Revista Novacer Edição 15 Julho 2011

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Entrevista com a presidente do Sindicer-AM, Hyrlene Ferreira

Ano 2

Julho/2011

Edição 15

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Impermeabilização Livre de manchas de umidade por mais tempo

Eduardo Salamuni deixa diretoria da Mineropar Projeto Ecco recupera áreas degradadas no Espírito Santo Congresso Brasileiro de Cerâmica destaca avanços do setor


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SUMÁRIO

DESENVOLVIMENTO 16: Vida longa à telha

EDITORIAL

FEIRA

MEIO AMBIENTE

12: Carta ao Ceramista

22: Cerâmica brasileira em discussão

28: União em prol do meio ambiente

Conselho Editorial

revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869

Engº Edgard Más, Agenor de Noni Junior, Dr. Antônio Cubano Rissone, Engª Celina Oliveira Monteiro, Engº Joaquim Canha, Geol. Luciano Cordeiro Loyola, Harald Blaselbauer, Jamil Duailibi Filho, José Octavio Armani Paschoal, Luis Carlos Barbosa Lima, Paulo Henrique Manzini, Prof. Adriano Michael Bernardin, Prof. Sérgio Lanza, Sérgio Pagnan e Stefano Merlin.

‫יש וה משיח‬ 8

NovaCer • Ano 2 • Junho • Edição 13

GESTÃO

34: Glauco José Côrte é o novo presidente da Fiesc

Diretor Geraldo Salvador Junior

direcao@novacer.com.br

Comercial Moara Espindola Salvador

comercial@novacer.com.br

Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

financeiro@novacer.com.br

Jornalista Responsável Aline Ventura - SC01781-JP

redacao@novacer.com.br

Jesus Cristo, O Messias

Diagramação & Arte Jefferson Salvador André Gil | Jairo David

arte@novacer.com.br

Redação Aline Ventura | Juliana Nunes

redacao@novacer.com.br

Assessoria Ambiental Engª. Marina Salvador CREA-SC: 105932-7

ambiental@novacer.com.br

Impressão | Tiragem Gráfica Coan | 3000 exemplares

Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


SUMÁRIO

www.novacer.com.br | twitter.com/#revistanovacer

JUNHO 2011 TECNOLOGIA

36: Soluções em metros quadrados

ENTREVISTA 44: O setor mobilizado no Amazonas

FEIRA

52: Competitividade em foco

MEIO AMBIENTE

54: Atenção ao óleo lubrificante

FEIRA

56: Bloco cerâmico é destaque na Confortex

ARTIGO TÉCNICO

60: Métodos para determinação da plasticidade de argilas

GESTÃO

68: Eduardo Salamuni deixa a presidência da Mineropar

FEIRA

76: 40º Encontro Nacional da Indústria Cerâmica Vermelha

MEIO AMBIENTE

78: Acordo para produção limpa é assinado na Fiesp

DESENVOLVIMENTO

80: Minha Casa, Minha Vida é entregue em Santa Catarina

Fale com a NovaCer Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865

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Carta ao Ceramista A matéria especial dessa edição aborda a impermeabilização de telhas. Cada vez mais o consumidor final busca por produtos completos para solucionar suas necessidades. A telha impermeabilizada cumpre um papel importante na construção. O principal objetivo da impermeabilização é garantir vida longa ao telhado, porém há que se levar em consideração a qualidade. Impermeabilizar simplesmente não basta. É necessário que ao final do processo os resultados garantam todos os benefícios prometidos como manutenção por mais tempo do aspecto estético e da integridade física do corpo cerâmico. O mercado não admite mais promessas que não são cumpridas. Esse tipo de fabricante, ao contrário da impermeabilização de qualidade que proporciona vida longa à telha, tem vida curta no setor. Confira também nesta edição a história do engenheiro Valério Dornelles, diretor da Tecno Logys, empresa especializada em vender “parede pronta”. O método surpreendeu o setor há mais de 10 anos e hoje é padrão de mercado.

Destaque também para o trabalho apresentado no 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica sobre o reaproveitamento do resíduo de pó de granito na massa de cerâmica vermelha. Em teste em Campos de Goytacazes (RJ), o resíduo ajuda na fabricação de produtos de maior valor agregado. Bom para o meio ambiente, bom para mercado. Desde o início de junho, o ex-diretor da Mineropar, do Paraná, Eduardo Salamuni, não atua mais à frente da instituição. O também professor ficou oito anos na função de diretor presidente e falou à NovaCer sobre esse período e o trabalho desenvolvido. Na entrevista especial deste mês, conversamos com a presidente do Sindicer do Amazonas, Hyrlene Ferreira. São 50 cerâmicas fabricantes de telhas e tijolos no maior estado brasileiro. Organização e mobilização são as principais características do sindicato que tem desde setembro de 2008 uma mulher no comando. Aproveite a leitura! Os Editores

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Impermeabilização ajuda a promover longevidade e estética ao telhado

Vida longa à telha Falta de impermeabilização provoca envelhecimento mais rápido das telhas

Principal função do processo é proteger a superfície tratada

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Impermeabilizar ou não? Essa talvez seja a dúvida de algumas cerâmicas sobre entregar ou não o produto já impermeabilizado. Algumas empresas impermeabilizam visando melhorar a qualidade de seus produtos e a satisfação de seus clientes. Já outras não o fazem em função do tipo de matéria-prima utilizada no processo produtivo da peça. “O que acontece, em muitos casos, é que alguns fabricantes não acham necessária a impermeabilização por entenderem que a argila que utilizam é de boa qualidade”, disse o proprietário da fornecedora de impermeabilizante Telhacqua, Niguiomar Paulo. Segundo ele, a falta de impermeabilização provoca um envelhecimento mais rápido das telhas devido à absorção de maior quantidade de água durante a chuva; aparecimento de bolor, fungos e mofo provo-


estéticas ruins e até mesmo comprometendo sua integridade”. De acordo com a vendedora da cerâmica Coração de Jesus, Eunice Moreira do Nascimento, as telhas impermeabilizadas tem durabilidade de aproximadamente dois anos. Segundo ela, após esse período é necessário a reaplicação do produto na telha. Já com relação às telhas naturais a durabilidade é de cerca de três ou quatro

Telhas ficam imersas no produto por um minuto e são retiradas para secagem

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D E S E N VO LV I M E N T O

cado pela umidade elevada do telhado. De acordo com o responsável técnico da fornecedora Reisan Lubrificantes, pioneira em impermeabilizantes no mercado brasileiro, João Carlos Proença, impermeabilizar, na cadeia produtiva da cerâmica vermelha, é o preenchimento de toda porosidade da peça tratada, por meio de resinas, formando uma película (filme), sem ocorrências de vazamentos, sem formação de gotas e sem aparecimento de manchas de umidade. De acordo como técnico em cerâmica e engenheiro de produção, Silvio da Silva Mattei, a principal importância do processo de impermeabilização é proteger a superfície tratada, de modo a promover sua longevidade e sua estrutura estética. “Em cerâmica vermelha o benefício da impermeabilização está em manter por mais tempo um aspecto estético e a integridade física do corpo cerâmico, como também minimizar ao máximo sua manutenção”, disse. Proença afirma que o uso do produto é capaz de evitar o envelhecimento precoce (pretejamento) e o aparecimento de algas e fungos causados pela umidade depositada na porosidade da peça tratada. O proprietário da Telhacqua, Niguiomar Paulo, relatou que isso é possível evitar com a utilização do impermeabilizante, pois ele funciona como um protetor. “Com isso, as telhas ficam mais protegidas contra intempéries, evitando a penetração de água e formação de fungos. As telhas duram mais tempo e evita a deformação do madeiramento”, disse. Outro fator importante é o embelezamento, principalmente das telhas, dando-lhes um novo aspecto e um novo design dos telhados, conforme Proença. Mattei afirma que “quando uma superfície fica exposta à ação dos agentes externos, como água, micro-organismos, ação de agentes químicos habituais de uso, isso acaba gerando um desgaste prematuro da superfície deixando-a com características

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D E S E N VO LV I M E N T O

Falta de impermeabilização causa aparecimento de fungos, bolor e mofo provocados pela elevada umidade do telhado

Telhas naturais tendem a ficar manchadas em curto período de tempo

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meses, conforme ela. “Hoje, devido ao barro ser mais fraco, as telhas naturais tendem a ficar manchadas em curto período de tempo. Além disso, após esses três ou quatro meses, a sujeira não sai mais da telha”, relatou. Ainda assim, segundo Nascimento, as telhas mais comercializadas são as telhas naturais. “Atualmente, são vendidos cerca de 470 milheiros de telhas naturais por mês contra 55 milheiros de telhas impermeabilizadas. Nossa meta é que o número da vendagem de telhas impermeabilizadas alcance aproximadamente 150 milheiros por mês”, estimou. Um dos fatores que levam os consumidores a optar por telhas naturais é o custo. De acordo com a vendedora, a diferença do preço das impermeabilizadas em relação às naturais chega a R$ 200. A recomendação de Paulo é que as cerâmicas entreguem telhas impermeabilizadas, o que evitaria um custo maior para seus clientes, pois o valor de pequenas quantidades do impermeabilizante é maior devido ao acondicionamento em baldes, transportes, caixas e a comercialização. “Mas se o cliente desejar efetuar a impermeabilização não há problemas, pois o produto não é tóxico, podendo ser manuseado”, citou. No entanto, Proença ainda ressalta que, para efeito de garantia do fabricante, é melhor que a cerâmica impermeabilize seus produtos. O processo é simples. Segundo Paulo, normalmente o impermeabilizante é diluído e colocado em um tanque e com uma empilhadeira é feita a imersão das telhas por um minuto no produto e retirado para secagem. O processo de impermeabilização industrial é realizado por monovias, talhas automáticas em poços, com capacidade de até 500 peças por vez em paletes. Este processo traz benefícios ao consumidor, dos quais dentre eles é possível destacar proteção e durabilidade, não deformando o madeiramento e não criando bolor. Entre as vantagens do uso de impermeabilizantes para os ceramistas está a qualidade dos produtos e o valor agregado, ou seja, maior lucratividade.


Com o intuito de buscar inovações para o mercado cerâmico, o grupo Reisan trouxe da Suíça, na Europa, um novo tipo de impermeabilizante para o setor. A tecnologia avançada chama-se Peli Prot H. “A introdução no mercado cerâmico do Peli Prot H vem modernizar o tratamento de telha que, há mais de dez anos não sofre modificação”, esclareceu o responsável técnico da empresa, João Carlos Proença. Segundo ele, o produto tem uma concentração bem maior, aumentando a qualidade e beleza das telhas tratadas, aliada com maior rendimento e lucratividade. Proença relata que um dos fatores que diferencia o novo produto é o efeito hidrófugo, acabando com as manchas de umidade. “O efeito hidrófugo dá à telha propriedade de impenetrabilidade, sem aparecimento de pontos de umidade e aspecto brilhante e polido”. O responsável técnico da Reisan ainda afirma que por ser um produto especial, sua diluição se faz com até dez partes de água e uma de produto, em sessenta segundos de imersão. Segundo ele, o telhado poderá ser lavado, ou, depois da chuva, estará

D E S E N VO LV I M E N T O

Reisan inova e traz tecnologia da Suíça para o setor

com aparência de novo. “Com este produto estamos eliminando algumas falhas do impermeabilizante hoje existente no mercado”. Para o gerente de uma das unidades da cerâmica Ouro Preto (SC), Santos Pereira, o diferencial deste produto é que ele tem mais hidrofugante. “Isso dá mais proteção ao telhado. Então, optamos por este novo produto da Reisan para melhor atender o mercado”, relatou. Além da Ouro Preto (SC), Sete Alagoana (MG), Tramontim AP (SP) e Cerâmica Pará (PA) também são algumas cerâmicas que já utilizam o Peli Prot H. O produto da Reisan foi aprovado em 2009 e comercializado em escala industrial no ano de 2010. NC

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FEIRAS

Cerâmica brasileira em discussão 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica destaca avanços do setor

Com a interação dos diversos setores envolvidos com o meio cerâmico, o 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado entre os dias 29 de maio e 1º de junho, em Porto de Galinhas (PE), debateu os últimos avanços e acontecimentos do setor. Foram 490 trabalhos apresentados, três painéis e três minicursos. Além disso, o evento teve 12 palestras com renomados especialistas, que abordaram, de forma abrangente ou específica, aspectos relacionados ao desenvolvimento nacional e in-

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ternacional dos materiais cerâmicos. O evento, que ocorreu no hotel Armação, contou com cerca de 450 participantes, entre brasileiros – a maioria, vindos de 21 estados do país –, italianos, argentinos, colombianos e portugueses. “O evento teve forte presença de público local especialmente de Pernambuco, Rio Grande do Norte e da Paraíba. Outro ponto importante a se ressaltar foi a crescente presença de representantes de empresas ligadas ao setor”, disse o diretor da Metallum, empresa organizadora do evento, Lúcio Salgado. A Associação Brasileira de Cerâmica (ABC), promotora do congresso, informou que nos últimos anos tem tido uma dedicação muito forte na área de pesquisa, mas vem buscando gradativamente nos últimos anos uma reaproximação com setores industriais. Algumas empresas e instituições do setor de cerâ-


O local do evento foi uma homenagem ao artista Francisco Brennand por sua contribuição à cerâmica artística

FEIRAS

pectativas, pela qualidade e boa organização”, disse. De acordo com Salgado da Metallum, o congresso abordou assuntos como matériasprimas, sínteses de pós, cerâmica vermelha e branca, gesso e cimento, revestimento cerâmico, refratários/isolantes térmicos, vidros e vidrocerâmicas, cerâmica termomecânica, cerâmica eletroeletrônica/magnética, cerâmica

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mica que estiveram presentes foram o Senai, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, cerâmica Jucás e VGM. De acordo com o técnico de ensino da área cerâmica e trabalho no setor de atendimento técnico da cerâmica do Senai Mário Amato, Maurício Batista de Lima, o Congresso Brasileiro de Cerâmica 2011 apresentou trabalhos sobre as diversas áreas da cerâmica, possibilitando aos participantes se atualizarem sobre novas tecnologias e novos conhecimentos. “É sempre um momento importante para trocarmos experiências e fazer novos contatos com o público do meio cerâmico, seja do meio industrial ou acadêmico”, disse. Lima informou que participou das últimas três edições do congresso, em que apresentou os trabalhos técnicos desenvolvidos no Senai Mário Amato. Para o engenheiro Gladistone Motta Bustamante, da cerâmica VGM, o encontro serviu para fazer contatos, além de acrescentar novos conhecimentos sobre o setor cerâmico. “Foi muito bom o evento, supriu minhas ex-

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FEIRAS Evento realizado pela Associação Brasileira de Cerâmica é o mais antigo no Brasil

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nuclear, óptica e química, biocerâmica, reciclagem e meio ambiente, arte e design, esmaltes/fritas/corantes e ceramografia, entre outros. Foram discutidos também na programação técnica deste ano temas como a reciclagem, o desenvolvimento e aplicação de nanomateriais, célula combustível, vidros inquebráveis e novos métodos de caracterização de cerâmicos. Além disso, foram realizadas oficinas de cerâmica artística e a exposição de trabalhos de artesanato de artesãos do Cabo de Santo Agostinho (PE). Visitas técnicas à oficina Brennand e à Pamesa do Brasil também fizeram parte da programação do evento deste ano. O setor de cerâmica vermelha teve duas sessões técnicas dedicadas à apresentação de sete trabalhos orais e mais de 70 pôsteres. Além de promover a interação entre instituições de ensino e pesquisa, indústrias e fornecedores de matérias-primas, equipamentos e insumos, o objetivo do evento foi contribuir para o desenvolvimento da cerâmica brasileira. “Portanto, ele tem um caráter amplo, onde são apresentados e debatidos temas específicos de interesse para os diversos segmentos cerâmicos como cerâmica vermelha, materiais de revestimento, refratários, cerâmica branca, cerâmica técnica e novos materiais e temas de interesse geral como energia, meio ambiente, recursos minerais, inovação tecnológica, qualidade, ensino, recursos humanos e panoramas setoriais”, disse o diretor da Metallum. Salgado aponta que eventos como esses são importantes para a disseminação dos avanços tecnológicos que estão ocorrendo nos mais diversos setores do país e do exterior ligados às áreas de cerâmica vermelha, revestimentos, louças, cerâmica artística, ma-

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térias-primas, refratários, cerâmicas avançadas, reciclagem, meio ambiente e vidros, entre outros. De acordo com Salgado, o congresso superou as expectativas tanto em número de participantes quanto em empresas representadas. “Nesta edição, participaram representantes de 24 empresas do setor. Devido a seu cunho tecnológico e científico, este evento cumpriu seu papel na difusão de conhecimento e troca de informações nos mais diversos níveis. A economia certamente acaba sendo beneficiada no médio e longo prazo, especialmente na formação de mão de obra qualificada”, afirmou. O congresso já foi realizado em quase todas as regiões do país, reunindo profissionais e empresários do setor cerâmico, estudantes, professores e pesquisadores. Desde a primeira edição, o congresso já passou pelo sul, sudeste e nordeste. O objetivo principal de realizar o evento em lugares diferentes é o incentivo ao desenvolvimento da cerâmica nas mais diversas regiões do país, privilegiando a integração dos mais diversos grupos de pesquisa e empresas do ramo. Neste ano, a escolha por fazer em Porto de Galinhas foi para homenagear o artista Francisco Brennand por sua contribuição ao mundo da cerâmica artística em especial. O próximo congresso está programado para acontecer em junho de 2012, na cidade de Curitiba, no Paraná.

Participaram pessoas de 21 estados brasileiros e quatro países


FEIRAS

Cerâmica testa resíduo de pó de granito O grupo de pesquisa Cerâmica Vermelha/ Revestimento Cerâmico, do Laboratório de Materiais Avançados da Universidade Estadual do Norte Fluminense, realizou uma pesquisa para o reaproveitamento de resíduo de pó de granito na massa de cerâmica vermelha. O material, resultante do corte de placas de rocha ou de blocos obtidos diretamente das pedreiras, é proveniente do município de Santo Antônio de Pádua (RJ) e de Cachoeiro de Itapemirim (ES) para ser utilizado em cerâmicas de Campos dos Goytacazes (RJ). A pesquisa foi apresentada durante o 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica, em Porto de Galinhas (PE). Segundo o professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Carlos Maurício Fontes Vieira, a ideia de fazer o reaproveitamento de resíduo de pó de granito na massa de cerâmica vermelha ocorreu a partir do conhecimento da disponibilidade do resíduo em localidades relativamente próximas a Campos dos Goytacazes, sendo que os dois municípios de onde vem o resíduo ficam a aproximadamente 150 quilômetros de Campos. De acordo com o proprietário da cerâmica Arte Sardinha, Rodolfo Azevedo Gama, a argila de Goytacazes é muito plástica, então para fazer produto de maior valor agregado, como tijolos aparentes, plaquetas de revestimentos e elementos vazados é necessário incorporar uma argila mais magra e assim fazer um produto de melhor qualidade, para ter uma retração menor e uma maior resistência. De acordo com Vieira, é importante o uso do resíduo de pó de granito na massa, pois pode ajustar a plasticidade de massas excessivamente plásticas, facilitando a secagem e reduzindo a retração. “O resíduo de pó de granito reduz a retração, que é muito elevada neste tipo de argila. Com o uso do resíduo, eu estou querendo melhorar as características físicas e também químicas do material cerâmico, o que pode acarretar aumento da resistência”, informou o proprietário da cerâ-

Chegada e armazenamento das lajes de rocha na serraria

mica Arte Sardinha. “Com menor teor de água de conformação, as peças tendem a retrair menos durante a secagem, o que minimiza o risco de defeitos dimensionais e aparecimento de trincas. No caso de cerâmicas que utilizam secadores artificiais, com menor teor de água,

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FEIRAS

Resíduo em forma de lama gerado a partir da serragem das lajes e despejo no tanque de decantação

o gasto energético também é reduzido. Isto se torna relevante a partir do momento que exista um custo significativo de energia para a secagem da cerâmica”. A cerâmica Arte Sardinha utiliza o resíduo há quase um ano. O material é usado na produção de adoquins, plaquetas de revestimentos e tijolos maciços aparentes. Entre as vantagens da utilização deste resíduo é possível destacar maior resistência mecânica, manutenção da absorção e, como argila usada é pobre em fundentes, esse resíduo traz elementos importantes para a massa, como o potássio. Para a utilização do resíduo, Gama informou que é preciso queimar em alta tempe-

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ratura. “Isto é necessário para ele passar a atuar como fundente. Caso seja queimado a 800°C, por exemplo, o uso do resíduo não terá efeito nenhum”. De acordo com Gama, esse reaproveitamento do resíduo ajuda a não poluir o meio ambiente. “O resíduo não pode ser colocado no meio ambiente, ele tem que ter um destino, caso contrário, trará sérios problemas ao meio ambiente”. Segundo Vieira, esses resíduos de pó de granito sem nenhum tratamento para eliminação ou redução dos constituintes presentes, acumulam-se nos pátios das empresas, reservatórios ou aterros. “À medida que o resíduo perde umidade, o pó resultante se espalha, contaminando o ar, o solo, as plantas e os recursos hídricos. Esse fato gera sérios problemas ao meio ambiente e à saúde humana. Além desses sérios problemas, a disposição inadequada pode também afetar o setor produtivo, pois a legislação está cada vez mais rigorosa quanto ao licenciamento ambiental das empresas”. Uma outra questão importante do resíduo, segundo o professor da UENF, é sua insignificante perda de massa durante a queima e aporte de óxidos fundentes. “A baixa perda de massa contribui para facilitar o controle dimensional das peças. Com substituição parcial da argila pelo resíduo, ocorre também uma redução do teor de água de constituição dos argilominerais, reduzindo assim a eliminação de vapor d’água e contribuindo também para a redução de gasto energético durante a queima”, disse. A intenção, conforme Vieira, é utilizá-lo continuamente na composição de massa, em mistura com argilas, para a fabricação de produtos de cerâmica vermelha de valor elevado em comparação com os blocos de vedação. Os fatores mais importantes que devem ser levados em conta para adição do resíduo na massa de cerâmica vermelha são plasticidade da massa, tipo de produto a ser fabricado, disponibilidade e características de materiais magros e custo do resíduo. O resíduo é transportado das serrarias por caminhões em "bags" ou a granel para a indústria cerâmica. A dosagem do resíduo com


FEIRAS

as argilas pode ser realizada em pilhas de homogeneização ou por meio de dosadores. Vieira informou que apenas um grupo pequeno de cerâmicas de Campos dos Goytacazes deve realmente ter interesse na utilização do resíduo num primeiro momento. “Considerando como empresas potenciais cinco cerâmicas fabricantes de telhas, uma cerâmica fabricante de bloco estrutural e duas de produtos diversificados e ainda um teor de incorporação de 20% a 40%, o potencial de uso do resíduo é de aproximadamente 1000 toneladas por mês. Só em Cachoeiro de Itapemirim, são gerados 382.726 toneladas por ano (140.708 metros cúbicos por ano) de resíduos no beneficiamento”. Estes números indicam que a cerâmica vermelha está longe de resolver o problema do destino deste tipo de resíduo, conforme Vieira. Por outro lado, pode contribuir para minimizar o problema com a valorização do resíduo como um subproduto por outro segmento industrial. A cerâmica Arte Sardinha já vem utilizando o resíduo na composição de massa ainda em caráter experimental para alguns tipos de produtos. A adesão de outras empresas potenciais é uma tendência natural desde que os resultados pioneiros sejam realmente positivos. Cabe ressaltar que a utilização regular de resíduo requer um licenciamento específico do órgão ambiental competente. Ações ligadas ao transporte, acondicionamento, manipulação e efeito do resíduo como compo-

Pátio de armazenamento do resíduo da serragem das lajes de rocha

nente de massa na saúde humana e no meio ambiente (emissões atmosféricas, contaminação do solo e do lençol freático, por exemplo) devem ser devidamente regulamentadas.

Pesquisa da UENF recebe apoio do governo e da Faperj O governo do Rio de Janeiro através do apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Edital - Apoio à Inovação e a Difusão Tecnológica 2008, incentivou essa pesquisa com o projeto intitulado ”Reciclagem de resíduo do beneficiamento de rochas ornamentais de Santo Antônio de Pádua em cerâmica vermelha”, processo n. E - 26 /190.103/2008, porque esse resíduo é um problema na região noroeste do estado. “É um resíduo poluente e por isso é necessário dar um destino para ele. A produção de rochas

ornamentais da região do noroeste do estado do Rio Janeiro, mais precisamente a região de Pádua, é muita elevada. Já existe uma fábrica que utiliza o resíduo na produção de argamassa, mas ainda assim tem excesso de produção e pode ser usado no material cerâmico”, explicou Gama. No dia 30 de junho, a Faperj realizou uma exposição de trabalhos realizados no estado apoiados pela instituição. A pesquisa realizada pela UENF, que foi apresentada no 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica, foi um dos trabalhos expostos. NC

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MEIO AMBIENTE

União em prol do meio ambiente Projeto Ecco visa recuperar áreas degradas no norte do Espírito Santo Da janela da sala do presidente da Associação Comercial e Industrial de São Roque do Canaã, no Espírito Santo, Cristiano Roldi, é possível ver uma das 22 áreas reflorestadas pelo projeto Ecco. Cristiano é um dos incentivadores da iniciativa de empresários de diversos setores, entre eles o de cerâmica vermelha, preocupados em dar exemplo quando o assunto é a preservação do meio ambiente. Desde 2008 a paisagem do norte do estado do Espírito Santo vem sendo modificada graças ao projeto Ecco. Conscientes da degradação que a atividade do setor ceramista e demais segmentos causam à natureza, empresários das áreas de cerâmica vermelha, de esquadrias de madeira, financeira e comércio tomaram a iniciativa de criar o projeto. O objetivo é desenvolver ações e trabalhos de recuperação de ambientes degra-

Fotos 1 e 2: Morro da matriz de São Roque do Canaã sendo recuperado em janeiro de 2009 28

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dados, encostas, morros, nascentes e margens dos rios por meio do plantio de árvores nativas, sendo algumas frutíferas, além da construção de caixas secas, técnica que evita a erosão e o assoreamento de rios e consiste na instalação de um reservatório na margem de estradas rurais para captação das águas da chuva. A maioria dos associados é ceramista, porém diversos setores se empenharam na causa como o de esquadrias de madeira. “Apesar de comprarmos madeira com certificado proveniente de manejo sustentável, ainda assim, como acontece com a indústria de cerâmica vermelha, temos a imagem associada à de agressores do meio ambiente”, justificou Cristiano. Em três anos, mais de 30 mil árvores já foram plantadas. Depois de a área ser recuperada ela continua sob a responsabilidade do proprietário que não pode mais derrubar as árvores e utilizar o espaço para outros fins, se tornando uma reserva florestal. Segundo a presidente da Associação Ecológica Canaã, a ceramista Márcia Aparecida Volpi Calci, o compromisso será documentado para a associação garantir que o proprietário não vai mexer na área. “A ideia é promover, estimular e apoiar trabalhos em defesa da conservação, da preservação e da recuperação do meio ambiente, do patrimônio paisagístico, dos bens e valores culturais, prioritariamente no âmbito da mata atlântica”, disse Márcia, que



MEIO AMBIENTE 30

Morro da matriz de São Roque do Canaã em maio de 2011

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salientou que todo o processo do plantio é monitorado e avaliado. Os principais problemas ambientais decorrentes da atividade de fabricação de cerâmica vermelha nos municípios de São Roque do Canaã, Colatina e Santa Teresa, principais cidades envolvidas no projeto Ecco, são a erosão, o assoreamento dos rios, a retirada da cobertura vegetal do solo, a geração de resíduos, a diminuição da qualidade do ar e o afloramento do lençol freático, sendo este um risco potencial, segundo Márcia. A engenheira ambiental Marina Salvador explica que quando o lençol freático aflora ele fica desprotegido, já que o solo funciona como um filtro impedindo que os poluentes entrem em contato com a água. “Dessa forma, os poluentes podem vir a contaminar todo o lençol. Em períodos de chuva, por exemplo, os efluentes das indústrias próximas, agrotóxicos, óleos, graxas e esgotos podem ser transportados até o local e vir a contaminar esse recurso hídrico”, destacou. A extração da argila acarreta a desconfiguração do terreno e altera a paisagem. Para reverter o problema a presidente da Associação Ecológica Canaã cita algumas etapas do processo de recuperação como a recuperação da topografia do terreno, o controle da erosão do solo, a revegetação do solo, o isolamento da área, o manejo e a manutenção das plantas, a correção dos níveis de fertilidade do solo e a amenização do impacto da paisagem, entre outras intervenções. São Roque do Canaã tem o maior número de áreas reflorestadas, sendo 17 propriedades. Já Santa Teresa tem uma área e Colatina quatro propriedades reflorestadas. A Associação Ecológica Canaã tem 42 associados que mantém o projeto Ecco com mensalidades que variam de acordo com a categoria entre R$152 e R$302. Atualmente, seis funcionários fazem o trabalho de recuperação orientados por um engenheiro agrônomo. “As espécies plantadas são selecionadas e existe todo um trabalho de monitoramento após o plantio”, disse Cristiano Roldi, que complementou "não poderia perder a oportunidade de fazer parte desse



MEIO AMBIENTE

Propriedades são recuperadas com o plantio de árvores nativas projeto. A gente vê de perto o resultado. No fundo faz bem pra gente. Meu filho vai poder dizer que o pai dele reflorestava”. Quando o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Roque do Canaã, no Espírito Santo, diz que vê o resultado, faz uma comparação com o plantio de árvores decorrente da punição para penas, que segundo ele “são plantadas simplesmente e não há acompanhamento. Enquanto o projeto Ecco traz resultados, porque acompanhamos desde o início até as plantas crescerem”. O ceramista José Henrique Roldi é um dos fundadores do projeto e ainda hoje se surpreende com as melhorias ao meio ambiente e também com o reconhecimento por parte da sociedade e do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA). “Me sinto muito satisfeito com tudo o que já foi feito e ainda vamos fazer. É mui-

Em três anos do projeto Ecco mais de 30 mil árvores foram plantadas

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to gratificante ver uma sementinha que foi plantada sem grandes expectativas se tornar o que se tornou”, destacou Roldi. Hoje fazer parte do projeto Ecco é uma condicionante para os ceramistas da região conseguirem a licença ambiental. O norte do Espírito Santo tem 37 cerâmicas que juntas produzem em média 1,2 milhão de telhas e tijolos e empregam 3 mil trabalhadores diretos. Característica comum no setor, no Espírito Santo, as empresas de cerâmica vermelha também são familiares. “A atividade vem sendo passada de pai para filho, dando continuidade aos trabalhos iniciados por nossos antepassados que deixaram como exemplo o trabalho, a dignidade e a solidariedade”, informou Márcia. O próximo passo, segundo José Henrique, é a normatização para escavação de argila, por meio do IEMA. NC


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GESTÃO

Glauco José Côrte é o novo presidente da Fiesc Foto: Fernando Willadino

Futuro vice-presidente da Fiesc, Mário César Aguiar, Glauco José Côrte e atual presidente da entidade, Alcântaro Correa

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A posse da nova diretoria do Sistema Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) está marcada para o dia 12 de agosto. A chapa única liderada pelo industrial Glauco José Côrte foi aprovada com 96,2% (126 votos) dos 131 sindicatos de indústria habilitados a votar. Também foram eleitas as diretorias do Centro das Indústrias (Ciesc) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC). O 1º vice-presidente será Mario Cezar de Aguiar, de Joinville, que terá ao seu lado no comando da entidade ainda os empresários Edvaldo Angelo, que será o diretor 1º secretário, Cid Erwin Lang, diretor 2º secretário, Cesar Murilo Barbi, diretor 1º tesoureiro e Carlos Toniolo, diretor 2º tesoureiro. O presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, destacou a expressiva aprovação da chapa. "A próxima gestão começa muito bem com essa representativa votação, que dá indiscutível respaldo ao trabalho que será realizado sob a liderança de Glauco José Côrte. Este é um inequívoco sinal da unidade da indústria do estado", disse Corrêa. Côrte

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destacou que o resultado reflete o amplo debate realizado ao longo da composição da chapa, que contou com participação de todos os segmentos industriais e regiões do estado, assegurando consistente representatividade à indústria do estado. "A Fiesc avançou muito nos últimos anos sob o comando do presidente Alcantaro Corrêa, tornando-se mais participativa e dando voz forte às suas bases. Nos próximos anos estaremos cada vez mais presentes no interior do estado, intensificando ainda mais o contato com nossos sindicatos e indústrias", disse Côrte, após o anúncio do resultado. Sobre o trabalho que se inicia em agosto, adiantou: "competitividade, educação e inovação serão as palavras-chave do Sistema Fiesc". O mote central será a busca da competitividade da indústria catarinense como forma de estimular o crescimento sustentado de Santa Catarina. Para isso, destacou, a atuação se dará em dois eixos centrais. Um é voltado à promoção da competitividade das empresas industriais, por meio de forte atuação do Sesi, do Senai e do IEL nas áreas da educação (profissional e básica) e inovação. O outro eixo é o ambiente onde está inserida a indústria, que afeta a capacidade das empresas de competir numa economia cada vez mais concorrida, e terá a atuação da Fiesc, de forma independente, enfrentando ineficiências sistêmicas, como a falta de infraestrutura e o sistema tributário, além de defesa contundente de maiores investimentos públicos em educação e inovação. NC



TECNOLOGIA

Soluções em metros quadrados Com mais de 250 edifícios construídos e 50 mil toneladas de material economizado, a Tecno Logys é referência para o setor

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O engenheiro Valério Dornelles não imaginava que o modelo de bloco desenvolvido por ele se tornaria padrão de mercado. A ideia não surgiu da noite para o dia. Vários anos de experiência acumulada como pesquisador, gerente de desenvolvimento tecnológico de uma grande construtora de São Paulo e mestrado na área de Tecnologia de Processos Construtivos na Universidade de São Paulo inspiraram o profissional a criar em 1998 a empresa Tecno Logys com o objetivo de oferecer soluções inovadoras para construção. Com os dois primeiros anos dedicados à consultoria para captar recursos para sustentação da empresa, em 2001 a Tecno Logys começou a vender o conceito do metro quadrado de “parede pronta”. “Foi a partir da consultoria que identificamos que uma grande oportunidade estava na construção de paredes. Na


peças especiais, específicas para determinadas obras. Até vender a “parede pronta” a empresa comercializava apenas o bloco e prestava assessoria técnica para o cliente utilizar da melhor forma possível o produto. Com a evolução da empresa foram desenvolvidos novos equipamentos como o escantilhão, a mesa andaime, carrinhos ergonômicos e o método de projeto de produção das paredes. A partir de 2002 a empresa focou no serviço oferecido e passou a vender só o metro quadrado de parede sem assessoria e venda do projeto. A empresa se especializou no que Dornelles chama de “Alvenaria Integrada Tecno Logys”. “Entregamos a parede pronta, nos responsabilizamos por todos os materiais, isto é, blocos, argamassa, pré-moldados, telas e fixadores, pelo projeto de alvenaria, a mão de obra, a gestão da produção e o treinamento”, detalhou o engenheiro. A aceitação do mercado aconteceu em etapas. A primeira novidade, o bloco mais re-

TECNOLOGIA

década de 90 as construtoras passaram a se focar mais na eficiência e na racionalização. O Brasil atingiu a estabilidade econômica e a inflação diminuiu. Na visão dos pesquisadores e consultores, a execução de paredes era uma etapa negligenciada na construção civil”, afirmou Dornelles. Naquela época o desperdício de material de construção era muito grande na etapa de alvenaria. “Tudo era decidido na obra, não havia procedimentos, manuais, padrão estabelecido de qualidade. Foi aí que vi uma oportunidade”. Com a ideia de oferecer o processo completo, entregando a tecnologia, a logística e a execução, a novidade iniciou pelo desenvolvimento de uma família de peças para alvenaria de vedação, inspirada no conceito da alvenaria estrutural. A cerâmica Gresca, de São Paulo, é a fabricante das peças, que somam mais de 30 tipos. A família básica inclui quatro peças: inteiro, meio bloco, 1/4 de bloco e 1/8. Além dos modelos de linha, a Tecno Logys trabalha com

Consultoria e Assessoria Projeto em Secagem e Queima para Cerâmica

G - C OTA p a r t i c i p a d o n ovo e m p re e n d i m e n t o d o G ru p o Gresca/Scarpinelli com Consultoria e Projeto de um forno túnel teto plano. Concluído o Forno da Cerâmica Pallotti em Santa Maria - RS Re c e n t e m e n t e i n i c i a m o s a construção de um Forno Túnel Teto Plano na Cerâmica Colina Tatúi - SP G-COTA concluiu uma fábrica de blocos toda automática no Rio Grande do Sul, na Cerâmica Veber.

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TECNOLOGIA

sistente que diminui os desperdícios e reduz o potencial de ocorrência de patologias como fissuras e trincas, chegou bem ao mercado. Na década de 90 em São Paulo, com a evolução da qualidade de execução das estruturas, os revestimentos das paredes ficaram mais finos, o que resultou no aumento da sensibilidade da parede. “A execução das paredes era uma etapa que ninguém dava importância. De repente as paredes começaram a trincar porque já não havia mais os três ou quatro centímetros de argamassa para esconder a deficiência de um bloco fraco e as construtoras passaram a ter consciência de que precisavam de um produto mais resistente. Foi quando o bloco de concreto começou a ganhar espaço pela resistência”, explicou Dornelles.

O principal argumento para introduzir o novo bloco no mercado foi o desempenho, menor manutenção, redução de patologias, melhor eficiência e redução de perdas. Com o bloco aceito, a consolidação do serviço completo não foi difícil. Depois de o cliente estar convencido de usar um bloco mais versátil e com maior resistência, a dificuldade de encontrar mão de obra especializada foi o suficiente para criar demanda para a venda do metro quadrado de parede. Foi durante o desenvolvimento do processo que Dornelles percebeu que só a qualidade do bloco não faz a diferença esperada em uma obra. “É até desperdício comprar um bloco que normalmente é mais caro, que tem qualidade melhor se não tem quem saiba utilizar. Uma das grandes frustrações do setor é oferecer um produto com maior valor agregado e o cliente não perceber as vantagens”. Voltado para grandes empreendimentos a Alvenaria Integrada Tecno Logys proporciona tranquilidade e segurança para o cliente que contrata um serviço que inclui a programação, a entrega, o transporte, o projeto e a execução.

Seguro do produto que criou, Dornelles acredita que a evolução da empresa nessa primeira década de história aconteceu principalmente pela gestão da Tecno Logys. “Não paramos de avançar, está no nosso DNA fazer sempre melhor. Treinamos pessoas, temos um sistema de remuneração variável, evoluímos na forma de planejar, na logística, na forma de vender, na comunicação com o nosso cliente. Temos indicadores que medem o consumo de material, a velocidade de execução obra a obra, estado a estado, cidade a cidade, com acompanhamento mensal e temos PLR (participação e lucros e resultados) para todos os funcionários”, detalhou. A prova desta evolução pode ser medida pelo crescimento da empresa nos últimos três anos, que alcançou 60%. Os blocos continuam os mesmos, só aumentou o número de peças. “Às vezes volto a pensar no design dos blocos e na família de peças que criamos e vejo como foi bem pensado porque continua sendo ainda uma referência para o mercado e não foi feito nada mais evoluído até hoje”. O método não foi patenteado, “até porque na época a gente não tinha noção do tamanho que o projeto iria tomar, e hoje se transformou em padrão de mercado. Na verdade o mercado copiou, mas isso não foi problema para nós. A partir do momento que o mercado utiliza os blocos e não consegue a mesma eficiência, cria demanda para o nosso sistema, e isso não é ruim”.

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Montadores de paredes Dos 400 funcionários da Tecno Logys, 360 fazem parte da produção e recebem treinamento interno. Chamados internamente de “montadores de paredes”, os pedreiros recebem capacitação seguindo o método padronizado da empresa. “Diferente de uma empresa de mão de obra tradicional, que constrói com as regras da construtora, temos as nossas regras. Muitas vezes nosso funcionário não é um pedreiro completo porque só sabe fazer parede, mas é especializado no que faz”. A diferença com relação ao pedreiro tradicional é o treinamento. Por terem continuidade na mesma função ao executarem a mesma tarefa de forma repetitiva, o trabalho se torna mais fácil e produtivo.

Economia Comparando com o método convencional, a execução da Tecno Logys é três vezes mais rápida. O desperdício não passa de 5% com potencial de chegar a 1 ou 2%, diferente dos 15 a 20% de desperdício do método tradicional. Considerando os mais de 250 edifícios construídos até hoje, a empresa já economizou mais 50 mil toneladas de material de construção. “Não só economizamos na execução do serviço, mas a partir do momento que entregamos uma parede mais perfeita geometricamente, geramos também redução na espessura do revestimento. Há uma perda que vira entulho e uma perda incorporada no edifício. Quando a alvenaria não é tão perfeita, é preciso compensar com o revestimento. Com uma alvenaria de alto desempenho, temos economia durante a própria execução das paredes, com a redução dos retrabalhos e também com a redução das patologias.

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TECNOLOGIA

Novidade para 2012 Com atuação no estado de São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro a aposta é expandir para o interior paulista antes de avançar para outros estados. De olho no aquecimento do mercado e no futuro, o próximo passo da Tecno Logys é uma fábrica própria. Já em construção em São Paulo, em 2012 começa a funcionar uma fábrica de blocos em sociedade com uma família do setor ceramista que vai atender o interior do estado de São Paulo. A parceria com a Gresca deve ser mantida para atender a Grande São Paulo. O investimento reflete a mudança de visão da empresa sobre o crescimento do setor. “Com o tempo há o risco de não termos produto para o abastecimento de nossas obras. Não foi planejado, mas surgiu a oportunidade, fomos convidados e já tínhamos o interesse de ir para o interior de São Paulo. O que inicialmente poderia ser apenas uma parceria, acabou virando uma sociedade, uma evolução natural”, revelou Dornelles.

O setor na visão de Dornelles Modernização

- “A indústria de cerâmica vermelha no Brasil é muito heterogênea. Temos boas empresas, porém, muitas com tecnologia de produção obsoleta. Se analisarmos a indústria cerâmica na Europa e nos Estados Unidos, estamos muito atrasados. Até mesmo se observarmos indústrias na Argentina e na Colômbia, estamos devendo. Há no Brasil muita tradição, muita gente que é da área, que conhece e sabe o que está fazendo, mas que podia fazer mais. Inclusive sabe que poderia ter uma fábrica automatizada, mais moderna, tem conhecimento e acesso à informação, visita feiras e indústrias no exterior, mas não aplica o conhecimento. Temos excelente matéria-prima, temos condições de oferecer um produto de alta qualidade no mercado, mas precisamos profissionalizar mais o setor, investir mais em tecnologia e esse é o momento propício para investir. Muitas indústrias já começaram a se modernizar e acredito que nos próximos anos a gente vai ter uma pequena revolução no setor”.

Qualidade - “É um setor forte, é um produto

completamente inserido na cultura do país e temos potencial para crescer. Já temos produtos de qualidade que até são bons exemplos para outros países. Visitamos outros países e vimos que realmente temos uma visão evoluída de alvenaria de vedação, mas tem muita coisa a ser feita para termos um padrão mais homogêneo ou, pelo menos, termos classes bem definidas de indústrias. Por exemplo, indústrias com forno túnel, com automatização, que fabricam bloco com alta precisão dimensional”.

Números

50 mil metros quadrados de parede executadas por mês; mais de 200 apartamentos completos de 120 metros quadrados em média de área por mês; mais de 250 edifícios de 25 a 30 andares em 13 anos. NC

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ENTREVISTA

O setor mobilizado no Amazonas O maior estado brasileiro em área, com mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, o Amazonas, tem 50 cerâmicas fabricantes de telhas e tijolos que geram mais de 10 mil empregos diretos. Com população de 3,3 milhões de habitantes, a capital Manaus concentra 1,7 milhão de pessoas. Os municípios de Iranduba e Manacapuru, distantes 22 e 80 quilômetros de Manaus respectivamente, sediam o maior número de empresas produtoras de cerâmica vermelha. Nesta edição, a presidente do SindicerAM, Hyrlene Ferreira, conta detalhes do setor no Amazonas.

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NovaCer - Há quanto tempo está à frente do Sindicato de Olarias do estado do Amazonas? Hyrlene Ferreira – Na antiga gestão eu ocupava a vice-presidência. Com o afastamento do presidente em 2008, assumi em setembro daquele ano como presidente em exercício e fiquei até o final do mandato. Quando houve nova eleição em janeiro deste ano fui reeleita para o mandato 20112014. NC - Qual sua formação? HF - Sou formada em Direito e pós-graduada em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário. NC - É ceramista? HF - Sou ceramista por escolha própria. Quando comecei a trabalhar na cerâmica


NC - Como é ser presidente de um sindicato de olaria, universo dominado pelos homens? Ou no Amazonas isso é diferente? HF - Aqui no Amazonas não é diferente. Quanto à presidência do sindicato não encontrei dificuldades pelo fato de ser mulher, talvez porque eu já tenha um grande conhecimento juntamente com os ceramistas da região. A respeitabilidade de um dirigente sindical, em minha opinião, vem da maneira como ele encara o desafio de dirigir uma entidade representativa de classe, principalmente da conscientização de querer sempre o bem comum, de pensar no coletivo acima de tudo, e este respeito pode sim ser alcançado independentemente de ser homem ou mulher. NC - A senhora acredita que está mudando essa questão de os homens serem maioria no setor de cerâmica vermelha? HF - Não, hoje a maioria ainda é masculina. A atividade cerâmica por sua natureza realmente é mais favorável aos homens. O trabalho é predominantemente pesado e cansativo. Porém, a mulher amazonense tem esta cultura de trabalhar muito (talvez herança indígena), muitas vezes cria e sustenta os filhos sozinha e aqui nós podemos observar em várias cerâmicas um grande número de mulheres trabalhando, sejam funcionárias e algumas filhas e mulheres de ceramistas. E a tendência com a automatização é que este número cresça cada vez mais, principalmente nos processos produtivos onde se requer um pouco mais de cuidado com o material para que não deforme, tal como a produção de telhas. Na minha empresa, por exemplo, os cargos de confiança são todos

ocupados por mulheres. NC - Quantos sindicatos de cerâmica vermelha há no Amazonas? HF - Somente um, a base do sindicato é estadual. A nomenclatura correta é Sindicato de Olarias do Estado do Amazonas e recentemente em assembleia geral optamos por um nome fantasia que ficou estabelecido por Sindicer-AM. Estamos buscando deixar de usar a nomenclatura olarias e adquirir o hábito de usar cerâmica. NC - Quantas cerâmicas há no Amazonas e quantas são associadas? HF - No estado do Amazonas são cerca de 50 cerâmicas, dentre as quais existem algumas de pequeno, muitas de médio e algumas de grande porte que devem gerar cerca de 10 mil empregos diretos e mais 20 mil indiretos. Porém, o grande polo ceramista fica nos municípios de Iranduba e Manacapuru, onde estão instaladas 32 cerâmicas responsáveis por 90% da produção estadual. Destas, 22 são associadas e três estão em processo de associação. Como o estado do Amazonas tem uma situação geográfica diferente da maioria dos estados da federação, pela distância e separação dos municípios por grandes rios, algumas empresas localizadas no interior encontram dificuldade para se associarem e participarem mais ativamente de algumas atividades.

ENTREVISTA

por influência do meu pai, ainda era uma estudante e a princípio seria temporário. Porém, com o passar dos anos pude observar que apesar de ser uma atividade muito trabalhosa também é envolvente e empolgante. Quando terminei a faculdade optei por continuar à frente da cerâmica e advogar somente para a nossa própria empresa ou nas horas vagas. O conhecimento acadêmico é muito utilizado nas negociações coletivas.

NC - Como é o setor de cerâmica vermelha no Amazonas? HF - Das muitas viagens que fazemos, seja para feiras, para conhecer novas tecnologias ou mesmo a passeio em férias, pode-

A respeitabilidade de um dirigente sindical vem da maneira como ele encara o desafio de dirigir uma entidade representativa de classe

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ENTREVISTA

mos observar que hoje, o polo de cerâmica vermelha no estado do Amazonas não fica devendo muita coisa ao restante do país. Há cerca de mais ou menos 10 anos, as cerâmicas da região estão em processo de modernização, com investimentos da ordem de alguns milhões. Atualmente, só não se tem uma diversidade maior de produtos devido à dificuldade de um material de queima mais homogêneo que possa nos assegurar a continuidade do processo de fabricação. NC - O que precisa melhorar? HF - Acho que nós poderíamos realmente ter uma gama maior de produtos fabricados, uma vez que temos maquinário, matéria-prima e vontade de diversificar a produção. Também nos falta uma grande melhoria na qualificação da mão de obra. NC - Qual a maior reivindicação do setor nos níveis estadual e federal? HF – Em nível estadual, temos um pleito junto ao governo do estado em relação à criação de um Distrito Industrial Cerâmico, que seria localizado no munícipio de Iranduba e poderia abrigar todas as cerâmicas que assim se dispusessem a mudar para o mesmo. O principal intuito do projeto é mudar a matriz energética de queima para gás natural, uma vez que dependendo do poder público, poderia ser construído um City Gate nas imediações deste distrito, uma espécie de rede de redistribuição para fornecer gás natural, tudo isto, levando em consideração que o gasoduto Coari-Manaus passa dentro dos municípios de Manacapuru e Iranduba. Implantado tal projeto, acabaria com o problema da matriz energética de queima, o estado do Amazonas seria um modelo para todo o país quanto à ques-

tão ambiental e além de tudo a produção de produtos cerâmicos seria quadriplicada e consequentemente o número de empregos também. NC - Qual é a produção mensal de telhas e tijolos no Amazonas? HF - Em relação a telhas, que são produzidas somente em três fábricas, são cerca de 4 milhões mensalmente. Quanto à produção de tijolos, a depender muito da oferta de material para queima produz-se hoje mensalmente cerca de 20 milhões de peças. NC - Qual é o déficit habitacional do Amazonas? HF - O déficit habitacional no Amazonas é de cerca de 100 mil moradias. NC - As cerâmicas do Amazonas exportam? Têm potencial para isso? HF - Que eu tenha conhecimento, hoje nenhuma exporta, mas têm potencial para isto. Talvez, ninguém tenha se interessado por esta vertente porque o mercado local absorve toda a produção.

Atualmente, só não se tem uma diversidade maior de produtos devido à dificuldade de um material de queima mais homogêneo

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NC - Como é a estrutura das cerâmicas? Os parques fabris ainda são precários? HF - Como já mencionado, a estrutura hoje é totalmente diferente de 10 anos atrás. A grande maioria dos parques fabris são modernos e tantos outros estão em processo de modernização. Claro, assim como em todos os ramos existem sempre aqueles que pararam no

tempo. NC - Que tipo de forno é mais usado no Amazonas? HF - A grande maioria são fornos reversíveis do tipo abóboda e paulista. Mas, também existem no Amazonas fornos tipo Hoffman, contínuos e fornos túnel.


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NC - Quantas cerâmicas aderiram ao Programa Setorial de Qualidade? Existe um trabalho de conscientização para isso? As cerâmicas seguem as normas de qualidade? HF - No PSQ que se inicia esperamos contar com a participação de 25 empresas e o trabalho de conscientização já se iniciou há algum tempo. Hoje, nós sabemos que a tendência de quem quer permanecer no mercado é sempre melhorar e para isto estamos sempre em busca de atender as normas de qualidade.

NC - Que tipo de combustível é utilizado pelas olarias do Amazonas? HF - O mais variado possível. Utilizamos lenha, proveniente de limpeza de culturas e de planos de manejo, caroços de açaí, resíduos de serraria – sarrafo e pó de serra, cavacos de madeira - e chegamos a queimar até ouriço de castanha do Pará. NC – As cerâmicas têm laboratórios? HF - Somente duas empresas têm laboratório particular. NC - Desde maio as empresas contam com o laboratório na Escola Senai Demóstenes Travessa. Os ensaios eram feitos onde, quanto se gastava? HF - O laboratório, apesar de pronto, ainda não está sendo utilizado pelas cerâmicas. A previsão é reinaugurá-lo e apresentá-lo para aqueles que ainda não o conhecem, no início de julho. Antes, os ensaios eram enviados para o Senai Mário Amato em São Paulo e se gastava em torno de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil devido aos custos de embalagens, frete, etc. Ainda existia também a questão da demora dos resultados.

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NC - Como é a questão ambiental para as cerâmicas vermelhas no Amazonas? É difícil conseguir liberação de licenças? HF - A questão ambiental muito mais do que no restante do país é muito difícil no estado do Amazonas. A pressão dos órgãos governamentais está em todos os empreendimentos da Amazônia como um todo. Claro, que nós não esperamos permissão para nenhum tipo de ilegalidade, mas às vezes, pensamos que a legislação para o nosso estado poderia ser mais específica, devido às inúmeras peculiaridades da região. Graças aos esforços dos ceramistas e dos órgãos fiscalizadores, hoje podemos dizer que conseguimos trabalhar em parceria com o órgão ambiental estadual, Instituto de proteção ambiental do estado do Amazonas (IPAAM) e tão logo as exigências do mesmo são atendidas, as licenças são liberadas, levando cerca de 60 a 120 dias. A

No PSQ que se inicia no Amazonas esperamos contar com a participação de 25 empresas

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extração de argila é feita nos quatro a cinco meses da seca dos rios – de agosto a dezembro de cada ano. Aqui ainda existem argileiras próximas às fabricas, no máximo três quilômetros. Muitas fábricas possuem estoque de argila para dois ou três anos de produção. NC - A extração de argila é cooperativada? HF - Poucas empresas trabalham cooperativadas na época da extração da argila, mas nada formal, somente informalmente. Mas a regra geral não é a cooperativação. Esta é uma ideia que pode ser implantada a longo prazo. Hoje, ainda não há interesse, talvez devêssemos amadurecer a ideia melhor. NC - Quanto a cursos, como é essa questão no Amazonas? Existe capacitação para os trabalhadores das cerâmicas? Os empresários solicitam cursos? HF - Procuramos sempre solicitar cursos que possam agregar conhecimento, porém há sempre a dificuldade da logística e da distância da região norte. Esperamos que com a abertura do laboratório consigamos trazer alguns cursos inéditos para o esta-

Nosso equipamento, maquinário e peças de manutenção são trazidos de outros estados

do. Sempre buscamos proporcionar capacitação aos colaboradores. Recentemente, formamos turmas de operador de pá carregadeira e empilhadeira na escola do Senai. Porém, cursos mais específicos para a nossa área são escassos no estado. NC - Existem fabricantes de equipamentos para cerâmica vermelha no Amazonas? Onde os ceramistas costumam comprar máquinas e equipamentos? HF - Não existem. Sempre compramos máquinas em São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e nas demais grandes fábricas nacionais. Todo nosso equipamento, maquinários e peças de manutenção são trazidos de outros estados. NC - As empresas deste setor no Amazonas são familiares? O que implica isso? HF - Assim como as demais cerâmicas do país, no Amazonas as empresas também são familiares. Isto implica a perpetuação da atividade, a continuidade da atividade e principalmente o comprometimento dos sucessores. Porém, apesar de ser uma atividade predominantemente familiar, existe hoje um grau muito elevado de profissionalismo. NC - Os ceramistas participam de feiras do setor? O sindicato incentiva essa participação? HF - Sempre participam em grande número e tanto o sindicato quanto a associação dos ceramistas procuram sempre incentivar a participação alertando-os da importância de uma representatividade nacional. Na próxima feira nacional da indústria cerâmica vermelha, no Espírito Santo, em agosto, deverão participar 20 ceramistas. NC - O que acha do trabalho desenvolvido pela Anicer? HF - O trabalho da associação nacional é de fundamental importância, porque traz ao cenário nacional os problemas e dificuldades de uma atividade fundamental ao desenvolvimento do país, porque é a base da cadeia da construção civil. A existência de uma associação nacional da importância da Anicer só fortalece a classe cerâmica, que sempre está em busca de pleitos diferentes. NC

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66º Congresso da ABM acontece neste mês em São Paulo

O foco da 66ª edição do Congresso da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) será competitividade. O debate vai abordar três tópicos essenciais para assegurar a permanência das empresas brasileiras nos mercados interno e externo: inovação, logística e recursos humanos. “O Brasil passa por um momento de crescimento expressivo, mas traz grandes desafios, como os definidos pela comissão organizadora, que ainda precisam ser superados”, observa Alfredo Huallem, coordenador geral do evento, que será realizado entre os dias 18 e 22 de julho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Vice-presidente da Gerdau e da ABM, Huallen defende que é preciso coragem e agilidade para que os produtos nacionais não percam competitividade para os concorrentes estrangeiros, no próprio mercado doméstico. Outro desafio será manter as altas taxas de crescimento atuais, chegan-

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do em 2020 na 5ª posição do ranking das maiores economias mundiais e com PIB per capita duas vezes maior do que é hoje. Essas discussões estarão centralizadas no ‘Fórum de Líderes’, com a participação de executivos de empresas nacionais e estrangeiras, representantes de órgãos do governo e de entidades representativas para o setor minerometalúrgico. Já estão confirmadas as presenças de José Armando de Figueiredo Campos, presidente do Conselho da ArcelorMittal; Deborah Wince-Smith, presidente do Council on Competitiveness; José Carlos Martins, diretor-executivo da Vale; Bernardo Figueiredo, presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Glauco Arbix, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Nival Nunes de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Ensino de Engenharia (Abenge). Evando Mirra de Paula e Silva, diretor da Academia Brasileira de Ciências e analista do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos coordenará os debates. O 66º Congresso da ABM contará ainda com a apresentação de mais de 400 trabalhos e cases empresariais sobre fundamentos, gestão, processos e produtos, e palestras de especialistas do Brasil e do exterior. NC

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Um agente degradador do meio ambiente em potencial é o óleo lubrificante utilizado nas máquinas das indústrias cerâmicas. Caso o óleo usado seja descartado de maneira inadequada (jogado na rede de esgoto ou no solo) causa uma série de impactos ambientais, como: - contaminação da água e do solo; - encarecimento nos processos de tratamento do efluente; - redução da área útil das tubulações pelo acúmulo de óleo; - danos à saúde de animais que entram em contato com o resíduo; - impermeabilização dos leitos de corpos d’água, auxiliando no aumento da incidência de enchentes. Por gerar diversos impactos negativos ao

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meio ambiente, foram criadas legislações específicas para caracterizar e destinar o resíduo. A NBR 10004 classifica o óleo lubrificante usado como resíduo de classe I (perigoso), sob o código F130, cujo grau de periculosidade é a toxidade. O responsável pela destinação adequada desse material é, conforme a resolução Conama 362/05, a fonte geradora, ou seja, a própria cerâmica. A empresa deve armazenar o óleo em galões e destiná-los a coletores autorizados; para posterior reciclagem. Como se pode constatar, um dos requisitos para que as empresas de cerâmica vermelha estejam dentro dos padrões ambientais é a correta destinação do óleo dos maquinários. Além do cumprimento à legislação esse condicionamento adequado impedirá que problemas ambientais ocorram, podendo ser uma importante ferramenta para melhorar a imagem da empresa perante a sociedade. NC

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Bloco cerâmico é destaque na Confortex Projeto Solução Cerâmica é divulgado em Mato Grosso Fonte: Sebrae MT

Construção com bloco cerâmico custa 30% menos do que a construção com concreto armado

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A 4ª edição da Feira de Móveis, Decoração e Construção (Confortex) promovida pelo Sebrae, entre os dias 9 e 12 de junho, em Cuiabá, em Mato Grosso, apresentou as principais novidades dos setores envolvidos no evento e destacou a aplicação do bloco cerâmico em alvenaria estrutural. A palestra “Novas tecnologias no setor de cerâmicas, blocos e estruturas”, ministrada pelo técnico em cerâmica e analista de qualidade da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), Edvaldo Costa Maia, mostrou as vantagens e as normas técnicas dos materiais e procedimentos para a construção de moradias populares com bloco cerâmico. Os visitantes tiveram a oportunidade de conferir a aplicação do bloco cerâmico na casa construída na área externa do evento. A construção erguida em quatro dias por 20

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pessoas mostrou inovação e faz parte do Projeto Solução Cerâmica Minha Casa Minha Vida. Segundo o técnico da Anicer, a aplicabilidade da técnica de bloco cerâmico para alvenaria estrutural oferece racionalidade na medida em que reduz custo total da obra em 30%. Maia citou ainda a redução do tempo de construção e também a qualidade da obra. A eliminação de vários materiais durante o processo construtivo também refletem a diminuição do custo final do projeto quando comparado ao concreto armado. “Dispensa uso de madeira, diminui a utilização de ferragem, porque usa-se ferro para fazer a amarração entre blocos e argamassa só nas junções”, relacionou Maia. A texturização direta na parede no bloco é outro benefício com a eliminação de fases de acabamento como chapisco e massa corri-

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da. De acordo como o técnico no Mato Grosso, há uma cerâmica certificada que fabrica o bloco cerâmico que é utilizado por uma construtora especialista neste tipo de edificação. “A construtora executa obra de alvenaria estrutural com bloco cerâmico e já tem prédio em Cuiabá com nove pavimentos”, observou. A futura arquiteta catarinense Harrasana Nadaline Artmann comprovou na prática o que aprendeu na universidade. “As pessoas têm a ideia muito tradicional. Eu mesma tive essa matéria na faculdade e pensei: isso não dá para construir”, disse sobre o fato de as casas construídas não terem as tradicionais fundações profundas e ferragens. “Se eu não estudasse Arquitetura, não descobriria isso”, concluiu. Para o estudante universitário Abel Vinícius Caetano da Silva, é preciso maior divulgação do bloco cerâmico. “O bloco cerâmico em alvenaria é um elemento forte para se manter no mercado e para isso as pessoas precisam conhecer para ter aceitação”. A Confortex 2011 é organizada pelo Sebrae-MT, Sindimóvel, Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), com parceria do setor industrial (Fiemt), Caixa Econômica Federal, Sinduscon Mato Grosso, Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi-MT), Banco do Brasil, Banco da Amazônia e governo federal. NC

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Métodos para determinação da plasticidade de argilas Trabalho apresentado no 54º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado de 30 de maio a 2 de junho de 2010, em Foz do Iguaçu, no Paraná

Resumo A plasticidade das argilas e das massas cerâmicas é uma das propriedades determinantes no processamento, sendo um parâmetro importante para a moldagem dos corpos cerâmicos. O limite de plasticidade é tradicionalmente determinado pelo método de Casagrande e também pode ser determinado pelos métodos de Indentação e de Pfefferkorn. Este trabalho teve como objetivo determinar as características químicas, físicas, mineralógicas e de plasticidade de argilas provenientes de jazidas do estado da Paraíba. As massas e as argilas foram beneficiadas e caracterizadas química e granulometricamente, posteriormente foi determinado o índice de plasticidade pelos métodos de Atterberg e Pfefferkorn. Os valores de plasticidade variaram entre 19 e 35%.

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Santana, L. N. L., Macedo, R. S, Silva B. J., Fonsêca, F. A. S, Ramos, S. O., Neves, G. A, Gonçalves, W. P. Departamento de Engenharia de Materiais, Universidade Federal de Campina Grande.

Introdução O interesse em argilas tem aumentado nos últimos anos devido as suas propriedades físicas, químicas e de plasticidade, as quais fazem com que as argilas sejam um dos materiais mais utilizados em numerosos processos industriais(1). A indústria de processamento que utiliza maior quantidade de argila é a da cerâmica tradicional. As massas empregadas na produção de peças da cerâmica vermelha podem ser conformadas a partir da mistura de uma única argila com água, massa simples, ou podem conter uma mistura de argilas e água, massa composta. As argilas possuem na sua composição materiais acessórios, e dependendo do tipo e da quantidade destes é necessário fazer uma correção da plasticidade da argila, para que seja obtida uma massa que apresente trabalhabilidade adequada e produza peças com resistência ao manuseio e boa permeabilidade. As fases mineralógicas, a presença de alguns óxidos e de matéria orgânica são fatores que interferem diretamente na plasticidade da massa. As principais impurezas que possuem propriedades não plásticas são: minerais de ferro, óxido de alumínio, feldspatos sódicos e potássicos, sais solúveis (Na2CO3), calcita e sílica(2). Entretanto, se as impurezas apresentarem tamanho de partículas abaixo de 4,00µm elas podem permanecer em suspensão, aumentando a plasticidade do corpo cerâmico. A relação entre o tamanho de partícula e a plasticidade dos argilominerais é inversamente proporcional, quanto maior a área superficial (menor tamanho das partículas) maior a


Materiais e métodos Inicialmente as amostras foram secas, beneficiadas em moinho de galga e passadas em peneiras ABNT 80 (0,177 mm) e 200 (0,074mm). Posteriormente foram submetidas às seguintes caracterizações: química, mineralógica, granulométrica e índice de plasticidade.

Análise química A análise semiquantitativa dos elementos presentes nas amostras foi determinada por fluorescência de raios-X por energia dispersiva, modelo EDX-720.

Análise granulométrica A análise granulométrica foi realizada em um granulômetro.

Análise mineralógica

grande, segundo método do DNER(6). O método de Pfefferkorn avalia a plasticidade, de uma massa ou de uma argila, medindo o grau de deformação sofrido por um corpo de prova cilíndrico, sujeito à queda de um punção de uma altura constante e com um peso bem definido (1,192 kg). O coeficiente de plasticidade determinado por este método corresponde à percentagem de água presente, para a qual o corpo de prova apresenta uma deformação de 30%, em relação à sua dimensão inicial.

Resultados e discussão Análise Química A tabela 1 apresenta as composições químicas das amostras analisadas. Pode-se observar para todas as amostras, com exceção da amostra C4, composições típicas de argilas para cerâmica vermelha, com predominância de SiO2 e Al2O3 e altos teores de Fe2O3, este último com teores variando de 6,00 a 10,00% sendo suficientes para garantir a cor vermelha, podendo indicar também a presença de hematita na massa cerâmica. Observa-se também a perda ao fogo variando de 5,25 a 13,82%, estando relacionada à decomposição de minerais argilosos, assim como a combustão de matéria orgânica e os teores de óxidos fundentes variando de 9,50 a 18,6%. Esses resultados estão de acordo com os observados em outros trabalhos utilizando argilas para cerâmica vermelha(7, 8).

ARTIGO TÉCNICO

quantidade de água adsorvida(3). As propriedades dos blocos cerâmicos dependem principalmente das características químicas, granulométricas e mineralógicas das argilas, assim como, dos parâmetros de processamento. Em vários países, o entendimento das características físicas, químicas e mecânicas dos materiais argilosos já é considerado uma das etapas mais importantes do processamento, fundamental para se obter produtos de boa qualidade(4).No Brasil ainda não se observa essa tendência no setor de cerâmica vermelha(5).

Para a análise mineralógica foi utilizado o difratômetro XRD-6000, com radiação Cu Kα (40KV/40mA), com 2θ variando de 5º a 60º.

Índice de plasticidade O índice de plasticidade foi determinado por dois métodos: Casagrande e de Pfefferkorn. Método de Casagrande - Após secagem em temperatura ambiente, as amostras foram passadas em peneira ABNT N.º 40 (0,42 mm) e em seguida foram determinados o LL, LP e IP pelo ensaio de Casa-

A plasticidade das massas cerâmicas é um parâmetro importante para a moldagem dos corpos cerâmicos

NovaCer • Ano 2 • Julho • Edição 15

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ARTIGO TÉCNICO

É possível observar que a amostra C4 apresenta uma composição com porcentagem de óxidos diferentes das demais amostras. Esta apresenta uma elevada quantidade de sílica e baixos teores de ferro e de perda ao fogo, provavelmente por tratar-se de um material rico em quartzo. Merece destaque também a quantidade de SiO2 e Al2O3 da argila B, provavelmente essa argila possui maior quantidade do argilomineral caulinita. Tabela 1. Análise química das amostras

Matériasprimas / óxidos (%) SiO2 Al2O3 Fe2O3 K2O MgO CaO TiO2 Na20 Outros óxidos Perda ao fogo Total

Argila A1

Argila A2

Argila A3

Argila B

Argila C1

Argila C2

Argila C3

Argila C4

54.00 22,63 8.23 2,89 2.58 2.24 1,20 -----

53,00 22,69 8.10 2,94 2.54 1.79 1.10 -----

51,41 22,53 9,68 2.72 2.62 1.77 1.21 ------

48,93 24,26 7,65 2,24 2,10 0,98 1,23 ------

53,95 24,55 6,03 2,82 1,67 1,08 1,09 ------

49,69 21,46 8,94 1,54 1,90 1,80 1,29 0,85

50,28 20,98 7,95 1,03 1,85 1,47 1,46 0,74

73,18 16,02 1,94 3,55 0,86 1,77 0,71 ------

0,98

0,54

0,56

0,28

0,29

0,59

0,42

0,52

5,25

7,30

7,50

12,33

8,52

11,94

13,82

1,45

100

100

100

100,00

100

100

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100

amostras A1, C1 e C4 apresentam diâmetros maiores para grandes concentrações, enquanto a amostra C3 apresenta para 10% de massa acumulada diâmetro de partícula muito pequeno. Estes fatos terão influência direta sobre a plasticidade das massas cerâmicas e como consequência problemas na etapa de conformação. Portanto, haverá a necessidade de se formular massas, a partir da mistura de argilas, para se alcançar a distribuição granulométrica adequada para a compactação, produção de peças com elevada resistência ao manuseio, boa permeabilidade e obtenção de um produto final com as propriedades desejadas. As amostras B e C2 apresentaram melhor distribuição de tamanho de partículas, destacando-se a amostra C2. Segundo Barba et al.(9) a variação da compatibilidade é diretamente influenciada pela quantidade de partículas de tamanho grande e pequeno adicionados à massa. Figura 1. Difratogramas das amostras C2 (a) e C4 (b) (a)

Análise granulométrica A distribuição granulométrica das amostras está apresentada na tabela 2. Com base nos dados apresentados observa-se que a amostra C4 apresenta maior diâmetro médio e a amostra B menor diâmetro. As Tabela 2. Distribuição granulométrica das amostras analisadas (b) Matériasprimas/ Diâmetros (µm)

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Argila Argila Argila Argila Argila Argila Argila Argila A1 A2 A3 B C1 C2 C3 C4

Diâmetro a 10%:

2,47

1,54

1,38

1,21

1,11

0,65

0,29

3,10

Diâmetro a 50%:

30,15

15,27

14,17

5,03

15,47

4,35

5,49

44,30

Diâmetro a 90%:

125,97

70,96

60,08

16,05

116,14

24,05

47,36

108,92

Diâmetro médio:

49,08

26,72

23,22

7,20

38,97

9,33

15,44

50,86

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ARTIGO TÉCNICO

Análise mineralógica As amostras de todas as olarias apresentaram composições mineralógicas qualitativas semelhantes, portanto essas serão representadas pelas amostras C2 e C4, figura 1.

Índice de plasticidade Observou-se a presença de picos característicos da caulinita, mica, quartzo e feldspato para todas as amostras. A presença de feldspato e quartzo influencia muito o comportamento de plasticidade das massas. Esses minerais agem como redutores de plasticidade. Para a amostra C4, os picos de quartzo, feldspato e mica apresentaram maiores intensidades quando comparados com as demais argilas. A tabela 3 apresenta os valores do índice de plasticidade, determinados pelos métodos de Casagrande e Pfefferkorn. Os valores estão condizentes com os resultados obtidos nas análises química e granulométrica. Para a amostra C4 que apresenta maior granulometria e maior porcentagem de SiO2 não foi possível determinar a plasticidade. Com base nos dados apresentados Tabela 3. Índices de plasticidade das amostras determinados pelos métodos de Casagrande e Pfefferkorn

Amostras / Índice de Plasticidade

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Método de Casagrande

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Método de Pfefferkorn

observa-se que a amostra C3 apresenta maior índice de plasticidade. Associando este resultado com os obtidos anteriormente nas demais caracterizações, observa-se que esta foi a amostra que apresentou maior perda de massa e menor diâmetro para 10% de massa acumulada. Provavelmente estes fatores tiveram influência sobre a plasticidade. Como essa amostra apresenta alta plasticidade, a preparação de uma massa simples com essa amostra (C3) será inadequada ao processamento por extrusão. Observa-se também que as amostras C2 e B apresentam alta plasticidade. Essas amostras apresentaram distribuição granulométrica mais uniforme e menor diâmetro médio, quando comparadas com as demais amostras. Com relação aos diferentes métodos utilizados, os valores obtidos foram próximos. Com base em dados da literatura(5) verifica-se que os valores obtidos, 10 a 30% para o IP, estão dentro dos intervalos observados para cerâmica vermelha. Os resultados mostram que as argilas apresentaram um índice de plasticidade da ordem de 19 - 31%, assim, estas argilas podem ser classificadas do ponto de vista de mecânica dos solos, como pertencentes ao grupo de argilas inorgânicas de plasticidade alta. Segundo White (1965) citado por Souza Santos(10), as faixas de variação da água de plasticidade dos grupos de argilominerais são: caulinita de 8,9 a 56,3%; ilita de 17,0 a 38,5% e montmorilonita de 82,9 a 250,0%. Portanto, as amostras apresentam valores dentro dos especificados para a caulinita e da ilita, argilominerais que fazem parte das amostras, conforme resultados apresentados anteriormente na análise mineralógica. Comparando os resultados obtidos pelos dois métodos, observa-se que, para algumas amostras, o índice de plasticidade obtido pelo método de Pfefferkorn apresentou valores mais altos. As amostras C1 e C2 apresentaram maiores valores quando foi empregado o método de Casagrande. Em trabalho realizado por Modesto e Bernardin(11), o índice de plasticidade também variou quando determinado pelos métodos de indentação e de Pfefferkorn, e estes concluíram que o método de indentação foi mais preciso.


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ARTIGO TÉCNICO

Conclusões As argilas provenientes de jazidas localizadas no estado da Paraíba apresentam características química, física, granulométrica e de plasticidade adequadas para serem utilizadas em formulações de produtos da cerâmica vermelha. Os índices de plasticidade obtidos pelos dois métodos apresentaram valores diferentes, no entanto, estes foram condizentes com os resultados obtidos nas análises de caracterizações das amostras e estão dentro das faixas de variação da água de plasticidade dos grupos de argilominerais caulinita e ilita.

Referências (1) W. Hajjaji, M. Hachani, B. Moussi, K. Jerid, M. Medhioub, A. López-Galindo, F. Rocha, J.A. Labrincha, F. Jamoussi. Mineralogy and plasticity in clay sediments from north-east Tunísia. Journal of African Earth Sciences, 57, 41–46, 2010 (2) Ancey, C.,. Plasticity and geophysical flows: a review. Journal of Non-Newtonian Fluid Mechanics 142, 4-35, 2007 (3) Malkawi, A.I.H., Alawneh, A.S., Abu-Safaqah, O.T.. Effects of organic matter on the physical and the physicochemical properties of an illitic soil. Applied Clay Science 14 (5–6), 257–278, 1999. (4) G. P. Souza, R. Sanchez, J. N. F. Holanda, Cerâmica, 48, 2002 (5) Macedo, R. S.; Menezes, R. R.; Neves, G. A.; Ferreira, H. C.. Estudo de argilas usadas em cerâmica vermelha. Cerâmica. vol.54, n.332, pp. 411-417, 2008 (6) DNER, Materiais para obras rodoviárias, métodos e instruções de ensaios,

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Rio de Janeiro, 1977. (7) Vicenzi, J.; Bergmann, C. P.. Adição de chamote em uma massa cerâmica à base de argila vermelha: efeito na secagem pré-queima. Cerâmica Industrial, 14 (2) Março/Abril, 2009 (8) Vieira, C. M. F.; Holanda, J. N. F. E Pinatt,I D. G..Caracterização de massa cerâmica vermelha utilizada na fabricação de tijolos na região de Campos dos Goytacazes–RJ. Cerâmica, vol.46, n.297, 2000 (9) Barba, A. et al.. Matérias-primas para la fabricación de suportes de baldosas cerámicas. Castellón, Espanha: Castañeda, 1997. 292p (10) Souza Santos, P.. – Ciência e Tecnologia de Argilas – Vol 1, 2ª ed., Edgard Blucher, São Paulo – SP, 1989 (11) Modesto, C. O., Bernardin, A. M.. Determination of clay plasticity: Indentation method versus Pfefferkorn method. Applied Clay Science 40 15–19, 2008 NC


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Eduardo Salamuni deixa a presidência da Mineropar Depois de oito anos à frente da Minerais do Paraná/Mineropar, Eduardo Salamuni deixou a direção da instituição e volta a se dedicar, desde o dia 5 de junho, às atividades docentes e de pesquisa na Universidade Federal do Paraná. O geólogo, nascido em Curitiba, tem mestrado em “Geologia Regional”, doutorado em “Tectônica”, é especialista em Geoprocessamento, prestou consultoria como geólogo entre 1987 e 1993 e é professor do curso de Geologia da UFPR. Nesta entrevista à NovaCer, Salamuni fala do trabalho desenvolvido na Mineropar.

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NovaCer - Qual o papel da Mineropar? Eduardo Salamuni - É uma companhia de economia mista estatal, mas que não funciona de fato como tal. Aliás, neste momento estuda-se sua transformação definitiva em autarquia, já que vem realizando atividades típicas da administração pública, atuando como um autêntico serviço geológico. A Mineropar tem servido como suporte técnico e institucional a órgãos de governo, prefeituras municipais e instituições de ensino, gerando e fornecendo informações geológicas, básicas e temáticas, aplicáveis ao planejamento e gestão do uso e ocupação do meio físico. Tem atuado igualmente como agente de fomento técnico à indústria mineral, contribuindo para o desenvolvimento sócioeconômico do estado. Também


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A Mineropar tem servido como suporte técnico e institucional a órgãos do governo, prefeituras e instituições de ensino está presente em situações que envolvam questões ambientais e de riscos geológicos. Uma importante faceta da instituição é observada em seu esforço em disseminar o conhecimento adquirido. Para cumprir isto, há uma série de atividades desenvolvidas no seu Centro de Informações Minerais (CIM), que vão desde a manutenção de exposição permanente de cenários que contam a evolução geológica da terra até a manutenção de seu portal eletrônico (www.mineropar. pr.gov.br), onde está disponível quase a totalidade do que foi produzido por seus técnicos, passando por uma belíssima coleção de rochas e minerais. Anualmente são cerca de cinco mil visitas presenciais na empresa, a maioria formada por estudantes do ensino fundamental e médio; e um incontável acesso virtual ao seu portal eletrônico. NC - Quais ações a Mineropar desenvolveu, durante a sua gestão, especificamente para o setor de cerâmica vermelha? ES - A Mineropar usa o termo “extensionismo mineral” para se referir ao apoio dado à indústria mineral, que é parte de sua fundamental atividade de fomento ao setor. No caso da indústria da cerâmica vermelha, o extensionismo se dá por meio de um grande projeto denominado de Pró-Cerâmica, responsável por múltiplas atividades, tais como mapeamento de jazidas, determinação de características das argilas com o objetivo da otimização da matéria-prima, desenvolvimento de estudos geológicos e de economia mineral sobre o setor, promoção

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de palestras e minicursos, inclusive, sobre problemas na fabricação propriamente dita, além de inúmeras participações e promoções de reuniões com representantes do setor no Paraná e fora do estado. Muitas destas ações são sintetizadas, atualmente, no denominado Prumo Cerâmico (Projeto Unidades Móveis). Trata-se basicamente de um veículo equipado com instrumentos laboratoriais e que se desloca até a unidade fabril para a realização de testes em peças estruturais, avaliando-se a cor de queima, suas dimensões, sua resistência, enfim suas características físicas. Havendo outras necessidades de testes as peças são encaminhadas ao laboratório da Mineropar em Curitiba (SELAB), que foi por nós reformado e ampliado. Os resultados, então, são encaminhados e discutidos com o empresário, auxiliando-o na melhoria dos padrões seja de matéria-prima, seja no processo industrial. Tudo isto compõe um quadro que permite direcionar parte da competência da Mineropar para a indústria cerâmica. NC - Como o senhor avalia o setor de cerâmica vermelha no Paraná? ES - O investimento técnico e até orçamentário que a Mineropar despende com a indústria de cerâmica vermelha se apoia no fato de que esta é uma indústria de base que, se bem conduzida, gera emprego e renda em qualquer porção do território paranaense, rico geologicamente em variados tipos de argila, bem como outros materiais usados na fabricação das peças estruturais utilizadas na construção civil. Além disso, se deseja que esta indústria cresça em volume e tecnologia para melhorar ainda mais o fornecimento de peças de qualidade a preços acessíveis à população de baixa renda, que desta forma poderá, mesmo que lentamente, construir moradias com boa qualidade estrutural. Vejo que nos últimos oito anos, a partir de quando eu entrei em contato com este setor, que a indústria de cerâmica vermelha avançou bastante, organizando-se em torno dos vários núcleos do Sindicer. Isto fez com que o conjunto se fortalecesse técnica, institucional e politicamente, a tal ponto que não só a região


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O Ipardes tem incluído em suas estatísticas as unidades fabris de cerâmica como as que mais crescem no Paraná metropolitana de Curitiba fosse notável, mas também outras regiões estratégicas paranaenses como o norte - inclusive o pioneiro -, o centro sul – incluindo a região dos Campos Gerais -, o sudoeste e parte do oeste. Tal crescimento tem chamado a atenção de organismos de planejamento como o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que tem incluído em suas estatísticas as unidades fabris de cerâmica como uma das que mais crescem no Paraná. Por outro lado, há ainda muito caminho a se trilhar, principalmente no que diz respeito à conscientização do empresário que as centrais de massa são uma maneira de buscar mais rapidamente a excelência de seus produtos. Não obstante o

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relativamente alto investimento que se tem feito no reequipamento das indústrias, há que se adaptar processos fabris de acordo com a tipologia da massa que se trabalha e para isto os próprios empresários deveriam ter em conta que investimento em pesquisa e desenvolvimento é o diferencial que esta indústria deverá oferecer, doravante, a seus clientes. Por fim, deve-se levar em conta que a indústria cerâmica é essencialmente ecológica, posto que fabrica um produto que é totalmente reciclável ou pelo menos que pode ser rapidamente absorvido pela natureza após tornar-se obsoleto. Para que tal indústria seja considerada como modelo de indústria verde no Paraná, deveria aumentar sua preocupação com a economia energética e com as questões envolvendo lavras ambientalmente corretas. Em síntese, o setor de cerâmica vermelha no Paraná tem tudo para se tornar referência nacional. Isto, para minha satisfação já está ocorrendo, e enxergo o setor com uma vitalidade institucional maior do que a pude observar em 2003. Prova disto são as exposições, tal como a Expocer, que crescem em escala e importância a cada edição.


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NC - Como avalia sua atuação à frente da Mineropar? ES - Foi uma grata satisfação trabalhar com uma equipe competente de profissionais, quer na área técnica, quer na área administrativa. A ideia de considerar a instituição um potencial serviço geológico já fora acalentada por mim muito antes de eu assumir sua direção e, portanto, foi muito interessante tentar concretizar tal aspiração. Isto foi possível porque encontrei ali técnicos que estão especializados em diferentes áreas de ação da geologia. Creio que tivemos sucesso nesta empreitada, posto que o reconhecimento, que ela tivera timidamente no passado se ampliou. O que fiz, na verdade, foi colocar a Mineropar na vitrine, porém não com seus excelentes trabalhos realizados no passado, mas principalmente com aquilo que desenvolve no presente. Muitos livros, relatórios, pareceres conclusivos e mapas foram confeccionados como resultado dos projetos e atividades, que são as ações cotidianas da empresa. Resolvemos praticamente todas as pendências que estavam candidamente colocadas na gaveta, mas que não poderiam ali permanecer, já que algumas delas ofereciam riscos à instituição. Havia, como em todo agrupamen-

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to corporativo, contradições internas que foram, quase todas, resolvidas ou extintas por absoluta desconexão com a realidade. Todavia, o que considero mais fundamental foi o fato de ter fortalecido a Mineropar tanto no âmbito institucional quanto político. NC - A partir de agora se dedica a quais projetos? ES - Volto às minhas atividades docentes e de pesquisa na Universidade Federal do Paraná, onde leciono pelo menos três disciplinas, todas atreladas à Geologia Estrutural e à Cartografia Geológica. Estou ligado, como pesquisador, a grupos de pesquisa, financiados pela Petrobras, com o intuito de estudar estruturas geológicas que possam agregar conhecimento na prospecção de óleo e gás, mas que servem igualmente para o desenvolvimento da pesquisa pura. Outra linha de pesquisa que inicio agora é a aplicação do conhecimento de geologia estrutural na área de construção civil, além de continuar a atuar, mesmo que de forma secundária, no campo das águas subterrâneas. Por fim, aliar minhas atividades de docente e pesquisador com a atuação na política universitária também será uma possibilidade em futuro próximo. NC


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FEIRAS

Empresários se organizam para o Encontro Keller A empresa alemã Keller HCW vai marcar presença no 40º Encontro Nacional da Indústria Cerâmica Vermelha, em agosto, no Espírito Santo. A empresa que projeta e constrói máquinas e processos de produção para a indústria de cerâmica vermelha, desde o manuseio na jazida de argila até a embalagem de produtos cerâmicos, vai apresentar no evento renovações de instalações existentes com componentes individuais ou renovações de fábricas completas, tecnologias modernas de fornos e secadores com redução no consumo de energia primária nos processos de secagem e queima, conceitos de preparação de matéria-prima, manuseio por robôs e técnica de automação.

Foco ambiental A Anicer incluiu na programação do encontro uma clínica sobre o tema licenciamento ambiental e recuperação de áreas. Com o título “Somos mineradores: como obter licenciamento, estar em dia com a CFEM e gerenciar nossas jazidas”, a clínica será apresentada no primeiro dia do congresso (25), às 11h, pelo consultor ambiental Abdel Hach.

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Ceramistas da Paraíba estão se organizando para o 40º Encontro Nacional. No dia 22 de junho os empresários se reuniram na Câmara de Vereadores de Juazeirinho para tratar da viagem ao Espírito Santo. Ceramistas das regiões do Cariri, Curimataú, Sabugi e Seridó, em parceria com o Sebrae, estão empenhados no Plano de cerâmica vermelha para alavancar o setor.

Novidades no Prêmio João-de-Barro Associados à Anicer já podem fazer suas indicações para o Prêmio João-de-Barro 2011, título que reconhece e destaca as personalidades, cerâmicas, instituições e fornecedores que contribuem com ações inovadoras e práticas de qualidade para a melhoria e desenvolvimento do setor no Brasil. Na ediçao deste ano, a Anicer fez algumas mudanças nos critérios de indicação e votação. A partir de agora as indicações serão automatizadas e podem ser feitas através do site da associação (www.anicer.com.br). A identificação será feita pelo número do CNPJ da

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empresa ou sindicato/associação. Outra novidade é que as indicações deverão ser justificadas, com o intuito de subsidiar a análise da Comissão Julgadora. Na justificativa, deverão constar quais ações foram realizadas pela personalidade, empresa ou instituição que mereça o reconhecimento por meio da indicação ao prêmio. Para que a premiação das categorias “Fornecedor” e “Melhor Estande” esteja fundamentada na vontade do público consumidor, as empresas expositoras concorrentes nestas categorias terão direito a um único voto cada. NC


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Acordo para produção limpa é assinado na Fiesp Sete universidades e 14 empresas formalizam parceria durante Semana de Meio Ambiente Um acordo de cooperação com o objetivo de desenvolver produção mais limpa na indústria foi assinado entre empresas e universidades no dia 8 de junho. Representantes de sete instituições e 14 companhias formalizaram a parceria no Teatro do Sesi, em São Paulo (SP), que contou com a presença de 400 convidados, entre empresários, especialistas em meio ambiente e estudantes. O documento, resultado de uma ação dos departamentos de Meio Ambiente (DMA) e de Micro, Pequena e Média Indústria (Dempi) da entidade, foi assinado durante a cerimônia de encerramento da 13ª Semana Fiesp/Ciesp de Meio Ambiente pelo presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/ Ciesp), Paulo Skaf. “Esses novos agentes que chegarão ao mercado de trabalho sem estarem viciados, no bom sentido, no antigo modelo de produção podem nos auxiliar com projetos de produção mais limpa”, disse Eduardo San Martin, diretor de Meio Ambiente do Ciesp e diretor-titular adjunto do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp, sobre a contribuição dos estudantes para solu-

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Fonte: Agência Indusnet Fiesp

ções de gestão ambiental na indústria. As universidades que assinaram o protocolo são: Anhembi Morumbi, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Faculdade Metropolitanas Unidas, Faculdades Rio Branco, Universidade Mackenzie, Universidade Santo Amaro e Universidade São Judas Tadeu. “Essas faculdades começam a se apresentar aos seus universitários como uma universidade com postura diferenciada no mercado de trabalho em relação às questões ambientais”, avaliou San Martin.

Indústria e academia A aproximação de indústrias e universidades vem sendo estimulada pela Fiesp, desde 2009, com palestras sobre o tema Produção Mais Limpa em pelo menos 17 faculdades. “Esse trabalho com relação a meio ambiente começou há três anos. É realmente algo concreto”, afirmou Paulo Skaf, acrescentando que a responsabilidade socioambiental da indústria “deixou de ônus para ser um bônus”. NC


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Minha Casa, Minha Vida é entregue em Santa Catarina Fonte: Portal Brasil

Foto: James Tavares

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Na primeira visita a Santa Catarina no dia 9 de junho, a presidente Dilma Rousseff entregou em Blumenau 580 apartamentos financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida. As moradias beneficiaram 220 famílias atingidas pelas enchentes de 2008, que permaneciam em abrigos públicos e recebiam aluguel social. Além de recursos federais, o governo do estado destinou R$ 2,4 milhões, por meio do Fundo Estadual de Defesa Civil, que reúne as doações de todo o país. “Hoje é dia de comemorar nossa coragem e a força dos catarinenses em se reconstruir. Também é dia de reconhecer a solidariedade de cada pessoa, cada anônimo que fez uma doação aos catarinenses em um momento difícil”, afirmou durante a cerimônia de entrega o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. Durante o discurso, a presidente concordou com o governador que a entrega das moradias representou uma comemoração aos valores catarinenses. “Estive aqui em 2008 e vi a determinação, a força e a energia de resistência do povo catarinense. Todo o brasileiro precisa ter um lar. A casa é um símbolo de amor de uma nação”, falou Dilma Rousseff. O governo federal investiu R$ 27,7 milhões na construção das moradias de Blumenau. A segunda fase do Programa Minha, Casa

NovaCer • Ano 2 • Julho • Edição 15

Minha Vida vai promover a construção de mais de um milhão de novas moradias no país e vai beneficiar famílias com renda de zero a três salários mínimos. Em todo o país, o programa já contratou 1.079.689 moradias para famílias de todas as faixas de renda, no valor total de R$ 60,2 bilhões, segundo informações do Ministério das Cidades. Durante a cerimônia em Santa Catarina, a presidente reassumiu seu compromisso de lutar contra o déficit habitacional e disse que todo brasileiro tem direito à proteção de um teto, de um lar, um lugar para criar dignamente seus filhos – e o programa visa garantir esse direito: “Quem ainda não teve acesso à sua casa própria terá agora a oportunidade”. A presidente lembrou também que investir na construção civil transforma o Brasil, aquece a economia, gera empregos e riquezas, além de resultar na melhoria da qualidade de vida da população e na segurança pública, além de resultar em uma "obrigação" do Estado. Os 580 apartamentos entregues estão distribuídos em 29 blocos, em quatro conjuntos residenciais do bairro Passo Manso: Morada das Paineiras, Morada das Araucárias, Morada das Figueiras e Morada dos Manacás. Cada moradia tem área privativa de 41,36 metros quadrados, dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. Os residenciais também dispõem de equipamentos comunitários, salão de festas, playground, vagas de estacionamento, guarita, depósito de lixo e centrais de gás. Em Blumenau, o programa Minha Casa, Minha Vida já contratou 2.383 unidades habitacionais, com investimento total de R$ 122,6 milhões. Do contratado, 77% são destinados a famílias com renda até até três salários mínimos, o que representa 1.824 moradias, no valor de R$ 82 milhões. Nessa faixa de renda já foram entregues no município 352 unidades habitacionais entre novembro do ano passado e abril deste ano e, além das 580 entregues no dia 9 de junho, está prevista a entrega de mais 892 moradias no município ainda em 2011. NC


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