Entrevista com o presidente do Grupo Educacional Augusto Cury, Bruno Oliveira
Ano 6
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Fevereiro/2016
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Edição 70
www.novacer.com.br
Forno Túnel Conheça as vantagens e as desvantagens do uso deste forno em cerâmicas do Brasil
Carimbo para estampo é lançado por empresa de SP
Posse da nova diretoria da Anfamec ocorre em SP
Paraná vai sediar em abril 7ª Fenace
O forno pode ser construído nos tamanhos de: 18,0m x 3,0m x 2,8m / 18 ,0m x 4,0m x 2,8m / 20,0m x 3,0m x 2,8m 20 ,0m x 4,0m x 2,8m / 24,0m x 3,0m x 2,8m / 24 ,0m x 4,0m x 2,8m
Comparando o custo final com os demais fornos do mercado o forno vagão metálico fica em torno de 40% a 60% mais barato e construído aproximadamente 60 dias.
O sistema de isolamento térmico em fibra cerâmica nas paredes, aplicados em módulos de 2m de comprimento eliminando propagação e fuga de calor, proporcionando uma economia de até 50% no combustível (madeira, cavaco e serragem, entre outros). Outra vantagem é o fantastico resultado da queima, tijolos queimados uniformimentes, tanto na parte superior da carga como na parte inferior da carga nao tendo tijojos requeimados ou sem queimar. Economia de mão de obra devido a facilidade no carregamento do tijolo para plataforma do vagão para queima e facilidade do descarregamento do tijolo depois de queimado diretamente no caminhão. Este forno esta totalmente em conformidade com as exigência do Ministério do Trabalho, ele evita que o funcionário entre dentro do forno com temperatura elevada. Após retirada do vagão os tijolos estão resfriados após 2 horas.
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SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO 14: Os prós e os contras de investir em um forno Túnel
EDITORIAL
ENTREVISTA
ARTIGO TÉCNICO
GESTÃO
10: Carta ao Ceramista
18: Inteligência emocional
22: Uso de resíduo de siderúrgica à base de carvão e hematite como aditivo energético da mistura de argilas e como incremento de poder calorífico da serragem de biomassa
30: Posse da nova diretoria da Anfamec ocorre em SP
Diretor Geraldo Salvador Junior
direcao@novacer.com.br
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Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
FEIRAS
32: Expocer será em maio no PR
SUMÁRIO
Fevereiro 2016 DESENVOLVIMENTO 16: Carimbo para estampo é lançado por empresa de SP
FEIRAS 33: Paraná vai sediar em abril 7ª Fenace
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista Nesta edição a NovaCer trouxe uma reportagem especial falando sobre os prós e contras do forno do tipo Túnel. As cerâmicas que se utilizam destes fornos são as únicas capazes de automatizar por completo seus processos, ou se não, de aperfeiçoá-los de maneira a depender cada vez menos de mão de obra braçal. No entanto, é preciso ter cautela e saber analisar as vantagens e as desvantagens do uso deste equipamento nas cerâmicas brasileiras. Neste mês, confira ainda uma reportagem sobre o carimbo para estampo lançado pela CS Carimbos, empresa de Leme, São Paulo. O grande diferencial deste equipamento é o preço, acessível para o ceramista, e a qualidade da marcação, que fica grande e visível na telha, reforçando e destacando a marca da empresa. Também neste mês a NovaCer traz informaçõessobre como será a Expocer. Após três anos, a feira está de volta. A sexta edição do
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evento será realizada de 4 a 6 de maio, no Expo Unimed Curitiba, das 15 às 22 horas. Já em abril ocorre a Fenace, no Paraná. O evento será realizado nos dias 9 e 10. O objetivo principal da festa é a interação entre ceramistas e vendedores de maquinários, além de arrecadar fundos para as melhorias da Capela São Vicente de Paulo e divulgar o setor. A entrevista especial deste mês é com Bruno Oliveira, presidente do Grupo Educacional Augusto Cury. Ele é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO) e especialista em Psicologia Multifocal (Máster EUA) e em Inteligência Multifocal, Criatividade e Resolução de conflitos. Nesta entrevista, ele fala sobre inteligência emocional como diferencial no meio empresarial. Aproveite a leitura!
A Direção
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Os prós e os contras de investir em um forno Túnel Sem dúvida, o forno é uma das peças mais importantes dentro de uma indústria de cerâmica vermelha. É por meio dele que a peça ganha resistência para uso na construção civil. Um destes e um dos mais conhecidos no ramo cerâmico é o do tipo túnel, que pode trazer excelentes resultados para empresa, se bem planejado. As cerâmicas que se utilizam de fornos túneis são as únicas capazes de automatizar por completo seus processos, ou se não, de aperfeiçoá-los de maneira a depender cada vez menos de mão de obra braçal. No entanto, é preciso ter cautela e saber analisar as vantagens e as desvantagens do uso deste equipamento nas cerâmicas brasileiras. Conforme o especialista em gerenciamento de projetos, Danilo Castro Oliveira, uma das vantagens dos fornos do tipo túnel é a capacidade de automação. “Ainda que para os outros
sistemas de queima, como fornos metálicos e vagões, estão surgindo algumas alternativas para movimentação de cargas, como pinças estáticas ou acopladas em veículos especiais e também esteiras com curvas de engates rápidos semelhantes às usadas na cerâmica branca, o forno do tipo túnel é o único que atualmente já tem sistemas definidos de automatização”, disse o especialista, que tem mais de 25 anos de experiência no setor de cerâmica. Outro destaque deste tipo de forno é o menor custo no processo de produção, já que os fornos túneis propiciam à indústria maior aproveitamento da capacidade instalada, melhor aproveitamento dos combustíveis de queima, regularidade de produção e remete à indústria a não ociosidade, ou seja, todos os dias têm-se produtos saindo do forno, conforme Danilo. Não basta apenas conferir as vantagens.
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O ceramista também deve ficar atento as desvantagens deste equipamento. Uma delas, conforme o especialista em gerenciamento de projetos, é a necessidade de acerto em um planejamento de longo prazo. “Os fornos metálicos e vagões são mais versáteis quanto a aumentos de produção e construção. Neste sentido, os fornos túneis apresentam uma dificuldade, levando o ceramista a apostar em um acerto de pelo menos quinze anos, situação que no nosso país é impossível ter-se um planejamento estratégico tão longo. Depois do último grande salto de aumento da demanda do setor e em quatro anos a vertiginosa queda enfrentada no presente, apostar em um acerto de investimento é situação de escolha muito difícil”, complementou. Além disso, conforme Danilo, há necessidade contínua de pessoas no processo produtivo. “Ao passo que nos outros tipos de fornos o sistema produtivo se encerra e continua conforme a necessidade, os sistemas de fornos túneis requerem atenção contínua, sob pena de grandes perdas, ocasionando um gasto com pessoas para efetuar manutenções de maneira contínua. Mecânicos e eletricistas se não estiverem em escalas de turnos, deverão ter plantões para alguma necessidade urgente”, explicou. Segundo Danilo, é comum ter-se notícias de fornos que não funcionaram por diferentes motivos, levando ceramistas passarem por longos períodos de reestruturação de seus negó-
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cios, devidos ao grande montante investido em ativos fixos e em necessidade de investimento em giro (NIG). “O layout mal definido pode gerar custos altíssimos para as cerâmicas que têm fornos túneis, pela simples razão que para cada necessidade que é criada, também se faz necessário criar funções e, na maioria dos casos, as funções têm necessidade de turnos, e o quadro de funcionários começa a ficar maior do que deveria, por vezes inviabilizando a indústria em função de custos excessivos”. “Por exemplo, uma função que seja criada e com salário de R$ 880, mais insalubridade, leis sociais, não custa menos de R$ 1,3 mil. Porém, no forno em estudo, para cada um colaborador que seja necessário, em certos casos, significam o incremento de mais três, em função da troca de turnos. Logo uma função significa incremento de, às vezes, quatro pessoas, conforme o cálculo hipotético R$ 1,3 mil x 4 = R$ 7,2 mil por mês”, exemplificou. Portanto, é necessário analisar muito bem o layout, de maneira a evitar gargalos na movimentação de vagões; ter espaço suficiente para acúmulos de cargas tanto na entrada como na saída de secadores, fornos e linhas de produção (maromba); as linhas devem ter o fluxo contínuo, sem que haja a necessidade de entrar e sair da linha pelo mesmo lugar. De acordo com Danilo, é preciso analisar ainda as próprias condições de investimento em sistemas de automação, a capacidade técnica interna, a capacidade financeira de manter o processo produtivo em épocas de baixa demanda, a oferta de combustíveis padronizados para a queima e a possibilidade de investimento em sistemas de automação. “Na maioria dos casos de investimentos em plantas iniciais de cerâmicas, os proprietários não conseguem contemplar todas as necessidades de investimentos. Logo se inicia a produção com algumas “deficiências” no projeto. Um número enorme de casos é verificado, onde principalmente o layout é falho para colocação de equipamentos. Elevando e até inviabilizando o incremento de equipamentos. Lembrando que as correções em layouts requerem paradas na produção e muito esforço de trabalho, refletindo diretamente nos gastos”, disse. “Se o projetista negligenciar o espaço físico para a saída de vagões que contemple todas as necessidades de pulmões de descarga,
nuseios de materiais ou em diminuição do número de vagões nos dias citados. Caindo por terra as vantagens de continuidade do tipo de forno em questão”, complementou.
Outras vantagens e desvantagens São vantagens deste tipo de forno a continuidade de produção. “As cerâmicas equipadas com fornos túneis tem como obrigatoriedade a manutenção da produção durante todos os dias do ano”, disse Danilo. Outra vantagem é a facilidade de implantação de sistemas de controle do processo. “Como o processo de queima é contínuo a regularidade é fator chave, logicamente que são necessários sistemas de controles eficazes, porém são bem menos trabalhosos, em função da repetição e padronização dos mesmos”, relatou. Menor emissão de gases para a atmosfera também é uma vantagem do equipamento. “Um forno com projeto eficiente lança para atmosfera uma quantidade bem menor de gases e calor, se comparado aos outros tipos de fornos, por exemplo, a temperatura de uma chaminé na saída de um forno túnel não ultrapassa a 100 graus Célsius” Além destes, o aproveitamento de calor para a secagem de maneira a não precisar de fornalhas auxiliares. “Esta característica de aproveitamento do calor para secagem sem precisar de fornalhas auxiliares é determinante para a afirmação de menor custo de produção”. Já como desvantagem, este forno apresenta a necessidade de um sistema de geração de energia auxiliar. “Impreterivelmente há necessidade de geradores de energia para manter o sistema em funcionamento operando quando existirem falhas no sistema elétrico convencional”. Também é preciso padronização de processos. “A administração da produção em cerâmicas com fornos túneis não pode ser empírica em hipótese alguma, se faz necessário uma metodologia que assegure a qualidade satisfatória dos produtos finais e as quantidades necessárias para o resultado financeiro da indústria”. Obrigatoriedade de regularidade nos combustíveis de queima também se apresenta como uma desvantagem. “Nos fornos do tipo túnel, a variação na qualidade dos combustíveis
de queima é fator de grande queda no aproveitamento e na qualidade dos produtos finais. Quando utilizados ainda combustíveis de biomassa até o formato e tamanho dos cavacos são importantes e não só o poder calorífico e a umidade dos mesmos”. O forno túnel tem um sistema um tanto menos versátil, quanto à mudança de produtos no processo produtivo. “Partindo da máxima que 'a carga faz parte da regulagem do forno', chega-se à conclusão que para cada tipo de material, para cada desenho de carga, o forno vai se comportar de maneira diferente, interferindo diretamente na quantidade e na qualidade dos produtos produzidos. É muito importante ter-se um planejamento para cada tipo de produto a ser produzido. Como as exigências e mudanças nos mercados de atuações das cerâmicas refletem à necessidade de adaptação constante, as mudanças de tipo de produto em processamento devem ser muito bem estudadas”, explicou Danilo. “Por exemplo, se o forno está queimando lajotas para pré-lajes e vai passar para blocos estruturais, situação já presenciada e não é incomum, existe uma variação na quantidade a ser queimada muito grande, ocasionando regulagens rápidas e precisas. Portanto, a variação de produtos é um fator que prejudica as regulagens dos fornos”, complementou.
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principalmente em fins de semana e feriados prolongados à empresa, mesmo que tenha capacidade de investimento, fica sem ação, remetendo em elevação dos custos com ma-
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Projeto Outra questão a ser levantada e muito importante, conforme o especialista em gerenciamento de projetos, Danilo Castro Oliveira, é o tipo de projeto. Um projeto de forno túnel deve, obrigatoriamente, levar em consideração vários pontos, sendo os principais: - Os tipos de produtos a serem produzidos: por exemplo, fornos desenhados para queima de telhas são totalmente diferentes do que os que queimam blocos, em formatos, tamanhos, tamanho de fornalhas, método de injeção de vagões, disposição de queimadores, etc. - O tipo de argila: além da prévia definição dos produtos, da quantidade e da tipologia da produção o comportamento das curvas de aquecimento, cocção e resfriamento varia de acordo com os produtos e as argilas a serem utilizadas. Em hipótese alguma esta afirmação deve ser negligenciada. - Região de atuação: Por muitas vezes tem se visto os administradores de cerâmicas adquirirem fornos, secadores, conjuntos de máquinas com base em experiências de outras regiões. Entretanto as afirmações sobre restrições impostas pelas regiões de atuação devem ser consideradas. Por exemplo, na região sul por vezes as condições climáticas impõem severas dificuldades de secagem, requerem maior quantidade de calor necessário para aquecer os conjuntos, submetem aos materiais a choques térmicos com muito maior rigor se comparado às regiões quentes. - O pré-forno, como o próprio nome diz, não é um complemento do secador e muito menos um pulmão para finais de semana ou feriados, funciona como uma câmara de aquecimento da carga, simplesmente.
Cerâmicas x forno Túnel A escolha de determinados equipamentos, ao longo do tempo, determina o sucesso ou fracasso de qualquer empresa, conforme o especialista em gerenciamento de projetos, Danilo Castro Oliveira. Neste sentido, o tipo de sistema de queima a ser escolhido é um dos maiores determinantes, em função da dificuldade de implantação e do grande capital investido em obras de grande porte. Ainda segundo ele, sempre que se fala em fornos do tipo túnel, logo vêm a ideia de grandes montantes investidos, indústrias cerâmicas de porte maiores e automatizadas, porém, os fornos do tipo túnel são muito versáteis e se adaptam a qualquer tipo de produtos e quantidade a ser produzida, se tornando uma das melhores escolhas a serem consideradas, quando no Planejamento Estratégico da indústria. “Para tentar evidenciar os aspectos positivos no sentido de sobreviver aos tempos atuais, realizei uma pesquisa entre os pequenos
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ceramistas da região de Pelotas, Rio Grande do Sul, na localidade denominada Sanga Funda, polo de produtos cerâmicos para a região do extremo sul do estado”. A pesquisa do especialista baseou-se em evidenciar as vantagens das pequenas cerâmicas, entre 700 e 1400 toneladas por mês de blocos de vedação, equipadas com fornos do tipo túnel. Na região, existe um total de 29 cerâmicas organizadas em uma associação. Nestas empresas, encontram-se oito fornos túneis dos quais, cinco têm características semelhantes. Entre estas características estão maioria dos fornos com altura menor que os comumente encontrados, até 1,65 metros medindo da base à abóboda; fornos com a distância de aquecimento muito maior que os tradicionais projetados, cerca de 80 metros, só na zona de aquecimento; zona de queima com, no máximo, quatro fornalhas de cada lado; vagões com bases feitas sem materiais isolantes; vagões
Cerâmica Santo Antônio Cerâmica Rabassa
Cerâmica Danenberg Cerâmica Corrêa
Nome Cerâmica Santo Antônio Cerâmica Danenberg Cerâmica Rabassa Cerâmica Corrêa
Produtos principais
Produção
Tijolos maciços, blocos de vedação linha 9 cm Blocos de vedação linha 9; 11,5, 14 cm e tamanhos especiais para exportação Tijolos maciços, blocos de vedação linha 9 cm Blocos de vedação linha 9; 11,5, 14 cm e tamanhos especiais para exportação
750 ton/mês
Tempo de instalação do forno 8 meses
1.100 ton/mês
5 anos
750 ton/mês
2 anos
1.400 ton/mês
1,5 ano
Produção
750 ton/mês
Números de funcionários 15
1.100 ton/mês
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750 ton/mês
1.400 ton/mês
Tabela 3 Tamanho, ton/mês 750 1100 1400
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Tijolos de 6 furos Produção R$/peça 394737 0,28 R$ 578947 0,28 R$ 736842 0,28 R$
fat/ teórico func R$ 110.526 R$ 162.105 R$ 206.316
50 ton/pessoa 63 ton/pessoa 61 ton/pessoa 64 ton/pessoa
Tabela 2
fat/ teórico 110.526 162.105 206.316
Custo/pes Produtividade R$/pessoa 15 R$ 1.800 4,1 18 R$ 1.800 5,0 22 R$ 1.800 5,2
Tabela 4
Tamanho, ton/mês 750 1100 1400
peso (kg) 1,9 1,9 1,9
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Produtividade/pessoa
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Tabela 1
que servem tanto para secagem, como para queima; carga de vagões com espaçamento considerável entre as peças; e a principal: correta interpretação da importância do layout no processo produtivo. É notória a interpretação do tipo de layout utilizado, conforme Danilo. “Layout em linha, que apresenta a seguinte definição, segundo Prof. Adm. Sérgio David Ferreira Cruz: as máquinas ou as estações de trabalho são colocadas de acordo com as sequências das operações e são executadas de acordo com a sequência estabelecida sem caminhos alternativos. O material percorre um caminho previamente determinado dentro do processo”, disse. “Na tabela 2, visualiza-se a produtividade de toneladas por pessoa, transformando o número por blocos de vedação 9x14x19 cm (tijolos de 6 furos), tem-se nas duas menores uma produtividade de 27 milheiros por pessoa e por mês. Já nas cerâmicas que conseguem produzir acima de 1 mil toneladas mensalmente, este mesmo índice aumenta em quase 26%, passando para 34 milheiros por pessoa durante um mês. Este cálculo está aproximado porque nas cerâmicas o quadro de funções têm algumas diferenças tais como: número de pessoas na administração, oficina, entregas com caminhões e operadores de máquinas”. Evidentemente que os números da tabela não são tão positivos, porém, algumas ponderações servem para reflexão, conforme Danilo. “A região em estudo apresenta um clima bastante variado, sendo a produção muito prejudicada nos meses de inverno, junho a agosto, no caso, as cerâmicas em questão não encontrarão dificuldades nestes períodos, se comparadas as com fornos do tipo meio-hoffman, utilizados pelas outras, na maioria. Propiciando,
desta forma, o ceramista ter uma regularidade de faturamento anual. Além disso, considerando que toda a carga de vagonetas/vagões na extrusão é feita manualmente, o número de pessoas/peça ou tonelada é perfeitamente aceitável,conforme tabela 4”, finalizou.
Quando investir em um forno Túnel? O ceramista só deve investir em um forno túnel quando tiver certeza, principalmente de sua linha de produção já desenvolvida, com seus mercados já consolidados e, além disso, quando estiverem plenamente todas as restrições técnicas citadas ao longo desta reportagem. “Vale lembrar que muitos fornos túneis no Brasil se tornaram “grandes vilões”. No entanto, cabe ressaltar que neste tipo de forno não
tem espaço para más administrações, projetos inadequados, e alocação de recursos de forma equivocada”. “Um forno túnel é apenas um componente de um sistema muito complexo, logo, não é nem “salvador a ponto de ser defendido e nem vilão a ponto de ser condenado”. É apenas uma engrenagem de enorme máquina que é uma indústria de cerâmica”, finalizou. NC
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Carimbo para estampo é lançado por empresa de SP A marcação fica grande e visível na telha, reforçando e destacando a marca da empresa
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Um carimbo para estampo foi lançado pela CS Carimbos, empresa localizada em Leme, São Paulo. Segundo o gerente de vendas da empresa, Italo Soriani, o grande diferencial deste equipamento é o preço, acessível para o ceramista, e a qualidade da marcação, que fica grande e visível na telha, reforçando e destacando a marca da empresa. Conforme o gerente de vendas, este carimbo existe há algum tempo no mercado, porém, nunca com preço acessível. “O que fizemos foi uma adequação de preço e material a ser utilizado, pois ele precisa ter um preço acessível em um material resistente o suficiente para ser prensado junto com a telha”, disse. “Estamos sempre preocupados em melhorar o que está no mercado, temos um
Puccini, o maior benefício alcançado na cerâmica, com o carimbo, foi a facilidade em levar aos clientes informações técnicas exigidas pela ABNT e também a divulgação da Marca Bagatta expressa nos produtos. “As expectativas foram superadas quando vista a Logomarca Bagatta expressa de forma significativa em nossos produtos. Os carimbos impressos no lado inferior da telha, além de se tornar mais visível, divulgando a marca, evita o amassamento no final da telha causando trincas”, finalizou Puccini. NC
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setor de projetos na empresa, para desenvolver novos produtos, portanto, quando há necessidade de mercado, focamos em desenvolver novos projetos para suprir esta necessidade”, completou o gerente de vendas. O maior benefício deste equipamento para a cerâmica é o reconhecimento de sua marca no produto. “Algumas cerâmicas investem muito em divulgação e consolidação de marca, que está presente em todos os lugares – folders e embalagem, entre outros –, porém, em falta na telha, porque o carimbo ficava escondido por causa do automatismo. Portanto, este carimbo vem para estampar, de forma grande e bonita, a marca do cliente na telha”, relatou. Com esta tecnologia, a ideia da CS Carimbos é sanar uma necessidade do mercado. “Com muita tecnologia, empenho e dedicação, conseguimos deixar o produto em um preço acessível para que todos os ceramistas se interessem pelo produto e adquiram para expandir suas vendas”. O produto tem variação para quantidade de escritas e tamanho. Dessa forma, a empresa desenvolve projetos específicos para cada cliente. Atualmente, três empresas do setor utilizam este carimbo. São elas Rosalino, de Cocal (RO), Drummond, de Capinópolis (MG) e Bagatta, de Tambaú (SP). Para o engenheiro civil da Bagatta, Carlos Teixeira
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ENTREVISTA
Inteligência emocional Bruno Oliveira, presidente do Grupo Educacional Augusto Cury (Editora Escola da Inteligência, Franquias Menthes, Faculdade Menthes, Portal Inteligência e Instituto Augusto Cury), é o entrevistado deste mês. Ele é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO) e especialista em Psicologia Multifocal (Máster EUA) e em Inteligência Multifocal, Criatividade e Resolução de conflitos. Nesta entrevista especial, ele fala sobre inteligência emocional como diferencial no meio empresarial mundo todo. Os cursos são formados, ainda, por conteúdos das áreas da neurociência, psicologia, pedagogia e gestão de pessoas, e atendem às necessidades específicas dos alunos, como MBA e pós-graduação, Coaching Pessoal, Coaching Profissional, Curso para educadores, além de Coaching para crianças e jovens e a matemática inteligente.
NC - O que é a Menthes e o que ela oferece? Bruno Oliveira - A Menthes é um centro educacional, pertencente ao Grupo Educacional Augusto Cury, que oferece cursos com metodologia exclusiva com o objetivo de promover o sucesso pessoal, acadêmico e profissional dos seus alunos. Os cursos da Menthes apresentam metodologia moderna fundamentada na Teoria da Inteligência Multifocal (TIM), elaborada pelo Dr. Augusto Cury ao longo de 30 anos e de mais de 15 mil sessões de psicoterapia, que estuda o funcionamento da mente e a formação de pensadores e é validada academicamente em mestrados e doutorados do
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NC - De que forma a Menthes pode ajudar empresários por meio da educação emocional? BO - Quando o indivíduo trabalha o emocional, ele consegue ser mais centrado, mais seguro. Consegue reagir bem a situações de estresse, pressão e ansiedade, entre outras coisas. A inteligência emocional também permite o reconhecimento e superação de dificuldades limitantes. Traz capacidade de ouvir e lidar com opiniões contrárias e críticas. Outros benefícios de trabalhar a inteligência emocional são: superação dos pensamentos negativos pelo estímulo constante de pensamentos e hábitos saudáveis e motivadores; capacidade de criar e manter vínculos saudáveis com as pessoas; desenvolvimento da resiliência para lidar com as situações desafiadoras e adversas; aprendizagem de técnicas para a utilização de recursos intelecto emocionais para o desenvolvimento de uma mente inteligente, criativa e saudável. NC - É possível liderar as emoções? Como isso acontece? Como as pessoas podem liderar suas emoções? BO - É possível sim, porém, é necessário treinar
NC - De que forma é possível gerenciar com maturidade o mundo das ideias? BO - Para gerenciar com maturidade o mundo das ideias, precisamos de muitas técnicas. De maneira resumida, podemos destacar duas: primeira, “técnica do resgate da liderança do Eu”. Criticar os pensamentos negativos e as ideias que podem paralisar, desanimar, amedrontar, entristecer, deprimir, etc. Cada pensamento que incomoda deve ser criticado com ousadia e determinação pelo “Eu”. Tentar parar de pensar ou se distrair são técnicas usadas há milênios sem resultado. É essencial aprender a duvidar do poder do conteúdo desses pensamentos. Não ser tímido diante deles, criticá-los sem temor. Fazer uma higiene no delicado palco da mente, trabalhando os pensamentos negativos. A segunda é a “técnica do choque da lucidez da emoção”. A inteligência da emoção é dada pelo “Eu”, que representa a capacidade de escolha, a vontade consciente. A emoção pode ser ingênua ou lúcida dependendo da direção que você dará a ela. Deixe-a solta para que você possa amar, ser tolerante e tranquilo, mas não a deixe dirigir a sua razão em situações destrutivas. A maioria dos crimes, dos conflitos sociais, das ofensas nunca resolvidas e dos traumas sociais nunca apagados foi produzida porque a emoção governou a razão. Determine não submeter sua emoção ao conteúdo dos pensamentos perturbadores. Exija ser alegre, seguro e capaz para superar suas angústias e ansiedade. O pior medo é o medo do medo, é ser passivo. Jamais se esqueça de que há uma força dentro de você que está desativada ou mal usada. NC - Como utilizar a inteligência emocional como diferencial? BO - A inteligência emocional tornou-se o gran-
de diferencial para o profissional, uma vez que a competência técnica é considerada mais fácil de ser aprendida. Se perguntar aos executivos qual o maior problema que enfrentam na gestão de pessoas, a resposta será o relacionamento. As pessoas estão intolerantes, irritadiças e ansiosas. NC - Como funciona o trabalho do Coaching Emocional? BO - No Coaching Emocional, o Coach, formado pela nossa escola Menthes, aprende sobre o funcionamento da mente e comportamentos e desenvolve a inteligência emocional. Ao conhecer a mecânica mental e desenvolver essa inteligência, o profissional tem condições técnicas de contribuir com as pessoas, por meio de sessões individuais, levando-as a conhecerem suas habilidades para aprimorá-las e suas dificuldades para reciclá-las, a encontrar respostas inteligentes nas situações adversas e desenvolver as habilidades interpessoais para construir e expandir sua rede de relacionamentos. Portanto, o Coaching individual pode ser importante para quem precisa de um acompanhamento mais específico.
ENTREVISTA
gerenciar os pensamentos. Treinar a emoção é desenvolver as funções mais importantes da inteligência, tais como aprender a gerenciar os pensamentos, proteger a emoção nos focos de tensão, pensar antes de agir e reagir, se colocar no lugar dos outros, perseverar diante dos seus sonhos, valorizar o espetáculo da vida, etc. Somente assim é possível reeditar o filme de nossa história registrado na memória. Somente desse modo pode haver mudanças substanciais em nossa personalidade.
NC - Qual a importância desse profissional nos dias atuais? BO - O Coach está tendo, cada vez mais, sua importância reconhecida, prova disso é que a oferta de serviços de Coach se multiplicou no Brasil nos últimos anos. Segundo pesquisa da consultoria PwC, o número de profissionais certificados subiu de 350, em 2009, para 1.100, em 2012. Nos EUA, 30% das pequenas empresas usam o Coaching para melhorar a gestão e ajudar no crescimento. (Fonte: Chicago Business News). A tendência no Brasil é a procura pelo Coaching aumentar por causa dos benefícios que proporciona. NC - Em tempos de crise, quando o empresário está mais preocupado com as incertezas do mercado, que dicas você dá para o empresário lidar com perdas e frustrações? BO - Ter inteligência emocional, nessa atual fase econômica de nosso país, com certeza, é um diferencial. As empresas estão buscando cada vez mais profissionais diferenciados, não apenas com uma boa graduação, mas também como o famoso “jogo de cintura”. De acordo com pesquisas, quem desenvolve a
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ENTREVISTA
inteligência emocional é mais bem-sucedido na vida pessoal e na profissão. Saber lidar com a frustração, com prazos e metas, são competências cada vez mais raras. Tudo isso contamina o ambiente de trabalho, diminuindo a produtividade nas empresas e a qualidade de vida.
psíquico e o desenvolvimento das funções mais complexas da inteligência, como saber expor e não impor suas ideias, saber se colocar no lugar do outro, educar e proteger suas emoções, liberar a criatividade e desenvolver inteligência existencial e resiliência, entre outras.
NC - Cargos de liderança exigem um preparo maior quando o assunto são as emoções? Explique por quê? BO - Sim. As empresas investem mais em seus líderes, pois os consideram como multiplicadores, que irão replicar o conhecimento para seus liderados. Mas hoje todas as empresas precisam de profissionais altamente capacitados para reduzir os custos e aumentar a produtividade. Porém, cada vez percebem que somente a capacitação técnica não é o suficiente; capacidade de lidar com pressão, com opiniões divergentes, ter calma para resolver problemas, saber conviver com os diferentes são fundamentais para aumentar a performance de toda a organização. Tanto que 75% dos profissionais de RH escolhem promover ou contratar pessoas que possuem altos níveis de QE, em vez de QI. Portanto, treinamento na área de inteligência emocional deve ser disponibilizado para todos os funcionários, independente de qual área e função.
NC - De que forma esta Teoria da Inteligência Multifocal ajuda a melhorar o desempenho no trabalho? BO - Por meio do desenvolvimento da inteligência emocional. De acordo com a Teoria da Inteligência Multifocal, para que a inteligência emocional seja desenvolvida, é necessário treinamento de uma inteligência que integre tanto habilidades emocionais e sociais quanto cognitivas, que compreendam tanto os aspectos conscientes quanto inconscientes da construção dos pensamentos, e que considere que o ser humano não é só o produto da memória, mas também construtor dessa memória, na medida em que exercita ser o autor de sua própria história. Hoje, as pessoas não usam a construção do pensamento, e sim pensamentos prontos. Por isso é muito importante disponibilizar ferramentas para modificar essa realidade, como um choque de lucidez para a emoção saudável.
NC - O que é a Teoria da Inteligência Multifocal? BO - A Teoria da Inteligência Multifocal (TIM), elaborada pelo psiquiatra, pesquisador e escritor Dr. Augusto Cury, tem como objetivo estudar o complexo processo de interpretação da realidade, ou seja, como percebemos a nós mesmos e o mundo. O nome “multifocal” vem do estudo da construção dos pensamentos em seus múltiplos aspectos, conscientes e inconscientes. A TIM fortalece a consciência crítica e a capacidade gestora do EU diante de processos inconscientes que distorcem a realidade, resultando no adoecimento emocional por conta de crenças que enxergam os eventos sob um único ângulo e desconsideram outros aspectos vitais para as relações intra e interpessoais saudáveis. Nessa teoria, quatro linhas são contempladas: a natureza e o processo de construção dos pensamentos, os papéis conscientes e inconscientes da memória, a formação do EU como líder do teatro
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NC - Cite alguns sinais de que um empresário não está utilizando sua inteligência emocional. BO - Atualmente verificamos que muitos profissionais são desligados das empresas não por questões técnicas, mas por falta de inteligência emocional. Percebemos que muitos ingressam no mercado de trabalho munidos de conhecimentos e competências técnicas importantíssimas, contudo, mostram-se emocionalmente despreparados para lidar consigo, suas emoções e pensamentos, e com o outro. Mostram dificuldades nos relacionamentos inter e intrapessoais, trabalhar em equipe, superar perdas e frustrações, pensar antes de agir e reagir. Profissionais com cargos de liderança têm nos procurado para o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades específicas na gestão de pessoas, por exemplo. Estamos diante de novos desafios pessoais, profissionais e educacionais. Portanto, novas competências são necessárias para podermos ter saúde psíquica e emocional, brilhantismo intelectual e sucesso profissional.NC
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UM NOVO CONCEITO DE QUALIDADE E TECNOLOGIA
ARTIGO TÉCNICO
Uso de resíduo de siderúrgica à base de carvão e hematite como aditivo energético da mistura de argilas e como incremento de poder calorífico da serragem de biomassa Trabalho desenvolvido pelo engenheiro cerâmico e do vidro, Vitor Salvado Frutuoso da Costa
Introdução
Quadro 1 Mistura argilosa em uso na fábrica Tipo de Mistura Mistura - 1 PADRÃO* Mistura 2 Mistura 3 Mistura 4 Mistura 5 Mistura 6 Mistura 7 Mistura 8 Mistura 9 Mistura 10 Mistura 11 Mistura 12 Mistura 13
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Pretendia-se com a utilização de um resíduo derivado da indústria siderúrgica promover uma mistura argilosa mais ativa e até quase autoaquecível e, por outro lado, que sua utilização conjunta com a biomassa pudesse dar uma ajuda termicamente mais energética na queima de produtos de barro vermelho em fornos túnel. O resíduo é uma mistura de três substâncias que são recolhidas em locais diferentes ao longo do ciclo de produção do aço. Foram usados em separado e em conjunto de acordo com as respectivas quantidades relativas. Para uma melhor identificação de cada um e da mistura dos três, foi mandado fazer um ensaio de difração de raio-X.
Tipo de aditivo 0 AMM01 (Mistura de residuos) AMC02 (Residuo à base Carvão) AMLA03 (Residuo Lama de Hematite e Carvão AMPB04 (Residuo à base de Hematite) AMM01 AMC02 AMLA03 AMPB04 AMM01 AMC02 AMLA03 AMPB04
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Percentagem de Aditivo 0 3% 3% 3% 3% 5% 5% 5% 5% 7% 7% 7% 7%
A ideia era usar o resíduo mais rico em carvão no forno como aditivo energético para a queima em forno túnel, e os mais ricos em minério de ferro usá-los como aditivos nas composições argilosas para servirem por um lado de melhoria corante, (vermelho carmim), uma vez que se pretendia um produto com uma coloração vermelha mais viva e também dar um incremento de combustão interna que facilitasse a condução do calor até o interior das paredes do tijolo por combustão interna do carvão.
Trabalho prático Para toda esta análise, foi preparada uma série de ensaios e misturas que se listam no quadro 1. Amostras dos quatro resíduos foram enviadas ao laboratório da Universidade de Viçosa, para que se fizessem análises mineralógica por difração de raio-X, além da determinação do seu Poder Calorífico Superior, PCS. Apresentação e análise de resultados Obtidos Difratometria de Raiox-X Configuração do aparelho: As amostras foram submetidas a difratometria de raios-X (DRX) em um difratômetro multifuncional Panalytical X’Pert Pro PW 3040/60, equipado com 1800W, tubo de cobalto (CoKα) de 60 kV e um detector X’Celerator. A faixa analisada foi de 4 a 70 °2θ com passo de 0,0008 °2θ s-1 com 40 kV e 40 mA. Os minerais Hematita, Goethita, Ma-
Determinação do Poder Calorífico Superior Foram ainda feitas análises de determinação do PCS (Poder Calorífico Superior), Kcal/kg, de modo a quantificar o poder calorífico de cada um dos resíduos e, além disso, foram feitas misturas de resíduos e serragem, cujos resultados se podem aferir nos quadros 2 e 3. Dos resultados obtidos pode acompanhar-se uma pequena variação entre as diferentes amostras. O ensaio foi bastante influenciado pelo nível de cinza que os resíduos apresentam e por isso não se conseguiu ter uma ideia mais precisa do seu poder calorífico individual, tal como se pode seguir pelo quadro 2. Porém, é do nosso conhecimento que o resíduo AMC02 será o de maior poder calorífico prático, uma vez que a sua base carbonífera fica provada pelo raio-X que se apresentou. No caso das misturas de pó de serragem e o resíduo mais carbonífero: AMC02,
ARTIGO TÉCNICO
ghemita e Quartzo se mostraram presentes em todos as amostras analisadas. As diferenças entre os difratogramas foi devido às diferentes proporções de carvão existentes em cada uma, uma vez que o carvão é um material amorfo, o ruído de fundo do gráfico varia, tal como se pode seguir pela figura 1. Da análise destes difratogramas podemos concluir o seguinte: há uma boa quantidade de material amorfo (carvão vegetal) conjuntamente com Hematite (minério de Ferro), mas há também muito material de contaminação que está associado à presença de silica (areia), que deverá ser em grande parte da contaminação que o resíduo obteve no parque onde foi armazenado, e movimentado com pá carregadora que nem sempre teve o cuidado de não arrastar no fundo arenoso do parque. Fica, no entanto, provado com este ensaio o elevado conteúdo de carvão (vegetal) da amostra AMC02 - Carvão, e o maior conteúdo de Hematite no resíduo AMLA03, que é a recolha dos finos do alto forno, ainda que também no AMPB04 esteja bastante presente o minério de Ferro, Hematite.
Figura 1 - Esquema dos vários difratogramas obtidos para os 4 resíduos ensaiados Amostra
Repetição 1 2 1 2 1 2 1 2
AMM01-mistura AMC02 -carvão AMLA03-lama rica em carvão AMPB04-mistura rica em hematite
Poder Calorifico Superior kcal/kg 4680 4750 6020 5593 4810 4765 4602 4710
Quadro 2 - Resultados do ensaio de determinação do Poder Calorífico Superior Amostra
Repetição
Pó de serragem Normalmente em uso da fábrica Mistura: Pó de Serragem + 25% AMC02 (carvão vegetal) Mistura: Pó de Serragem + 15% AMC02 (carvão vegetal)
1 2 1 2 1 2
Poder Calorifico Superior kcal/kg 4657 4550 4712 4686 4697 4665
Cinzas (%) ----1,27 1,30 1,08 1,16
Quadro 3 - Poder Calorífico Superior de misturas com Pó de Serragem os resultados de Poder calorífico deram os seguintes resultados: Poder Calorífico Superior (kcal/kg) e Cinzas (%). Este ensaio, além de ter o objetivo de comprovar a influência do teor de cinzas no resíduo, teve ainda o objetivo de verificar o interesse de fazer uma adição deste tipo de resíduo com a serragem de modo a que
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 2 - Fotografia da seção de ruptura dos corpos de prova com adição de 3% de resíduo.
Figura 3 - Aspecto geral da cor dos vários tipos de corpos de prova queimados às várias temperaturas: 850, 900ºC e no forno Túnel a 880ºC
se pudesse verificar interesse estratégico na utilização desta mistura. O que mais uma vez isso não foi provado, pois os resultados não apresentam valores significativamente mais elevados de PCS. Os resultados obtidos mostram um ligeiro aumento do PCS. Porém, os resultados poderão ser melhorados caso se diminua o nível de cinzas e material amorfo que está associado a este resíduo, bem como os contaminantes arenosos do parque. Este artifício deverá ser provado semi-industrialmente para se ter uma ideia mais concisa do benefício que poderá trazer. O trabalho de laboratório constou dos seguintes ensaios e testes: -Perda ao fogo de cada um dos resíduos; -Cozedura a 800ºC, 900ºC e no forno túnel (neste caso a 880ºC, ciclo de 18 horas); -Determinação da retração verde seco e seco-cozido; -Determinação da absorção de água; -Determinação da Resistência Mecânica à Flexão, em cru e após a queima; -Determinação da massa específica de cada mistura; e -Análise e comparação de cor e aspecto
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dos corpos de prova obtidos para as várias misturas. Análise de resultados Assim nas composições com adição de 3%, mistura 2, 3, 4 e 5 de resíduo, a análise dos resultados, quando comparados com a mistura padrão, mistura 1, em uso atualmente, pode-se sugerir o seguinte: - Os resultados dos ensaios em cru: a retração verde-seco não apresenta significativas diferenças em relação ao obtido para o Padrão (mistura 1). A possível interpretação que se faz é que as adições de resíduo são muito pequenas e o pó do resíduo é muito fino, além de ser um produto inerte à temperatura ambiente. - Os valores de resistência mecânica, nalguns casos, são um pouco mais altos do que os obtidos para o padrão, o que pode ser justificado pela introdução de pó fino nas cavidades da mistura argilosa que ajudam na formação de uma maior compactação do arranjo estrutural. - A umidade de extrusão não variou muito em função do tipo de resíduo, relativamente à usada para a massa padrão. Apenas o resíduo AMC02, tingiu um pouco a massa, talvez devido à pequena dimensão de partícula que apresenta. Os valores dos ensaios de caracterização após a queima ajudaram a concluir o seguinte: - Existe uma significativa combustão durante o processo de queima, que pode ser seguida pelos valores de perda ao fogo obtidos para todos os resíduos analisados; - Mesmo com uma adição de apenas 3% de aditivo, a retração do material foi superior à da massa padrão, mesmo já na temperatura mais baixa, 800ºC; - A resistência mecânica à flexão mostra em geral uma melhoria para todas as composições com aditivo, mas é a mistura 3 (com adição de 3% de aditivo à base de carvão) que se verifica o maior aumento; - Os valores de absorção de água não revelam esta tendência descrita no ponto anterior. Não se obtiveram grandes variações em função do tipo de resíduo/aditivo nem em relação à temperatura, o que se considera algo
Legenda: AMM01 - Mistura; AMC02Carvaõ; AMLA03 Lama; AMPB04 - Pó Balão Figura 4 - Fotos comparativas do aspecto da seção reta de corpos de prova queimados a temperaturas diferentes e sua comparação com o Padrão. Umidade de Extrusão % 22,21 22,47 22,63 22,71 23,24
Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Mistura 4 Mistura 5
Retração Verde - Seco % 5,35 5,06 5,03 5,76 5,74
Resistência Mec. Flexão MPa 3,96 3,02 2,93 4,03 3,83
Quadro 4 - Propriedades físicas da mistura padrão e das misturas com 3% de aditivo, em cru Queima 800ºC
Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Mistura 4 Mistura 5
Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
5,49 5,77 6,12 5,34 6,62
21,27 21,68 23,02 21,90 21,74
2,96 3,72 6,68 3,10 3,34
Queima Forno Túnel 880ºC Mas. Esp.
g/cm3
1,71 1,67 1,62 1,69 1,65
Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
6,61 7,08 --* 7,49 7,57
20,95 20,97 --* 20,93 20,85
5,41 6,06 --* 4,36 6,49
Mas. Esp.
g/cm3
1,74 1,72 --* 1,71 1,62
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inesperado. Poderá ter havido alguns problemas com os corpos de prova elaborados; - As argilas que constituem a base da mistura apresentam, em geral, uma região central com estado de queima mais retardado, o que se agravou um pouco nas misturas com aditivo/resíduo. Foi no caso da mistura 3, cujo efeito mais se manifestou (ver figura 2). Este comportamento de superfície verifica-se, pois há maior facilidade de combustão do aditivo na superfície da parede formada e, além disso, há mais oxigênio livre para a queima. Claro que no forno túnel a velocidade de aquecimento é menor e há mais tempo para que as reações se possam dar. Além disso, a depressão que se cria no pré-aquecimento favorece a remoção dos gases que entretanto se formam após a reação de combustão. Este fato dever-se-á uma maior reatividade superficial com a densificação da superfície e dificultando a desgaseificação do interior da massa do corpo de prova, também devido ao elevado teor de matéria orgânica que estas argilas apresentam; - Os corpos de prova queimados no forno apresentam em geral um resultado bastante melhor que os queimados no forno de laboratório, ver figura 3, não só devido ao tempo de queima (ciclo) como também devido ao melhor arejamento que é provocado no forno túnel, atmosfera mais oxidante e depressão, o que ajuda a libertação gasosa resultante de reações de combustão e transformação que ocorrem durante a combustão do carvão adicionado e outras substâncias que lhe estão associadas. Isto pode ser acompanhado também, pela observação da seção reta dos corpos de prova na foto da figura 4. No entanto, os valores de absorção de água não revelam esta suposição. Além disso, o valor da densidade ou massa específica obtidos também não mostraram grande evolução na densificação (relação com o obtido na massa padrão) em relação às misturas com aditivo, 3%. Poderá ter havido alguns problemas de conformação, manuseio e determinação dos valores encontrados. Isto pode ser avaliado pelos valores dos quadros 4,5,6.
Queima 900ºC Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
6,63 6,63 7,16 5,54 6,61
20,74 20,84 21,12 20,99 21,12
3,99 5,64 8,14 4,99 5,63
Mas. Esp. g/cm3
1,74 1,71 1,62 1,74 1,68
Quadro 5 - Propriedades físicas após a queima da mistura padrão e das misturas com 3% Aditivo
Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Mistura 4 Mistura 5
Perda Fogo % 8,67 9,50 12,09 10,24 8,88
Quadro 6 -Perda ao fogo da mistura padrão e das misturas com 3% aditivo
No caso da adição de 5% de resíduo: mistura 6, 7, 8 e 9, a análise dos resultados, quando comparados com a mistura padrão, mistura 1, sugerem os seguintes comentários. Os resultados obtidos para os corpos de prova em cru: - Umidade de extrusão sem influência apreciável por parte da adição do resíduo, tal como no caso da adição de 3% de resíduo; - Retração verde - seco: também sem grande sentido as variações encontradas. De pequena influência e por isso sem grande impacto; - Resistência Mecânica à Flexão: ligeiramente inferior, relativamente ao padrão,
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devido à introdução de maior quantidade de material não plástico e por isso menor compactação e adesão interpartículas. No que diz respeito aos resultados obtidos após a queima, os resultados revelaram: - Perda ao fogo: significativamente superior em relação ao obtido para a mistura padrão. Naturalmente o resíduo acrescentado tem uma grande quantidade de material combustível (carvão) e por isso queima durante o ciclo. O valor de perda ao fogo verificado para estas misturas em relação ao obtido nas misturas de 3% de adição é natural, pois a percentagem de material combustível é maior; - Retração total: Em geral superior ao valor encontrado para o padrão, porém mais significativa no caso da mistura 7 (adição de AMC02-carvão), pois também é o resíduo que maior conteúdo de combustível apresenta. Sugerindo, além disso, a tendência do que aconteceu no caso da mistura 3. Em contrapartida o resíduo AMPB04, mistura 9 (maior conteúdo de Hematite e menor de carvão), é o que menor diferença na retração apresenta em relação ao padrão. - Absorção de água: No caso das misturas com adição de 5% de resíduo, já se verificou uma maior variação desta característica, com o aumento da temperatura de queima, bem como num ou noutro caso em que a diminuição da absorção de água é mais sensível. Caso do aditivo AMC02 onde o valor caiu de um modo significativo com a temperatura. Pode concluir-se, portanto, que uma maior percentagem de adição de resíduo já consegue provocar alguma densificação do material e tanto maior quanto o poder calorífico do resíduo (caso do carvão, cuja influência térmica da sua queima deverá ajudar a densificação do material, particularmente à superfície da parede formada, influenciando por isso a absorção de água. - Densidade aparente, ou massa específica: pelos resultados obtidos, verifica-se que os corpos de prova queimados no forno túnel apresentam sempre uma densidade mais elevada, o que mostra que o processo de queima do resíduo não terá sido concluído nos ciclos levados a cabo no forno de
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laboratório, que a atmosfera mais oxidante do forno poderá ter ajudado a uma mais rápida e eficiente queima, além do estado de depressão que o material fica sujeito durante o primeiro terço do ciclo de queima no forno túnel. Os valores obtidos para adição de 5% são em geral superiores aos atingidos com adição de 3% e por isso constata-se que na verdade o resíduo é termicamente ativo e ajuda na operação de queima. - Resistência mecânica à flexão: os valores encontrados são em geral sempre superiores aos obtidos para o padrão. Mais uma vez os valores obtidos mais elevados coincidiram com as misturas com o resíduo, AMC02-carvão, o que mostra a maior atividade deste aditivo e sua maior atividade térmica, promovendo uma maior densificação do material e consequentemente aumentando a sua resistência mecânica à flexão. -Analisando a distribuição granulométrica do aditivo AMPB04 e mesmo o AMLA03, verificamos que apresentam maior percentagem de grãos mais grossos, equivalentes aos grãos de minério de ferro, e resíduos de sílica e outros contaminantes (encontrados no ensaio de raio-X), que serão a causa das diferenças de comportamento encontradas para os vários resíduos. Mais uma vez se verifica um efeito de superfície, com a formação de um coração negro significativo mesmo nos corpos de prova queimados no forno. Este fenômeno tem a ver com a formação de uma película superficial em que se deu uma densificação e prejudicou a reação de combustão no interior, com libertação de CO2. Entre outras causas poderá também ter havido fenômenos de redução do Ferro. O tamanho da partícula de resíduo pode também ter contribuído para que este fenômeno se tenha agravado. O tempo para que se possa completar a reação de queima poderá também ter sido insuficiente. Pela análise das seções de corpos de prova utilizados no ensaio de resistência mecânica à flexão, figura 5, podemos verificar que a temperaturas mais elevadas o problema tem tendência a desaparecer. Na figura 6, estão representados exemplares dos vários corpos de prova com a
Figura 5 -A- Seção reta dos corpos de prova queimados no Forno Túnel, 5% de aditivo B- Comparação de aspecto dos corpos de prova queimados a temperaturas diferentes. Aditivo AMC02carvão
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adição dos diferentes resíduos, num total de 5%. Podemos verificar que no caso das composições que utilizaram os resíduos com mais percentagem de minério de ferro houve formação de manchas de tonalidades diferentes. Isto deve-se a diferentes regimes de atmosfera redutora/oxidante, onde o Ferro admite a formação de diferentes estados de oxidação. Mesmo no forno túnel em que a exaustão da chaminé promove um nível de depressão elevado este fenômeno foi observado, tornando-se um defeito incomodativo. Talvez possível de resolver com algumas alterações do regime de carga e de exaustão do forno. No geral, os resultados obtidos para as misturas com 5% de aditivo apresentam melhores resultados de absorção de água e resistência mecânica que os obtidos para adições de 3%, ver relação de resultados nos quadros 7,8,9. No caso dos ensaios realizados às misturas, 10, 11, 12 e 13, em que se fez a adição de 7% de resíduo, a análise dos resultados, em comparação com os resultados obtidos com a Mistura Padrão, podem ser interpretados do seguinte modo: Na análise das características em cru: a umidade de extrusão, tal como nas misturas anteriores, não se verificou grandes alterações ou modificações, até porque as incorporações de resíduo não plásticos foram muito pequenas. No caso da distribuição granulométrica notaram-se ligeiras diferenças em particular nas misturas que levaram AMPB04, com alguma presença de minério de ferro e menor conteúdo de carvão vegetal. No caso da retração verde-seco, e tal como nos casos anteriores, não se verificaram significativas diferenças, em relação à obtida para o Padrão. O mesmo se pode analisar pelos resultados obtidos nos ensaios de resistência mecânica à flexão. Todos muito parecidos com os conseguidos no mesmo ensaio para o Padrão. No caso das características físicas encontradas após o processo de queima, as alterações foram mais notórias em comparação com o Padrão. - Perda ao fogo, também tal como nos
Figura 6 - Comparação de cor e aspecto da superfície dos corpos de prova das várias misturas com 5% de aditivo Umidade de Extrusão % 22,21 22,03 22,71 21,03 21,46
Mistura 1 Mistura 6 Mistura 7 Mistura 8 Mistura 9
Retração Verde - Seco % 5,35 4,70 6,03 2,62 4,57
Resistência Mec. Flexão MPa 3,96 3,44 3,54 2,42 2,34
Quadro 7 - Propriedades físicas da mistura padrão e das misturas com 5% de aditivos, em Cru Queima 800ºC
Mistura 1 Mistura 6 Mistura 7 Mistura 8 Mistura 9
Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
5,49 4,89 6,48 3,80 6,28
21,27 21,92 24,45 20,36 21,82
2,96 4,06 4,28 6,86 8,69
Queima Forno Túnel 880ºC Mas. Esp.
g/cm3
1,71 1,67 1,57 1,75 1,66
Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
6,61 6,37 10,29 6,25 6,25
20,95 20,92 17,80 17,62 17,62
5,41 5,09 9,28 8,97 8,97
Mas. Esp.
g/cm3
1,74 1,72 1,79 1,82 1,82
Queima 900ºC Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
6,63 6,28 7,47 4,01 5,72
20,74 20,95 23,58 21,93 18,76
3,99 5,80 7,63 7,40 5,07
Mas. Esp. g/cm3
1,74 1,71 1,62 1,73 1,75
Quadro 8 - Propriedades físicas após a queima da mistura padrão e das misturas com 5% Aditivos
Mistura 1 Mistura 6 Mistura 7 Mistura 8 Mistura 9
Perda Fogo % 8,67 20,36 12,77 12,10 12,64
Quadro 9 -Perda ao fogo, da mistura padrão e das misturas com 5% de aditivos
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 7 - A -Seção reta de corpos de prova queimados no forno Túnel. B- Comparação do aspecto do interior de corpos de prova queimados a várias temperaturas. Misturas com incorporação de 7% de cada um dos vários aditivos
Figura 9 - Aspecto dos vários corpos de prova ensaiados com misturas de 7% de resíduo
Mistura 1 Mistura 10 Mistura 11 Mistura 12 Mistura 13
Umidade de Extrusão % 22,21 21,80 22,29 20,53 22,76
Retração Verde - Seco % 5,35 4,96 5,16 5,03 4,80
Resistência Mec. Flexão MPa 3,96 2,49 2,23 1,83 2,62
Quadro 10 - Propriedades físicas da mistura padrão e das misturas com 7% de aditivos, em Cru
Queima800ºC
Mistura 1 Mistura 10 Mistura 11 Mistura 12 Mistura 13
Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
5,49 5,79 6,61 7,15 5,35
21,27 21,79 27,45 21,15 21,31
2,96 3,70 6,73 8,77 3,02
Queima Forno Túnel 880ºC Mas. Esp.
g/cm3
1,71 1,66 1,51 1,78 1,67
Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
6,61 9,98 9,98 9,08 9,06
20,95 17,53 17,53 16,85 17,89
5,41 8,54 8,54 9,71 7,59
Mas. Esp.
g/cm3
1,74 1,79 1,79 1,82 1,75
Queima 900ºC Rect. %
Ab. H2O %
Res. Mec. MPa
Mas. Esp. g/cm3
6,63 7,12 9,70 7,09 7,76
20,74 20,47 20,64 19,06 19,27
3,99 7,67 7,17 7,90 8,59
1,74 1,70 1,70 1,78 1,75
Quadro 11 - Propriedades físicas após queima da mistura padrão e das misturas com 7% aditivo
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casos anteriores, verificou-se que o material adicionado queimou durante o tempo do ensaio, com uma perda de peso proporcional ao resíduo adicionado. Portanto maior que nos casos anteriores e muito maior que no caso do padrão. Conclui-se que haverá maior quantidade de material combustível que poderá servir para o aquecimento do corpo de prova quando introduzido no forno. - Massa específica. Verificou-se um ligeiro aumento da massa especifica o que leva a pensar que com a adição deste resíduo houve uma maior densificação do corpo de prova. Mais uma vez foram os resíduos que contém maior percentagem de carvão (AMC02 e AMLA03) que mais contribuíram para a densificação do corpo de prova. -Retração total. Confirma-se um incremento da retração, mas não muito maior que nas misturas com 5%. No caso do resíduo, AMPB04, este valor não foi tão elevado, talvez devido à maior percentagem de partículas grosseiras de minério de ferro que este resíduo apresenta. -Absorção de água. Verifica-se que os resíduos de carvão e da lama são de fato os que mais carvão apresentam na sua constituição, porque conseguem promover uma maior reatividade dos materiais, com a sua queima, promovendo a densificação superficial. Isso pode seguir-se pelos valores de absorção que as misturas 11 e 12 apresentam, muito mais baixos que os valores apresentados pelo padrão. Além disso, verifica-se uma maior atividade do aditivo à temperatura mais elevada, uma vez que as mesmas misturas queimadas a 800ºC não apresentam grandes variações de absorção de água. Portanto, o carvão à temperatura de 800ºC ainda não teria conseguido terminar a sua combustão ou a sua reação foi inibida pela superfície mais impermeável, dificultando a libertação gasosa e inibindo a combustão mais no interior do corpo de prova. No caso dos corpos de prova queimados no forno túnel, este efeito é ainda mais visível, pois a reação de combustão dever-se-á dar com maior facilidade e tem mais tempo para que ocorra. Conclui-se assim que a queima é lenta e deve ser promovido um patamar de queima para que ela possa se dar com maior
Conclusões Dos ensaios realizados, podemos assim concluir que as misturas com 5% de adição de resíduo são as mais equilibradas e que
Mistura 1 Mistura 10 Mistura 11 Mistura 12 Mistura 13
Perda Fogo % 8,67 12,76 12,80 12,58 12,72
Quadro 12 -Perda ao fogo da mistura padrão e das misturas com 7% aditivo
melhores resultados globais dão. Os resíduos de carvão AMC02 e mesmo a mistura deles, AMM01, proporcionaram um reforço das características físicas do material e obtenção de valores com temperaturas mais baixas. Não se pode confirmar o reforço da coloração avermelhada pela introdução de minério de ferro (Hematite), que era esperada. Porém, este tipo de efeito poderá vir a ser melhorado com uma maior oxigenação da chama, excesso de ar, ou mesmo algum efeito de coloração usando a técnica de Flexing; A adição do carvão, resíduo, AMC02 à serragem pode ser interessante, mas terá que se fazer um ensaio semi-industrial para ter uma melhor percepção das suas vantagens. O nível de cinzas misturado neste resíduo poderá ser inibidor; O resíduo em geral deverá ser mais bem tratado na origem para que se proporcione uma maior homogeneidade de características e não haver tanta introdução de contaminantes. Este aspecto deverá ser analisado e discutido com o gerador do resíduo; A adição de carvão à atmosfera do forno pode ser ainda utilizado para efeitos estéticos, muito usado para promover diferentes colorações dos produtos em queima, dando-lhe tonalidades muito características e de elevado valor estético; A utilização deste resíduo poderá significar uma economia de escala na fábrica com impacto direto na fatura energética e mesmo vir a baixar o conteúdo de emissões dos gases com efeito de estufa; Este trabalho teve a virtude de dar pistas que deverão agora ser transmitidas para o nível industrial para que se possam comprovar e modelar de acordo com as necessidades. NC
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ARTIGO TÉCNICO
profundidade. Este fenômeno pode ser acompanhado pelas fotos da figura 7, onde se podem ver as seções de corpos de prova onde o interior não apresenta combustão completa. Maior no caso em que o combustível foi mais enérgico e conseguiu fechar uma camada superficial que dificultou a reação no interior da parede, mesmo numa queima mais lenta e com atmosfera mais oxidante como é a do forno túnel. Esta explicação pode ainda ser acompanhada pelas fotos da figura 8, onde se comparam os estados do interior de corpos de prova, com a mesma quantidade e tipo de aditivo queimados em locais diferentes e a temperaturas diferentes também. A maior temperatura de queima, 900ºC, facilita a reação mesmo até ao interior do corpo de prova. -Resistência Mecânica à Flexão. Os resultados obtidos são em geral mais altos do que os encontrados para o Padrão e em grande parte um pouco mais elevados do que para as outras misturas de 3 e 5% de aditivos. Mais uma vez se verificou que os resíduos de carvão, AMC02 e o AMLA03, foram os que apresentaram maior valor de resistência mecânica. -Massa específica. O mesmo tipo de conclusão pode ser feito analisando os resultados deste tipo de ensaio. -Aspecto visual dos corpos de prova após queima. A observação dos corpos de prova da mistura 11 revela que o carvão ardeu violentamente na superfície, provocando manchas de requeima e no caso das misturas 12 e 13, além de um aspecto requeimado, verificou-se também alguma deformação. Já no caso da mistura 10 o aspecto do corpo de prova é bom e sem grande variação de cor, apenas um pouco mais escuro que o padrão.
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Foto: divulgação / Anfamec
GESTÃO
Posse da nova diretoria da Anfamec ocorre em SP
A cerimônia de posse da nova diretoria da Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec) ocorreu no dia 29 de janeiro de 2016. O evento foi realizado na sede da associação, em Itu (SP), e contou com a presença de membros da antiga e da nova diretoria, além de alguns fundadores e representantes do setor de cerâmica vermelha do Brasil e associados. Tomaram posse para Biênio 2016/2017 como presidente, Marcos Ricci, da Fornos Ricci; e como vice-presidente, Maurício Carnevalli, da Flyever. O cargo de secretário ficou para Ge-
raldo Donizeti Facirolli, da RG MAQ. Já Isaldo Valli, da JT Indústria e Comércio de Máquinas, e Amauri Gelenski, da Gelenski, ficaram como primeiro e segundo tesoureiros, respectivamente. Como presidente da Anfamec, Ricci contou que tem como meta desenvolver ações que promovam o crescimento deste segmento. “Uma delas é buscar junto ao BNDS uma linha de crédito específica, que atenda as particularidades do ceramista, com taxas de juros compatíveis à realidade deste mercado. Precisamos e devemos ser tratados de forma distinta”. Em seu discurso de posse, ele destacou a importância da união. “Certamente encontraremos desafios para crescer, mas não podemos poupar esforços, pois o que realmente fará diferença nesta conjuntura é o projeto estratégico utilizado”, afirmou. Ricci destacou que a Indústria Cerâmica e a Anfamec não estão em extremidades opostas. “Entendo que somos um, não podendo subsistir separadamente. A Anfamec representa os Fabricantes de máquinas e equipamentos industriais voltados para o uso na fabricação de produtos cerâmicos. Desta forma, tornamo-nos um com o ceramista brasileiro e também da America Latina”, disse.
Foto: divulgação / Anfamec
Iniciativas Em 2015, umas das inciativas de destaque da Anfamec foi a realização da primeira feira da associação. O evento ocorreu em Campinas e contou com quase 3 mil participantes, que contaram com 18 horas de oficinas de soluções, nove palestras na arena de especialistas, além de 70 estandes de exposição dos fornecedores e empresas ceramistas. A próxima feira será nos dias 16, 17 e 18 de março de 2017, no São Paulo Expo. Até lá, a nova diretoria garante que realizará outras atividades importantes que farão a sintonia no diálogo e na colaboração de todos os envolvidos para o crescimento do setor. O novo presidente da Anfamec declarou o desejo de, em conjunto com os diretores e associados, transformar projeções em realidade com o objetivo de unir e congregar. “Nosso propósito é criar e desenvolver novos projetos, pavimentar, sinalizar caminhos que levem ao crescimento da Anfamec e, consequentemente, do setor cerâmico e da economia brasileira”, concluiu. NC
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FEIRAS
Expocer será em maio no PR
Feira realizada em 2013
Após três anos, a Expocer está de volta. A sexta edição do evento será realizada de 4 a 6 de maio, no Expo Unimed Curitiba, das 15 às 22 horas. Conforme a organização, são esperados em torno de 10 mil visitantes, entre profissionais do setor ceramista e mineral, de todas as regiões do Brasil e de países da América do Sul, como Paraguai, Argentina, Venezuela, Peru e Bolívia. Segundo o diretor da MonteBello Eventos, empresa organizadora, Valdir Bello, o objetivo do evento é apresentar tudo o que há de mais moderno em materiais, equipamentos, tecnologias e serviços para o setor da cerâmica vermelha. “São esperados expositores da indústria brasileira e também de outros países que fornecem equipamentos e serviços para o setor”, disse. Ao todo, a feira deve reunir neste ano mais de 70 empresas expositoras, que apresentarão as mais modernas tecnologias em máquinas e equipamentos para a indústria de cerâmica. A intenção da feira também é promover a
geração e realização de negócios entre fornecedores e consumidores do setor, que vão desde o projeto, passando pelo chão de fábrica e equipamentos de extração e transporte mineral dos produtos, matéria-prima e acabados. “A ideia é facilitar o acesso dos gestores da indústria cerâmica a estas tecnologias e serviços sem precisarem fazer grandes deslocamentos a outros eventos do setor que geralmente são realizados em regiões mais distantes do Brasil ou do exterior”, disse. Em uma área total de 6 mil metros quadrados de exposição, a expectativa da organização é superar todas as edições anteriores em volume de negócios. “Até porque nesta edição o evento desenvolveu um plano de mídia e divulgação dedicado a países da América do Sul e um dos objetivos é contar com a visita de mais esta gama de ceramistas e consumidores que encontrarão na Expocer o que há de mais atual e moderno em produtos, equipamentos, tecnologias e serviços para o setor cerâmico e mineral”, contou. Além de exposições de equipamentos, a organização prepara aos participantes da feira deste ano um ciclo de palestras técnicas e clínicas tecnológicas com temas atuais e necessários utilizados no dia a dia da gestão das olarias nos setores de produção e administração. Os temas das palestras, além das empresas que receberão os visitantes da feira para visitas técnicas, serão divulgados a partir de março.
A feira A Expocer nasceu em Curitiba, no estado do Paraná, por meio da iniciativa do Sindicer/ PR. “O objetivo inicial era trazer junto do público produtor e das olarias da região os principais fornecedores do setor, e assim estimular a modernização das indústrias locais. Após o sucesso na visitação e na geração de negócios obtidos na primeira edição e por solicitação de várias empresas expositoras, o evento consolidou-se na cidade com programação bienal e calendário definido”, disse Bello. Em 2016, será realizada a sexta edição do
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evento. “Vale destacar que pela facilidade de acesso à cidade de Curitiba através da localização privilegiada e de aeroporto a 15 minutos do local do evento, a Expocer alcançou abrangência internacional, com a participação de vários visitantes da América do Sul. Em todas as edições, o evento recebeu empresas expositoras e visitantes de todo o Brasil e Países da América do Sul, como Paraguai, Bolívia, Argentina, Venezuela e Peru. Sendo que na última edição realizada em 2013 o evento contou com cinco empresas Italianas na área de exposição”. NC
Evento será realizado de 9 a 10 de abril, na cidade de Prudentópolis A comunidade de Bracatinga, da cidade de Prudentópolis, no Paraná, vai realizar nos dias 9 e 10 de abril de 2016 a 7ª Festa Nacional das Cerâmicas (Fenace). Realizada desde 2010, o objetivo principal da festa é a interação entre ceramistas e vendedores de maquinários, além de arrecadar fundos para as melhorias da Capela São Vicente de Paulo e divulgar o setor. Para este ano, a organização espera receber entre 10 e 20 expositores, para divulgar seus produtos, como empilhadeiras, marombas, laminador, misturador, bombas de vácuo, boquilhas e retroescavadeiras, entre outros equipamentos usados no meio cerâmico. A novidade deste ano será uma área fechada para a melhor comodidade dos expositores e dos feirantes. “Com isso, esperamos um grande número de participantes, entre ceramistas, expositores e o público em geral que prestigiam o evento”, disse o ceramista e membro
da equipe organizadora, Cleiton Luiz Santin. Ele acredita que um evento como este serve para que “a administração pública veja com mais importância o setor cerâmico da região, já que é uma das maiores fontes de renda para o município. Além da exposição de equipamentos, a programação do evento contará com Show de Prêmios de R$ 45 mil, divido em três rodadas, e com um mega baile para o público em geral, com animação de Flávio Dalcin & Banda Ouro. O grupo já ganhou troféu em 2015 de melhor banda. Para mais informações sobre o evento, acesse: facebook.com/festanacionaldasceramicas. NC
FEIRAS
Paraná vai sediar em abril 7ª Fenace
Objetivo principal da festa é a interação entre ceramistas e vendedores de maquinários, além de arrecadar fundos para as melhorias da Capela São Vicente de Paulo e divulgar o setor NovaCer • Ano 6 • Fevereiro • Edição 70
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