Revista Novacer Edição 57 Janeiro 2015

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Entrevista com o presidente da Anfamec, Matheus Rodrigues

Ano 5

Janeiro/2015

Edição 57

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Combate à crise Cerâmicas buscam melhorias para não fecharem as portas no Oeste Paulista

Ceramistas vão à Venezuela para conhecer secador rápido

Calendário recheado de feiras em 2015

SP sediará Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos


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SUMÁRIO

DESENVOLVIMENTO 16 Ceramistas do Oeste Paulista enfrentam crise econômica

EDITORIAL

MEIO AMBIENTE

FEIRAS

ENTREVISTA

12: Carta ao Ceramista

20: Natreb é reconhecida por compromisso ambiental

26: SP sediará Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos

32: O papel da Anfamec

Diretor Geraldo Salvador Junior

direcao@novacer.com.br

revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869

Comercial Moara Espindola Salvador

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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

financeiro@novacer.com.br

Jornalista Responsável Juliana Nunes - SC04239-JP

redacao@novacer.com.br

Diagramação & Arte Jefferson Salvador Juliana Nunes

arte@novacer.com.br

Redação Juliana Nunes

redacao@novacer.com.br

Fotografia & Marketing Digital Natanael Knabben revista@novacer.com.br

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Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


DESENVOLVIMENTO 36: Mineração em debate durante seminário nacional

SUMÁRIO

Janeiro 2015 ARTIGO TÉCNICO 42 : Estudo da viabilidade de uso do cascalho de perfuração da bacia potiguar na produção de produtos cerâmicos: influência da concentração e temperatura

DESENVOLVIMENTO 24 Ceramistas vão à Venezuela para conhecer secador rápido 28: Capacitação em cerâmicas da PB tem apoio do Fundo Clima 48: NovaCer realiza 1ª Argitech 49: Prefeitura faz parceria com cerâmicas da Paraíba

FEIRAS 26: Agende-se para as feiras de 2015

Fale com a NovaCer www.novacer.com.br @revistanovacer RevistaNovaCer RevistaNovaCer @revistanovacer

Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865

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EDITORIAL

Carta ao Ceramista A matéria principal deste mês é a crise econômica que o setor no Oeste Paulista tem enfrentado nos últimos dois anos. Desde 2013 naquela região, polo responsável pela produção de tijolos, telhas e lajotas, cerca de 27 empresas já fecharam suas portas – 21 delas apenas na cidade de Panorama. A NovaCer conversou com o diretor da Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp), Milton Salzedas, para saber a situação das empresas e que iniciativas a Incoesp tem tomado em prol destas indústrias. Confira a partir da página 16. Para a edição deste mês, a NovaCer conversou também com o presidente da Anfamec, Matheus Rodrigues. Na entrevista, ele falou sobre o setor e também sobre a Anfamec, associação criada para representar os interesses dos fabricantes de máquinas e equipamentos. Leia também na primeira edição do ano como foi a viagem que teve como objetivo conhecer a tecnologia de secador rápido para taliscas, na Venezuela. Cerca de 19 ceramistas

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participaram das visitas técnicas realizadas em cerâmicas deste país. A viagem ocorreu em novembro de 2014. Outro tema que ganhou destaque foi o trófeu entregue à Natreb (SC) por seu compromisso com o meio ambiente. A empresa recebeu o prêmio da Casag Consultoria, que presta homenagem às empresas que cumprem as exigências ambientais e se destacam por suas ações em prol do meio ambiente. Confira ainda uma reportagem sobre o 11º Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral e o 8º Encontro RedeAPLmineral que ocorreram simultâneamente de 8 a 10 de dezembro, em Criciúma, Santa Catarina. O evento teve como tema Planejamento e Governança para Sustentabilidade de APLs de Base Mineral. Aproveite a leitura!

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Ceramistas do Oeste Paulista enfrentam crise econômica Desde 2013, cerca de 27 empresas fecharam suas portas, sendo 21 delas apenas em Panorama

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Desde 2013 o setor cerâmico do Oeste Paulista, polo responsável pela produção de tijolos, telhas e lajotas, enfrenta uma crise econômica. De lá para cá cerca de 27 empresas já fecharam suas portas – 21 delas apenas em Panorama. Conforme o diretor da Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp), Milton Salzedas, atualmente o setor na região enfrenta muitas dificuldades. Umas delas foram as 39 ações civis públicas contra 24 cerâmicas instaladas em Panorama e contra 15 empresas do setor sediadas em Paulicéia. As indústrias foram ajuizadas no dia 3 de novembro de 2014 com o intuito de combater a emissão de poluentes. “A notícia de interposição de tais ações gerou um impacto negativo no ânimo das empresas da região, pois, vem em uma


24 horas em um único sentido da SP-294, no trecho entre Dracena e Junqueirópolis; escassez de matéria-prima de queima; e aumento de 40% no custo da energia elétrica na indústria. "Além disso, recentemente foram criadas ASPES (Área Sob Proteção Especial) em torno dos parques, no total de 868.876 hectares, em torno de três parques estaduais já instalados no Oeste Paulista, pondo em risco a continuidade da extração de argilas pelas mineradoras; e utilização de bloco de cimento na construção de casas populares dos programas habitacionais dos governos Federal e Estadual", complementou Salzedas.

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época de crise enfrentada pelo setor oleiro-cerâmico, onde várias empresas já anunciaram o encerramento de suas atividades e outras iniciaram férias coletivas sem previsão para retorno. Em Panorama e Pauliceia, a cerâmica há décadas é a base da economia local fomentando todo o comércio e empregando mais de 5 mil trabalhadores diretos, fora mão de obra indireta e terceirizada”, explicou o diretor da Incoesp. Segundo Salzedas, estas empresas acionadas têm prazo de três meses para comprovar regularidade empresarial e ambiental. Caso não apresentem uma regularidade ambiental e um projeto técnico ambiental a ser cumprido em um prazo de seis meses, estão sob o risco de terem que encerrar suas atividades. O diretor da Incoesp contou ainda que em breve o Ministério Público deve impetrar outras 40 ações civis públicas contra empresas remanescentes localizadas nas cidades de Panorama, Paulicéia e Santa Mercedes. “Entendemos que não será difícil, para as 39 cerâmicas acionadas, a comprovação de sua regularidade empresarial e ambiental tendo em vista que, estas e outras empresas que ainda não foram acionadas, têm ao longo dos anos procurado formas de produção ambientalmente sustentáveis para desenvolvimento do setor. Algumas, inclusive, devido às melhorias, obtiveram certificação para comercialização de crédito de carbono, tendo em vista suas formas de produção sustentáveis”, acrescentou Salzedas. O diretor da Incoesp ainda complementou que a decisão exarada pelo juiz de direito Walter de Oliveira Júnior, da 2ª vara da Comarca de Panorama, foi em caráter liminar e pode ser revista a qualquer tempo até mesmo pelo próprio magistrado que a concedeu, tão logo as defesas das empresas, instruídas por seus respectivos documentos, forem sendo protocolizadas. No rol de problemas, atualmente enfrentados pelos empresários, a medida adotada pelo MP deverá figurar no topo da lista de prioridades, lista esta ocupada pela Barreira Fiscal imposta pelo estado do Mato Grosso do Sul a produtos cerâmicos produzidos em São Paulo; balança rodoviária operando

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Problemas enfrentados pelo polo cerâmico do Oeste Paulista

Foto: Viviane Santos - JR/SP

Balança rodoviária, em Dracena (SP)

Falta de opções logísticas para escoamento dos produtos cerâmicos é um dos problemas enfrentados pelo setor. Segundo Salzedas, um dos principais motivos foi a instalação de uma balança rodoviária em Dracena, sendo que o funcionamento dela é de 24 horas, é a única balança que pesa no sentido interior-capital, em período integral. “O mais agravante é que no sentido contrário não existe nenhuma balança, ou quando existe, não opera 24 horas, motivo este que acaba dando oportunidade para produtores das regiões de Tatuí, Laranjal Paulista, Estado do Paraná e Santa Catarina de entrarem em nosso campo de atuação de vendas, com isso perdemos 95% do mercado consumidor de Bauru, e já estão entrando na região de Marília e até Presidente Prudente”, relatou. Além disso, as minerações de outras regiões utilizam argila de morro (taguá) que são mais em conta que a argila encontrada em nossa região. “Os produtores chegam a pagar em média o preço de R$ 5 o metro cúbico de argila, sendo que em nossa re-

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gião o preço do metro cúbico é de R$ 15, tornando o nosso custo altíssimo, sendo que a matéria-prima é o principal no processo de fabricação”, contou o diretor da Incoesp. Outra dificuldade do setor é quanto aos programas habitacionais do Governo Estadual – C. D. H. U. e programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. “Até meados do mês de outubro de 2013, o setor de cerâmica vermelha conseguia atender os programas habitacionais citados e, após esta data, não conseguimos mais fornecer nossos produtos, o motivo apresentado foi a exigência elevada na resistência dos blocos, pegando de surpresa o setor, e hoje estamos assistindo estes programas habitacionais serem atendidos pelas empresas produtoras de blocos de cimento, nos deixando fora desta importante fatia do mercado, que representa cerca de 30% de nossa produção regional”, explicou. Guerra fiscal (pauta fiscal praticada pelos Estados vizinhos) tem sido outro problema para o setor do Oeste Paulista. “Estamos localizados vizinhos a fronteira com Mato Grosso do Sul, e não conseguimos atender o mercado consumidor daquele Estado, pois o governo de MS impõe uma pauta fiscal sobre os produtos cerâmicos completamente fora da realidade praticada e concedem um desconto de até 75% na referida pauta (Estadual e Interestadual), aos produtores do Mato Grosso do Sul, quando os mesmos tem de recolher seus impostos”, contou Salzedas. Além disso, conforme o diretor da Incoesp, Santa Catarina coloca telhas na região Oeste Paulista a preços menores que as próprias cerâmicas da região, devido a incentivos fiscais e práticas protecionistas dadas aos empresários do setor daquele estado, conseguindo colocar seus produtos em distância de mais de 1,2 mil quilômetros, quando o polo cerâmico da região mal consegue atingir 400 quilômetros.


O intuito da criação da cooperativa foi exclusivo para mineração de argila, mas com a crise no polo cerâmico, a Incoesp teve que diversificar seus segmentos. Antes contava com 100 e atualmente com 87 cooperados do Oeste Paulista, sendo Panorama, Paulicéia, Presidente Epitácio, Ouro Verde, Castilho e Regente Feijó. A região conta com 150 indústrias cerâmicas instaladas, gerando cerca de 5 mil empregos diretos e outros 3,5 mil indiretos. Do total de empresas, 123 estão ativas. “As indústrias desta atividade pela própria formatação dos equipamentos e fornos, após serem desativadas, não serão aproveitados para nada, não servem para outro tipo de indústria, vindo a ser totalmente descartada, perdendo todo o capital investido. A prova disto é o que ocorreu na cidade de Ouro Verde, onde havia 12 cerâmicas instaladas e hoje conta com apenas uma única em funcionamento. Na cidade de Paulicéia hoje tem seis indústrias cerâmicas fechadas. Já em Santa Mercedes, das três instaladas, somente uma está funcionando. Na

cidade de Panorama, que já teve até 110 indústrias, atualmente conta com 85 indústrias, sendo que deste total, 21 estão paradas. “Precisamos urgentemente de um socorro para o setor, empresários de nossa região estão migrando para o estado de Mato Grosso do Sul, por contar com maior apoio, melhores condições de trabalho e incentivos fiscais por parte do Governo”, disse Salzedas.

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A Incoesp

Iniciativas da Incoesp em prol das cerâmicas da região Fonte alternativa A primeira medida já adotada por mais de 95% das indústrias de todo o setor diz respeito à substituição da madeira nativa utilizada para a queima dos produtos cerâmicos pela biomassa, representada por pó de serra, bagaço de cana, palha de amendoim e palha de arroz, entre outros. Em se tratando de alternativas de queima, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) desenvolve uma série de estudos no campo experimental da Incoesp com o capim-elefante a fim de se obter resultados satisfatórios para adotá-lo como eficaz fonte renovável de combustível. Laboratório Parceria entre Incoesp e Senai possibilitou a instalação do laboratório de cerâmica vermelha onde será possível analisar a argila e buscar além da qualidade da matéria-prima, a diminuição do tempo de queima e consequentemente a redução da emissão de fumaça. Reciclagem Geólogos ligados ao IPT desenvolvem pesquisas para reutilização do caco cerâmico descartado como lixo pelas cerâmicas e que poderá, em breve, ser reaproveitado evitando desperdícios desse material. Em relação a emissão de fumaça negra, o setor alega já ter localizado mecanismos/ técnicas de controle para redução de sua emissão, técnicas estas que em alguns casos reduziram a zero tais emissões. NC

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MEIO AMBIENTE

Natreb é reconhecida por compromisso ambiental Empresa de SC recebeu um troféu em dezembro da Casag Consultoria

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O grupo Natreb, uma das principais fornecedoras de equipamentos para cerâmica, recebeu no dia 1º de dezembro de 2014, um troféu por seu comprometimento com o meio ambiente. O reconhecimento foi feito pela Casag Consultoria, que presta homenagem às empresas que cumprem as exigências ambientais e se destacam por suas ações em prol do meio ambiente. Entre as melhorias realizadas pela Natreb neste ano estão a instalação de uma cabine de pintura - espaço apropriado para pintura das peças -, instalação de lixeiras seletivas e construção de boxes para separação de resíduos. Conforme a engenheira ambiental Cíntia Casagrande, a cabine de pintura evita a contaminação do meio ambiente através do processo que utiliza tintas e solventes, pois a mesma evita o lançamento deste poluentes na atmosfera. “A cabine possui quatro exaustores centrífugos,


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MEIO AMBIENTE

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que são ligados ao início de cada pintura, que trabalham sugando todas as sobras de tintas emitidas pela vaporização das pistolas no momento da operação. As sobras de tinta são captadas pela manta filtrante liberando o ar ao ambiente externo já limpo. As mesmas são trocadas mensalmente e encaminhadas para empresas licenciadas que darão o destino ambientalmente correto”, explicou a engenheira. Quanto à separação dos resíduos e sua armazenagem nos boxes, Cintia explicou que é

uma exigência da fundação de meio ambiente para que a empresa siga as normas técnicas de resíduos sólidos. “Os boxes construídos seguem as especificações ambientais: coberto, piso concretado, com muretas e canaletas evitando vazamentos de líquidos para o solo. Caso ocorra vazamentos, o líquido será direcionado para um reservatório não tendo contato com chuvas”. Cíntia ainda complementou que o box foi construído com o intuito de evitar qualquer tipo de contato dos resíduos com o solo, água e ar. “Os boxes foram pintados nas cores estabelecidas por lei, com placas de identificação e também tabela de registro de movimentação e armazenamento dos resíduos. Os resíduos armazenados nos boxes ficam aguardando as empresas licenciadas que irão realizar o transporte e destinação final. As empresas contratadas para o recolhimento e destinação final são licenciadas pelo órgão ambiental”, contou a engenheira ambiental, Cíntia Casagrande.

O prêmio As empresas que estão colocando em prática as normas ambientais e que fazem parte do grupo da Casag Consultoria Ambiental terão seus trabalhos reconhecidos e a empresa será destacada recebendo um troféu pelo comprometimento com meio ambiente. A escolha da empresa se dá através de vistorias realizadas na mesma e verificação do cumprimento da legislação ambiental. “Muito importante este reconhecimento

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não só para a empresa, mas também para os funcionários que pegaram junto para que as melhorias acontecessem. Além disso, este prêmio é importante pois agrega valor à empresa e nos faz refletir quanto ao meio ambiente", disse um dos sócios da empresa Maurício Naspolini Bertan. “Os colaboradores da empresa são participativos e motivados, pois diante de uma não conformidade ambiental encontrada na empresa eles procuram solucionar o mais rápido possível. Aquilo que foi solicitado para que empresa adequasse e ficasse dentro das normas ambientais a mesma atendeu prontamente”, disse Cíntia. Para finalizar a engenheira relatou que a Casag Consultoria Ambiental acredita que o reconhecimento das empresas, através da entrega de um troféu, motiva todos os colaboradores a desempenharem suas atividades com êxito, incluindo a sustentabilidade ambiental na rotina de trabalho. NC



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Ceramistas vão à Venezuela para conhecer secador rápido Cerca de 19 ceramistas participaram das visitas técnicas a cerâmicas venezuelanas

Com o intuito de conhecer o Secador Rápido de Taliscas, cerca de 19 ceramistas participaram de visitas técnicas realizadas em empresas cerâmicas da Venezuela. A viagem, realizada por meio da Agência NovaCer, em parceria com Jorge Luiz Francisco, ocorreu em novembro de 2014. Foram dois dias de visitas em cerâmicas fabrican-

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tes de blocos de vedação e telhas extrudadas. De acordo com Francisco, que acompanhou os ceramistas durante as visitas, o equipamento consome 30% menos energia elétrica se comparado com secadores tradicionais. “Outras características são redução considerável de mão de obra, pois somente com uma pessoa no setor de extrusão, opera-se o setor de extrusão e a entrada do secador. Além disso, o espaço físico para construção é menor e o custo construtivo mais baixo, pois não são utilizadas vagonetas, nem carregadores e descarregadores automáticos. Além destas vantagens, equipamento pode secar de 12 até 20 toneladas/hora, além de trabalhar quantas horas necessitarmos por dia”, explicou. Francisco ainda comentou que é possí-


de secador para os fabricantes de telhas prensadas do Brasil”, disse. Segundo Francisco, estes tipos de secadores trabalham com recuperação de calor dos fornos, como os secadores do brasil, e também com fornalhas, utilizando como combustível lenha, biomassa e cavaco de madeira, entre outros. “São versáteis e podem trabalhar em regimes contínuos ou semicontínuos. Secam qualquer tipo de produto cerâmico, apenas necessitam de algumas adaptações na parte de automação de acordo com cada tipo de produto”, finalizou.

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vel instalar este equipamento em qualquer fábrica existente sem a necessidade de investimentos adicionais. “Somente sincronizamos o Secador Rápido com a produção da extrusora, ou seja, ele deverá trabalhar de acordo com a extrusora”. Conforme ele, o custo do secador rápido é inferior ao custo de um secador comum, porém temos que avaliar cada layout da fábrica, pois para cada tipo de forno poderemos aplicar um tipo de descarga automática ou não e isto influencia no custo final do secador”, esclareceu. O empresário Carlos Ricardo Simonassi, da empresa Telhafort Simonassi, foi um dos ceramistas que participou das visitas técnicas na Venezuela. Para ele, o secador apresentou vantagens interessantes. Entre elas, o empresário citou a praticidade do equipamento, a qualidade do material e o custo baixo de construção. “Gostei muito do secador. As peças apresentaram resultados satisfatórios. É um equipamento competitivo que tem futuro no Brasil. Inclusive, estudo a possibilidade de adquirir um para minha empresa”, comentou. A cerâmica de Simonassi fica em Eunápolis, no Sul da Bahia, e é fabricante de telhas, tijolos e elementos vazados. Para Francisco, o objetivo de conhecer a tecnologia de secagem rápida foi cumprido. "Atualmente no Brasil demoramos, no mínimo, entre 24 e 36 horas para secar os produtos cerâmicos fabricados dentro de nossas fábricas e, com este tipo de secador, passamos a secar em uma hora, ou seja, este equipamento revolucionará o conceito de secagem no Brasil. Outro ponto que quero salientar é que como a Venezuela não fabrica telhas prensadas, acreditávamos que este produto não poderia ser seco no secador devido às diferenças de espessura que os modelos Americana, Portuguesa, Romana e tantas outras têm em seus formatos. Levamos telhas verdes de uma empresa cerâmica nos modelos Americana e Romana e as telhas passaram em ciclos de uma hora e uma hora e vinte minutos e secaram perfeitamente sem trincas e empenamentos. Isto, para todos nós, foi espetacular, pois agora já podemos também comercializar este tipo

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FEIRAS

SP sediará Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos Evento ocorrerá de 12 a 14 de março, no Expo Dom Pedro, em Campinas De 12 a 14 de março, São Paulo sediará a Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos para a Indústria de Cerâmica Vermelha. Promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec), o evento ocorrerá no Expo Dom Pedro, em Campinas. O objetivo é apontar oportunidades e desafios para o setor, o que mostrará que os empresários devem assumir seu papel como elementos fomentadores da inovação, da sustentabilidade, da tecnologia, da gestão e do aprimoramento da indústria de cerâmica do Brasil. Segundo a consultora de comunicação da Anfamec, Veronica Marques, dezenas de inovações tecnológicas estarão disponíveis na feira de 7 mil metros quadrados de máquinas e equipamentos para o setor. “Mais de 90 marcas nacionais e internacionais já confirmaram presença e apresentarão o que há de novo, além de tendências do mercado externo. Lembrando que a entrada na feira é gratuita e a participação na Arena de Especialistas e nas Oficinas de Soluções será paga”, contou. A consultora de comunicação da Anfamec

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informou que a feira será baseada em três momentos: Pense no setor, Sinta a mudança e Viva o novo. “O primeiro conceito trará especialistas em temas que proporão uma reflexão sobre o setor e seu papel no desenvolvimento nacional na arena de especialistas. O eixo Sinta a mudança será trabalhado nas oficinas de soluções técnicas e o aspecto Viva acontecerá através da apresentação das mais modernas tecnologias em máquinas e equipamentos para a indústria de cerâmica vermelha na feira”, contou. O evento vai reunir ceramistas, fabricantes de máquinas e equipamentos, colaboradores, estudantes e pesquisadores do setor para a propagação de informações e conhecimentos, apresentação de inovações em máquinas e equipamentos e construção de novos diálogos dentro e fora do segmento. São esperadas 1 mil pessoas para a feira. A entrada na feira é gratuita. No entanto, conforme Veronica, o empresário deve fazer a inscrição em breve pelo site da Anfamec. “Já a inscrição na Oficina de Soluções e na Arena de Conhecimentos também será pelo site. O valor da Arena de Especialistas é R$ 150 por pessoa nos dois dias de apresentações. O investimento para a Oficina de Soluções é de R$ 450 nos três dias de apresentações, porém o participante deverá escolher uma opção de oficina por dia. A partir da escolha da oficina feita no credenciamento, não será possível fazer alteração posterior ou no dia do evento.


A Arena de Especialistas será composta por dois dias de diálogo com especialistas nacionais sobre o mercado da construção e os modelos construtivos. Mais do que apontar tendências e oportunidades, o espaço trará novos olhares que irão incrementar o cotidiano das fábricas, as oportunidades de negócios e a ampliação dos lucros. A Oficina de Soluções proporcionará o

encontro, durante três dias, com técnicos de cerâmica em que os ceramistas poderão trazer as demandas de seu negócio para um espaço que tem como objetivo proporcionar soluções para as dificuldades vivenciadas no cotidiano das cerâmicas em temas como o mercado nacional, produtos, controles, processo, máquinas, dispositivos e equipamentos.

FEIRAS

Arena de especialistas e Oficina de soluções

Programação do evento Arena de Especialistas 12 de março – das 9 às 11 horas - Indústria da Construção x Fatores econômico: oportunidades e perspectivas para a manutenção e a expansão do setor de cerâmica vermelha diante dos produtos concorrentes. Com mediação do jornalista Carlos Alberto Sardenberg. 13 de março – das 9 às 11 horas - NBR 15.575 (Norma de Desempenho): um olhar sobre o cliente para o aumento do índice de segurança nas construções. Oficinas de Soluções 12 de março – das 14 às 16 horas Preços, Qualidade e Vendas em Foco Oficina 1 – Custos e formação de preços: o que saber para vender de forma sustentável Oficina 2 – Ensaios cerâmicos: como executar e interpretar para ganhar Oficina 3 – Centrais de vendas: unindo forças pra não perder mercado 13 de março – das 14 às 16 horas Fabricação, Preparação e Perdas na Pauta Oficina 1 – Processos de fabricação: como fabricar melhor com baixo custo Oficina 2 – Preparação de massa: como iniciar bem para perder menos Oficina 3 – Perdas no processo? Saiba identificá-las 14 de março – das 14 às 16 horas Tecnologias, Eficiência e Norma em destaque Oficina 1 – Manutenção de máquinas e equipamentos: tenha um plano para reduzir custos Oficina 2 – Eficiência energética: como produzir reduzindo consumos Oficina 3 – NR12 – Desmitificando a implementação: caso de sucesso

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D E S E N VO LV I M E N T O

Capacitação em cerâmicas da PB tem apoio do Fundo Clima O Projeto de Cooperação Técnica Internacional foi assinado no dia 19 de janeiro deste ano

O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba selaram o Projeto de Cooperação Técnica Internacio-

nal com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). As três entidades já vêm construindo uma parceria desde 2014 para desenvolver projetos de sustentabilidade e convivência com o semiárido, além de capacitação técnica local. O acordo foi assinado no dia 19 de janeiro deste ano. Todas as atividades são acompanhadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no âmbito da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) e financiadas pelo Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima (Fundo Clima).

Troca entre técnicos e agricultores O diretor presidente do IABS, Tadeu Assad, destacou o caráter formativo do Centro Xingó de Desenvolvimento do Semiárido, localizado na fronteira entre Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia, como uma das principais atividades do Instituto. Em 2014, foram capacitadas mais de 100 pessoas

Divulgação / Insa 28

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em tecnologias sociais, entre técnicos e agricultores. Já com o Prêmio Mandacaru, o IABS reconhece projetos de tecnologia social simples que ajudam a melhorar a qualidade de vida de pessoas que vivem na região do semiárido brasileiro. “Premiamos uma ação de purificação da água da chuva para uso doméstico e outra de dessalinização da água por meio de sementes, por exemplo”, contou Tadeu. O IABS vai receber R$ 680 mil do Fundo Clima. A coordenadora do Centro de Produção Industrial Sustentável da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, Aluzilda Oliveira, ressaltou o caráter transformador do trabalho junto ao polo cerâmico contemplado com o financiamento do Fundo Clima. “São 25 fábricas de cerâmica vermelha, produtoras de telhas e tijolos, que receberam mais de 300 horas de capacitação em boas práticas de eficiência energética”, explicou.


Trata-se de proporcionar uma melhoria do processo produtivo para reduzir o consumo de lenha, uma fonte renovável de energia quando extraída de forma legal em áreas de manejo. A Fundação receberá R$ 450 mil do Fundo Clima. O montante é liberado à medida que resultados vão sendo apresentados. Segundo o diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, as agências implementadoras como IABS e Fundação Parque Tecnológico

da Paraíba representam uma nova forma de execução de políticas públicas. “Essas parceiras aumentam o sucesso das políticas”, diz. “Com a descentralização, alcançamos uma maximização dos conhecimentos de cada um e como colocá-los em prática com os beneficiários”. Para o representante do IICA no Brasil, Manoel Otero, a parceria com o MMA é fundamental. “Todo nosso esforço é para implementar projetos que transformem a realidade”, afirmou. Divulgação

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Redução no consumo de lenha

Saiba mais Em junho de 2014, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), lançou o Edital 078/2014 para selecionar instituições sem fins lucrativos que fizessem a execução descentralizada de ações previstas no Projeto de Cooperação Técnica PCT BRA/IICA/14/001 intitulado “Implementação de estratégias e ações de prevenção, controle e combate à desertificação face aos cenários de mudanças climáticas e à Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD)”. Fonte: Ascom / Ministério do Meio Ambiente

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FEIRAS

Agende-se para as feiras de 2015 Os eventos são oportunidades para ampliar contatos e conhecer novos produtos e tecnologias

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A NovaCer pesquisou as datas das principais feiras do setor em 2015. Os eventos são oportunidades para ampliar contatos, conhecer novos produtos e tecnologias e adquirir conhecimento por meio da troca de ideias. De 19 a 24 de janeiro de 2015, Munique, na Alemanha sediará a Feira Internacional de Arquitetura, Materiais e Sistemas - BAU. O evento, que ocorre a cada dois anos, é organizado pela Messe Munchen Messegelänge. O foco da feira é apresentar inovação e qualidade para o futuro da construção. O evento atrai arquitetos, engenheiros civis, fabricantes de materiais para construção, empreiteiras e construtoras. Neste mesmo mês, ocorre o Indian Ceramics. A feira será de 21 a 23 de janeiro, na Índia. Outro evento do setor que ocorrerá em 2015 é a Exposição Internacional de Cerâmica para a Arquitetura, Equipamentos de Banho, Pedra Natural, Matérias-Primas, Esmaltes, Fritas e Massas (Cevisama). O encontro será de 9 a 13 de fevereiro, em Valência, na Espanha. Na edição de 2014, o evento reuniu 75.173 visitantes entre distribuidores, atacadistas, importadores, fabricantes, lojas, arquitetos, designers e meios de comunicação. Em 2015 agende-se para a Exporevestir. A Fashion Week da Arquitetura e Construção será de 3 a 6 de março, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. O evento apresenta novidades e inovações tecnológicas para os segmentos de revestimentos, louças sanitárias e metais para cozinhas e banheiros. A The Big 5 Show - Saudi, Mostra Internacional da Construção está marcada para os dias entre 9 e 12 de março, no Civil Jeddah Centre for Forums & Events, na Arábia Saudita. O ano de 2015 marca o 5º aniversário da The Big 5 Arábia e é a plataforma ideal para profissionais da construção para atender clientes e fazer negócios. A Feicon Batimat será realizada de 10


tro (RJ). A Feira Internacional da Construção é o maior evento do estado do Rio no segmento da construção. Consolidou-se como importante pólo de negócios da cadeia da construção civil. O evento, a cada realização, contabiliza aumento no número de visitantes e expositores, desde seu lançamento em meados dos anos 90. De 28 de setembro a 2 de outubro acontecerá o Salão Internacional da Cerâmica para a Arquitetura e Construção - Cersaie. O evento será em Bolonha, na Itália. O tradicional Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha este ano será em Porto Alegre, no Rio Grande Sul. O evento está marcado para acontecer de 16 a 19 de setembro, no Centro de Eventos Fiergs. Simultâneo ao evento, ocorre também a Exposição de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica. A próxima edição da Ceramitec, uma das maiores feiras mundiais da construção civil, acontece em Munique, na Alemanha, de 20 a 23 de outubro de 2015. A última edição foi realizada em 2012. O evento recebe mais de 16 mil visitantes de mais de 100 países. Mais de 613 expositores de mais de 42 países marcaram presença na Ceramitec de 2012. Agende-se. NC

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a 14 de março, no Pavilhão de Exposição Anhembi, em São Paulo. Referência para o setor da construção civil na América Latina, o encontro reúne grandes marcas com os seus principais revendedores e distribuidores, para apresentação de lançamentos, produtos e novas tecnologias. Para 2015, são esperadas mais de 2 mil marcas nacionais e internacionais, e a presença de 120 mil visitantes/ compradores qualificados. Simultaneamente ao evento, acontecerá a Conferência Feicon Batimat, promovendo seminários de grandes entidades e empresas referências, além de reunir profissionais de renome nacional e internacional em apresentações técnicas, palestras, painéis de debates e estudos de casos. De 12 a 14 de março ocorre ainda a Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos para a Indústria de Cerâmica Vermelha. Promovido pela Anfamec, o evento ocorrerá no Expo Dom Pedro, em Campinas, São Paulo. O objetivo do evento é apontar oportunidades e desafios para o setor, o que mostrará que os empresários devem assumir seu papel como elementos fomentadores da inovação, da sustentabilidade, da tecnologia, da gestão e do aprimoramento da indústria de cerâmica do Brasil. A Coverings 2015, uma das maiores exposições na América do Norte, será em Orlando, na Flórida (EUA). O evento, palco para a introdução de alguns dos mais inovadores produtos de cerâmica e pedra no mundo, ocorrerá de 14 a 17 abril, Centro de Convenções Orange County. Para 2015, a organização espera oferecer 1 mil expositores representando mais de 40 países. Em junho será a Ceramics China. O evento será do dia 1º ao dia 4, no Complexo Pazhou, na cidade de Guangzhou. No mesmo mês, ocorre também a Construir Minas, de 24 a 27. A Feira Internacional da Construção será na Expominas, em Belo Horizonte. De 5 a 8 agosto 2015 será a Construsul. O maior encontro da construção civil da região sul acontecerá no Parque de Exposições Fenac, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Outra feira que deve movimentar o setor em 2015 é a Construir Rio. Evento ocorrerá neste ano de 19 a 22 de agosto, no Riocen-

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ENTREVISTA

O papel da Anfamec Neste mês, a NovaCer conversou com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec), Matheus Rodrigues. Conheça nesta entrevista um pouco mais sobre o setor das indústrias fabricantes de equipamentos para cerâmica vermelha. Saiba ainda como foi criada a Anfamec, qual o seu papel no desenvolvimento do setor e as ações desta associação criada para representar os interesses dos fabricantes de máquinas e equipamentos no fomento às novas oportunidades para os ceramistas e o segmento Revista NovaCer - Qual é a missão da Anfamec? Matheus Rodrigues - A missão da Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec) é fomentar o aperfeiçoamento e o crescimento do setor de cerâmica vermelha nacionalmente, elevando ceramistas, fabricantes, colaboradores e empresários a outros patamares de inovação, qualificação e sustentabilidade. Os associados da Anfamec representam mais de 80% do setor no Brasil. NC - Qual o papel da Anfamec no desenvolvimento do setor? MR - Os fabricantes de máquinas e equipamentos para a indústria cerâmica têm papel fundamental na geração de postos de trabalho e renda nas regiões rurais do país e na inserção de novas tecnologias, inovação e máquinas e equipamentos que apoiem a missão da indústria cerâmica como fabricante dos mais tradicionais e sustentáveis produtos para a construção civil. NC - Quais as principais ações que pretende

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desenvolver como presidente da Anfamec? MR - A criação da Anfamec tem como principal beneficiado o ceramista, pois a associação trabalhará para fomentar o acesso das indústrias de cerâmica vermelha às mais modernas tecnologias, além de atuar junto aos organismos públicos e privados para viabilizar novas possibilidades de financiamento e fomento à qualificação e ao crescimento das milhares de fábricas que compõem o setor. A atuação em conjunto dos fabricantes de máquinas e equipamentos também potencializa a criação de parcerias estratégicas locais e regionais focadas no atendimento às demandas das indústrias locais e em acordo com as necessidades e os desejos dos ceramistas. NC - Qual o maior benefício em se associar a uma instituição como a Anfamec? MR - Ser associado da Anfamec significa fomentar o aperfeiçoamento e o crescimento do setor de cerâmica vermelha nacionalmente, elevando-o a outros patamares de inovação, qualificação e sustentabilidade. Também implica em oferecer novas soluções em máquinas, equipamentos, dispo-


ENTREVISTA

sitivos, tecnologias, estratégias e oportunidades para promover o desenvolvimento, a sinergia e o aprimoramento da indústria de cerâmica vermelha do Brasil. NC - Porque foi criada a Anfamec? MR - A Anfamec foi criada para representar os interesses dos fabricantes de máquinas e equipamentos no fomento às novas oportunidades para os ceramistas e o segmento. A associação está aberta ao diálogo e à construção conjunta com todas as organizações nacionais e internacionais que possam promover o aprimoramento e a qualificação do segmento cerâmico nacional. NC - Quando foi criada a Anfamec? MR - A Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec) foi ganhando forma nos diversos momentos de intercâmbio e reuniões informais dos fornecedores do setor no Brasil e no exterior ao longo dos últimos anos. Oficialmente, a instituição foi criada em 22 de março de 2013 e logo em seus primeiros meses de atividade arregimentou grande parte dos fornecedores de cerâmica vermelha. NC - Porque houve a necessidade a criar esta associação? MR - A criação da Anfamec aconteceu em um momento de efervescência do desenvolvimento nacional e de aprimoramento do setor de cerâmica vermelha no Brasil, o que levou cerâmicas, ceramistas e fabricantes de máquinas e equipamentos a um novo patamar de oportunidades. Neste cenário de aperfeiçoamento forte, fez-se natural a criação de uma associação que cuidasse, especificamente, dos interesses dos fabricantes de máquinas e equipamentos e que permitisse novos diálogos setoriais e extrassetoriais. O maior beneficiário com a criação da Anfamec é o ceramista, pois os fabricantes, juntos, podem oferecer novas oportunidades e fomentar ainda mais o segmento.

Indústria de Cerâmica Vermelha vai trazer para ceramistas? MR - Pensar, viver e sentir o setor cerâmico é a missão da Anfamec 2015. Traremos novos olhares e conhecimentos sobre a indústria cerâmica, potencializando o setor, seus empresários e novas ideias que gerem transformações de gestão, processos e oportunidades para que as cerâmicas ampliem as mudanças sociais e econômicas

"Pensar, viver e sentir o setor cerâmico é a missão da Anfamec 2015"

NC - Que tipo de novidades a Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos para a

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ENTREVISTA

que promovem todos os dias no Brasil. NC - Qual é a ideia da Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos para a Indústria de Cerâmica Vermelha promovida pela Anfamec? MR - A criação da Anfamec 2015 se deu não somente em um momento de ampla efervescência do setor, mas também de muito diálogo. Ao criar a programação e mesmo todos os momentos do evento, usamos diversas sugestões e comentários de ceramistas que ouvimos ao longo dos anos, aproveitamos vivências de nossas empresas e também buscamos criar amplas oportunidades de intercâmbio entre ceramistas e fornecedores. Esse é um novo momento para o segmento e o evento deve imprimir essa mudança. NC - Qual a expectativa para este evento? MR - A Anfamec 2015 será um momento novo para o setor conhecer o que há de mais moderno em máquinas e equipamentos, ouvir especialistas e desenvolver soluções para as adversidades cotidianas das fábricas. Porém, acima de tudo, acredito que o evento será um ponto de encontro entre ceramistas das diversas partes do Brasil que estarão juntos para somar esforços na consolidação deste novo momento da indústria cerâmica nacional. NC - O que acredita ser seu maior desafio como presidente da Anfamec? MR - A Anfamec é uma associação jovem é como tal têm o desafio principal de criar canais constantes e firmes de diálogo, intercâmbio e construção conjunta com todos os que fazem parte desta representativa indústria, que é a cerâmica vermelha. Neste momento, acredito que o meu maior desafio é unir todos esses elos em um movimento constante de benefícios e oportunidades para o setor. NC - Em sua opinião, os ceramistas brasileiros estão atentos à modernização do setor? MR - A indústria cerâmica brasileira vem ao longo dos anos fortalecendo seu movimento de inovação e modernização. Isso impli-

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ca não somente na inserção de tecnologias em máquinas, equipamentos e dispositivos, mas também no aprimoramento de processos, no desenvolvimento de novos produtos e na inserção de forma diferenciada no mercado. NC - Como entrou no mercado de cerâmica vermelha? Que tipos de máquinas e equipamentos produz? MR - Em 1974, eu trabalhava como projetista na engenharia de projetos da General Motors, em São Caetano do Sul. Porém, eu não queria ser mais empregado de ninguém. E sem nunca ter visto uma tijoleira, desenhei uma. Depois que eu vi que era diferente de todas as outras, e por ser diferente, ficou tão boa que foram vendidas mais de 2 mil tijoleiras. Foi assim que tudo começou. Hoje produzimos desde um cortador de R$ 12 mil até uma linha completa de marombas, prensas automáticas e enfornamentos robotizados de telhas e tijolos. NC - Em todos esses anos oferecendo soluções para o mercado de cerâmica vermelha, o que mais o motiva? MR - Minha maior motivação hoje são meus quatro filhos que estão se empenhando a todo vapor, eu já estou realizado desde há 20 anos, hoje já somos o fabricante de maior diversificação de equipamentos no Brasil, com 135 patentes depositadas e, com certeza, meus quatro filhos, sem dúvida, transformarão a Man na maior fabricante de equipamentos para cerâmica. NC - Como vê o futuro do setor de cerâmica vermelha? MR - Temas como sustentabilidade, inovação e qualificação não são o futuro do setor, mas o presente. E é no tempo de agora que centenas de cerâmicas estão transformando a face do setor através da modernização, do crescimento, do aprimoramento de processos e da percepção de que o cenário de evolução da cerâmica vermelha que queremos passa, obrigatoriamente, pelo compromisso com a mudança e o compartilhamento de visões e oportunidades entre todos os elos do segmento. NC


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D E S E N VO LV I M E N T O

Mineração em debate durante seminário nacional Evento ocorreu de 8 a 10 de dezembro em Criciúma, Santa Catarina

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O Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça (Sindicer) e a Cooperativa de Exploração Mineral (Coopemi), realizaram de 8 a 10 de dezembro o 11º Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral e o 8º Encontro da RedeAPLmineral. O evento, realizado na Associação Empresarial de Criciúma (Acic), em Santa Catarina, foi organizado em parceria com o Laboratório Técnico da Cerâmica Vermelha (Labcer), com o Núcleo de Cerâmica Artística Olaria das Artes, e com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Minas e Energia do Governo Federal, com participação do Sebrae. As palestras foram divididas em três módulos. O primeiro foi planejamento Estratégico para Sustentabilidade de APLs de Base Mineral. O segundo e o terceiro, respectivamen-


Coopemi é referência para o restante do Brasil, porque conseguimos fortalecer o cooperativismo mineral, aliando o desenvolvimento e o fortalecimento no mercado produtor com os avanços na formalização da pequena mineração”, pontuou Pagnan. Estiveram presentes no evento deste ano representantes da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (SETEC/MCTI), Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Ministério de Minas e Energia, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sebrae Nacional e Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer). O evento ainda contou com a presença de representantes do Siecesc e do Sindiceram. “Todas estas entidades representativas do país estão interligadas buscando o desenvolvimento do setor mineral, com foco no fortalecimento da economia, e estiveram discutindo tudo isso aqui na nossa região”, disse Pagnan.

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te, foram Governança para Sustentabilidade de APLs de Base Mineral e Planejamento e Governança na Normalização e Avaliação da Conformidade de Produtos para Sustentabilidade dos APLs de Base Mineral. O objetivo do encontro foi estimular a integração das entidades representativas de diversos setores de atividades econômicas de base mineral, para discutir experiências em busca de soluções comuns e para resolver os entraves que dificultam o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas de mineração. “Foi a oportunidade de discutir e difundir experiências, buscando soluções nesta área. A interação entre os diversos setores produtivos é indispensável para que o setor continue competitivo e busque o desenvolvimento sustentável”, explicou o presidente do Sindicer e da Coopemi, Sérgio Pagnan. O evento ainda contou com o lançamento do Prêmio Melhores Práticas de APL’s de Base Mineral 2015 e visita técnica à cerâmica Felisbino e à Cooperativa de Exploração Mineral, em Morro da Fumaça. “A gestão da

Palestra aborda processo prospectivo para planejamento estratégico de APLs Um dos temas abordados no encontro foi Metodologia do Processo Prospectivo para Planejamento Estratégico do Desenvolvimento Sustentável para APLs de Base Mineral. A palestra foi ministrada pelo presidente do Instituto para o Desenvolvimento Sustentável (IDS), o PhD Antônio Luís Aulicino. Segundo ele, Processo Prospectivo é a construção do futuro, ou seja, fatores motrizes que fazem pensar 10, 20, 30 anos para frente a fim de alcançar os objetivos desejados. Portanto, conforme Aulicino, Prospectiva é a antecipação para orientar a ação, com apropriação. Implica ver longe, com amplitude, com profundidade, com ousadia e tomar riscos; pensar no ser humano; pensar de maneira diferente (caçar ideias); e utilizar técnicas e métodos rigorosos e participativos. “Esse é um processo muito participativo Não pode ter o nome prospectivo se não for participativo. O processo prospectivo exige apropriação e

participação das pessoas”, disse. Em sua palestra, o presidente do IDS falou sobre as dimensões que interferem no APL. São elas econômicas, demográficas, culturais, sociais, políticas, legais, meio ambiente,

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segurança e defesa e tecnológicas. “É preciso pensarmos ao mesmo tempo nas nove dimensões. Ao analisarmos um APL, temos que pensar no ponto de vista destas nove dimensões para saber qual a realidade deste APL ou da situação deste APL. Se não pensarmos nas nove dimensões, uma ou mais vão prejudicar a rentabilidade do negócio. E esse é o grande ponto que às vezes as pessoas não veem”, complementou. Sobre processo prospectivo, Aulicino ainda disse que é o processo de construção de futuro, “pois futuro você não advinha, você constrói”. “O futuro é cheio de incertezas, por isso é necessário aprender a gerenciar as incertezas. Quando não tem a apropriação e o conhecimento e a participação de todos os agentes sociais, o resultado não vai ser tão bom quanto o desejado, pois não teve a par-

Experiência da aplicação do Método do Processo Prospectivo O presidente da Associação de Ceramistas do Norte Goiano (Asceno), o engenheiro civil Belmonte Amado Rosa Cavalcante, falou sobre a experiência da aplicação do Método do Processo Prospectivo para Planejamento Estratégico até 2034 do desenvolvimento competitivo e sustentável do APL de Cerâmica Vermelha do Norte Goiano. Cavalcante apresentou os dados do passado e os dados após a instalação do APL, em 2007.

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ticipação de várias cabeças que poderiam ter contribuído nessa construção de futuro”. Aulicino comentou também sobre os tipos de futuro. “Temos o futuro tendencial, que é o que fazemos e não é muito destacado e o futuro de ruptura, que é deixar de fazer o que se está fazendo para fazer algo diferente, que neste caso é inovação. Nesse processo, não é construir cenário realista, otimista e pessimista, é construir cenários que sejam tendência, ruptura e de ruptura e de tendência”, disse. Nesse aspecto, conforme Aulicino, é gerar inovação de valor. “Dessa forma, você tem todas as dimensões, você vai fazer de forma diferente, reduzindo custos e atendendo o cliente, o consumidor e os usuários. Nesse sentido, você está fazendo inovação. A ruptura nada mais é que gerar inovação”, finalizou.

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Quando foi instalado o APL haviam 36 empresas, que fabricavam por ano cerca de 114 milhões de peças, entre telhas, tijolos furados e lajotas. O faturamento era de 28 milhões por ano. “Depois da implantação do APL, em análise em 2013, nós passamos de 36 para 43 empresas. O aumento da produção foi de 51% a quantidade de tonelada produzida. A receita subiu para 108% nesse período. Houve ainda investimento considerável na renovação de maquinários, substituindo máquinas de processamento de baixa produção por outras de maior capacidade de produção e investimento em preparo de massa com melhor conhecimento das características das argilas”, expôs. Além disso, Cavalcante contou que houve melhoria no processo de secagem com investimentos em câmaras de secagem forçadas e espaços fechados com cobertura translúcida, aproveitando a grande irradiação solar, o que melhorou a produtividade e reduziu o custo com combustível de queima (biomassa). Houve ainda inovação de produtos – ampliando o portfólio –, passando a produzir também canaleta para forma, telha para cumeeira, bloco estrutural, bloco de vedação com maiores dimensões, telha dupla com maior rendimento e telha impermea-



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bilizada e empacotada. O presidente da Asceno informou que houve também aumento da qualidade, com a produção cumprindo os quesitos de qualidade prevista nas normas NR 15310 (telhas) e NR 15270 (blocos de vedação), atingindo um nível de 70% das exigências previstas nas normas. A produtividade que antes era de 302 toneladas/ano passou para 365,80. O aumento foi de 21%. Após falar destas e outras melhorias que o APL proporcionou, Belmonte disse que em Santa Catarina há mão de obra qualificada, universidades, laboratórios e argila primária em grande quantidade. O que quero dizer, na verdade, é

que a situação daqui em relação a Goiás está mais leve. “Se vocês, no nível que se encontram hoje, com esse grau de maturidade que vocês já conquistaram, se vocês se apropriarem dessa ferramenta, serão o número um do país, ficarão de igual a igual com o mundo europeu, porque essa ferramenta vai levar a isso, vai dimensionar todos os percalços e todos os gargalos que possivelmente vocês tenham. Não há para as pequenas indústrias um instrumento mais eficaz, porque ele agrega todos os agentes e dá responsabilidade de uma forma que possam resolver os problemas e criar bases para solidificação de políticas públicas”, finalizou.

Lançamento Prêmio Melhores Práticas 2015 Durante o Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral e o 8º Encontro da RedeAPLmineral, realizado em Criciúma (SC), foi lançado o Prêmio Melhores Práticas (PMP) em APL de Base Mineral 2015. O objetivo é reconhecer as práticas inéditas realizadas no âmbito da cadeia produtiva do setor mineral. O prêmio visa reconhecer e disseminar as atividades e projetos, de cunho tecnológico e gerencial, referentes a processos de pesquisa mineral, extração, beneficiamento, transformação mineral e comercialização de produtos, implementados por empresas e seus profissionais, mediante esforços próprios ou em parcerias com outras entidades, no segmento da mineração de pequena escala, organizados sob a forma de APLs de base mineral, dando visibilidade à sociedade, sensibilizando e estimulando outros atores da cadeia produtiva da indústria mineral do país a replicarem este tipo de ação. As temáticas do prêmio são Mineração; Cooperativismo/Associativismo/Cooperação Laboratorial/Economia Solidária; Transferência e Disseminação de Tecnologia e Inovação; Treinamento/Capacitação; Inclusão Social; Gestão e Governança; e Meio ambiente, Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho. As propostas apresentadas devem ser pertencentes a uma destas temáticas do PMP 2015 e terem suas respectivas aplicações no âmbito das empresas organizadas sob a forma de APL de base

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mineral. Além disso, cada proposta deve mencionar umas das modalidades do prêmio. São elas Governança; Formalização; Treinamento/ Capacitação, Qualificação de Pessoas; Desenvolvimento Sustentável da Pequena Produção Mineral; Controle da Qualidade e Metrologia Industrial; Emprego, renda e inclusão social; Processos, Produtos e Serviços; Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação; e Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho. Podem participar do concurso atores da mineração de pequeno e médio porte, sob a forma de APLs que tiveram êxito na realização de métodos e técnicas que envolvam procedimentos gerenciais e tecnológicos. Os resultados de tais técnicas devem apresentar ganhos ambientais, financeiros e de mercado ou contribuições para sustentabilidade dos negócios. O Prêmio Melhores Práticas já foi realizado em 2011, 2012 e 2013. O trabalho vencedor em 2013, com o tema Mineração, foi Fornecimento Sustentável de Argilas para APL da Cerâmica Vermelha, APL de Base Mineral de Morro da Fumaça (SC). O coordenador dos trabalhos foi o presidente da Cooperativa de Exploração Mineral (Coopemi), Sérgio Pagnan. O vencedor na segunda colocação foi o trabalho intitulado Programa em rede do APL de Gemas e Joias do Rio Grande do Sul, coordenado por José Ferreira Leal. NC


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ARTIGO TÉCNICO 42

Estudo da viabilidade de uso do cascalho de perfuração da bacia potiguar na produção de produtos cerâmicos: influência da concentração e temperatura Trabalho apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, no Rio Grande do Norte

Leonardo Coutinho de Medeiros1,*, Ana Paula Costa Câmara2, Daniel Araújo de Macedo1, Dulce Maria de Araújo Melo1, Marcus Antônio de Freitas Melo1,2 1 Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais 2 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química Universidade Federal do Rio Grande do Norte, NATAL, RN

Resumo

Introdução

Um dos resíduos produzidos em grande escala durante a perfuração de poços de petróleo é o cascalho de perfuração e uma das alternativas de reaproveitamento deste resíduo, e objetivo deste trabalho, é a sua incorporação em matrizes argilosas. As matérias-primas utilizadas foram caracterizadas pelas técnicas de fluorescência de raios-X (FRX) e difratometria de raios-X (DRX). A fim de avaliar o efeito do teor de cascalho nas propriedades tecnológicas de peças cerâmicas, foram obtidas formulações contendo 0, 5, 10, 15, 25, 50, 75 e 100% em massa do cascalho. Após sinterização às temperaturas de 850, 950 e 1050 ºC, as amostras foram submetidas a ensaios de absorção de água, retração linear, tensão de ruptura à flexão e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os resultados obtidos indicaram que a incorporação de cascalho é uma alternativa viável para a fabricação de tijolos maciços de alvenaria e blocos cerâmicos em determinadas concentrações e temperaturas de queima. A incorporação deste resíduo além de amenizar um problema ambiental, reduz os custos com matérias-primas.

Na atividade de perfuração de poços de petróleo são gerados vários tipos de resíduos que, se não forem acondicionados e tratados de forma correta, podem ocasionar impactos ao meio ambiente. Por isso, quando a sonda de perfuração já está em operação, são realizadas tarefas que têm como objetivo minimizar e/ou corrigir esses impactos ambientais. Dentre estes resíduos destaca-se o cascalho de perfuração, que anteriormente não tinha um local definido para seu armazenamento(1). No Brasil, com o advento da lei de crimes ambientais (Lei 6938/1998), que responsabiliza o gerador do resíduo pela sua deposição final, as empresas e os órgãos ambientais têm se esforçado para que sejam empregadas técnicas de gerenciamento adequadas para a deposição do cascalho de perfuração. Assim, é necessário o emprego de tecnologias limpas que permitam o seu reaproveitamento ou reciclagem de forma eco-eco (econômica-ecológica)(²). Neste contexto, a argila vem sendo bastante utilizada como suporte de resíduos, devido a sua natureza heterogênea, geralmente constituída de materiais plásticos e não plásticos, com um vasto espectro de composições, motivo pelo qual permite a presença de materiais residuais de vários tipos, mesmo em porcentagens significantes(³). A indústria de cerâmica vermelha tem um papel relevante como receptora de resíduos só-

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ARTIGO TÉCNICO 44

lidos visando sua disposição final. Essa incorporação, feita de maneira criteriosa, permite dar um destino ambientalmente correto para o cascalho de perfuração(³). Diante do que foi exposto, este trabalho apresenta um estudo preliminar acerca da incorporação e imobilização do cascalho de perfuração em matrizes argilosas. Avaliou-se a influência do teor de resíduo e da temperatura de queima nas propriedades tecnológicas das peças cerâmicas. Neste sentido, este trabalho agrega valor a uma matéria-prima que até então não tem sido utilizada em processos industriais.

Materiais e métodos A matéria-prima argilosa (MPA) utilizada neste trabalho foi cedida pela Cerâmica Caisa localizada no município de Goianinha-RN. Apresentando formulação 2:1, 2 medidas da argila “gorda” (maior plasticidade) e 1 medida de argila “magra” (menor plasticidade), a matéria-prima é a mesma utilizada no processo produtivo da empresa. A amostra de cascalho de perfuração é proveniente da perfuração de poços Onshore localizados no município de Serra do Mel-RN, região da Bacia Sedimentar Potiguar. O cascalho foi fornecido pela empresa CRIL Empreendimento Ambiental, situada no município de Belém do Brejo do Cruz-PB. Na caracterização química por fluorescência de raios-X (FRX) utilizou-se um espectrômetro de fluorescência de raios-X da Shimadzu (EDX-720). As análises termogravimétricas (TG) e térmica diferencial (ATD) foram realizadas em equipamentos da Shimadzu (51/51H e 50/50H) utilizando taxa de aquecimento de 10 ºC/min com atmosfera de ar. A caracterização mineralógica foi realizada por difração de raios-X (DRX) utilizando radiação Cu-K em um difratômetro da Shimadzu (XRD-6000). Para a análise granulométrica, utilizou-se um granulômetro a Laser, baseadona difração de luz e propriedades do espalhamento, modelo 1180L, da marca Cilas, com faixa de 0,04 a 2500 µm. Aplicou-se o programa The Particle Expert, que calcula a estatística da distribuição de uma população de partículas por meio de transformações matemáticas complexas (transformada de Fourier inversa), com água

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como meio de dispersão. Após a caracterização das matérias-primas, formularam-se massas cerâmicas contendo 0, 5, 10, 15, 25, 50, 75 e 100% em massa de cascalho. Os corpos-de prova foram conformados por prensagem uniaxial (25 MPa) e submetidos à secagem em estufa na temperatura de 110 ºC por 24 horas. As queimas foram realizadas nas temperaturas de 850, 950 e 1050 ºC em forno elétrico de resistência Jung®, Nº 4225, modelo 2314, com taxa de aquecimento de 10 °C/min e patamar de 30 minutos. A influência da concentração de cascalho e da temperatura de queima foi investigada considerando as seguintes propriedades tecnológicas: absorção de água (AA), retração linear de queima (RLq), porosidade aparente (PA), massa específica aparente (MEA) e tensão de ruptura à flexão (TRF). Em seguida, a MPA e as formulações contendo 10, 25 e 50% em massa de cascalho, após queima a 950° C, foram investigadas por microscopia eletrônica de varredura (Shimadzu, modelo SSX-550).

Resultado e discussões A tabela 1 apresenta os resultados da análise química da MPA e do cascalho de perfuração, em percentagem mássica dos respectivos óxidos, obtidos por fluorescência de raios-X. A MPA mostra-se predominantemente constituída pelos óxidos de silício (54,9%), alumínio (27,8%) e ferro (6,4%), característicos de matérias-primas para a produção de cerâmica vermelha. Na composição química do cascalho de perfuração observa-se, além de SiO2, Al2O3 e Fe2O3, a ocorrência de alto teor de CaO (35,3%), proveniente das rochas carbonáceas dos reservatórios petrolíferos da bacia sedimentar potiguar. A figura 1 apresenta o difratograma de raios-X da MPA. Os principais minerais detectados foram quartzo, caulinita e microclínio. O argilomineral predominante é a caulinita (Al2(Si2O5).(OH)4), evidenciada por seus picos característicos de forma bem definida. Em menor quantidade, mas ainda dentro do limite de detecção da técnica foi encontrado o microclínio (KAlSi3O8). A figura 2 apresen-


Cascalho

P.F. (1000 °C)

4,8

8,9

SiO2

54,9

36,5

Al2O3

27,8

11,5

Fe2O3

6,4

4,5

CaO

1,6

35,3

Na2O

-

-

K2O

4,0

2,7

MnO

0,08

0,09

TiO2 Somatório

0,99 100,7

0,81 100,3

Tabela 1. Análise química da MPA e do cascalho de perfuração

2500 1

1 - Quartzo 2 - Caulinita 3 - Microclínio

Intensidade (cps)

2000

1500

1000 2 3

500

33

2 3

233

2 2 3 32 3

2

1

1 1 2 11

1 2

2

2 22

1 1

2 2

0 10

20

30

40

50

60

70

80

Figura 1 - Difratograma de raios-X da MPA.

2 (graus)

4000

1 - Quartzo 2 - Calcita 3 - Microclínio 4 - Caulinita

1

3500

Intensidade (cps)

3000 2500

2

2000 1500 3

1

1000

1

3

500 4

1

1 22 2 1 31 1 2 1 4

2

2

3

1

1 1 2 3 2

4

1 1

121

0 10

20

30

40

50

60

70

2 (graus)

80

Figura 2 - Difratograma de raios-X do cascalho

Argila 5% Cascalho

22

10% Cascalho 15% Cascalho 25% Cascalho

20

50% Cascalho 75% Cascalho

18

AA (%)

100% Cascalho

16 14 12 10

Figura 3 - Absorção de água

8 850

900

950

1000

1050

Temperatura ºC

Argila

3,0

5% Cascalho

2,5

10% Cascalho

2,0

15% Cascalho

1,5

25% Cascalho 50% Cascalho

1,0

75% Cascalho 100% Cascalho

0,5 RLq (%)

ta o difratograma de raios-X do cascalho de perfuração, onde foram identificados picos característicos do quartzo (SiO2), calcita (CaCO3), caulinita (Al2(Si2O5).(OH)4) e microclínio (KAlSi3O8). A MPA e as formulações contendo 5, 10 e 15% em massa de cascalho de perfuração (figura 3) apresentam absorção de água entre 9 e 12%. Além do teor de cascalho, esta propriedade tecnológica também se mostrou sensível ao aumento da temperatura de sinterização, devido à presença de elementos fundentes. Tais elementos contribuem para o fechamento dos poros, dificultando a absorção de água nas peças cerâmicas sinterizadas. Observa-se que com a adição de cascalho, a partir de 25%, ocorre um aumento significativo da absorção de água em relação ao material de partida (MPA), devido ao maior teor de carbonato de cálcio presente nas formulações4. A decomposição deste carbonato durante a queima favorece a formação de gases que geram um excesso de porosidade não compensado por elementos fundentes. A figura 4 ilustra o comportamento de retração linear em função do teor de cascalho e da temperatura de sinterização. A adição de até 15% em massa de cascalho contribui para uma leve retração das peças, sobretudo a altas temperaturas5. A partir de 25% em massa de cascalho o carbonato de cálcio contribui para a expansão das peças cerâmicas. De acordo com a figura 5, as formulações com até 15% em massa de cascalho apresentam aumento da tensão de ruptura com a temperatura de sinterização. A partir de 25% de cascalho a quantidade de elementos fundentes nas formulações não é suficiente para compensar a formação de poros oriunda da decomposição do carbonato, reduzindo a tensão de ruptura. A figura 6 apresenta as micrografias obtidas por MEV das superfícies de fratura dos corpos cerâmicos sem adição de cascalho (a), com 10% (b), 25% (c) e 50% (d) em massa de cascalho, todas após queima a 950°C. Como pode ser observado, há uma notável dependência entre o teor de cascalho na matriz argilosa e a microestrutura do produto cerâmico final. Na figura 6(a) é evidente a presença de porosidade submicrométrica e poucos poros esféricos com dimensões in-

MPA

ARTIGO TÉCNICO

Determinações (%)

0,0 -0,5 -1,0 -1,5 -2,0 -2,5 -3,0 850

900

950 Temperatura ºC

1000

1050

Figura 4 - Retração linear de queima

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45


5% Cascalho 10% Cascalho

50

15% Cascalho 25% Cascalho

TRF (Kgf/cm²)

ARTIGO TÉCNICO

Argila

60

50% Cascalho

40

75% Cascalho 100% Cascalho

30

20

10

0 850

900

950

1000

1050

Temperatura ºC

Figura 5 - Tensão de ruptura à flexão

Figura 6 - Micrografias obtidas por MEV das superfícies de fratura dos corpos cerâmicos sem cascalho (a), com 10% (b), 25% (c) e 50% (d) em massa de cascalho, todas após queima a 950°C.

feriores a 2 µm, provavelmente associados à liberação de gases decorrente do processo de sinterização. Nas amostras contendo entre 10 e 50% em massa de cascalho (Figs bd) observa-se maior rugosidade superficial, em comparação à cerâmica sem cascalho, e aumento da quantidade de poros com formatos irregulares e dimensões variando entre 2 e 11 µm. Tais micrografias confirmam os resultados de PA, AA e TRF, sugerindo que concentrações de cascalho acima dos 10% promovem acentuada formação de microporos que atuam como sítios concentradores de tensão, contribuindo para diminuir a resistência mecânica das peças cerâmicas sinterizadas.

Conclusão As matérias-primas estudadas apresentam como constituintes básicos caulinita (Al2(Si2O5). (OH)4), quartzo (SiO2), alumina (Al2O3), e no caso do cascalho de perfuração significativa quantidade de CaO. A matéria-prima argilosa e as formulações contendo 5 e 10% em massa de cascalho, quando sinterizadas nas temperaturas de 850 e 950ºC, viabilizam a fabricação de tijolos maciços para alvenaria. Além disso, após sinterização a 1050°C, também é possível produzir blocos cerâmicos. Os resultados incidam que formulações com 15 a 50% de cascalho são viáveis para a fabricação de tijolo maciço

para alvenaria em todas as temperaturas de sinterização. Por outro lado, quando o teor de cascalho é aumentado para 75% em massa, estes mesmos produtos cerâmicos podem ser obtidos apenas a 850ºC. As propriedades tecnológicas para peças cerâmicas contendo 75 a 100% de cascalho e sinterizadas entre 950 e 1050ºC estão fora dos padrões das normas vigentes (6,7). Este trabalho cumpre a sua missão de apresentar um estudo preliminar acerca da incorporação do cascalho de perfuração à matriz cerâmica, amenizando um problema ambiental e reduzindo custos com matérias-primas.

Referências (1). Silva, M. F. P.; Santos, J. B. Gestão de Resíduos em Sonda de Perfuração. TN Petróleo, n°. 62, p.176-180, 2008. (2). Lucena, A. E. de F. L.; Rodrigues, J. K. G.; Ferreira, H. C.; Lucena, L. C. de F. L; Lucena, A. L. de F. L. Caracterização Térmica de Resíduo de Perfuração “On Shore”. 4º PDPETRO, Campinas, SP. p. 1-8, 2007. (3). Wender, A.A.; Baldo, B.B. O potencial da utilização de um resíduo argiloso na fabricação de revestimento cerâmico - Parte II. Cerâmica Industrial, São Paulo, v.3, n.1-2, p.34-36, 1998. (4). Galdino, J. N. Influência da adição de calcita em argilas para uso cerâmico: Evolução de suas propriedades. Dissertação de Mestrado em Engenharia Química – Centro de Tecnologia, Departamento de Engenharia Química, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2003. (5). Pires, P. J. M.; Junior, J. T. A.; Alexandre, J. Reciclagem de Resíduo E&P como Material de Construção. TN Petróleo, n. 63, p.110-115, 2008. (6). ABNT NBR 07170, Tijolo Maciço para Alvenaria (1983). (7). ABNT NBR 15270-1, Blocos Cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos (2005). NC

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D E S E N VO LV I M E N T O 48

NovaCer realiza 1ª Argitech A Revista NovaCer promoveu no dia 8 de dezembro de 2014 a primeira edição da Argitech. A conferência virtual teve como tema “Queima” e foi ministrada pelo consultor em cerâmica Emerson Dias. Conforme ele, o evento digital da cerâmica vermelha serviu para uma troca ideias entre os empresários. Durante o evento, os ceramistas puderam interagir com o palestrante e esclarecer dúvidas sobre o tema. Dias começou a palestra falando sobre o que determina o sucesso de uma empresa. “Eu entendo que cada dia mais se você não tem gestão do seu negócio e dos seus processos muito difícil você vai ter a sustentabilidade dele, e a queima, como qualquer outro processo, é de grande importância e a qual você deve ter uma gestão. E entende-se por gestão controle. Hoje o setor cerâmico carece de um controle de processos mais apurado para reduzir suas perdas e aumentar a lucratividade”. Dias pontuou que a cada dia a lucratividade se torna mais difícil. “Portanto, controlar é fundamental para o sucesso de qualquer empresa”, complementou. Durante o evento virtual, Dias também deu algumas orientações sobre o forno vagão. “O forno que tem uma boa produtividade, entenda-se produtividade aquilo que coloco dentro dele e aquilo que eu tiro, muitas vezes o pessoal foca muito no equipamento pensando em produção, eu sempre oriento a não buscar a produção e sim a produtividade. Ou seja, produzir muito com pouco. Então, o forno vagão é hoje um forno que dá uma possibilidade de trabalho adequada dentro de um conceito de sustentabilidade e produtividade. Já o consumo deste forno é mais elevado

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que um forno móvel e um pouco melhor que os fornos tradicionais reversíveis, conforme o consultor. “Dentro disso, abre a possibilidade de você pensar e repensar sobre a utilização deste forno. É um forno que você vai ter algumas dificuldades de automação da sua operação e, consequentemente, será preciso um volume de pessoas um pouco maior, comparado com outros tipos de fornos. E quando se fala em ter mais gente, eu me preocupo em função do assistencialismo que hoje impera em nosso país e faz com que tenhamos bastante dificuldade quanto a pessoal, não só a mão de obra qualificada, mas a não qualificada também nos falta neste momento”. Dias também alertou sobre estar atento ao controle do processo de queima neste tipo de forno, pois é preciso trabalhar muito bem as questões de vasão de ar e tiragem. Se comparado com o forno contínuo tipo Hoffmann, o forno vagão consegue melhores resultados, conforme Dias. “Porém, eu consigo obter melhor performance do Hoffmann se controlar as atividades operacionais”, disse. Um segredo do Hoffmann é o trabalho com as válvulas. “Se não controlar a regulagem das válvulas, haverá problemas". Portanto controle da válvula e montagem da carga é fundamental para o sucesso do processo de queima”, relatou. Sobre fornos, Dias falou sobre regulagens em fornos do tipo Paulistinha. “Para cada fase há uma regulagem. Tendo como referência a curva de queima, se houver o sistema de monitoramento, é preciso perceber no processo que a curva de cima se distância demais da curva de temperatura de baixo. Um dos fatores que é necessário observar é essa variação. O ideal é que essa diferença não seja superior a 250ºC entre a curva de cima e a curva de baixo. O que eu sugiro é a implantação de um deprimometro como ferramenta de controle”, disse. Já quanto ao forno ideal para a cerâmica, Dias comentou que é aquele que dê retorno mais rápido. “Hoje o forno que vem apresentando melhores resultados em eficiência e custos é o forno Móvel. Este forno dá um retorno mais rápido”, finalizou. NC


Visando dar maior potencialidade de armazenamento de água no Açude da Cidade de Sossego, a Prefeitura do município fez parcerias com as cerâmicas Casa de Pedra e Amburana, ambas de Picui, na Paraíba, no aproveitamento da argila extraída do leito do açude para a indústria de telhas e tijolos. "Eu permiti a extração da argila sem nenhum custo para o município com máquinas e operários. Tudo fica por conta e risco das duas empresas que estão com as máquinas instaladas no leito do açude", relatou o prefeito Carlos da Silva. Quatro máquinas de grande porte estão trabalhando diariamente na extração da argila, e três caçambas na condução do material para o depósito próximo ao açude onde todo material será transportado para as cerâmicas

D E S E N VO LV I M E N T O

Prefeitura faz parceria com cerâmicas da Paraíba Casa de Pedra e Umburana, em Picuí, logo que seja concluído o trabalho. As máquinas inicialmente preparam o acesso com barro extraído de outro local para, em seguida, a retirada do material. Até o momento não se tem precisão da quantidade de metros cúbicos, ou toneladas, que serão retirados do local. A parceria com a Prefeitura não implica em ônus para o município. "Nós estamos recebendo autorização para utilização provisória do local, e todo maquinário é nosso. O material está sendo estocado nas proximidades do açude para posterior condução até as cerâmicas”, disse o coordenador do trabalho de extração da argila, Edilson da Silva. NC Fonte: Sossego Notícias.

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