Entrevista com o diretor da empresa Cursos Candeo, Eraldo Candeo Teixeira
Ano 4
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Janeiro/2014
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Edição 45
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Automatismo
Por mais qualidade e produção na indústria cerâmica
Calendário recheado Cerâmicas de SC são reconhecidas de feiras em 2014 por compromisso ambiental
Cerâmica da Paraíba recebe troféu por qualidade em gestão
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SUMÁRIO
TECNOLOGIA 16 Por mais qualidade e produção no setor
EDITORIAL
GESTÃO
MEIO AMBIENTE
FEIRAS
12: Carta ao Ceramista
22: Gestão comercial: como garantir sucesso empresarial
24: Cerâmicas são reconhecidas por compromisso ambiental
28: Calendário recheado de feiras em 2014
Diretor Geraldo Salvador Junior
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Redação Juliana Nunes
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Tiragem 3500 exemplares
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Jesus Cristo, O Messias
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NovaCer • Ano 4 • Janeiro • Edição 45
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
ENTREVISTA 30: NR12: como atender
SUMÁRIO
Janeiro 2014 ARTIGO TÉCNICO 36 : Leitura do perfil de temperaturas e pressão ao longo de um forno túnel
GESTÃO 22: Cerâmica da Paraíba recebe troféu por qualidade em gestão
RESPONSABILIDADE SOCIAL 29: Sincervale inaugura consultório odontológico
MEIO AMBIENTE 48: Projeto visa promover a sustentabilidade em indústrias
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EDITORIAL Residências construídas com tijolos aparentes
Carta ao Ceramista Cada vez mais empresas do setor cerâmico que prezam por mais qualidade e produção em suas indústrias precisam investir em tecnologias para seus parques fabris. Levando em consideração esta necessidade, automatização foi o tema que ganhou destaque na primeira edição de 2014 da revista NovaCer. Enfatizamos na reportagem que o automatismo deve estar cada vez mais presente dentro das fábricas brasileiras. Afinal, ser uma empresa moderna garante agilidade no processo produtivo, maior competitividade, produtos com alto padrão de qualidade e aumento de produção, além de melhores condições de trabalho. Em um mercado cada vez mais competitivo, as indústrias precisam pensar em modernizar seus parques fabris para não ficarem para trás. Conforme especialistas, não há outra saída: ou entra no processo de evolução ou sai do negócio. A edição de janeiro também traz uma en-
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trevista especial sobre a NR12. Eraldo Candeo Teixeira, diretor/proprietário da empresa Cursos Candeo, falou à NovaCer como atender a norma de segurança no trabalho e a importância de se investir na segurança de seus trabalhadores. O profissional atua há 13 anos na capacitação de trabalhadores conforme as normas regulamentadoras do MTE. Também nesta edição acompanhe empresas do setor em Santa Catarina que receberam homenagem por cumprir com as exigências ambientais. Já na Paraíba confira a homenagem à cerâmica Salema, que recebeu troféu por qualidade em gestão. As datas das principais feiras de 2014 também ganharam espaço nesta edição. Confira na página 32 as datas das principais feiras do setor da construção civil que ocorrerão em 2014 em diversos países. Aproveite a leitura!
A Direção
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Foi um enorme prazer passar 2013 com vocês, nossos leitores, anunciantes e parceiros. A equipe NovaCer deseja os melhores votos de felicidade, bons negócios e um 2014 de muitas bênçãos, inovações e crescimento.
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TECNOLOGIA
Por mais qualidade e produção no setor Aos poucos a resistência dá lugar à necessidade. Empresas de cerâmica de todo o país, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, estão cada vez mais perdendo o receio e investindo em novas tecnologias para seus parques fabris. A importância da automatização nas indústrias do setor não é mais novidade pra ninguém e se faz cada vez mais necessária, já que a busca pela qualidade e maior produção dentro das fábricas brasileiras faz com que ceramistas atualizem suas empresas. Segundo o representante comercial da empresa italiana, CMA Impianti, Luis Gonçalves Neto, a automatização é a via pela qual o ceramista consegue aumentar a produção e melhorar a qualidade e, ao mesmo tempo, reduzir o custo dos seus produtos. “Muito importante também é o fato da automatização das operações obrigar a melhorar todo o entorno e isso é
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uma nova filosofia de trabalho, digamos mesmo, uma nova cultura industrial”, relatou. Outro fator importante, de acordo com o gerente técnico e da qualidade da Argiblocos Produtos Cerâmicos, Edvaldo Maia, é que, para atender as exigências do mercado com produtos com alto padrão de qualidade (normatizados, qualificados no PSQ e certificados pelo INMETRO), é necessário implantar um sistema mecanizado e automatizado. “Com os processos manuais, torna-se difícil manter um padrão de produção. E como dizemos: no produto (bloco ou telha cerâmica), quanto mais manipularmos, mais podemos gerar defeitos”, contou. Ao automatizar os parques fabris, conforme o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, as indústrias de cerâmica vermelha também ganham competitividade no mercado cerâmico, pois passam a ser mais ágeis no setor produtivo.
de trabalho, menor risco de acidentes e melhora nos produtos fabricados. Para Milhomem, a automação é o caminho a ser seguido em decorrência da falta de mão de obra, alto custo dos funcionários, qualidade nos produtos e maior produção, entre outras vantagens. Segundo o diretor da empresa Máquinas Man, de Marília (SP), Matheus Rodrigues, o Brasil é um país muito grande e sua indústria está em pleno amadurecimento e modernização. “Hoje, o setor cerâmico passa por uma grande transformação devido a esse amadurecimento empresarial”, disse. O ceramista brasileiro está cada vez mais bem informado sobre as necessidades de modernizar a sua indústria, segundo o representante da empresa italiana, CMA, Luis Gonçalves Neto. “Durante muitos anos os preços dos produtos subiam ou desciam, acompanhando a procura do mercado. No entanto, hoje, verifica-se que mesmo quando o mercado está mais aquecido os preços se mantêm, então não tem outra saída: ou entra no processo de evolução tecnológica ou sai do negócio. É assim em todo o mundo e em todos os negócios, só varia a temporalidade”, esclareceu Neto.
TECNOLOGIA
“Modernizar a indústria faz-se cada vez mais necessário, pois a concorrência cresceu muito no mercado atual, ou seja, não é uma questão de "status", mas sim de sobrevivência e perenidade no mercado”, contou. Ser uma empresa moderna é ter como meta produtos de qualidade e um corpo técnico voltado para a modernização, segundo Ademar Zucco, um dos diretores da empresa Zucco, de Brusque (SC). “A automação na indústria cerâmica já é uma realidade e uma necessidade e, quem não o fizer num futuro muito próximo, estará fora do mercado”, previu. “Basta olhar para o desenvolvimento das outras indústrias para compreender a importância dos automatismos no mundo atual. Erroneamente, alguns ceramistas insistem em afirmar que a cerâmica do barro vermelho no Brasil é diferente. Felizmente os exemplos positivos vão crescendo e quem já automatizou um setor da fábrica só pensa no próximo passo”, disse Neto, representante comercial da CMA. Um exemplo disso é a cerâmica Pauluzzi, de Sapucaia do Sul (RS). A empresa, fabricante de blocos estruturais e de vedação, vem sendo automatizada desde 2003 e, segundo diretor da fábrica, Juan Carlos Germano, as duas plantas produtivas da Pauluzzi são automatizadas. Segundo ele, falta somente uma descarga automática do forno a ser implantada. “O projeto já foi desenvolvido e adquirido e está sendo montado. A instalação final deve acontecer em março de 2014”, contou. “A automação é muito importante para atingir níveis de produtividade e padronização. Sem contar que cada vez está mais difícil a mão de obra qualificada e comprometida. Tenho visto nas feiras e eventos do setor que cada vez mais as empresas estão buscando maneiras de se modernizar”, relatou. Para Germano, as empresas de ponta e que pretendem se manter no mercado, devem sempre investir em tecnologia. A cerâmica Milenium, de Paraíso do Tocantins (TO), é outra empresa que investiu na automatização. No mercado há 11 anos, a empresa começou a instalar máquinas e equipamentos automáticos em 2011 e hoje é 100% automatizada, conforme o proprietário da empresa, Esequiel de Sousa Milhomem. Com a automatização, a empresa, que produz mensalmente 1,2 milhão de telhas, obteve benefícios como diminuição do quadro de funcionários, diminuição das horas trabalhadas, melhores condições
A cerâmica Milenium começou a instalar máquinas e equipamentos automáticos em 2011
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Conforme o gerente da Lingl no Brasil, Martin Maass, a qualidade dos produtos em conformidade com os padrões PSQ (Programa Setorial de Qualidade) exige automatização. “As construtoras não aceitam mais produtos fora do padrão. E foi isso que fez os produtos de concreto avançarem (utilizando automatização), pois faltava uma padronização e uma alta qualidade dos produtos de cerâmica vermelha. O setor perdeu muito contra a construção civil com produtos de concreto. O produto de cerâmica
vermelha tem tantas vantagens, mas infelizmente alguns construtores não consideram esses aspectos na escolha dos materiais”. Para resolver isso, segundo Maass, o melhor a fazer é automatizar. Entretanto, conforme ele, é importante instalar uma automatização confiável e robusta, que não precise mais a interação humana. Conforme o representante da CMA, Luis Gonçalves Neto, cada vez mais os ceramistas sentem a necessidade de reduzir as atividades que impliquem a utilização de mão de obra intensiva. “Quem não tem as operações automatizadas, tem dificuldade em ser produtivo e, ao mesmo tempo, em melhorar a qualidade dos seus produtos e reduzir a quebra. Podemos dizer que quem adere ao conceito “automatizar” sempre fica arrependido de não ter iniciado esse processo mais cedo”, contou. Além da padronização da qualidade do produto final, segundo o diretor da Man, Matheus Rodrigues, a automação oferece também outros benefícios como mais segurança para o trabalhador, melhor controle dos processos e maior eficiência energética, entre outros.
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TECNOLOGIA
Padronização
Automatismos imprescindíveis Para iniciar a automatização dentro de uma fábrica de cerâmica, alguns equipamentos são imprescindíveis. “Serviços braçais estão sendo cada vez mais extintos e, além disso, num processo contínuo, como a maioria das indústrias tem passado a adotar, não devem haver paradas, e é justamente nessa parte que o empresário deve investir, ou seja, equipamentos que permitam a constância do processo sem interrupções e também implantar um sistema de controle e rastreabilidade desse processo”, relatou o engenheiro cerâmico Odenir Vagner. “A cerâmica do barro vermelho atinge o máximo da rentabilidade quando trabalha 24 horas por dia e sete dias por semana. Para que tudo funcione de acordo com o previsto, é necessário que todas as operações e movimentações se realizem de forma automática. As prioridades só poderão ser definidas caso a caso e serão
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principalmente decididas por razões econômicas”, falou o representante da CMA, Luis Gonçalves Neto. Atualmente, já é possível automatizar uma indústria por completo. Segundo o engenheiro mecânico Martin Maass, isso significa a integração de todas as máquinas e equipamentos, em conjunto com secador e forno, permitindo o controle completo. “Um ceramista pode, com esta tecnologia, por exemplo, monitorar no fim de semana e de qualquer lugar o andamento da produção atual em telas compreensíveis”. “Uma cerâmica de 300 toneladas por dia pode tranquilamente funcionar com 5 ou 7 pessoas (incluindo motoristas de empilhadeiras), segundo Maas. Estes projetos permitem que todo o pessoal saia numa sexta-feira à tarde e a fábrica continue trabalhando no fim de semana”, complementou.
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TECNOLOGIA 20
Antes de investir na modernização Antes de automatizar, de acordo com o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, é preciso identificar onde está o "gargalo" do processo produtivo, ou seja, qual a parte mais limitada na cadeia produtiva da fábrica. “Somente a partir daí que o ceramista deve solicitar aos fabricantes de máquinas algumas sugestões de melhorias com equipamentos automatizados. Além disso, é importante ter a consultoria de um profissional especialista na área de cerâmica para que este determine a melhor condição de utilização do equipamento no processo produtivo”, explicou. Ainda segundo Vagner, para investir na modernização, é preciso avaliar toda a cadeia produtiva atual e definir o que se pretende investir no futuro, para que se invista nos equipamentos adequados para aquele determinado tipo de processo que será praticado nas metas futuras. “Acho que a maioria dos ceramistas (de cerâmicas maiores) concorda que automatização é o caminho certo; é mais um assunto de se motivar e começar fazer. O melhor é não só fazer o “necessário”, mas sim de ter uma visão e um planejamento para os próximos cinco ou 10 anos. No longo prazo, as grandes cerâmicas, com boa automatização, são mais competitivas, oferecendo melhor preço em conjunto com melhor qualidade dos produtos”, alertou o gerente da Lingl no Brasil Martin Maass. Conforme ele, para algumas cerâmicas, seria agora o momen-
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to certo de se preparar para o futuro. Outra dica importante de Mass é que antes iniciar um projeto é preciso fazer uma análise profunda da argila para projetar melhor os processos. “Às vezes, pequenas alterações na mistura podem dar características melhores para a extrusão (mais uniforme), secagem (mais rápida e sem trincas) ou queima (menos uso de combustível, queima uniforme e sem trincas), resultando em um produto de melhor qualidade”. Segundo o técnico em cerâmica Edvaldo Maia, é preciso levar em conta se a empresa está preparada para receber um automatismo. “A empresa tem que ter boa infraestrutura. Não dá para pensar em automação, sem preparação de massa, matérias-primas conhecidas (ensaios), definir as melhores misturas, padronizar a massa, mão de obra especializada, controle de processo e produtos, máquinas e equipamentos adequados para a automação e um boa equipe de manutenção”, alertou. Também se faz necessário analisar a cerâmica, ou seja, os processos já instalados, para recomendar ou instalar melhorias. “É possível que não se precise uma “nova fábrica”, muitas vezes precisa melhorar apenas”, disse Maass. “É preciso começar com um estudo dos requisitos (por exemplo, todos os formatos atuais e futuros) para planejar bem um layout de uma fábrica, identificando “gargalos” para garantir um fluxo contínuo”. As condições mínimas para se automatizar um indústria de cerâmica vermelha, segundo o engenheiro cerâmico Odenir Vagner, devem ser a implantação de um centro de gestão de cada setor, “pois não adianta automatizar de maneira desorganizada, isso, inclusive, seria um equívoco”. Conforme o engenheiro, esse centro de gestão faz com que as pessoas que vão atuar nas máquinas e sistemas automatizados sejam treinadas e devidamente preparadas para atuar. “É preciso uma equipe especializada para isso, pois não é o ceramista que vai operar, controlar e manter o automatismo e sim o operador treinado e qualificado para o tipo de automatismo implantado”, informou Maia. Para Martin Maass, uma empresa de cerâmica vermelha “deve ser organizada, limpa, ter uma produção planejada, trabalhadores treinados e mecanização, ou melhor, automatização”.
A importância de se contar com um técnico ou engenheiro formado na área específica de cerâmica faz com que o ceramista consiga ter uma evolução técnica de maneira mais objetiva na sua fábrica, afinal esses profissionais são especialistas na área, conforme o engenheiro cerâmico Odenir Vagner. “O técnico e o engenheiro cerâmico são profissionais especializados em cerâmica e, por isso, entendem e planejam as melhorias ideais para o ceramista, prevenindo que não ocorram mais equívocos de investimentos em equipamentos automáticos inadequados como tem ocorrido em muitos casos atualmente”. Um especialista na área refletirá na redução dos custos para empresa, conforme o técnico em cerâmica Edvaldo Maia. “O ceramista precisa de um especialista na área não só para melhor definir seu processo, layout, máquinas e equipamentos, controles e qualidade da produção, mas também para evitar retrabalho e ajustes depois”, complementou. Conforme Vagner, a máquina só agiliza o processo, mas não necessariamente substitui a mão de obra. É preciso treinar e capacitar pessoas para atuar nessas máquinas. “As empresas precisam ter consciência que, ao passar pela modernização, terão que investir no treinamento de seus colaboradores e, quem trabalha, precisa entender que deve se
capacitar. O que se vê atualmente é oferta de vagas, mas os empresários dizem que faltam pessoas capacitadas para exercer a função, principalmente à frente de máquinas automatizadas e modernas”, disse. Para Maia, a máquina nunca substituirá a mão de obra. “Para a máquina operar, ela precisa de um operador. Vejo com uma oportunidade para os funcionários das cerâmicas se qualificar nas operações destes sistemas automatizados”.
TECNOLOGIA
Capacitação
É preciso contar com pessoas treinadas e capacitadas para operar máquinas e equipamentos automáticos
Segurança nas máquinas Além de melhor qualidade e mais competitividade, o automatismo também pode contribuir na diminuição dos riscos de acidentes dentro das fábricas. Porém, segundo o projetista de sistemas de comando e automação de máquinas e equipamentos, José Amauri Martins, automatismo e segurança são coisas distintas. “O automatismo está ligado ao projetista da máquina, que é o conhecedor dos processos de produção. Para se evitar acidentes, é outro procedimento, que não
há receita pronta, deve-se analisar os riscos da máquina e adotar as soluções adequadas, não apenas as descritas na NR 12, mas também conceitos de normas técnicas”, disse. Mesmo com o automatismo, o ceramista deve se preocupar com os sistemas de segurança, segundo Amauri. “O automatismo é o conjunto responsável pela movimentação da máquina, os sistemas de segurança fazem a vigilância automática dos movimentos gerados pela automação”, afirmou. NC
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Para a empresa obter sucesso, é preciso gente excelente, comprometida e caixa.
Os clientes estão cada vez mais exigentes e, por isso, para garantir sucesso empresarial, é preciso ter na empresa gente excelente, comprometida e caixa. “Faça coisas com inovação, criatividade e com a diferença que o cliente valorize e pague”, disse o professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior, Luiz Marins.
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Segundo ele, o empresário precisa lembrar que sucesso é "caixa". “Não adianta ser campeão em vendas e estar mais quebrado que arroz de terceira. É preciso fazer vendas sadias e vendas sadias são vendas que geram caixa”, acrescentou. Outra dica de Marins é sobre estudar o cliente. Para ele, a empresa tem que saber o que seu cliente "paga" e o que ele não paga. “Isto é o que ele valoriza e o que ele não valoriza. E fazer coisas que seus clientes valorizam e não fazer "firulas" que aumentam o custo da empresa e não aumentam o valor percebido pelo cliente”. De acordo com o professor e consultor de empresas, o cliente quer atendimento excelente, quer que a empresa cumpra o que prometer, quer que dê atendimento pós-venda e que seja ágil e rápido. Para isso, “uma empresa deve ser como um time onde todos passam a bola (ou devem passar) para quem esteja mais bem colocado para que o "time" marque o gol. Basta olhar o que o Felipão faz para saber como manter um time entrosado e motivado”. Para garantir sucesso empresarial, a dica de Marins é que os empresários “sentem em cima do caixa para poder ter gente excelente e que estude clientes e faça coisas com inovação, criatividade e com a diferença que o cliente valorize e pague”. “Sente em cima do caixa e aí você poderá ter gente excelente com você, pois poderá pagar melhores salários”. Atualmente, segundo Marins, o consumidor está muito intolerante, pois ele sabe que há muitos concorrentes, com qualidade semelhante e preços similares, todos querendo a ele como cliente. “A diferença está cada vez mais na prestação de serviços que o cliente pague e valorize. Não basta ter o melhor tijolo e a melhor telha. É preciso ter o melhor serviço ao cliente”, comentou.NC
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MEIO AMBIENTE Proprietário da cerâmica VF Santos, Vilmar dos Santos
Cerâmicas são reconhecidas por compromisso ambiental As duas empresas de Santa Catarina receberam a premiação da Casag Consultoria Ambiental
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Duas empresas de Santa Catarina receberam troféu em reconhecimento ao compromisso com o meio ambiente. A premiação foi feita pela Casag Consultoria Ambiental (SC) que, como forma de reconhecer às cerâmicas que participam do programa de Educação Ambiental, a cada mês premia uma empresa que cumpre com as exigências ambientais e se destaca em suas ações em prol do meio ambiente. A cerâmica VF Santos, de Morro da Fumaça (SC) foi a empresa destaque do mês de dezembro. “É muito gratificante o reconhecimento pelo nosso trabalho. Por meio do programa, a empresa ficou mais organizada e os funcionários participam mais de suas atividades contribuindo para o crescimento da nossa empresa”, relatou o proprietário da VF Santos, Vilmar dos Santos.
MEIO AMBIENTE
Já em janeiro quem se destacou e ganhou o troféu por seu compromisso com o meio ambiente foi a cerâmica Adolpho Guglielmi, de Içara (SC). Segundo o proprietário da fábrica, José Antônio Patrício da Silva, “as vistorias realizadas na empresa fazem com que os funcionários mantenham o ambiente de trabalho sempre limpo e organizado". "O troféu motivou ainda mais nosso empenho em cuidar do meio ambiente” finalizou o empresário. A escolha da empresa destaque de cada mês se dá através de vistorias e verificação do cumprimento da legislação ambiental. A empresa que obtiver a maior pontuação é destaque do mês. De acordo com a engenheira ambiental Cíntia Casagrande, as empresas participam do programa de Educação Ambiental com o propósito de atingir a sensibilização sobre a importância da conservação dos recursos ambientais, tratando seus efluentes líquidos e gasosos; destinando os resíduos sólidos a locais ambientalmente corretos e promovendo a separação seletiva do lixo; entre outras soluções que podem ser alcançadas através da realização de um gerenciamento constante voltado à Educação Ambiental.
Segundo Cíntia, as normas, quando seguidas, controlam e impedem que desastres ambientais aconteçam. “A fiscalização dos órgãos ambientais para que a legislação vigente seja seguida é uma forma de fazer com que estas normas sejam de fato cumpridas. Quando a lei é posta em prática, a empresa terá um ganho, assim como toda a sociedade, elencando melhor qualidade de vida” afirmou a engenheira ambiental. NC
Cerâmica Adolpho Guglielme recebeu o troféu em janeiro
Engenheira ambiental Cíntia Casagrande e o proprietário da VF Santos, Vilmar Santos. Cerâmica foi destaque do mês de dezembro
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GESTÃO
Cerâmica da Paraíba recebe troféu por qualidade em gestão
A cerâmica Salema, empresa localizada no município de Rio Tinto, na Paraíba, recebeu homenagem do Programa Paraibano da Qualidade (PPQ) por ter alcançado 100 pontos no nível de maturidade em gestão da qualidade. A cerimônia de premiação ocorreu no Hotel Tambaú, no dia 10 de outubro de 2013. Segundo o diretor da empresa, João Neto, é a primeira vez que a Salema recebe a premiação. Na ocasião, a empresa recebeu uma placa por ter alcançado o nível I, compromisso com a excelência, das práticas gerenciais baseadas no Modelo de Excelência em Gestão (MEG). “Ficamos muito felizes. É um reconhecimento
do esforço coletivo em buscar melhorias nos processos e desenvolver pessoas para a máxima eficiência. É um trabalho cansativo e que nem sempre é visto pela equipe como necessário, mas que garante o crescimento contínuo da empresa”, relatou Neto. A gestora de qualidade da Salema, Lenira Garcia, explicou que o Prêmio Paraibano da Qualidade é um reconhecimento feito pelo Programa Paraibano da Qualidade, filiado à Fundação Nacional de Qualidade, para as empresas que investem em gestão. “A associação utiliza o Modelo de Excelência em Gestão, o MEG, para avaliar as empresas e gerar uma pontuação com base em oito critérios. Estes critérios avaliam a gestão da empresa e seu nível de maturidade. A empresa cumpriu os requisitos contidos nos oito critérios de avaliação do MEG”, contou Lenira. De tradição familiar, a Salema atua no segmento da construção civil desde 1981. A empresa, produtora de blocos estruturais, de vedação, calhas, lajes e blocos especiais, participa ativamente do desenvolvimento da comunidade em que se situa, sendo a maior empregadora privada da região, contribuindo com a geração de renda e habitação. Possui também projetos de reflorestamento e recuperação das áreas mineradas, o que demonstra respeito à natureza e garantia de sustentabilidade ambiental da região.NC
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FEIRAS 28
Calendário recheado de feiras em 2014 A NovaCer pesquisou as datas das principais feiras sobre o setor da construção civil que ocorrerão em 2014 em diversos países. Os eventos são oportunidades para ampliar contatos, trocar experiências, conhecer novidades e obter novos conhecimentos. A primeira feira do setor em 2014 será em Valência, na Espanha. A Exposição Internacional de Cerâmica para a Arquitetura, Equipamentos de Banho, Pedra Natural, Matérias-Primas, Esmaltes, Fritas e Massas (Cevisama) começará em 11 de fevereiro e se estenderá até o dia 14. Outra feira que acontecerá neste mês é a Qualicer 2014. O evento ocorrerá nos dias 17 e 18, em Castellón, na Espanha. Além destas duas feiras internacionais, em fevereiro será realizada a 8ª Mostra Anual de Materiais Cerâmicos, Máquinas, Suprimentos e Tecnologia (Indian Ceramics), de 26 a 28, no Centro de Exposições da Universidade, em Ahmedabad, Gujarat, na Índia. De 9 a 12 de março, será realizada a feira The Big 5 Show - Saudi, Mostra Internacional da Construção. O evento ocorrerá no Civil Jeddah Centre for Foruns and Events, na Arábia Saudita. No mesmo mês, São Paulo sediará uma das maiores vitrines de lançamentos e tendências dos setores de arquitetura e construção. A Expo Revestir - Fórum Internacional da Arquitetura e Construção está marcada para acontecer de 11 a 14 de março, no Transamérica Expocenter. A expectativa de público desta feira é de mais de 48 mil visitantes, de 54 países. De 18 a 22 de março será realizada a Feicon Batimat, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O evento reunirá profissionais de destaque no mercado para promover debates sobre as tendências, alternativas e soluções para os desafios enfrentados pelo setor da construção. Em abril, acontecerá a Exposição de Máquinas e Equipamentos para a Cerâmica Vermelha (Expocever), de 23 a 25. A feira ocorrerá
NovaCer • Ano 4 • Janeiro • Edição 45
no Centro de Eventos Hermann Purnhagen, em Rio do Sul (SC). A Coverings vai acontecer de 29 de abril a 2 maio, em Las Vegas, na Nevada, nos Estados Unidos. O evento é um dos maiores dos EUA e vai ser realizado no Las Vegas Convention Center. De 6 a 9 de maio, ocorrerá a Construir Minas, em Minas Gerais. O evento ocorrerá na Expominas, em Belo Horizonte. Já de 21 a 24 de maio será a Ceramics China. O local do evento é o Complexo Pazhou, na cidade de Guangzhou. De 30 de julho a 2 de agosto será realizado o 43º Encontro Nacional de Cerâmica Vermelha junto com a Expoanicer (Exposição de Máquinas Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica). O maior do segmento na América Latina e o terceiro maior evento mundial de cerâmica estrutural será na capital do estado do Pará, a cidade de Belém. Em agosto, duas feiras nacionais ocorrerão no mesmo período. De 6 a 9 deste mês ocorrerão a Construir Bahia, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, e a Construsul, na Fenac, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Além destas, de 22 a 26 de setembro, serão realizadas a Cersaie, em Bolonha, na Itália, e a Tecnargilla, em Rimini Fiera, na Itália. Este mês também conta com a Expocruz, na Bolívia. O evento será de 19 a 28 de setembro, em Santa Cruz de La Sierra. A 19ª Construir Rio está agendada para ocorrer de 1 a 4 de outubro, no Riocentro, no Rio de Janeiro. A próxima edição da Ceramitec será de 20 a 23 outubro de 2015, em Munique, na Alemanha. A feira oferece amplas oportunidades para conhecer e interagir com profissionais da indústria cerâmica. Realizada no New Munich Trade Fair Centre, Bayern, Alemanha, o evento é direcionado a empresários, projetistas, arquitetos, construtores, promotores imobiliários e encanadores, entre outros interessados pelo setor da construção civil. NC
RESPO NSA BI LI D A D E SOC I A L
Sincervale inaugura consultório odontológico O Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção do Vale do Rio Tijucas (Sincervale), em Canelinha (SC), inaugurou no dia 8 de novembro um consultório odontológico com o objetivo de garantir atendimento especializado aos trabalhadores das olarias da região. Em parceria firmada com o Serviço Social da Indústria (SESI), o consultório vai funcionar na sede do Sincervale. “O sindicado procurou a Fiesc (Federação das Indústria de Santa Catarina) a fim de buscar projetos para a melhoria de todo o setor. Desta conversa, iniciou a primeira parceria com o SESI. Dentre muitos projetos que objetivamos realizar, este foi o primeiro”, contou a executiva do sindicato, Fernanda Jacintho Machado. Aproximadamente 70 pessoas, entre representantes da Fiesc, do SESI e do Sincervale, participaram da inauguração do consultório odontológico, que inicialmente funcionará 20 horas semanais. “À medida que a demanda aumentar, aumentará também o horário de funcionamento”, explicou Fernanda. Entre os serviços que serão oferecidos no consultório estão, inicialmente, serviços básicos de saúde bucal, restaurações e, conforme a necessidade, todo tipo de serviço para a saúde bucal. Segundo o presidente do Sincervale, Aloir Alécio Dias, a intenção é ajudar a desenvolver o setor da cerâmica vermelha no Vale do Rio Tijucas. Conforme ele, o Sincervale buscou no SESI uma parceria para o cuidado ao trabalhador e ao empresário da Indústria. “Esta parceria firmada com objetivos comuns, responsabilidade e confiança resultou na inauguração do Consultório Odontológico na sede do Sincervale, que atenderá associados e indústrias de nossa região, cuidando da saúde bucal da nossa gente. Como registrou a jornalista Martha Medeiros, “a visão sem ação, não passa de um sonho. A ação sem visão é só um passatempo. A visão com ação pode mudar o mundo”. Vamos acreditar que somos capazes
de construir um mundo melhor e que juntos somos muito melhores”, disse o presidente. O assessor jurídico do Sincervale, Sandro Tavares, informou que o Índice de Desenvolvimento Humanos (IDH) de Canelinha é o mais baixo da Grande Florianópolis. Conforme ele, não existe desemprego na região e o salário de um trabalhador da indústria vermelha é um dos mais altos de todo o Vale. Isso, segundo Sandro, não ajuda compreender o baixo IDH. Para Tavares, faltam os três pilares básicos: saúde, segurança e educação. Diante da falta desses recursos, o Sincervale foi em busca de parceiros para apoiar o sindicato no sentido de melhorar a vida dos trabalhadores da indústria de cerâmica. Conforme a diretora do SESI, Iraci da Costa, a meta é cuidar da saúde, qualidade de vida e educação do trabalhador, além de melhorar a competitividade da indústria. Segundo ela, com o consultório odontológico, será possível atender os trabalhadores da indústria da região, especialmente os da cerâmica vermelha. Com informações do Clube i. NC
Consultório odontológico fica na sede do Sincervale e atenderá trabalhadores de olarias da região do Vale do Rio Tijucas
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ENTREVISTA
NR12: como atender A entrevista especial deste mês é com Eraldo Candeo Teixeira. O profissional é diretor/proprietário da empresa Cursos Candeo e atua há 13 anos na capacitação de trabalhadores conforme as normas regulamentadoras do MTE. Nesta entrevista, o assunto principal é a NR12. Saiba como atender a norma de segurança no trabalho e a importância de investir na segurança de seus trabalhadores 30
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NovaCer - O que é a NR12? Eraldo Candeo Teixeira - A NR12 é uma norma regulamentadora do MTE que prevê a instalação de dispositivos de proteção em máquinas e equipamentos, com objetivo de proteger os trabalhadores contra ferimentos ou mutilações principalmente dos membros superiores (mãos e braços) e inferiores (pés e pernas). NC - O que ceramista precisa saber sobre a NR12? ECT - A cerâmica precisa saber que esta norma foi alterada em 2010 e está sendo muito cobrada pela fiscalização, praticamente todos os prazos para realizar as adequações das máquinas já estão expirados e a empresa pode ser multada quando houver uma visita do Ministério do Trabalho. NC - Na hora de comprar um equipamento, o que o ceramista precisa estar atento para
NC - Como atender a norma de segurança no trabalho nas indústrias de cerâmica vermelha? ECT - A cerâmica deve contratar uma empresa ou instituição para desenvolver um projeto de adequação de todas as máquinas que possuem potencial de causar acidentes. A cerâmica também pode desenvolver os projetos internamente desde que tenha uma equipe formada por engenheiro mecânico, elétrico e de segurança no trabalho. Claro, estes assumindo toda responsabilidade pelos dispositivos instalados. NC - O que poderia evitar acidentes em máquinas como prensa manual, por exemplos? ECT - Para uma prensa manual, devem ser instaladas barreiras físicas (grades de proteção) que impeçam que o trabalhador coloque as mãos na zona de prensagem, o que é muito perigoso. Caso haja possibilidade, podem ser instalados dispositivos elétricos como comando bimanual e barreiras eletrônicas, mas depende muito do funcionamento de cada máquina. O engenheiro que analisa e decide. NC - É possível fazer uma avaliação sobre as condições de trabalho das empresas do setor de cerâmica vermelha no Brasil? ECT - Baseado na minha experiência, que se restringe a cerâmica vermelha da região Sul do estado de Santa Cataria, vejo o aumento gradativo da tecnologia sendo inserida nas atividades de trabalho. Com isso, todos ganham, porque a produção aumenta e o trabalho passa a ser cada vez menos braçal. Hoje, vejo muitas cerâmicas queimando telhas com fornos que só eram vistos na cerâ-
mica de revestimentos. Também apareceram as embaladeiras automáticas, inclusive, equipamentos robotizados, máquinas empilhadeiras, pá-carregadeiras, escavadeiras novas e confortáveis. Isso contribui muito para a qualidade do ambiente de trabalho dentro de uma cerâmica vermelha. NC - Quais os impactos da norma NR12 no setor de cerâmica vermelha? ECT - Os impactos são primeiramente financeiros, o custo de instalação dos dispositivos de proteção e desenvolvimento de projetos, na maioria das vezes, não é barato. Mas, levando-se em conta que a tendência é a diminuição dos acidentes com indenizações e afastamentos que também geram custos, a NR12 deve ser vista como um investimento, pois nunca se sabe o que está por vir quando um trabalhador está à frente de uma prensa ou outra máquina sem as proteções instaladas.
ENTREVISTA
saber se a máquina atende às normas de segurança? ECT - A empresa deve prestar muita atenção na hora de adquirir um equipamento, porque, se este estiver sem as adequações da NR12, a cerâmica terá de realizar as adequações posteriormente, aumentando os custos. Conforme está na NR, as proteções devem ser instaladas já na fase de projeto e, caso isso não ocorra, deverão ser instaladas antes da utilização dentro da empresa.
NC - O que mais o ceramista deixa a desejar quanto a atender às exigências da NR12? ECT - Não só o ceramista, mas de forma geral, as empresas estão se arriscando todos os dias enquanto não adequarem suas máquinas. Claro que não é genérico, há muitas exceções, mas as empresas, com a falta de fiscalização mais frequente, acabam protelando a adequação por muitas razões e deixam a desejar no que diz respeito ao tempo de atendimento à norma. NC - Quais requisitos da NR12 a indústria de cerâmica vermelha deve seguir para não ser autuada? ECT - Ela deve realizar as adequações o quanto antes, devido aos prazos encerrados. Não há requisitos específicos, a norma NR12 é um texto corrido, separado por temas e itens que são relacionados entre si e devem ser atendidos em sua plenitude. Sem os projetos e adequações, a cerâmica está suscetível de ser autuada a qualquer momento, quando da visita de uma fiscalização. NC - O que o ceramista do setor de cerâmica vermelha deve conhecer da NR12 e aplicar em sua indústria? NovaCer • Ano 4 • Janeiro • Edição 45
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ENTREVISTA
ECT - O ceramista deve conhecer a norma como um todo, caso não tenha conhecimento técnico ou não tenha no quadro um trabalhador capacitado para interpretação desta norma, deve contratar um profissional que conheça e faça análise das atividades de trabalho e funcionamento das máquinas, para desenvolver um roteiro de adequações e priorizar os equipamentos que oferecem maior risco de acidentes. Depois gradativamente resolver todos os problemas, lembrando que os prazos já estão encerrados, então não pode ser um roteiro com prazos infinitos.
risco de mutilação e ferimento do trabalhador é considerado área de risco. Normalmente as prensas, marombas e fornos são os equipamentos que oferecem maior incidência de acidentes. Mas, é necessário atentar às máquinas que não fazem parte da produção, como as máquinas de transporte de cargas, empilhadeiras, retroescavadeiras, escavadeiras e pá-carregadeiras, entre outras, onde os trabalhadores também precisam de capacitação conforme as normas NR11 e 12 e que são alvo de acidentes até mais graves do que os ferimentos decorrentes de mutilação.
NC - Que tipo de adequações é preciso fazer em máquinas que não atendem às normas de segurança? E quais máquinas mais precisam de adequações a fim de evitar acidentes? ECT - A maioria das adequações pode ser resolvida com barreiras físicas fixas, como grades de proteção, obviamente, são mais baratas, embora tenha que ser projetada por engenheiro. Algumas empresas estão instalando estas grades de proteção sem que haja um projeto, isso não é válido, pois deve haver projeto desenvolvido por engenheiro mecânico e segurança no trabalho. Onde não é possível ter uma proteção fixa, ou seja, o trabalhador precisa estar colocando a mão ou qualquer parte do corpo nas áreas de risco, acabam sendo necessárias proteções móveis com dispositivos eletrônicos de travamento que são mais complexos. As prensas são as mais perigosas, mas todos os pontos de máquinas que ofereçam riscos de ferimentos dentro de uma cerâmica vermelha devem ser corrigidos.
NC - É ideal que a cerâmica contrate um técnico em segurança do trabalho para atuar em tempo integral em sua indústria? Por quê? ECT - Dependendo da quantidade de trabalhadores na cerâmica, é ideal que o técnico de segurança faça parte do quadro, porque ele é especialista na legislação trabalhista e pode ajudar a empresa tomando ações de prevenção contra os acidentes. Na maioria dos casos, para as cerâmicas de menor porte, são contratadas empresas de consultoria em segurança do trabalho para orientar e regularizar as questões trabalhistas, mas na medida em que o quadro de funcionários aumenta o técnico de segurança, por norma, deve ser contratado em tempo integral, o que melhora a qualidade das atividades de segurança, porque ele está acompanhando cotidianamente as necessidades da cerâmica.
NC - Como fazer a instalação das devidas proteções nas máquinas e equipamentos utilizados nas cerâmicas? ECT - Somente com profissional habilitado e desenvolvimento de projeto individual de cada máquina.. NC - Quais são as áreas de mais riscos dentro de uma cerâmica? Quais os principais fatores de riscos encontrados dentro de uma cerâmica quanto à saúde e à segurança do trabalhador? ECT - Todo ponto de máquina que ofereça
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NC - Quanto custa em média para a empresa investir na segurança de seus trabalhadores, incluindo profissional de segurança e equipamentos necessários? ECT - O custo depende do que precisa ser feito em relação às adequações para atendimento das diversas normas do TEM. Hoje são 36 normas divididas dentro de cada ramo de atividade industrial. Mas, estas normas servem de orientação, já que foram desenvolvidas por especialistas em segurança e não devem ser relacionadas a custos, embora seja necessário dinheiro, na verdade devem ser vistas como investimento, porque é muito caro arcar com os custos de indenizações e multas por falta de atendimento a
NC - Em sua opinião, como está o setor hoje com relação à segurança no trabalho? Indústrias de cerâmica vermelha no Brasil têm se preocupado em atender às exigências da NR12? ECT - Na região onde atuo (SC), ainda existe uma resistência, principalmente em relação à NR12, devido aos investimentos necessários, mas a preocupação é frequente porque os empresários sabem que essa legislação deve ser cumprida e continuando sem as adequações estão propensos a multas e até mesmo interdição de máquinas necessárias ao processo produtivo. NC - Empresas fornecedoras de máquinas e equipamentos para o setor cerâmico devem oferecer as máquinas já dentro da norma? Ou a responsabilidade de adequação é do ceramista? ECT - As máquinas devem já ser fornecidas com as proteções, é uma obrigação do fornecedor e também de quem está adquirindo a máquina. O comprador deve cobrar está adequação, sob pena de ter que custear depois dentro da empresa esta adequação. Claro que comprar uma máquina sem as proteções é mais barato e, embora seja proibido, existem empresas que vendem com ou sem as proteções. Porém, fica o risco principalmente para o comprador que vai assumir a responsabilidade. NC - O ceramista deve optar pela empresa que oferece máquinas que atendam às exigências da NR12 ou ele mesmo deve fazer as adequações necessárias? O que é mais vantagem para o empresário do setor de cerâmica vermelha? ECT - Deve comprar a máquina já adequada, a adequação posterior não vale a pena porque na máquina nova os custos de ade-
quação já estão incluídos e, provavelmente, são menores do que implantar as proteções posteriormente. NC - Quanto custa para uma empresa fazer adequações nas máquinas a fim de garantir a segurança do trabalhador? ECT - Os custos são dos mais variados, existem diferenças substanciais quando as proteções são apenas com barreiras físicas (grades) ou com instalação de barreiras ou cortinas de luz. Uma adequação onde é necessário instalação de componentes eletrônicos pode chegar a custar dez vezes mais caro. Vai depender muito dos modelos de máquinas, suas tecnologias e acionamentos instalados.
ENTREVISTA
estas normas. Conta muito também o fator motivacional, porque o trabalhador se sente valorizado com a preocupação da cerâmica em protegê-lo, as capacitações acabam acontecendo. De modo geral, os benefícios são vários. O salário bruto, fora os outros encargos trabalhistas varia de 2 a 4 salários mínimos.
NC - Quais acidentes de trabalho podem ser evitados na indústria que segue à NR12? ECT - Principalmente os acidentes envolvendo mutilação de mãos, braços, pés, pernas, face e cabeça, entre outros. Bem como acidentes fatais dependendo da gravidade dos ferimentos. NC - Que desafios o ceramista deve estar disposto a enfrentar para implantar a NR12 em sua indústria? ECT - O desafio primeiramente é o planejamento financeiro, esta norma implica em investimentos que podem ser altos e exigem da empresa um acompanhamento financeiro e roteiro de prioridades para fazer todas as instalações necessárias, visto que, todas as máquinas devem ser adequadas com emissão de laudo técnico, sem exceção. Sempre reforçando que os prazos estão encerrados, então não pode ser um planejamento infinito. NC - Uma empresa que nunca registrou acidente precisa investir em segurança do trabalho? ECT - Com certeza. Mesmo uma empresa que nunca registrou um acidente, pode eventualmente ter um trabalhador acidentado com gravidade tal, em que os custos com indenizações sejam superiores a outra empresa que registra acidente com certa frequência. A prevenção tem que ser total. Já ocorreu uma indenização de quase meio milhão de
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ENTREVISTA
reais aqui em minha região (SC) por morte de trabalhador. Um fato desse tipo pode ocorrer em qualquer empresa, independentemente de ter histórico de acidentes ou não. NC - Quanto custa para empresa um acidente de trabalho? ECT - Isso depende da gravidade e de várias circunstâncias avaliadas pela perícia que vai investigar as causas do acidente. A indenização por perda de um dedo polegar, por exemplo, pode custar de 15 até 40 mil reais ou mais, dependendo dessas circunstâncias. NC - Quais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) os trabalhadores da indústria de cerâmica vermelha são obrigados a utilizar? ECT - Os EPIs devem ser avaliados pelo SESMET de cada empresa, o SESMET é uma equipe composta por técnico de segurança, engenheiro de segurança, médico do trabalho e enfermeiro do trabalho que são responsáveis por definir quais EPIs devem ser utilizados. Normalmente, as cerâmicas contratam consultorias que são empresas que possuem estes profissionais em seus quadros e são especialistas nesta questão. A grande maioria das cerâmicas não tem condições de manter uma equipe de SESMET na sua folha. Os EPIs mais usados são luvas, protetor auricular, óculos, máscara respiratória e sapatão, entre outros. NC - O que devem fazer as empresas que querem se adequar às exigências da NR-12? Por onde começar para se adequar à norma? ECT - Contratar empresa especializada em adequação de máquinas, no caso de não ter em seu quadro uma equipe composta por engenheiros que possam assumir esta responsabilidade. NC - Que dicas o senhor pode dar às empresas que não cumprem às exigências da NR12? ECT - Também sou empresário e estou ciente de todos os custos que uma empresa precisa arcar para estar atuando neste país. São os impostos, a matéria-prima, a concorrência e diversas questões que realmente dificultam a vida do empresariado. Mas, quando se fala em segurança no trabalho, é uma questão
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humana. Quando um trabalhador sofre um acidente mais grave no trabalho, estamos envolvendo pessoas, famílias que sofrem por estarem com um pai ou uma mãe acidentada, muitas vezes, mutilados com consequências para o resto da vida. Isso traz problemas sociais e também financeiros. Então a dica é invista na segurança e adequações dos equipamentos. É muito melhor investir no seu maquinário do que custear indenizações que podem vir hoje ou amanhã. Um investimento em NR12 pode ser planejado, já uma indenização por acidente pode vir sem aviso e causar sérios problemas financeiros, mesmo após isso, ainda haverá a máquina para adequar. NC - Em 2010, a norma passou por mudanças? Que mudanças foram estas e quais impactos destas alterações no setor cerâmico? ECT - A norma na verdade foi alterada para melhor, ficou mais clara e o impacto para a cerâmica é grande, pois nunca houve uma preocupação como está ocorrendo hoje em relação à segurança nas máquinas. As máquinas na produção estão obsoletas em sua maioria para o próprio processo de produção, quem dirá para segurança do trabalho. Neste sentido, o impacto maior é financeiro, muitas cerâmicas não possuem praticamente nada adequados à norma e isso remete a investimento pesado em segurança. NC - A que tipos de autuações o ceramista está sujeito caso sua empresa não cumpra as exigências da NR12? ECT - As autuações estão relacionadas à falta de proteções, falta de documentação, falta de capacitação e o valor da multa em caso da não adequação varia de acordo com o nº de funcionários e irregularidades cometidas. Por exemplo, se uma cerâmica tiver entre 26 e 50 funcionários e cometer a irregularidade do item 12.15 da norma NR12. Este item é referente ao aterramento elétrico que as máquinas devem possuir. Neste exemplo, a empresa pode pagar de R$ 1.519,65 a R$1.766,08 por máquina sem aterramento. Essa é só a multa por falta do aterramento, pior será se houver trabalhador acidentado envolvido na questão. NC
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ARTIGO TÉCNICO
Leitura do perfil de temperaturas e pressão ao longo de um forno túnel Resumo A recolha de dados: temperatura e pressão, ao longo de um forno túnel, com o auxílio de um aparelho de leitura dinâmica, torna-se uma ferramenta única e ideal para melhorar e definir uma curva de cozedura ideal às necessidades da massa de argilas em uso e de racionalização de energia ao longo do ciclo de cozedura. A tecnologia usada é indicada ainda para poder calibrar o forno, quanto à definição de potenciais problemas de queima e de gestão do ar parasita. Com os dados recolhidos, poderá ser projetada uma série de melhorias ao próprio forno para que venha a funcionar de um modo mais eficaz.
Introdução Quadro 1 Distribuição dos pontos de recolha de informação; termopares, ao longo do pacote/ vagão:
O processo de cozedura num forno túnel de uma fábrica de cerâmica estrutural é o culminar de uma série de operações; conformação e secagem, cuja eficiência será ilustrada pela cozedura. O setor da cerâmica trabalha em geral a níveis de temperaturas elevadas, o que torna muito complicado monitorar o perfil de temperaturas
Localização
Descrição
Nº
OBS
Lateral Esquerda do vagon
Parte Inferior do pacote
1
Análise do perfil de temperaturas ao longo do canal entre a carga e a parede do forno: fluxo de ar lateral.
Lateral Esquerda do vagon
Parte Superior do pacote
8
Análise do perfil de temperaturas ao longo do canal entre a carga e a parede do forno: fluxo de ar lateral.
Veio a verificar-se que este termopar não estava em bom estado e os valores registados foram descartados.
36
Lateral Direito do vagon
Parte Inferior do pacote
6
Análise do fluxo de ar lateral entre a carga e a parede do forno.
Lateral Direito do vagon
Parte Superior do pacote
5
Análise do fluxo de ar lateral entre a carga e a parede do forno.
Interior do Pacote
No meio da carga dos tijolos
7
Medição no miolo do pacote. Foram usados tijolos estruturais com as seguintes dimensões; cm. 11,5 x 19 x 39. Quantidade por vagon: 384
Topo do pacote
Junto à abóboda
10
Zona de combustão dos queimadores
Parte Superior Esquerda
3
A fim de recolher dados de temperatura entre a carga e a abóboda. Zona preferencial de corrente de ar quente. Analisar o perfil de temperaturas na zona onde se desenvolve a chama dos queimadores.
Zona de combustão dos queimadores
Parte Superior Direito
9
Análise da zona de combustão.
Zona de combustão dos queimadores
Parte Inferior Esquerda
4
Análise da zona de combustão
Zona de combustão dos queimadores
Parte Inferior Direita
2
Análise da zona de combustão
Soleira do vagon
Zona de encosto do vagon
11
Pretende-se analisar possíveis entradas de ar parasita.
Zona do medidor Temperaturas
Sobre a caixa do aparelho
12
Pretende-se fazer a análise do estado de solicitação térmica a que ficou o aparelho ao longo do ensaio.
NovaCer • Ano 4 • Janeiro • Edição 45
Investigação e Desenvolvimento na cerâmica Argibem. Engenheiro cerâmico e do vidro- Univ. Aveiro –Portugal, Vitor Salvado Frutuoso da Costa
e pressões ao longo do ciclo de cozedura. Um equipamento que possa recolher esses dados ao longo do canal (forno túnel) e junto ao pacote de tijolo a cozer, torna-se uma ferramenta muito útil para manter a curva de cozedura bem adaptada às exigências das argilas que estão em uso, além de mostrar as diferenças de temperatura ao longo do perfil do canal e do pacote propriamente dito. Assim, foi usado um aparelho de marca Bernini para recolher dados (temperatura e pressão) adaptando o equipamento num vagão do forno e fazendo a colocação dos termopares ao longo da carga do vagão, de acordo com a figura 1. A localização relativa dos diversos termopares é subjetiva e deve corresponder a localizações típicas de variação de temperatura. A foto do vagão ilustra a carga e o sentido de deslocação do vagão no deslocamento dentro do forno. A localização dos vários termopares está definida no quadro 1. O que se pretende analisar é, basicamente, as variações de temperaturas entre o interior do vagão e o exterior/laterais e topo da carga. Variações de temperatura entre o lado esquerdo e direito da carga do vagão e sobretudo a variação de temperatura entre o fundo do vagão, junto à soleira e a parte superior da carga. A análise do perfil de temperaturas na zona da chama dos queimadores e na lateral é também possível de ser feita com esta relação de termopares. O termopar 12 foi usado só para controlar a temperatura a que o aparelho foi sujeito durante a passagem ao longo do forno. NOTA: No final do período de leituras e ao analisar o equipamento, verificou-se que um dos cabos de ligação de um termopar (nº8) tinha sido repuxado e a sua união desfeita de modo que não processou leituras. A localização da cesta porta aparelho deverá ser cuidadosamente estudada de modo a que não só se evitem danos ao aparelho como também se evitem desaires de leitura como o que ocorreu com esta situação.
Os dados recolhidos do equipamento de temperatura (vários termopares) e pressão estão catalogados no gráfico da figura 2 e 3, em função dos metros lineares percorridos pelo aparelho ao longo do forno, em que a entrada do forno, corresponde ao ponto zero. A fim de que se faça uma mais ilustrativa interpretação dos resultados deverá ser feita uma separação das três fases distintas do processo de cozedura; pré-aquecimento, cozedura e arrefecimento. Além desta análise, deve ser ainda feita uma análise comparativa entre os resultados obtidos para os diferentes termopares. Deste modo, temos um gráfico mais limpo e uma interpretação/comparação mais clarividente dos resultados. No gráfico da figura 2, foram retirados os valores obtidos com o termopar 12, que não contribui para a nossa análise (pois apenas queria avaliar as condições de leitura do equipamento debaixo do vagão) e do termopar nº 8 que por motivos operacionais não conseguiu registrar leituras ao longo do ensaio. Os valores obtidos de pressão estão representados em gráfico na figura 3. O ponto zero corresponde à entrada do forno. Os valores de pressão estão representados em Quilo Pascais. A pressão atmosférica nestas unidades ronda os 98,8 kPa.
tendência a circular preferencialmente pela zona superior do canal do forno. As zonas dos dois reciclos de ar do forno estão bem ilustradas no gráfico da figura 4. O primeiro que tem aspiração junto à soleira por volta dos 14,5 metros e insuflação pela parte superior da abóboda aos 18 metros (ver figura 5 A). Verifica-se que na zona de aspiração há entrada de ar parasita e dissipação pelas paredes do forno (parede exterior muito quente, correspondente à zona da conduta do ar) que arrefece as zonas baixas do pacote (termopares 1,2 e 4). Logo em seguida verifica-se algum aquecimento resultante desta ação, ilustrada pelos valores de temperatura obtidos no termopar 1 (zona mais baixa da soleira) e na aproximação das curvas dos termopares mais superiores do pacote, ainda que o efeito seja mais significativo na parte mais alta do pacote (termopar 10, 5, ponto de insuflação), uma vez que o sopro é feito a partir da abóboda. Importa verificar que no ponto de insuflação
Resultados e discussão
Figura 1 - Distribuição dos termopares ao longo da carga do vagão
A discussão de resultados será feita inicialmente por análise dos valores obtidos pelos vários termopares para as 3 zonas do ciclo de cozedura. Será ainda feita comparação entre valores de termopares localizados entre zonas diferentes do pacote, de modo que se avaliem as diferenças encontradas entre elas. a) Pré-aquecimento: Na figura 4, são representados os dados de temperatura lidos por todos os termopares nesta zona do pré-aquecimento. As zonas do pacote onde a temperatura é mais elevada são as zonas superiores, tal como pode ser confirmado pelo gráfico da figura 4, termopares 10, 5, 3 (termopar 8 não foram registradas leituras). Esta situação é normal, uma vez que o ar quente tem
ARTIGO TÉCNICO
Apresentação de Resultado
Figura 2 - Registro de dados, temperaturas, ao longo do forno Nota: Zona representada a beije corresponde à faixa de temperaturas a que se dá a transformação alotrópica do quartzo, alfa a beta e vice-versa
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as diferenças de temperatura dos diversos termopares é pequena (linhas todas muito juntas), mostrando maior homogeneidade (por volta dos 16 a 20 m). Na zona do segundo reciclo, o efeito também é bastante notado, (ver figura 5 B), onde há uma aproximação das temperaturas ao longo de todo o pacote, mesmo que a parte de baixo esteja sempre ligeiramente mais fria. De notar a influência dos impulsos do forno, traduzida nas leituras de temperatura obtidas para os termopares 10 e 5, no topo do pacote e lateral em cima, onde a temperatura é mais alta. Um outro aspecto importante que poderá ser observado é o arrefecimento que se
Figura 3 Representação gráfica dos valores e pressão obtidos ao longo do comprimento do forno
Figura 4 - Préaquecimento do forno
verifica quando se dá o impulso do vagão, por entrada de ar frio através da união entre vagões. Este fenômeno pode ainda ser acompanhado pelas leituras de pressão, ver figura 3, onde se constata esta periódica perda de depressão. A temperatura no interior do vagão mantém-se, em geral, mais baixa que as restantes zonas, o que mostra que o pacote está bastante fechado e não deixa que o
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ar de aquecimento o atravesse, para o esquentar em conjunto com as partes laterais. Um eventual ganho de pressão nesta zona seria bom. Esta situação poderá induzir que o material do interior do vagão irá entrar na zona de queima ainda abaixo da temperatura de transformação do quartzo e a transformação cristalográfica da caulinita ainda não se terá dado. A análise do segmento seguinte do pré-aquecimento mostra um arrefecimento significativo e progressivo sobretudo da parte inferior do pacote. Verificou-se que no módulo 17, por volta dos 28 metros a parede do forno está mais quente, mostrando uma dissipação de calor pelas paredes laterais do forno. Por volta dos 32,5 metros verifica-se que um efeito de corrente de ar frio, vindo do canal inferior do forno, é responsável por um outro arrefecimento das zonas junto à soleira do vagão. Podemos seguir estes efeitos pelos desenhos das curvas de temperatura dos termopares localizados junto à soleira do vagão, 1, 2 e 4. Nesta altura, o forno sofre também um pico de aspiração, o que facilita o arrefecimento por entrada de ar frio parasita, ver gráfico da figura 3. Este tipo de ocorrência pode ficar-se a dever a um eventual desajuste do contato entre vagões adjacentes ou de um deslocamento do vagão por perturbação do movimento de translação. A análise do segmento seguinte do pré-aquecimento mostra uma diminuição significativa da velocidade de aquecimento sobretudo da parte inferior do pacote. Verificou-se que no módulo 17, por volta dos 28 metros a parede do forno está mais quente, mostrando uma dissipação de calor pelas paredes laterais do forno. O tipo de combustível e o modo de funcionamento dos equipamentos de queima do forno provocam um efeito de ondas de calor que é refletido no formato do gráfico. Esse efeito é bastante mais notório no segmento de chegada à zona de cozedura, onde a variação de temperatura é bastante grande, por volta dos 37 metros, módulo 23 (ver figura 7). Este aspecto é tanto mais significativo quanto maior for o “tiro” (superior a 6 mm de coluna de H2O) da chaminé. A partir deste ponto há uma subida de
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Figura 5 - Pormenor das leituras de temperatura das zonas dos dois reciclos de ar do pré-aquecimento: A primeiro e B segundo
Figura 6 - Pormenor da zona de pré-aquecimento: arrefecimento da soleira temperatura proporcional de todos os pontos do pacote, sendo significativo o aumento momentâneo que o pacote sofre durante o período em que está parado em cada ponto e o arrefecimento imediato por deslocação para o posto seguinte (impulso). Mais uma vez atribuído à entrada de ar frio parasita pela interface de encosto entre vagões. Por volta dos 36 metros há um arrefecimento brusco do pacote, especialmente por baixo do vagão, uma vez que são os termopares inferiores que acusam mais este arrefecimento. Este fenômeno deverá ter haver com uma entrada local de ar frio, ver figura 7, eventualmente um vagão mais danificado. Este evento deverá ser confirmado num segundo secanning do aparelho pelo forno. A partir desta temperatura o pacote
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aquece por ele todo antes de entrar na zona de queima. Os termopares apresentam uma significativa variação, mas com aproximação das temperaturas ao longo de todo o pacote. A temperatura de transformação do quartzo é, em geral, atingida ainda antes da entrada do material na zona de queima, o que é um bom fator. Além disso, a sílica livre nas argilas em uso está num estado de granulometria fina e, por isso, o efeito desta transformação não é sentido de um modo significativamente nefasto. Verificou-se ainda que a lateral esquerda do forno apresenta temperaturas inferiores às do lado direito, ver figura 8. Isto traduz uma perda maior pela parede do lado esquerdo do forno, fazendo uma distorção do perfil de temperaturas do forno e uma menor eficiência do canal do forno. Este fenômeno é comprovado pelo tato, ao longo da parede do forno. Seria conveniente comprovar esta situação por elaboração de um ensaio de fotografia térmica. Fazendo uma analogia com os valores obtidos para a pressão ao longo do pré-aquecimento deste período (ver figura 9), pode verificar-se que a pressão diminui logo nos primeiros estágios do ciclo de cozedura, o que prova a capacidade de sução, “tiro”, da chaminé ao longo do canal. Ela exerce a sua ação através de 4 entradas, reguláveis, sendo a primeira aos 5 metros de forno. Verifica-se que o sistema de dupla porta de entrada não é suficientemente eficaz uma vez que a abertura de uma das portas provoca uma variação de pressão significativa ao longo do canal. Deverá ser um ponto a melhorar. Aberturas de porta mais demoradas, para entrada de vagão, influenciam muito o perfil de pressão e temperatura no pré-aquecimento. Por volta dos 28 metros há uma súbita diminuição de pressão motivada possivelmente pela aspiração do primeiro reciclo de ar. No geral, o nível de depressão é bom permitindo fazer o ajuste do perfil de temperaturas necessárias nesta zona do ciclo de cozedura. A pressão vai diminuindo com a distância ao ponto de sução da chaminé, como é natural, mas mantendo um bom perfil de depressão. Não se detectaram
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ARTIGO TÉCNICO Figura 8 Comparação de temperaturas entre o queimador colocado na parte esquerda com o colocado na parte direita do pacote
pontos de fuga ao longo do canal do forno e, por isso, a estanqueidade do canal é boa. B) Cozedura ou queima: A figura 10 mostra as leituras conseguidas ao longo da zona de cozeduras, de todos os termopares. Verifica-se que a zona da soleira do forno é sempre a de menor temperatura e que o interior do pacote está sempre a temperatura mais baixa que todos os outros pontos do pacote. O que é também compreensível, uma vez que há maior quantidade de massa e a inércia térmica a isso provoca. O aspecto mais marcante destas leituras é a variação de temperaturas encontrada na zona de união entre os vagões; termopar 11 que mostra entrada de ar parasita, em geral, quando há o impulso do vagão, fazendo com que esta zona esteja sempre a temperatura bastante mais baixa. A zona da soleira do lado esquerdo registrou também temperaturas sempre mais baixas que o resto do pacote. Este fato contribui para o desequilíbrio do perfil de temperaturas do canal do forno. Estes eventos provocam o arrefecimento da chama e aumento do consumo de combustível (biomassa). Um aspecto importante que se pode extrair desta representação gráfica é o comportamento da temperatura ao longo do período de queima, onde há uma subida significativa da temperatura enquanto o vagão está parado, chega a atingir um aumento de 150ºC, para depois tornar a baixar após avanço para a posição seguinte. Admite-se que este fenômeno tenha a ver com o modo explosivo da combustão do pó de serragem e a maneira de funcionar dos injetores de serragem que funcionam por pulsos, em
conjunto com a fraca junção entre vagões, deixando que na hora do impulso a abertura seja ainda maior. De referir que por vezes o arrefecimento do vagão após ser empurrado para a estação seguinte é bastante grande (ver pormenor do gráfico da figura 10) A pressão na zona de cozedura aumenta, o que contribui para uma melhor homogeneização da temperatura ao longo do perfil do forno. O ideal seria até que a pressão fosse um pouco maior, nesta fase do pro-
Figura 7 - Arrefecimento local por entrada de ar de combustão do forno 42
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Figura 10 - Perfil de leituras de temperatura ao longo da zona de cozedura Figura 9 - Variação da pressão ao longo do préaquecimento cesso de cozedura, figura 11. Os picos de pressão centram-se nas máquinas injetoras por introdução de um caudal significativo de ar de combustão. c) Resfriamento: Na figura 12, está representado o perfil de temperaturas registradas durante o resfriamento do ciclo de cozedura. Da análise deste diagrama, pode ver-se que a zona de arrefecimento rápido está um pouco desfasada e apresentando uma velocidade de arrefecimento demasiado alta para o material a cozer. Notar que a zona de transformação da sílica está em geral acima do patamar que se provocou para reduzir a velocidade de arrefecimento de modo a acomodar esta transformação. Este patamar poderá ser alargado, pois o material sai facilmente do forno a temperatura bastante baixa. O interior do vagão mostra um perfil de temperaturas desajustado (termopar 7) ao longo da primeira parte do arrefecimento. Há um primeiro arrefecimento brusco, que chega a 800ºC, seguidamente processa-se um segundo até por volta dos 500ºC, que caso o conteúdo de sílica livre se altere, na massa, poderá trazer problemas graves ao material. Pode observar-se ainda que são as zonas mais baixas do pacote e as laterais que arrefecem mais rapidamente podendo vir a fragilizar a estabilidade do pacote, caso haja fraturação dos tijolos nesta zona. Um outro aspecto que contribui para um arrefecimento mais rápido nas laterais do
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Figura 10 - Pormenor do arrefecimento por entrada de ar parasita, entre dois vagões adjacentes, na zona de cozedura forno é a dissipação de calor pelas paredes, que foi comprovado no local. Paredes mais quentes, nalguns módulos. A velocidade de arrefecimento nesta zona é também causada pela dissipação de calor, que é feita através da tubagem de ar recuperado para o secador que não está isolada e é fonte e muita emissividade para o ambiente. A partir dos 80 metros, o forno arrefece por um todo através das saídas de ar quente puxadas para o secador. Os valores de pressão obtidos para esta etapa do processo de cozedura são também interessantes uma vez que, mesmo não estando a uma pressão superior à atmosférica, o forno apresenta um nível de pressão bom para o seu arrefecimento eficaz. Os sinais de depressão mostrados no gráfico da figura 11 revelam a puxada de ar de recuperação para o secador, no entanto, a pressão depois cresce por insuflação de ar frio pelos ventiladores de arrefecimento final, ainda que pudesse ser aumentado.
Figura 12 - Zona de resfriamento
Conclusões Da análise dos gráficos anteriores, poderemos determinar as seguintes alterações e afinações ao forno: -Ao longo de toda a análise de resultados obtidos, tem sido referido a influência nefasta do ar parasita que dificulta o funcionamento do forno e a definição de uma curva otimizada, por isso a tarefa mais importante a levar a cabo neste forno será reduzir a influência destas entradas de ar no canal do forno. A entrada de ar mais importante é através dos vagões do forno, que necessitam de reparação urgente. Com esta ação, além de melhorar muito a estanqueidade do forno, também melhora o nivelamento da carga do pacote e a regularidade desejada para um bom estabelecimento de fluxos de ar mais uniforme ao longo do canal. -Um outro aspecto que provoca alguma perda de eficiência do forno é as perdidas energéticas por dissipação térmica através das paredes em zonas menos bem isoladas. Deverá ser feito um isolamento eficaz nestes locais. Uma maneira de o fazer é enchendo o espaço entre paredes com vermiculite. Outra é revestindo os canais e condutas com uma massa isolante à base de areias zirconiticas ou lãs/mantas cerâmicas rígidas (placas). - Deverão ser desenvolvidas cargas de pacotes mais adaptadas às necessidades de homogeneização das temperaturas ao longo de todo o seu volume. Com a resolução dos problemas da dissipação do calor pelas paredes do forno e revisão dos vagões, haverá logo maior concentração de calor no interior do forno e consequente homogeneização de temperaturas em todo o perfil da carga.
-Um ciclo otimizado poderá ter impulsos menores (menos tempo de impulso) e os injetores de serragem deverão funcionar a maior velocidade e com menos serragem injetada de cada vez, de modo a diminuir um efeito de vagas térmicas cíclicas. -Aumento da zona de reciclo de ar no pré-aquecimento irá diminuir as diferenças de temperatura entre a zona inferior e superior do pacote. -A instalação de dois queimadores atmosféricos de alta velocidade e a gás, na zona dos 35 metros, tentará promover a transformação completa do material para que não sofra choques tardios e as reações se dando a temperaturas mais elevadas com cinéticas muito mais aceleradas. Melhora entre várias coisas a corrente de ar quente preferencial ao longo das paredes. Esta aplicação de queimadores poderá ainda permitir a redução da pressão de “tiro”, tornando menos susceptível a entrada de ar frio, parasita e contribui também para uma redução do consumo de biomassa dos queimadores da zona de cozedura. -Uma outra ação que poderá vir a melhorar o comportamento do forno na zona de pré-aquecimento é a regulação das entradas de aspiração, que são em geral muito largas e não tem a rentabilidade desejada. -O sistema de dupla porta de entrada não apresenta um isolamento muito eficaz, pois, mesmo funcionando em abertura alternada, há uma significativa influência do ar aspirado do exterior no perfil de temperaturas e pressão, do forno. Deverá haver uma preocupação de isolar melhor todos os canais ou aberturas que pos-
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Figura 11 - Variação da pressão ao longo do ciclo de cozedura.
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sam deixar entrar ar pela zona de entrada do forno. Será recomendável melhorar a estanqueidade da entrada do forno. -Adaptar a curva de arrefecimento às necessidades de transformação do material. O arrefecimento rápido poderá ser refeito de modo a que haja uma maior penetração do ar frio no pacote. -Melhorar o isolamento de zonas onde se verifica uma perda de calor pelas paredes. Melhorará o comportamento do forno e permitirá usar esse calor para o secador. -A conduta de recolha do ar de arrefecimento para o secador deverá ser isolada a fim de que não se desperdice o calor por dissipação no ar e que melhore o comportamento do perfil de temperaturas no interior do canal. -Desenvolver um sistema de injeção de ar que melhore a limpeza dos tijolos ainda dentro do forno e introduza maior pressão nesta zona
do ciclo. NOTA FINAL: Para que se possa ter uma reunião de dados completa sobre o forno este ensaio de recolha dinâmica de dados de temperatura e pressão deveria ser complementada por outros dois ensaios: -Termofotografias de zonas do forno que apresentem dissipação de energia térmica; -Determinação do Índice de Diluição, que se faz com auxílio da medição dos teores de CO2 em dois pontos estratégicos do canal do forno. Para uma perfeita adaptação destes dados com os da massa em uso, e porque há uma inter-relação estreita; ensaios de análises térmicas (ATG, ATD e AD) deveriam também ser relacionáveis. Com estas informações, qualquer forno fica com uma “radiografia” muito perfeita e de fácil regulação ou ajuda para a resolução de potenciais defeitos ou problemas de operação.
Referências 1. RADO, Paul (1990) - Introducción a la tecnología de la cerámica, Omega, Barcelona. 2. CHITI, Jorge Fernandez (1992) - Hornos cerámicos, Ediciones Condorhuasi, Buenos Aires. 3. HAUSSONNE (1969) - Technologie céramique génerale, J.-B. Baillière et FILS, Paris. 4. Amaral, Ana Sofia (2005). Dados de Referência para Benchamaking - Produção de tijolo e abobadilha em Portugal. Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro. Coimbra. 5. APICER - Associação Portuguesa da Indústria da Cerâmica (2009). Caracterização do subsecor da Indústria cerâmica estrutural em Portugal - Para uma perspectiva de futuro. Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, Coimbra. 6. Chapman, P.F. (1975). The energy costs of materials. Energy Policy 1975: 47–57. 7. Koomey, Jonathan; Martin, Nathan; Brown, Marilyn; Price, Lynn; Levine, Mark (1998). Costs of reducing carbon emissions: US building sector scenarios. Energy Policy Volume 26, Issue 5, pp. 433-440. 8. Ortiz, Oscar; Castells, Francesc; Sonnemann, Guido (2007). Sustainability in the construction industry: A review of recent developments based on LCA. Construction and Building Materials, Volume 23, Issue 1, pp. 28-39. 9. Ezio Facincani, TECNOLOGÍA CERÁMICA – LOS LADRILLOS, 2009; 10. Cabral Junior M. et al. Argilas para Cerâmica Vermelh, in Luz A.B. Lins F.A.F. (Orgs)-Rochas e Minerais Industriais, usos e especificações, Rio de Janeiro CETEM/MCT, 2009; 11. INSTITUTO META Indentificação, caracterização e classificação de arranjos produtivos de base mineral e de demanda mineral significativa do Brasil, Brasilia, MCT, 2002; 12. Caral Junior, M. Cruz, T. T., Tanno, L.C., Central de Massa, uma alternativa para o aprimoramento do suprimento de matéria-prima à industria de cerâmica de barro vermelho. Cerâmica Industrial, 2009; 13. Motta, J.F.M. et al. Matérias-primas plásticas para a cerâmica tradicional; argilas e caulinos. Cerâmica Industrial, 2004. NC
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Projeto visa promover a sustentabilidade em indústrias O projeto foi desenvolvido para promover o setor através do acesso a práticas sustentáveis
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blocos, tijolos, telhas e demais elementos em cerâmica vermelha do setor no país, além de buscar desenvolver e consolidar a execução de ações sustentáveis para maior capacitação da mão de obra e o aumento da competitividade do segmento para sua ampliação de mercado. Segundo o gerente técnico da Anicer, Bruno Borges Frasson, o projeto foi desenvolvido para promover o setor através do acesso a práticas sustentáveis para o maior conhecimento tecnológico e eficiência dos processos produtivos, suas implicações em função da legislação ambiental vigente que avalia os impactos ambientais da produção da cerâmica vermelha e, consequentemente, para melhoria da qualidade dos produtos oferecidos no mercado. O objetivo é elevar a sustentabilidade nas micro e pequenas indústrias de cerâmica vermelha por meio de um conjunto de ações para implantação da Gestão Empresarial e Ambiental e para a promoção da inovação tecnológica, da eficiência energética e do licenciamento ambiental que permita a incorporação e o tratamento de resíduos sólidos nos processos produtivos, além da qualificação dos produtos cerâmicos nos Programas Setoriais da Qualidade (PSQ) de blocos e telhas, pertencentes ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-h), do Governo Federal. O projeto é dividido em cinco módulos. No módulo de consultoria para Inovação Tecnológica pretende-se atender 175 indústrias. Na consultoria para Eficiência Energética, 100. Na consultoria Ambiental, 120. Já nas consultorias para qualificação nos PSQ/PBQP-H e incorporação e tratamento de resíduos sólidos, biomassas e geração de crédito de carbono a meta é alcançar 175 e 30 empresas, respectivamente. No total, a meta somando os cinco módulos é atender 600 empresas em todo país.
ção de receber o certificado do PSQ. “Nossa empresa se filiou à Anicer em 2013 e foi através desse contato entre empresa-associação que conhecemos diversos programas de consultoria e suporte técnico. Como nossa meta é qualificar nossos produtos no PSQ e estar dentro das normas, resolvemos aderir o programa”, contou.
Entenda como funciona O projeto “Cerâmica Sustentável é mais Vida” oferece cinco módulos de consultoria, podendo a empresa optar em aderir um ou mais módulos de acordo com suas necessidades. São eles Consultoria para Inovação Tecnológica, Consultoria para Eficiência Energética, Consultoria Ambiental, Consultoria para incorporação e tratamento de resíduos sólidos, biomassas e geração de crédito de carbono e Consultoria para Qualificação no PSQ/PBQP-H. Os investimentos para aderir ao projeto são em parte subsidiados pelo Sebrae e pela Anicer, cabendo apenas uma pequena contrapartida da empresa contratante.
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“O projeto tem duração de três anos. A realização das consultorias acontece de forma contínua, com carga horária definida para cada módulo. Por exemplo, a consultoria para qualificação no PSQ ocorre num período de oito dias contínuos, in loco, mais elaboração de relatório com plano de ações”, explicou o gerente técnico da Anicer. Entre as empresas que aderiram o projeto está o grupo Lara, de São Paulo. A empresa solicitou o módulo de consultoria para Qualificação no PSQ/PBQP-H no início do mês de agosto de 2013. “Com o programa, melhoramos ainda mais a qualidade do nosso material e adquirimos um embudo para melhorar a extrusão. Além disso, reformamos nossas boquilhas para entrarmos dentro das normas de qualidade do PSQ”, contou o sócio da empresa Leonardo Martins Lara. Conforme Martins, o objetivo com o projeto é identificar os erros no processo de produção e tentar concertá-los com a inten-
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