Revista Novacer Edição 63 Julho 2015

Page 1

Entrevista com o empresário e presidente Sindicer/RS, Jorge Romeu Ritter

Ano 6

Julho/2015

Edição 63

www.novacer.com.br

Encontro do Nordeste Evento realizado no Piauí promove interação entre empresários e troca de experiências sobre o setor

Encontro Nacional será realizado em Porto Alegre

Cerâmica de GO reaproveita jazida para cultivar peixes

Projeto de sustentabilidade é lançado no Oeste Paulista


O forno pode ser construído nos tamanhos de: 18,0m x 3,0m x 2,8m / 18 ,0m x 4,0m x 2,8m / 20,0m x 3,0m x 2,8m 20 ,0m x 4,0m x 2,8m / 24,0m x 3,0m x 2,8m / 24 ,0m x 4,0m x 2,8m

Comparando o custo final com os demais fornos do mercado o forno vagão metálico fica em torno de 40% a 60% mais barato e construído aproximadamente 60 dias.

O sistema de isolamento térmico em fibra cerâmica nas paredes, aplicados em módulos de 2m de comprimento eliminando propagação e fuga de calor, proporcionando uma economia de até 50% no combustível (madeira, cavaco e serragem, entre outros). Outra vantagem é o fantastico resultado da queima, tijolos queimados uniformimentes, tanto na parte superior da carga como na parte inferior da carga nao tendo tijojos requeimados ou sem queimar.

Agende uma visita e venha conferir...

Inauguração de mais um forno vagão emantado Cerâmica Cedro Minas -MG

(37)

3237-4000


As fornalhas são projetadas com chamas no alto, evitando requeima do tijolo na lateral da fornalha. Sistema de vedação da fornalha com porta emantada, revestimento externo com manta aluminizada, tendo o teto totalmente emantado onde o conjunto diminui a propagação do calor para meio externo aumentando a economia. A fornalha é construída com tijolos feitos de chamote sendo queimado a 1200 graus, proporcionado assim uma maior resistência conta impactos sofridos por lenha ou outro material na queima.

O Forno Rogesesi conta com teto plano onde proporciona uma maior mistura do calor fazendo com que este calor desça uniformemente fazendo a queima e equilibrando a temperatura superior com a inferior. O forno, teto e portas são construídos com vigas “U”, “W” e chapa expandida para fixação da manta de fibra cerâmica.

As opcões de porta pode ser: Abrir em duas bandeiras (manual) correr (manual ou automática). Para fazer a extração do vagão com tijolos queimados e a colocação do vagão a ser queimado, utilizamos um em cada extremidade do forno. Com um sistema totalmente automatizado através de painéis elétricos o redutor trabalha de modo automático.

Rua Dilson Christo Rosemburg,120 Bairro Joao Paulo II - Pará de Minas MG - CEP. 35661-059

Celular: (37) 9971-1074

email rogesesi@rogesesi.com.br email sergio@rogesesi.com.br website www. rogesesi.com.br

NC Design - (48) 3045-7865

A portas do forno Rogesesi, são confeccionadas em viga U de 4", elas fazem o fechamento total do forno. O vagão carregado fica confinado dentro do forno. este sistema garante a total vedação do forno.


o n a i m o n o c e ressionante

a i g r e n e e d consumo

Imp

100% PROTEGIDA

Não existe a movimentação e atrito de grandes volantes, engrenagens, correias e polias. Estrutura reforçada em chapas de aço 3 vezes mais forte que o ferro fundido. Caracóis em aço com revestimento de solda super dura com duração comprovada de até 300 dias. Caixa de engrenagens Bi-Partida facilitando desmontagem e remoção de eixos. Canhão Bi-Partido para facilitar manutenção de caracois. Redutores importados da Europa com a mais avançada tecnologia de fabricação. Redutores 100% silenciosos com grande economia de energia elétrica. Jamais haverá acidentes com volantes, correias e polias.

Equipamento totalmente blindado, respeitando as normas da NR12. Por ser um equipamento de modelo pouco conhecido oferecemos venda condicional por 30 dias. Garantia de um ano para qualquer defeito de fabricação. A MAN tambem fornece opcional o painel elétrico com as chaves de emergencia, para evitar sobre sobrecargas e queima de motores elétricos.

www.man.com.br Marilia - SP Fone: (14) 3408-4400


NC Design - (48) 3045-7865

Forno Túnel

FORNO COMPACTO FORNO TÚNEL DE MÉDIA PRODUÇÃO E BAIX BAIXO CUSTO CONSTRUTIVO, PARA EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE! Facilidade de automação da carga e descarga dos vagões. Descarga dos vagões com empilhadeira. Produção entre 600.000 a 800.000 peças/mês. Comprimento do forno a partir de 60 metros. Baixo consumo de combustível. 100% de recuperação de calor para o secador.

Av. Getúlio Vargas, 2080 Bairro Morretinho - Sombrio - SC - CEP: 88960.000 Tel/Fax.: (48) 3533.0207 - (48) 9985-0011 - ernandes@ifcfornos.com.br


www.empresaprojectos.com.br

Ciclo de secagem de 90min. para tijolos

Ciclo de secagem de 57min. para telhas

NC Design - (48) 3045-7865

SECADOR DE ESTEIRA

FORNO JUMBO

A PROJECTOS é uma empresa pioneira na fabricação de SECADOR DE ESTEIRA e FORNO JUMBO, utilizados para secagem e queima de TELHAS e TIJOLOS em todo Brasil. Nos SECADORES DE ESTEIRA e FORNOS JUMBO em funcionamento, já foram realizadas uma quantidade expressiva de VISITAS por ceramistas de diversas regiões do Brasil.

Estes são alguns dos clientes que já aderiram a nova tecnologia de secagem e queima: - Cerâmica Girão e Ramos LTDA. ME - Flores-CE; - Cerâmica J.S. Cunha - Jucas-CE; - Cerâmica Santana - Alagoinhas-BA; - Cerâmica Holanda - Chorozinho-CE; - Indústria e Comércio de Tijolos Cassio LTDA. ME - Morro da Fumaça-SC; - Cerâmica Caucaia - Caucaia - CE; - Industria Cerâmica Do Brasil LTDA - Flôres - CE; - Cerâmica Magalhense LTDA – São Bernardo-MA; - Cerâmica Aliança – Rosário-MA; - Cerâmica Barroso – Caucaia-CE.

AGENDE TAMBÉM A SUA VISITA

+55 (48) 9945-8544 +55 (48) 9941-6889 +55 (48) 3437-6415 g.pauloprojetos@hotmail.com comercial@empresaprojectos.com.br contato@empresaprojectos.com.br paulinho@empresaprojectos.com.br

Rua Defendi Casagrande, 33 - Ed. Ponta do Sol, Sala 03 - Bairro Comerciário - 88.801-471 - Criciúma - SC


NC Design - (48) 3045-7865

r

r

r


SUMÁRIO

FEIRAS 16:

Encontro do Nordeste reúne o setor no Piauí

EDITORIAL

MEIO AMBIENTE

FEIRAS

DESENVOLVIMENTO

12: Carta ao Ceramista

22: Cerâmica de GO reaproveita jazida para Piscicultura

24: Porto Alegre sediará 44º Encontro Nacional

28: Crise hídrica faz crescer procura por filtros de barro

Diretor Geraldo Salvador Junior

direcao@novacer.com.br

revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869

Comercial Moara Espindola Salvador

comercial@novacer.com.br

Administrativo Financeiro Felipe Souza

financeiro@novacer.com.br

Jornalista Responsável Juliana Nunes - SC04239-JP

redacao@novacer.com.br

Diagramação & Arte Jefferson Salvador Juliana Nunes

arte@novacer.com.br

Redação Juliana Nunes

redacao@novacer.com.br

Fotografia & Marketing Digital Natanael Knabben revista@novacer.com.br

Impressão Gráfica Coan Tiragem 3500 exemplares

Jesus Cristo, O Messias

8

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


ENTREVISTA

MEIO AMBIENTE

ARTIGO TÉCNICO

30: O setor gaúcho

34: Projeto de sustentabilidade é lançado no Oeste Paulista

36: Análise da retenção de água e do tempo de pega de argamassas com rejeitos da indústria cerâmica

SUMÁRIO

Julho 2015

Fale com a NovaCer www.novacer.com.br @revistanovacer RevistaNovaCer RevistaNovaCer @revistanovacer

Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

9



Quer eliminar água economizando energia?

Com as bombas de vácuo Busch você não gasta água e ainda economiza energia elétrica. Pergunte-nos como! sac@buschdobrasil.com.br

Busch do Brasil Ltda Tel.: (11) 4016 1400 l www.buschdobrasil.com.br


EDITORIAL

Carta ao Ceramista A reportagem principal da Revista NovaCer deste mês traz a cobertura da 10º Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha e o 20º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste. O evento, que ocorreu no Blue Tree Rio Poty Hotel, em Teresina, no Piauí, contou com exposição de produtos e equipamentos para a indústria cerâmica de todo o Brasil, além de palestras, debates e visitas técnicas a cerâmicas do Estado. Com o objetivo de divulgar exemplos em sustentabilidade, a NovaCer trouxe ainda uma reportagem com a cerâmica Santo Antônio. De Mara Rosa, em Goiás, a empresa se destaca pela recuperação das jazidas de extração de matéria-prima por meio da Piscicultura. Há 11 anos, a indústria transforma crateras em tanques para criatórios de peixes. Leia ainda a entrevista especial com o empresário e presidente do Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do Sul (Sindicer/RS), Jorge

12

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

Romeu Ritter. Nesta entrevista, ele fala sobre as características do setor no Rio Grande Sul, que sediará em setembro o 44º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. Sobre este encontro, a NovaCer ainda traz uma reportagem com informações de como será o evento que acontecerá em Porto Alegre. Saiba quais serão as novidades da edição sul, alguns dos temas das clínicas, fóruns e minicursos e onde serão realizadas as visitas técnicas. Nesta edição, leia também o artigo técnico intitulado Análise da retenção de água e do tempo de pega de argamassas com rejeitos da indústria cerâmica. O trabalho foi apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, que ocorreu de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, no Rio Grande do Norte.

A Direção


CILINDROS UNICER PARA L A M I N A D O R E S

EXIJA ESTA QUALIDADE Diâmetros até 1.400 mm

w w w . u n i c e r. c o m . b r EQUIPAMENTOS PARA CERÂMICA

Fone: (19) 3572-9292 v e n d a s @ u n i c e r. c o m . b r

Rua Luis de Moraes Rego, 213 - C.C. Bosque Caixa Postal 167 - CEP 13.610-970 - Leme/SP


NC Design - (48) 3045-7865

www.camargomaquinas.com camargo.maquinas@terra.com.br

PRINCIPAIS PRODUTOS • Carregadores Automáticos; • Descarregadores Automáticos; • Pinças; • Transportadores de vagonetas manuais, semiautomáticos; • Auto Viajantes para secador com hélice de 2 metros de diâmetro; • Painéis elétricos em geral; • Fornos tipo plataforma e vagonetas para tijolos;

Rua Salvador Tomazeto, 120, Bairro Traviú Jundiaí - SP - CEP: 13213-260

(11) 4492-1049

anunc


NC Design - (48) 3045-7865

Show gratuito na sexta-feira a todos os participandes do encontro!

16 a 19 de Setembro de 2015 Conheça a programação técnica do 44º Encontro Nacional! Garanta o seu lugar! CLÍNICA 1

“Regulagem de boquilhas: como adequá-las para obter qualidade e menor consumo energético”

FÓRUM 1

Amando Alves de Oliveira - Senai/SP

“Requisitos de desempenho das edificações no Brasil” e “Balanço energético e acústico da habitação: experiência britânica”

CLÍNICA 2

Orivaldo Barros, Maria Angélica Covelo Mediador: Juan Carlos Germano (Pauluzzi)

“A qualidade como oportunidade de negócio” Representantes do PBQP-H, Caixa Econômica Federal, BNDES e Finep Mediador: Cesar Gonçalves (Presidente da Anicer)

MINICURSO 4

“Principais NR’s aplicadas à Cerâmica Vermelha Aplicação e casos de sucesso” Sérgio Ussan e Isac Medeiros

MINICURSO 1

“O impacto das matérias-primas na secagem” Vitor Costa

CLÍNICA 5

“Como escolher o forno certo para o seu negócio?”

MINICURSO 2

“Tendências de Marketing e Vendas - Sua Cerâmica no Século XXI” Ricardo Leite

Antônio Pimenta e Vagner Oliveira

CLÍNICA 6

“A Força da Segurança” Eric Chartiot (mágico francês)

CLÍNICA 3

“Liderança: desenvolva seu gerente de produção” Fernando Fernandes e Vitor Costa

“Eficiência Energética: como obter o máximo rendimento de energia elétrica com segurança”

CLÍNICA 4

“Minha cerâmica tem condições de fabricar bloco estrutural?”

FÓRUM 2

Márcia Mello Participação dos ceramistas: Marcelo Tavares (Grupo Tavares) José Joaquim Gomes da Costa (Telhas Mafrense) Mediador: Sandro Silveira (Cerâmica Palma de Ouro)

“Licenciamento Ambiental e Recuperação de Áreas: o que você deve saber” Sandra Gazem e Tiago José Pereira Neto

Fábio Cruz

“Desafios e oportunidades da construção civil”

Edvaldo Maia Participação dos ceramistas: Ralph Perrupato (Cerâmica Parapuan) Cláudia Volpini (Cerâmica Volpini) Luis Lima (Cerâmica Argibem)

MINICURSO 3

MINICURSO 5

MINICURSO 6

Apresentação do trabalho vencedor do Prêmio Jovem Ceramista 2015

Inscreva-se já em www.anicer.com.br/encontro44 Aproveite o valor promocional e concorra a passeios à Gramado ou Canela e Visitas Técnicas às Cerâmicas Pauluzzi, João Vogel e Kaspary.

anuncio_novacer_programacao_e44.indd 1

24/06/2015 16:23:15


FEIRAS Foto: Sindicer/PI

Encontro do Nordeste reúne o setor no Piauí Evento organizado pelo Sindicer/PI reuniu cerca de 400 pessoas, no Blue Tree Rio Poty Hotel, em Teresina

16

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

De 11 a 13 de junho, o Piauí recebeu a 10º Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha e o 20º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste. O evento ocorreu no Blue Tree Rio Poty Hotel, em Teresina, e contou com a participação de 400 pessoas, entre empresários, profissionais e investidores da indústria de cerâmica vermelha de diversos estados brasileiros. Além disso, participaram como expositores 25 empresas fabricantes de produtos e equipamentos para a indústria cerâmica vindos de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, entre outros estados do Brasil. Organizado e realizado pelo Sindicato da Indústria Cerâmica para Construção Civil do Piauí (Sindicer/PI), com o patrocínio da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi),


FEIRAS Foto: Sindicer/PI

Sebrae e outros parceiros institucionais e privados, o encontro teve como objetivo intensificar a interação e a troca de experiências. “Primeiramente esse é um encontro que se realiza todos os anos. Nosso objetivo também foi possibilitar aos ceramistas do Nordeste que não tem oportunidade de participar das feiras nacionais de terem a oportunidade de conhecer algumas cerâmicas importantes no cenário nacional e também de realizarem negócios”, relatou o presidente do Sindicer/PI, Waldyr De Moraes Júnior. Neste ano, o encontro contou com palestras e debates sobre Norma de Desempenho, NR-12 e Liderança e Inovação. “Esta última foi uma palestra motivacional, que de uma forma genérica abordou temas do nosso cotidiano, mostrando como o empresário pode Inovar e Liderar”, disse o presidente do Sindicer/PI. A programação contou ainda com visitas técnicas a cerâmicas do Estado. Foram elas as indústrias do Grupo Mafrense (Cermar e Blocomar) e as cerâmicas Santa Maria e Cevvap. Durante a solenidade de abertura da Convenção Nordeste, o presidente do Sindicer/PI agradeceu a presença de todos e convocou a classe ceramista a unir-se em prol de propostas do interesse comum da categoria. Em sua fala, ele fez um breve comentário sobre o cenário econômico que o país vive. "É necessário a união entre os empresários para superar as dificuldades da grave crise econômica em que o país vive. Não podemos perder o otimismo já que em outras ocasiões já passamos por crises semelhantes. Nosso senti-

mento é de que as empresas vão aos poucos se ajustando dentro do mercado", pontuou. Ainda durante a abertura, o vice-presidente da Fiepi, Félix Raposo, destacou a importância da convenção para o setor ceramista do Piauí, sobretudo em relação a pessoa do presidente do Sindicer/PI, Waldyr Júnior. "Todos os industriais devem seguir o exemplo como o do Waldyr, que muito tem contribuído para o desenvolvimento do setor cerâmico e que o evento será de grande proveito a todos presentes e para o Piauí", disse. Além de Júnior e Raposo, participaram também da mesa de abertura, o diretor do Senai, João Henrique Sousa; a diretora corporativa da Fiepi, Ana Paula Lacerda; o diretor de assuntos institucionais da Fiepi, Ewerton Negri Pinheiro; o diretor de assuntos econômicos da Fiepi, Freitas Neto; o tesoureiro da Fiepi, Robério Cantalice; e a superintendente do IEL, Lauriane Coelho.

Foto: Sindicer/PI

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

17


FEIRAS Foto: Marcelo Almeida / Fiepi

Foto: Marcelo Almeida / Fiepi

Foto: Sindicer/PI

Evento surpreende visitantes

18

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

O presidente do Sindicato das Indústrias de Cal e Gesso, Olaria, Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento e Cerâmica para Construção no Estado do Ceará (Sindcerâmica), Marcelo Guimarães Tavares, contou que o Encontro do Nordeste deste ano surpreendeu. “O encontro de ceramistas do nordeste me surpreendeu positivamente, as visitas técnicas em excelentes fábricas com horário de visitas em todas as manhãs, proporcionando um alto número de público, uma logística muito boa, além da organização do evento que soube escolher muito bem os palestrantes com temas de vital relevância para o momento do setor”, destacou. Outro participante que aprovou o evento foi Heline Melo, gerente do Centro de Tecnologia da Cerâmica do Senai/PI. Ele afirmou que de maneira geral o evento foi um sucesso. “Superou as expectativas. As cerâmicas do Piauí são muito organizadas e têm um nível técnico muito bom. Então é um diferencial. A gente estava precisando deste tipo de evento no Piauí”, relatou. Ainda segundo Melo, para o Senai-PI, o saldo também foi bastante positivo, principalmente a questão de contatos com clientes. “Depois desse evento, o Senai está ainda mais conhecido. Já tinha um nome no mercado e um evento como este só veio a favorecer”, complementou. O presidente do Sindicer/PI relatou que o fluxo de pessoas nos três dias de evento ficou muito acima da expectativa, recebendo ceramistas de todo o Nordeste, Norte, Sul de Sudeste. “Nossa avaliação é muito positiva, pois tivemos muito o que mostrar do nosso parque cerâmico de Teresina, que representa muito em termos de Brasil com suas cerâmicas automatizadas e diferentes processos de produção. O sindicato manterá suas capacitações e parcerias com o Senai e Sebrae para eficiência energética, adequação à NR12 e normas ambientais. Tudo isso o sindicato procura oferecer aos seus associados para que tenham um bom desempenho”, complementou Júnior.


FEIRAS

Foto: João Neto / Sindicer/PB

Comitiva de empresários da Paraíba participa do Encontro do Nordeste Uma comitiva de empresários da Paraíba também esteve presente na 10ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha, na cidade de Teresina, no Piauí. Um deles foi o ceramista Francisco Xavier de Andrade, da cerâmica Salema. Ele elogiou e parabenizou o evento realizado neste ano. "O evento foi fantástico. Foi um dos maiores encontros que já tivemos no Nordeste e com visitas das melhores que já tivemos nos encontros nacionais. Por fim, o encontro de Sindicers pôde unir as lideranças do nordeste e discutir este tempo de crise, foi muito gratificante e participativo. O Sindicer/PI e suas cerâmicas estão de parabéns", afirmou. Formada por representantes do Sindicato da Cerâmica Vermelha da Paraíba (Sindicer/PB), a comitiva foi liderada pelo presidente do sindicato, João Gomes de Andrade Neto. Ele também foi responsável pela organização e mediação do 20º Encontro de Sindicatos de Cerâmica do Nordeste, que aconteceu simultaneamente a Conven-

ção Nordeste de Cerâmica Vermelha. Segundo Neto, o encontro de Sindicers do nordeste é a reunião anual entre os presidentes e representantes dos sindicatos, para buscar novos desenvolvimentos para o setor cerâmico no nordeste e discutir o cenário nacional. “Este último foi o vigésimo, e todos os estados estavam presentes por seus presidentes e/ou seus representantes. Foi realizado ao fim do dia 12 de Junho, às 19 horas. Neste evento, conseguimos aprofundar ainda mais o grupo e iniciamos um trabalho mais intenso e frequente. Este período de crise necessita de gestão, e o grupo unido, pode trazer novos caminhos a serem trabalhados em conjunto”, contou Neto. Sobre a Convenção Nordeste, na opinião do presidente do Sindicer/PB, superou todas as expectativas. “Trouxe palestras que captaram atenção de todos e visitas a cerâmicas de extrema tecnologia e organização. O Piauí está de parabéns”, parabenizou.

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

19


FEIRAS

Palestra aborda norma de desempenho A importância da norma ABNT NBR 15.575 – “Edificações habitacionais — Desempenho” foi uma das palestras ministradas durante a convenção. O palestrante foi o engenheiro civil e pesquisador do Instituto de Pesquisas de Tecnologias (IPT), André Delfino Azevedo. Ele destacou a utilidade da norma como uma referência técnica que estabelece um padrão mínimo para o mercado. “Além disso, passei por cada parte que a norma se divide, abordando aspectos de segurança, habitabilidade e sustentabilidade nos diversos sistemas de construção existentes, como paredes de alvenaria de blocos cerâmicos, paredes de drywall, sistemas de coberturas com telhas cerâmicas e sistemas pisos, entre outros, indicando os requisitos e critérios de desempenho especificados na norma e, também, quais as mudanças necessárias no processo de produção de um edifício, buscando atender aos requisitos de desempenho”, disse. Conforme Azevedo, ao compreender melhor os pontos da norma de desempenho, o empresário do setor cerâmico pode Foto: Sindicer/PI

20

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

buscar melhorias no seu produto, estimulando o desenvolvimento tecnológico. O engenheiro ainda comentou que os empresários do setor devem subsidiar o mercado com dados e informações do desempenho de seu produto, através de ensaios e análises, tornando-se base para o desenvolvimento de projetos, a seleção de tecnologias e o controle da qualidade destes materiais. Durante a palestra, Azevedo mostrou que a norma de desempenho não traz apenas malefícios ou dispêndio para o setor. Ela traz de forma direta aspectos mínimos necessários para os produtos fornecidos para construção de edificações habitacionais, criando um padrão para o mercado produtor (ceramistas) e melhores condições para as habitações e o usuário final. “Além disso, informei que alguns produtores já atendem a parte dos requisitos e critérios especificados na norma de desempenho, mas tal informação não faz parte de seus catálogos, devido ao baixo interesse do produtor ou custos altos para execução dos diversos ensaios”, complementou o pesquisador do Instituto de Pesquisas de Tecnologias (IPT).


FEIRAS

Foto: João Neto / Sindicer/PB

Visita ao grupo Mafrense estiveram visitando as instalações da planta das empresas do grupo Mafrense, que é responsável pela fabricação de produtos cerâmicos, como telhas, tijolos e blocos estruturais para edificações em várias modalidades. Foto: Sindicer/PI

A primeira visita técnica realizada pelos participantes do encontro foi ao grupo Mafrense (Cermar e Blocomar) na zona rural do município de Nazária, a 35 quilômetros da capital. Participaram desta visita empresários, autoridades e ceramistas de outros estados, que foram recebidos pela diretoria do grupo, na pessoa do ceramista José Joaquim Gomes da Costa, e demais dirigentes daquela empresa, que os acompanharam ao longo das instalações, e conheceram as etapas do processo de fabricação dos produtos da indústria. As empresas do grupo Mafrense são automatizadas e produzem mensalmente três milhões de tijolos e 500 mil blocos estruturais para o setor da construção civil, tendo o próprio Estado do Piauí como seu principal mercado consumidor. Empresários de vários estados do Nordeste, além de São Paulo, Pará e Paraná,

Visita à Barro Forte marca encerramento de convenção A visita técnica na cerâmica Barro Forte marcou o encerramento da 10º Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha. Na ocasião, a empresária Bibi Fortes, ao receber os convencionais na empresa Barro Forte, falou da oportunidade de ouvir os outros companheiros e sentir o que eles estão fazendo e também de mostrar o material produzido no Piauí. “Estamos em momento de crise e o evento serviu para mostrar que temos que ter criatividade, profissionalizar as pessoas e manter equipes competentes

com colaboradores engajados”, disse. Bibi Fortes disse que o evento foi possível também graças ao comprometimento e apoio do presidente da Fiepi, Zé Filho, que atua setorialmente buscando atender a todos. “Então acho que os outros sindicatos e segmentos devem seguir o exemplo do Sindicer-PI, realizando eventos e levando demandas ao presidente da Fiepi. Assim, com certeza, todos terão a ganhar”, finalizou. NC Com informações da Fiepi.

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

21


MEIO AMBIENTE

Cerâmica de GO reaproveita jazida para Piscicultura Empresa recupera as jazidas de extração de argila por meio do cultivo de peixes há 11 anos

22

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

Buscando manter o meio ambiente em equilíbrio e com o objetivo de ser uma empresa sustentável, a cerâmica Santo Antônio, de Mara Rosa, no estado de Goiás, recupera as jazidas de extração de argila por meio da Piscicultura. A empresa transformou crateras em tanques para criatórios de peixes. Há 11 anos, a indústria faz a recuperação da área degradada por meio de cultivo de peixes. No total, são sete tanques para a criação de espécies como Matrinchã, Pintado, Caranha, Piau e Tilapia. No entanto, segundo o proprietário da cerâmica, Amado Olímpio Rosa, somente isso não era suficiente para mudar o cenário. Dessa forma, o empresário conta ainda que em volta dos tanques foram plantadas espécies frutíferas, como jambo amarelo, jamelão, abacate, pinha, limão e muitas outras. Também foram incluídas plantas nativas, por exemplo,


MEIO AMBIENTE

ipê-roxo, pau-brasil, balsamo, mogno, peroba, cedro e gueroba. “Toda a área foi revitalizada e o meio ambiente saiu ganhando, pois o que antes era paisagem degradada ganhou vida e atraiu pássaros e animais silvestres, o que tornou essa área um bosque de recreação e de lazer que tem permitido a todos bons momentos”, relatou o ceramista. Conforme Rosa, a execução deste projeto vem ao encontro dos valores e da missão da cerâmica Santo Antônio, em ser a solução em produtos cerâmicos, de forma a contribuir na transformação dos sonhos de morar bem, valorizando o bem-estar social e respeitando o meio ambiente. Com esta iniciativa, de valorizar o ecossistema local e fazer o reflorestamento das áreas, a empresa foi reconhecida em 2008. “Tivemos o orgulho de receber o Prêmio Crea de Meio Ambiente, na categoria Minas e Lavras, e ter nosso trabalho apresentado como exemplo de sustentabilidade na mineração. Tudo isso nos deixou ainda mais motivados e cientes da nossa responsabilidade”, acrescentou Rosa.

Para ele, o principal fornecedor e parceiro da cerâmica Santo Antônio é o meio ambiente, de onde se retira a argila e o combustível energético para as fábricas. “E essa parceria só é satisfatória quando todas as partes saem ganhando: tanto o homem quanto a natureza”, disse.

A cerâmica Há 33 anos no mercado, a cerâmica Santo Antônio tem uma produção diversificada, que inclui telhas do tipo portuguesa, romana e plan; bloco de vedação; meio bloco; e canaletas. Atualmente a empresa fabrica em torno de 1,5 milhão de peças por mês. A cerâmica destaca-se, ainda, por ter seus produtos dentro da conformidade Inmetro: resistência, impermeabilidade, encaixe, teste de chuva, absorção de água, comprimento, largura e altura. As amostras são submetidas a ensaios cerâmicos no laboratório tecnológico da própria empresa e no Laboratório de Ensaios Cerâmicos, garantindo a qualidade da produção de uma matéria-prima que é reconhecida pela sua cor de queima e sua resistência. As telhas fabricadas pela empresa estão certificadas com direito ao uso do selo Inme-

tro. Os outros produtos são produzidos com o mesmo controle de qualidade dos produtos certificados atendendo ao Programa Setorial de Qualidade (PSQ). Atualmente, a empresa conta com 85 colaboradores. Segundo o proprietário da empresa, são disponibilizados a estes trabalhadores Médico do Trabalho, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), Programa Preventivo de Riscos de Acidente (PPRA), uniformes, EPIs e sala para treinamento. “A empresa preza pelo crescimento profissional de seus colaboradores, prova disso, foi proporcionar a um funcionário a oportunidade de formar-se em técnico cerâmico na Escola Senai Mário Amato, em São Bernardo (SP). O primeiro do norte goiano e um dos raros em Goiás”, finalizou Rosa. NC

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

23


FEIRAS

Porto Alegre sediará 44º Encontro Nacional Evento deste ano vai ocorrer de 16 a 19 de setembro, na capital do Rio Grande do Sul

Encontro Nacional realizado em 2014, em Belém, no Pará

24

A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, vai sediar de 16 a 19 de setembro deste ano o 44º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha e a 18ª Exposição Internacional de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica. Realizado pela Anicer, em parceria com o Sindicer/RS, o evento ocorrerá no Centro de Eventos da Fiergs. “O nosso objetivo é oferecer oportunidades de inovação tecnológica e conhecimen-

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

to técnico aos ceramistas das mais diversas regiões do Brasil. Estamos trabalhando para manter a excelência e o sucesso do Encontro e tenho certeza que a edição de Porto Alegre vai trazer um grande êxito para todo o setor”, falou o presidente do Sindicer/RS, Jorge Ritter. Paralela ao encontro, a feira vai reunir as principais marcas do setor no Brasil e no exterior para apresentar as últimas novidades em tecnologia e serviços do mercado. Neste ano, os ceramistas poderão realizar negócios com empresas como Saceimpianti, Icon, Wacker, Coreplast, Grupo Qualicer, Duracer, Bonfanti e Marcheluzzo, entre outras. O Encontro Nacional também contará com o Prêmio João-de-Barro, que reconhece e destaca personalidades, indústrias cerâmicas, instituições e fornecedores que contribuem com ações inovadoras e práticas de qualidade para a melhoria e o desenvolvimento do setor no Brasil. Em sua última edição, consagrou personalidades e empresas da indústria de cerâmica vermelha que foram contempladas com um troféu produzido pela renomada artista plástica gaúcha Anelise Bredow. “O Encontro Nacional e a Expoanicer são tradições na agenda dos ceramistas. Trata-se de um evento sério, que teve a sua credibilidade construída no trabalho diário da Anicer, sindicatos e parceiros e que, no decorrer dos anos, transformou-se em um caso de sucesso. Por se tratar de um projeto itinerante e estratégico à toda a cadeia produtiva, está ranqueado entre os três maiores eventos do mundo destinados ao setor cerâmico, além de ser o mais importante da América Latina. Por isso, não tem como o empresário da indústria de cerâmica não participar e este é o motivo do nosso público ser tão fiel”, explicou o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves.


Cortador Pneumático Multifio de Corrente

NC Design - (48) 3045-7865

Cortador Pneumático Multifio Convencional

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL • Automatismo de carga e descarga • Cortadores • Automatização • Secadores

Automatismo de Carga Modelo-ACMR

Fone/Fax (19) 3881-7090 www.jt.ind.br e-mail: projetos@jt.ind.br

Corte Parado

Automatismo de Carga Hidraulico Modelo-ACHR

Transbordador de Vagonetas

R u a L u i z C a r l o s B r u n e l l o, 1 8 6 B a i r r o Tr e v o, C E P 1 3 . 2 7 8 - 0 7 4 - Va l i n h o s - S P

A BOQCER BOQUILHA FAZ A DIFERENÇA NO MERCADO POR FABRICAR PRODUTOS DE ALTA DURABILIDADE QUALIDADE QUE FAZ A

DIFERENÇA

AÇO RÁPIDO | CROMO DURO | ALUMINA ZIRCÔNIA

NC Design - (48) 3045-7865

M a c h o s

e

m o l d u r a s

www.boqcerboquilhas.com.br ceramica@boqcerboquilhas.com.br

(19) 3878-3483 | (19) 3878-3474

Est. Francisco Pagotto, 60 - Ipiranga - Louveira - SP - CEP: 13290-000 - Caixa Postal 170


Foto: Escrita Comunicação

FEIRAS

Novidades da edição Sul Pensando em proporcionar maior comodidade aos visitantes da Expoanicer, este ano a feira estará aberta a partir das 11 horas. Antes, os visitantes entravam no pavilhão às 12 horas. Com isso, os ceramistas irão ganhar mais 1 hora para ter acesso às inovações, tecnologias e informações sobre os equipamentos expostos. Outra mudança foi na entrega do Prêmio João-de-Barro. Neste ano, será na sexta-feira em uma cerimônia às 19 horas, no pavilhão da feira. A premiação agraciará os destaques do ano nas categorias Personalidade, Cerâmica, Instituição, Fornecedor, Melhor Estande e Ação Sustentável. O prêmio é uma iniciativa da

Anicer para reconhecer e destacar aqueles que contribuem com ações inovadoras e práticas de qualidade para a melhoria e desenvolvimento do setor no Brasil. A votação para a categoria Melhor Estande será executada durante os três dias da Expoanicer, mediante sistema eletrônico que permitirá apenas um voto por pessoa. As demais votações poderão ser executadas pelos associados da Anicer, no hotsite do 44º Encontro Nacional, mediante preenchimento de cadastro sintético. Apenas um voto por CNPJ e IP será aceito. Outra novidade este ano é a gratuidade da festa de encerramento para todos os participantes da 18ª Expoanicer. Quem estiver na feira no dia 18 de setembro, vai poder prestigiar o show da cantora, Sandra de Sá, intérprete de sucessos como “Demônio Colorido”, “Solidão”, “Bye Bye Tristeza”, “Joga Fora” e “Olhos Coloridos”.

Clínicas, fóruns e minicursos Especialistas de diversas áreas de conhecimento abordarão questões relacionadas ao setor cerâmico. As Clínicas Tecnológicas oferecerão a oportunidade de conhecimento nos assuntos do dia a dia das fábricas de cerâmica. Um dos temas deste ano é “Regulagem de boquilhas: como adequá-las para obter qualidade e menor consumo energético”, que vai tratar da abordagem prática de regulagens de boquilha para uma melhor eficiência energética. Também farão parte da programação assuntos como qualidade, tecnologia na produção cerâmica e sustentabilidade. Com temas voltados para o desenvolvimento do setor, os Fóruns Empresariais contarão com palestrantes brasileiros e europeus que discutirão temas estratégicos para o bom desempenho da indústria cerâmica e que nortearão o futuro das fábricas. Um dos fóruns deste ano será “Balanço Energético da habita-

26

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

ção: experiência internacional”. O curso abordará critérios para a seleção de materiais, fatores importantes para levar em consideração na escolha de projetos e sistemas constitutivos, analogias de consumo energético, rendimento e como empresários internacionais avaliam essa questão, suas experiências e contribuições para os ceramistas e como estão superando problemas energéticos. Além de clínicas e fóruns, o Encontro Nacional ainda oferecerá Minicursos. Com uma estrutura montada em meio ao pavilhão da Expoanicer, os Minicursos foram desenvolvidos para que o ceramista entre em contato com as questões mais voltadas ao dinamismo do chão de fábrica. Com temas diretamente relacionados ao cotidiano das cerâmicas, as palestras contarão com o suporte de profissionais capacitados do mercado de cerâmica vermelha.


Indicações do Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do Sul (Sindicer/RS), as visitas técnicas desta edição serão realizadas nas cerâmicas Pauluzzi e João Vogel. Destaques no mercado gaúcho, as duas empresas irão receber empresários ávidos por informações e exemplos de sucesso no mercado em que atuam. A Pauluzzi Blocos Cerâmicos, situada no município de Sapucaia do Sul, é conhecida por seus produtos de alta resistência, pela sua capacidade de inovar e por suas ações em benefício do sistema construtivo. A cerâmica possui um processo industrial altamente automatizado, grande capacidade de produção e alcançou a posição de maior indústria de blocos cerâmicos do país em 2009. Além disso, foi a primeira cerâmica da região Sul a conquistar a qualificação no Programa Setorial da Qualidade (PSQ). Já cerâmica João Vogel está localizada no município de Bom Princípio (RS), foi fundada em 17 de março de 1998 e fixou seu nome no mercado de telhas cerâmicas vitrificadas no sul do país. Detentora do selo de qualidade

do PSQ, uma das prioridades da João Vogel é manter um alto padrão de excelência em seus produtos. Os ônibus para as visitas técnicas partirão dos hotéis oficiais do evento. Os ingressos já disponíveis com a agência oficial e também estarão à venda no estande da Fellini Turismo, no pavilhão da Exposição Internacional de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica (Expoanicer) por R$ 120. O valor inclui acompanhamento de consultores técnicos especializados, transporte em ônibus com guia turístico, seguro viagem e almoço.

FEIRAS

Visitas técnicas

Fotos: cerâmica Pauluzzi

A cidade de Porto Alegre Capital do Rio Grande do Sul, a cidade de Porto Alegre ostenta mais de 80 prêmios e títulos que a distinguem como uma das melhores capitais brasileiras para morar, trabalhar, fazer negócios, estudar e se divertir. Destacada pela ONU como a Metrópole nº 1 em qualidade de vida do Brasil por três vezes, Porto Alegre é uma cidade influente no cenário global, recebendo a classificação de cidade global “gama -“, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). Fundada em 1772 por casais portugueses açorianos, ao longo dos séculos seguintes, acolheu imigrantes de todo o mundo, em particular alemães, italianos, espanhóis, africanos, poloneses e libaneses,

entre católicos, judeus, protestantes e muçulmanos, daí vem a sua multiculturalidade, sendo terra de grandes escritores, intelectuais, artistas e políticos que marcaram a história do Brasil. O clima de Porto Alegre é classificado como subtropical úmido, tendo como característica marcante a grande variabilidade. A cidade tem uma cultura qualificada e diversificada, com intensa atividade em praticamente todas as áreas das artes, esportes e das ciências, além de possuir ricas tradições folclóricas e um significativo patrimônio histórico em edificações centenárias e numerosos museus. NC Fonte: Anicer.

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

27


D E S E N VO LV I M E N T O

Crise hídrica faz crescer procura por filtros de barro Filtro tem baixo custo de manutenção e capacidade de refrescar a água de modo natural

A crise hídrica tem trazido de volta para alguns lares o filtro de barro. O item já havia dominado as cozinhas em décadas passadas mas, a partir dos anos 90, começou a perder espaço no mercado e passou a ser considerado até mesmo fora de moda. Com filtragem por gravidade, o conjunto de dois recipientes de cerâmica vermelha é equipado com vela filtrante, no qual a água filtrada passa por um sistema lento de gotejamento. "Ele é meio vintage, mas nunca saiu de moda. O que está acontecendo agora é que quem está sentindo a necessidade de ter água armazenada voltou a comprar”, afirmou

Emilio Garcia Neto, diretor superintendente da cerâmica Stéfani, empresa que domina o segmento e que fabrica desde 1947 o filtro São João, o mais conhecido do gênero. O São João foi o primeiro filtro a ser fabricado pela cerâmica Stéfani, mantendo suas características e tradição. E depois de todos esses anos no mercado, ele já marcou presença em pelo menos três gerações. Segundo a empresa, as vendas do filtro de barro cresceram 19% nos últimos seis meses. Com o aumento da procura, a fabricante projeta um faturamento de R$ 30 milhões em 2015, ante uma receita de R$ 26 milhões no ano passado. O filtro de barro apresenta vantagens como baixo custo de manutenção e capacidade de refrescar a água de modo natural, sem gasto de energia elétrica. Isso porque a cerâmica diminui a temperatura da água, em média, em até cinco graus centígrados. "Essa é a grande vantagem, você bebe uma água fresquinha, o que não acontece no filtro plástico ou na água de garrafão", explicou Garcia Neto. Quando comparado aos chamados filtros de pressão, ligados direto no encanamento, o modelo se diferencia pela disponibilidade de água filtrada a qualquer momento do dia, mesmo se faltar água encanada. "Muitos têm se queixado da qualidade da água que está chegando pela rede pública e, quando se usa o filtro de pressão, quando não têm água no registro, não há água para beber", acrescentou. O filtro de barro como conhecemos é uma criação brasileira do início do século 20 e, apesar das mudanças nas preferências e nos costumes dos consumidores, continua sendo apontado por especialistas como uma das maneiras mais eficientes de se filtrar água no mundo. Fonte: G1.

28

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63


O tradicional filtro São João, o mais vendido até hoje pela Stéfani, recebeu a classificação P1 do Inmetro, a melhor, concedida aos purificadores que retêm as menores partículas. “Em termos de custo benefício não tem melhor. Em termos de retirada de partículas, o nosso filtro atingiu o melhor índice de certificação dentro do Inmetro. Ele retém partículas menores que um mícron. Ou seja, mil vezes menor que um grão de areia", afirmou o diretor da Cerâmica Stéfani. A marca mantém um sistema de distribuição em todo território nacional e exporta para outros 45 países. Hoje, cerca de 12% do faturamento vem das exportações. Mas precisou se reiventar para dar a volta por cima depois de sucessivos prejuízos após

os consumidores passarem a substituir seus filtros por galões de água mineral ou aparelhos que filtram e refrigeram ao mesmo tempo. Em 1990, 57,2% das residências brasileiras possuíam algum modelo de filtro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já em 2013, 51,3% possuíam o produto. A mudança de costume pode ser vista também nas construções. No passado, havia um item quase que padrão nas cozinhas: a cantoneira, ou então o aparador de pedra, fixado na parede, feito exclusivamente para abrigar o filtro. Fonte: G1

D E S E N VO LV I M E N T O

Certificação máxima no Inmetro

Apelo ecológico Para se reposicionar no mercado, a Stéfani passou a promover os filtros de barro como uma alternativa mais econômica e ecologicamente correta de obter água potável e passou a fabricar modelos mais práticos, com partes em acrílico, que facilitam a limpeza e o enchimento, e também filtros mais potentes, capazes de retirar também o cloro. Os modelos mais baratos custam a partir de R$ 100. A empresa reforçou também a sua presença nos canais de distribuição e estuda agora abrir até mesmo uma loja virtual. De um pico de 65 mil filtros vendidos por mês, em 1992, o número recuou para quase 10 mil. E agora tem ficado entre 16 mil a 18 mil unidades por mês. Toda a produção é feita na fábrica localizada em Jaboticabal, no interior de São Paulo. Uma parte do processo é mecanizada, mas o acabamento, a finalização das peças ainda é toda feita manualmente. O carro chefe da empresa, no entanto, são os elementos de reposição, as velas de cerâmica, o "coração do filtro, cuja recomendação

do fabricante, é para que a troca ocorre sempre a cada seis meses, em média. "Só de velas, vendemos cerca de 500 mil por mês. O filtro tem uma vida muito longa. Às vezes, dura 10, 12, 15 anos. O pessoal costuma dizer que quanto mais velho, mais gostosa fica a água", destacou Garcia Neto. NC Fonte: G1.

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

29


ENTREVISTA

O setor gaúcho A entrevista especial deste mês é com o empresário e presidente do Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do Sul (Sindicer/RS), Jorge Romeu Ritter. Conheça nesta entrevista as características do setor no estado do Rio Grande Sul, que sediará em setembro o 44º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. Conheça ainda as ações e projetos desenvolvidos pelo sindicato em prol das indústrias do setor Revista NovaCer - O senhor é ceramista há quanto tempo? Como iniciou neste ramo? Jorge Romeu Ritter - Nós somos uma família de ceramistas. Meu pai começou no ramo em 1952 em uma olaria alugada, no município de Sapiranga, no Rio Grande do Sul. Mais tarde comprou uma olaria no distrito do município de Nova Hamburgo, que depois passou a fazer parte de município de Campo Bom, desde sua emancipação em 1959. NC - O Sindicer/RS tem quantos associados? JRR - O sindicato conta atualmente com 158 associados. NC - Há quanto tempo existe o Sindicer/RS? Há quanto tempo está na presidência do Sindicato? JRR - O Sindicato foi fundado em março de 1944, tem 71 anos de existência. No ano passado, tivemos a comemoração dos 70 anos de fundação. Estou no segundo mandato do sindicato. NC - Quais ações e projetos o Sindicer/RN desenvolve? JRR - Temos soluções conjuntas: articulações de temas pertinentes ao segmento industrial, resultando em melhorias para as cerâmicas e olarias gaúchas. Entre elas estão a isenção do ICMS para tijolos cerâmicos, conquistada em 2005, junto ao Governo Estadual, e a decisão judicial favorável à extinção do relacionamento

30

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

das olarias com o CREA-RS, eliminando o pagamento da anuidade, multas e a necessidade de se ter um responsável técnico e registro no conselho. São ações do Sindicer ainda convênios e projetos: a parceria com o laboratório de cerâmica do Senai-RS proporciona análise de tijolos, blocos e telhas com valores reduzidos. Projeto em parceria com a Anicer do Cerâmica sustentável e + vida na área ambiental e de resíduos sólidos contemplando 101 empresas, tratando de questões ambientais para não gerar passivos. O grande diferencial deste programa é a visita nas fábricas, onde é feito o acompanhamento das ações e sugestões de melhorias, após visualizar os problemas, orientando os ceramistas. Outro projeto que está sendo realizado em parceria com o Sebrae-RS é o Ceramista Empreendedor Gaúcho, contemplando inicialmente 23 empresas de diversas regiões do estado, o objetivo deste projeto é qualificar a gestão empresarial e melhorar a produtividade através de capacitações e consultorias. Temos também canais de informações: mantemos um canal de comunicação com os empresários, fornecendo notícias e artigos técnicos para ampliar o conhecimento dos associados sobre o setor, investimos na divulgação de informações, projetos, cursos e novidades referentes à legislação através do nosso boletim informativo bimestral intitulado Infocer. NC - O Rio Grande do Sul conta com quantas


ENTREVISTA empresas do setor de cerâmica vermelha? Qual o porte dessas indústrias? JRR - O Sindicer/RS conta com aproximadamente 600 indústrias no estado. O setor é formado por empresas de todos os portes, a maioria micro e pequena que busca aprimorar cada vez mais seus produtos. NC - Como é a questão do automatismo nas cerâmicas no Rio Grande do Sul? JRR - Temos no Rio Grande do Sul em torno de 30 empresas com algum grau de automação e entre elas já temos algumas que já tem os robôs para fazer a descarga do forno. NC - As indústrias de cerâmica vermelha geram quantos empregos diretos e indiretos no estado? JRR - Somos responsáveis por 3,7 mil empregos diretos e outros 25 mil indiretos. NC - Qual a produção mensal do estado? JRR - A produção mensal do Rio Grande do Sul gira em torno de 63 a 65 milhões de peças por mês entre blocos, tijolos e telhas. NC - Quantas cerâmicas no estado são certificadas? JRR - No Rio Grande do Sul temos atualmente 13 empresas cerâmicas certificadas no Programa Setorial da Qualidade (PSQ), mas em breve até o Encontro Nacional tere-

mos mais umas dez empresas qualificadas no PSQ. NC - Como o sindicato estimula as cerâmicas a buscarem a padronização de seus produtos? JRR - Em relação a padronização e qualidade dos produtos, o sindicato realiza constantemente reuniões no interior do estado, onde há uma maior concentração de cerâmicas para levar informações e conhecimentos em relação às normas, portarias e palestras sobre a qualificação. Além disso, mantém um canal de comunicação com envio de notícias e artigos técnicos, de forma a ampliar o conhecimento dos associados sobre o setor. Temos a parceria com o laboratório do Senai-RS, que faz os laudos dos produtos para o PSQ, onde nossos associados desfrutam de descontos, e também com o Instituto de Materiais Cerâmicos em

"A produção mensal do Rio Grande do Sul gira em torno de 63 a 65 milhões de peças por mês entre blocos, tijolos e telhas"

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

31


ENTREVISTA

riências com os demais colegas ceramistas. Esta será mais uma oportunidade para os ceramistas discutirem as questões que envolvem todo segmento no Brasil e no mundo, bem como conhecer o desenvolvimento da região Sul do país e vivenciar a cultura gaúcha. Nossa expectativa é de levar o maior número possível de indústrias cerâmicas para visitar o evento. Estamos muito otimistas.

Bom Princípio, onde são realizados estudos da argila. NC - A argila é de qualidade? Há central de massa ou cooperativa para extração de argila? JRR - A argila no Rio Grande do Sul é de ótima qualidade. Não temos central de massa ou cooperativa para extração, cada cerâmica tem suas máquinas e caminhões para realizar a extração. NC - Qual a importância da realização do 44º Encontro Nacional no seu estado? JRR - Depois de 18 anos, este evento retorna para nosso Estado, o que para nós, do Sindicer/RS, e todos os ceramistas do Rio Grande do Sul, é motivo de orgulho. Todas as indústrias do setor terão uma grande oportunidade de aprimorar seus conhecimentos, conhecer as novidades em tecnologias e trocar expe-

"Queremos receber os participantesdo 44º Encontro Nacional de braços abertos com o melhor que podemos oferecer. Que seja um evento memorável para os que nos visitarem"

32

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

NC - Como espera receber os participantes do Encontro de Cerâmica Vermelha? Como estão os preparativos? JRR - Queremos receber os participantes de braços abertos com o melhor que podemos oferecer. Os preparativos estão a todo vapor. Que seja um evento memorável para os que nos visitarem. Queremos que saiam daqui com a melhor das impressões de nosso estado, pelo povo acolhedor e muito receptivo que somos. O povo gaúcho valoriza muito sua história e costuma exaltar a coragem e a bravura de seus antepassados, expressando, por meio de suas tradições, seu apego à terra e seu amor à liberdade. NC - Quais os planos do sindicatopara o futuro? JRR - Dar continuidade e ampliar a parceria com o Sebrae-RS e Senai-RS, aprimorando os projetos já existentes de acordo com as necessidades das empresas. NC - O que o senhor gostaria de implantar no sindicato e ainda não conseguiu? JRR - Fortalecer o sistema de representação e ampliar a competitividade das empresas do setor produtivo gaúcho por meio do associativismo. NC - Quais são os desafios para os próximos anos? JRR - Conscientizar o ceramista da importância de buscar a qualificação de seus produtos é um deles. Outro seria a adequação do setor às novas exigências da NR-12, que trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, e das normas de desempenho, que estabelecem parâmetros técnicos para vários requisitos importantes de uma edificação, como desempenho acústico e térmico. Esse é um desafio que temos pela frente, pois


NC - Quais as características do setor de cerâmica vermelha no estado? JRR - O setor é um dos mais antigos em atividade no estado, responsável pela fabricação de tijolos, lajes, blocos e telhas de larga aplicação na construção civil. São produtos que se distinguem no mercado por sua alta resistência e padrão, amparados no PSQ. Na sua maioria, são empresas familiares e sua comercialização é quase 100% em nosso território estadual. NC - O que tem a dizer sobre o trabalho desenvolvido pela Anicer? JRR - A Anicer teve seu início aqui no Rio Grande do Sul. É com muito saudosismo que lembro que no ano de 2014 tivemos a despedida de um dos grandes presidentes que esta associação já teve, que foi o sr. Nelson Ely Filho. A Anicer é uma instituição relativamente nova, pois faz dois anos que comemorou a maioridade. Mas foram anos de muita luta para ser reconhecida nacionalmente, hoje é convidada a participar de debates e fóruns nacionais sobre temas aos quais defende os interesses da classe ceramista. Representa a agregação de valores para o setor, hoje somos reconhecidos nacionalmente, pois cada um dos presidentes que por ela passou lutou por algum objetivo. São várias as ações que a associação vem desenvolvendo para o setor cerâmico brasileiro. Vejamos pelo aspecto de promover a união deste setor, com os encontros nacionais e itinerantes, quanto o setor já ganhou com as trocas de experiências e

conhecimentos que ocorrem nestes encontros, pois reunimos o país do sul ao norte, ou como costumamos dizer aqui no Rio Grande do Sul, do Oiapoque ao Chuí. O que posso destacar é que a Anicer fez acontecer várias ações para o setor evoluir e com qualidade, dentre elas destacaria algumas como: Programa Setorial da Qualidade (PSQ) - qualificando as empresas que a ele aderiram para fazer seus produtos segundo as normas da ABNT; Desoneração da Folha de Pagamento - através das ações da Anicer conseguimos incluir o setor e hoje as cerâmicas também puderam ser incluídas no Sistema Tributário do Simples; Convênios com a rede de laboratórios do SENAI - conseguimos convênio com a rede em todos os estados brasileiros através da Anicer; Programas “Cerâmica Sustentável é + Vida” e “Na Casa da Minha Vida só Cerâmica” - para uma habitação sustentável de qualidade, haja visto que o uso de tijolos na construção de moradias e tantos outros tipos de construção é milenar, um exemplo temos aqui no Rio Grande do Sul, a ponte do Imperador, na cidade de Ivoti.

ENTREVISTA

os investimentos serão grandes.

NC - Em sua opinião, qual a maior carência do setor? JRR - A maior, na minha opinião, é não possuir uma linha de crédito específica para que possamos melhorar o parque de máquinas de nossas indústrias e fazer inovações também em automatismo para poder produzir com um custo mais baixo e melhores produtos e mão de obra qualificada. Importante também é uma legislação trabalhista e tributária estável e com segurança jurídica. NC

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

33


MEIO AMBIENTE 34

Projeto de sustentabilidade é lançado no Oeste Paulista Projeto do Sebrae foi lançado em 27 de maio, na cidade de Panorama

Com o objetivo de promover o desenvolvimento de sustentabilidade permanente das micros e pequenas indústrias do setor ceramista, o projeto do Sebrae intitulado Desenvolvimento das indústrias cerâmicas do Oeste Paulista foi lançado no dia 27 de maio, em Panorama, São Paulo. Durante o evento, o promotor de Justiça, Daniel Magalhães Albuquerque Silva, relatou que tem observado a preocupação da classe com as dificuldades enfrentadas pelo setor cerâmico da região na atualidade. Ele ainda elogiou a Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp) e a iniciativa de projetos como este. Na oportunidade, o promotor se colocou à disposição para colaborar no que for possível e esclarecer sobre o objetivo da ação civil movida contra as cerâmicas de Panorama e Paulicéia no ano passado. As indústrias foram ajuizadas em novembro de

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

2014 com o intuito de combater a emissão de poluentes. O promotor de justiça comentou que não deseja que as empresas encerrem suas atividades, e que irá cumprir o seu dever como promotor de justiça, no que tange a exigir a regularização e a devida adequação das empresas instaladas na esfera ambiental e urbana. Silva também destacou o baixo número de representantes das cerâmicas presentes no evento, inclusive, solicitando a lista de presença e a relação das empresas que irão aderir ao projeto, para analisar o grau de comprometimento destas indústrias. Além de Silva, o evento para lançar o projeto, que tem a direção da gestora do Sebrae, Selma Gomes da Luz, também contou com a presença de outras autoridades. Entre elas, o gerente do Sebrae de Presidente Prudente, Eduardo Noronha Viana; diretor do Senai, Sebastião de Andrade; o vice-prefeito de Panorama, Edemilson Domingues; os vereadores Sleiman (Suli), Andrézinho e Joãozinho; o delegado de Polícia, Eliandro dos Santos; presidente da ACE Panorama, Alexandre Cristofini; e Kléber Bragato, representando o Departamento Estadual Mauro Bragato. NC


A MARCA

Bomba de Vácuo

QUE IRA FACILITAR SUA VIDA!

Misturador

Desde 1966

Cortador CAIG-15

MAQUINAS PARA CERÂMICA

Guiados pela Inovação Movidos pela Experiência

Maquinas Para Cerâmica / Boquilhas e Acessórios / Secadores e Exaustores / Maquinas Para Laboratórios Forno Móvel e Forno Vagão / Automação para Cerâmicas / Montagens de Industrias de Cerâmica.

www.gelenski.com.br

Forno Móvel

Automatismo de Carga Maromba

Laminador

Caixão Alimentador

Torre

CAIG-01

Maromba Agregada

Termopar

Indicadores de Temperatura

Indicador e Termopar Portátil

Matriz Mandirituba -Paraná - Brasil

Tel./Fax: +55 (41) 3626-1136

Email.:gelenski@gelenski.com.br

Forno Vagão

Termômetro Analógico

Filial.: Ji-Paraná - Rondônia - Brasil

Maquina de Queima

Acesse nossos Vídeos

Tel./Fax +55 (69) 3421-1136

Email.: atendimento@gelenski.com.br

www.bruca.com.br

A Prensa Rotativa "BRUCA" 6F-2004 foi projetada de acordo com a mais avançada tecnologia. É composta de um monobloco totalmente blindado, que impede a penetração de poeira. Sendo de estrutura super resistente, não apresenta problemas de vibrações e oscilação nas laterais. Dotada dos mais modernos recursos técnicos, a Prensa Rotativa 6F-2004 é de regulagem simples, possibilitando também fácil substituição das formas, quando necessário. A lubrificação é automática, sendo que a bomba de óleo está localizada no próprio reservatório, evitando-se com isso qualquer problema de interrupção.

Av. Dr. Octaviano Pereira Mendes, 1254 - Itu/SP Fone: (11) 4023-1890 / 4023-0115 - Fax: (11) 4023-1049 e-mail: adm.bruca@uol.com.br

NC Design - (48) 3045-7865

E S TA M P O PA R A T E L H A S


ARTIGO TÉCNICO

Análise da retenção de água e do tempo de pega de argamassas com rejeitos da indústria cerâmica Trabalho apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, que ocorreu de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, RN

C. Efftinga, A. Schackowa, S. L. Siqueiraa, S. L. Correiab, Universidade do Estado de Santa Catarina, (UDESC/CCT) a Departamento de Engenharia Civil b Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais – PGCEM

Resumo

A sociedade tem desenvolvido nos últimos anos um senso comum de preocupação com o consumo dos recursos naturais e os efeitos e consequências que podem se desenvolver caso não se crie soluções tecnológicas que tornem este consumo menos prejudicial e mais eficiente. O motivo que originou esta pesquisa foi criar alternativas para a construção civil, analisando o reaproveitamento de resíduos cerâmicos com o desenvolvimento de pesquisa universitária coligada às necessidades dos consumidores e assim permitir o crescimento, em termos de desenvolvimento tecnológico, gestão ambiental e bem-estar social. A reciclagem de recursos sempre esteve presente no cotidiano humano, mas com a busca de um sistema com desenvolvimento sustentável, muitos produtos que antes utilizavam matéria-prima exclusivamente de extração do meio natural passaram a incorporar elementos reciclados em sua composição. Os impactos ambientais ocasionados pela extração de argila e calcário - principais matérias-primas na confecção do cimento - o alto consumo energético e a elevada taxa de emissão de dióxido de carbono para a atmosfera são os efeitos considerados mais danosos dessa indústria.(1) Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar a viabilidade da pesquisa através da análise da substituição parcial de cimento Portland por resíduo cerâmico - proveniente da fabricação de tijolos para a obtenção de um material

Nesta pesquisa analisou-se propriedades físicas de argamassas e pastas contendo resíduo cerâmico. Foi medido o índice de consistência e a retenção de água em argamassas e o tempo de pega em pastas. Parte do cimento das argamassas e pastas foi substituída por resíduos cerâmicos reciclados (0, 10, 25 e 40% massa). A presença do RC na argamassa diminuiu o índice de consistência, devido ao fato das pozolanas serem reativas e tenderem a aumentar o consumo de água. Obteve-se um aumento de 17% na retenção de água da argamassa com 40% de RC em relação à argamassa sem RC, melhorando o produto endurecido. Os tempos de pega foram minimizados, conforme o aumento de RC nas pastas, visto que a cinética de hidratação torna-se mais rápida, de acordo com o aumento da quantidade de pozolana na mistura, formando cristais de C-S-H (silicatos de cálcio hidratados), elemento responsável pelo endurecimento da pasta.

36

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

Introdução


Materiais e métodos Materiais Os materiais utilizados foram: (a) Cimento Portland, tipo CP II – Z32, comercialmente usado na região. (b) Resíduo Cerâmico (RC), amostras fornecidas pela Cerâmica Geraldi Ltda, de Joinville/SC. As amostras foram moídas em moinhos de bolas a seco até a obtenção de um pó com granulometria inferior a 45µm; (c) Agregado miúdo, constituído por areia média extraída de rios da região nordeste do estado de Santa Catarina, com módulo de finura de 2,34 e a dimensão máxima característica do agregado igual a 2,4mm. (d) Cal hidratada - CH-III da marca Cem Massical - todas as misturas analisadas foram preparadas com 24 horas de antecedência, para obtenção de uma argamassa com cal hidratada; (e) Água, obtida da concessionária de abastecimento; Procedimento experimental A pesquisa obstinou-se a seguir uma linha de caminhamento, onde o traço inicial na confecção das argamassas foi estabelecido em volume - 1: 1,5: 6,0. E a partir deste foi determinado um novo traço em massa, empregando as respectivas massas unitárias dos agregados miúdos e do resíduo cerâmico (RC), resultando em 1: 1,04: 8,37. O fator água/cimento (W/C) empregado foi de 2,50. A partir deste traço em massa – sem RC – foram gerados mais três traços onde se levou em consideração a substituição de cimento Portland por rejeitos cerâmicos (10%,

25% e 40%, em peso). Assim foram obtidas as quatro misturas as quais foram submetidas ao ensaio de retenção de água e índice de consistência (G0, G10, G25 e G40). Na preparação das argamassas para o ensaio de retenção de água e índice de consistência, foi utilizada a NBR 13276 (ABNT, 2005) (2), determinada para pastas à base de cimento, cal hidratada e areia. Avaliou-se para cada propriedade as características das quatro misturas com 0, 10%, 25% e 40% de RC substituindo o cimento. Na tabela 1, podem-se observar as quantidades de material utilizados em cada mistura. Com as argamassas frescas, foram realizados ensaios de consistência por espalhamento. As quantidades foram pesadas em balança digital com precisão de 0,1 g, conforme o traço em massa. A determinação do valor de espalhamento das mesmas teve como objetivo aferir a trabalhabilidade da argamassa, isto é, determinar a melhor consistência possível para cada aplicação (argamassa de execução de rebocos, assentamentos de alvenaria, regularização, etc). Equipamentos para realizar o ensaio: mesa para índice de consistência; molde tronco cónico; balança com resolução de 0,1g; soquete metálico de compactação, com 15 mm de diâmetro; misturador mecânico; paquímetro para medições até 300mm, com resolução de pelo menos 1mm. Para determinação da retenção de água das argamassas (G0, G10, G25 e G40) foi utilizado o método especificado pela norma NBR 13277 (ABNT, 2005) (3). Os valores de cada material, nas quatro misturas, foram os mesmos utilizados para o experimento de espalhamento. Equipamentos necessários para realização do ensaio: funil de Bucnher modificado, com bomba de vácuo; discos de papel-filtro (200mm); soquete

Misturas G0 G10 G25 G40

ARTIGO TÉCNICO

pozolânico em misturas de argamassa de revestimento. Deste modo, a presente pesquisa foi desenvolvida, analisando 3 propriedades físicas das argamassas: o índice de consistência, retenção de água e tempo de pega. Produzidas a partir de diferentes proporções previamente estabelecidas de resíduos cerâmicos reciclados (10, 25 e 40%). Objetivando a redução dos custos de produção e da quantidade desses resíduos descartados no ambiente.

Tabela 1: Material utilizado para ensaio de consistência e retenção de água

Quantidade em massa (g) Cal Cimento RC Hidratada 157,87 0 163,68 137,66 15,3 167,48 108,86 36,29 173,54 82,06 54,71 180,08

Areia

Água

1322,1 1352,8 1401,7 1454,5

394,69 382,39 362,87 341,93

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

37


ARTIGO TÉCNICO

metálico; régua metálica (300mm); cronômetro; balança com resolução de 0,1g; Este ensaio estabelece o valor que é retido em água na argamassa de assentamento e revestimento, através das fórmulas (A) e (B). Os ensaios de início e fim de pega foram

Ra =

(A)

AF =

(B)

Onde: – massa do conjunto com argamassa (g); – massa do conjunto após a sucção (g); – massa do conjunto vazio (g); AF – fator água/argamassa fresca (g);

– massa total de água acrescentada à mistura (g);

– massa da soma dos componentes anidros na argamassa (g);

executados com uma amostra de pasta contendo apenas cimento Portland (G0), utilizada como referência e em amostras de pastas de cimento contendo 10, 25 e 40% de resíduo cerâmico em substituição ao cimento (em massa), dotado de uma única finura - 45µm. Com as pastas de consistência normal determinadas – obtidas por tentativa e erro até que a sonda penetre 6 ± 1 mm da placa de vidro. Foi efetuado testes com as pastas até se obter a relação de W/C necessária para que resultasse na consistência normal pretendida por norma. Após a obtenção das pastas com o teor de água e cimento/resíduos cerâmicos adequados, foi analisado o tempo de pega para cada pasta isoladamente. Os tempos de pega do cimento foram medidos usando o aparelho de Vicat com diferentes dispositivos de penetração.

Resultados e discussões Índice de consistência A figura 1 exibe os resultados do ensaio de índice de consistência, com os três diâmetros de espalhamento obtidos da argamassa no estado fresco e o diâmetro médio respectivo, expressos em milímetros. Neste ensaio, verificou-se uma queda gradativa no índice de consistência, acompanhando o aumento do teor de RC. Destaque para o traço de 40% de substituição de cimento pelo resíduo cerâmi-

38

Figura 1: Gráfico indicando o índice de consistência das argamassas analisadas

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

co, apresentando uma diminuição mais representativa no espalhamento. Conforme Mehta e Monteiro (1994)(1) , para uma dada consistência, o emprego de materiais com uma área específica muito elevada - neste experimento foi empregado um RC com finura de 45µm - como as pozolanas são altamente reativas tendem a aumentar o consumo de água nas argamassas. É importante ressaltar que para a aplicação da argamassa é necessário uma quantidade ótima de água, e essa determina uma consistência ótima, que é proporcionada de acordo com a natureza dos materiais. Então o índice de consistência juntamente com a plasticidade são fatores condicionantes da propriedade que confere a trabalhabilidade de uma argamassa, que nesse ensaio conseguiu ser atingida. Retenção de água Sendo a retenção de água a capacidade que a argamassa apresenta de reter a água de amassamento contra a sucção da base ou contra a evaporação, e também é responsável por permitir que as reações de endurecimento da argamassa se tornem mais gradativa, promovendo a adequada hidratação do cimento e consequente ganho de resistência, conclui-se que com a substituição do cimento Portland essa propriedade é enriquecida com os resíduos cerâmicos inseridos nas argamassas, como se pode ver na figura 2. Conclui-se que tendo um tempo de hidratação maior, a argamassa não sofrerá retração, que é a perda rápida e acentuada de água de amassamento, fato esse que ocasiona as fissuras em revestimentos. Logo com as argamassas apresentadas é possível ter


Tecnologia de ponta com a Marca de Credibilidade e Confianรงa!

NC Design - (48) 3045-7865

w w w. z u c c o . in d . b r

D E S C A R G A

S E M I

AU T O M ร T I C A

Fone: (47) 3350-2150

E-mail: vendas@zucco.ind.br Brusque/SC - BRASIL

Regulagem externa

Boquilha de telha canal

Corte a fio


ARTIGO TÉCNICO

uma maior retenção de água. Apresentando uma amplitude de 17,0% entre a mistura convencional (sem substituição de resíduos) e a argamassa com maior substituição de cimento por rejeitos de tijolos, ensaiada nesse experimento.

Figura 2: Gráfico comparativo entre a retenção de água das misturas Tempo de pega Segundo a norma NBR NM43 (ABNT, 2003) (4) utilizada os tempos de início de pega não devem ser inferiores a 1 (uma) hora. Para os tempos relativos ao fim de pega a mesma especifíca que não exceda um total de 10 horas. Deste modo, pode-se considerar os resultados apresentados, pois encontram-se dentro deste intervalo. Analisando a figura 3 é possível perceber que os tempos de pega diminuíram proporcionalmente com o aumento da quantidade de resíduo de tijolos nas pastas. Isso se explica pelo fato da reação de hidratação ser acelerada a curto prazo, a cinética de hidratação torna-se cada vez mais rápida de acordo com o aumento da quantidade de pozolana na mistura. Por consequência, os cristais de C-S-H, elemento responsável pelo endurecimento da pasta, existem em grande quantidade no período inicial de pega.(5) Quando inserida a pozolana nesse conjunto, a mesma reage com o CH (hidróxido de

Figura 3: Gráfico de avaliação do tempo de pega das amostras 40

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

cálcio) da pasta de cimento, e não apenas o consome ao invés de produzi-lo, como também produz novos compostos cimentícios resistentes como o silicato de cálcio hidradado, abreviado na forma de C-S-H, o que se chama de reação pozolânica. (1) Então, quanto maior a finura do resíduo cerâmico maior a sua área específica, o que ocasiona um aumento da cinética das reações de hidratação do cimento, e consequentemente uma maior possibilidade de precipitação dos produtos oriundos destas reações, como o C-S-H, CH e principalmente os aluminatos de cálcio, responsáveis pelo tempo de pega(6).

Conclusões As argamassas produzidas apresentaram índice de consistência, tempo de pega e retenção de água dentro dos moldes estabelecidos por norma. Para o índice de consistência nas argamassas a pesquisa mostrou que com a substituição tem-se uma pasta gradativamente mais seca. Logo, se pode relacionar a diminuição do índice de consistência à finura do RC utilizado, pois as pozolanas inseridas na argamassa tem um potencial de reação muito grande, ocasionando o consumo maior de água. Pôde-se atingir com a substituição de cimento por RC uma retenção de água de até 17% maior. Com um tempo de hidratação maior, a argamassa não apresentará tantas retrações, pois a perda de água de amassamento da mistura será mais gradativa, enriquecendo assim as reações de endurecimento. E para o tempo de pega das pastas, concluiu-se que aumentando a quantidade de resíduo, o tempo de pega é reduzido, e com isso diminui também o tempo de trabalhabilidade da mesma. Logo os rejeitos de tijolos podem ser considerados aceleradores de pega, pois encurtaram em aproximadamente 2 horas o tempo de pega final, da mistura G40. A possibilidade do aproveitamento deste resíduo como adição pozolânica, transformando-o num produto, cria novas alternativas para a gestão ambiental das industriais cerâmicas, dando uma destinação mais nobre e adequada que a


que originará melhoramentos, como na diminuição da agressão ao meio ambiente e menores índices de CO2 na atmosfera.

Referências 1. MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: Estrutura, Propriedades e Materiais. São Paulo: ed. PINI, 1994. 2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. _______. NBR 13276: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e determinação do índice de consistência. Rio de Janeiro, 2005. 3. _______. NBR 13277: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da retenção de água. Rio de Janeiro, 2005. 4. _______. NBR NM 43: Cimento Portland- Determinação da pasta de consistência normal. Rio de Janeiro, 2002. 5. NACERI A.; HAMINA C. M.; GROSSEAU P. Physico-Chemical Characteristics of Cement Manufactured with Artificial Pozzolan. 2010. International Journal of Civil and Environmental Engineering 2:3, 2010. 6. TAYLOR H. F. W. Cement chemistry. London: Academic Press Limited, London. NC

NovaCer • Ano 6 • Julho • Edição 63

ARTIGO TÉCNICO

sua simples deposição em aterros sanitários. E em uma menor necessidade de altos consumos de cimento (nas indústrias cimenteiras), o

41


QUALIDADE COM MELHOR PREÇO!!!

Atualmente no mercado de isolamento térmico para o segmento da Indústria de Cerâmica Vermelha oferecemos o que há de melhor em isolamento térmico, pois contamos com profissionais de vasta experiência, oferecendo ao mercado um produto diferenciado pela qualidade e tecnologia, além de um atendimento diferenciado com o custo acessível à realidade. Ressaltamos que contamos com uma equipe de montagem altamente treinada e qualificada para prestar-lhe uma execução de obra com qualidade e agilidade. O Grupo Fibertherm acredita tanto na qualidade dos produtos ofertados quanto nos profissionais atuantes de sua equipe. Por isso, temos a tranquilidade de oferecer-lhes Garantia em nossos trabalhos realizados e produtos ofertados. Nosso compromisso é superar as expectativas de nossos clientes. Fazemos o isolamento de todos os tipos de fornos: * Forno Metálico, * Forno Abóboda, * Forno Paulistinha, * Forno Túnel, * Forno Hoffman.

011.2304-7477 - dalila@fiberseals.com.br - cel.: 011.98626-0863 ou Claudio 011.98469-9827 Unidade Fabril: Estrada dos Fernandes, 1471 - Pq. Santa Rosa - Suzano-SP

NC Design - (48) 3045-7865

GRUPO FIBERTHERM




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.