Entrevista com o diretor da Verdés Brasil, Eduardo Putz
Ano 4
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Junho/2013
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Edição 38
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Informatização Garantia de competitividade e crescimento dentro das empresas
Cerâmicas têm consultoria para adesão ao PSQ no Piauí Wacker amplia Centro Técnico no Brasil Expocer ainda maior em 2013
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SUMÁRIO
GESTÃO
16: Informatização garante
competitividade e crescimento
EDITORIAL 12: Carta ao Ceramista
DESENVOLVIMENTO
FEIRAS
ENTREVISTA
24: Cerâmicas têm consultoria para adesão ao PSQ no Piauí
26: Expocer ainda maior em 2013
32: Em prol da qualidade e melhoria contínua do setor
Diretor Geraldo Salvador Junior
direcao@novacer.com.br
revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869
Comercial Moara Espindola Salvador
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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel
Diagramação & Arte Jefferson Salvador Juliana Nunes
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Redação Juliana Nunes
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Impressão Gráfica Coan
Jornalista Responsável Juliana Nunes - SC04239-JP
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NovaCer • Ano 4 • Junho • Edição 38
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
Emerson Dias, técnico em processos cerâmicos da Verdés, de Itu, São Paulo.
JUNHO 2013 CONSTRUÇÃO CIVIL 40: Empresário estuda novo sistema construtivo
ARTIGO TÉCNICO 44 : Caracterização física de materiais argilosos em uso nas olarias da região de Rio Claro (SP) visando sua utilização na fabricação de produtos cerâmicos
SUMÁRIO
"Num momento onde tempo é dinheiro e deter conhecimento é uma possibilidade de sucesso, a revista NovaCer se apresenta ao setor cerâmico como excelente ferramenta de identificação de oportunidades que garantem a sustentabilidade de nossas cerâmicas"
TECNOLOGIA 54: Wacker amplia Centro Técnico no Brasil
DESENVOLVIMENTO 28: Palestra discute oportunidades e desafios do setor no Paraná
DESENVOLVIMENTO 38: Laboratório da Alutal recebe certificação do Inmetro
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Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865
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Carta ao Ceramista Informatização é o tema que ganhou destaque na edição deste mês. Na fase atual das empresas brasileiras, a informatização tornou-se um diferencial competitivo, garantindo crescimento e perenidade aos empreendimentos. Entre as vantagens estão qualidade na tomada de decisão, agilidade nas vendas, redução de custos e segurança no sistema de controles industriais e despesas financeiras, entre outras. Além disso, empresas que investem em informatização têm maiores oportunidades para melhorarem desempenho, produtividade e o consequente desenvolvimento da organização. Leia na matéria especial, que começa na página 16, dicas de especialistas sobre como escolher um sistema que garanta solução satisfatória, planejamento estratégico e controle de processos, entre outras dicas para melhorar a gestão de sua indústria. Na busca pela qualidade, 11 empresas do Piauí receberão consultoria para adequação de processos e produtos para o Programa Setorial da Qualidade. A ação conjunta entre as cerâmicas, Sindicer, Verdés e Sebrae iniciou em maio e terá duração de sete meses. Cada empresa receberá 80 horas de consultoria.
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Confira ainda nesta edição o resultado da palestra que discutiu oportunidades e desafios do setor no Paraná. Ministrada pelo assessor técnico e da qualidade da Anicer, Antonio Carlos Pimenta, o evento trouxe informações sobre o mercado da construção civil, certificação e normas técnicas, entre outros. Neste mês, a NovaCer entrevistou o diretor da Verdés Brasil, Eduardo Putz. A empresa espanhola e líder na fabricação de equipamentos para o setor veio ao Brasil em 1974 e iniciou suas atividades em 1975. O estudo de um novo sistema construtivo que faz junção do uso de tijolos (alvenaria tradicional) com a rapidez do sistema de fôrmas foi tema de reportagem nesta edição. A nova técnica, batizada como Alvenaria Moldada, promete revolucionar o mercado, resultando em melhor qualidade, menor custo, tempo recorde de execução (cerca de dois dias para se deixar uma casa no ponto de pintura) e dispensa mão de obra especializada. Saiba mais detalhes a partir da página 40. Aproveite a leitura!
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GESTÃO
Informatização garante competitividade e crescimento Uma das vantagens da empresa informatizada é a qualidade na tomada de decisão
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NovaCer • Ano 4 • Junho • Edição 38
Independente da empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, a informatização cada vez mais tem exercido um papel fundamental dentro das indústrias de todo Brasil. A informatização tornou-se um diferencial competitivo que pode assegurar crescimento e perenidade às empresas. Entre os benefícios estão a agilidade nas vendas, redução de custos, segurança no sistema de controles industriais e despesas financeiras, entre outros. Segundo o diretor executivo da Kayros IT Consultoria, Samuel Gonsales, no cenário atual, a informatização é algo vital e, para as empresas que estão alinhadas ao mercado, estar bem informatizado pode significar grande vantagem competitiva em relação aos concorrentes. “Nós vivemos a era da informação, ou seja, algumas das empresas
GESTÃO
mais valiosas do mundo (como, por exemplo, Google e Microsoft) são empresas focadas no mercado da informação”, relatou. De acordo com o administrador de empresas e mestre em gestão empresarial José Alberto Muricy, o maior benefício que a informatização traz é a informação. “Com ela, é possível tomarmos decisões com base em dados e fatos, permitindo que os empresários trilhem os caminhos técnicos e abandonem o achismo como processo decisório”, esclareceu. Gonsales informou que, atualmente, as empresas que quiserem fazer uma nota fiscal, por exemplo, já precisam estar informatizadas, pois as notas fiscais tornaram-se eletrônicas. “As empresas que não investirem maciçamente em informatização nos próximos anos perderão muito mercado, em especial porque o novo cenário digital, de mídias sociais e internet, exige que as empresas, mesmo as médias e pequenas, estejam cada vez mais de posse de informações contundentes para tomarem decisões assertivas”, disse Gonsales. A busca crescente por resultados e produtividade e a consequente eficácia dos negócios exige gestão profissional, conforme Muricy. “E não podemos tratar de
gestão sem darmos ênfase à tecnologia, à informatização e ao uso indispensável das ferramentas administrativas como planejamento estratégico, custos, motivação dos recursos humanos, gestão de processos e logística”, acrescentou.
No setor de cerâmica vermelha Quando se trata de um segmento como o de cerâmica vale lembrar das diversas realidades dos ceramistas. Atualmente, há no mercado empresas em estado avançado, as que buscam a profissionalização e aquelas que ainda se encontram em estágio de sobrevivência. Segundo Muricy, dentro desta análise, é possível entender que existem empresas com grande utilização tecnológica de produção e gestão e aquelas que estão caminhando na direção correta e algumas que estão distantes das melhores técnicas possíveis. No entanto, para ele, todas desejam a profissionalização, mas, ao invés de críticas, necessitam de apoio e de conhecimento para atingirem os melhores patamares de gestão. “Na verdade, o ceramista em linhas gerais é um exemplo de empreendedor, pois
as principais características natas eles já possuem, a exemplo de coragem, gosto pelos desafios, capacidade de trabalho, dedicação e força de trabalho”, disse Muricy. Mesmo assim, é preciso uma ferramenta específica para auxiliar no controle dos processos produtivos de uma empresa. Segundo o técnico em Cerâmica e especialista em Gestão da Qualidade, Emerson Dias, para as indústrias que não querem investir em um software, existe outra forma de planejamento sem deixar a desejar no controle de processos. No entanto, conforme ele, é preciso implantar um sistema de gestão de custos e sistema de gestão da qualidade. "Por meio de planilhas e aplicação de ferramentas da qualidade, consegue-se garantir o controle total de suas operações", acrescentou Dias.
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GESTÃO
Garantia de solução satisfatória Empresas que investem em informatização têm maiores oportunidades para melhorarem o desempenho, a produtividade e o consequente desenvolvimento da organização. No entanto, é preciso estar atento para escolher um sistema que atenda as necessidades da empresa. “Na escolha de um sistema, é fundamental analisar todas as opções de mercado e focar sua escolha em programas com comprovado desempenho positivo e prático, ou seja, é importante visitar empresas que já usam aquela ferramenta e avaliar também se o sistema é adequado à realidade da sua empresa”, disse o empresário José Muricy. Para ele, na era da informática, qualquer outro controle é ineficaz para boa gestão.
Dicas para informatizar - Definir exatamente o que se quer informatizar. Quais áreas, quais processos e quais as características necessárias à solução tecnológica. Esta definição pode ser feita em conjunto com um profissional qualificado de TI (tecnologia da Informação), que possa prestar consultoria. - Uma vez definido o que se quer, é preciso fazer a busca da solução tecnológica. É preciso avaliar alternativas de sistemas (softwares) aplicativos, conhecendo detalhes destes e, principalmente, fazendo a análise de aderência às necessidades e características da empresa. A busca de casos de sucesso é altamente recomendável.
As dicas são do diretor executivo da Nova Visão Informática, Ivanir Ferri
- Após escolher a solução ideal (nível de aderência à empresa, exigência de investimentos, prazos de implementação, etc), deve ser identificada e definida a estrutura necessária em termos de Hardware e Software Base.
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- É erro grave começar definindo em qual sistema operacional ou em qual banco de dados trabalhar, se ainda não sabe qual a solução tecnológica ideal. Só não é erro caso a empresa queira desenvolver sua própria solução interna, o que certamente exigirá maiores investimentos e demandará maior tempo para entrar em produção. - Neste momento, deve ser avaliada a forma ideal de suportar a solução escolhida. Usar infraestrutura própria, ou usar soluções de Data Center, ou ainda em formatos de Cloud Computing. - Composição da equipe, custos de infraestrutura (energia, comunicação, local seguro para os servidores), licenças de software de base (sistemas operacionais e gerenciadores de banco de dados) devem ser minuciosamente projetados e validados. - Jamais cometa o erro de querer economizar nos serviços de treinamento e assessoria, pois a economia em cima destes serviços pode gerar dificuldades posteriores e, em casos mais graves, até em fracassos do projeto. - Conscientize-se que a implementação de um projeto desta natureza requer dedicação, comprometimento e disponibilidade dos envolvidos, especialmente dos usuários, que erroneamente podem esperar que tudo aconteça sem nenhuma necessidade de dedicação extra, de participação na definição das regras e critérios. É imprescindível ter consciência de que quem conhece o negócio é o usuário, os profissionais de TI conhecem com profundidade a solução, não necessariamente o negócio.
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GESTÃO 20
Planejamento estratégico Outra ponto que o empresário deve levar em consideração é quanto às questões estratégicas, de acordo com o diretor executivo da Kayros IT Consultoria, Samuel Gonsales. “Para isso, é preciso ter um corpo gerencial bem formado. Empresários que tendem a dar atenção demais às questões operacionais minam sua empresa de boa gestão”, contou. Segundo Gonsales, para que um planejamento funcione efetivamente, é indispensável conhecimento da técnica, persistência e principalmente colocá-lo em prática. Para Muricy, a gestão de uma empresa deve ser profissional, sem paternalismo e com uso de técnicas gerenciais e tecnológicas na produção. “Muitas vezes recomendamos o apoio de um profissional, mas em linhas gerais o planejamento se inicia na definição do negócio, missão, visão, princípios e posteriormente passa por análise aprofundada das oportunidades e ameaças que o mercado propicia, além de avaliação das fortalezas e fraquezas internas da organização. De posse deste diagnóstico, é possível definir os objetivos, metas, estratégias e indicadores de desempenho para elaborar os planos de ações”, explicou. Planejamento estratégico é o princípio de qualquer boa gestão, segundo Emerson Dias. “Se não planejarmos bem, teremos dificuldades
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no alcance das metas. E, para realizarmos um bom planejamento, temos que ter todos os números e dados, bem como bem definido o norte que iremos traçar”. Para auxiliar o ceramista quanto à esta questão, normalmente, MBAs, livros e consultores recomendam que comece pela identidade organizacional (definição de missão, visão e valores) ou pela determinação das metas para o próximo ano. Depois, conforme Dias, vêm a análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças), fatores críticos de sucesso, desenho de cenários, simulações de receita e de despesas, elaboração de planos de ação (projetos, investimentos) e análise de riscos, entre outros. “Tudo estaria muito correto se não faltasse o que sempre falta: a avaliação rigorosa e criteriosa das pessoas, do time que vai fazer tudo isto acontecer. Por onde deve começar o planejamento estratégico, portanto? Deve iniciar pela avaliação do time que temos ou que não temos. A estratégia precisa ser adequada ao time. Ou então a estratégia precisa de um novo time, mas a equipe deverá ser sempre o ponto de partida. Nunca vi alguém recomendando isto, a não ser Jim Collins no célebre livro Feitas para Durar, quando escreve: “...primeiro defina o Who, depois determine o What”, ou seja, primeiro, quem. Depois, o que fazer”.
Para o especialista em Gestão da Qualidade Emerson Dias, as cerâmicas ainda hoje trabalham o presente, poucas cerâmicas, atualmente, trabalham com um Gerenciamento Por Diretrizes (GPD), que é um sistema voltado para atingir as metas que não podem ser atingidas pelo gerenciamento da rotina do trabalho no dia a dia, para resolver problemas crônicos e difíceis da organização. O GPD é um sistema
de gestão que conduz o estabelecimento e a execução do Plano Anual. As metas anuais da empresa são o ponto de partida concreto do GPD. De modo simples, caberia a alta direção da empresa definir onde ela gostaria de colocar a empresa. Já aos setores restaria a responsabilidade individual de contribuir para que tal meta seja alcançada. Planejar é fundamental para se conquistar melhores resultados.
GESTÃO
Gerenciamento Por Diretrizes
Erros de gestão Para Dias, o maior erro cometido pelas cerâmicas brasileiras é o fato de a maioria não considerar que a gestão de uma empresa passa pelo mapeamento de seus processos, pelo controle operacional e que a gestão deve acontecer de modo participativo, onde todos possam contribuir para que melhores resultados sejam alcançados. Segundo ele, para garantir a sustentabilidade de uma empresa, atualmente é preciso ter a gestão focada nos resultados (trabalhar pelo lucro) e conhecer profundamente os seus custos. “Penso que aqui temos uma conjunção de pecados, pois se o ceramista não planeja bem, como irá executar melhor? A maioria das cerâmicas tem como grande pecado o não conhecimento dos seus custos. Quanto
custa fabricar um bloco ou uma telha? ter a resposta para esta pergunta é fundamental para o sucesso de qualquer empresa, pois, como diz o professor Marins, ‘Venda para não ser comprado’. E se não sei quanto me custa fabricar, como saberei quanto devo vender?”, explicou Dias.
Dica para controle de processos A maior dica seria: comece, dê o primeiro passo! Controle vácuo, amperagem, minutos parados. Após este início, verás os primeiros resultados e assim terás condições de caminhar para a qualidade até o alcance do objetivo. Nesta caminhada, não esqueça de aplicar as ferramentas motivacionais, pois necessitamos de colaboradores para conquistar algo. A adoção de caixa de sugestão é uma excelente ferramenta, e por que não premiar ideias que possam reduzir custos, melhorar a qualidade do produto, facilitar as operações sem perda de qualidade. Envolver a família deste colaborador é segredo de sucesso, assim, quem ganha o prêmio é o colaborador, mas quem o recebe é a esposa, mãe, filho, etc. A dica é do especialista em Gestão da Qualidade Emerson Dias.
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GESTÃO
Vantagens da informatização Qualidade na tomada de decisão é, sem sombra de dúvida, a maior vantagem da empresa informatizada, de acordo com o diretor executivo da Kayros IT Consultoria, Samuel Gonsales. Outro benefício é a velocidade em que as transações (pedidos, requisições, recebimento e pagamentos) são processadas, além da diminuição dos erros operacionais. “As empresas informatizadas tendem a ter processos, papéis e responsabilidades bem definidos, o que resulta em maior eficiência e eficácia, gerando sucesso e qualidade para a própria empresa e também para os clientes que são atendidos com mais agilidade e com mais precisão”, disse Gonsales. Para o técnico em cerâmica, especialista em Gestão da Qualidade, Emerson Dias, a informatização quando bem aplicada traz benefícios que vão da manutenção da saúde do colaborador até a redução de custos. “Penso que investir em soluções informatizadas é de vital im-
portância para que se alcance maior velocidade de coleta, interpretação e tomada de posição. Afinal, o jargão “Time is money” (tempo é dinheiro) deve ser levado em conta e se faz cada dia mais presente no mundo globalizado em que vivemos. Desta forma, acredito que esta solução garante redução de custo baseado no controle das operações”, esclareceu Dias. Outro benefício é que, atualmente, por meio de dispositivos móveis, como tablets, iPhone ou notebooks, já é possível ver e-mails, relatórios e gráficos online para tomada de decisão. Além disso, segundo Gonsales, também é possível fazer vídeo-conferências com a equipe sem ter que realizar grandes deslocamentos para fazer de forma presencial. "Já existem inúmeros fornecedores de sistemas empenhados em fornecer soluções que vão das mais simples até as mais complexas para que o mercado possa ser ainda mais dinâmico através dos equipamentos móveis", relatou Gonsales.
Fonte: Samuel Gonsales.
Breve histórico da informatização
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Para falar em informatização vale relembrar alguns dados históricos. Os primeiros computadores datam da década de 1940 e, apesar da grande proposta de mudança comportamental que gerou para época, eles não faziam mais do que algumas contas simples. Em 1960, ganham corpo as primeiras iniciativas de sistemas de gestão de estoques (basicamente controles de entradas, saídas e saldos), bem como controles financeiros. Nas décadas seguintes, vem à tona o Material Requirement Planning (MRP), que organiza as necessidades de materiais através de planejamentos por volta de 1970. A partir de 1980 aparece o Enterprise Resource Planning (ERP) que são sistemas integrados de gestão empresarial. Ainda nessa época os custos de aquisição de equipamentos de informática inviabilizava que a maioria das empresas se lançasse nessa nova fase. Em 1990, as empresas embarcaram na tendência mundial de informatização e, des-
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de então, os processos de negócio têm recebido influência dessas tendências que abarcam desde as multinacionais até as microempresas. Atualmente, elas dependem de informatização para manter-se competitivas e cumprir exigências legais – como a emissão de notas fiscais de venda que, no Brasil, é quase que 100% informatizada. Desde então houve revolução nas empresas provocada pela crescente necessidade de informatização dos processos de negócio. Estes processos culminaram em vasta gama de sistemas que hoje vão desde simples controles de fluxo de caixa até sistemas que fazem simulações de cenários estratégicos de negócios. A maioria das atividades relacionadas a sistemas deixou de ser offline e passou a ser online. Um exemplo é a revolução provocada no sistema bancário, onde mais de 80% das operações atuais são feitas sem que os clientes compareçam às agências bancárias. NC
D E S E N VO LV I M E N T O Cerâmica Campo Maior localizada na cidade de Campo Maior, no Piauí
Cerâmicas têm consultoria para adesão ao PSQ no Piauí Objetivo é qualificar 11 empresas de pequeno e médio portes
Empresas da região de Teresina, capital do Piauí, receberão consultoria para adequação de processos e produtos para o Programa Setorial da Qualidade (PSQ). O objetivo é qualificar 11 empresas de pequeno e médio portes. Cada cerâmica receberá 80 horas de consultoria. A ação conjunta entre cerâmicas, Sindicer, Verdés e Sebrae, iniciou em maio e terá duração de sete meses. As empresas que serão beneficiadas com as consultorias são as cerâmicas São
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Raimundo, Campo Maior, São José, Torrões, Capivara, Carajás, Santa Maria, Santa Vitória, Ideal, Longá e Jenipapo. “As cerâmicas estão entre as matérias-primas mais importantes da construção civil. Por isso, é imprescindível que as telhas, tijolos e blocos cerâmicos sejam de boa qualidade, o que contribui para a segurança e maior vida útil das obras. Trabalharemos a excelência do processo produtivo e do material fabricado, para atingir a certificação desses produtos, além da redução dos desperdícios e a qualificação da mão de obra. São ações que beneficiarão tanto as empresas, que se tornarão mais competitivas no mercado, como os consumidores, que terão acesso a produtos com garantia de qualidade”, explicou o diretor técnico do Sebrae no Piauí Delano Rocha. O Programa Setorial da Qualidade (PSQ)
com empresas de outros estados, já que atualmente grande parte dos insumos e matérias-primas ainda são comprados de indústrias de fora”, acrescentou Maria de Lourdes. As empresas que participarem do programa e se adequarem a todos os requisitos e critérios pré-estabelecidos receberão um Selo de Qualidade, emitido pelo Sebrae no Piauí, que atestará que aquele empreendimento ou profissional segue padrões de excelência. A consultoria faz parte das ações do Projeto Desenvolvimento de Fornecedores do Polo da Construção Civil de Teresina, executado pelo Sebrae no Piauí. Além das cerâmicas, serão atendidas no âmbito do projeto, fabricantes e representantes de pré-moldados, vidros, gesso, argamassa e mármores e granitos. NC
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será implantado em duas frentes: PSQ Telhas Cerâmicas (PSQ/TC) e PSQ Blocos Cerâmicos (PSQ/BC). As consultorias serão desenvolvidas pelo técnico em cerâmica e especialista em Gestão da Qualidade, Emerson Dias. Inicialmente será feito um diagnóstico da atual situação das empresas, levando em consideração aspectos como processos produtivos, perfil da mão de obra e produtos oferecidos no mercado. As empresas receberão um relatório que apontará que melhorias devem ser implantadas para que os produtos atendam às normas técnicas vigentes. Entre as ações previstas na consultoria estão capacitações técnico-operacionais, implantação do sistema de gestão da qualidade, preparação de multiplicadores para a qualidade, orientação para instalação de laboratórios de controle de produtos e processos, entre outras iniciativas. De acordo com a gestora do projeto, Maria de Lourdes Freire, a ideia é fortalecer todos os elos da cadeia produtiva da construção civil, com a intenção de minimizar os problemas que surgem no cotidiano do segmento, como atraso nos prazos de entrega das obras. Além de consultorias, estão previstas outras ações no projeto como treinamentos, capacitações gerenciais e palestras. Serão trabalhadas questões como qualidade, estratégias, produção, inovação, finanças, saúde, segurança, gestão, além da área comercial das empresas. “Desenvolvendo um trabalho de valorização das empresas locais, contribuímos para que elas ocupem a fatia do mercado que ainda está
As informações são da Agência Sebrae.
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Evento deste ano vai ser realizado em novo local, em Curitiba, no Paraná
Quarta edição da feira ocorreu em 2011
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O Sindicato das Olarias e Cerâmicas para Construção no Estado do Paraná (Sindicer/PR) vai promover de 26 a 29 de junho a 5ª Feira de Fornecedores para a Indústria Cerâmica e Mineral (Expocer). O evento será realizado no Centro de Eventos Expo Unimed Curitiba. Durante os quatro dias, são esperados aproximadamente 4 mil pessoas, entre ceramistas, administradores e gestores de empresas ligadas à extração de argila e minerais, construtores, compradores, lojistas e revendedores de materiais de construção e cerâmico, distribuidores, representantes, engenheiros, arquitetos e estudantes do setor. Segundo o diretor da MonteBello Eventos, empresa organizadora, Valdir Bello, nesta edição, a novidade foi a mudança de local para um centro de eventos mais estruturado. “Esta mudança aconteceu atendendo solicitação da Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos (Anfamec), e já nos proporcionou um bom resultado com a adesão de empresas internacionais. Com certeza, com esta mudança, o evento terá um alcance ainda
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maior, trazendo visitantes de todo o Brasil e também da América Latina”, relatou. Com a alteração do local, a expectativa é gerar ainda mais negócios. “Aguardamos um crescimento exponencial no número de expositores e visitantes vindos de todo o Brasil e países vizinhos como Paraguai, Colômbia e Venezuela. Além disso, a feira será realizada num espaço privilegiado em um polo produtor de peças cerâmicas, abrangendo Curitiba e cidades da Região Metropolitana, cercada de indústrias atuantes no setor, o que favorece para a participação de um público específico, profissional, qualificado e consumidor” disse o presidente do Sindicer de Curitiba, Daniel Wosniak. A expectativa também é, a partir desta edição, fixar definitivamente Curitiba no calendário oficial dos grandes eventos da indústria cerâmica. “Desde a primeira edição, a Expocer tem devolvido um ótimo retorno a seus expositores e, com a alteração de local, temos certeza que o retorno aos expositores será ainda maior, garantindo as próximas edições em Curitiba”, disse Bello. Em 2013, são esperados mais de 80 expositores para aproveitar o bom momento da economia, em especial do setor da construção civil, grande consumidor dos produtos oriundos da indústria cerâmica. Um dos destaques desta edição será a área externa de equipamentos pesados, destinado à exposição de caminhões e máquinas para extração mineral. Além da feira, haverá visitas técnicas a indústrias da região com o objetivo de destacar as melhores práticas do setor produtivo paranaense e brasileiro. A intenção da feira é fomentar o setor da cerâmica vermelha na região Sul e apresentar tecnologias, produtos e serviços para aperfeiçoar os produtos fabricados e aumentar a produção das olarias e cerâmicas do Brasil. A Expocer é iniciativa do Sindicer/PR, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). A programação definitiva do evento estará à disposição a partir de junho no site da MonteBello Eventos. Outras informações sobre o evento pelo (41) 3203-1189 ou pelo e-mail montebello@montebelloeventos.com.br. NC
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Palestra discute oportunidades e desafios do setor no Paraná Evento foi realizado na sede do Sindicer/PR, no dia 23 de maio O Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas para Construção no Estado do Paraná (Sindicer/PR) promoveu no dia 23 de maio uma reunião para discutir oportunidades e desafios para a indústria de cerâmica vermelha. O evento foi ministrado pelo assessor técnico e da qualidade da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) Antônio Carlos Pimenta. Entre os desafios, Pimenta destacou o PIB do Brasil. Conforme ele, tudo que o país produziu em 2012 cresceu apenas 0,9% em relação a 2011. “Foi um dos piores crescimentos da América Latina. A economia do Brasil cresceu
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pouco no ano passado. A construção civil está parada faz um ano. Esperamos que cresça; o Brasil precisa crescer, investir em infraestrutura e habitação”, disse. O assessor técnico e da qualidade ainda destacou outros desafios, como os novos métodos de construção e novos produtos na construção civil, as normas técnicas para tijolos e telhas, portarias do Inmetro, as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, as licenças ambientais, os tributos, as taxas e os impostos, entre outros. Todos esses itens, conforme Pimenta, são realidade no setor. Quanto aos produtos concorrentes às peças cerâmicas, Pimenta afirmou que a cerâmica ganha em quase tudo. “O produto de vocês é muito superior aos produtos que estão aparecendo no mercado e isso foi comprovado”.
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Evento reuniu cerca de 35 ceramistas
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Os blocos cerâmicos são produtos naturais, utilizam fontes renováveis de energia, são atóxicos e ideais para dar melhor conforto e qualidade de vida às pessoas. No entanto, é preciso prezar sempre pela qualidade das peças produzidas, por isso, cumprir com as exigências das normas técnicas deve ser vista como uma vantagem, uma aliada do ceramista. Outro ponto importante é quanto à qualificação de pessoal. “A responsabilidade não é só do operário e do forneiro, entre outros, é de vocês (ceramistas) também, mas é importante que vocês treinem os seus funcionários, eles precisam ser treinados constantemente”, relatou Pimenta. Outra dica do assessor técnico é que o ceramista precisa ser produtivo. “Por exemplo, ao extrairmos a argila, temos que usar o máximo possível dela, temos que ser ecológicos, não podemos tirar da natureza e usar um pouco ou a metade, temos que evitar desperdícios”. Durante o evento, Pimenta também falou sobre a NR-12. Segundo ele, todas as máquinas utilizadas para a fabricação dos blocos cerâmicos, quando adquiridas, já devem vir com as proteções necessárias para garantir a segurança de seu manuseio e, as que já estão dentro da fábrica e ainda não possuem proteção, precisam ser adequadas. Outras normas regulamentadoras também foram citadas por Pimenta durante a reunião, como a NR-10 e NR-35, entre outras. A nova Norma Brasileira ABNT NBR 15575
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– Edificações Habitacionais – Desempenho foi outro assunto bastante discutido no encontro. A norma de desempenho tem como objetivo fortalecer ainda mais o sistema construtivo de habitações, tendo como base os requisitos e critérios de desempenho e qualidade que já se encontram regulamentados em outras normas técnicas já existentes. De acordo com Pimenta, é necessário que o ceramista mostre que o seu produto atende a norma técnica específica, com isso, automaticamente ele atenderá a norma de desempenho. “Construtoras tem que usar produtos que atendam às normas técnicas e os ceramistas devem oferecer materiais com qualidade. As construtoras querem peças de qualidade das cerâmicas, por isso, é importante que o fabricante ofereça produtos qualificados nos PSQ´s ou certificados pelo Inmetro”. Pimenta relatou ainda que “o produto deve ter a qualificação para comprovar que atende às normas técnicas. Ao invés de testar todos os produtos que adquire, as construtoras devem selecionar os fabricantes qualificados. O ceramista deve apresentar garantia que o produto que vai chegar na obra é qualificado. Essa procura por fabricantes que possuem qualificação é comum em várias regiões do país e a tendência é que aumente cada vez mais”. NC
ENTREVISTA
Em prol da qualidade e melhoria contínua do setor A entrevista deste mês é com o diretor da Verdés Brasil, Eduardo Putz. A empresa espanhola e líder na fabricação de equipamentos para o setor veio ao Brasil em 1974 e iniciou suas atividades em 1975. A Verdés surgiu para estreitar as relações com o mercado Latino Americano, desenvolvendo soluções em sintonia com as necessidades específicas deste mercado. Em uma área de 65 mil metros quadrados, a fábrica brasileira fica na cidade de Itu (SP), possuindo o centro tecnológico mais moderno da América Latina. NovaCer - Quais equipamentos a Verdés produz? Eduardo Putz - Para o mercado de cerâmica vermelha, fabricamos toda a gama de máquinas de preparação, secadores, automatismos e fornos túneis. NC - Como avalia a indústria brasileira de equipamentos para o setor de cerâmica vermelha? EP - Uma indústria pequena e carente de informação tecnológica. São pequenos empreendedores individuais na sua maioria,
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que sempre fizeram seus equipamentos tentando solucionar as necessidades dos clientes (um pouco na base da cópia do que se via funcionando) sem característica própria que os definisse. Como os próprios clientes, é um setor bastante informal que agora está buscando profissionalizar-se. NC - Por que a Verdés é uma empresa de sucesso? EP - Porque é uma empresa que prima pela qualidade e pela melhoria continua. A cada ano lançamos uma novidade diretamente
NC - A Verdés tem fundição própria? EP - Não. Como se vê mundialmente, a utilização e dependência das peças e partes em ferro fundido é cada vez menor devido à baixa qualidade destes materiais frente às novas tecnologias (plasma, laser e aços especiais, entre outros). Por este motivo, não optamos por desenvolver uma fundição. A Verdés não briga por preços. NC - Qual a estrutura da Verdés para atender o mercado? EP - Nossa rede comercial conta com oito vendedores técnicos e seis representantes comerciais no Brasil, mais um Centro de Distribuição de Peças no nordeste, além de dez representantes e alguns engenheiros de vendas dedicados exclusivamente ao mercado de exportação. NC - Qual o maior desafio da indústria de cerâmica vermelha no Brasil em seu ponto de vista? EP - Superar a fase da “comoditização”, ou seja, dar-se conta que a indústria cerâmica é uma indústria e não um “pequeno negócio do dono”. Quando o ceramista começar a tratar sua empresa como uma indústria de maneira mais profissional ao invés de nivelar a venda de seus produtos pelo menor preço (como
uma commodity) irá perceber que é possível crescer no segmento à custa de melhores produtos e serviços. O mercado deixará de ser restrição e se tornará oportunidade. NC - Como vê a transição das gerações dentro das cerâmicas que está acontecendo atualmente, os mais jovens tomando o lugar de seus pais e avós no comando das empresas? EP - Muito positiva. Sempre há exceções, mas, de um modo geral, vemos uma garotada mais comprometida com o sucesso do negócio e pouco a pouco buscando conhecer tecnologias de produto, de processo e, principalmente, de gestão. Há muito o que fazer em gestão do negócio.
ENTREVISTA
focada nos mercados que atuamos e mais recentemente com foco na máquina melhor e mais barata. Investimos pesado em maquinaria, instalações e capacitação do pessoal. Potenciamos bastante o departamento de engenharia para que sempre ao desenhar uma máquina nova esta venha ser melhor que a anterior e custando igual ou menos. Isso tudo aliado à política de prestar melhores serviços ao cliente – fomos os pioneiros na garantia estendida, na criação de pós-venda que somasse peças e serviços de manutenção, inauguramos recentemente o Centro de Tecnologia Felipe Verdés (CDT-FV) que conta com um laboratório e uma planta piloto para testes dos clientes, o programa Verdés com Você (um sucesso que já tem carteira comprometida para mais de um ano). A empresa de sucesso é a somatória de muito trabalho, dedicação, boas práticas e um enfoque cada vez maior no cliente.
NC - O que mudou do oleiro de 20 anos atrás para o ceramista atual? EP - Mudou, continua mudando e precisa mudar ainda mais esta visão do negócio e do mercado. Antigamente, o oleiro fazia tijolos porque no seu sítio não dava pra plantar nada e ele descobriu a argila. A administração era tal qual uma roça onde as galinhas andam pela fábrica, o chão é de terra batida e os empregados dormem no local de trabalho. Isto ainda é a realidade de vários ceramistas no Brasil, mas hoje vemos empresas ponteiras, profissionalizadas, tecnologicamente modernizadas e buscando crescer, diminuir custos, lançar produtos de qualidade, coisa que o oleiro do passado nem pensava. Antigamente, sempre se ouvia que o mercado era o problema, que o mercado isso e aquilo. Hoje já começamos a ver empresas que vão atrás do mercado e não ficam só reclamando dos preços. NC - A Verdés participa de quais feiras? Por que é importante expor em eventos? EP - Participamos de várias feiras pelo mundo – Angola, Alemanha, Brasil, Bolívia, Colômbia, Chile, Itália, Venezuela, EUA, Índia e China. Aqui no Brasil, participamos de vários encontros e feiras, tanto no setor de cerâmica vermelha como de cerâmica de revestimentos e no de mineração. A importância de participar está muito ligada ao que se quer do público-alvo: se você é desconhecido, precisa participar para tornar-se conhecido, se já é conhecido, precisa apre-
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ENTREVISTA
sentar novidades ou então manter o contato com os clientes. Sempre pode aparecer um cliente potencialmente novo que não te conhece. NC - Fale um pouco sobre a Anfamec. O que significa para você a associação de fabricantes criada recentemente? EP - A Anfamec sempre foi uma necessidade, mas num mercado tão desproporcional e feroz como o de fabricantes nunca deu certo. O sonho foi recentemente concretizado quando por conta das abusivas condições a que fomos submetidos na feira de Campo Grande, os senhores Mateus (da Man) e Amauri (Gelenski) iniciaram conversas com cada fabricante buscando unir forças para a criação de uma associação. A Anfamec – que ainda não existe oficialmente – pode tornar-se grande associação nos moldes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), pois são vários assuntos que permeiam os fabricantes de máquinas e equipamentos, como as feiras e exposições, liberações bancárias (Finame), normas de segurança (NR-12) e as tecnologias de fabricação, entre outros.
"Nos últimos dez anos, houve evolução nas cerâmicas desde o tamanho das fábricas até a qualidade dos produtos"
NC - O que levou o senhor a apoiar esta ideia? EP - Eu sempre fui diretor de entidades patronais (ABIARB, CIESP, SINDIBOR) em outras empresas durante minha trajetória empresarial, portanto, sei o quanto pode agregar de valor uma entidade bem estruturada e profissionalizada. Vamos ver o que conseguimos com esta. NC - O que representa a Anfamec hoje para os fabricantes de equipamentos? EP - Hoje, quase nada, pois a associação está em fase de registro. Esperamos que represente ao fabricante um importante apoio para suas necessidades. NC - Quantos empresários são associados à
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Anfamec e o que estes fabricantes de equipamentos tem a ganhar com esta associação? EP - Hoje são 36 empresas fabricantes de ‘máquinas e equipamentos para indústria cerâmica’ associadas e acreditamos que muito teremos a ganhar com esta associação. NC - Quais os objetivos da criação da associação? E quais ações serão desenvolvidas pela associação assim que iniciar suas atividades? EP - Os objetivos são vários, começando por unificar o pensamento do fabricante (pois alguns ainda são pequenas empresas que estão iniciando seu negócio), fomentar a troca de novas tecnologias, aproveitar as sinergias de materiais utilizados, buscar soluções para problemas comuns (como créditos bancários e fornecedores oligopolistas), organizar a participação nas feiras setoriais, cursos, seminários e capacitação de pessoal técnico, entre outros. NC - O que acredita que será seu maior desafio como vice-presidente da Anfamec? EP - Obviamente o mentor da ideia (Matheus, da Man) é o presidente. Eu e o Luis Bisacioni (Bonfanti) fomos convidados para sermos vice. Eu abri mão de ser vice-presidente e pedi que não me colocassem em cargos executivos por conta de outros compromissos que assumi junto ao grupo Verdés fora do Brasil nos próximos anos e constantemente estarei viajando. Não seria justo ocupar um cargo que eu não pudesse contribuir diretamente. Além das viagens comerciais aqui na América Latina, estou viajando para a Europa e para a Ásia constantemente por conta dos novos projetos expansionistas da Verdés (por exemplo, estou criando outra unidade fabril na Índia e tenho outros temas de colaboração tecnológica com a Alemanha e com a China). NC - Nestes anos todos no mercado de cerâmica vermelha, o que mais o motiva? EP - Acho que justamente esta dinâmica de tentar desenvolver sempre produtos novos (e melhores) bem como participar e até marcar um pouco a pauta do crescimento do setor cerâmico nacional como um todo. No mercado de pisos cerâmicos, a Verdés é prati-
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camente um monopólio da ordem de 95% e não vejo no setor a dinâmica que a cerâmica vermelha possui, onde cada dia é um dia atípico cheio de desafios. Nestes últimos dez anos, vimos uma evolução muito grande nas cerâmicas desde o tamanho das fábricas até a qualidade dos produtos. NC - Quais os projetos e metas da Verdés para os próximos anos? EP - Existem muitos projetos com metas ambiciosas que temos para os próximos anos. As empresas do grupo estão, apesar da crise europeia, fortemente capitalizadas e somos verdadeiras ilhas de tranquilidade num mar revolto de desemprego. Por isso, somos ambiciosos nos projetos futuros que obviamente não vou citar quais são, mas posso dizer que tanto aqui no Brasil como na Ásia e na África, teremos novidades. NC - Como o senhor tem visto o setor atualmente? É um setor que tem procurado inovar? Em sua opinião os empresários do setor estão preocupados em modernizar suas indústrias? EP - Se a pergunta refere-se ao setor de fabricantes de maquinaria e equipamentos mundial, eu diria que estão mais preocupados em sobreviver à crise que em modernizar suas indústrias. Se for quanto aos nacionais, eu diria que têm aparecido alguns novos participantes que estão preocupados com inovação, porém, não os vejo modernizando suas empresas com a velocidade que o mercado requer. Se a pergunta refere-se ao setor cerâmico nacional, como o Brasil é muito grande e o setor congrega quase 8 mil empresas, acho que na média geral ainda são poucas ilhas de prosperidade que vemos por aqui. Óbvio que há excelentes exceções onde vemos profissionalização muito boa. NC - Como vê o setor de cerâmica vermelha no Brasil? EP - Acho que é um setor muito importante cujas associações ainda não perceberam o poder que possuem; que deveriam unir toda a cadeia e lutar contra os ‘inimigos comuns’ ao setor como concreto, dry-wall, madeira e aço, entre outros, ao invés de brigarem entre si degladiando-se por preços de centavos de milheiros tijolos/telhas. Imagine a força de um
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setor unido defendendo o produto cerâmico, fazendo lobbies em universidades e escolas de arquitetura ou nos meios políticos. Seria invencível! Mas o que vemos é muito discurso e pouca ação. Obviamente que é necessária uma “seleção natural” que acabe com as empresas incapazes e fortaleça ainda mais as competitivas. Note que eu disse capazes, não grandes. Existem pequenas cerâmicas familiares que são exemplos de administração, produção e comercialização. NC - Os equipamentos da Verdés seguem a norma NR-12? O que o senhor tem a falar sobre segurança no trabalho? Qual a preocupação da Verdés quanto a este assunto? EP - Este é um tópico muito fácil para a Verdés. Para nós, cuja matriz é europeia, que já viemos com as normas de segurança da Comunidade Europeia (marca CE), a coisa é mais standard, mas assim mesmo tivemos que nos adaptar às exigências da NR-12 nacional, pois houve evolução da norma – em 1978 a ênfase era nas máquinas e em 2010 a ênfase é na segurança do trabalhador. Ficou muito mais complexa – tem 18 tópicos, 12 anexos com 65 páginas. Fala desde arranjos físicos e instalações até dispositivos elétricos (fios expostos, chave-faca). Dispositivos de partida, acionamento e parada – aí entra a complexidade. Tratei deste assunto numa palestra durante o seminário de NR-12 da Anicer feito aqui no Senai de Itu e o assunto é bastante extenso, pois existe o mau costume – ou vício – do ceramista comprar “por leilão”. Sem julgar o mérito dos motivos e necessidades, ele leiloa ofertas – e o vendedor aproveita para vender a máquina ‘pelada’. Depois ele compra “gambiarras” sem projeto, nem fabricante – projeto debaixo do braço que “funcionou” no vizinho. Estes equipamentos – que ele comprou sem NF ou que um sujeito fez pra ele – são os mais visados, pois serão os de maior dificuldade nas adequações já que não foram projetados pensando na segurança do trabalhador. Serão adaptações feitas sob medida e, às vezes, de eficácia duvidosa. Pode haver soluções cujo custo seja maior que o equipamento. A sorte do ceramista é que a fiscalização ainda é bastante incipiente e não há fiscais para cobrir
NC - Fale um pouco sobre o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Felipe Verdés. Qual o objetivo do CDT-FV, inaugurado em dezembro? EP - O objetivo do CDT-FV é fornecer ao setor cerâmico uma opção de tecnologia para análise de argilas, desenvolvimentos de composições de massa, desenvolvimento de produtos, qualificação de pessoal e consultoria técnica voltada para aumento de eficiência energética, processos cerâmicos e melhoria da qualidade. NC - Que tipos de serviços são realizados no CDT-FV? São oferecidos serviços a outras empresas? Que tipo de serviço? EP - Realizamos ensaios de caracterização física de argilas (ensaios de resíduo, tensão de ruptura à flexão, plasticidade, revenido, retração a seco e pós-queima e distribuição granulométrica, entre outros). Ainda possuímos um calendário de treinamento para cerâmicas que envolvem temas tais como aplicação e manutenção de máquinas, controle de processo de fabricação de material cerâmico, qualidade e normas técnicas. Também temos o programa de eficiência energética (em parceria com a WEG) que envolve a realização de diagnósticos de energia, diagnóstico da qualidade de energia recebida e plano de racionalização de custos com energia. NC - O CDT-FV conta também com mini planta. O que é e para que serve? EP - A mini planta (ou planta piloto) contém boa gama de equipamentos de preparação de argilas e outros materiais como alimentador, moinho de martelos, desintegrador, misturador, laminador, moinho pendular, extrusora e cortador em escala industrial e possui dois objetivos claros, sendo o primeiro de demonstrar em escala real a indústria cerâmica, tudo que há de mais moderno, inovador e tecnológico, quando relacionamos estes temas a equipamentos. O ceramista terá contato com equipamentos de última geração e prontamente adequados à NR-12. Outro objetivo é que com esta planta piloto conseguimos realizar em escala industrial
testes de composições, desenvolvimento de produtos e moagem de materiais que possam ser incorporados à massa cerâmica ou não. A ideia do teste semi-industrial é a de evitar custos e falhas numa fase onde o produto ainda não fora lançado ou não está totalmente adequado à linha de produção. NC - Se tivesse que dar um conselho para os empresários brasileiros do setor de cerâmica vermelha, qual seria? EP - O negócio do ceramista deve ser fabricar material cerâmico. A preocupação tem que ser com o produto final. A categorização dos investimentos deveria ser a última coisa. Preocupar-se se este equipamento custa X% a mais do que aquele não muda o negócio em longo prazo. A qualidade da aquisição deveria ser a preocupação maior. Maior suporte, a melhor garantia escrita, o melhor pós-venda, quem tem mais durabilidade, segurança, treinamento e atualizações, entre outros, são fatores mais impactantes na análise de longo prazo. Não se esqueçam de que em dez anos o equipamento já estará amortizado – já se pagou, portanto, renovem sempre sua linha de máquinas com melhores equipamentos que deem melhores prestações de serviço e mais produtividade. Tratem suas empresas como indústrias, fazendo estudos de capabilidade (capacidade do processo) e retorno ao longo dos anos, bem como desenvolvimento de novos produtos. Não sejam imediatistas, pensem na perenidade da empresa. Cada vez que simplesmente repassamos os custos no preço, perdemos um x%, pois facilitamos a entrada de alguém novo. Um dia o chinês chegará aqui como chegou com os pisos. NC
ENTREVISTA
todo o território nacional, mas é bom ir se preparando.
"Setor precisa superar a fase da 'comoditização', ou seja, dar-se conta que a indústria cerâmica é uma indústria e não um pequeno negócio"
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Laboratório da Alutal recebe certificação do Inmetro
A Alutal, empresa de Votorantim, em São Paulo, foi recentemente acreditada pelo Inmetro junto à Rede Brasileira de Calibração (RBC) como laboratório referência para Calibração de Sensores de Temperatura. De acordo o diretor de vendas da empresa, Pedro Helpa, a Alutal é a única fabricante de termopares para cerâmica que tem laboratório acreditado pelo Inmetro. Após três anos buscando ser acreditada pelo Inmetro, segundo os requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, a empresa recebeu o certificado em janeiro de 2013, tendo a visita de validação em junho de 2012.
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Para receber o certificado, de acordo com Helpa, a Alutal precisou investir mais de R$ 300 mil em equipamentos que garantissem a medição da temperatura correta, como fornos de temperatura e sensores “padrões”, além de contratar consultoria especializada e funcionários especializados. “A empresa para conseguir esta certificação precisou investir em fornos de calibração e em equipamentos chamados de “padrões”, ou seja, produtos de altíssima qualidade que, em comparação com os termopares calibrados, irão demonstrar que a temperatura informada é verdadeira”, informou o diretor de vendas. O certificado demonstra que o laboratório de calibração da Alutal possui erros mínimos de leitura e limitados dentro das normas vigentes, rastreados junto ao organismo. Para Helpa, a certificação significa mais um passo em busca da excelência e garantia de fornecer um produto dentro das normas e de alta qualidade e rendimento. “A certificação também mostra que a Alutal está sempre buscando melhorias que apresentem um melhor resultado para os ceramistas”, contou o diretor de vendas. Conforme ele, o credenciamento estabelece um mecanismo para evidenciar que os laboratórios se utilizam de um sistema de qualidade e que possuem competência técnica para realizar serviços de calibração e assegurar a capacidade em obter resultados de acordo com métodos e técnicas reconhecidos nacionalmente e internacionalmente. “Para nós, é uma grande satisfação, pois a cada dia vemos os ceramistas mais exigentes com os produtos, e a Alutal, tornando-se a primeira do setor em certificar seu laboratório de temperatura, demonstra que está em sintonia com o que o mercado exige”, relatou. A empresa está há 19 anos no mercado, com a produção de termopares, indicadores de temperatura, monitoramento da queima informatizado, detectores de metais e super-imã para correia transportadora, torre de resfriamento e bomba de vácuo, entre outros. NC
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Empresário estuda novo sistema construtivo Técnica faz junção do uso de tijolos (alvenaria tradicional) com a rapidez do sistema de fôrmas
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Quando o assunto é qualidade, confiabilidade e aceitação do consumidor, a alvenaria tradicional é praticamente imbatível na construção civil nos dias atuais. Porém, a desvantagem deste sistema construtivo é que se trata de um processo artesanal,
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Modelo de sistema de fôrmas para paredes de concreto NovaCer • Ano 4 • Junho • Edição 38
com colocação tijolo a tijolo, constante verificação de nível e prumo, reboco trabalhoso e espalas também dispendiosas, o que faz com que a obra se estenda por meses, tornando a alvenaria um sistema caro, apesar do baixo custo dos insumos. Para um processo rápido, existem as casas de concreto feitas em fôrmas. Devido à enorme praticidade e rapidez, o sistema é o que mais tem crescido em todo o mundo. Monta-se a fôrma (o que é rápido), enche-se a mesma de concreto, retira-se a fôrma após 12 horas de cura e a casa estará no ponto de pintura em no máximo dois dias. Este seria um sistema perfeito se não fosse por algumas desvantagens como material caro, (gasta-se muito concreto e ferragem para se encher uma fôrma), a qualidade termo acústica não é tão boa, sendo que a casa fica muito quente em regiões quentes e muito fria em regiões frias, e o concreto puro (em quantidade) aumenta a incidência de patologias. Cada um dos dois sistemas citados acima tem prós e contras. Na alvenaria tradicional, o material é barato, mas a mão de obra prolongada e especializada é cara. Já no sistema de fôrmas, a pouca mão de obra utilizada é barata, mas o material é caro. Ou seja, o que é bom em um, é ruim em outro. Para unir o útil ao agradável, o empresário Sérgio Heriberto da Costa estudou uma nova técnica que une o uso de materiais de alvenaria em tijolos com a praticidade do sistema de fôrmas. O novo sistema construtivo, batizado por Costa como Alvenaria Moldada, está em estudo e promete revolucionar o mercado, resultando em melhor qualidade, menor custo, tempo recorde de execução (cerca de dois dias para se deixar uma casa de tijolos no ponto de pintura) e dispensa de mão de obra especializada. “O sistema faz uso das mesmas fôrmas utilizadas na construção de paredes de concreto moldadas in loco. Po-
fechar a fôrma e inserir o concreto que a própria fôrma se encarrega do resto, inclusive reboco e espalas, entre outros.
Processo construtivo -Monta-se uma face da fôrma; -Alterna-se a colocação de juntas pré-moldadas de entijolamento com a de tijolos; -Monta-se a outra face da fôrma; -Insere-se o concreto/argamassa; -Aguarda-se o período de secagem; -Retira-se a fôrma.
CONSTRUÇÃO CIVIL
rém, a diferença é que, em vez do concreto puro, são inseridos também tijolos dentro das fôrmas. O produto final é uma alvenaria exatamente como a tradicional em tijolos, porém, feita com a praticidade e a rapidez do sistema de fôrmas. Este novo sistema construtivo poderá vir a suprimir as deficiências de três outros sistemas construtivos de grande sucesso”, relatou o empresário Sérgio Heriberto da Costa. Na Alvenaria Moldada, são usados materiais comuns, de alvenaria em tijolos e o processo de execução com moldagem em fôrmas também é de uma praticidade sem igual. Ou seja, não há porque encher uma fôrma com concreto puro e ferragem, se 80% do espaço da mesma, pode ser preenchido com tijolos, que são mais baratos, têm a vantagem de melhorar a qualidade termo acústica (pois o tijolo é isolante térmico) e ainda deixa a obra mais ao gosto do consumidor. “Além disso, a pouca quantidade de concreto/argamassa utilizada, dispensa o uso da tela, necessária em toda a extensão das paredes de concreto”, disse o empresário Sérgio Heriberto da Costa. Uma característica da Alvenaria Moldada é que os tijolos são pré-fixados dentro da fôrma, nas mesmas posições em que ficariam em uma parede comum, porém, ainda sem a argamassa ou concreto, colocado posteriormente. Segundo Costa, uma avaliação preliminar mostrou redução de custos de, no mínimo, 20% em relação às paredes de concreto. “E vale lembrar que não se trata de redução de custos apenas, mas sim, de redução de custos com ganho de qualidade, o que amplia ainda mais esta vantagem. Convenhamos, não há porque encher uma fôrma com concreto puro e ferragem, se a maior parte deste espaço, pode ser preenchida com tijolos, que são mais baratos (além de serem ocos), e têm a vantagem de melhorar a qualidade termo acústica”, disse. Em relação às alvenarias tradicional e estrutural, a maior vantagem da Alvenaria Moldada é a industrialização do processo, dispensando o enquadramento manual dos tijolos, já que o sistema funciona como um gabarito, alinhando tudo, não sendo necessário ficar conferindo o alinhamento. Basta
Ao ser retirada a fôrma, teremos paredes alinhadas, lisas e com todas as características de uma alvenaria comum, como tijolos dentro da parede, assentamento entre os tijolos, reboco e gastando menos concreto.
Sérgio Heriberto da Costa, criador do projeto Alvenaria Moldada NovaCer • Ano 4 • Junho • Edição 38
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Na prática De acordo com Costa, primeiramente, os tijolos são todos devidamente posicionados no interior da fôrma e só então é inserida a argamassa ou concreto de alta fluidez. Como a parede é moldada na vertical,
Novo sistema construtivo ainda precisa de testes Como a Alvenaria Moldada usa insumos já usados juntos há décadas, como tijolo e o cimento, o comportamento das edificações feitas com este sistema, dificilmente será diferente do que já é conhecido. No entanto, conforme Costa, ainda que o projeto seja reprovado em alguma etapa, o que acredita ser improvável, serão feitos quantos ajustes forem precisos para homologação junto ao Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (Sinat), para que o produto entre no mercado após obter excelente qualidade. “Acredito que este projeto tem um enorme potencial para atrair financiamentos e recursos de subvenções econômicas, o que poderia viabilizar e até alavancar uma empresa própria, podendo esta ser, por exemplo, de incorporação ou produção de componentes como as juntas
"Prioridade agora é testar o novo sistema e homologá-lo junto ao Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (Sinat)"
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para que os tijolos permaneçam organizados dentro da fôrma, são utilizadas as juntas pré-moldadas de entijolamento. “Estas juntas funcionam exatamente como a argamassa de assentamento que é utilizada na alvenaria tradicional (a argamassa colocada com a colher de pedreiro para o assentamento dos tijolos), porém, neste caso, as juntas são pré-fabricadas. O formato destas juntas pode variar. No caso de serem usados, por exemplo, o tradicional tijolo furado, estas possuem o formato de barras com Dentes, que se encaixam nos furos dos tijolos periféricos a serem utilizados”, explicou. o criador do projeto.
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de entijolamento. Por outro lado, são muitas as opções de negócios interessantes que podem surgir, inclusive parcerias com grandes empresas. Minha prioridade neste momento, é testar o sistema construtivo e homologá-lo junto ao Sinat”, disse o criador da nova técnica de sistema construtivo. Até agora já foram concluídos a elaboração e depósitos dos pedidos de patentes, tendo sido depositados um pedido de PI, um Certificado de Adição e um pedido internacional PCT (WO/2013/056333). “Já a parte de execução dos projetos ainda está bem no início, não tendo sido realizado nenhum teste ainda, mas com tantas tecnologias de concreto, aditivos e adensamento disponíveis atualmente, considero "impossível" que não se consiga realizar o que está sendo proposto. Os testes serão muito importantes para formatar melhor o processo e corrigir possíveis falhas. Quanto ao posicionamento definitivo, que seria a homologação junto ao Sinat, depende muito do resultado dos testes, se vão ser necessários ajustes e quais serão estes ajustes. Mas acredito que em um ano o sistema estará homologado”, previu o autor. NC
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ARTIGO TÉCNICO
Caracterização física de materiais argilosos em uso nas olarias da região de Rio Claro (SP) visando sua utilização na fabricação de produtos cerâmicos Trabalho apresentado no 56º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado de 3 a 6 de junho de 2012, em Curitiba, Paraná
G. C. Ferreira; C.C. de Oliveira UNESP/IGCE/Campus de Rio Claro/ Departamento de Geologia Aplicada, Bela Vista – Rio Claro (SP)
Introdução Resumo Neste trabalho, os materiais argilosos utilizados pelas indústrias oleiras, associadas à Ascer, foram caracterizadas quanto às suas principais propriedades cerâmicas, objetivando embasar a elaboração dos projetos de extração mineral, subsidiar a proposição de formulações mais adequadas à fabricação de tijolos e à aplicação de materiais ainda não conhecidos, contribuindo para o aprimoramento técnico da indústria oleira local. Foram realizados ensaios de plasticidade, resistência mecânica a seco, absorção de água, retração linear de queima, cor de queima e resistência mecânica pós-queima. Os ensaios demonstraram que os materiais argilosos têm potencial para uso em cerâmica vermelha, como argilas plásticas. As amostras apresentaram comportamento que as classifica como material nobre para fabricação de telhas e tijolos. Os resultados destes ensaios servirão de base para estudos posteriores, visando propor eventuais modificações na massa cerâmica, para a obtenção de produtos de melhor qualidade, adaptados às normas técnicas para os respectivos produtos.
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Na região de entorno à cidade de Rio Claro (SP), existe atualmente cerca de 50 pequenas olarias, cujas atividades de extração mineral e produção de tijolos vêm sendo conduzida há várias dezenas de anos, em sua grande maioria, sem qualquer orientação técnica no que se refere ao aproveitamento dos materiais argilosos, matéria-prima básica na fabricação de tijolos (1). Para mudar este quadro negativo, foi realizada uma parceria entre a Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (Fundunesp) e o Sebrae–SP, através de um projeto intitulado “Apoio técnico às atividades de extração de matéria-prima executadas pela indústria oleira da região de Rio Claro”, cujo objetivo principal foi a orientação aos oleiros associados da Associação das Cerâmicas Vermelhas de Rio Claro e Região (Ascer) para a caracterização, dimensionamento e planejamento da extração de matérias-primas argilosas de suas respectivas jazidas minerais. Esse projeto, que teve a participação de docentes e alunos do curso de graduação em Geologia da Unesp, Campus de Rio Claro, foi financiado pelo Sebrae–SP, com uma pequena participação de cada olaria, nos custos dos ensaios cerâmicos realizados pela Unesp (2). Entre as olarias existentes foram estuda-
Materiais e métodos Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizadas três amostras de cada olaria estudada, num total de 14 olarias, fabricantes de tijolos maciços e blocos de oito furos. Para qualificar os materiais argilosos, foram efetuadas sondagens a trado manual, com extremidade no formato de caneco, devido à característica material e à espessura das camadas de solo argilo-siltoso e de saprólito siltoargiloso, utilizados na confecção de tijolos (Figura 1). O material encontrado em profundidades maiores (argilito siltoso “pastilhado”), devido à sua dureza, não é utilizado pelas olarias, sendo sua presença utilizada como limitador nas sondagens, por ser impenetrável ao trado manual.
Figura 1 – Material argiloso sendo retirado do trado tipo caneca utilizado na amostragem
O material argiloso retirado de cada furo foi misturado e três amostras representativas deste material foram submetidas a ensaios de caracterização tecnológica (Figura 2). Os ensaios foram realizados pelo Laboratório de Ensaios Cerâmicos do IGCE/Unesp, elaborando laudos das 14 olarias estudadas. As amostras brutas foram codificadas (segundo codificação original), secas ao sol por 72 horas e desagregadas. Os materiais argilosos previamente desagregados foram moídos em moinho de martelo marca Tigre, até granulometria passante em malha ABNT 32 (abertura de 500µm), partindo-se, após, para a caracterização cerâmica destes. Foram realizados dois tipos de análise: plasticidade e caracterização física.
ARTIGO TÉCNICO
das 14 olarias pertencentes à Ascer, localizadas nos municípios de Rio Claro e Corumbataí, na porção centro-leste do estado de São Paulo. A matéria-prima cerâmica utilizada por essas olarias são materiais argilosos resultantes do intemperismo de rochas síltico-argilosas da Formação Corumbataí, envolvendo tanto porções superficiais, mais intensamente alteradas (solo argiloso), quanto os níveis mais profundos apenas parcialmente intemperizados (saprólito silto-argiloso), sendo ambos os materiais misturados para a obtenção da matéria-prima com composição adequada à fabricação de tijolos maciços ou de blocos cerâmicos de oito furos (3). Este trabalho tem como objetivo principal a caracterização física dos materiais argilosos atualmente em uso nessas olarias, a fim de embasar a elaboração dos projetos de extração mineral das jazidas e subsidiar a proposição de formulações mais adequadas à fabricação de tijolos, assim como a aplicação de materiais ainda não conhecidos, contribuindo para o aprimoramento técnico da indústria oleira local.
Entre as olarias existentes na região foram estudadas 14 olarias, pertencentes à Ascer, localizadas nas cidades de Rio Claro e de Corumbataí
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 2 – Materiais argilosos usados pelas indústrias oleiras locais. (A: saprólito argilosiltoso vermelho com argila cinza-claro e castanho; B: solo areno-argiloso castanho com argila cinza-claro e verde; C: saprólito argilosiltoso vermelho com níveis argilosos de cor cinza; D: solo argilo-siltoso castanho e cinza claro)
sem trabalhabilidade, sendo posteriormente estocadas por 24 horas para homogeneização de umidade. As amostras foram caracterizadas quanto ao Limite de Liquidez (LL), que é a quantidade máxima de água que transforma a massa plástica em suspensão fluída, através de ensaio em aparelho Casagrande, acompanhado pelos ensaios de Água de Esfarelamento e Água de Amassamento, para determinação do Índice de Plasticidade (IP), que indica a trabalhabilidade do material, comparado a uma tabela de referência (Tabela 1). O Índice Plasticidade é calculado de acordo com a equação (A), subtraindo-se a água de esfarelamento da porcentagem de umidade obtida a 25 golpes (Limite de Liquidez): IP = (LL) – (Água de Esfarelamento) (A)
Tabela 1: Referência para Índice de Plasticidade
Argila
Índice de Plasticidade
Excessivamente Plástica
19 a 25
Excelente
17 a 18
Boa
15 a 16
Regular
13 a 14
Fraca
11 a 12
Material de Capa
5 a 10
Plasticidade A plasticidade é a propriedade que possuem as argilas de se deixarem modelar, quando pastosas, pela adição de água, isto é, como será o desempenho de uma argila ao se efetuar a conformação dos tijolos por extrusão, introduzindo água. As argilas foram peneiradas em malha ABNT 80 (abertura de 177µm). Foi acrescentada água até que as argilas apresentas-
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Caracterização Física Para a realização dos ensaios tecnológicos cerâmicos, os materiais argilosos foram umidificados, com um teor de 7,5% de água e estocados 24h para homogeneização. As amostras foram prensadas em prensa hidráulica manual Luxor, utilizando 250 N/cm2 de pressão. Os corpos de prova secos em estufa elétrica a 100ºC por 24h foram pesados e medidos (comprimento, largura e espessura)
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para serem avaliados quanto aos ensaios de densidade geométrica e Módulo de Ruptura à Flexão. A prensagem foi escolhida para a conformação ao invés da extrusão pela praticidade de realização e por apresentar maior precisão nos resultados. Módulo de Ruptura à Flexão (MRF) (seco): Determina a resistência mecânica mínima que as peças apresentarão para o manuseio na olaria (colocação de peças para secagem, colocação de peças no forno, etc.). Esse ensaio foi efetuado no flexômetro da marca BP Engenharia, nos corpos de prova secos. O ensaio consiste basicamente em colocar o corpo de prova sobre dois apoios em forma de cilindros e fixar um terceiro apoio, também em forma de cilindro, por cima e que vai exercer pressão sobre o corpo de prova. O Módulo de Ruptura à Flexão (MRF) em kgf/cm² é definido pela leitura no aparelho da carga máxima atingida no momento da ruptura, vezes um fator que depende da distância entre os apoios e o peso que vai exercer a força, dividido pela espessura mínima ao quadrado na seção de ruptura (excluídas as bordas), vezes a largura na seção de ruptura. O valor do Módulo de Ruptura à Flexão (seco) para tijolos maciços deve ser no mínimo de 15 kgf/cm² e, para blocos cerâmicos para alvenaria, de 25 kgf/cm² (4). Foram realizadas nos corpos de prova duas queimas em forno tipo mufla de laboratório, com taxa de aquecimento de 7ºC/min a temperaturas de 900ºC, 950ºC e 1000ºC, para avaliação da potencialidade do uso dos materiais argilosos em cerâmica estrutural. Após queima, os corpos de prova foram avaliados quanto à absorção de água, retração linear de queima, cor de queima e Módulo de Ruptura à Flexão (pós-queima). Absorção de Água (AA) Determina a quantidade de água que o material absorve e indiretamente determina se a porosidade dos tijolos está alta demais. Os valores de absorção de água variam de acordo com a finalidade do material. Para blocos cerâmicos para alvenaria de vedação, o valor pode variar de 8% a 22%, segundo a NBR 15270-1:2005 (5) . Para telhas, o limite máximo admissível é de 20%, segundo a NBR 15310:2005 (6).
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Neste ensaio, os corpos queimados em diferentes temperaturas são pesados (P1), em seguida, são colocados em um banho de água e esta é aquecida durante aproximadamente 3 horas após a fervura da água. Durante o ensaio, o nível da água deve ser mantido, deixando-se esfriar a temperatura ambiente. O excesso de água das superfícies das peças é removido com um pano úmido e em seguida são novamente pesadas (P2). A absorção de água é dada pela equação (B) (7).
Retração Linear de Queima (RL) Determina o tamanho final do tijolo após a queima, considerando todas as perdas de água que ocorrerão no material. Para a determinação da retração linear dos corpos de prova após a queima, utilizou-se um paquímetro digital, para a medição dos comprimentos. O cálculo do valor da retração linear em porcentagem foi realizado de acordo com a equação (C), onde Ci é o valor do comprimento do corpo de prova antes da queima e Cq é o valor do comprimento do corpo de prova após o processo de queima. RL (%) = (Ci – Cq )/Ci x 100 (C) Cor de Queima Determina a cor final que a argila conferirá ao tijolo depois da queima, determinando a tipologia dos produtos. O ensaio de cor foi obtido através da observação e descrição da cor dos corpos de prova, obtida após a queima nas temperaturas de 900ºC, 950ºC e 1000ºC.
Módulo de Ruptura à Flexão (MRF) (pós queima) Determina a resistência mecânica que o produto apresentará em seu uso. Após a queima dos corpos de prova, eles foram medidos, pesados e submetidos ao ensaio do Módulo de Ruptura à Flexão, conforme foi descrito anteriormente, para o Módulo de Ruptura à Flexão a seco. O valor do Módulo de Ruptura à Flexão para tijolos maciços pós-queima deve ser de, no mínimo, 20 kgf/cm² e, para blocos cerâmicos para alvenaria, de 55 kgf/cm²(4).
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ARTIGO TÉCNICO
Tabela 2 – Resultados dos ensaios de caracterização cerâmica realizados nos materiais provenientes das olarias Ensaios cerâmicos Olarias Olaria Sartori Olaria Bortolin Olaria da Figueira Olaria JRS Olaria Pancheri Olaria São Bento Olaria Estrela
MRF
AA
RL
MRF
(kgf/cm²)
(%)
(%)
(kgf/cm²)
(seco)
(900º C)
(900ºC)
(900º C)
1,91
25,70
19,29
0,47
40,93*
16,04
1,83
24,97
18,43
0,50
90,28
16,30
1,76
34,85
20,29
0,69
105,33
15,64
1,70
33,97
20,98
1,26
139,01
16,04
1,76
26,77
18,85
1,44
131,35
15,24
1,82
34,56
21,95
0,37
71,73
15,07
1,69
21,78
16,58
0,73
42,52*
15,88
1,82
33,65
17,16
1,21
99,11
16,69
1,85
30,15
19,48
1,08
112,67
15,44
1,75
27,34
18,82
2,05
160,52
15,46
1,75
33,71
20,68
1,07
121,09
15,84
1,75
17,54
20,23
0,89
90,00
15,54
1,85
31,93
17,97
0,70
81,06
15.70
1,84
38,35
19,62
-
104,80
Índice de
Densidade
Plasticidade
(g/cm³)
15,70
Cerâmica Santa Marta Olaria Rampim Tralba Olaria Olaria Modelo Olaria Vedovello Olaria Curtolo Olaria J Scatolin
* geração de microtrincas durante a queima
Resultados e discussão A Tabela 2 contém os resultados dos ensaios de caracterização realizados nos materiais argilosos das 14 olarias que fizeram parte deste estudo. Os resultados dos ensaios, pós-queima, serão apresentados para a temperatura de 900ºC, por ser esta a temperatura usual de queima das olarias estudadas. As amostras apresentaram-se como tendo boa plasticidade, segundo a tabela de referência (Tabela 1). Para cada amostra, foi confeccionado o gráfico referente ao ensaio de Plasticidade e valores de Água de Amassamento (quantidade de água necessária a se adicionar, até que a argila não grude nas
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mãos) e Esfarelamento (quantidade mínima de água onde a massa plástica perde sua plasticidade). Quanto à densidade geométrica média, as amostras apresentaram densidades elevadas e próximas entre si para uma mesma pressão (250 N/cm²), tendo assim, boa compactação e boa trabalhabilidade. As amostras que apresentaram densidade geométrica ligeiramente inferior podem estar relacionadas com a quantidade de quartzo e/ou feldspato (minerais não plásticos) presentes na amostra. Assim, um menor teor de não plásticos, ou estes em granulometria mais fina, confere maior densidade às peças prensadas. No ensaio de Módulo de Ruptura à Flexão a seco, observou-se que as argilas apresentaram resistência mecânica com valores suficientes para o manuseio das peças secas no processo produtivo (é necessário que as peças tenham certa resistência a seco, para que seu transporte e manuseio durante o processo produtivo não seja prejudicado). A variação nos valores de Módulo de Ruptura à Flexão é função dos teores variados de quartzo e granulometria deste e de outros contaminantes, como óxidos de ferro e lateritas. As amostras foram queimadas em três temperaturas: 900ºC, 950ºC e 1000ºC, para avaliação da potencialidade do uso das argilas em cerâmica estrutural. As argilas são fundentes, isto é, sinterizam, fundem, em temperaturas baixas, em virtude de serem compostas basicamente por illita, quartzo e feldspato. As cores apresentadas pelos corpos de prova após a queima variaram pouco, estando em matizes de laranja, sendo que quanto mais avermelhada as cores, maior a porcentagem de ferro presente no material argiloso (Figura 3). O ensaio de Absorção de Água observou que os valores encontrados estão dentro do limite admissível. As argilas com maior porcentagem de quartzo apresentaram maior valor de absorção de água, em função da maior porosidade. De modo geral, a variação na absorção de água pode estar relacionada com os minerais componentes da amostra, assim como o grau de alteração destes, além de sua granulometria.
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 3 – Cor de queima: peças secas a 110ºC, peças queimadas a 900ºC, 950ºC e 1000ºC Os valores de retração linear encontrados após a queima dos corpos de prova são extremamente baixos. Um menor valor de retração linear está relacionado com uma maior porcentagem de quartzo na amostra.
Conclusões
Com base nos resultados obtidos, pôde-se concluir que os materiais argilosos analisados têm potencial para uso em cerâmica vermelha, estrutural como argilas plásticas (“gordas”). De maneira geral, as amostras apresentaram comportamento que as classifica como material nobre para a fabricação de telhas e tijolos, gerando
As argilas apresentaram valores altos e adequados de resistência mecânica pós-queima. Valores mais baixos de resistência mecânica podem estar relacionados com microtrincas, o que, porém, não influencia o comportamento final das peças. Quando a quantidade de micro trincas é grande, o corpo de prova não suporta a mesma carga de pressão, rompendo-se com maior facilidade. Os valores maiores de MRF podem ser explicados pela quantidade de quartzo presente nas amostras, que pode acelerar a formação de fases líquidas na queima, o que pode incrementar a resistência mecânica.
produtos de alta qualidade. Os materiais argilosos, provenientes das áreas estudadas, podem ser utilizados para a fabricação de tijolos, em sua grande maioria, naturalmente, sem necessidade de misturas, ou em misturas, conforme os resultados dos ensaios.
Referências FERREIRA, G. C.; DAITX, E. C.; GOMES, J. R. S.; LIMA, P. R. Apoio técnico às atividades de extração de matéria-prima executadas pela indústria oleira da região de Rio Claro (SP). In: Congresso Brasileiro de Geologia, 44, 2008, Curitiba. Anais... Curitiba, Sociedade Brasileira de Geologia, 2008. p. 225. DAITX, E. C. & FERREIRA, G. C. Projeto Parceria – FUNDUNESP/SEBRAE-SP PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO CLARO. Apoio técnico às atividades de extração de matéria prima executadas pela indústria oleira da região de Rio Claro. Rio Claro, SP: IGCE/UNESP 2006. FERREIRA, G. C.; DAITX, E. C.; OLIVEIRA, C. C.; LIMA, P. R. Programa de apoio à legalização mineral das olarias da região de Rio Claro (SP). REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 65(1), 119-129, 2012. SANTOS, P. S. Ciência e Tecnologia de Argilas. São Paulo: Edgar Blucher, 1975. V.2.5. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15270-1 – Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, RJ, 2005 a. 11 p. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15310 – Componentes cerâmicos – Telha – Terminologia, requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, RJ, 2005. 4 p. SACMI. Dalla Tecnologia alle Macchine ai Forni per la Piastrella. Note tecnologiche sulla fabbricazione delle piastrelle ceramiche. Forli (Itália): Grafiche MDM, 1986. V.1 NC
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Wacker amplia Centro Técnico no Brasil Empresa, que fica em Jandira (SP), inaugurou a ampliação do Centro Técnico em abril
A Wacker Química do Brasil, de Jandira (SP), inaugurou no mês de abril a ampliação do seu Centro Técnico no Brasil. O centro regional de competência para a América do Sul concentra o setor de pesquisa e desenvolvimento, tecnologia de aplicação, treinamento e formação continuada para aplicações de si-
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licones e polímeros. O foco da expansão são os laboratórios técnicos para ligantes poliméricos usados, principalmente, em aplicações da química da construção civil. O Centro Técnico é o conjunto de laboratórios que prestam serviços técnicos a clientes nas diversas áreas de atuação da Wacker (silicones, antiespumantes, polímeros e produtos para cosméticos, entre outros). Este conjunto de laboratórios é responsável por adequar os produtos finais de clientes às normas de desempenho locais utilizando matérias-primas Wacker. A empresa alemã tem investido continuamente no Centro Técnico no Brasil, com o objetivo de ampliar e aperfeiçoar a competência em pesquisa e desenvolvimento, a tecnologia de aplicação e o serviço de apoio às empresas no local. O foco da expansão foram os laboratórios
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para polímeros dispersíveis em pó usados em argamassas do tipo industrializadas, como por exemplo, argamassas colantes e argamassas de vedação mineral, além de aplicações em concretos e solos. A área disponível para ensaios e testes de ligantes poliméricos foi mais do que triplicada com a ampliação do Centro Técnico. Além disso, os novos laboratórios foram equipados com instrumentos e equipamentos de ensaio de última geração, todos em conformidade com os padrões internacionais. Criado em 2003, o Centro Técnico da Wacker oferece ao setor treinamentos técnicos
teóricos e práticos da utilização dos agentes repelentes a água de silicone em produtos de cerâmica vermelha, possibilitando aos clientes, além da troca de conhecimento tecnológico, visualizarem os benefícios da proteção contra umidade com a linha Silres BS. “Com a ampliação do Centro Técnico no Brasil, a empresa está preparada para atender a demanda crescente na região, particularmente na área de aplicações do setor da construção civil e de tintas e revestimentos”, afirmou o diretor geral da Wacker Química do Brasil, Danilo Timich.
Wacker Academy também é ampliada
A unidade local da Wacker Academy também foi ampliada e ganhou uma sala de treinamentos para que participantes de cursos oferecidos pela empresa possam fazer exercícios práticos para complementar aulas teóricas. Os treinamentos na Wacker Academy consistem na abordagem de um tema de interesse mútuo, utilizando algumas das tecnologias Wacker. Normalmente consiste numa parte teórica de manhã e uma parte prática à tarde, nos laboratórios. “Grande parte do investimento foi apli-
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cado na modernização e ampliação da estrutura disponível até então. Hoje contamos com um laboratório dedicado para nossos clientes, equipado com instrumentos e equipamentos de última geração para os treinamentos práticos, além de sala ampla e moderna para os treinamentos teóricos. Esta estrutura está preparada para atender treinamentos para os mais diversos segmentos, desde construção civil, passando por cosméticos, borracha e cerâmica, entre outros”, relatou a equipe da Wacker Academy São Paulo. A Wacker Academy foi criada em 2007, em Burghausen, na Alemanha, com o objetivo de reunir as pessoas para a troca de conhecimentos. Atualmente, a empresa possui centros de treinamentos e formação continuada - a Wacker Academy - em todas as regiões do mundo. No Brasil, foi inaugurada em 2010 com o mesmo objetivo – troca de conhecimento e nível de conhecimento globalizado. A empresa alemã busca com a Wacker Academy oferecer aos ceramistas do setor de cerâmica vermelha o conhecimento da tecnologia do uso do silicone como agente repelente à água, envolvendo os participantes com explicações teóricas e atividades práticas nos laboratórios, o que possibilita ao ceramista visualizar os benefícios dos produtos.
TECNOLOGIA
O Silres BS é um hidrofugante oferecido pela Wacker para proteger telhas e tijolos contra a formação de musgos, líquens, algas e eflorescências que, com o passar do tempo, agridem a estrutura da construção e produzem, por exemplo, danos à superfície. O aspecto visual também fica prejudicado. Estes problemas são obstáculos ao desejo do consumidor quanto à durabilidade, manutenção, valorização estética e controle de custos de um imóvel, seja ele novo ou usado. O produto também protege contra água, sais e impurezas. A água é simplesmente repelida. A impregnação hidrofóbica produzida com o Silres BS torna o material cerâmico hidrorepelente, mas, ao mesmo tempo, o deixa capaz de difundir o vapor da água para que ele possa respirar. A água é então repelida da
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superfície, mas o vapor da água passa sem problemas. Desta forma, eventuais áreas úmidas podem secar, o que tem um efeito positivo sobre as características de proteção térmica do material. NC
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