Foi pensando nisso, que Watanabe desenvolveu o projeto. “A pesquisa visa prorrogar a escassez desse recurso natural, já que com a utilização da escória de FEA a quantidade de argila utilizada na massa diminuirá. Outro ganho é prolongar a vida útil dos aterros sanitários, já

que a escória em contato com o solo pode contaminar a superfície e o lençol freático”, contou. Além dos ganhos ambientais, a adição deste resíduo melhorou as propriedades físicas e tecnológicas do material cerâmico. “Portanto, além de um produto bom, na outra ponta do processo, tem-se a extração da argila que pode ser diminuída, minimizando a degradação ambiental decorrentes nas jazidas e uma nova alternativa de utilização da escória de FEA”, complementou. Para Watanabe, o estudo contribui com o setor de cerâmica vermelha, permitindo a fabricação de materiais sustentáveis e inovadores na construção civil. “Além disso, pode gerar uma renda extra às indústrias cerâmicas por receber este resíduo de outras empresas”, concluiu o estudante. NC

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ARTIGO TÉCNICO

Massa de cerâmica estrutural formuladas com argilas e argilitos da região do Morro da Fumaça – SC Trabalho apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, no Rio Grande do Norte

Resumo As cerâmicas vermelhas do Morro da Fumaça – SC são formuladas a partir da mistura de diferentes argilas, sendo comum a ocorrência de problemas relacionados à secagem (como a formação de trincas), o que pode ser minimizado através da adição de materiais fundentes de menor plasticidade. Desse modo, a incorporação de diferentes concentrações de um argilito (taguá) com características fundentes em massas de cerâmica vermelha foi avaliada em relação às principais propriedades tecnológicas envolvidas nas etapas de extrusão, secagem e queima. Os resultados indicaram que a adição do taguá à massa cerâmica contribuiu principalmente durante a secagem do material, minimizando as trincas e quebras de secagem significativamente. A aparente redução da resistência mecânica das peças poderá ser contornada pela diminuição da granulometria do taguá. Assim, pode-se alcançar um material de elevada qualidade em relação às propriedades tecnológicas avaliadas.

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H.C. Silva¹; N.S. Silva¹; V.G. Paludo²; J.A. Rosário²; D. Hotza² ¹T-cota Engenharia e Minerais Industriais ² Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Departamento de Engenharia Química – EQA

Introdução O principal polo produtor de cerâmica vermelha de Santa Catarina é o do Morro da Fumaça, situado no Litoral Sul do Estado. Fazem parte deste polo aproximadamente 270 empresas, responsáveis por uma produção de 100.000 milheiros/mês, sendo 20% de telhas e 80% de blocos, perfazendo uma produção específica de 365 milheiros/empresa/mês(1). As cerâmicas vermelhas do Morro da Fumaça, assim como muitas outras produzidas em diversas regiões do Brasil, são formuladas a partir da mistura de argilas de várzea e de argilas de morro(2). De acordo com Motta(3), as argilas de morro e de várzea são classificadas como quaternárias, caracterizando-se por apresentarem elevada plasticidade e teor de umidade, o que propicia uma melhor trabalhabilidade durante os processos cerâmicos de conformação plástica, a exemplo dos produtos extrudados, como tijolos e telhas. A razão principal da utilização dos dois tipos de argila é devido à diferença de concentração e, consequentemente, de comportamento tecnológico dos seus constituintes principais: as frações argilosas, formadas por argilominerais e as frações não-argilosas, formadas por minerais acessórios, em especial, o quartzo(4). Frequentemente, as argilas de várzea têm os minerais de argila como seu principal constituinte, e as de morro são principalmente compostas por quartzo, embora possa ocorrer o contrário. A fração argilosa é fina e plástica; o quartzo é grosseiro, não plástico e refratário. Assim, a argila que apresenta argilominerais como seu


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ARTIGO TÉCNICO 40

principal constituinte, pelo fato de ser fina, trinca muito, seca lentamente e, por vezes, apresenta excessivo teor de matéria orgânica. Isso determina que ela precisa ser misturada à outra argila rica em quartzo para ajustar a distribuição granulométrica da massa, de forma que a finura da fração argilosa não traga problemas de trincas ao produto ou de secagem lenta ao processo. Embora o quartzo adicionado à massa solucione os problemas de trincas e de excessivo tempo de secagem por causa da sua refratariedade e falta de plasticidade, também diminui a resistência mecânica do produto seco e queimado, além de aumentar a temperatura e o ciclo de queima(5). Uma alternativa para solucionar o problema seria substituir parte ou a totalidade das argilas ricas em quartzo por argilas de elevado tamanho de partícula e fundentes. Argilitos existentes na região cumprem esses dois requisitos, sendo ainda mais fundentes que as próprias argilas de várzea. Os argilitos são rochas provenientes de bacias sedimentares, que compõem juntamente com folhelhos, siltitos e outras rochas de natureza pelítica, as argilas conhecidas no jargão cerâmico como “taguás”(6). Essas bacias constituíram grandes áreas deprimidas que acumularam sedimentos durante longos períodos, sobretudo em ambientes marinhos, incluindo espessos pacotes argilosos, de mais de uma centena de metros. Com a evolução geológica, esses sedimentos transformaram-se em rochas compactadas e estão hoje parcialmente expostas no continente, em diversos setores planálticos, modelados em relevos geralmente suaves, tais como colinas. Mineralogicamente, os taguás contêm primariamente argilominerais do grupo da ilita, ricos em óxido de potássio, o que confere a este material um baixo ponto de sinterização. Além disso, também apresentam grandes teores de materiais ferruginosos, que auxiliam na sinterização e proporcionam cores de queima mais avermelhadas. Massas desenvolvidas com amostras dos três tipos de argilas: várzea, morro e argilitos, coletadas em ocorrências da região mostram, comparativamente, os resultados tecnológicos alcançados ao se substituir, total ou parcialmente, argilas de morro por argilitos.

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Materiais e métodos Dividiu-se o trabalho em 2 etapas: 1) caracterização das matérias primas e 2) avaliação do comportamento tecnológico das massas. Na primeira etapa, foram caracterizadas quatro matérias-primas utilizadas como base nas formulações propostas: argila de várzea cinza, argila de morro vermelha e argila de morro amarela (que consistem de materiais amplamente empregados nas cerâmicas do Morro da Fumaça), além de um taguá de Cocal do Sul, cidade próxima ao polo estudado. A caracterização teve por objetivo identificar as diferenças de comportamento entre os materiais isoladamente. As amostras foram secas, trituradas em moinho de martelo e desagregadas em moinho de bolas por 5 min. As amostras em pó foram inicialmente encaminhadas para análise química por fluorescência de raios-X. Para a caracterização tecnológica das matérias-primas, os materiais foram umidificados com 3% de água, homogeneizados, e prensados em corpos-de-prova retangulares, com pressão específica de 225 kgf/cm². A conformação foi realizada via prensagem devido à grande dificuldade em extrudar os materiais de forma isolada, fora de uma mistura. Foram adotadas umidades e pressões baixas para tentar aproximar a densidade do prensado às obtidas na extrusão. Após a conformação, os corpos-de-prova foram secos em estufa a 100°C, e quando atingiram peso constante, foram ensaiados e queimados em forno contínuo com ciclo total de 51 min a 900, 1050 e 1125°C. Os corpos-de-prova para medição de resistência pós-queima foram queimados a 1125°C. As propriedades tecnológicas avaliadas para os materiais crus foram: resíduo bruto retido em #200; densidade aparente a seco; resistência mecânica a seco. Já os ensaios avaliativos das peças queimadas foram: retração linear de queima; absorção de água; resistência mecânica pós-queima. Para a segunda parte do trabalho, que comparava o comportamento tecnológico das massas formuladas a partir de combinações entre as quatro matérias-primas, realizou-se o processamento de cinco massas em laboratório (tabela 1), visando avaliar a substituição total e parcial de argilas de morro e de várzea por taguá.


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ARTIGO TÉCNICO

Matérias-primas

Percentagem mássica P

Tabela 1: Formulação das massas: padrão (P) e A, B, C, D

A

C

33

Morro vermelha

33

33

Várzea preta

34

34

34

34

16

33

33

66

52

100

100

100

100

Taguá Somatório

100

33

D

Morro amarela

Para preparação das massas, as matérias-primas secas foram dosificadas e posteriormente umidificadas com 20% de água. A massa C, devido ao alto teor de taguá, foi extrudada com umidade de 18%. A redução foi necessária, pois o taguá reduz a consistência das massas, tornando muito difícil o seu manuseio. As massas umidificadas foram extrudadas em extrusora a vácuo. Para a determinação da curva de Bigot e da tendência a trincas de secagem, os corpos-de prova foram secos em estufa controlada. Os demais corpos-de-prova foram secos até massa constante e queimados em forno mufla a 950°C, com 30 min de permanência na temperatura máxima. As propriedades medidas para as peças cruas foram: resíduo bruto retido em#200; consistência de extrusão (resistência a compressão da massa); incidência de trincas em secagem a 75 e a 150°C; índice de sensibilidade a secagem; higroscopicidade; densidade aparente a seco; e resistência mecânica a flexão a seco. As caracterizações pós-queima para as formulações foram: absorção de água; retração linear de queima; resistência mecânica pós-queima.

Resultado e discussões Caracterização de matérias-primas Na tabela 2, são apresentados os dados referentes às propriedades a cru das matérias-primas utilizadas. Pode-se destacar o elevado resíduo bru-

42

B

NovaCer • Ano 5 • Fevereiro • Edição 58

16 16

to que o taguá apresenta quando comparado às demais argilas. Isto pode ser explicado na análise química das amostras (tabela 3), onde verifica-se que o percentual de SiO2 do taguá é expressivamente menor que o das argilas, o que indica que o resíduo do taguá é na verdade argila compactada, e não quartzo como o presente nos outros materiais. Outro ponto a ser destacado é a baixa plasticidade do taguá, pois o material apresenta alta densidade, porém valores baixos de resistência a seco. A argila de várzea (preta) caracteriza-se pela elevada plasticidade, enquanto que as argilas de morro (vermelha e amarela) tem comportamento mais próximo ao do taguá, ainda que com plasticidade levemente superior e maior resistência a seco. Os dados referentes às propriedades das matérias-primas após a queima são apresentados na tabela 4. As diferenças entre as argilas de várzea e de morro são pequenas, pode-se apenas destacar a maior fundência da argila de morro amarela. Quanto ao taguá, observa-se um comportamento bem distinto. A sua fundência é consideravelmente maior que a das argilas, principalmente na temperatura de 1125°C, onde a absorção de água atinge 2,41%. Este comportamento do taguá, de elevada fundência associada a baixa plasticidade, o habilita a ser empregue como componente da massa no auxílio à etapa de secagem, de acordo com o que já foi proposto a partir de outros materiais(7). Além disso, a maior fundência do taguá também se reflete diretamente na elevada resistência mecânica pós-queima. Com isto, o material se torna mais indicado a aplicações onde esta característica é importante, a exem-


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ARTIGO TÉCNICO

Matéria-prima

Tabela 2: Propriedades a cru das matérias-primas

Resíduo Bruto

Densidade aparente a

Resistência mecânica a

#200 (%)

seco (kg/m³)

flexão a seco (MPa)

Várzea preta

16,9

1846

2,27

Morro vermelha

21,0

1827

1,47

Morro amarela

7,1

1846

1,44

Taguá

36,4

1891

1,22

Matéria-Prima

Percentagem mássica

SiO2

Fe2O3

CaO

Na2O

K2O

MnO

TiO2

MgO

PF

S.F.*

70,32 18,37

3,02

0,08

0,06

0,45

0,01

1,35

0,35

6,55

3,97

Morro vermelha 62,64 21,18

7,23

0,02

0,11

1,91

0,01

0,93

0,57

6,31

9,83

Morro amarela

65,94 20,06

3,63

0,03

0,11

2,58

0,00

0,67

0,82

5,51

7,17

Taguá

59,99 19,05

8,44

0,05

0,12

3,74

0,00

1,03

2,32

5,26

14,67

Várzea preta

Tabela 3: Análise química das matérias-primas

* S.F.: soma dos fundentes

Matéria-prima

Tabela 4: Propriedades pós-queima das matérias-primas

Al2O3

Resistência mecânica (MPa)

Absorção

de queima (%)

de água (%)

900°C

1050°C

1125°C

900°C

1050°C

1125°C

Várzea preta

6,17

0,26

0,93

1,94

19,16

17,95

16,64

Morro vermelha

8,73

0,03

1,29

3,10

20,61

18,63

15,72

Morro amarela

13,23

-0,46

1,42

2,85

18,41

16,88

13,38

Taguá

46,27

0,32

3,66

9,35

15,67

15,46

2,41

plo de blocos estruturais. A avaliação da análise química dos materiais (tabela 3) permite uma explicação adequada a respeito da fundência do taguá. Observa-se um elevado conteúdo de óxidos fundentes (Fe2O3, CaO, K2O, Na2O e MgO) e baixo conteúdo de SiO2. Esta combinação torna o taguá bastante reativo, ainda que em baixas temperaturas. Na argila de várzea observa-se o contrário: um baixo percentual de óxidos fundentes e elevada sílica, tornando o material bastante refratário. Caracterização das massas As massas formuladas em laboratório com a introdução de taguá mostraram os resultados apresentados a seguir. Os dados de resíduo bruto das massas (tabela 5) estão de acordo

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Retração linear

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com o comportamento das matérias-primas, onde a introdução de taguá promove aumento direto da quantidade de resíduo bruto. Os dados de umidade e consistência da massa após a extrusão são apresentados na tabela 6. Observa-se redução muito expressiva da consistência da massa quando da introdução de taguá. Mesmo na massa C, onde se reduziu a quantidade de água para extrusão, a consistência é baixa, indicando que se deve reduzir ainda mais a umidade de conformação. A redução da consistência deve-se ao aumento de tamanho de partícula que se obtém ao introduzir taguá, o que deixa água mais livre, reduzindo a resistência mecânica a verde do material. A redução de consistência pode ser trabalhada de forma positiva, pois propicia uma redução de umidade de conformação, facilitando a etapa de secagem da massa.


Resíduo Bruto #200 (%)

P

A

B

C

D

9,58

15,02

16,50

21,78

20,32

Tabela 5: Resíduo bruto das formulações P

A

B

C

D

Umidade (%)

20

20

20

18

20

Consistência (N)

965,8

642,0

253,3

324,9

250,0

Tabela 6: Consistência de extrusão

Número de trincas após secagem a 75°C Curva de Bigot

Retração de Secagem (%) ISS

Absorção por higroscopicidade (%)

P

A

B

C

D

1

0

0

0

0

5,87

5,02

4,82

4,50

4,33

0,67

0,63

0,66

0,54

0,60

4,45

3,71

3,77

3,67

3,16

ARTIGO TÉCNICO

A possibilidade de redução da quantidade de água necessária para extrusão está de acordo com o observado por Vieira et al.(8) que observaram uma redução da quantidade de água para conformação através da introdução de material não plástico. A introdução de taguá promoveu melhorias significativas na secagem das massas, como pode ser observado na tabela 7 e na figura 1, que apresenta os corpos-de-prova do ensaio de incidência de trincas. Observa-se uma redução significativa da retração total de secagem e uma redução pequena do ISS (Índice de Sensibilidade a Secagem). Essas reduções se traduzem diretamente na eliminação de defeitos de secagem (trincas). Na massa P sem taguá há uma elevada retração de secagem, que promove surgimento de tensão no interior do corpo de prova e levam ao aparecimento de trincas nas peças. Com a adição de taguá elimina-se completamente a incidência de trincas de secagem. Outro dado que indica a melhoria de secagem do material é a redução de absorção de água por higroscopicidade. A redução de higroscopicidade sugere uma redução da avidez do material por água, favorecendo a eliminação de água durante a secagem. A redução da fração argilosa devido à introdução de taguá resulta na redução da resistência mecânica a seco das massas, conforme tabela 8. Isso é negativo, porém, deve-se avaliar industrialmente qual o impacto dessa redução sobre quebras de movimentação de peças por exemplo. A redução é muito pronunciada quando se substitui parte de argila de várzea por taguá (massa D). Conforme observado na caracterização individual das matérias- primas, a várzea é a que apresenta maior resistência a seco e o taguá é a menor, e isso torna a substituição, ainda que parcial, inviável. As propriedades pós-queima das formulações são apresentadas na tabela 9. Observa-se aumento da fundência das massas com a introdução de taguá em substituição a argilas de morro e também de várzea. Esta maior fundência já era esperada, visto que a caracterização do taguá apresentou uma elevada quantidade de óxidos fundentes. Esperava-se ainda uma melhora da resis-

Tabela 7: Comportamento de secagem P

A

B

C

D

Densidade Aparente a Seco (kg/m³)

1875

1841

1868

1907

1823

Resistência Mecânica a Seco (MPa)

5,41

4,63

4,09

4,16

3,22

Tabela 8: Propriedades a seco das massas P

A

B

C

D

Retração Linear (%)

0,21

0,28

0,62

0,93

0,83

Absorção de água (%)

19,04

18,85

16,59

14,57

17,29

10,67

9,85

7,82

10,78

8,10

Resistência mecânica pós-queima (MPa)

Tabela 9: Propriedades pós-queima das massas

Figura 1: Incidência de trinca de secagem tência pós-queima com a introdução de taguá, porém a mesma não ocorreu. Acredita-se que a redução da resistência pós-queima deve-se ao tamanho elevado de partícula do taguá empregue e que a redução da granulometria do material deva favorecer o aumento de resistência.

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ARTIGO TÉCNICO

Conclusão Através da caracterização das matérias primas pode-se verificar que o taguá apresenta-se pouco plástico, com baixa resistência mecânica a seco, e elevada fundência em comparação às argilas de morro e de várzea. A elevada fundência do material deve-se a quantidade de óxidos fundentes presentes (Fe2O3, CaO, K2O, Na2O e MgO) e baixo conteúdo de SiO2. A soma dos óxidos fundentes é de 14,67% no taguá enquanto que na argila de morro com maior quantidade este valor é de 9,83%. Quando aplicado em misturas, observa-se que os ganhos mais expressivos obtidos com o taguá estão na etapa de secagem. Devido à sua plasticidade média e às partículas mais grossas que as presentes nas argilas, nota-se que a introdução de taguá reduz a retração de secagem, reduz o ISS e elimina

trincas que se formam na etapa de secagem. Na etapa de queima a introdução de taguá aumenta a fundência da massa reduzindo sua absorção de água. Devido provavelmente a sua granulometria elevada, a introdução de taguá promoveu a redução da resistência mecânica pós-queima. Sugere-se, desta forma, reduzir o tamanho de partícula do taguá através de uma moagem mais eficiente e, com isto, uma possível melhoria das propriedades mecânicas do produto. Observa-se nas cerâmicas da região do Morro da Fumaça grande incidência de trincas e quebras originadas na etapa de secagem, assim a introdução de taguá é uma alternativa para redução destes defeitos aumentando a qualidade e a quantidade de produto final.

Referências 1. SCHWOB, M.R.V.; MORALES CARLOS, M.E.; HENRIQUES JR., M.F.;RODRIGUES, J.A.P.; TAPIA, R.S.H.C. Programa de eficiência energética em ladrilleras artesanales de América Latina para mitigar el cambio climático: Panorama da Indústria de Cerâmica Vermelha no Brasil. Rio de Janeiro, 2012. 2. QUINTANA, L.M.H.; SOARES, J.M.D.; FRIZZO, P.P.; BOHRER, L.D. Utilização da cinza de casca de arroz na produção de cerâmica vermelha. In: 43º CONGRESSO BRASILEIRO DE CERÂMICA, Florianópolis, SC, 1999. Anais... 3. MOTTA, J.F.M.; ZANARDO, A.; CABRAL JR., M.; TANNO, L.C.; CUCHIERATO, G. As matérias-primas plásticas para a cerâmica tradicional: argilas e caulins. Cerâmica Industrial, v.9, n.2, p.33-46, 2004. 4. DUTRA, R.P.S.; ARAÚJO, P.A.S.; MACEDO, R.M.P.R.; NASCIMENTO, R.M.; GOMES, U.U.; MARTINELLI, A.E.; PASKOCIMAS, C.A. Desenvolvimento de formulações de massas para a indústria cerâmica vermelha do Rio Grande do Norte. Cerâmica Industrial, v.11, n.3, p.41-46, 2006. 5. VIEIRA, C.M.F.; PINHEIRO, R.M.; MONTEIRO, S.N. Massas cerâmicas para telhas: avaliação microestrutural. Revista Matéria, v.15, n.1, p.50-55, 2010. 6. CABRAL JR., M.; TANNO, L.C.; SINTONI, A.; MOTTA, J.F.M.; COELHO, J.M. A indústria de cerâmica vermelha e o suprimento mineral no Brasil: desafios para o aprimoramento da competitividade. Cerâmica Industrial, v.17, n.1, p. 36-42, 2012. 7. VIEIRA, C.M.F.; PEÇANHA, L.A.; MONTEIRO, S.N. Efeito da incorporação de resíduo da serragem de granito em massa de cerâmica vermelha. Revista Vértices, v.5, n.3, p. 143-157, 2003. 8. VIEIRA, C.M.F.; FEITOSA, H.S.; MONTEIRO, S.N. Avaliação da secagem de cerâmica vermelha através da curva de Bigot. Cerâmica Industrial, v.8, n.1, p. 42-46, 2003. NC

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