Entrevista com o diretor de marketing da Divisão Keller, Wolfgang Brunk
Ano 3
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Janeiro/2013
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Edição 33
www.novacer.com.br
Flexbrick: inédito e inovador
Crescimento
Quem não evoluir, estará fora do mercado
Agende-se para as feiras de 2013 Cerâmicas cearenses são premiadas pelo PSQT
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SUMÁRIO
ECONOMIA E NEGÓCIOS
16 Indústria de cerâmica vermelha em crescimento
EDITORIAL
FEIRAS
ENTREVISTA
DESENVOLVIMENTO
12: Carta ao Ceramista
26: Curitiba sedia 5ª Expocer em maio
32: Tecnologia centenária europeia
38: Anfamec dá mais um passo
Diretor Geraldo Salvador Junior
direcao@novacer.com.br
revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869
Comercial Moara Espindola Salvador André Gil
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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel
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Redação Aline Ventura Juliana Nunes - SC04239-JP
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Impressão Gráfica Coan
Jornalista Responsável Aline Ventura - SC01781-JP
Tiragem 3500 exemplares
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Jesus Cristo, O Messias
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NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
Marcelo Pietsch - Cerâmica Pietsch, Brasnorte/MT
JANEIRO 2013
ARQUITETURA CERÂMICA 40: Inédito e inovador
MEIO AMBIENTE
TECNOLOGIA
46: Casag oferecerá cursos na área ambiental em 2013
56: Engenharia e Ciência dos Materiais em pauta
SUMÁRIO
“Sou sócio administrador da cerâmica Pietsch, no município de Brasnorte, em Mato Grosso, localizado a 600 quilômetros de Cuiabá, capital do estado. Depois que começamos a receber a revista muitas coisas melhoraram em nossa indústria. As matérias sempre trazem um rico material informativo, apresentando novidades e tendências em nosso país e no resto do mundo. Para mim que estou longe dos grandes centros cerâmicos e sou pouco visitado pelos representantes dos fabricantes de máquinas, me abracei à revista para aprender e fazer as inovações necessárias em nossa cerâmica. Poucos são os setores industriais em nosso país que possuem uma revista com tanta qualidade como a NovaCer. Só tenho a agradecer aos proprietários e colaboradores da revista. Continuem com esse brilhante trabalho que tanto nos ajuda. Parabéns a todos”.
CONSTRUÇÃO CIVIL 28: Estímulo à construção civil
DESENVOLVIMENTO 44: Cerâmicas cearenses ganham PSQT
ARTIGO TÉCNICO 48: Secagem e retração volumétrica de tijolos cerâmicos maciços e vazados: uma investigação teórica e experimental
FEIRAS 54: Agende-se para as feiras de 2013
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Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865
NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
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EDITORIAL
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Depois da divulgação pelo SBT da reportagem “O Reino dos Mutilados”, exibida no mês de outubro de 2012 pelo programa Conexão Repórter, destacamos na capa da primeira edição de 2013 que o setor está crescendo. Aí vem o questionamento: como o setor cresce depois de assistirmos em canal aberto que trabalhadores estão sendo mutilados fabricando produtos cerâmicos? Em meio a tantas notícias que divulgamos ao longo de quase três anos de NovaCer, concluímos que estas olarias até podem continuar no mercado mutilando pessoas por mais algum tempo, mas com certeza elas não sobreviverão. Como em uma peneira, estabelecimentos irregulares ficarão para trás. Sobreviverão para crescer em um mercado cada vez mais competitivo empresas que registram e capacitam funcionários, valorizando a profissionalização, a formalização e cumprindo a legislação. O sistema industrializado de folhas flexíveis de cerâmica flexbrick abre a nova editoria da NovaCer Arquitetura Cerâmica. Novos produtos, cultura de utilização de cerâmica em todo o mundo, serão alguns dos
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assuntos abordados. O ineditismo do flexbrick traz à tona a versatilidade da cerâmica e prova que a indústria de cerâmica vermelha ainda tem um caminho longo a percorrer quando se pensa no desenvolvimento de novos produtos. Consumidores e arquitetos agradecem. Confira também nesta edição uma agenda com as principais feiras do setor de construção civil pelo mundo, cursos na área ambiental para empresários e ainda a entrevista especial com o diretor de marketing da Divisão Keller, Wolfgang Brunk. A empresa alemã é uma das líderes mundiais de máquinas e instalações na área da indústria de cerâmica vermelha e de materiais de construção. Do Ceará mostramos o exemplo de duas cerâmicas que conquistaram o Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho em 2012. Prova de que investir nas melhores práticas nos processos de trabalho rende além de reconhecimento, competitividade à empresa. Boa leitura!
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Fotos: Anicer
Indústria de cerâmica vermelha em crescimento Empresas de cerâmica vermelha têm participação de 4,8% no macro setor da construção civil
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Com mais de 6 mil cerâmicas e olarias distribuídas no Brasil, o setor de cerâmica vermelha no país é responsável por 293 mil empregos diretos e aproximadamente 900 mil indiretos. Estas indústrias apresentam faturamento anual de R$ 18 bilhões, com a produção de elementos estruturais, de vedação e de acabamento para a construção civil (telhas, blocos estruturais e de vedação, tubos, lajotas e pisos). Os dados são da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer). Conforme o presidente da Associação Nacional, Luís Lima, as indústrias cerâmicas estão em pleno crescimento, com participação de 4,8% no macro setor da construção civil. No entanto, segundo ele, acredita-se que ainda haja muito potencial para crescimento, uma vez que a demanda por produtos mais sustentáveis por parte de fornecedores e con-
empresa), envolvendo centenas de olarias com pequena capacidade de produção, tipificando microempresas de pequeno porte de consumo térmico, precariedade e baixo nível tecnológico dos equipamentos envolvidos e pela reduzida capacidade de investimento. Na época, havia 126 empresas ligadas ao sindicato estadual, as quais representavam cerca de 10% do total. Hoje, entre pouco mais de 700 empresas, 144 são sindicalizadas. Atualmente, a Anicer tem 330 empresas do Brasil associadas. “Infelizmente, muitas empresas ainda acham que basta se associar ao sindicato local, o que é um grande equívoco. A Anicer poderia hoje estar desenvolvendo um trabalho muito mais efetivo do que o que já vem sendo feito, principalmente, em relação ao marketing positivo do setor. Viemos buscando sensibilizar o setor e mostrar a importância de sermos unidos e fortes”, acrescentou Lima.
NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
ECONOMIA E NEGÓCIOS
sumidores cada vez mais conscientes tem aumentado consideravelmente. “É possível que a indústria cerâmica apresente expansão de até 8% em 2013, por conta da assinatura de novos contratos e obras previstas para este ano. Estamos também passando por um forte crescimento tecnológico em nossos parques industriais, adequando layouts e buscando equipamentos cada vez mais modernos, eficientes e de melhor qualidade”, disse. Atualmente, há estimativa de que o setor produz mensalmente no país 4 bilhões de blocos e tijolos, 1,3 bilhão de telhas e 325,5 quilômetros de tubos, o que deve aumentar para os próximos anos com o aumento do número de obras no país e com a divulgação da Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos Cerâmicos em comparação com os produtos à base de concreto, segundo Lima. “Os consumidores estão atentos a isso, sabem que nossos produtos são mais sustentáveis. Isso gera aumento na demanda”, informou. Os produtos à base de cerâmica vermelha são os mais antigos do mundo. Desde o início das civilizações, o homem já construía objetos e utensílios de argila. Hoje, os tijolos e as telhas cerâmicas estão em 90% das alvenarias do país, segundo dados da Anicer. “Em um momento de plena expansão da construção civil e do forte aquecimento da economia, a importância do setor é imensa”. O estudo Panorama da indústria de cerâmica vermelha do Brasil, do programa Eficiência Energética en Ladrilleras Artesanales de America Latina para Mitigar el Cambio (EELA), realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), aponta que a produção mensal média por empresa é da ordem de 700 a 750 milheiros, enquanto que a produtividade média por trabalhador seria da ordem de 18,3 milheiros/mês (31,1 toneladas/empregado por mês), valor de 11 a 12 vezes menor que a produtividade média europeia atual, acima de 200 milheiros/trabalhador por mês, onde a automatização dos processos produtivos é pronunciada. O estudo do INT traz dados de outra pesquisa, realizada em 2006, que mostra considerável diferença em relação aos números atuais. Na época, o segmento de cerâmica estrutural congregava no estado do Rio Grande do Sul cerca de 1.250 empresas e 25 mil empregos diretos (20 empregados por
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A informalização nas cerâmicas é um problema nacional que vem sendo resolvido pelo Governo Federal, conforme o presidente da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), Luís Lima. Devido à elevada carga tributária e à excessiva burocracia, muitos empresários querem se formalizar, porém, não conseguem. “No entanto, agora, com os novos estímulos que vêm sendo criados pelo Governo, as empresas estão buscando este caminho. O consumidor está cada vez mais consciente e exigente em relação à qualidade dos produtos que adquire. Quem não se formalizar e não ajustar seus produtos segundo as normas técnicas será engolido pela concorrência”,
Elevada carga tributária e à excessiva burocracia impedem o empresário ceramista de se formalizar
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relatou o presidente. Para o presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica para a Construção do Estado do Pernambuco, Otiniel Geroncio Barbosa, cerca de 83% da informalidade deve-se à burocracia para abertura de novas empresas. “Falta tratamento diferenciado para micro e pequena empresas nas questões trabalhistas e de encargos sociais. Os custos gerais para manutenção de uma empresa são muito acima do que se possa imaginar”, relatou. O presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica e Olarias do Estado de Sergipe, José Abílio, informou que de 100 indústrias de pequeno e médio porte no estado, 40 são associadas ao sindicato. Das 60 empresas que não são associadas, em torno de 10 são clandestinas. Já quanto ao trabalho escravo e menores trabalhando nas indústrias, Abílio informou que não há conhecimento sobre casos nas indústrias do estado. “Com certeza, o setor se encontra bem mais profissionalizado que há alguns anos, mas sabemos que ainda há muito trabalho a ser feito”, complementou o presidente da Anicer, Luís Lima. Ao contrário de Sergipe, em Santa Catarina, adolescentes trabalhando nas cerâmicas são os casos de irregularidades mais registrados. "Já melhorou muito comparado com cinco anos atrás. Nesta época, o número de adolescentes trabalhando em olarias da região era alto, porém, o MTE intensificou os trabalhos e conseguimos diminuir bastante estes casos nas olarias de Criciúma e região", relatou o chefe do setor de inspeção do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego em Criciúma (SC), Francisco de Assis Gonçalves. Segundo ele, o Ministério do Trabalho e Emprego faz visitas às cerâmicas regularmente para vistorias e fiscalizações. "Nem todas as cerâmicas seguem à risca as legislações. Sempre que são feitas as fiscalizações, uma ou outra recebe notificação, mas o número não é alarmante", esclareceu.
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Trabalho escravo
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As peças cerâmicas feitas de barro são produtos que existem há milhares de anos no mundo. Os primeiros tijolos, por exemplo, eram feitos a mão em forma circular. Por muito tempo, as peças eram conformadas manualmente com mão de obra escrava. Com o passar do tempo, tecnologias surgiram para melhorar a segurança e a saúde do trabalhador dentro de cerâmicas e olarias. A maioria se adaptou às novas formas de fazer o tijolo e a telha. Porém, existem ainda aquelas que seguem processos rudimentares, colocando em risco a vida de seus funcionários, como mostrou o documentário realizado pelo Conexão Repórter, programa do SBT. O “Reino dos Mutilados” foi ao ar no mês de outubro de 2012 e revelou a dura realidade de brasileiros que arriscam a pele em olarias da Amazônia. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Cerâmica (Anicer), o programa mostrou imagens chocantes de empresas que podem ser chamadas de olarias de subsistência. “Ficamos chocados com as condições ali apresentadas. No entanto, acreditamos que isto seja em um número bastante reduzido. A Anicer, enquanto associação nacional, representa e dá voz ao setor formal. Neste sentido, estamos abertos a todas as empresas que queiram buscar a formalização e o aprimoramento de seus processos produtivos”, relatou. O documentário mostrou a rotina de trabalho
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em olarias clandestinas localizadas no Pará, na cidade de Abaetetuba, região isolada geograficamente. São 100 mil habitantes distribuídos em 73 ilhas. A reportagem de Roberto Cabrini apresentou depoimentos de pessoas que sobrevivem desse trabalho e acabaram exploradas e mutiladas por máquinas rudimentares de amassar o barro. Durante meses, o programa percorreu estas ilhas para mostrar o drama de crianças, jovens, homens e mulheres que sobrevivem desta atividade para ter o que comer. Segundo Lima, apesar de ainda existirem olarias que funcionam de maneira rudimentar, o número de empresas formais já é maioria. “Por mais chocantes que sejam as condições destas empresas e de seus trabalhadores, é importante frisar que são casos isolados, em um número bem reduzido e que não demonstram a realidade do setor”, informou o presidente. Segundo Lima, o Ministério do Trabalho desenvolve fiscalização bastante competente para impedir esta e outras práticas ilegais. “Logicamente faltam recursos para maior efetividade deste trabalho e, para isso, precisamos do envolvimento de todo o setor. A Anicer mantém em seu portal uma área para denúncias, tanto de produtos fora das medidas como para outras questões como esta”, disse. O documentário exibido pelo SBT pode ser conferido na íntegra no site do programa Conexão Repórter.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Exemplo de profissionalização Filho de ceramista, Cyd Montelo Vieira saiu da cidade de Santarém, no Pará, para se profissionalizar na área de cerâmica em Santa Catarina. O jovem percorreu quase quatro mil quilômetros para cursar Engenharia Cerâmica, curso oferecido pelo Centro Universitário Barriga Verde, campus Cocal do Sul (SC). Atualmente, ele está na quarta fase. A busca pela graduação, segundo ele, ocorreu com o intuito de ajudar nos negócios da família. “Eu vejo que ter um profissional voltado ao setor trabalhando na indústria de cerâmica vermelha é algo fantástico e, vai além, é algo que em um futuro próximo pode decidir quem pode ou não sobreviver em um mercado tão competitivo quanto o que está se formando por causa desse crescimento que o país vem enfrentando. As normas, leis e o próprio consumidor estão ficando mais exigentes e quem sai na frente com um profissional desse porte pode estar reservando um bom futuro à sua empresa, pois o engenheiro cerâmico consegue solucionar problemas e até criar novos métodos de processo, novos produtos, nova gestão. Isso faz com que a empresa tenha melhores condições de concorrer no mercado”, disse o estudante. O pai, o ceramista Francisco Araújo Vieira, aprovou a iniciativa do filho. Para ele, a cerâmica só tem a ganhar. “Essa espontaneidade de en-
frentar a distância e o tempo me pareceu uma clara demonstração de vontade de querer abraçar a profissão com determinação. Não tenho dúvidas de que foi uma decisão correta e por isso assumi o feliz compromisso de apoiá-lo”, relatou o proprietário da cerâmica Ciframa, em Santarém (PA). Araújo acredita que com a formação do filho em Engenharia Cerâmica a empresa receberá melhoria no gerenciamento dos processos produtivos da empresa, ensaios técnicos continuado com novos materiais, melhoria e expansão dos produtos já existentes, visando qualificar e padronizá-los, lançamento de novos produtos e melhorias no processo da gestão administrativa. Cyd se formará engenheiro cerâmico em 2015.
Cerâmica Ciframa, no Pará
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Números por estado Região Norte Amazonas - O Amazonas apresenta um parque produtivo de cerâmica vermelha composto por cerca de 100 empresas, segundo o Sindicato das Olarias de Manaus, universo que inclui uma parcela de 50% de instalações de pequena escala de produção. Os dados do sindicato mencionam produção setorial de 43 mil milheiros/mês - blocos (83%) e telhas (17%) - e oferta direta de empregos de 3,5 mil. Rondônia - A produção cerâmica de Rondônia é feita por cerca de 80 empresas, incluindo quase 50 olarias, com produção de 250 milheiros/empresa por mês, levando a uma produção total de 20 mil milheiros/mês. Pará - O Pará tem mais de 500 empresas. Deste total, apenas 19 delas são sindicalizadas e boa parte delas encontra-se no principal polo produtivo, São Miguel do Guamá, cuja produção total é de 39 mil milheiros por mês. O principal e mais moderno polo produtor conta com 44 empresas de pequeno e médio porte. As cerâmicas são responsáveis por mais de 3 mil empregos.
Roraima - Conforme dados da pesquisa CNAE de classificação nacional de atividades econômicas de 2005, Roraima contava com 13 indústrias. A produção mensal destas indústrias era de 2 mil milheiros/mês. Acre - O setor no Acre apresenta produção total de 9 mil milheiros/mês (90% de tijolos e 10% de telhas e pisos). São gerados cerca de 500 empregos diretos. Tocantins - Segundo informações obtidas junto aos fabricantes e ao Sindicato das Indústrias Cerâmicas para Construção do Estado do Tocantins e outras entidades ligadas ao setor cerâmico,Tocantins conta com 60 empresas de cerâmica vermelha em operação, além de cerca de 40 olarias. Estas empresas produzem em média 40 mil milheiros/mês. Amapá - No Amapá, o setor conta com produção total de 5 mil milheiros/mês. A oferta de trabalho na forma direta é de 1,3 mil em 40 empresas, sendo trinta olarias.
Região Centro-Oeste Mato Grosso - São aproximadamente 150 empresas, incluindo cerca de 110 olarias de produção em baixa escala e 40 empresas de maior porte, sendo 25 associadas ao sindicato estadual (Siccemt). Estas associadas congregam 800 trabalhadores. A produção total estimada é de 21 mil milheiros/mês. Distrito Federal - O Distrito Federal apresenta um conjunto de 16 empresas de cerâmica vermelha, incluindo 10 olarias de produção em baixa escala. A produção total do segmento no estado é da ordem de 6 mil milheiros/mês.
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Mato Grosso do Sul - São 120 empresas, sendo aproximadamente 65 olarias e 55 instalações de porte acima de 200 milheiros/mês. A produção estimada do estado é de 24 mil milheiros por mês (59% de blocos e 41% de telhas). O setor gera 7.350 empregos diretos. Goiás - Goiás têm quase 350 empresas de porte médio. Destas, 65 sindicalizadas e 204 de porte acima de 200 milheiros/mês. O segmento gera em torno de 15 mil empregos diretos e uma produção de 170 mil milheiros/mês, sendo 70% de blocos, 20% de telhas e 10% de lajotas.
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Região Sudeste Rio de Janeiro - O segmento de cerâmica vermelha no estado do Rio de Janeiro é o quarto maior do país e apresenta cerca de 220 empresas em operação, com 207 produtoras de material cerâmico, sendo 37 olarias, e 15 extratoras de matéria-prima. A produção mensal é de 220 mil milheiros. O setor gera 12 mil empregos (58 trabalhadores/empresa). São Paulo - As empresas do setor de cerâmica vermelha do estado de São Paulo produzem 731 mil milheiros/mês (92,6% de blocos e 7,4% de telhas). Este valor representa 21,2% da produção nacional. O segmento envolve a oferta de aproximadamente 36 mil empregos diretos, em cerca de 750 unidades industriais (48 trabalhadores/empresa), incluindo cerca de 100 olarias.
Espiríto Santo - No Espírito Santo, são 110 empresas, sendo 40 olarias e 52 sindicalizadas. A oferta de empregos é de 3,3 mil diretos, produzindo cerca de 50 mil milheiros por mês. Deste total, 40% são lajotas, 30% telhas e 30% tijolos. O perfil gerencial das empresas do setor apresenta 88% de funcionários com nível médio ou superior (36% com nível superior) e 60% na faixa etária entre 30 e 50 anos. Quanto aos funcionários de produção, que representam 85% do total, 77% têm apenas o primeiro grau e 70% recebem até dois salários mínimos.
Região Sul Rio Grande do Sul - O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de cerâmica vermelha no país, com produção estimada em 356 mil milheiros/mês (10,2% da produção nacional) através de 708 empresas (10,3% do total de empresas no país), segundo dados de pesquisa feita pelo Sindicato das Olarias e Cerâmicas para Construção no Rio Grande do Sul. O faturamento médio mensal é de R$ 90 mil. Em 95% das empresas não há profissional técnico ou especializado em cerâmica; as empresas investem pouco em qualificação profissional (marketing, vendas e de fabricantes de máquina). Em 71% das empresas não há funcionário que tenha realizado algum curso específico em áreas da produção de cerâmica ou de gestão nos últimos tempos.
Setor em Santa Catarina representa 6,1% da produção nacional
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Minas Gerais- O segmento em Minas Gerais congrega 740 empresas, sendo cerca de 270 olarias, com produção total de 426 mil milheiros por mês. O setor emprega no estado aproximadamente 28 mil trabalhadores.
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Paraná - A região leste do Paraná, segundo o Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas para Construção/PR, tem 350 empresas das quais somente 100 são associadas. Estas empresas têm produção total na região de 87,5 mil milheiros por mês. Somente as associadas produzem 25 mil milheiros por mês. O número de empregos diretos nas empresas associadas é de 900. Os quatro polos destaques do estado são Médio Baixo Vale do Rio Ivaí, Costa Oeste, Eixo Prudentópolis e Norte Pioneiro. No total, não incluindo a região metropolitana de Curitiba, são 308 empresas. Destas, 170 são pequenas, 113 de porte médio e 25 grandes. Santa Catarina - Três regiões são destaque em Santa Catarina na produção de cerâmica vermelha. São elas os polos de Morro da Fumaça, o principal deles, o de Canelinha e o do Alto Vale Tijucas. No total, são quase 625 empresas, sendo 256 sindicalizadas, envolvendo 16 mil empregos diretos . O setor representa 6,1% da produção nacional. Todavia, excluindo as cerca de 220 instalações mais precárias (olarias), que representam cerca de 10% da produção e 39% do número de empresas, a produção do segmento mais avançado se restringe a 192 mil milheiros/mês em 404 empresas.
Piauí - O segmento de cerâmica vermelha no estado do Piauí apresenta aproximadamente 60 empresas (20 olarias) em operação plena, sendo 10 sindicalizadas, produzindo em conjunto cerca de 43 mil milheiros/mês de blocos (83%) e telhas (17%). O setor no estado gera 2,5 mil empregos diretos. Alagoas - O estado de Alagoas apresenta um conjunto de 55 empresas, que geram aproximadamente 1,5 mil empregos diretos, sendo sete sindicalizadas e incluindo 21 olarias. A produção estadual é de 37 mil milheiros por mês de blocos. Não há produção de telhas. Pernambuco - No estado de Pernambuco, o setor gera cerca de 10 mil empregos diretos e outros 30 mil indiretos. São aproximadamente 150 cerâmicas no estado, sendo a maioria micro e pequena empresa, conforme dados do Sindicato da Indústria Cerâmica para a Construção do Estado de Pernambuco. Bahia - No estado da Bahia, o segmento de cerâmica estrutural conta com aproximadamente 338 empresas (apenas 30 sindicalizadas e incluindo 102 olarias), sendo 237 (82,3%) concentradas em oito regiões de produção. A produção total do estado é da ordem de 195 mil milheiros por mês. O setor emprega no estado cerca de 13 mil trabalhadores. Ceará - O segmento de cerâmica vermelha do estado do Ceará conta com cerca de 400 empresas, que empregam de forma direta cerca de 8 mil trabalhadores. A produção média mensal é de 170 mil milheiros (48,3% de telhas, 46,4% de blocos e 5,3% de tijolos de laje). Paraíba - O setor de cerâmica estrutural da Paraíba conta com 100 empresas de porte pequeno e médio (incluindo cerca de 30 olarias), em 30 municípios. A produção mensal é de 57 mil milheiros. A oferta de trabalho é de 3,5 mil empregos diretos.
Rio Grande do Norte - É um dos estados com maior produção no segmento de cerâmica vermelha do Nordeste e ainda o maior produtor de telhas do país, contando com 186 empresas em atividade (além de 20 desativadas e nove em instalação), distribuídas em 42 municípios do estado do Rio Grande do Norte. O segmento congrega cerca de 5,9 mil trabalhadores.
Rio Grande do Norte é um dos estados com maior produção de cerâmica vermelha Maranhão - No Maranhão, são 150 empresas de cerâmica vermelha, sendo 78 delas de maior porte (acima de 200 milheiros/empresa por mês) e cerca de 15 delas sindicalizadas. As cerâmicas geram 3 mil empregos diretos (20 trabalhadores/empresa), apresentando seu polo produtivo na cidade de Timon, na margem esquerda do rio Paranaíba.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Região Nordeste
Sergipe - O estado de Sergipe tem 100 indústrias de cerâmica vermelha, entre olarias e cerâmicas. O setor produz mais 43 mil milheiros/mês de tijolos (83%) e telhas (17%), empregando cerca de 3 mil trabalhadores. O piso salarial no estado está em torno de R$ 800, conforme dados do Sindicato da Indústria Cerâmica e Olarias do Estado de Sergipe. As empresas são de pequeno e médio porte. Fonte: Com informações do Estudo Panorama da indústria de cerâmica vermelha do Brasil, do programa Eficiência Energética en Ladrilleras Artesanales de America Latina para Mitigar el Cambio (EELA), realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT). NC
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FEIRAS Edição realizada em 2011 reuniu fabricantes de equipamentos de todo o Brasil
Curitiba sedia 5ª Expocer em maio Evento bianual volta a movimentar o Paraná em 2013
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Aparelhar o chão de fábrica, atualizar as tecnologias, estimular a formalização do segmento, criar acesso aos recursos econômicos, sociais e às políticas públicas, aperfeiçoar os processos produtivos visando à produção em conformidade com as normas brasileiras e promover a geração e realização de negócios entre fornecedores e consumidores do setor é a proposta da 5ª Feira de Fornecedores para a Indústria Cerâmica e Mineral (Expocer). O evento bianual será realizado de 23 a 26 de maio no Pavilhão de Eventos São Pedro, em Curitiba (PR). A quarta edição, realizada em 2011, atraiu expositores de todo o país que participaram com objetivo de divulgar e promover seus produtos e aumentar os negócios com clientes e fornecedores. Em 2013, são
FEIRAS
esperados mais de 80 expositores para aproveitar o bom momento da economia, em especial do setor da construção civil, grande consumidor dos produtos oriundos da indústria cerâmica. Um dos destaques da 5a edição será a área externa de equipamentos pesados, destinada à exposição de caminhões e máquinas para extração mineral. Além da feira, haverá visitas técnicas a indústrias da região com o objetivo de destacar as melhores práticas do setor produtivo paranaense e brasileiro. Estarão em exposição máquinas, equipamentos, peças de reposição e manutenção, veículos e materiais de transporte, movimentação e logística, automação industrial, equipamentos laboratoriais de ensaios e métricos, grupos geradores, transformadores, bombas, motores, painéis elétricos e compressores, secadores de lodo, consultorias empresariais, ambientais e tecnológicas especializadas, além de insumos para a cadeia produtiva bem como construtoras de galpões industriais e agentes financeiros. Universidades, institutos e centros de ensino e pesquisa, em conjunto com órgãos governamentais envolvidos no processo de monitoramento e controle ambiental também marcarão presença no evento. Entre os visitantes a organização espera receber ceramistas, administradores e gestores de empresas ligadas à extração de minerais, construtores, compradores, lojistas e revendedores de materiais de construção e cerâmico, distribuidores, representantes, engenheiros, arquitetos, profissionais, autônomos e estudantes do setor. Os visitantes terão a oportunidade de trocar experiências, adquirir informações e realizar negócios das mais variadas dimensões, orientadas por instituições que apoiam o evento. A Expocer é realizada pelo Sindicato das Olarias e Cerâmicas para Construção no Estado do Paraná (Sindicer/PR) e realizada pela MonteBello Eventos. “Com certeza, teremos uma edição com muitos negócios gerados e realizados aqui”, destacou o presidente do Sindicer/PR, Daniel Wosniak. A expectativa para a 5ª edição da feira é aumentar a estrutura do evento e gerar ain-
da mais negócios. “Aguardamos um crescimento exponencial no número de expositores e visitantes vindos de todo o Brasil e países vizinhos como Paraguai, Colômbia e Venezuela. Além disso, a feira é realizada num espaço privilegiado em um polo produtor de produtos cerâmicos abrangendo Curitiba e cidades da região metropolitana cercada de indústrias atuantes no setor, o que favorece à participação de um público específico, profissional, qualificado e consumidor”, disse o diretor da MonteBello, Valdir Bello. NC
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Foto: Agência Brasil
Estímulo à construção civil O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no início de dezembro novas medidas de estímulo à construção civil. Durante cerimônia de entrega da milionésima unidade do Programa Minha Casa, Minha Vida, o ministro disse que o setor será beneficiado em três pontos: desoneração da folha de pagamentos, redução de tributos e acesso a capital de giro durante o período de construção das habitações. De acordo com o governo, a desoneração na folha de pagamento poderá chegar a R$ 2,85 bilhões. Atualmente, o setor gasta R$ 6,28 bilhões com pagamento de 20% da folha ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, com a nova medida, passará a pagar 2% do faturamento bruto. "O setor não pagará mais INSS. Não vou dizer pelo resto da vida porque é muito tempo, mas por um
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Fonte: Agência Brasil
longo período", disse Mantega. Outra medida é a redução da alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) da construção civil, de 6% para 4% sobre o faturamento. Na solenidade, o ministro ressaltou a importância da construção civil para o Brasil. “O setor é responsável por quase metade do investimento que nós fazemos no país. Portanto, estimular a indústria de construção é estimular o investimento no país” Segundo ele, o setor também é importante porque contribui para dois dos maiores sonhos da população: ter uma casa própria e conseguir um emprego. De acordo com o ministro, o setor emprega atualmente 7,7 milhões de pessoas. NC
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A cerâmica Santa Maria, de Vargem Grande do Sul (SP), do empresário Libânio Coracini Filho, foi a vencedora do sorteio da promoção Assinatura Premiada, realizado pela revista NovaCer. O sorteio ocorreu no dia 10 de dezembro. A empresa levou um iPhone 4S 16Gb. Acompanharam o sorteio o consultor financeiro José Gadonski, como testemunha, a coordenadora do Procon de Criciúma, Nadir Zapellini, como auditora, os três sócios da NovaCer, Geraldo Salvador Júnior, Jefferson Salvador e Moara Espíndola, além de três colaboradores da revista. Participaram do sorteio 420 cerâmicas assinantes. A NovaCer agradece a participação das cerâmicas e parabeniza a empresa sorteada. Obrigada e Parabéns!
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Tecnologia centenária europeia A entrevista deste mês é com o diretor de marketing da Divisão Keller, Wolfgang Brunk. Com sede em Ibbenbüren-Laggenbeck, na Alemanha, a Keller é uma das líderes em nível mundial de máquinas e instalações na área da indústria de cerâmica vermelha e de materiais de construção fundada por Carl Keller em 1890. Há 15 anos a Keller deixou de ser uma empresa familiar. Junto com a empresa italiana Morando S.R.L., da cidade de Asti, a Keller HCW GmbH integra a Holding Keller, que por sua vez é uma das três divisões do consórcio Groupe Legris Industries. NC - A Keller produz equipamentos para quais tipos de empresas? Wolfgang Brunk - O principal ramo de negócio da Keller é o desenvolvimento e produção de máquinas e instalações “chave na mão” para a produção de tijolos de alvenaria, blocos estruturais, tijolos à vista, adoquin, telhas e placas gêmeas extrudadas, entre outros produtos. Sendo parceira tanto da indústria cerâmica e da indústria de materiais de construção bem como das indústrias de telhas de concreto e de blocos de concreto celular (Ytong), a Keller responsabiliza-se pela engenharia e gestão de projetos, bem como a execução, a montagem, a colocação em funcionamento e o serviço pós-venda. Nossa divisão de medição, controle e regulagem fabrica instrumentos de medição de temperatura sem contato principalmente para os setores da indústria de aço, de asfalto, de alimentos e de moinhos de cereais. Cada máquina, cada peça sobressalente e cada instalação são produtos importantes para nós, já que desenhamos e construímos tudo sob medida individualmente para cada cliente e nossos engenheiros, construtores e técnicos integram todo know-how para que o cliente esteja completamente satisfeito. NC - Quantas máquinas Keller há no mercado? WB - Na centenária história empresarial da Keller houve permanentes altos e baixos, sendo, portanto, difícil ou quase impossível dar um número exato. Mas posso afirmar que até 1997 chegamos a vender 5 mil cortadores. Desde
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então, foram vendidos muito mais. NC- Para quais países a Keller já vendeu equipamentos? WB - Ao longo de seus 120 anos de história, a Keller produziu equipamentos e fez instalações em inúmeros países dos cinco continentes: Europa, Ásia, África, América e Oceania. Por razões comerciais, a Keller não estava tão ativa na América Latina, embora em alguns países, como por exemplo, na Argentina, realizamos algumas instalações. Outras empresas da divisão Keller, como a Morando, estão ativas no mercado latino-americano há mais tempo do que a Keller. NC - Qual a estrutura da Keller para atender o mercado? WB - A sede principal da empresa é em Laggenbeck, na Alemanha. Também fabricamos nas cidades de Constança e Mellrichstadt, também na Alemanha. A outra empresa do grupo, a Morando, está sediada na cidade de Asti, na Itália. Em todas as nossas instalações fabricamos máquinas e instalações. Nosso departamento central de vendas, que está em Laggenbeck, atende ao mercado global, assim como também temos representantes na maioria dos países. NC - Qual a relação da Keller com o setor de cerâmica vermelha? WB - Faz mais de 120 anos que Carl Keller construiu a primeira máquina para a indústria
ENTREVISTA de cerâmica vermelha, um vagão com braços horizontais para carregar e descarregar tijolos. A proximidade de cerâmicas na região e seus excelentes conhecimentos de engenharia fizeram com que trabalhasse para a indústria de cerâmica vermelha. No setor de painéis para revestimento de fachadas, construímos várias instalações na Alemanha e agora estamos atendendo pedidos da China.
do. Não se pode gastar mais do que se ganha.
NC - Como está a situação econômica atualmente na Europa? WB - Especialmente os países do sul da Europa encontram-se numa grande crise financeira e econômica, resultado de um alto endividamento. Esta situação já perdura por quatro anos aproximadamente. Como pode ser visto nos grandes volumes de exportação, a Alemanha não está sendo muito afetada pela crise. Não obstante, as exportações aos países europeus têm baixado significativamente.
NC - Qual a estratégia da Keller para conquistar clientes no Brasil? WB - Começamos a vir para o Brasil há apenas dois anos. No início, nosso objetivo era analisar o mercado. Precisávamos saber como é produzido no Brasil, quais as necessidades das fábricas, o nível técnico delas, seus problemas de produção, quais as demandas, qual o nível de nossos competidores e os preços de venda dos produtos cerâmicos, quais os custos de produção, etc. Ao mesmo tempo, tivemos que divulgar nossa empresa, porque eram poucos que conheciam a marca Keller, apesar de ser uma marca pioneira internacional na indústria da cerâmica vermelha ao longo de seus 120 anos de vida. Hoje em dia já temos traçado o caminho a seguir e, passo a passo, vamos estabelecendo uma sólida base para consolidar nossas marcas na América Latina.
NC - Como esperam sair da crise? E o que esperam aprender com a crise? WB - Através do pacote de salvamento financeiro europeu são disponibilizados empréstimos com juros bonificados aos países economicamente fracos e junto com medidas rigorosas de redução de custos espera-se que os países como Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Irlanda possam sair com passos lentos desta miséria econômica. Resta apenas esperar que estes países sejam agora mais prudentes ao gastar e sigam o orçamento com mais cuida-
NC - O Brasil é um mercado em potencial? WB - O Brasil é um país muito jovem, com mais de 8,54 milhões de quilômetros quadrados, mais de 193 milhões de habitantes, e um grande produtor e exportador das áreas alimentícia, agrícola, mineral, automobilística, siderúrgica e aviação, com uma moeda forte. Tudo isto faz com que o Brasil seja um país muito atrativo onde há ainda muito a fazer. É um magnífico país com bons profissionais e empreendedores, que está crescendo e seguirá crescendo se os
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ENTREVISTA
governos fornecerem os meios. NC - Qual a principal diferença em se negociar com uma cerâmica brasileira e uma cerâmica de outro país? WB - Cada país tem uma mentalidade diferente condicionada pelas necessidades de seus mercados, como por exemplo, o modo de vida, o poder aquisitivo do comprador de produtos cerâmicos, custos de produção, mão de obra e energia. Na maioria dos países, não importa onde esteja sediado o fornecedor, mas sim a confiabilidade, a segurança, a baixa manutenção e a rentabilidade das máquinas e dos equipamentos instalados. Porém, no Brasil, há preocupação quando o fornecedor não está sediado no país.
Apesar das máquinas, dos automatismos, a mais importante inovação técnológica vem da informática
NC - Como avalia a indústria de equipamentos europeia para o setor de cerâmica vermelha? WB - A forte concorrência entre os fornecedores de equipamentos europeus bem como o alto nível de exigência dos fabricantes de materiais cerâmicos para distinguir-se da concorrência, desenvolvendo novos produtos e usando argilas que muitas vezes são complicadas em combinação com a mão de obra cara, faz com que o nível tecnológico seja talvez o mais alto do mundo. NC - E como avalia a indústria brasileira de equipamentos para o setor de cerâmica vermelha? WB - No Brasil não existe bastante concorrência, as argilas geralmente não são complicadas e a mão de obra permanece acessível. É diferente do caso europeu. NC - Qual negócio a Keller se orgulha de ter fechado? WB - Recentemente construímos uma fábrica completa na República Tcheca, a Heluz, com tecnologias inéditas que produz blocos de vedação, ou seja, tijolos que são comuns para alvenaria aqui.
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NC - Todos os equipamentos da Keller são tecnologia exclusiva da Keller? WB - Toda tecnologia que produzimos é nossa própria tecnologia. Outros talvez podem fazer alguma coisa que eles acham similar ou parecido e ainda há aqueles que talvez dizem que é igual e mais barato, mas não é certo. Desde nossas cortadoras até nossos fornos, tudo é nossa exclusiva tecnologia. Com relação à economia de energia, a tecnologia Keller de fornos e secadores é uma tecnologia prospectiva e voltada para o futuro. Além disso, a Keller é pioneira na área de manuseio por robôs. NC - Em sua opinião, atualmente qual inovação tecnológica é fundamental para uma cerâmica que produz tijolos ou telhas? WB - Apesar da evolução das máquinas, dos automatismos (inclusive os robôs), fornos, secadores, etc., a mais importante inovação tecnológica vem da informática. Uma inovação tecnológica fundamental que começou alguns anos atrás e cujo desenvolvimento continua, é que tudo se controla através de computadores e o processo produtivo pode ser programado, repetindo sempre que necessário idênticas condições de queima e secagem ou sequências de produção com um número muito reduzido de mão de obra direta. E está indo muito além disto. Não só permite melhorar a qualidade do produto, mas também controlar e reduzir os custos de produção de modo significativo. Hoje em dia, qualquer linha de produção instalada pela divisão Keller programa com muita antecipação o produto que se pretende produzir, até o dia e a hora em que será fabricado, de modo que quando chegar o momento, e tendo realizado os preparativos mais básicos, como por exemplo a troca da boquilha na maromba, é só dar a ordem ao computador para a realização da produção e todos os elementos da linha de produção “sabem” automaticamente quando devem mudar a produção para o novo produto, os comprimentos de corte, o momento em que os robôs devem trocar suas pinças. De forma automática, quando o novo produto chegar, o secador e o forno estão gradualmente mudando suas curvas respectivas de secagem e queima de acordo com o material que entra. O mesmo ocorre com a sequência de avanços dos vagões, ou a disposição de tijolos tanto nos pacotes de queima como nos de expedição em caminhões, etc. Em todo
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ENTREVISTA
momento são disponibilizadas informações importantes relativas ao cálculo de custos, como, por exemplo, as do consumo energético. E tudo isto com pouca mão de obra direta. NC - Qual é o equipamento mais vendido pela Keller hoje? Isso era diferente 10 anos atrás? WB - Hoje vendemos muito sistemas de manuseio por robô para via úmida e seca e na Europa instalações para o enchimento de blocos de vedação com materiais isolantes. Dez anos atrás se vendia muito a tecnologia inovadora de cortadores. Também se vendiam mais instalações completas 10 anos atrás, porque naquele tempo a Europa era um mercado de grande expansão para tijolos. Isto tem se convertido num mercado para a renovação de fábricas existentes. NC - O que faz a Keller ser uma empresa de sucesso? WB - Além da boa qualidade de nossos equipamentos concebidos para uma longa vida de serviço com a mínima manutenção possível, procuramos atender o cliente de maneira que esteja satisfeito cumprindo nossos contratos pontualmente. Se necessário, também formamos os operários do cliente antes da colocação em funcionamento dos equipamentos, realizando cursos para tal fim em nossa sede em Laggenbeck, na Alemanha. Posteriormente, os funcionários ajudarão os nossos técnicos a dar vida à fábrica. Quando o nosso trabalho nessas linhas de produção é finalizado, o cliente fica com um sistema “tele-serviço”, que nos permite acessar através da internet o software dos diferentes equipamentos da linha de produção do cliente, a partir dos nossos escritórios na Alemanha, para realizar, por exemplo, as modificações necessárias no programa de um novo produto, caso o cliente tenha dificuldades de realizá-las. Mas isto apenas é feito a pedido do cliente e após receber a autorização para nos conectar ao sistema através do tele-serviço. Dispomos de um serviço pós-venda que atende os clientes 24 horas durante todos os dias do ano. Além do que o cliente é atendido em qualquer outra língua do mundo. Assim garantimos um pós-venda eficiente. NC - A Keller fabrica tudo ou terceiriza algum serviço?
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WB - Pela importante quantidade de elementos diferentes que uma instalação implica, é necessário que subcontratemos a elaboração de alguns destes elementos que integramos em nossa linha de montagem depois de ter comprovada sua qualidade. A maior parte é nossa própria produção. Não fazemos nenhuma máquina completa fora de nossas instalações. Compramos os robôs, aos quais integramos as pinças que são desenhadas e produzidas por nós, e programamos com nosso próprio software especialmente desenhado para cada cliente. Antes da entrega, são realizados ensaios com todas as máquinas em nossa oficina. NC - Qual produto cerâmico a Keller sugeriria para um ceramista brasileiro fabricar que ainda não é fabricado no Brasil? WB - Provavelmente, com o tempo e o aumento do custo da mão de obra, serão produzidos no Brasil tijolos cerâmicos grandes com paredes finas e peso leve, como são os painéis com comprimento de corte de até 100 centímetros, largura de até 30 centímetros e espessura entre 3,5 e 5 centímetros, ou peças que, por exemplo na Espanha são produzidas com até 70 centímetros de comprimento de corte e 50 centímetros de largura com espessura entre 4 e 10 centímetros. NC -Desde a última edição da Expoanicer, feira de equipamentos promovida pela Anicer no Brasil, estamos vendo aumentar o número de expositores estrangeiros no evento, inclusive a Keller é uma das expositoras. Como a Keller vê a entrada de empresas estrangeiras no Brasil? WB - Não é fácil devido à proteção contra a importação de equipamentos. Ainda se pagam muitas taxas aduaneiras, o que dificulta a venda. Outros fatores a considerar são a infraestrutura e as grandes distâncias. NC - Qual o maior desafio da indústria cerâmica vermelha no Brasil em seu ponto de vista? WB - É um desafio modernizar as fábricas ou instalar linhas de produção com máquinas, secadores e fornos de alta qualidade e baixa manutenção. Mas mesmo assim não é um grande problema, porque depende da capacidade de investimento da empresa e da demanda do mercado. Simultaneamente com a modernização das fábricas há de ser formado
NC - Qual conselho daria para os ceramistas brasileiros? WB - É difícil dar conselhos a pessoas que gastam seu dinheiro em empresas, tendo a ilusão de vê-las crescer para depois transferi-las aos seus filhos. Mas a formação deles é o melhor investimento que se pode fazer. Visitar fábricas modernas, principalmente europeias, ler temas técnicos e cerâmicos, assistir aos simpósios cerâmicos, estar atentos aos novos avanços técnicos e estar consciente de que uma fábrica não é apenas produção, mas também há outras partes importantes deste negócio. Acho que tudo isso deve integrar a formação do ceramista. Além disso, deve-se estar consciente que uma fábrica é realmente um negócio que deve ser suficiente para seu próprio desenvolvimento e muitas vezes as alianças com outros fabricantes podem ser benéficas. Produtos fabricados por um podem ser vendidos por outro e vice-versa. Todos sabemos que a união dos ceramistas capaz de criar acordos é vital para o setor. Na Espanha, por exemplo, foram muito bons os resultados de uma publicidade feita em comum de produtos cerâmicos nos meios de comunicação para a captação do mercado e impedir que surja uma dura concorrência por outros produtos não cerâmicos. NC - Como a Keller avalia o fato de as cerâmicas brasileiras serem em sua maioria empresas familiares? WB - As empresas familiares contribuíram durante muitos anos com o desenvolvimento dos países europeus. Não vejo razão nenhuma pela qual no Brasil não pode
ser igual. Como já disse, a formação dos filhos é muito importante. Também cheguei a conhecer as típicas dificuldades destas empresas e inclusive assisti a debates interessantes organizados por uma associação de fabricantes com relação a este tema. Em todos estes debates sempre chegaram ao acordo de que se deve estar consciente que só porque a empresa é familiar não significa que tenha de ser o centro de trabalho onde todos os membros da família encontrem um emprego, como genros, noras, cunhados, primos, etc. Nas empresas familiares, como em qualquer outra empresa, devem trabalhar somente as pessoas mais qualificadas para a função a realizar e com o espírito de sacrifício que um bom emprego requer. Enquanto vive o líder, ou seja, o fundador da empresa, normalmente tudo corre bem. Mas se deve levar em conta a seleção do sucessor, que não necessariamente tem que ser o filho ou a filha. Pode ser uma pessoa que não é da família, como em qualquer outra empresa. Muitas vezes os problemas começam neste ponto da sucessão. A inveja entre familiares e a incapacidade de alguns na realização eficiente de sua função no trabalho costumam ser a razão da quebra de muitas empresas familiares. Contudo, existem na Europa importantes empresas familiares que começaram como uma pequena fábrica muito elementar, e atualmente possuem várias fábricas modernas com um rendimento mais do que satisfatório.
ENTREVISTA
o pessoal de produção. Mas, em minha opinião, existem dois fatores muito importantes que travam essa modernização. Um deles é a carência de uma rede de distribuição de combustíveis como é o gás natural através de gasodutos, ou o transporte de outros combustíveis limpos, de modo que seria viável o uso destes a um preço razoável, em vez do tradicional uso da madeira que mesmo tendo um menor custo apresenta um atraso considerável. Outro desafio encontra-se no aumento do poder aquisitivo das famílias para que possam demandar qualidade de vida mais elevada com mais e melhores produtos cerâmicos que oferecem ao usuário um isolamento térmico e acústico.
A formação do ceramista é o melhor investimento que se pode fazer
NC - A Keller participa de quais feiras? Qual a importância de estar presente nestas feiras? WB - O grupo Keller participa de feiras e exposições na Índia, na Rússia, na Argélia, na Tunísia, na Líbia, no Marrocos, na China, no Brasil, na Argentina e de muitas exposições na Alemanha. O importante de uma feira é o contato com os clientes atuais e, naturalmente, potenciais. Também achamos importante conhecer as atividades no mercado do país onde estamos exibindo, que conhecemos através dos contatos com os competidores, clientes, jornalistas e associações ou sindicatos. NC
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D E S E N VO LV I M E N T O
Anfamec dá mais um passo Empresários estão unidos para fortalecer o setor de equipamentos para a cerâmica
Fabricantes de equipamentos para cerâmica vermelha voltaram a se mobilizar no dia 30 de novembro em Itu (SP), para discutir a criação da associação que tem o objetivo de fortalecer o segmento que fornece máquinas para as empresas produtoras de telhas, tijolos e demais peças cerâmicas do Brasil. Reunidos na sede da Associação das Ce-
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râmicas Vermelhas de Itu e Região (Acervir), representantes de 40 empresas de todo o Brasil decidiram por consenso que a associação vai se chamar Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Cerâmica (Anfamec). Também foi discutida a elaboração da proposta de estatuto da associação. “Os futuros associados que participaram da reunião receberão cópia de um documento com informações sobre o estatuto para que cada membro estude e dê sugestões”, informou o presidente provisório da Anfamec, Matheus Rodrigues, proprietário da Máquinas Man. O primeiro vice-presidente provisório da Anfamec, Eduardo Putz, diretor da Verdés, destacou ações que serão desenvolvidas quando a associação iniciar as atividades. “Poderemos promover treinamentos para os associados, compartilhar tecnologias entre os fabricantes, assim como ter poder de barganha frente aos fornecedores”, destacou. A próxima reunião, agendada para o dia 25 de janeiro, às 19 horas, vai contar com a presença de um advogado que vai explicar o que envolve a criação de uma associação como, por exemplo, objetivos, profissionais que devem ser contratados, constituição de conselhos, legalização e despesas de manutenção. NC
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Inédito e inovador Sistema industrializado mistura cerâmica e aço e lembra um tecido de tijolo
Imagine cobrir paredes, telhados, muros e até mesmo estruturas arqueadas como abóbadas com uma espécie de tecido cerâmico. A inovação, chamada flexbrick, é um sistema industrializado de folhas flexíveis de
cerâmica que pode ser definido como um tecido em que os tijolos se encaixam por meio de uma tela trançada de aço. Elaborada pelo arquiteto espanhol Vicente Sarrablo em parceria com a Universidade Internacional da Catalunha, a novidade lançada em 2011 oferece múltiplas opções de design e aplicações construtivas. O arquiteto Joan Villà, de São Paulo, fala no site da revista Arquitetura e Construção, que o flexbrick “é o resgate da condição versátil do material, relembrando que ele se presta à realização de um todo homogêneo na construção, assim como recoloca a cerâmica no rol dos materiais que, nada arcaicos, agregam tecnologia e apontam para o futuro”. O flexbrick foi lançado pelas empresas espanholas Piera Ecoceramica, da Catalunha e a Malpesa Cerâmica, de Andaluzia. Em meio à crise econômica, vivida na Europa, as duas empresas enxergaram na inovação de Sarrablo oportunidade para os negócios. O produto inédito é resultado de quatro anos de pesquisa com investimentos de 2,5 milhões de euros. A aposta foi bem-vinda a um mercado carente de ideias inovadoras. Antes mesmo de ser lançado, o produto já contava com encomendas.
Jardim de cerâmica Criado especialmente para áreas de jardim, o flexbrick garden é um pavimento que pode ser colocado diretamente sobre a grama, areia ou qualquer combinação de solo. É projetado para pavimentar áreas como espaços em torno de piscinas, pátios ou varandas, acesso a caminhos de casa ou jardim. Transitável e leve, ele impede qualquer movimento ou desprendimento das peças causados habitualmente pelo esvaziamento das juntas ou falhas na base, comum em calçadas, permitindo assim a drenagem entre as juntas, sendo adaptável ao paisagismo. Usado em jardins, permite o crescimento de vegetação entre as peças cerâmicas, podendo ser combinado a plantas ou a diferentes tipos de cascalho.
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NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
ARQUITETURA CERÂMICA
Simples e original Diversidade de opções torna o Flexbrick versátil A inovação chama a atenção pela simplicidade. São apenas dois tipos de materiais empregados para a confecção do produto final. Cerâmica e aço. Através de orifícios nos tijolos é introduzida a malha metálica que dá vida a um tipo de tapete de tijolos. Os fabricantes garantem colocação fácil, rápida e econômica. O flexbrick pode ser usado tanto em superfícies horizontais quanto verticais. As tramas de até 30 metros podem ser adotadas na versão fechada ou com espaços entre os tijolos. “O sistema é dez vezes mais rápido do que o tradicional colocado peça a peça. O desempenho com dois operadores e um guindaste pode chegar a 250 metros quadrados por dia”, asseguram os fabricantes. Uma das primeiras encomendas do flexbrick foi feita pela Universidade de Granada, na Espanha. Cerca de 30 mil metros quadrados foram utilizados na fachada da Faculdade de Farmácia. Para comprovar as aplicações do produto, foi construída a Casa Mingo, em Sant Martí de Tous, em Barcelona, na Espanha, que serviu de protótipo. O futuro proprietário da moradia permitiu o uso de múltiplas soluções de flexbrick na obra. O resultado final é um catálogo das várias soluções oferecidas pelo flexbrick, que vão desde a cobertura curva passando por painéis mistos de diferentes tipos de pavimento. A diversidade de opções de desenho oferecida pelo flexbrick o torna versátil ao permitir personalizar cada projeto modificando apenas 10% dos componentes em cada aplicação. Permite a continuidade do mesmo acabamento estético em pisos, fachadas e coberturas. É possível, por exemplo, projetar qualquer curvatura e obter alinhamentos constantes das peças. O resultado é alcançado devido ao formato de grandes dimensões instalado por meios mecânicos. Outras vantagens do produto espanhol
Casa Mingo são a precisão, a durabilidade, a economia de armazenamento e transporte, pois é dobrado em paletes ou enrolado em bobinas facilitando a mobilidade. O rejunte não precisa ser feito durante a execução. Primeiro são colocadas as folhas, posteriormente, o rejunte. Por ser facilmente removível, reduz transtornos para reparações no subsolo.
O sistema permite múltiplas combinações e cores variadas trazendo à tona a arquitetura têxtil e permitindo que múltiplas associações vistam as construções
NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
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ARQUITETURA CERÂMICA
Múltiplas aplicações O flexbrick pode ser combinado com qualquer outro painel ou pré-moldado de concreto para suavizar o impacto estético. Na área de
arquitetura, pode ser aplicado em obras civis e urbanismo; mobiliário urbano; estabilização de taludes e murais decorativos.
Os fabricantes A Malpesa Cerâmica é a empresa espanhola líder na fabricação de tijolos e adoquins e atua em países como Marrocos, Portugal, França, Itália, Japão, Líbano, Grécia, Estónia e Rússia. Já a Piera Ecocerâmica pertence ao Grup Puigfel, um dos principais grupos de serviços para construção na Catalunha. É o único na Espanha que fabrica tijolos e pavers utilizando o biogás como principal fonte de energia. O biocombustível é aplicado em 90% da produção da empresa reduzindo em 17 mil toneladas por ano o número de emissões de CO2. A empresa Flexbrick é resultado de 50% de investimento da Malpesa Cerâmica e 50% da Piera Ecocerâmica.
O formato Adoquin - 20 x 10 x 5 cm; Tijolo - 24 x 10 x 4,5 cm; Placa - 24 x 10 x 4,5 cm. Os formatos das malhas variam de 0,5 metros a 20 metros de comprimento e 0,6 a 1 metro de largura. Para projetos específicos, são fabricadas peças com tamanhos especiais por encomenda.
O criador O arquiteto Vicente Sarrablo, criador do projeto, tem longa história de especialização em possibilidades inovadoras de cerâmica para arquitetura, com vários projetos de pesquisa, inúmeros artigos publicados em revistas profissionais e vários prêmios nacionais e inter-
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NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
nacionais. O inventor presidiu a primeira Cátedra Cerámica criada na Espanha em 2004 para despertar a criatividade dos alunos da Universidade Internacional da Catalunha com o objetivo de promover a busca por novos formatos e novas aplicações com materiais cerâmicos. NC
Produção Robotizada
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D E S E N VO LV I M E N T O Cerâmica Ceagra ganhou em segundo lugar na etapa nacional do PSQT
Cerâmicas cearenses ganham PSQT
O PSQT estimula a incorporação da responsabilidade social pelo reconhecimento público das melhores práticas empresariais
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NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
Duas cerâmicas do Ceará foram reconhecidas pelo Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho (PSQT) em 2012. Depois de ganhar na categoria estadual em primeiro lugar, a cerâmica Ceagra, de Aquiraz, ficou em segundo lugar na etapa nacional. A cerâmica Cecrato, de Crato, conquistou o segundo lugar na etapa estadual. A unidade do Grupo Tavares, Ceagra, ganhou na categoria micro e pequena empresa Desenvolvimento Socioambiental pelo desempenho no “Uso de biomassa renovável nos fornos”. “É sempre importante ter seu trabalho reconhecido, principalmente um prêmio em nível nacional que contou com a participação de grandes empresas nacionais de setores mais fortes da economia", comemorou o diretor de marketing do Grupo Tavares, Marcelo Tavares.
empregam quase sete milhões de trabalhadores - das quais 46% micros e pequenas, 26% médias e 28% de grande porte. Das 90 melhores práticas da indústria brasileira, 10 são do Ceará, que automaticamente concorreram na etapa nacional. O prêmio aborda as áreas de cultura organizacional, gestão de pessoas, ambiente de trabalho seguro e saudável, educação e desenvolvimento, desenvolvimento socioambiental e inovação. O PSQT estimula a incorporação da responsabilidade social na gestão dos negócios pelo reconhecimento público das melhores práticas empresariais, que incluem a boa qualidade de vida dos empregados. Estas boas práticas elevam a produtividade e a competitividade das empresas. São duas etapas de avaliação, uma estadual e outra nacional. "O PSQT é a manifestação do compromisso do Sistema Indústria de promover a disseminação de tecnologias, processos e boas práticas que contribuam para o aumento da competitividade da indústria brasileira em consonância com a progressiva internalização, pelas empresas, das melhores práticas nos processos de trabalho", assinalou o diretor-superintendente do Sesi. NC
D E S E N VO LV I M E N T O
A cerâmica Cecrato foi premiada pelo case “Profissional saudável é profissional produtivo” na categoria micro e pequena empresa Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável. Segundo a sócia administradora da Cecrato Cecília Monteiro, o projeto teve como objetivo assegurar a qualidade de vida dos colaboradores enfatizando a prática de hábitos saudáveis também fora do ambiente laboral. As cerâmicas receberam o prêmio da etapa estadual no dia 31 de outubro no auditório Waldyr Diogo de Siqueira na Federação das Indústrias do Estado do Ceará. No total, 41 empresas cearenses conquistaram o prêmio na etapa estadual que contou com a participação de 100 indústrias. O Ceará foi o quarto estado do país em número de inscrições no PSQT 2012 e o primeiro da região nordeste. A entrega do prêmio para as 18 empresas que ficaram em primeiro lugar na etapa nacional foi realizada no dia 4 de dezembro em solenidade na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. O Prêmio Qualidade do Trabalho estimula a incorporação da responsabilidade social pelo reconhecimento público das melhores práticas empresariais. Concorreram à edição de 2012 exatamente 1.522 empresas, que
Cerâmica Cecrato conquistou o segundo lugar na etapa estadual do PSQT
NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
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MEIO AMBIENTE
Casag oferecerá cursos na área ambiental em 2013
A Casag Consultoria Ambiental realizará dois cursos voltados para questões ambientais em 2013. São eles Gestão Ambiental e Educação Ambiental. Cada turma receberá no máximo 35 alunos. Poderão participar empresários de diversos segmentos, acadêmicos, professores e comunidade em geral. As aulas ocorrerão em Morro da Fumaça (SC) e serão ministradas pela engenheira ambiental e especialista em Gestão Ambiental, Cíntia Casagrande. Segundo Cíntia, o curso de Educação Ambiental irá abranger temas voltados a empresas e escolas, principalmente, no que diz respeito a um processo interativo e crítico vinculado a mudanças de atitudes e práticas. “O curso oferecerá formas de programas e atividades voltadas à educação ambiental, ou seja, o empresário, acadêmico ou professor saberá como lidar com seu público-alvo, despertando a curiosidade através de estratégias que possibilitem atuar na questão socioambiental”. Já o curso de Gestão Ambiental irá abordar temas como a gestão participativa, despertando maneiras de co-gerenciar as questões ligadas ao meio ambiente. “Um dos temas preocupan-
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NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
tes é a forma como as empresas, escolas e a comunidade gerenciam os resíduos. O curso visará técnicas, formas de gerenciamento dos mesmos para que o problema torne-se solução. O processo de tomada de decisões em um ambiente de trabalho envolve o cumprimento das normas e dos padrões legais. Os cursos oferecerão aprendizado no quesito legislação ambiental vigente para que por meio do conhecimento os interessados possam aplicar onde atuam”, relatou Cíntia. A engenheira ambiental ainda acrescentou que as empresas necessitam investir em práticas de planejamento, controle e sistemas de gestão ambiental. “Serão discutidos modelos, instrumentos e ferramentas para que este tema faça parte do cotidiano da companhia. Os estudantes que pretendem ingressar nesta área terão uma visão ampla do universo empresarial voltado à sustentabilidade”, declarou. De acordo com a engenheira ambiental, o curso servirá como complemento dos relatórios anuais que os ceramistas entregam à Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fatma) e também para ampliar o conhecimento das técnicas de gerenciamento de seus resíduos, trabalhando de forma ambientalmente sustentável. O valor da matrícula é de R$ 55. As mensalidades serão parceladas em três vezes de R$ 79. A apostila (material de apoio) custará R$ 59. As aulas serão apenas uma vez por semana. O horário será das 19 às 21 horas. O certificado será incluído e recebido no término do curso. Cada capacitação terá aproximadamente 24horas/aula. O tempo para cada curso é de três meses. Para participar, o interessado deverá efetuar a matrícula até o dia 15 de fevereiro. A solicitação para inscrição deve ser feita pelo telefone (48) 9931-7547 ou pelo e-mail cintiacasag@hotmail.com. NC
Início dos cursos Gestão Ambiental - 05/03/13 Educação Ambiental - 08/10/13
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ARTIGO TÉCNICO
Secagem e retração volumétrica de tijolos cerâmicos maciços e vazados: uma investigação teórica e experimental Trabalho apresentado no 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado de 29 de maio a 1º de junho de 2011, em Porto de Galinhas, em Pernambuco
Introdução
Resumo
A indústria cerâmica apresenta processos industriais com um grande consumo de energia e elevado impacto ambiental. A grande maioria destas indústrias está desenvolvendo produtos de baixa qualidade devido a processos inadequados de secagem e queima. Sendo assim, a finalidade deste estudo é contribuir para a melhoria da qualidade do processo de secagem apresentando um estudo experimental da secagem de amostras de argila para cerâmica vermelha (blocos vazados e tijolos maciços), com diferentes dimensões e umidades iniciais. Nos processos de secagem, várias temperaturas e umidades relativas do ar foram usadas, e várias curvas da cinética de secagem e de retração volumétrica foram obtidas. Equações matemáticas para descrever a perda de água e variações dimensionais durante o processo de secagem foram propostas. Verificou-se que o processo de secagem ocorreu no período de taxa decrescente e o encolhimento apresentou dois períodos distintos.
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J. J. S.Nascimento (1), V.R.Batista(2), A.A.Sobrinho(3), A.G.B.Lima(4), L.R.A.Pontes(5), A.A.Cutrin(6) (1) (2) (3) (5) , , , Unidade Acadêmica de Engenharia de Materiais, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande, (5) Departamento de Engenharia Mecânica, Centro de Tecnologia, Universidade Federal da Paraíba. (6) Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande
NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
A extração e tratamento das matérias-primas para cerâmica são operações importantes na fabricação de produtos cerâmicos. O processo de produção de tijolos cerâmicos maciços e vazados segue as seguintes etapas subsequentes: extração da argila; beneficiamento; extrusão; secagem; queima; seleção e estoque. Dentre estas, a etapa de secagem merece especial atenção. Isto porque, logo após a conformação da peça cerâmica, a água está distribuída, quase que homogeneamente, entre as partículas de argila e outros componentes da argila. Neste contexto, é fundamental conhecer os efeitos da secagem e o seu controle, uma vez que estes alteram as propriedades físicas e químicas do produto, e tais alterações afetam sensivelmente o processo de transferência de calor e massa [1]. Neste sentido, vários pesquisadores desenvolveram estudos sobre secagem de argila [2, 3], e outros a secagem de sólidos cerâmicos incluindo o fenômeno de encolhimento, que altera a cinética de secagem e as dimensões do sólido [4, 5, 6, 7, 8, 9, 10]. Resultados de curvas de encolhimento linear versus teor de umidade para argila podem ser encontrados na literatura [8, 9]. O objetivo deste trabalho é estudar experimentalmente a cinética de secagem e as variações dimensionais de tijolos cerâmicos maciços e vazados em várias condições do ar de secagem.
Material
Para confecção das amostras, foi usado uma argila para cerâmica vermelha oriunda do município de Itaporanga, Paraíba, Brasil.
Metodologia experimental
Preparação dos corpos de prova de argila Os blocos cerâmicos vazados com seis furos (cerâmica vermelha) foram moldados por extrusão em uma extrusora de laboratório tipo Verdés, modelo BR 051, enquanto que os tijolos cerâmicos maciços foram moldados por prensagem na forma paralelepipedal a uma pressão de 19,61 MPa. Na Figura 1, ilustra-se a geometria de ambos os corpos de prova.
ARTIGO TÉCNICO
Materiais e métodos
terminaram quando a massa das amostras alcançou um valor constante. Para obter o valor da umidade de equilíbrio e a massa das amostras totalmente secas, estas permaneceram na estufa na mesma temperatura de secagem durante 48 horas. Todos os testes foram executados a uma pressão atmosférica. A Tabela 1 apresenta os dados de tijolos cerâmicos e todas as condições de secagem que foram usadas neste estudo, onde Mo é o teor de umidade inicial, Mf é o teor de umidade final, Me é o teor de umidade de equilíbrio, 2R1, 2R2 e 2R3, correspondem respectivamente a comprimento, largura e altura. O teor de umidade médio em base seca foi obtido a partir da seguinte equação matemática:
Figura 1. Características geométricas dos corpos de prova e suas dimensões: a) tijolo furado e b) tijolo maciço.
onde ma e ms são, respectivamente, a massa de água e a massa do produto totalmente seco.
Secagem dos corpos de prova de argila Os tijolos foram secados em diferentes temperaturas e umidades relativas colocando-os numa estufa sem circulação de ar. Em cada experimento as amostras foram pesadas e suas dimensões medidas em intervalos de 10 minutos para as três primeiras medidas; o restante das medidas foi feito em intervalos de 30 minutos durante o processo de secagem. As massas das amostras foram obtidas numa balança eletrônica com precisão de ± 0,01g, enquanto que as dimensões das amostras foram medidas usando um paquímetro digital com precisão de ± 0,01 milímetro. A umidade relativa do ar foi calculada usando o software CATT a partir das temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido do ar de secagem, obtidas com o auxílio de um higrômetro. As experiências de secagem contínua
Tabela 1. Condições experimentais usadas neste trabalho
Ar Amostra
Blocos vazados
Tijolos cerâmicos
T
UR
Mo
Mf
Me
2R1(m)
2R2(m)
2R3(m)
d (m)
t
(°C)
(%)
(b.s)
(b.s
(b.s)
x 103
x 103
x 103
x 103
(min)
CPV170
70
8,71
0,222
0,032
0,004
65,90
57,88
35,1
11,03
270
CPV190
90
3,28
0,220
0,009
0,003
64,21
57,68
35,0
10,87
270
CPV290
90
3,28
0,220
0,006
0,001
64,1
57,79
35,0
11,88
270
CPV1110
110
2,01
0,222
0,013
0,000
66,04
58,11
35,0
11,37
240
CPM160
60
14,0
0,078
0,011
0,005
120,64
60,24
7,97
--
330
Tijolos CPM180 maciços CPM280
80
6,00
0,087
0,003
0,001
120,12
60,09
6,75
--
330
80
6,00
0,094
0,004
0,000
120,43
60,27
7,69
--
330
CPM1110
110
2,00
0,102
0,007
0,004
120,72
60,31
6,57
--
240
*Nesta tabela, por exemplo, o código CPV170 representa corpo de prova vazado 1 realizado a 70°C, t representa o tempo total de secagem,“bs” significa base seca (kg de água / kg de matéria seca). As dimensões do tijolo referem-se às condições iniciais.
NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
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ARTIGO TÉCNICO
Modelo matemático Variações dimensionais
De acordo com a literatura [8], a seguinte equação foi utilizada para obter as mudanças de volume do sólido para cada tempo durante o processo de secagem:
Reformulando a equação (E), tem-se:
Bl
vaz
Ti
Em t = 0, Mmed = M0, e Vt = Vo, então tem-se que ß1 = 1- ß2Mo. Logo a equação (B) pode ser escrita como segue:
ma
Vale salientar que para tijolos maciços, dt = 0.
Resultados e discussões Variações dimensionais
onde ß3 = ß1 + ß2 Me e ß4 = ß2 (M0 -Me ) são os coeficientes de encolhimento volumétrico (que foram obtidos usando o método de Rosembrock e quasi-Newton com critério de convergência de 0,001, a partir do ajuste do modelo aos dados experimentais do teor de umidade e dimensões do sólido) e Mmed* = (Mmed -Me )/(Mo-Me) é o teor de umidade médio adimensional. Considerando que o encolhimento é isotrópico, que a taxa de variação de (R1)t, (R2)t e (R3)t (Figura 1) relacionam-se entre si de tal forma que esta relação permaneça constante, e que os diâmetros dos seis furos sejam idênticos e com iguais retrações, pode-se mostrar que o volume de um bloco cerâmico com seis furos é dado pela diferença entre o volume total e o volume formado pelos seis furos, como mostrado na equação (E) a seguir:
50
NovaCer • Ano 3 • Janeiro • Edição 33
1.0
V /V o
0.9
0.9
0.8
1.0
0.9
V /V o
Definindo alguns parâmetros descritos abaixo, a equação (C) pode ser reescrita como segue:
Os valores da estimativa dos coeficientes de encolhimento da equação (4) aplicada a tijolos cerâmicos para oito experimentos de secagem são apresentados na Tabela 3. Os coeficientes de correlação em todas as experiências chegam muito próximo de 1,0. As curvas de comparação entre os dados de encolhimento experimentais e preditos pela equação proposta, para blocos vazados e maciços, são mostradas nas Figuras 4 -7. Analisando as Figuras 2-3 verifica-se que no início do processo de secagem, há uma grande remoção de umidade, assim, as dimensões dos sólidos mudam com velocidade mais elevada, decrescendo com o passar do tempo até chegar a zero. O ponto onde o encolhimento apresenta um novo comportamento depende das diferentes composições do material. Pode-se verificar ainda a existência de dois períodos com mudanças volumétricas. Este comportamento está em concordância com os resultados da literatura [9]. O ponto onde as curvas interceptam é chamado teor de umidade crítico [7]. Porém, neste estudo não foi encontrado nenhum período de secagem constante pelo baixo teor de umidade inicial das amostras, e então, a denominação de teor de umidade crítico pode não ser adequada para o ponto de interseção das retas.
0.9
0.9
0.9
0.9
ARTIGO TÉCNICO
dos tijolos cerâmicos, os dados experimentais de teor de umidade em função do tempo para diversas condições de secagem estão plotados nas Figuras 4-5. Por comparação, entre os dados, pode-se ver 1º passo de encolhimento 2º passo de encolhimento Amostras que a temperatura R R β3 β4 β4 β3 do ar de secagem CPV170 0,820331 0,176762 0,977 0,888358 0,022322 0,943 tem uma forte inBlocos CPV190 0,811631 0,167454 0,941 0,878121 0,02324 0,937 vazados fluência na taxa de CPV290 0,921929 0,07792 0,987 0,945556 0,022137 0,981 secagem, como CPV1110 0,871371 0,127998 0,669 0,916576 0,027362 0,984 esperado. Quando CPM160 0,9803167 0,0173372 0,963 0,9800886 0,0196303 0,821 se aumenta a temTijolos CPM180 0,977948 0,0207332 0,99 0,97669 0,0547766 0,934 maciços peratura, a taxa de CPM280 0,978119 0,020481 0,99 0,976069 0,0530033 0,922 CPM1110 0,941138 0,0505213 0,886 0,9557545 0,0265298 0,941 secagem também aumenta. Isto não é muito desejável porque pode gerar elevados gradientes térmicos na parte interna dos sólidos Figura 2: Comparação entre os volumes e então induzir tensões térmica, hídrica e mecâpredito e experimental de tijolos cerâmicos nica. Estas tensões podem produzir rachaduras, vazados obtidos durante a secagem a T=70 °C fissuras e deformações, e contribui para reduzir a qualidade dos tijolos no fim do processo de 1.000 secagem. Experimento CPV170 V/Vo=0,820331+0,176762Mmed* As formas dos tijolos também afetam a taxa V/Vo=0,888358+0,22322Mmed* 0.960 de secagem. Para relações de área/volume mais altas, tem-se a velocidade de secagem mais alta e consequentemente menos tem0.920 po de processo. De acordo com a literatura [11,12], gradientes de umidade e térmicos mais 0.880 elevados acontecem perto dos vértices do sóli0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 do. Então, esta região é mais favorável a rachaM med* duras e fissuras.
V /V o
Tabela 2: Coeficientes de encolhimento volumétrico e de correlação (R) para as experiências de secagem
Figura 3: Comparação entre os volumes predito e experimental de tijolos cerâmicos vazados obtidos durante a secagem a T=110 °C
Figura 4: Efeito da temperatura e umidade relativa do ar de secagem na perda de massa (umidade) dos blocos cerâmicos vazados
1.000
CPV170, T=70°C, U.R=8,71%, So/Vo=299,64/m CPV190, T=90°C, U.R=3,28%, So/Vo=297,84/m CPV1110, T=110°C, U.R=2,01%, So/Vo=311,17/m
0.800
0.960 0.940
M med*
V /V o
1.000
Experimento CPV1110 V/Vo=0,871371+0,127998Mmed* V/Vo=0,916576+0,027362Mmed*
0.980
0.920 0.900 0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
M med*
Cinética de secagem Para analisar os efeitos das condições do ar de secagem na redução do teor de umidade
0.600 0.400 0.200 0.000 0.00
100.00
200.00
300.00
t (min)
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51
1.000
CPM160, T=60°C, U.R.=14,00%, So/Vo=125,47/m CPM280, T=80°C, U.R.=6,00%, So/Vo=125,53/m CPM1110, T=110ºC, U.R=2,00%, So/Vo=152,21/m
0.800
M med*
ARTIGO TÉCNICO
Figura 5: Efeito da temperatura e umidade relativa do ar de secagem na perda de massa (umidade) dos tijolos cerâmicos maciços
0.600 0.400 0.200 0.000 0.00
100.00
200.00 t (min)
300.00
400.00
Conclusões Diante dos resultados obtidos neste estudo, podem-se tirar as seguintes conclusões: • Devido à boa correlação entre os pontos experimentais e preditos pela equação proposta para retração volumétrica, conclui-se que a con-
tração volumétrica deve ser mais perfeitamente definida em duas etapas tanto para tijolos maciços quanto vazados; • A forma do corpo interfere na cinética de secagem; quanto maior a relação área/volume, mais rápida será a secagem; • Temperaturas do ar de secagem elevadas e umidades relativas baixas implicam numa secagem mais rápida do material. Este efeito é por sua vez, mais acentuado que os gerados pelas relações área/volume e teor de umidade inicial; • Quando as temperaturas e umidades relativas do ambiente de secagem são as mesmas para corpos de prova com dimensões diferentes, o teor de umidade inicial e a relação área/ volume dominam a cinética de secagem; • Maiores níveis do teor de umidade inicial implicam em maiores índices de retração volumétrica; • A variação do teor de umidade de tijolos cerâmicos maciços e vazados foi bem representada por uma equação exponencial a seis parâmetros devido ao excelente ajuste aos dados experimentais (R>0,99).
Referências [1] Fricke, J., A cerâmica, Lisboa, Ed. Presença Ltda., 1981. [2] Ketelaars, A. A. J., JOMAA, W., Puiggali, J. R., Coumans, W. J. “Drying shrinkage and stress”. In: Proceeding of the International Drying Symposium, Part A, pp. 293-303, Montreal, Aug. 1992. [3] Hasatani, M., Itaya, Y., “Deformation characteristic of ceramics during drying”, In: Proceeding of the International Drying Symposium, Part A, pp. 190199, Montreal, Aug. 1992a. [4] Elias, X., A fabricação de materiais cerâmicos, Barcelona, Espanha, 1995. [5] Reed, J. S., Principles of ceramics processing, 2 ed, New York, USA, Wiley Interscience, 1995. [6] Van Der Zanden A.J.J., Schoenmakers, A.M.E, Kerkof P.J.A.M., “Isothermal vapour and liquid transport inside clay during drying”, Drying Technology, v.14, n. 3-4, pp. 647-676, mar/April 1996. [7] Vieira, C. M. F., Feitosa, H. S., Monteiro, S. N., “Avaliação da secagem de cerâmica vermelha através da curva de Bigot”, Cerâmica Industrial, v. 8, n. 1, pp. 42–46, Jan./ Fev. 2003.
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[8] Nascimento, J. J. S., Lima, A. G. B., Santana, E. W. F., Belo, F. A., Neves, G. A., Santana, L. N. L., Batista, V. R., “Experimental drying of ceramic bricks including volumetric retraction”. In: Proceedings of the 18th International Congress of Mechanical Engineering, v. 1.pp. 110, Ouro Preto -MG, nov. 2005. [9] Itaya, Y., Taniguchi, S., Hasatani, M., “A Numerical study of transient deformation and stress behavior of a clay slab during drying”, Drying Technology, v.15, n. 1, pp. 1-21, jan. 1997. [10] Norton, F. H., Elements of ceramics, Massachusetts, Ed. Addison Wesley, 1975. [11] Hasatani, M., Itaya, Y., “Modeling of strain-stress behavior for advanced drying”. In: Proceeding of the International Drying Symposium, pp. 27-39, Krakow, Jul./Aug. 1996. [12] Nascimento, J. J. S., Belo, F. A., “Simultaneous moisture content transport and shrinkage during drying of parallelepiped solids”. In: Proceedings of the Inter-american Drying Conference, v. 1, pp. 331-359, Boca del Rio, Vera Cruz, Mexico, Jul. 2001b. NC
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Agende-se para as feiras de 2013 Reunimos as datas das principais feiras do setor da construção civil de 2013 em diversos países. Os eventos são oportunidades para ampliar contatos, conhecer novos produtos e tecnologias e adquirir conhecimento por meio da troca de ideias. A primeira feira do setor da construção de 2013 será realizada em Munique, na Alemanha. A Feira Internacional de Arquitetura, Materiais e Sistemas – BAU acontece de 14 a 19 de janeiro e reúne as necessidades de setores específicos, fornecedores e compradores internacionais. O foco do evento é apresentar inovação e qualidade para o futuro da construção. A feira atrai arquitetos, engenheiros civis, fabricantes de materiais para construção, empreiteiras e construtoras. O evento tem periodicidade bienal e é organizado pela empresa Messe Munchen Messegelände. De 5 a 8 de fevereiro acontece em Valência, na Espanha, a Cevisama – Exposição In– ternacional de Cerâmica para Arquitetura, Equipamentos de Banho, Pedra Natural, Ma– térias–Primas, Esmaltes, Fritas e Massas. O foco da feira são países tradicionalmente consumidores como países árabes, Rússia, África do Norte, Índia, Nigéria e Israel identificados pelo Instituto Espanhol de Comércio Exterior (ICEX), Instituto Valenciano de Exportação (Ivex) e associações empresariais. De 5 a 8 de março, será realizado o Fó– rum Internacional de Arquitetura e Cons– trução – Expo Revestir, uma das maiores vitrines de lançamentos e tendências dos setores de arquitetura e construção, no Transamérica Expocenter, em São Paulo. Com 30% de aumento da área expositiva, a 11ª Fashion Week da Arquitetura e Construção terá mais de 250 marcas apresentando novidades e inovações tecnológicas para os segmentos de revestimentos, louças sanitárias e metais para cozinhas e banheiros. A expectativa da organização é receber mais de 50 mil visitantes de 60 países, entre arquitetos, designers de inte-
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riores, revendedores, construtores e compradores internacionais. A The Big 5 Show – Saudi, Mostra Inter– nacional da Construção está marcada para os dias 9 a 12 de março no Civil Jeddah Centre for Foruns and Events, na Arábia Saudita. A Feicon Batimat será realizada de 12 a 16 de março, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A 21ª edição do evento vai mostrar os principais lançamentos e tendências para todo o setor da construção civil. O salão da construção reúne os grandes líderes do segmento em uma exposição de produtos e serviços para todos os setores do ramo. A feira conta ainda com a conferência Núcleo de Conteúdo Feicon Batimat com palestras e debates, apresentando fortes tendências do mercado e renomados profissionais nacionais e internacionais. Serão expostas 1.030 marcas nacionais e internacionais para 130 mil visitantes em uma área de exposição de 85 mil metros quadrados. O evento é exclusivo e gratuito para profissionais do setor que fizerem o seu pré-credenciamento por meio do site ou apresentarem o convite do evento no local. Caso contrário, será cobrada a entrada no valor de R$ 55 no balcão de atendimento. Ainda no mês de março, ocorre a Indian Ceramics – 8a Mostra Anual de Materiais Cerâmicos, Máquinas, Suprimentos e Tec– nologia, no Centro de Exposições da Universidade, em Ahmedabad, Gujarat, na Índia. O evento está marcado para os dias 19 a 21 de março. Visitam a feira representantes de mais de 30 países. A 8a Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha e 18º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste serão realizados de 18 a 20 de abril, em Natal, no Rio Grande do Norte. Os eventos estão sendo organizados pelo Sindicato da Indústria Cerâmica para Construção do Estado do Rio Grande do Norte (Sin-
o maior do segmento na América do Sul com a Expoanicer – Exposição de Máquinas, Equi– pamentos, automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica na terceira posição do ranking mundial de feiras do setor. Em parceria com o Sindicer/PE, o encontro contará com a infraestrutura do Centro de Convenções de Pernambuco – CECON, situado a quatro quilômetros dos centros históricos das cidades de Recife e Olinda. São 9,5 mil metros quadrados de área de exposição climatizada e auditório com capacidade para 900 pessoas. O Encontro Nacional promove o debate entre empresários, sindicatos, associações, pesquisadores, fornecedores, instituições públicas e privadas, organizações internacionais e consumidores. A próxima edição da Ceramitec, uma das maiores feiras mundiais da construção civil, acontece em Munique, na Alemanha, de 20 a 23 de outubro de 2015. A última edição foi realizada em 2012. O evento recebe mais de 16 mil visitantes de mais de 100 países. Mais de 613 expositores de mais de 42 países marcaram presença na Ceramitec de 2012. Agende-se. NC
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FEIRAS
dicer-RN). As palestras e demais atividades serão realizadas no Hotel Praia Mar, na Praia de Ponta Negra. A Coverings acontece de 29 de abril a 2 de maio, em Atlanta, na Geórgia, nos Estados Unidos. O evento é um dos maiores do setor nos EUA e conta com expositores de mais de 50 países. O evento anual, que acontece no Georgia World Congress Center, é destinado à construção, arquitetura e decoração. A 5a Feira de Fornecedores para a In– dústria Cerâmica e Mineral – Expocer será realizada de 23 a 26 de maio, no Pavilhão de Eventos São Pedro, em Curitiba (PR). O evento incentiva e promove a geração de negócios entre fornecedores e consumidores do setor no maior polo produtivo do Paraná. De 29 de maio a 1º de junho, a China sedia a Ceramics China. O local do evento é o Complexo Pazhou, na cidade de Guangzhou. A feira foi lançada em 1987. A cada edição a exposição apresenta a produção mais recente e avançada de cerâmica e tecnologias de processamento, equipamentos, matérias-primas, cores, esmaltes e produtos relacionados. Mais de 650 expositores de diversos países marcam presença no evento. A Construir Minas será realizada de 19 a 22 de junho, na Expominas, em Belo Horizonte. A Feira internacional da Construção une em um mesmo local todos os segmentos da indústria da construção civil do mercado mineiro com o objetivo de divulgar novidades e tendências. Em 2013 a Construsul será realizada em novo local. De 31 de julho a 3 de agosto, o estado do Rio Grande do Sul sedia a 16ª Feira Internacional da Construção, na Fenac, em Novo Hamburgo. A 18a Construir Rio está agendada para os dias 14 a 17 de agosto, no Riocentro. Já a Construir Bahia ocorre de 28 a 31 agosto em Salvador, no Centro de Convenções da Bahia. De 24 a 28 de setembro, o Salão Inter– nacional da Cerâmica para a Arquitetura e Construção – Cersaie, será realizado em Bolonha, na Itália. Em 2013, o tradicional Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, será realizado no mês de outubro. A capital de Pernambuco, Recife, sediará de 25 a 28 de outubro a 42ª edição do evento que é considerado
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TECNOLOGIA
Engenharia e Ciência dos Materiais em pauta Cerca de 100 trabalhos técnicos e científicos foram apresentados no 200 CBECimat
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Congressistas de quase todos os estados do Brasil participaram de 4 a 8 de novembro de 2012, em Joinville (SC), do 20º Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais (CBECiMat). O evento apresentou novidades em materiais cerâmicos, compósitos, metálicos, polímeros e ensino de materiais. Cerca de 1,5 mil pessoas de 24 estados do país, do Distrito Federal e países como Argentina, Colômbia, Cuba, Equador, Uruguai, Portugal, Itália, EUA, Alemanha e ainda países do reino Unido. Promovido pela empresa especializada em eventos técnicos e científicos Metallum, o evento, tradicional na área, contou com apresentação de aproximadamente 100 trabalhos técnicos e científicos e palestras com renomados especialistas nacionais e internacionais. No total, foram enviados
TECNOLOGIA
2.417 trabalhos para avaliação, tendo a confirmação de quase 1,7 mil deles. Foram abordados temas como biomateriais, caracterização de materiais, ciência dos materiais e modelagem, cimentos, degradação de materiais, e comateriais (materiais ecologicamente corretos), engenharia de superfícies, ensino de graduação e de pós-graduação em ciência e engenharia de materiais, equipamentos e tecnologias, materiais elétricos, eletrônicos e ópticos, materiais isolantes térmicos, materiais magnéticos, materiais nanoestruturados, materiais para geração de energia, processamento, propriedades mecânicas, reciclagem de materiais e síntese. De acordo com a organização, o congresso cumpriu o objetivo de aproximar ciência e tecnologia para satisfazer interesses acadêmicos e industriais, contribuindo para maior interação entre pesquisadores, profissionais da indústria e educadores da área de Ciência e Engenharia de Materiais. A 20ª edição do congresso contou com o apoio Associação Brasileira de Cerâmica (ABC), a Associação Brasileira de Metalur-
gia, Materiais e Mineração (ABM) e a Associação Brasileira de Polímeros (ABPol). Pesquisadores, instituições e todas as áreas relacionadas à Ciência ou Engenharia de Materiais contribuiram para o conteúdo do mais importante fórum nacional sobre Pesquisa & Desenvolvimento na área de materiais, que vem sendo organizando desde 1974, bianualmente. NC
Evento ocorreu no Centro de Convenções Cau Hansen
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