Revista Novacer Edição 13 Maio 2011

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Entrevista com o doutor em História, João Henrique Zanelatto

Ano 2

Maio/2011

Edição 13

Feira no Paraná rumo à expansão

55º Congresso brasileiro de cerâmica acontece em Pernambuco Cerâmica oferece projeto de moradias para funcionários Revista NovaCer no Twitter

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SUMÁRIO

FEIRAS 16 à 32:

Mais de R$12 milhões em negócios na Expocer

EDITORIAL 12: Carta ao Ceramista

RESPONSABILIDADE SOCIAL 34: Dependentes químicos recebem curso sobre construção civil

GESTÃO

Conselho Editorial

w w w. n o v a c e r. c o m . b r revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869

‫יש וה משיח‬ 8

Jesus Cristo, O Messias

Agenor de Noni Junior, Dr. Antônio Cubano Rissone, Engª Celina Oliveira Monteiro, Engº Joaquim Canha, Geol. Luciano Cordeiro Loyola, Harald Blaselbauer, Jamil Duailibi Filho, José Octavio Armani Paschoal, Luis Carlos Barbosa Lima, Paulo Henrique Manzini, Prof. Adriano Michael Bernardin, Prof. Edgard Más, Prof. Sérgio Lanza, Sérgio Pagnan e Stefano Merlin. Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados

NovaCer • Ano 2 • Maio • Edição 13

DESENVOLVIMENTO

36 e 37: Cerâmica oferece projeto de moradias para funcionários

40 e 41: Senai de Ponta Grossa treina o setor

Diretor Geraldo Salvador Junior

Diagramação & Arte Jefferson Salvador | André Gil

Comercial Moara Espindola Salvador

Redação Aline Ventura | Juliana Nunes

Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

Assessoria Ambiental Engª. Marina Salvador CREA-SC: 105932-7

direcao@novacer.com.br

comercial@novacer.com.br

financeiro@novacer.com.br

Jornalista Responsável Aline Ventura - SC01781-JP

redacao@novacer.com.br

arte@novacer.com.br

redacao@novacer.com.br

ambiental@novacer.com.br

Impressão | Tiragem Gráfica Coan | 5000 exemplares


SUMÁRIO

NovaCer estreia novo projeto gráfico A revista NovaCer estreou em sua última edição um novo projeto gráfico. A nova diagramação agora está mais limpa e leve. A nova cara da revista privilegia as imagens, a facilidade de leitura dos textos e a forma de visualização das reportagens. Envie-nos sua sugestão sobre a novo projeto gráfico da NovaCer por meio do endereço eletrônico arte@novacer.com.br

MAIO 2011 ENTREVISTA

TECNOLOGIA

44 à 48: Entrevista com o doutor em História, João Henrique Zanelatto

54 Revista NovaCer agora está no Twitter

FEIRA

CONSTRUÇÃO CIVIL

38 : Turquia sediará 2º congresso internacional sobre cerâmica

59: Senai vai implantar escolas para construção civil em SC

CONSTRUÇÃO CIVIL 52: Projeção de venda de material de construção cai

TECNOLOGIA 53 Alto desempenho de descarga de pacotes

FEIRA 56: 55º Congresso brasileiro de cerâmica acontece em maio

GESTÃO

58: Comitiva de construtores visita cerâmica do Maranhão

DESENVOLVIMENTO 58: 83° Enic marcado para agosto

Errata – Quase meio século de sucesso Diferente do que foi publicado na legenda da foto da matéria “Quase meio século de sucesso”, da edição 12, do mês de abril, o nome da irmã dos proprietários da MS Souza que aparece na foto é Acedilte. A legenda da imagem publicada na página 17 informa que ela se chama Acedite. Na página 18, a segunda foto também está com a legenda errada. O texto informa que Aceonézio é o primeiro da foto. No entanto, um dos fundadores da empresa é o que aparece ao fundo, próximo ao caminhão. O cliente que aparece junto com os proprietários é o primeiro da fotografia, o segundo é o seu Ayrton e o último seu Aceonézio. Na legenda da terceira foto, também na página 18 ao invés de “1973 – Primeiro cortador automático de produtos cerâmicos”, o texto correto é “1973 – Primeira extrusora a vácuo fabricada pela MS Souza”. Agradecimentos à MS Souza, que nos alertou do erro.

DESENVOLVIMENTO 62 e 63: Setor ceramista perde uma referência

ARTIGO TÉCNICO 64 à 74: Análise comparativa entre blocos prensados cerâmicos de encaixe e blocos de solo-cimento

ECONOMIA E NEGÓCIOS 76: Obras de infraestrutura diminuem

CONSTRUÇÃO CIVIL 78: Escolaridade afasta jovem da construção civil

Fale com a NovaCer Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br

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Carta ao Ceramista Mais de 8 mil visitantes, R$ 12 milhões em negócios fechados, quatro dias de evento, duas visitas técnicas, 42 empresas expositoras. Este foi o saldo da Feira de fornecedores para a indústria cerâmica e mineral (Expocer), realizada em Curitiba (PR), de 13 a 16 de abril. Mesmo criticado por alguns expositores na parte da organização, os números provaram que o evento já é uma referência para o setor no sul do país. Os pontos negativos só direcionam os promotores da feira a melhorar. Não é preciso ser especialista para perceber que o pavilhão aonde a feira aconteceu precisa ser repensado. A ideia dos organizadores é essa. Evoluir. Diante da atual necessidade do mercado, que trata da modernização dos parques fabris, a Expocer cumpriu seu papel apresentando tecnologias, movimentando o setor e apontando possibilidades de crescimento. Na entrevista desta edição, conheça o trabalho do doutor em História, João Henrique Zanelatto, que transformou sua dissertação de mestrado no livro Homens do Barro – Trabalho e sobrevivência na cerâmica vermelha. A

obra é um retrato dos trabalhadores do setor de cerâmica vermelha do município de Morro da Fumaça (SC), no período de 1970 a 1990. Um belo exemplo apresentado nesta edição vem de Minas Gerais. Há 18 anos a cerâmica Ibituruna, de Governador Valadares, desenvolve um programa de doação de lotes, do projeto da casa, além de tijolos e telhas, aos seus funcionários. Hoje, a empresa já ajudou 71 famílias a realizarem o sonho da casa própria. Semanas depois de contarmos a história de sucesso da Metalúrgica Souza, de Tubarão (SC), recebemos a notícia da morte do segundo fundador da empresa, Ayrton Souza. Confira na página 63, uma matéria especial sobre o empresário, que se tornou referência para o setor. A direção da NovaCer parabeniza todos os profissionais que lidam com a cerâmica pelo Dia do Ceramista, comemorado no dia 28 de maio. Sucesso e aproveitem a leitura! Os Editores

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FEIRAS

Mais de R$12 milhões em negócios na Expocer Mais de 8 mil visitantes participaram do evento em Curitiba, que chegou à 4ª edição e teve 42 expositores A Feira de fornecedores para a indústria cerâmica & mineral – Expocer, realizada de 13 a 16 de abril, em Curitiba, no Paraná, gerou mais de R$ 12 milhões em negócios. A previsão da organização do evento é que estes valores subam para R$ 25 milhões por conta dos negócios prospectados que deverão ser concretizados nos próximos seis meses. Realizada de dois em dois anos na capital paranaense, a feira vem

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crescendo timidamente e ganhando espaço no calendário de feiras da construção civil nacional e a cada edição registra aumento de expositores e de volume de negócios. A intenção do promotor do evento, o Sindicato das indústrias e olarias das cerâmicas do Paraná (Sindicer-PR) é que a Expocer se torne referência para o setor, que tem na capital paranaense e na região metropolitana 230 cerâmicas. Por mês, os quatro municípios que compõe a região metropolitana de Curitiba produzem 60 milhões de peças e faturam R$ 13,2 milhões. São 2 mil empregos diretos e 8 mil indiretos. O evento foi realizado no polo cerâmico de Curitiba, no Pavilhão de Eventos São Pedro, no bairro Umbará. “A intenção é melhorar. O que mais vale é a interação com outros estados. Tivemos a presença de visitantes de vários estados bra-


FEIRAS

sileiros e também visitantes internacionais. O importante é o contato entre os ceramistas e a troca de informações com os fornecedores de equipamentos. Aprender para crescer”, destacou o presidente do sindicato, José Raimundo Bonato. Dos 39 expositores em 2009, a feira passou para 42 em 2011, com 20% de renovação, segundo o diretor da empresa organizadora, MonteBello Eventos, Valdir Bello. Em 2005, quando foi realizada a primeira edição, eram 27 expositores. A exemplo de outras feiras, a Expocer reuniu em um mesmo espaço, toda gama de produtos que os ceramistas precisam. Desde um pequeno rolamento, por exemplo, até uma grande máquina usada no processo produtivo. Um expositor que chamou a atenção dos visitantes foi a Shark Máquinas, de Araucária (PR). Com cinco grandes máquinas para construção em exposição, o gerente da empresa, Paulo Fernando Lara, contou que foram necessárias três carretas para transportar os equipamentos. Mas o esforço valeu a pena. “Não é um evento que pode ser medido pelo número de visitantes, mas sim pela qualidade das visitas”, explicou. Na avaliação do geólogo da Mineropar, Luciano Loyola, a feira evoluiu e seu diferencial é a segmentação. “Houve uma mudança de paradigma. O pessoal não acreditava que passaria

da primeira edição. Ela é bem dirigida para o setor. Hoje vemos menos pessoas que caem de paraquedas aqui. A gente vê as pessoas conversando nos estandes. Isso que eu acho importante, a troca de informações”, destacou Loyola. Sobre a indústria cerâmica vermelha, o geólogo espera que o ceramista comece a trabalhar melhor a matéria-prima. “Nossa expectativa é que o ceramista pare de ser um garimpeiro. O grande desafio é mudar esse conceito, trabalhar com sustentabilidade e aproveitar melhor os recursos naturais”, pontuou.

Ceramistas trocaram ideias e conversaram com os fornecedores nos estandes

Sem palestras - A programação da edição de 2011 da Expocer não contou com palestras. Segundo o vice-presidente do Sindicer PR, Nilson Luiz Tortato, em 2009 as palestras não tiveram o público esperado, o que motivou a organização a programar apenas as visitas técnicas para o período da manhã neste ano. Para a próxima edição, a organização vai estudar a programação das palestras. “A palestra é importante, desde que bem direcionada”, opinou o geólogo da Mineropar, Luciano Loyola.

Abertura contou com autoridades representantes do setor

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FEIRAS

Mais perto do ceramista Criada em 2005 com o objetivo de ajudar o ceramista no aparelhamento do seu parque de máquinas, visando o aperfeiçoamento e a certificação dos produtos fabricados, a Expocer atrai para Curitiba fabricantes de equipa-

mentos, tecnologias e serviços que facilitam a rotina dos produtores de cerâmica vermelha. Segundo o organizador do evento, Valdir Bello, “antes da feira esses produtos só eram vistos em catálogos ou em feiras realizadas em distantes regiões do Brasil. Somente uma pequena parcela dos ceramistas tinha a oportunidade de visitar. Com a Expocer em Curitiba, o produtor pode ver os equipamentos instalados sem precisar viajar ou ausentar-se por muito tempo de sua empresa”. A feira é bienal, segundo Bello, para que o expositor tenha tempo para finalizar os negócios prospectados e tempo para preparar novidades para e edição seguinte. “Acreditamos que dois anos é um intervalo perfeito para que o evento se mantenha sempre com este potencial de geração e realização de negócios, que é o que o expositor almeja quando participa de uma feira como esta”. A primeira edição, em 2005, contou com 27 expositores. Já a segunda, em 2007 com 34 passando para 37 em 2009. Neste ano, 42 empresas expuseram no evento que teve mais de 8 mil visitantes. Deste número, 805 foram proprietários ou gestores da indústria cerâmica. No geral, visitaram a Expocer profissionais do setor de minerais, construção civil e outros convidados.

Pontos negativos Uma reclamação constante dos expositores foi quanto à estrutura oferecida para a realização da feira. Tanto o Sindicer-PR quanto a MonteBello entendem que o pavilhão não comporta mais o porte do evento. A expectativa é que em 2013 a Expocer seja realizada numa estrutura mais adequada. A realização da feira num polo cerâmico composto por várias famílias favorece a entrada de crianças na exposição. A organização reconhece o problema e jus-

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tifica que recomenda que os visitantes locais não levem os filhos, mas admite que é difícil proibir.”Como a maioria das cerâmicas aqui da região são passadas de pai para filho é comum que eles tragam os familiares para conhecerem o setor. Esperamos que o expositor entenda. Aqui é comum a esposa trabalhar no departamento financeiro da empresa, ela costuma opinar nessa questão, logo a família inteira acaba participando da feira”, esclareceu o secretário executivo do Sindicer PR, Donizeti Motta.


FEIRAS

Neste ano, uma novidade chamou a atenção dos visitantes. A exposição saiu do pavilhão com uma área aberta para equipamentos pesados.

A opinião dos expositores “O número de visitas nesta edição foi menor, mesmo assim notamos que esse encontro demonstra a aproximação com clientes em busca de informações. Nunca vimos o setor de cerâmica em tão grande ascensão. Nos próximos oito anos, a construção civil vai continuar muito forte”.

Antônio Carlos Cerbi

Gerente de vendas da Bonfanti

“As visitas foram fracas. Nossos visitantes já são nossos clientes. A Boqcer atua forte aqui no Paraná”.

Daniel Francallaci

Boqcer Boquilha

“A feira foi um fracasso. Só vimos visitantes na hora do jantar. Faltou apoio na montagem do nosso estande. Mas quem não é visto não é lembrado”.

Edson José Ronchi Grupo Qualicer

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FEIRAS

A opinião dos visitantes “Participo da Expocer pela segunda vez. Está melhorando na questão da inovação, uma necessidade do ceramista. Precisamos investir em tecnologia para nos tornarmos autosustentáveis. Minha intenção foi prospectar negócios. Pretendo investir no automatismo de carga”. Marcos Rudney de Liz

Cerâmica Floralia, Prudentópolis (PR)

“Comprei uma maromba 450, com produção de 25 a 30 toneladas/h para melhorar a qualidade dos meus produtos e fabricar bloco estrutural. Vinha negociando há um tempo e fechamos negócio na feira. Sempre participo do evento e conheço várias novidades”

Marcos Nichele

Cerâmica Nichele, Curitiba (PR)

“O evento foi muito bom. Essa é a terceira vez que participamos. Tem mais expositores nessa edição. A princípio vimos tudo que já conhecemos. Participamos de todas as feiras do setor. Assim a gente sempre aprende”.

Jefferson Dalton da Silva

Cerâmica Silva, Rio dos Cedros (SC)

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FEIRAS

Os seis lados do tijolo maciço Os clientes pediram e foram atendidos. A indústria e comércio de máquinas Kromaq, de Mococa (SP), apresentou na Expocer a nova forma para a produção de tijolos maciços. O formato sextavado, com seis faces, atendeu a um pedido dos ceramistas que são procurados por arquitetos. A tijoleira já está em funcionamento numa cerâmica do município de Caxias, no Maranhão e também numa cerâmica de Beberibe, no Ceará. O proprietário da Kromaq, Thiago Ferreira dos Santos, explica que além da parte estética, a vantagem do tijolo maciço é a alta absorção de água. O peso de cada peça, segundo Santos, é de 1,8 quilos. As peças são usadas em ambientes de tráfego leve, médio e pesado. Segundo Santos, para produzir o tijolo maciço, o ceramista pode aproveitar a mesma linha de produção do tijolo, por exemplo. “Pode usar a mesma argila e colocar a tijoleira ao lado da maromba e aproveitar o laminador, o caixão alimentador, desintegrador e misturador fazendo um desvio na esteira. É uma oportunidade para diversificar a gama de produtos”, destacou. A primeira vez da empresa paulista em Curitiba valeu a pena. A tijoleira exposta foi vendida para a cerâmica Santa Rita, de Colinas, no Maranhão. “A feira é uma maneira de divulgar a empresa no Paraná e fazer novos contatos”, contou. A máquina produz 5 mil tijolos por hora e custa R$ 55 mil.

Thiago Ferreira dos Santos - Kromaq

Simular para resolver Ferramenta evita que o empresário arrisque uma solução e adivinhe o resultado

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Imagine descobrir a solução para um problema que está acontecendo dentro da cerâmica antes de colocá-la em prática. Tecnologia para isso existe e foi apresentada ao público ceramista na Expocer. Por meio de um programa de computador é criado um cenário virtual que imita o comportamento de qualquer tipo de sistema. A técnica de simulação, segundo o diretor da LineCon, de Curitiba (PR), Alexandre Betiatto, é uma ferramenta para o gestor. “A simulação é um respaldo técnico. Facilita e evita perda desnecessária. Muitas empresas do setor cerâmico querem se modernizar, mas têm medo”, disse Betiatto.

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A simulação computacional é usada no planejamento, no projeto e no controle de sistemas complexos em manufaturas, logística ou serviços. Por meio da ferramenta é possível analisar o fluxo de trabalho e testar novos equipamentos. O cenário criado no computador pode ser modificado e testado sem comprometer o sistema real. Os valores gerados, segundo Betiatto, servem para apoiar a tomada de decisão por meio de resultados confiáveis estatisticamente envolvendo o sistema, que pode ser simulado dias ou meses equivalentes ao sistema real em poucos minutos de processo computacional. O sistema também funciona para projetos que ainda não foram implantados.


FEIRAS

Exclusivo para cerâmica vermelha Estreante em feira do setor, a metalúrgica Cerpa, de Santa Bárbara D’Oeste, São Paulo, lançou um controlador de temperatura para fornos. A novidade, desenvolvida exclusivamente para a indústria cerâmica vermelha proporciona economia de combustível e padronização da queima. “O equipamento não deixa apagar o fogo dentro do forno. Um alarme avisa que a temperatura não está subindo em função de uma serragem úmida, por exemplo”, explicou o proprietário da Cerpa, Sérgio Prezoto. Por meio de um software, o controlador faz um relatório sobre a temperatura e a umidade. O equipamento tem ainda um nobreak interno, que não permite que o aparelho seja desligado com a falta de energia. “É fácil de operar e o próprio ceramista pode instalar”, completou Prezoto. Com relação aos controladores comuns, a nova versão, que levou um ano para ser desenvolvida, oferece 15 % de economia.

Controlador de temperatura oferece economia de combustível e padroniza a queima

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FEIRAS

Metalúrgica fortalece relacionamento com clientes Com diversos clientes no Paraná, a metalúrgica Nandi, de Tubarão (SC), tem na Expocer a oportunidade de encontrar clientes e fortalecer o relacionamento comercial. Com quatro anos de atuação no mercado de cerâmica vermelha, a empresa está se reestruturando com uma meta audaciosa. “Queremos quintuplicar a produção até o final do ano”, disse o diretor geral da Nandi, Ítalo Nandi. Maromba, cortador, esteira, secador, laminador, desintegrador, caixão alimentador, entre outros equipamentos são produzidos pela empresa catarinense. De acordo com o diretor, a empresa prima pelo acabamento das máquinas e a estética dos equipamentos. Os produtos Nandi estão presentes em cerâmicas de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.

Autógrafo O professor e consultor de empresas do Senai, Amando Alves de Oliveira, marcou presença na Expocer divulgando seu livro Tecnologia em Cerâmica. Durante o evento os leitores tiveram a oportunidade de levar para casa um autógrafo do autor. Quem ainda não adquiriu a obra pode entrar em contato com a editora Lara, pelo e-mail tempoceramico@hotmail.com.

40º Encontro Nacional A Associação Nacional da Indústria da Cerâmica (Anicer) aproveitou a 4ª Expocer para convidar os participantes para o 40º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O evento acontecerá de 24 a 27 de agosto de 2011, em Vitória, capital do Espírito Santo. Uma miniatura de uma panela de barro capixaba com a receita da moqueca capixaba, culinária típica do Espírito Santo, simbolizaram o convite.

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Amando Alves de Oliveira


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FEIRAS

Análise de gases emitidos pelas chaminés deve ser feita anualmente no Paraná

Cerâmicas do Paraná respeitam emissão de gases Com 150 cerâmicas de Curitiba e região metropolitana como clientes, a Quimitec, de Pinhais, no Paraná, mais uma vez marcou presença na Expocer. Uma das especialidades da empresa é a medição atmosférica dos gases emitidos na queima dos combustíveis utilizados para aquecimento dos fornos no processo produtivo das cerâmicas vermelhas. O objetivo é verificar a emissão de gases de combustão liberados pelas chaminés das empresas. De acordo com o técnico em meio ambiente, Fernando Nabosne, a coleta é realizada uma vez por ano por meio de um equipamento que detecta a concentração de gases. O método utiliza um equipamento especial levado até a cerâmica. Em menos de 15 minutos, o técnico faz a leitura, realizada na metade da queima. O resultado fica pronto em até 30 dias após a realização da amostragem. Em caso de a emissão de gases estar fora do padrão, que no Paraná é regulada pela Resolução Sema 054/06, é realizado um ajuste na combustão. De acordo com a responsável pelo depar-

tamento comercial da Quimitec, Jandira Antonietti, o Paraná é o estado onde mais são monitoradas as emissões atmosféricas, por conta da legislação vigente. A parceria com o Sindicer do Paraná ajudou a empresa a chegar até o ceramista para o desenvolvimento do trabalho. “A parceria com o sindicato facilita o contato com a cerâmica, pois eles confiam na instituição”, destacou Jandira. O custo da medição para o ceramista de Curitiba e região metropolitana é de R$ 350. A emissão dos gases depende do combustível utilizado na queima. Nas cerâmicas se destacam as emissões de MP (Material Particulado), CO (monóxido de carbono), SO2 (dióxido de enxofre), HC (hidrocarbonetos), NOx (óxidos de nitrogênio), SO3 (ácido sulfúrico) e F (flúor). Segundo Jandira, depois da leitura, as cerâmicas recebem o resultado e de acordo com a análise, os responsáveis são orientados quanto aos procedimentos técnicos para corrigir o nível da emissão dos poluentes que estiverem acima dos estabelecidos pela legislação estadual. “A maioria está dentro do padrão exigido pela legislação”, disse Jandira.

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Ver para aprender Trocar ideias com os expositores, assistir palestras, ler livros, participar de cursos. Todos estes recursos têm sido utilizados pelos ceramistas para levarem novas sugestões para seus negócios. Uma outra forma de aprender, bastante explorada pelas feiras do setor, são as visitas técnicas. Nelas o público tem a oportunidade de ver, e muitas vezes tocar, produtos, processos e conhecer de perto como funciona o trabalho da empresa. Duas cerâmicas abriram suas portas durante a Expocer para o público dividido entre ceramistas e produtores de equipamentos. Em cada uma das visitas, realizadas nas manhãs dos dias 15 e 16 de abril, o públi-

Ceramistas aproveitaram as visitas para fotografar e tirar dúvidas

Cada visita contou com mais de 100 participantes

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co passou de 100 pessoas interessadas em tirar da experiência algo novo. O presidente do Sindicato das indústrias cerâmicas de Alagoas, Frederico Carneiro de Albuquerque, era uma dessas pessoas. Estreando na Expocer, o ceramista participou do evento e visitou a cerâmica São Pedro, do bairro Cachimba, em Curitiba, com o objetivo de buscar ideias para a sua região. “É a primeira vez que venho ao Paraná e o evento foi muito bom”. A empresa 2A Materiais Elétricos, de Curitiba, expôs na feira e participou da visita à cerâmica São Pedro. Pelo que viu na empresa visitada, o supervisor de vendas técnicas, Edson Sofiatti, considerou o trabalho ainda muito braçal e citou o que pode ser melhorado. “Ainda é muito mecânico, tem muito para automatizar e evoluir comparado com outros setores. É possível aproveitar ao máximo o equipamento, ganhar velocidade de produção estudando o tempo do processo”, relatou. Ainda assim, muita coisa mudou. “O fato do aproveitamento do calor do forno no secador já é uma evolução”, disse o promotor técnico da 2A Materiais Elétricos, Adriano Gonçalves. Para os profissionais, a automação na cerâmica ainda acontece isoladamente, sendo possível controlar todo o processo. A manhã de sábado, dia 16 de abril, foi reservada para a visita à cerâmica Ceramitek, localizada no bairro Umbará, de Curitiba. Referência para a região, o proprietário Denilson Nichele, acredita que a Expocer é importante para divulgar a região. “Da feira pra cá a região começou a aparecer. Isso trouxe uma diversidade grande de fornecedores”. O ceramista Nilton Alves, da cerâmica Santana, de Alagoinhas (BA), aprovou o que viu na visita. “A Ceramitek usa um processo de secagem de baixo custo. A queima é de ponta, umas das melhores que existe no mercado”, elogiou Alves. O assessor técnico da Anicer, Antônio Pimenta, acompanhou a visita e ressaltou o pioneirismo da empresa. “A Ceramitek atende o mercado da construção civil com destaque. Um ponto positivo aqui é que o ceramista aproveita bem as argilas na mistura e trabalha bem a preparação da massa”.

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Cerâmica São Pedro A cerâmica São Pedro, comandada pelo ceramista Gerson Raksa, está há 49 anos no mercado e atualmente produz 60 toneladas de peças por dia. São 22 tipos de peças entre tijolos, canaletas, blocos e lajotas. Com 22 funcionários, a cerâmica dobrou sua produção em 2008. A empresa usa dois caixões alimentadores, dois ventiladores, dois misturadores, um cortador automático, sistema automático para carregamento e descarga manual. A secagem é realizada em processo contínuo e o forno em operação é do tipo túnel que funciona 24 horas. O combustível é o cavaco de madeira. “Com a feira nossa região fica mais conhecida”, disse Raksa, que recepcionou os visitantes e apresentou a cerâmica.

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Troca de experiências e informações foi atrativo para visitas


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Cerâmica Ceramitek A produção da Ceramitek chega a 1,2 milhão de peças por mês e inclui 15 tipos de produtos entre blocos e tijolos. A empresa atua há 14 anos no mercado e atualmente emprega 18 funcionários. Conta com forno túnel que utiliza como combustível cavaco e serragem, maromba de 25 toneladas por hora, sistema de secagem com ventilador móvel e frota própria com sete caminhões. De acordo com o proprietário Denilson Nichele, em breve será instalado um moinho para o chamote. O equipamento vai moer também o argilito que será adicionado à massa para aumentar a resistência, diminuir o tempo de secagem e o tempo de queima.

De cima do forno ceramistas tiveram a visão geral do processo produtivo

Área coberta da empresa estoca o combustível

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FEIRAS

Disposição adequada do chamote Por: Marina Salvador ambiental@novacer.com.br

Um dos resíduos mais comuns gerados no processo produtivo da cerâmica vermelha é o chamote. Ele se caracteriza como um resíduo sólido resultante de quebras ou defeitos das peças, bem como cacos das vagonetas. É comum encontrar pilhas do material nos arredores das cerâmicas. Contudo, a disposição inadequada do material pode trazer malefícios tanto ao ceramista, quanto aos funcionários, vizinhos e ao meio ambiente como um todo. Pilhas muito altas podem desmoronar gerando acidentes de trabalho. Crianças dos arredores também podem acabar se ferindo nas pilhas ao utilizá-las como forma de entretenimento. Outro problema é a proliferação de vetores, principalmente, com as poças de água formadas com as chuvas. Além disso, a poluição visual também deve ser levada em consideração.

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Uma possível solução para reduzir o descarte do material é a reutilização do resíduo no processo produtivo. Empresas cerâmicas vêm reincorporando o chamote moído em seu processo produtivo, reduzindo o consumo de matéria-prima (argila) e diminuindo custos. O que antes era um problema se transforma em alternativa. A mistura de outros resíduos como borrachas, papéis, pedaços de maquinário bem como o crescimento de vegetação na extensão das pilhas acaba dificultando o reúso do chamote, porque será necessária a separação dos materiais antes de ele ser reincorporado ao processo produtivo. É importante que o ceramista mantenha o chamote em um local coberto para evitar os problemas citados, além de incentivar os colaboradores a não misturar os outros tipos de materiais com o resíduo e estudar a possibilidade do reúso, gerando economia de matéria-prima e aumentando a vida útil das reservas de argila existentes.

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Segurança no trabalho nas cerâmicas Por: Marina Salvador ambiental@novacer.com.br

Um fator que deve ser observado nas atividades de cerâmica vermelha diz respeito à segurança dos trabalhadores. Eles enfrentam, sobretudo, os seguintes problemas: > Deformidades nos dedos das mãos pelo carregamento manual de tijolos; > Problemas respiratórios devido à inalação de fumaça emitida no processo de queima; > Varizes devido ao tempo prolongado de permanência na posição de pé e pelo excesso de peso carregado; > Irritação nos olhos devido à fumaça; > Problemas de coluna (lombalgias, escolioses, sifoses, lordoses) resultantes do carregamento manual de tijolos; > Fadiga muscular, câimbras e desidratação, causadas pela exposição direta ao calor liberado pelos fornos; > Lesões auditivas resultantes da exposição ao ruído emitido pelos maquinários; > Lesão por esforço repetitivo/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho LER/DORT. Estes problemas podem variar de acordo

com o nível de automatização da empresa onde o colaborador exerce sua função. Outra questão a ser levantada está relacionada aos acidentes de trabalho. As principais causas da ocorrência de acidentes de trabalho no setor de cerâmica vermelha estão relacionadas com: • Falta de treinamento dos colaboradores; • Maquinários sem proteções; • Materiais dispostos no chão, como pregos e madeiras; • Fiação elétrica exposta; • Pisos irregulares; • Iluminação insuficiente; • Queda de objetos e material; • Isolamento inexistente ou insuficiente dos fornos; • Ferimento dos olhos por cacos de tijolos ou telhas. Esses acidentes podem resultar em sequelas nas vítimas, como amputamentos, esmagamentos, cortes, queimaduras, quedas, fraturas e, em casos mais graves, morte. As condições de higiene da empresa também precisam ser levadas em conta, pois banheiros fora dos padrões sanitários podem se tornarem vetores de doenças.

Equipamentos de proteção coletivos e individuais Os equipamentos de proteção coletiva visam melhorar a qualidade geral do ambiente de trabalho, diminuindo ou eliminando os riscos. Como exemplo pode-se citar a instalação de exaustores para reduzir a temperatura do ambiente. Entretanto, existem riscos que continuam mesmo após a instalação dos equipamentos coletivos e só serão eliminados através dos equipamentos de proteção individuais – EPI`s. Os EPI’s básicos a serem utilizados nas cerâmicas são: -Óculos de segurança para os trabalhadores que abastecem os fornos;

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-Máscara para os trabalhadores que trabalham no processo de queima e retirada dos tijolos dos fornos; -Calçado de segurança para todos os trabalhadores; -Protetor auricular para os operadores da maromba e equipamentos de transporte de materiais; -Luvas para os trabalhadores que manipulam tijolos e outros materiais. Com as medidas citadas, o ambiente de trabalho se tornará mais seguro e agradável para os colaboradores, podendo resultar no aumento da produção dos materiais em menor tempo. NC



RESPO NSA BI LI D A D E SOC I A L

Dependentes químicos recebem curso sobre construção civil Curso aborda assuntos sobre o setor, como uso de tijolo e telha O Senai de Itajaí (SC) está oferecendo um curso gratuito na área da construção civil para dependentes químicos atendidos pela Comunidade Terapêutica Pró-Vida. O treinamento começou no dia 11 de abril, nas dependências da instituição, no bairro Carvalho, e se estenderá até o mês de agosto. A turma conta com 25 alunos. O curso, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, é dividido em quatro módulos. São eles assentamento cerâmico, alvenaria, hidráulica e eletricidade. De acordo com o Senai, o curso terá ênfase para assentamento cerâmico, devido a uma Objetivo do curso é a inserção dos estudantes no mercado de trabalho

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necessidade do mercado, que precisa destes profissionais. O treinamento também abordará assuntos sobre o setor de cerâmica vermelha, onde os alunos aprenderão sobre edificações e uso de tijolos e de telhas. Além de suprir a falta de mão de obra, para o diretor executivo da Comunidade Terapêutica Pró-Vida, Luis Augusto Prates da Costa, a capacitação ajudará na recuperação dos dependentes químicos, pois os impulsionará a ter perseverança no tratamento. “Eles ficaram muito empolgados com esta oportunidade. Nós, da instituição, procuramos sempre buscar ferramentas que estimulem na recuperação dos pacientes e esta foi uma delas. Como a maioria não tem curso, isso será uma ferramenta que servirá de grande estímulo para eles. Além de recuperados, sairão com um sonho realizado, que é de ter uma profissão”, ressaltou. A qualificação profissional será ministrada por quatro instrutores – um da área de alvenaria e assentamento cerâmico, um de hidráulica, um de eletricidade e outro de segurança. As aulas ocorrem nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 13h30min às 17h30min. Durante os seis meses de curso, que totalizam 200 horas, os alunos ainda vão realizar o revestimento cerâmico do próprio alojamento da clínica Pró-Vida, onde estão hospedados durante a recuperação. O objetivo do curso é a inserção dos estudantes no mercado de trabalho, oferecendo nova perspectiva de vida e de recuperação. Conforme o Senai, o mercado está bastante aquecido e carente de profissionais. “Uma atividade profissional pode abrir novos horizontes para as pessoas. Dessa forma, associada a outras medidas sócio-inclusivas e aos tratamentos adequados, uma qualificação profissional pode contribuir para que os dependentes químicos construam uma perspectiva de vida diferente”, afirmou o diretor do Senai em Itajaí, Marcos Hollerweger. NC

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Funcionário Gilberto Batista com a família em frente à sua residência

Cerâmica oferece projeto de moradias para funcionários Cerâmica de Minas Gerais ajuda funcionários a realizar sonho da casa própria

Para ter direito ao terreno, funcionário precisa completar 50 meses de trabalho ininterruptos

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Nada mais normal do que sonhar com a casa própria. Na cerâmica Ibituruna, em Governador Valadares, em Minas Gerais, o sonho pode virar realidade. Desde 1993, a empresa dispõe de um projeto de moradias para seus funcionários. Com o programa, os trabalhadores são beneficiados com um terreno e material cerâmico – telhas e tijolos – para a construção da casa própria. De acordo com o diretor superintendente da empresa, Rodrigo Castello Branco de Paula, para ter direito a um terreno, basta o funcionário completar 50 meses de trabalho ininterruptos. “São casas de destaque no bairro pela qualidade da construção, arquitetura e conforto. Muitas delas com dois pavimentos, suíte, varanda e todas com área para garagem”, relata. Segundo Branco, o projeto nasceu de uma visita a algumas casas de funcionários


GESTÃO

no início de 1992, quando o proprietário da Cerâmica Ibituruna, Almyr Vargas, sensibilizado com a situação dos moradores, decidiu desenvolver um projeto de moradias. A área do loteamento fica ao lado da empresa, no bairro São Raimundo. O local fica em área alta e com vista para os dois maiores pontos de turismo regional, o Rio Doce e o Pico da Ibituruna. O objetivo da empresa, que está no mercado há 53 anos, foi de criar motivação, melhor qualidade de vida para as famílias, propiciar o sonho da casa própria e criar um vínculo da família dos operários com a empresa. Com Gilberto da Silva Batista o objetivo foi concretizado. Ele foi um dos primeiros funcionários a adquirir uma moradia através do projeto. O trabalhador começou na Ibituruna quando tinha 16 anos. Na época, Batista lembra que morava em um barraco com mais sete pessoas. “A casa era muito velha e tinha apenas dois cômodos”, relembra. O funcionário contou que em 1995 recebeu seu primeiro lote e pôde construir sua própria casa, para morar com a mãe e os irmãos. Depois de quatro anos, Batista ainda construiu outra residência em cima da qual já morava. Dessa vez, para residir com a esposa e com os filhos. “Hoje eu posso dizer que moro em uma casa grande, com dois quartos, sala, cozinha, garagem, terraço, banheiro e dispensa”, conta o empregado, que em 2002 adquiriu outro terreno ao lado da casa onde reside. “Para mim, trabalhar nesta empresa é motivo de orgulho. Eu ainda não tomei conhecimento de alguma outra empresa que tenha um projeto semelhante a este oferecido pela Ibituruna. Este projeto dá melhores condições aos funcionários, que podem sair do aluguel e ter sua casa própria”, relata o morador, que reside hoje com a esposa Marlene Ramos da Silva, e os filhos Ana Júlia Ramos Batista, de 8 anos, e Guilherme Ramos Batista, de 5 anos. A área do loteamento conta com 138 terrenos. Atualmente, são 71 moradias e 10 em construção, servindo de motivação para os funcionários se dedicarem com maior estímulo ao trabalho e com isso estabelecer melhor relacionamento com a empresa. NC

Casas são construídas próximo ao local de trabalho dos moradores

Casas em construção com ruas totalmente pavimentadas e com iluminação pública

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FEIRAS 38

Turquia sediará 2º congresso internacional sobre cerâmica Primeira edição em 2009 reuniu 600 participantes de 40 países

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O Congresso internacional de cerâmica, vidro, esmalte, vidrado e pigmento, mais conhecido como SERES’11, será realizado de 10 a 12 de outubro deste ano, no Campus Yunusemre da Universidade da Anatólia (Anadolu University), em Eskisehir, na Turquia. Patrocinado pela Sociedade Turca de Cerâmica (Turkish Ceramic Society) e pela instituição de ensino, o evento está em sua segunda edição. O primeiro congresso aconteceu em 2009. O evento reuniu 600 participantes de 40 países. O professor Dr. Adriano Michael Bernardin, da Universidade do extremo sul catarinense (Unesc), de Criciúma (SC), participou do congresso e relatou que de todos os participantes, 250 eram estudantes. “Isso mostra a importância do evento na formação acadêmica na área de cerâmica”, disse. O professor conta que o SERES’09 foi uma plataforma para a troca de informações e experiências pela presença de acadêmicos, de artistas, de designers e de trabalhadores, tanto locais quanto estrangeiros, com atividades relacionadas à cerâmica, vidros, vidrados, esmaltes, pigmentos, cimentos e concreto. Além disso, Bernadin informou que houve uma exibição de arte cerâmica, sendo que as obras de arte foram doadas para o Museu de Arte Moderna da Universidade da Anatólia. Também durante o SERES'09 ocorreu um workshop sobre microscopia em materiais cerâmicos, patrocinado pela Sociedade Europeia de Cerâmica, com 85 participantes. O congresso foi organizado e presidido pelo professor Dr. Bekir Karasu. Representando o Brasil, Bernardin, participou como membro do Comitê Assessor. “Fiz parte do comitê assessor do SERES'09 e o congresso vale a pena, pois a Turquia está se destacando na produção mundial de cerâmica”, disse o professor da Unesc. NC



D E S E N VO LV I M E N T O 40

Senai de Ponta Grossa treina o setor Laboratório da entidade atua de acordo com a necessidade de cada empresa

As exigências no ramo da construção civil estão cada vez mais criteriosas. E, para atender o mercado, é necessário que as indústrias tenham um constante acompanhamento em todo processo produtivo. Foi o

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caso da cerâmica Candelária, no Rio Grande do Sul, que durante três dias recebeu treinamento no Laboratório de Cerâmica do Senai Ponta Grossa, no Paraná. Os proprietários da empresa, Glaucy Ortiz Lange e Jacson Lange, e o técnico Jardel Otávio Dafanelli foram os primeiros a receber o treinamento. De acordo com o coordenador Adilson Carlos Costa, o laboratório atua de acordo com as necessidades de cada empresa, prestando treinamento em ensaios em argila e produto acabado e em ensaios de rotina no processo de fabricação de blocos e de telhas cerâmicas. “A cerâmica Candelária está se adaptan-


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Cerâmica Candelária, no Rio Grande do Sul

Proprietários e técnico da cerâmica Candelária foram os primeiros a receber o curso

D E S E N VO LV I M E N T O

do às normas e, para isto, houve a necessidade de um maior conhecimento técnico perante seus profissionais”, disse a proprietária Glaucy Ortiz Lange. Além do curso, a cerâmica, que produz tijolos de vedação, blocos estruturais e tavelas para pré-laje, também participou de visitas em outras indústrias da região. Segundo Costa, as visitas às empresas fazem parte do treinamento e servem para esclarecimento de dúvidas no processo de fabricação, que são realizadas em cerâmicas da região de Campos Gerais. Conforme Glaucy, o treinamento seguiu de acordo com as etapas do processo de produção, com foco maior nos controles da preparação de massa, sazonamento e testes laboratoriais. “Trouxemos conosco uma visão diferente de trabalho. Estamos nos adaptando às técnicas desenvolvidas no treinamento e acreditamos ter uma mudança significativa em todo processo”, relatou. Costa explicou que é importante que empresas invistam em treinamentos como este para se tornarem competitivas nos critérios da qualidade, de produtividade e do custo do produto final. No laboratório, são realizados todos os ensaios preliminares em argilas nas temperaturas de 850 e 950°C. “Também realizamos trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de adição de resíduos sólidos na composição de cerâmica vermelha e ensaios de produto acabado em blocos e telhas conforme a norma NBR – 15270 1,2,3 e 15310 – telhas”, disse Costa. O laboratório oferece treinamentos como Características das argilas, Preparação de massa, Secagem, Queima, Adequação de laboratório e Ensaios de rotina. “O objetivo de oferecer esses cursos para as cerâmicas é reduzir o custo do processo de fabricação, melhorando a qualidade do produto final, para assim prepararmos as empresas para os desafios futuros exigidos pelo mercado da construção civil como PSQ e Certificação Inmetro”, revelou Costa. Podem participar dos treinamentos todas as cerâmicas e sindicatos do estado do Paraná, além de indústrias das regiões que não possuem capacitação técnica em cerâmica. O laboratório funciona das 8 às 17h30min. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (42) 3219-4940 ou 3219-4941 ou pelo e-mail adilson.costa@ pr.senai.br. NC

Treinamentos como este ajudam as empresas a se tornarem mais competitivas em relação à qualidade e produtividade

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ENTREVISTA

Homens do barro No livro Homens do Barro – Trabalho e sobrevivência na cerâmica vermelha, o doutor em História, João Henrique Zanelatto, deu visibilidade aos trabalhadores do setor de cerâmica vermelha do município de Morro da Fumaça (SC). A obra retrata as experiências das famílias que se tornaram a força de trabalho das cerâmicas no período de 1970 a 1990. O autor aponta o crescimento do número de olarias, a utilização da mão de obra barata, o processo de migração ocorrido no período estudado e as transformações ocorridas nos modos de viver dos trabalhadores, entre outras informações. Nesta entrevista, o professor falou à NovaCer como foi contar a história destes trabalhadores tão importantes para o cenário econômico da região sul de Santa Catarina.

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NovaCer - Como surgiu a ideia de escrever o livro? João Henrique Zanelatto - O livro é fruto de minha dissertação de mestrado defendida na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É uma pesquisa datada, foi produzida em 1998 e somente agora foi transformada em livro. NC - Quem é o público-alvo desta obra? JHZ - Do ponto de vista da academia, o trabalho é voltado em especial para as áreas de história, economia, sociologia e direito e para os interessados nos estudos sobre o mundo do trabalho. De maneira geral a obra pode interessar a todos que queiram conhecer um pouco da história das relações de trabalho do setor da cerâmica vermelha no sul catarinense, em especial no município de Morro da Fumaça.


NC - Qual contribuição a obra traz para a sociedade e para os principais personagens da publicação? JHZ - A obra contribui para denunciar as precárias relações de trabalho existente no setor da cerâmica vermelha em Morro da Fumaça, dar visibilidade para as lutas e resistências daqueles trabalhadores até então invisíveis na história. Contribui também para uma reflexão sobre a necessidade de mudanças no setor. NC - Em quanto tempo foi realizada a pesquisa? JHZ - A pesquisa foi realizada em dois anos. NC - Quais fontes foram utilizadas? JHZ - Entrevistas com os trabalhadores, Associação dos municípios da região carbonífera (Amrec), Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), Delegacia Regional do Trabalho de Criciúma (DRT), Sindicato da Indústria de Olarias de Morro da Fumaça (SIOMF) e jornais. NC - Quanto tempo levou para concluir o livro? JHZ – A pesquisa foi realizada entre os anos de 1996 e 1998 e somente agora que foi transformada em livro. O tempo para transformação da pesquisa em livro levou quatro meses. NC - Quantas pessoas foram entrevistadas para fazer o livro? JHZ - Foram entrevistadas 10 pessoas. NC - Quantas empresas foram abordadas na pesquisa? JHZ - Como a pesquisa abordou o período de 1970 a 1990, buscamos fazer um levanta-

mento das empresas existentes no município nesse período, que de acordo com as fontes utilizadas teve alguma variação. Por exemplo: o Jornal Correio do Sudeste, de 1977, apontava para a existência de 100 cerâmicas em Morro da Fumaça, o IBGE registrava 74, em 1980 e o SIOMF 62, em 1992. NC - O que possibilitou o crescimento do número de olarias em Morro da Fumaça? Em qual período esse crescimento foi maior? JHZ - Podemos destacar vários fatores que contribuíram para a expansão das olarias no final da década de 60 como a expansão da energia elétrica com a criação da Cooperativa Fumacence de Eletricidade (Cermoful). Em 1967 o rio Urussanga é dragado, ocorrendo o enxugamento de uma grande extensão de várzea, possibilitando a exploração da matéria-prima (argila), as marombas vindas do Rio Grande do Sul e São Paulo (maquinário para instalar as olarias) e consequentemente a instalação dessas fábricas no município, a conclusão da BR-101 facilitando o esco-

ENTREVISTA

NC - O que mais te marcou ao escrever os Homens do Barro? JHZ - O que marcou na pesquisa foi o contato estabelecido com as famílias de trabalhadores. Antes de realizar as entrevistas, tive que ganhar a confiança dos trabalhadores que me receberam em suas casas. Foram várias visitas. Inicialmente mantiveram certo afastamento, desconfiança, mas depois se abriram e ao narrarem as condições de trabalho nas cerâmicas narraram também sua trajetória de vida.

Ao narrarem as condições de trabalho nas cerâmicas narraram também suas trajetórias de vida amento da produção, a criação do Banco Nacional de Habitação (BNH) que deu um grande impulso na construção civil e posteriormente um aquecimento ainda maior com os financiamentos do Sistema Financeiro de Habitação. A década de 1970 foi o período de maior expansão do setor. NC - Como aconteceu o processo de migração dos trabalhadores para o município de Morro da Fumaça em decorrência da olaria e em que década isso ocorreu? JHZ - Com o crescimento das olarias, cresceu também o número de mão de obra necessária para a produção. A mão de obra existente no município não supria o aumento

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ENTREVISTA

O trabalho insalubre, pesado e as péssimas condições de moradia contribuíram para agravar a saúde dos trabalhadores do número de cerâmicas, pois eram poucas as pessoas que se encontravam dispostas a trabalhar nas olarias, devido aos baixos salários e as duras condições de trabalho. Esta falta de mão de obra levou os proprietários das cerâmicas a procurarem trabalhadores nos municípios vizinhos, em várias regiões do estado e até em outros estados. A década de 1970 foi o período de maior migração para Morro da Fumaça. NC - Quais eram as cidades de origem dos trabalhadores que se instalaram na cidade para trabalhar nas olarias? JHZ - As cerâmicas atraíram mão de obra de vários municípios do sul catarinense (Jacinto Machado, Lauro Müller, Orleans, Jaguaruna, Imaruí, Laguna, Treze de Maio) e até de outros estados.

NC - Quanto à saúde dos trabalhadores, qual foi a principal reclamação apontada na pesquisa? JHZ - Os trabalhadores em olarias, ao falar de sua saúde, explicitaram as duras condições de trabalho e de vida a que estavam submetidos. O trabalho insalubre, pesado e as péssimas condições de moradia contribuíam para agravar a saúde desses trabalhadores e suas famílias. NC - Quais os principais problemas de saúde? JHZ - O trabalho contribuiu para provocar as seguintes doenças: verminose, problemas respiratórios, pneumonia, desidratação, resfriados, gripes, infecção renal e infecção intestinal.

NC - Algum fato que te marcou ao entrevistar as pessoas? JHZ - A simplicidade dos trabalhadores que me receberam em suas casas e contaram suas experiências. NC - Era comum mulheres trabalharem na olaria? O que elas faziam? JHZ - Sim, o trabalho nas cerâmicas envolvia todos os membros da família. As mulheres desenvolviam principalmente o carregamen-

NC - Quanto à escolaridade dos trabalhadores, como era? Eles eram alfabetizados? JHZ - Conforme as fontes pesquisadas, 74% dos filhos dos trabalhadores das olarias estavam fora dos bancos escolares. A maioria

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V e p e r d

NC - Quais as maiores dificuldades pelas quais os trabalhadores passavam? JHZ - Podemos destacar as péssimas condições de moradia e os baixos salários. Além disso, esses salários eram pagos em vale para comprar em determinados mercados ou supermercados. NC - Como eram as relações trabalhistas entre empregadores e funcionários no período estudado? Havia alta rotatividade dos funcionários do setor? Por quê? JHZ - As relações trabalhistas nos remetem à revolução industrial do século 18. Controle dos trabalhadores através da moradia, salários em vale e muitos não tinham carteira assinada. Havia sim uma alta rotatividade. Percebemos a constante troca de cerâmica por parte das famílias de trabalhadores como uma tática para conseguirem uma casa um pouco melhor ou um pequeno aumento no salário. Um pequeno aumento no salário era significativo na medida em que vários membros da família receberiam.

NC - Qual sua relação com o tema do livro? Alguém da família é do ramo de cerâmica vermelha? JHZ - Nenhum membro da família é do ramo, meu interesse pelo tema veio da algumas inquietações de historiador. Morei 10 anos em Morro da Fumaça (1990 – 2000), lecionei nas escolas do município. A convivência e a observação me levaram a abordar o tema.

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ENTREVISTA

cursou no máximo os primeiros anos das séries iniciais. NC - Quanto à moradia, como era? JHZ - 90% dos operários das olarias moravam em casas da empresa. NC - Com quantos anos os filhos dos trabalhadores começavam a trabalhar nas olarias? JHZ - Com 12 e 13 anos os filhos dos trabalhadores já começavam nas olarias. A pesquisa demonstrou que 12% dos trabalhadores eram menores. NC - O sindicato dos trabalhadores em olarias de Morro da Fumaça apareceu em que momento na vida dos trabalhadores? JHZ - Em 1981, foi criada a primeira associação dos trabalhadores que, em 1983 constituiu-se em sindicato com o nome de Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Morro da Fumaça. A pesquisa demonstrou que esse sindicato nunca defendeu os interesses dos trabalhadores, tinha uma prática assistencialista. NC - Como era a relação dos trabalhadores com a entidade? JHZ - Nos anos 80 ocorreram duas tentativas articuladas por trabalhadores para conquistarem o sindicato. Esses trabalhadores entendiam que o sindicato era dirigido por diretoria pelega.

NC - Quais as mudanças é possível destacar com relação ao período atual? JHZ - Não tenho dados suficientes para fazer o comparativo. O que tenho e pesquisei recentemente foi o setor da cerâmica de telhas no município de Sangão. Observei uma disparidade em termos de porte e inovação tecnológica, cerâmicas com nível tecnológico bastante avançado, investimento em qualificação profissional, laboratórios e outros. Penso que esta mesma situação esteja ocorrendo com as cerâmicas de Morro da Fumaça. NC - Como está sendo feita a divulgação do livro? JHZ - O livro foi lançado na Universidade do Extremo sul catarinense (Unesc) e está sendo distribuído para bibliotecas das universidades de Santa Catarina. Será também distribuído para as bibliotecas das escolas públicas de Morro da Fumaça. NC - Como adquirir o livro Homens do Barro? JHZ - O livro pode ser adquirido diretamente com a Editora Baraúna pela internet no endereço www.editorabarauna.com.br ou na livraria Unilivros, na Unesc. NC - O que fica desta experiência? JHZ - A pesquisa foi muito gratificante, pois possibilitou-me conhecer, conviver e dar visibilidade a uma categoria de trabalhadores que ficavam a margem da história, não eram vistos como sujeitos. NC

Com 12 e 13 anos os filhos dos trabalhadores já começavam nas olarias

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ECONOMIA E NEGÓCIOS 52

Projeção de venda de material de construção cai Estimativa de aumento na comercialização dos materiais de construção diminuiu de 9% para 7% As vendas de materiais de construção no Brasil em 2011 devem crescer menos que o inicialmente previsto pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). A entidade estima agora avanço de 7% nas vendas, contra projeção anterior de aumento de 9%. No mês de março, as vendas de materiais de construção no país caíram 5,82% na comparação anual, segundo os dados da associação. A queda é explicada, principalmente, pela ocorrência do carnaval em março, reduzindo o número de dias úteis no mês. Os resultados mais fracos que o esperado para o trimestre e o corte nas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e da construção civil também justificam a queda da previsão de aumento. Houve redução tanto de materiais de acabamento quanto de itens básicos. Na análise por segmento, as vendas dos materiais de acabamento recuaram 2,84% em relação a março do

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Fonte: Reuters e Agência Estado

ano passado, enquanto as de materiais de base caíram 7,29%. Ante fevereiro, as vendas da indústria de acabamento diminuíram 1,18% e as de materiais de base 7,11%. No primeiro trimestre, as vendas internas de materiais de construção tiveram aumento de 1,77% frente ao mesmo período de 2010. Além do desempenho do próprio setor nos primeiros meses do ano, a nova projeção para o crescimento em 2011 leva em conta as revisões para baixo nas previsões de crescimento da economia brasileira e do PIB da construção civil. "Isso não significa que o desempenho será ruim, visto que a indústria de materiais recuperou o desempenho do período pré-crise", disse em nota o presidente da Abramat, Melvyn Fox. "O setor continuará crescendo, mas em níveis que acompanharão o desenvolvimento da economia brasileira", acrescentou. Para a Abramat, a tendência de contínuo crescimento nas vendas do setor de construção é apoiada "na manutenção da desoneração do IPI dos materiais até dezembro, no avanço das obras já iniciadas dos Programas 'Minha Casa, Minha Vida 1 e 2' e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e na expansão de 29% nos recursos para o crédito imobiliário prevista para 2011". NC


Para aumentar o desempenho da descarga da fábrica de telhas e tijolos L. F. Latersiciliana S.p.A, do Grupo Fauci, na região da Sicília, na Itália, a Keller HCW montou uma descarga de pacotes com carga de camada residual. Investimentos e modernizações regulares fazem da empresa uma das fabricantes de telhas mais bem sucedidas da Itália. Nos últimos anos, a fábrica passou por diversas modernizações em diferentes setores. Entre elas um novo forno da Keller foi colocado em operação. O aumento no desempenho do forno exigiu o aumento na atuação da descarga dos carros do forno e da embalagem. A nova descarga de pacotes dos carros do forno foi posicionada após a descarga de camadas dos carros do forno. Dependendo do produto conduzido é utilizada determinada descarga. A instalação do transporte dos carros do forno túnel foi complementada e ligada à instalação existente por meio de tecnologia de controle. Os paletes vazios são encaixotados em pilhas de até dois metros de altura com empilhadeira, que são depositadas na corrente de armazenagem de paletes vazios. Uma garra agarra dois paletes da pilha e os coloca sobre o transportador de corrente, que conduz a carga de paletes. Em seguida, a garra de paletes entra em ação, apanha o palete superior, o gira em 180° e o deposita na posição que se tornou livre no transportador de corrente. Depois disso, os dois paletes vazios são transportados para a posição de carga dos paletes. O carro do forno de túnel a ser carregado é puxado para a posição, é fixado com o ajuste do carro do forno túnel e, em seguida, é descarregado. A garra de descarga dupla é conduzida para dentro da fenda de amarra. As barras de agarre interiores são colocadas de costas uma para a outra, devido à reduzida fenda de amarra, que são encaixotadas como dois pentes uma dentro da outra. Os "pacotes para cozedura que se abrem para cima" são escaneados com quatro lasers. Os lasers emitem

os sinais que informam se as barras de agarre têm "caminho livre" ou se é necessário fazer correções. As garras são assentadas de forma flutuante e se adaptam à posição do pacote para cozedura durante o agarre. Após a garra ter levantado a sua carga do carro do forno, ela é novamente ajustada. Em seguida, ocorre o procedimento e depósito dos dois meios paletes para queimadura sobre dois paletes disponíveis ou sobre um transportador de corrente para a carga de camada residual. Na maioria dos formatos, um meio pacote para queimadura corresponde a um pacote de expedição. Neste caso, os meios pacotes para cozedura são depositados e os pacotes são conduzidos diretamente para o embalamento. Os meios pacotes para cozedura devem ser completados por uma camada (residual) adicional, que corresponda a uma camada de pacote para cozedura. A complementação do pacote ocorre imediatamente atrás da carga de paletes. Com uma garra de camada giratória é apanhada uma camada de um pacote para cozedura, a qual foi conduzida para fora pelo transportador de corrente. Em seguida, a camada é girada de acordo com a necessidade e depositada sobre o pacote de despacho. Atrás da formação da camada residual ou da posição de complementação encontra-se o robô de laminado retrátil com um quadro de encolhimento disposto atrás deste, e a seguir, encontra-se a estação de transferência de pacotes de despacho e de duplicação. A posição de transferência e duplicação de pacotes de despacho consiste em uma garra de mandíbulas que funciona em ambos os lados, que apanha o pacote de despacho pronto do transportador de corrente e o deposita sobre o pequeno relevo do caminho do armazém ou sobre um pacote de despacho que já está sobre o transportador de corrente. As empilhadeiras de alto desempenho apanham então seis pacotes da cinta do armazém e os depositam, de acordo com a opção, no local de armazenagem ou sobre o caminhão. NC

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TECNOLOGIA

Alto desempenho de descarga de pacotes

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TECNOLOGIA

Revista NovaCer agora está no Twitter Ferramenta vai proporcionar mais interação com leitores e anunciantes

Leitores ficam sabendo pelo Twitter o que será publicado na revista

A revista NovaCer começou a publicar o conteúdo das edições no Twitter, pelo endereço www.twitter.com/RevistaNovaCer. A intenção é que por meio da ferramenta os leitores saibam mais rapidamente as novidades do setor e o que será publicado na revista. O seguidor da revista NovaCer estará por dentro das notícias, inovações industriais e novidades do setor de cerâmica vermelha. Além disso, os leitores e anunciantes também vão poder se comunicar com o jornalismo da revista para tirar dúvidas, indicar erros ou sugerir pautas. “Se tem uma indústria que ainda está se adequando à internet é a cerâmica vermelha brasileira. Ainda é preciso uma mudança de conceito por parte dos ceramistas para usar a internet e as ferramentas que ela oferece. As maiores empresas do mundo já utilizam Twitter. Nosso interesse é que esse trabalho venha gerar interesse nos ceramistas, nos consultores e em toda cadeia produtiva da cerâmica vermelha para utilização desta ferramenta para, assim, trazer um resultado rápido para todos”, disse o diretor da NovaCer, Geraldo Salvador Júnior. Além do Twitter, os leitores da NovaCer podem acompanhar as edições da revista no site www.novacer.com.br.

O Twitter é uma rede social e servidor para microblogging, que permite aos usuários enviar e receber atualizações de outros contatos. Por meio do website, o usuário pode publicar postagens de, no máximo, 140 caracteres. Ao criar um perfil, a pessoa pode seguir outros integrantes e também ser seguida por estes. As atualizações são exibidas no perfil de um usuário em tempo real e também enviadas a outros usuários seguidores que tenham assinado para recebê-las. O serviço, que é gratuito pela internet, ganhou extensa notabilidade e popularidade por todo mundo. Além de pessoas comuns, há artistas, celebridades, políticos e empresas de vários segmentos com perfis no Twitter. NC

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FEIRAS

55º Congresso brasileiro de cerâmica acontece em maio Palestras, apresentação e exposição de produtos integram programação O mais antigo e importante evento do setor cerâmico do Brasil e um dos maiores em nível internacional vai reunir de 29 de maio a 1º de junho, profissionais e empresários do setor cerâmico, estudantes, professores e pesquisadores no 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica. O evento acontece no hotel Armação, em Porto de Galinhas (PE) e tem o objetivo de promover a interação dos diversos setores envolvidos com o meio cerâmico entre indústrias, escolas técnicas, universidades, institutos de pesquisas e fornecedores de matérias-primas, de equipamentos e insumos, contribuindo para o desenvolvimento da cerâmica brasileira. Realizado pela Associação Brasileira de Cerâmica (ABC), o congresso discutirá os últimos avanços e acontecimentos do setor, por meio de apresentações de trabalhos técnicos. Serão abordados temas como matérias-primas, sínteses de pós, cerâmicas vermelha e branca, gesso e cimento, revestimento cerâmico,

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refratários/isolantes térmicos, vidros e vidrocerâmicas, cerâmica termomecânica, cerâmica eletroeletrônica/magnética, cerâmica nuclear, óptica e química, biocerâmica, reciclagem e meio ambiente, arte e design, esmaltes/ fritas/ corantes, ceramografia, entre outros. A programação inclui ainda palestras de renomados especialistas, apresentações de painéis e seminários, que abordarão aspectos relacionados ao desenvolvimento nacional e internacional dos materiais cerâmicos. Ainda estão previstos minicursos e a montagem de bijuteria cerâmica. Os trabalhos apresentados serão divulgados nos anais do congresso, que serão distribuídos após a realização do evento. Serão concedidos prêmios aos melhores trabalhos técnico-científicos e à melhor ceramografia. Paralelamente ao congresso, ocorrerá uma feira onde as empresas e instituições de ensino e pesquisa terão a oportunidade de divulgar seus produtos e serviços. Mais informações, prazos de inscrições, ou envio de trabalhos técnicos e científicos para o evento, por meio do telefone (11) 3731-8549 / (11) 37353772, ou pelo site www.metallum.com.br. NC


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GESTÃO

Comitiva de construtores visita cerâmica do Maranhão

Empresa começou a produzir bloco estrutural em janeiro deste ano

A BBMendes recebeu em sua empresa a visita de mais de 20 empresários. Em cinco aeronaves, a comitiva, composta por construtores imobiliários, viajou de São Luís, no Maranhão, até Itapecuru Mirim para conhecer a produção de bloco estrutural, o mais novo produto da BBMendes. O convite foi feito pela própria empresa. Segundo o proprietário da BBMendes, Benedito Mendes, a empresa é a primeira no Maranhão a trabalhar com este produto. “Desde janeiro deste ano estamos trabalhando com bloco estrutural”. Mendes, que também é presidente do Sindicer do

Maranhão, informou que começou a fabricar este produto devido à tecnologia e rapidez na montagem de casas. De acordo com Erika Santos, do Grupo BBMendes, o evento também serviu para a apresentação da nova fábrica. “A fábrica está extremamente moderna, dentro das mais rígidas normas técnicas, com software de última geração para atender este mercado que é competitivo”. A visita ainda contou com palestra e almoço. Além disso, Mendes levou os construtores até a cerâmica Pauluzzi, no Rio Grande do Sul, uma das empresas líderes na fabricação e entrega de blocos cerâmicos para alvenaria estrutural. “Com essa visita, que ocorreu no dia 21 de fevereiro, já estamos fechando alguns negócios e fizemos alguns contatos com empresários”, disse o empresário da BBMendes. NC

83° Enic marcado para agosto Fonte: Sinduscon

Após 30 anos sem ocorrer na capital paulista, o Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) volta a São Paulo. Na 83ª edição do evento, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), serão debatidos temas que contribuem para o desenvolvimento do país e do setor como a preparação para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, habitação, infraestrutura, práticas de sustentabilidade, inovações tecnológicas, produtividade, competitividade e capacitação de profissionais. O Enic acontecerá de 10 a 12 de agosto, no World Trade Center, em São Paulo. Na agenda deste ano a pauta será focada nos atuais gargalos do setor, como a formação e qualificação de mão de obra especializada. Também serão apresentadas as ações de importantes programas da CBIC, com desta-

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que para o Programa de Inovação Tecnológica (PIT) e o Programa de Construção Sustentável (PCS), que visa o desenvolvimento da construção moderna, com preservação ambiental e combate às mudanças climáticas. Um diferencial vai marcar a 83ª edição. Todo o funcionamento do encontro será apoiado por ações sustentáveis. Serão utilizados apenas papéis reciclados e as impressões dos materiais serão feitas com tintas menos tóxicas. As flores da decoração serão plantadas e não cortadas, haverá coleta seletiva e destinação de materiais à reciclagem. Além disso, o consumo de energia, a geração de resíduos e a emissão de gases pelo transporte serão calculados e compensados pela equipe organizadora do Enic. Mais informações no site www. sindusconsp.com.br/ENIC. NC


Fonte: Valor Econômico

O Senai (SC) anunciou no dia 15 de abril a implantação de oito escolas para a formação de trabalhadores da construção civil em Santa Catarina. Serão quatro unidades fixas - na Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Oeste e sul do estado - e outras quatro móveis, que percorrerão as demais cidades do estado. A implantação das escolas representará um investimento de R$ 3,5 milhões e contará com apoio do Departamento Nacional do Senai. O anúncio foi realizado durante a reunião da Câmara de desenvolvimento da indústria da construção civil (CDIC) da Federação das indústrias do estado de Santa Catarina (Fiesc). "Essas escolas serão um momento alto para o setor, que poderá resgatar seu papel histórico na economia catarinense, contando com profissionais preparados e qualificados”, salientou o presidente da CDIC, Hélio Bairros. O Senai oferece uma centena de cursos para a construção civil em Santa Catarina, em formações de qualificação e aperfeiçoamento, aprendizagem industrial, cursos técnicos, superiores de tecnologia e pós-graduação. O diretor do Senai, Sérgio Arruda, salientou que a dificuldade maior é atrair pessoas para a construção civil. "As pessoas, especialmente as mais jovens, buscam a formação em outras áreas", afirmou. Por isso, ele pediu a cooperação das empresas na captação dos alunos para os cursos. O vice-presidente do Sindicato das indústrias da construção (Sinduscon) de Joinville, Jorge Luiz Correia de Sá, concorda com essa dificuldade e salienta que o setor da construção civil carrega um estigma de ter alta rotatividade e pagar pouco. "É preciso mostrar à comunidade que a construção tem futuro, que reduziu a rotatividade e que estamos pagando melhor que outros setores". O Senai já possui escolas fixas especializadas na formação de profissionais para a

Investimento nas oito unidades de ensino profissional será de R$ 3,5 milhões

CONSTRUÇÃO CIVIL

Senai vai implantar escolas para construção civil em SC

construção civil nas cidades de Balneário Camboriú e Blumenau. "O principal resultado que percebemos na escola foi a mobilização das empresas para levar os trabalhadores para a capacitação profissional", salienta Jorge Luiz Strehl, do Sinduscon de Blumenau. "Assim levamos pessoas mais qualificadas para os canteiros de obras", salientou. Santa Catarina tem 6,6 mil empresas e 76 mil trabalhadores no setor da construção civil. Atualmente o estado tem 3,6 mil obras em edifício e 787 obras de infraestrutura em andamento. NC

Senai pede mobilização das empresas na captação dos alunos para os cursos

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Setor ceramista perde uma referência Junto com o irmão Aceonézio, Ayrton ergueu a metalúrgica Souza, há 47 anos no mercado A indústria cerâmica vermelha nacional perdeu no dia 30 de março deste ano um exemplo de empreendedor. Aos 78 anos, Ayrton Zeferino de Souza, sócio fundador da Metalúrgica Souza, de Tubarão (SC), faleceu. O empresário, que orgulhava familiares e amigos, superou dois acidentes de trânsito, um em 2008 no interior de São Paulo e outro em 2009, em Tubarão. Ayrton também sofria de enfisema pulmonar, diagnosticado em 2004.

Depois de ser hospitalizado algumas vezes em decorrência da doença e por conta dos acidentes, Ayrton voltava à ativa sempre disposto e animado, dando sinais de que ainda tinha muita vida pela frente. No natal de 2010 teve uma forte crise de falta de ar e foi mais uma vez internado. Em janeiro deste ano teve uma melhora considerável. No dia dois de março voltou ao hospital e dessa vez não resistiu. A simplicidade era uma das marcas de Ayrton. Por onde passava, segundo amigos e familiares, conquistava as pessoas pela simpatia. “Tinha muitos amigos, cativava as pessoas. Viajou o Brasil inteiro a trabalho e os clientes insistiam para o pai dormir na casa deles. Pela simplicidade conquistou o respeito e a amizade das pessoas”, relatou o filho, Álvaro Souza, diretor comercial da MS Souza.

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Segundo o irmão Arnóbio Souza, Ayrton foi o responsável pela divulgação da empresa, enquanto Aceonézio de Souza, também sócio fundador falecido em 1993, atuava nos bastidores, desempenhando a parte técnica. “Para divulgar a empresa, Ayrton era único, singular”, destacou Arnóbio. O trabalho movia o empresário que começou a viajar pelo país na década de 1970. Ayrton lotava o porta malas de um Dodge Charger mais um reboque de peças e partia para o norte e nordeste do país para vender. Férias não existiam na agenda do empresário. “Não me lembro de o pai ter saído da metalúrgica para passear. Sempre viajou a trabalho”, recordou Álvaro. Percorreu tantos quilômetros pelo país, que sabia os detalhes de cada estrada pela qual passou. “Para viajar, eu pedia dicas para ele”, contou o filho. Visionário e ousado, Ayrton costumava lamentar a falta de apoio financeiro, por parte do estado, para investir em novas tecnologias, pois, segundo os familiares, era um vanguardista. As máquinas fabricadas pela metalúrgica Souza já “nasciam” com ares de modernidade e concorriam diretamente com

D E S E N VO LV I M E N T O

Ayrton de Souza, sendo entrevistado pela NovaCer, em março de 2011

grandes marcas do setor. “O pai e o tio não tinham noção da grande marca que construiriam, do que ela representaria para a cerâmica. Tenho orgulho disso”, disse Álvaro. A partir de agora, a empresa está nas mãos da segunda geração da família Souza. A direção da MS Souza, formada pelos familiares de Aceonézio e de Ayrton, pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido até agora com a consciência de que o desafio e a responsabilidade são grandes. “É comum ouvir que muito do sucesso das cerâmicas que são nossas clientes dependeram da intervenção e conhecimento do Ayrton e do Aceonézio. Não chegariam aonde chegaram se não fosse a empresa”, lembrou o diretor técnico, Laerte Souza, filho de Aceonézio. A meta da direção é investir sempre para que a empresa continue crescendo. “Precisamos dar continuidade àquilo que o Aceonézio e o Ayrton criaram para suas famílias e a comunidade. Hoje a MS Souza representa fonte de emprego para a região. É nossa responsabilidade mostrar competência”, disse o diretor financeiro, Dilney Vechi. Aytron deixou cinco filhos e 10 netos. NC

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ARTIGO TÉCNICO

Análise comparativa entre blocos prensados cerâmicos de encaixe e blocos de solo-cimento Trabalho apresentado no 54º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado de 30 de maio a 2 de junho de 2010, em Foz do Iguaçu, no Paraná

Resumo O município de Campos dos Goytacazes é um dos principais produtores de peças cerâmicas para serem utilizadas na construção civil do estado do Rio de Janeiro. O processo de produção normalmente usado nessas indústrias é a extrusão, em que o material argiloso é umedecido para ser moldado. Isto acarreta uma maior variabilidade dimensional das unidades devido à retração. Um novo modelo vem sendo estudado na composição de blocos cerâmicos. Este modelo utiliza prensagem uniaxial a qual possibilita obter formas ainda não empregadas na construção civil de peças cerâmicas. O formato de macho e fêmea, conhecidos em blocos prensados de solo-cimento, são comprovadamente modelos construtivos que reduzem o custo e mão de obra nas edificações. Este trabalho apresenta um comparativo entre os blocos cerâmicos prensados e os blocos de solo-cimento, descrevendo resultados de ensaios mecânicos, absorção e também durabilidade pelo método da secagem e molhagem.

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acompanhada dessas modulações ganhou força no Brasil na década de 80 quando pesquisadores começaram a desvendar e analisar materiais e formatos para produção dos blocos. Outro processo muito conhecido na construção é o bloco em solo-cimento, o qual pode em muitos casos ser fabricado no próprio canteiro de obra, pois sua mistura e prensagem são de extrema simplicidade (Pedroti, 2007). O sistema de prensagem facilita o aparecimento de um modelo que vem ganhando espaço nas construções, o bloco macho e fêmea (encaixe), conforme figura 01. Essa característica (“encaixe”), juntamente com a modulação das paredes, possibilita ao construtor um ganho de tempo na montagem das alvenarias, já que esse processo favorece o assentamento dos blocos, dispensando o uso da argamassa. Figura 01. Sistema de encaixe dos blocos, detalhe do encontro de duas paredes (Lima, 2006)

Introdução Um processo conhecido e agora tenta ganhar espaço é a construção modular, a qual é planejada do início ao fim, diminuindo consideravelmente desperdícios, pois suas paredes são formadas por blocos com dimensões que se completam. A alvenaria estrutural

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Solo cimento Solo-cimento é definido como a mistura de solo pulverizado, cimento Portland e água que, sob compactação a um teor de umidade ótima, forma um material estruturalmente resistente,


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ARTIGO TÉCNICO

estável, durável e de baixo custo (Freire, 1976) As primeiras tentativas para uso do solo-cimento como um material de construção civil, durável e econômico, ocorreram em Sarasota, na Flórida (EUA), em 1915, por um construtor que fez a pavimentação de uma rua com uma mistura de areia de praia, conchas e cimento, mas, pela falta de tecnologia na época, essas e outras experiências se tornaram inválidas, descreve Pitta (1995). A grande vantagem dos blocos prensados é o formato de encaixe do tipo macho e fêmea, o que acelera o processo de montagem (figura 02-a) e diminui o desperdício, pois as tubulações podem ser embutidas (figura 02-b), passando entre os furos, evitando os rasgos nas paredes. Figura 02. Passagem de tubulações hidráulicas e elétricas

a) processo de encaixe

do valores limites para a resistência mecânica e a absorção de água, aos 28 dias, dos lotes.

Bloco prensado cerâmico O município de Campos dos Goytacazes, localizado na região norte do Rio de Janeiro, é um importante polo da indústria de cerâmica vermelha no Brasil, que produz cerca de 40% da produção de cerâmica vermelha do estado fluminense, possuindo mais de 100 empresas no setor. A prensagem é a operação de conformação baseada na compactação de um pó granulado ou massa contida no interior de uma matriz rígida ou de um molde flexível, através da aplicação de pressão. A operação compreende três etapas ou fases: (1) preenchimento da cavidade do molde, (2) compactação da massa e (3) extração da peça. O processo de conformação transforma um sistema não-consolidado num corpo definido, consolidado e apresentando uma particular geometria e microestrutura. A seleção do processo de conformação para um produto específico é dependente do tamanho, da forma e tolerâncias dimensionais permitidas no projeto, dos requisitos das características da microestrutura, da reprodutibilidade, da produtividade e do investimento. Por razões de produtividade e eficiência em produzir peças com tamanho e formas bastante variados, a conformação por prensagem é o processo de conformação mais utilizado (REED, 1998).

Características das massas cerâmicas de Campos

b) ) instalações hidráulicas e elétricas embutidas Os processos de moldagem dos blocos podem ser feitos por prensas hidráulicas, mecânicas ou manuais. A produtividade e a qualidade de prensagem são fatores importantes que diferenciam tais equipamentos. A cura dos blocos é essencial para atender às normas de bloco em solo cimento. A NBR 10.834 apresenta a tabela 1 (abaixo), resuminTabela 1. Valores-limite segundo a NBR 10834.

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As massas cerâmicas usadas nas indústrias de Campos dos Goytacazes caracterizam-se por apresentar um comportamento de queima refratário que, para alguns tipos de produtos como telhas e pisos extrudados, não permite alcançar as propriedades requeridas. Um estudo comparativo das características de uma típica massa cerâmica para telhas do município de Campos dos Goytacazes e massas de reconhecida qualidade provenientes de outras regiões constatou que a massa de Campos apresenta características significativamente diferentes das demais

Valores-limite (aos 28 dias)

Média

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Resistência à compressão (MPa)

≥ 2,0

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Absorção de água (%)

≤ 20

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(Vieira et al, 2003). Dentre estas características destacam-se um elevado percentual de alumina, baixo percentual de sílica, excessivo conteúdo de minerais argilosos e elevada perda de massa durante a queima, associada basicamente à predominância caulinítica das argilas locais. Além disso, as argilas possuem gibsita (hidróxido de alumínio) em sua composição mineralógica (Vieira et al, 2002). A gibsita durante a queima sobre uma transformação pseudomórfica em temperaturas em torno de 260ºC, contribuindo também para o aumento da refratariedade e perda de massa (Vieira et al, 2004).

Figura 03. Prensa utilizada na confecção dos blocos

Materiais e métodos A matéria-prima utilizada foi coletada na jazida da cerâmica União, localizada no município de Campos dos Goytacazes (RJ). Essa mesma massa é utilizada para confecção dos blocos estruturais, tijolos e lajes em cerâmica vermelha. Após coleta, o material foi separado para secagem ao ar livre. Posteriormente destorroado, com ajuda de marreta obtendo-se material com partículas mais finas. Em seguida, peneirado ABNT nº60 (peneira de arroz). Parte deste material foi selecionado para caracterização física e química, o restante foi estocado em sacos plásticos fechados, a fim de se manter uma umidade controlada para, posteriormente ser usado na confecção dos blocos. Para fazer uso de uma nova técnica de moldagem de blocos cerâmicos, faz-se a associação do processo utilizado na confecção dos blocos em solo-cimento, com ajustes para atender uma melhor qualidade nos blocos prensados sem cimento. Todo o material que não foi utilizado na caracterização foi preparado e ensacado como já mencionado. Depois de triturado e peneirado, faz-se o umedecimento do solo com ajuda de um aspersor, a fim de evitar a formação de grumos. Para homogeneização foi utilizada uma betoneira normal de obra ou um misturador. Após a determinação da umidade desejada de mistura, o material foi novamente peneirado para retirada dos grumos e compactado na pren-

68

sa, que pode ser a manual ou mecânica. Os blocos prensados por prensa mecânica (figura 03) foram fabricados na empresa Máquinas Man, em Marília (SP), a uma força de compressão de oito toneladas. Os blocos possuem dimensões de 25cm x 12,5cm x 7cm (figura 4).

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Figura 04. Blocos prensados mecanicamente

Os blocos em solo cimento com tamanho conhecido de 25x12,5x6 cm foram coletados em um lote comercial de um fabricante num total de 30 unidades para ensaios: compressão (5 unidades), umidade (5 unidades), resistência do prisma (15 unidades) e durabilidade (5 unidades). A mesma quantidade de blocos em solo cimento foi utilizada para os blocos prensados e queimados.

Ensaio de resistência mecânica dos blocos Os s blocos prensados e queimados e os blocos em solo-cimento seguiram a norma NBR 8.492. Como não há norma para determinação da resistência de blocos prensados e queimados, mas considerando que seu for-


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ARTIGO TÉCNICO

mato é o mesmo do bloco em solo cimento, foram assumidas as características de ensaio desse padrão.

Ensaio em prismas de blocos prensados e queimados Para determinação do ensaio nos prismas, foi utilizada a NBR 8.215, a qual recomenda um número mínimo de três blocos, conforme figura 05. Foi utilizada essa norma de blocos em concreto, já que a norma cerâmica não contempla ensaios em prismas. Figura 05. Prismas preparados para ensaio

sados, perfazendo, assim, o segundo ciclo de 48 horas, repetindo-se o segundo ciclo por mais 11 vezes. Entre a retirada do tanque e a pesagem o tempo não pode exceder três minutos. No final do ensaio foram realizados 12 ciclos de 48 horas, entre secagens e molhagens, tendo sido pesados todos os corpos de prova entre as etapas dos ciclos. Após o último ciclo, secou-se o bloco por 24 horas em estufa (105ºC ±5) e ele foi pesado, obtendo a massa final seca. Fez-se, então, a razão entre a massa seca inicial do bloco menos a massa final seca com a massa seca inicial do bloco, para determinar o ganho ou perda de massa.

Resultados e discussões Caracterização Física

Absorção de água Em todos os blocos foram realizados testes de absorção de água segundo a NBR 15.270. Durabilidade: Ciclos de Secagem e Molhagem Avaliando o ensaio proposto pela norma DNER-ME 203/94, após a queima os blocos foram pesados, secos em estufa (105ºC ±5) por 24 horas, novamente pesados, mergulhados em um tanque com água por mais 24 horas e depois pesados. Obteve-se assim: a massa inicial natural, a massa inicial seca e a massa úmida. Esse procedimento foi considerado como o primeiro ciclo de 48 horas. Em seguida, os blocos foram secos por 42 horas em estufa (105ºC ±5), pesados e mergulhados em um tanque com água por seis horas e em seguida pe-

70

NovaCer • Ano 2 • Maio • Edição 13

Análise granulométrica A figura 06 apresenta a curva de distribuição granulométrica da massa argilosa estudada para confecção dos blocos prensados e queimados. Como se observa na figura 06, as proporções de argila, silte e areia foram respectivamente de 38,8%, 47,5% e 13,7%. Considerando os resultados de Souza Santos (1992), Alexandre (2000), Vieira (2001) e Paes Mothé (2004) no estudo de argilas para aplicação em cerâmica vermelha e como pozolana, conclui-se que a massa argilosa possui faixa granulométrica recomendada para uso em cerâmica vermelha (30% ≤fração argila≤ 70%). Figura 06. Curva granulométrica do material usado


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A seguir são apresentadas na tabela 2 as composições químicas semiquantitativas da massa argilosa. Tabela 2. Teores químicos do material utilizado na confecção dos blocos prensados e queimados (% em peso) Elementos

SiO2

Al2O3

Fe2O3

K2O

TiO2

SO3

CaO

%

46,5

37,6

9,9

2,3

1,7

1,2

0,3

Observando os valores obtidos na tabela 2, verifica-se que a quantidade de SiO2 (46,50%) indica a provável presença de argilominerais tais como: caulinita (Al2O3. 2SiO2. 2H2O) e ilita, bem como a provável presença de quartzo livre na amostra total. A quantidade de Al2O3 (37,60%) apresenta-se quase totalmente formando argilominerais, podendo também ser devido a hidróxidos como gibsita (Al(OH)3). O valor total de 84,10% (SiO2 + Al2O3) indica o caráter refratário da matéria-prima. A quantidade de óxido Fe2O3 (9,9%) caracteriza-se como agente fundente e indica a cor vermelha após a calcinação do material.

Ensaios de resistência mecânica em blocos prensados e queimados e blocos de solo cimento Os resultados apresentados na figura 07. Figura 07. Resistência dos blocos prensados e queimados (BPQ MEC) e solo cimento (SC) 4,0 Resistência 3MPa (NBR 15270)

Resistência (MPa)

3,5

abaixo da norma especificada, a qual é utilizada em blocos estruturais.

Ensaios de absorção em blocos prensados e queimados e blocos de solo-cimento Foram ensaiados cinco blocos de cada material a fim de determinar a absorção de água, segundo a NBR 15.270. A figura 08 apresenta os valores encontrados. Figura 08. Absorção dos blocos prensados (BPQ MEC) e queimados e solo-cimento (SC) 32 Absorção 22% (NBR 15270)

30 Absorção (%)

ARTIGO TÉCNICO

Caracterização química

28 26 24 22 20 18 S.C.

900 ºC BPQ MEC Material

Observa-se a absorção elevada dos blocos, o que ultrapassa o valor estabelecido pela norma, a qual possui valor máximo de 22%.

Ensaios em prismas de blocos prensados e queimados e blocos de solo-cimento Os resultados dos prismas de blocos prensados e queimados (2,19 MPa ± 0,21) e prismas em blocos de solo-cimento (2,37 MPa ± 1,41), demonstram que os valores são estatisticamente iguais provados pelo teste t com p=0,05. Ensaios de ciclos de secagem e molhagem Para a comparação dos ensaios de ciclos de umidade, destaca-se a figura 09.

3,0

Figura 09. Ciclos de secagem e molhagem dos blocos prensados e queimados (BPQ MEC) e solo-cimento (SC)

2,5

2,0 S.C.

1,5 S.C.

900 ºC BPQ MEC BPQ-MEC

Material 0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

Perdas de m assa (%)

Observa-se que os blocos prensados queimados a 900ºC, quanto à resistência mecânica, ultrapassaram o valor mínimo da norma, já os blocos em solo cimento, ficaram

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NovaCer • Ano 2 • Maio • Edição 13

A figura 09 demonstra que o desgaste no bloco em solo-cimento é maior que no bloco prensado e queimado em 59%.

0,25


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ARTIGO TÉCNICO

Conclusões

Referências

A técnica de prensagem dos blocos é eficiente e apresenta inúmeras vantagens quando comparada à extrusão, pois possibilita moldar as peças através da prensagem, configurando resultados nunca obtidos pela extrusão. O bloco de encaixe é uma solução para construções modulares. A comparação com o bloco em solo-cimento fica apenas para o formato, já que os blocos cerâmicos prensados deste trabalho apresentaram valores muito superiores aos blocos em solo cimento. A resistência encontrada foi superior, porém as duas configurações ficaram com absorções maiores que a norma de blocos cerâmicos. A durabilidade também foi muito superior à apresentada pelo solo-cimento, o que ressalta a possibilidade de estudos aprofundados na área de prensagem e novas formulações e misturas.

- Pedroti, L. G. (2007). Estudo de conformidades em relação à ABNT de blocos cerâmicos prensados e queimados. Dissertação de Mestrado em Estruturas -Campos dos Goytacazes- RJ. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF - Lima, T. V. (2006) Estudo da produção de blocos de solo-cimento com matériasprimas do núcleo urbano da cidade de Campos dos Goytacazes – RJ. Tese de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF - Freire, W.J. (1976). Tratamento prévio do solo com aditivos químicos e seu efeito sobre a qualidade do solo-cimento. Piracicaba: Universidade de São Paulo - ESALQ, 142p. Tese Doutorado - Pitta, M. R. (1995) Estabilização com solo-cimento. Revista Techne, Editora Pini, São Paulo-SP, Nº 17, Julho/Agosto. Bueno B. S.; Vilar O. M. (1980) Mecânica dos Solos. Apostila nº 69, Imprensa Universitária, UFV, Viçosa-MG, 131p. - Reed, J. S. Introduction to the Principles of Ceramic Processing. John Wiley & Sons, New York, 1998 - Vieira, C. M. F., Monteiro, S. N. (2002), Characterization of clays from Campos dos Goytacazes, North Rio de Janeiro State (Brazil) Tile & Brick International, Freiburg – Alemanha, v.18, n. 3, p. 152-157 - Vieira, C.M.F., Soares, T.M., Sanchez, R.J, Monteiro, S.N. (2004), "Incorporation of Granite Waste in Red Ceramics", Materials Science and Engineering A, v. 373, pp. 115-121 NC

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NovaCer • Ano 2 • Maio • Edição 13


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Obras de infraestrutura diminuem Fonte: CNI

Chuvas e desaceleração de gastos do governo explicam queda O nível de atividade do segmento de obras de infraestrutura ficou, em março, abaixo do esperado pelas empresas para essa época do ano. É o que mostrou a pesquisa Sondagem da Construção Civil, divulgada no dia 3 de maio, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Em março, o indicador ficou em 45,9 pontos. Em fevereiro, havia sido de 49,3 pontos e, no mesmo mês do ano passado, foi de 53,6 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos e números abaixo de 50 denotam queda. São duas as explicações para o menor nível de atividade em obras de infraestrutura neste início de ano: condições climáticas (chuvas) e desaceleração dos gastos do governo. “É fato que esta é a época do ano que chove mais. E o governo segurou os gastos no início do ano por conta do ajuste fiscal”, explicou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Há também influência regional, porque os novos governos estaduais diminuem os ritmos das obras, acrescentou. O setor de construção de edifícios, ao contrário, apontou atividade acima do usual para o período. O indicador de março ficou em 51,2 pontos, ante 50,4 pontos em fevereiro e 54,8 pontos em março do ano passado. “A demanda por imóveis residenciais continua aquecida”, resumiu Fonseca. No geral, a atividade na construção civil passou por uma acomodação no primeiro trimestre do ano. Depois de quedas na atividade em janeiro e fevereiro, em março houve, na prática,

Primeiro trimestre de 2011 foi de acomodação na construção civil

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NovaCer • Ano 2 • Maio • Edição 13

estabilidade, com o indicador em 49,9 pontos. “Em 2010 a atividade estava muito aquecida. Neste ano está havendo uma acomodação”, esclareceu o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI. Ele lembrou que a pesquisa não pergunta aos empresários os motivos da redução no nível de atividade. O emprego na construção civil continuou em alta em março, de acordo com a pesquisa. O indicador ficou em 50,4 pontos, o que mostra aumento das contratações, embora em ritmo menor do que em fevereiro (51,2 pontos). Por porte de empresas, as grandes foram as que mais contrataram em março, com 52,4 pontos, ante 50,4 pontos das pequenas. Entre as médias, houve demissões, segundo aponta o indicador de 48,6 pontos. As empresas do setor perceberam, em março, queda na margem de lucro operacional, que ficou em 49 pontos, mas uma melhora na situação financeira, cujo indicador registrou 50,8 pontos. O acesso ao crédito continua difícil, de acordo com a Sondagem da Construção Civil, com 46,9 pontos em março. Apesar da acomodação verificada no primeiro trimestre do ano, as empresas que responderam a pesquisa estão otimistas em relação aos próximos seis meses, ainda que em nível menor do que em meses passados. A expectativa em relação ao nível da atividade dos próximos seis meses ficou alta em abril (mês em que responderam o questionário), em 60,8 pontos. Em março, era de 61,1 pontos. Em relação ao número de novos empreendimentos e serviços, a expectativa em abril ficou em 61,1 pontos, ante 61,4 pontos em março. Sobre a compra de insumos e matérias-primas, a expectativa foi de 59,6 pontos em abril, ante 60,2 pontos no mês anterior. O setor também espera aumentar as contratações nos próximos seis meses, mostra o indicador de expectativa de contratações, que ficou em 60,2 pontos em abril (61,5 pontos em março). A Sondagem da Construção Civil, uma parceria da CNI com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foi feita com 388 empresas, das quais 53 grandes, 146 médias e 189 de pequeno porte. Os empresários responderam o questionário entre os dias 31 de março e 14 de abril. NC


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Escolaridade afasta jovem da construção civil Fonte: Valor Econômico

O mês de abril marcou a apresentação do resultado da pesquisa "Trabalho, educação e juventude na construção civil", encomendada pelo Instituto Votorantim à Fundação Getúlio Vargas. O estudo traça um panorama dos desafios da construção civil, relacionando-os ao perfil dos trabalhadores do setor e aponta caminhos para os jovens quanto às oportunidades de inserção qualificada no mercado. O “déficit” de mão de obra, questão central para os atuais desafios de desenvolvimento do país, se coloca, nesta pesquisa, sob uma nova ótica: como o setor da construção civil pode se aprimorar, em relação ao uso de tecnologias e melhoria das condições de trabalho, de forma a atrair e reter a mão de obra jovem? O economista Marcelo Neri, coordenador do Centro de Pesquisas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) prevê alta generalizada de salários e melhorias das condições de trabalho na construção civil como forma de atrair tra-

Construção civil está se tornando um setor de meia idade

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NovaCer • Ano 2 • Maio • Edição 13

balhadores jovens para o setor, que sofre com o apagão de mão de obra por causa de forte demanda. Segundo o pesquisador "a construção civil está cada vez mais se tornando um setor de meia idade". Entre 1996 e 2009, a participação de trabalhadores de 15 a 29 anos no setor caiu de 36,5% para 29,2%. É nessa faixa que estão os profissionais com maior escolaridade, com média de 8,06 anos de estudo, ante 4,78 anos de estudo entre os com mais de 40 anos. "O chamado apagão da mão de obra na construção civil não ocorre porque não há pessoas que não estudaram. Pelo contrário, é porque o jovem de origem humilde passou a estudar mais nos últimos 20 anos e não quer o trabalho braçal e de condições precárias da construção", observa Neri. "Nosso diagnóstico é mais no sentido de que o jovem não está querendo trabalhar na construção, logo as empresas do setor vão ter que pagar mais para atrair esse jovem." Neri não sabe precisar o tamanho dos aumentos, mas destaca que eles não demorarão a chegar. O aumento de renda na construção civil cresce em ritmo mais acelerado do que em outros setores nos últimos anos. Entre 2003 e 2009, enquanto os ganhos na construção subiram 3,2%, o crescimento em outras atividades foi de 2,58%. Os trabalhadores da construção, porém, ainda ganham abaixo dos demais setores: R$ 933, ante média de R$ 1.094 do restante das ocupações. Outra alternativa para atrair mais jovens para o setor, segundo o economista, é mudar os padrões produtivos, introduzindo novas tecnologias nos canteiros de obras. Além disso, a oferta de treinamento e qualificação também deve estar na agenda das empresas. A pesquisa da FGV revela grande lacuna de qualificação na construção civil. Em 2009, 80,2% dos trabalhadores em idade ativa do setor nunca frequentaram nenhum tipo de programas de educação profissional; 16% participaram de cursos básicos de curta duração; 3,5% se matricularam no ensino médio técnico; e 0,11% cursaram graduação tecnológica. "Num ranking de setores, construção está sempre entre os três últimos em termos de qualificação", completa Neri.' NC


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Dia mundial de segurança e saúde do trabalho Fonte: Sinduscon

Em comemoração ao Dia mundial de segurança e saúde do trabalho – 28 de abril – o Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA) em parceria com o Serviço Social da Indústria lançou o Programa nacional de saúde e segurança no trabalho para a indústria da construção (PNSST-IC). O programa, de âmbito nacional, visa, por meio da inovação tecnológica, reduzir os acidentes e doenças do trabalho na indústria da construção, especialmente os acidentes fatais e incapacitantes. Ele é composto por quatro linhas de ação: acesso ao conhecimento; diagnóstico; serviços e soluções técnicas e assessoria e consultoria. Desta forma, serão desenvolvidos e customizados métodos, técnicas e tecnologias em SST e geradas informações sobre o setor. Além do lançamento nacional, os produtos e serviços do programa serão levados às cinco regiões do Brasil pelo Sesi, em articulação com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção e os Sindicatos da indústria da construção de cada localidade. NC

Senai será entidade gestora do PSQ Fonte: Anicer

A Anicer e o Senai assinaram no dia 28 de abril um termo de compromisso que consolida a parceria entre as duas instituições. A partir de agora o Senai é a entidade gestora técnica responsável pela avaliação da conformidade dos produtos no âmbito do PSQ de blocos e de telhas cerâmicas. À associação caberá administrar o programa. O termo foi assinado durante a reunião do Conselho Empresarial da Indústria da Construção, na sede da Federação das indústrias do estado do Rio de Janeiro (Firjan). NC

Prêmio Anamaco chega a 20ª edição Fonte: Anamaco

A Divisão de eventos da Anamaco já está trabalhando nos preparativos para a festa de entrega do prêmio Anamaco 2011. O evento deve acontecer no segundo semestre e promete agitar o setor da construção. Durante a solenidade, empresas atuantes em 75 segmentos serão reconhecidas por terem se destacado no último ano, com base nos resultados da pesquisa Anamaco/ Ibope Inteligência - uma poderosa ferramenta de marketing que fornece um minucioso relatório sobre a participação das indústrias, a percepção que o lojista tem delas e de seu atendimento pós-venda, entre outros quesitos. A entrega do prêmio deve reunir aproximadamente 2,5 mil pessoas entre empresários do setor, dirigentes e representantes de Fecomacs e Acomacs de várias

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NovaCer • Ano 2 • Maio • Edição 13

regiões do país, além de autoridades. “Estamos cuidando de cada detalhe para que a cerimônia seja inesquecível e para que cada empresa brilhe com triunfo no tapete vermelho do prêmio Anamaco”, declara Luiz Braz, diretor de eventos da Anamaco. O prêmio Anamaco é realizado a partir da solicitação dos lojistas que desejavam conhecer o desempenho de seus principais fornecedores. "Nossa função, além de motivar o comércio a entender o seu papel na cadeia distributiva, tem sido a de zelar pelas relações com a indústria e os demais parceiros do Construbusiness, buscando valorizar ações sinérgicas e que sejam comuns aos interesses de fazer crescer o mercado", afirma o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz. Outras informações sobre a solenidade de entrega do prêmio podem ser obtidas pelo telefone (11) 3155-7979 ou e-mail braz.eventos@ anamaco.com.br, com Luiz Braz. NC


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