Entrevista com a empresária e consultora Ana Alves
Ano 6
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Maio/2015
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Edição 61
www.novacer.com.br
Absorção de água Controlar e conhecer o índice de absorção garante qualidade ao produto cerâmico
Sincervale realiza Encontro Ceramista em Santa Catarina Encontro do Nordeste será em junho no Piauí Sindicer/RN planeja estudo para reaproveitar resíduos
O forno pode ser construído nos tamanhos de: 18,0m x 3,0m x 2,8m / 18 ,0m x 4,0m x 2,8m / 20,0m x 3,0m x 2,8m 20 ,0m x 4,0m x 2,8m / 24,0m x 3,0m x 2,8m / 24 ,0m x 4,0m x 2,8m
Comparando o custo final com os demais fornos do mercado o forno vagão metálico fica em torno de 40% a 60% mais barato e construído aproximadamente 60 dias.
O sistema de isolamento térmico em fibra cerâmica nas paredes, aplicados em módulos de 2m de comprimento eliminando propagação e fuga de calor, proporcionando uma economia de até 50% no combustível (madeira, cavaco e serragem, entre outros). Outra vantagem é o fantastico resultado da queima, tijolos queimados uniformimentes, tanto na parte superior da carga como na parte inferior da carga nao tendo tijojos requeimados ou sem queimar. Economia de mão de obra devido a facilidade no carregamento do tijolo para plataforma do vagão para queima e facilidade do descarregamento do tijolo depois de queimado diretamente no caminhão. Este forno esta totalmente em conformidade com as exigência do Ministério do Trabalho, ele evita que o funcionário entre dentro do forno com temperatura elevada. Após retirada do vagão os tijolos estão resfriados após 2 horas.
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As fornalhas são projetadas com chamas no alto, evitando requeima do tijolo na lateral da fornalha. Sistema de vedação da fornalha com porta emantada, revestimento externo com manta aluminizada, tendo o teto totalmente emantado onde o conjunto diminui a propagação do calor para meio externo aumentando a economia. A fornalha é construída com tijolos feitos de chamote sendo queimado a 1200 graus, proporcionado assim uma maior resistência conta impactos sofridos por lenha ou outro material na queima.
O Forno Rogesesi conta com teto plano onde proporciona uma maior mistura do calor fazendo com que este calor desça uniformemente fazendo a queima e equilibrando a temperatura superior com a inferior. O forno, teto e portas são construídos com vigas “U”, “W” e chapa expandida para fixação da manta de fibra cerâmica.
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SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO 14: Índice de absorção de água na cerâmica
EDITORIAL
ECONOMIA E NEGÓCIOS
FEIRAS
MEIO AMBIENTE
12: Carta ao Ceramista
18: Sindicer/PB consegue benefício fiscal para o setor da Paraíba
20: Encontro do Nordeste será em junho no Piauí
22: Sindicer/RN planeja estudo para reaproveitar resíduos
Diretor Geraldo Salvador Junior
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revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869
Comercial Moara Espindola Salvador
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Fotografia & Marketing Digital Natanael Knabben revista@novacer.com.br
Impressão Gráfica Soller Tiragem 3500 exemplares
Jesus Cristo, O Messias
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NovaCer • Ano 6 • Maio • Edição 61
Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados
SUMÁRIO
Maio 2015 CONSTRUÇÃO CIVIL
ENTREVISTA
ARTIGO TÉCNICO
23: Seconci-SP elabora cartilha sobre saúde
30: Gestão financeira e custos
36: Características do resíduo de lavagem de bauxita para utilização na indústria de cerâmica vermelha
DESENVOLVIMENTO 24: NTC investe em novas instalações no Paraná
DESENVOLVIMENTO 26: Sincervale realiza Encontro Ceramista em Santa Catarina
DESENVOLVIMENTO 28: Sindicatos de SC se reúnem para discutir sobre o setor
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EDITORIAL
Carta ao Ceramista Absorção de água foi o tema da reportagem principal da NovaCer deste mês. Conforme especialistas no assunto, a absorção de água na cerâmica tem sua definição como o percentual máximo que uma peça cerâmica absorve com relação ao seu peso seco. Esta massa de água absorvida é referente ao volume de poros abertos que o corpo cerâmico possui proveniente da gaseificação de alguns constituintes da massa cerâmica quando submetido ao processo de queima e do espaçamento entre grãos durante o processo de compactação. Saiba por meio da reportagem de capa como controlar a absorção de água, como determinar do índice de absorção de água e quais os tipos de controles para diminuir ou aumentar a absorção de água. Especialistas ainda falam sobre de que forma todas as etapas do processo de fabricação cerâmica estão ligadas direta ou indiretamente com este índice. Outro tema que ganhou destaque nesta edição foi o decreto assinado pelo governador
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Ricardo Coutinho no dia 24 de março. O decreto adota Regime Especial de Tributação, com concessão de crédito presumido de ICMS, no percentual de 50%, calculado sobre o valor do imposto incidente nas saídas internas e interestaduais de telhas, tijolos, lajotas e manilhas. Neste mês, a NovaCer ainda divulgou a data que ocorrerá a 10ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha e o 20º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste. Os eventos serão realizados simultaneamente de 11 a 13 de junho, no estado do Piauí. Leia ainda a entrevista especial feita com a empresária e consultora Ana Alves. Nesta entrevista, ela fala sobre gestão financeira e custos, planejamento estratégico, Business Plan e análises estatísticas, entre outros assuntos.
A Direção
o ENCONTRO
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NACIONAL DA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA
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16 a 19 de setembro de 2015 Centro de Eventos Fiergs 18ª Expoanicer Clínicas Tecnológicas Fóruns Empresariais Minicursos Prêmios Jovem Ceramista e João-de-Barro Encontros Sesi /Senai e Sebrae Visitas Técnicas
Em setembro o ceramista tem um encontro marcado com a cultura gaúcha,
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D E S E N VO LV I M E N T O O índice de absorção de água é um indicador da qualidade do produto bastante significativo do processo de produção cerâmica
Índice de absorção de água na cerâmica Absorção de água na cerâmica tem sua definição como o percentual máximo que uma peça cerâmica absorve com relação ao seu peso seco. A afirmação é do coordenador de Inovação, Gestão e Processo Produtivo do Instituto Senai de Tecnologia em Materiais, de Criciúma (SC), Anselmo Medeiros Marcelino. Ele ainda explicou que esta massa de água absorvida é referente ao volume de poros abertos que o corpo cerâmico possui proveniente da gaseificação de alguns constituintes da massa cerâmica quando submetido ao processo de queima e do espaçamento entre grãos durante o processo de compactação. Segundo o consultor e técnico em cerâmica Emerson Marcos Dias, a absorção de água está diretamente ligada a porosidade da peça. “Quanto mais porosa, maior será a absorção”. De acordo com o técnico em cerâmica
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Antônio Carlos Pimenta Araújo, o processo de produção das cerâmicas tem relação direta com o valor de absorção de água, “já que produtos cerâmicos podem ter porosidade aberta em função de uma queima rápida ou de baixa temperatura e também por combustão de materiais que deixam espaços vazios onde a água pode entrar”. Para Marcelino, o índice de absorção de água é um indicador da qualidade do produto bastante significativo do processo de produção cerâmica. “A partir dele pode-se ter ideia que as matérias-primas foram bem selecionadas e formuladas, que o processo de conformação foi bem realizado e que o processo de queima foi adequado. Outras etapas do processo também influenciam diretamente neste índice, porém com um grau de significância um pouco menor”, relatou. “A relação de que caso haja falhas
norma”, concluiu Pimenta. Segundo Marcelino, atualmente, no caso de telhas cerâmicas, conforme a NBR 15310:2009 (Componentes Cerâmicos Telhas - Terminologia, Requisitos e Métodos de Ensaio) o índice de absorção de água deverá ser no máximo 20%. No caso de blocos cerâmicos, segundo a NBR 15270-1e2:2005 (Blocos Cerâmicos para Alvenaria de Vedação - Terminologia e Requisitos) o índice de absorção de água deverá estar entre 8% e 22%. Cabe ressaltar que há um movimento por parte da maioria das empresas produtoras de blocos cerâmicos para uma possível alteração no parâmetro máximo de absorção de água de 22 % para 25 %. Para que esta mudança se torne realidade, a validação deverá ocorrer pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT seguindo os seus procedimentos de alterações de normas.
A partir do índice de absorção de água é possível ter ideia de que as matérias-primas foram bem selecionadas e formuladas
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no processo de extrusão, prensagem ou queima poderá ocorrer um aumento ou redução do índice de absorção da peça. Pois todos estes processos possuem relação direta com a porosidade”, complementou Dias. Marcelino ainda explicou que a absorção de água tem relação com a resistência mecânica das peças. “Conforme a definição de absorção de água, quanto maior este índice, maior é o percentual de porosidade aberta de um corpo cerâmico, sendo assim, maior é a fragilidade do tijolo ou da telha, pois há uma probabilidade maior do aparecimento de falhas e consequentemente a diminuição da resistência mecânica. Porém, Dias complementou que a resistência mecânica também está associada a outros requisitos. Na opinião de Pimenta, esta é uma correlação não direta e que geralmente é erroneamente interpretada. “Um produto cerâmico bem queimado pode ter boa resistência mecânica e um determinado valor de absorção de água, mas se elevarmos a temperatura de queima deste produto podemos diminuir a porosidade e até formar fase vítrea, mas, não necessariamente aumentar a resistência. Por outro lado, este produto queimado a temperaturas menores tende a ter maior porosidade e menor resistência. Assim, cabe ao ceramista sempre estudar suas argilas e processos para definir massas e processos adequados ao que é requisitado em
Como controlar a absorção de água O controle da absorção de água, conforme do coordenador de Inovação, Gestão e Processo Produtivo do Instituto Senai de Tecnologia em Materiais, de Criciúma (SC), vai desde a prospecção das matérias-primas, pois argilas mais fundentes fornecem um índice de absorção de água menor. “Outro aspecto interessante é o conhecimento das propriedades físicas e químicas de cada matéria-prima, pois a partir destas informações torna-se possível a formulação de uma massa mais fundente. Obviamente os controles do processo produtivo com seus respectivos indicadores bem monitorados favorecerão a estabilidade da absorção de água no produto final”, disse. Conforme Pimenta, é possível controlar a
absorção de água por meio de ensaio de absorção de água, que é muito simples de se realizar. “Deve-se coletar amostras dos produtos em diversas partes do forno e verificar possíveis variações, que devem estar dentro dos parâmetros normatizados”, explicou. Caso a absorção de água não esteja controlada, segundo Marcelino, a qualidade do produto será comprometida. “Pois haverá períodos em que seu produto atenderá a norma e períodos em que não atenderá, dependendo dos níveis do índice de absorção de água. Consequentemente a resistência mecânica e a massa do material sofrerão alterações variando também alguns parâmetros de processo, tais como: tempo de secagem, tempo de ciclo de queima, entre outros”, esclareceu.
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Determinação do índice de absorção de água Segundo Marcelino, no caso de telhas cerâmicas, conforme o anexo D da NBR 15310:2009 (Componentes Cerâmicos Telhas - Terminologia, Requisitos e Métodos de Ensaio) resumidamente o índice de absorção é realizado conforme as seguintes etapas: a) Determinação da massa seca (pesa-se seis telhas após secas em estufa a 105°C); b) Determinação da massa úmida (pesa-se seis telhas após imersão em água fervente por 2h); c) Determinação da absorção de água segundo a equação. Já no caso de blocos cerâmicos, conforme o anexo B da NBR 15270-3:2005 (Blocos Cerâmicos para Alvenaria de Vedação - Terminologia e Requisitos) resumidamente o índice de absorção é realizado conforme as seguintes etapas: a) Determinação da massa seca (Pesa-se seis blocos após secas em estufa a 105°C); b) Determinação da massa úmida (Pesa-se seis blocos após imersão em água fervente por 2h); c) Determinação da absorção de água segundo a equação.
Absorção de Água ( %) =
Massa úmida ( ) − Massa seca ( ) X 100 Massa seca ( )
Controles para diminuir ou aumentar a absorção de água Muitos controles são necessários para diminuir ou aumentar a absorção de água. “Alguns dele e mais significativos são determinação da granulometria, análise química qualitativa e quantitativa, plasticidade e retração linear, relatou Marcelino. Já quando se fala em matéria-prima, o fator primário quanto a controle será a realização de ensaios de caracterização para identificar as características existentes na argila.” A partir disso, podemos considerar o ensaio de resíduo e distribuição granulométrica como fator de relevância para o controle de processo”, explicou Dias. Para Pimenta, o primeiro passo é conhecer cada matéria-prima através de ensaios físicos e químicos e em seguida elaborar massa com estas matérias-primas que atendam às necessidades do processo de fabricação e do produto final. “Diversas características das matérias-primas podem determinar a absorção de um produto cerâmico como a composição
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química (presença de fundentes), mineralógica (tipo de argila), distribuição granulométrica (fator de empacotamento). Desta forma, os ensaios de caracterização das matérias-primas é o passo inicial e ao longo da utilização destas deve-se realizar os ensaios para determinar se estas características se mantém ou precisam de correções”, explicou Pimenta. Segundo o coordenador de Inovação, Gestão e Processo Produtivo do Instituto Senai de Tecnologia em Materiais, de Criciúma (SC), para manter a absorção de água em um nível ideal, o ceramista precisa “ter um bom acompanhamento dos indicadores de qualidade do produto. Analisar periodicamente suas matérias-primas. Ter um bom controle de processo com indicadores que realmente avalie a eficácia de cada etapa. Inovar frequentemente. Sempre que precisar solicitar o apoio de profissionais terceiros com uma visão externa, isso facilita o diagnóstico das necessidades”, concluiu.
Todas as etapas do processo de fabricação cerâmica estão ligadas direta ou indiretamente com este índice. Quanto maior for o controle e padronização do processo maior é a probabilidade da qualidade do produto final quanto ao atendimento das especificações da norma. Cada etapa tem sua contribuição. De forma resumida, Marcelino apresenta as etapas e sua influência no índice de absorção de água: a) Extração da matéria-prima: Deverá ser bem prospectada, ou seja, as matérias-primas a serem selecionadas para utilização devem ser estudadas anteriormente em termos de suas características físicas e químicas com o objetivo de utilizar ou rejeitar a jazida. b) Preparação da massa: Etapa fundamental onde a formulação adequada fornecerá ao produto vários níveis de absorção de água a partir do mesmo número de matérias-primas. Por isso deverá ser estudada, além dos comportamentos individuais, suas formulações. Além disso, a mistura e a laminação reduzirá substancialmente a presença de defeitos que aumentarão a porosidade aberta. c) Conformação: Nesta etapa, além do projeto do equipamento, um fator importante é a eficiência da geração de vácuo, pois quanto maior a retirada de ar do interior da massa, menor será a porosidade aberta no produto final consequentemente menor a absorção de água.
e) Queima: Uma das etapas mais importantes. Na região de aquecimento há uma grande liberação de gases provenientes da queima (oxidação da matéria orgânica, decomposição de carbonatos, etc.) provocando o aumento da porosidade aberta. Na região de queima, espera-se que o tijolo ou a telha atinja uma temperatura que reduza significativamente a porosidade a partir das reações físicas ou químicas que ali ocorrem. Na região de resfriamento, espera-se que seja bem controlada, pois caso não seja, poderá ocorrer micro trincas na transformação do quartzo (573 °C) aumentando a capilaridade consequentemente a absorção de água da peça.
Informações de Anselmo Marcelino
d) Secagem: Nesta etapa é muito interessante o acompanhamento da curva de secagem, pois ciclos mal regulados podem ocasionar pequenas trincas provenientes da retração da massa que ocorre significativamente nesta etapa aumentando os defeitos que poderão acumular água na determinação da absorção de água.
D E S E N VO LV I M E N T O
Processo produtivo x absorção de água
Vantagens e desvantagens Entre algumas vantagens do aumento do índice de absorção de água estão a diminuição do peso da edificação. Conforme Marcelino, quanto maior a absorção de água, maior a porosidade, menor o peso do produto. Outra vantagem segundo o coordenador de Inovação, Gestão e Processo Produtivo do Instituto Senai de Tecnologia em Materiais, de Criciúma (SC), é a possível diminuição da transmitância térmica. “Quanto maior a porosidade em um bloco ou telha, maior a dificuldade da transmissão de calor”, explicou. Além disso, Marcelino citou como vantagem maior aderência da argamassa, pois quanto maior a absorção de água, maior a porosidade, maior é a aderência da argamassa. Diminuição de custo de produção é outro benefício. “Quanto maior a absorção de água, maior a porosidade, menor o peso do produto, menor
a quantidade de energia para produção”. Outra vantagem é a redução nas emissões de gás carbônico equivalente, já que quanto maior a absorção de água, maior a porosidade, menor o peso do produto, menor a quantidade de energia para produção. Além das vantagens, ter alta absorção da água em um produto pode trazer algumas desvantagens. Uma delas, segundo Marcelino, é a ineficiência na reação de cura do cimento. “Quanto maior a absorção de água maior a probabilidade da peça absorver a água de cura do cimento em contato com a parede dos blocos enfraquecendo sua resistência mecânica”, disse. Além desta, possível diminuição do isolamento acústico; Aumento do peso da edificação quando a peça está saturada de água; e Manutenção de limpeza são outras desvantagens. NC NovaCer • Ano 6 • Maio • Edição 61
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ECONOMIA E NEGÓCIOS
Sindicer/PB consegue benefício fiscal para o setor da Paraíba O governador Ricardo Coutinho assinou junto ao presidente do Sindicer-PB, João Gomes, no dia 24 de março, em Guarabira, decreto que adota Regime Especial de Tributação, com concessão de crédito presumido de ICMS, no percentual de 50%, calculado sobre o valor do imposto incidente nas saídas internas e interestaduais de
telhas, tijolos, lajotas e manilhas. Com a medida, a partir de agora a indústria ceramista da Paraíba, que hoje tem alíquota normal de 13,6%, vai passar a pagar 8,5% de imposto nas vendas internas. Caso a comercialização seja feita para fora do Estado, a alíquota será reduzida de 9,6% para 6%. A conquista do sindicato para todas as cerâmicas, independente de qual categoria fiscal ela se enquadre e de que cidade ela se encontre, deve garantir o crescimento sustentável de todos. “Precisamos todos nos unir para transformar a realidade do setor em nosso estado, garantindo que todas as empresas tenham condições de colocar seus produtos no mercado com preços justos e competitivos” disse o presidente. O aumento do crédito presumido para o setor na Paraíba permitirá o investimento em tecnologia, que trará a maior qualificação dos produtos, além de permitir que as empresas paraibanas possam sobreviver em um mercado de concorrência acirrada, visando o aumento de faturamento dentro do estado e, como consequência, a maior arrecadação tributária. Fonte: Sindicer/PB.
Necessidade do setor Hoje, no estado da Paraíba, a maioria das empresas do setor é de pequeno ou médio porte e, quase em sua totalidade, negócios familiares. Ao observar a realidade paraibana, onde cada vez mais a construção civil cresce, existe a necessidade também de crescimento das indústrias de insumos, e das mais tradicionais existe a cerâmica vermelha. Para o setor crescer, é preciso que as empresas que hoje operam no limite do sis-
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tema do Simples Nacional, possam continuar se desenvolvendo normalmente sem ter o custo de seu produto aumentado significativamente. Além desta, existe a guerra fiscal, onde com a diferença de alíquotas permite que estados vizinhos não concorram em pé de igualdade com as nossas empresas. O sindicato preparou um laudo técnico apresentando um modelo para o desenvolvimento tributário do setor cerâmico. E em conjunto com a Secretaria da Receita do
do regime do Simples Nacional. O pleito foi aprovado e visa a concessão do crédito para todas as indústrias instaladas no Estado no regime de Lucro Presumido, independente da localização, volume de investimentos e geração de empregos. Fonte: Sindicer/PB.
Na foto: Manuelina Hardman (Ex-Presidente Sindicer/PB), Henry Virgolino (Delegado Sindicer/PB), Francisco Xavier (Ex-Presidente Sindicer/PB), Marialvo Laureano (Secretário do Estado da Receita), Lea Silva (Chefe da Casa Civil) e João Neto (Presidente Sindicer/PB)
O setor na Paraíba O setor na Paraíba emprega diretamente mais de 2,5 mil colaboradores, e envolve ao todo, cerca de 20 mil pessoas em trabalhos diretos e indiretos. São produzidas mais de 600 milhões de peças anualmente, sendo um milhão e meio de toneladas de argila vendidas. O faturamento anual é de mais de 140 milhões de reais em aproximadamente 150 empresas em todo o estado. A importância do setor para a economia do estado se dá pela tradição, uma vez que se trata de uma das atividades econômicas mais antigas da Paraíba.
ECONOMIA E NEGÓCIOS
Estado da Paraíba, aprofundou a discussão sobre o tema ao longo do último ano. Através de várias reuniões, documentos e demais evidências da necessidade de crescimento e desenvolvimento de todas as regiões do estado. Usando como exemplo de outros estados do Nordeste, como Pernambuco e Rio Grande do Norte, a Secretaria da Receita analisou os argumentos oferecidos pelo Sindicer, onde foram expostas as realidades e necessidades do mercado. Diante desta visão, a Secretaria da Fazenda propôs um aumento no crédito presumido para 50% do total da alíquota de ICMS, que hoje é de 17% de tudo o que vendemos. Isto, na prática, implica na redução de metade da atual alíquota, o que beneficiaria em mais de 300 mil reais anuais para a empresa que estiver saindo do teto
Sendo, inclusive em muitos municípios, a principal atividade econômica. A atividade ceramista traz o homem e o desenvolvimento para fora dos grandes centros urbanos, indo contra a tendência natural de concentrar nas capitais e maiores cidades. Esta característica reforça o impacto na interiorização do estado e crescimento uniforme da Paraíba, já que as indústrias cerâmicas estão presentes em quase todos os municípios do estado. Fonte: Sindicer/PB.
Sobre o Sindicer/PB O Sindicato da Indústria Cerâmica do Estado da Paraíba há mais de 20 anos foi fundado com o papel de representar para o Estado as necessidades da Indústria Cerâmica. Atuamos em conjunto com a Federação das Indústrias e o Sistema S (Sesi/SENAI/SEBRAE/IEL), representa na Paraíba a Anicer, que é a Associação Nacional de Cerâmica e participamos diretamente nas convenções coletivas com o Sindicato dos Trabalhadores. Hoje, o Sindicer/PB reforçou ainda mais o seu papel para o aumento da sustentabilidade econômica do setor, através da redução da carga tributária. Fonte: Sindicer/PB.
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FEIRAS
Encontro do Nordeste será em junho no Piauí Edição deste ano do evento será nos dias 11,12 e 13 e terá foco nas visitas técnicas
9ª Convenção Nordeste ocorreu em Pernambuco e reuniu cerca de 250 pessoas
Convenção em 2014 ofereceu aos participantes dez palestras temáticas, além da exposição de equipamentos 20
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A 10ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha e o 20º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste serão realizado sde 11 a 13 de junho, no Rio Poty Blue Tree, no estado do Piauí. Neste ano, o foco maior será nas visitas técnicas. “Em todos os três dias estaremos disponibilizando transporte para que os visitantes conheçam as cerâmicas que participarão do evento”, contou o presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção (Sindicer-PI), Waldyr de Moraes Junior. Serão realizadas visitas técnicas em duas cerâmicas do Grupo Mafrense – Blocomar e Cermar –, na cerâmica Santana, na Cevvap e na cerâmica Barroforte. “Teremos visitas a empresa com altíssima tecnologia, fabricantes de telhas em forno túnel, fabricantes de blocos em forno túnel e fabricante de blocos em forno redondo”, contou Moraes. Estas visitas acontecerão na parte da manhã. “No período da tarde, teremos debates e palestras de temas importantes como Norma de Desempenho e NR-12, além da palestra magna no dia 12, abordando Inovação. Esta palestra será proferida por um dos maiores palestrantes do Brasil Alfredo Rocha”, disse o presidente do Sindicer-PI. Além das palestras e visitas técnicas, o encontro contará com exposição de equipamentos para cerâmica. “Conseguimos atrair para o nosso evento as empresas mais importantes do segmento. São fabricantes de marombas, boquilhas, fornos, secadores, automatismos, ou seja, todo o setor estará representado propiciando ótima oportunidade para o ceramista realizar o seu negócio”. Ao todo, serão 26 empresas participantes. O objetivo do evento, conforme o presidente do Sindicer-PI, é de possibilitar aos ceramistas da região a chance de conhecer as cerâmicas participantes, debater o setor e realizar negócios com nossos fornecedores. “Portanto, todo o evento será muito importante com as visitas, as palestras e o contato com nossos fornecedores”, finalizou. NC
A BOQCER BOQUILHA FAZ A DIFERENÇA NO MERCADO POR FABRICAR PRODUTOS DE ALTA DURABILIDADE QUALIDADE QUE FAZ A
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MEIO AMBIENTE
Sindicer/RN planeja estudo para reaproveitar resíduos
O Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção do Estado do Rio Grande do Norte (Sindicer/RN) pretende elaborar um estudo de viabilidade de uma cooperativa para tratar os resíduos sólidos da construção civil, como podas de árvores e resíduos de madeira em geral. O objetivo é disseminar alternativas sustentáveis para o
processo de produção da indústria cerâmica, visto que hoje reduzir custos com o uso de recursos naturais é uma necessidade para que uma empresa se mantenha competitiva. “Iremos estudar o reaproveitamento de resíduos de madeira da construção civil, como também as podas urbanas, pois o uso desses materiais é perfeitamente aplicável na queima de nossos produtos. Ainda estamos em fase de planejamento. O primeiro passo será uma visita a um projeto de sucesso no Paraná. O intuito é estimular os ceramistas a replicarem esse modelo de combustível sustentável”, disse o presidente do Sindicer/RN, Vargas Soliz Pessoa. Este estudo, conforme Pessoa, é importante, pois o setor está contribuindo para dar um destino adequado para estes resíduos, além de reduzir o uso da madeira proveniente da caatinga. O presidente do sindicato acrescentou que depois de serem beneficiados por meio de picotadores de madeira, esses resíduos se transformam em pequenos cavacos que servirão como combustível em fornos e caldeiras em substituição à madeira virgem. Para colocar a ideia em pratica, o Sindicer contará com a parceria Fiern, através do Coema (Comissão do Meio Ambiente), como também do Sebrae e do INT (Instituto Nacional de Tecnologia).
O setor Atualmente, o Rio Grande do Norte conta com 186 indústrias. O setor é responsável pela geração de aproximadamente 15 mil empregos diretos. A produção mensal em milheiros de produtos é de 111.163. Para esta produção, as fábricas consomem mensalmente 102.844 metros cúbicos de lenha, conforme dados do último diagnóstico feito pelo Sebrae em 2013. NC
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O Serviço Social da Construção (Seconci-SP) elaborou uma cartilha sobre saúde para trabalhadores da construção. Intitulada Viva Bem, a cartilha traz para a família do trabalhador da construção, de forma resumida e didática, orientações para uma alimentação saudável, informações sobre a saúde e alertas sobre as principais doenças que acometem homens, mulheres e crianças. Além disso, o material apresenta dados sobre diabetes, obesidade, hipertensão arterial, câncer de mama, útero e próstata, entre outras, e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), como o HIV e Aids. A tiragem inicial da cartilha é de 60 mil exemplares. O material será entre entregue a todos os pacientes que passarem pelos consultórios das 11 unidades do Seconci-SP no Estado de São Paulo e também nos eventos e ações nos canteiros que a entidade promove. “Ela está sendo entregue, prioritariamente, para todas as pessoas que passam por consulta em nossos ambulatórios médicos e odontológicos. Também estamos distribuindo a cartilha em eventos setoriais, principalmente os que têm caráter social”, contou a gerente
do setor de Comunicação e Marketing, Fatima Cardoso. Conforme ela, o Seconci-SP elaborou a cartilha por solicitação da equipe médica da entidade, tanto da Unidade Central em São Paulo como de suas Regionais no Estado, visando a conscientização dos nossos usuários para os problemas mais comuns e graves que afetam a nossa população. “O objetivo principal é que essa conscientização, que deve ser permanente, caminhe para a redução dos índices das principais doenças”, disse O benefício da cartilha é o usuário e seus familiares, que são basicamente os trabalhadores da construção do Estado de São Paulo. “Pretendemos, por extensão, atingir outros setores da sociedade. Achamos que essa cartilha é muito importante, não apenas para a construção, mas que essa conscientização em relação à saúde da população em geral deve ser uma atitude permanente, pois a prevenção é fundamental e minimiza problemas futuros”, disse Fatima. A cartilha pode ser solicitada ao setor de Comunicação e Marketing do Seconci-SP. O telefone é (11) 3664-3385. NC
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Seconci-SP elabora cartilha sobre saúde
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D E S E N VO LV I M E N T O
NTC investe em novas instalações no Paraná
Com o objetivo de melhorar o atendimento ao setor, o Núcleo de Tecnologia Cerâmica (NTC), no Paraná, investiu em novos equipamentos e frota de carros, além da criação de um setor de desenvolvimento e pesquisa com resíduos sólidos. “Em 200 metros quadrados, o NTC é dividido em recepção, sala de reunião, sala de amostras, sala de ensaios destrutivos, sala de ensaios dimensionais e físicos, sala de secagem e
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queima e sala de preparação de massa e extrusão”, contou o diretor técnico da empresa, Adilson Carlos Costa. Há quatro anos no mercado, o NTC presta consultoria em todo processo de fabricação de cerâmica vermelha, desde a jazida até a saída do produto final. “Fazemos ensaios completos em argilas, ensaio dimensional e físico em blocos vedação, estrutural, telhas e lajes. Além disso, adequamos processo de fabricação e produto acabado visando qualificação do PSQ”, disse Costa. O NTC fica localizado na cidade de Prudentópolis, mas atende todo país, com ênfase nos estados do Paraná, São Paulo, Recife, Maranhão, João Pessoa, Sergipe, Ceará e Mato Grosso do Sul. Atualmente, o Núcleo conta com cinco colaboradores. O objetivo do NTC é revolucionar e expandir o setor cerâmico de forma que torne-se cada vez mais sólido e subsistente para que possa haver competitividade entre outros setores, através de consultorias, planejamentos e desenvolvimentos sobre qualidade e produtividade. “Levamos conosco uma enorme bagagem de conhecimento teórico e prático para assessorar desde a jazida até a saída de produto”, finalizou Costa. NC
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D E S E N VO LV I M E N T O
Sincervale realiza Encontro Ceramista em Santa Catarina Evento foi realizado no dia 10 de abril, em Canelinha, e reuniu aproximadamente 150 pessoas
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O Sindicato das Indústrias de Olaria e Cerâmica para Construção do Vale do Rio Tijucas (Sincervale) realizou no dia 10 de abril um Encontro entre Ceramistas, em Canelinha, Santa Catarina. O evento contou com duas visitas técnicas, apresentação das empresas patrocinadoras, apresentação do site do Sincervale, uma explanação do Banco do Brasil sobre linhas de crédito, sorteio de brindes e um buffet para todos os presentes. O encontro ocorreu no Centro Recreativo Galeão e reuniu aproximadamente 150 pessoas. As visitas técnicas ocorreram nas cerâmicas Javima e Porto Galera. Na cerâmica Porto Galera, do empresário Aloir Alécio Dias, os ceramistas conheceram um novo forno instalado na empresa e fabricado pela Mecânica Costa, de Vargem Grande do Sul (SP).
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Segundo o proprietário da mecânica, Ivanildo da Costa dos Santos, o forno metálico tem capacidade para queimar 40 mil peças por vez, fazendo em média três a quatro queimas por semana, dependendo do material. Costa explicou que a parte de crivo do forno é um projeto simples, ou seja, muito barato. “Porém, as portas são de manta e acompanham o forno, o que torna o forno mais econômico”, acrescentou o proprietário da Mecânica Costa, empresa que está há mais de 15 anos no mercado e já fabricou mais de 50 fornos. Segundo proprietário da Cerâmica Porto Galera, Aloir Alécio Dias, a primeira queima com o novo forno ocorreu em abril. O empresário afirmou que já sentiu a diferença, pois teve maior economia de combustível em relação ao forno intermitente convencional. Além disso, Dias contou que houve redução de custo produtivo e maior aumento de produção. “O forno ainda possibilitou maior controle de queima, melhoria na qualidade dos produtos queimados, redução de horas de queima e controle do processo”, acrescentou. Dias comentou que, com o forno intermitente (garrafão) queimava em torno de 23 mil peças de 11,5x19x19. Hoje, com o novo forno, queima aproximadamente 50 mil peças de 11,5x19x19, fazendo duas queimas por semana. A cerâmica Porto Galera fabrica atualmente peças de acabamento, como elementos vazados, capa de murro, canaletas, tijolos aparentes e lajes, entre outros. Conforme Dias, que também é presidente do Sincervale, a proposta do encontro existe desde 2014 e o sindicato percebeu o quando tem dado certo. "Os empresários estão mais participativos e motivados. O Sincervale procura realizar este tipo de evento para oferecer meios de trazer informações, novidades e propostas aos ceramistas que possam fazer sua empresa melhorar e crescer”, disse ele. O evento teve como objetivo, conforme o presidente, unir o ceramista. “Os ceramistas não podem mais se olharem como concorrentes. Agora nós temos que ser parceiros, pois sozinhos não vamos a lugar algum. Hoje temos que nos unir para combater a concorrência, que são os produtos alternativos, como o concreto”, concluiu. NC
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D E S E N VO LV I M E N T O
Sindicatos de SC se reúnem para discutir sobre o setor Reunião foi realizada no dia 17 de abril, na sede da Fiesc, em Florianópolis
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Presidentes dos sindicatos de cerâmica vermelha de Santa Catarina se reuniram no dia 17 de abril para discutir sobre os principais gargalos do setor cerâmico no Estado. A reunião ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis. Esta foi a terceira reunião da Câmara de Cerâmica, formada pelos presidentes de todos os sindicatos do Estado filiados à Fiesc. O objetivo da câmara é tornar os sindicatos mais fortes. Participaram do encontro o presidente do Sindicato das Indústrias de Olaria, de Cerâmica para Construção, de Mármores e Granitos de Chapecó (Sicec), Gilmar Primo Badalotti; o presidente do Sindicato da Indústria da Cerâmica Vermelha de Morro da Fumaça (Sindicer/ MF), Sérgio Pagnan; o presidente do Sindicato de Indústria Cerâmica para Construção do
que o Governo vai comprar energia de todas as empresas que tiverem geradores próprios. A ideia é que estas empresas produzam energia para o sistema”, esclareceu. Além destes assuntos, foi discutida a realização de um mapeamento do setor. “Precisamos saber o que está acontecendo em nosso setor. Ou seja, saber informações sobre qual a produção do setor por região, quantidade de empregados, escolaridade dos funcionários, exportação, regime tributário, faturamento, cerâmicas sindicalizadas e cerâmicas não sindicalizadas, entre outras informações”, contou Como estão as vendas no setor, dissídio coletivo e a realização de uma feira em Morro da Fumaça no próximo ano também foram assuntos discutidos durante a terceira reunião da Câmara de Cerâmica. Os próximos encontros estão agendados para ocorrerem no dia 21 de maio, 18 de junho, 23 de agosto, 17 de setembro, 22 de outubro, 19 novembro e 10 de dezembro. NC
Sérgio Pagnan foi eleito presidente da câmara
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Vale do Itajaí, Centro, Norte e Planalto Catarinense (Sindicer/Rio do Sul), Claudio Luiz Kurth; o presidente do Sindicato das Indústrias de Olarias e de Cerâmicas para a Construção do Vale do Rio Tijucas (Sincervale/Canelinha), Aloir Alécio Dias; e o assessor e técnico cerâmico especializado na área de cerâmica vermelha e mineração Sandro Tavares Santos. Umas das pauta do encontro foi a eleição do presidente, que teve como eleito o presidente do Sindicer/ MF, Sérgio Pagnan. Ele comandará a câmara no biênio 2015/2016. Outro assunto abordado na reunião foi a solicitação de redução do ICMS para 3%. O presidente do Sindicato de Indústria Cerâmica para Construção do Vale do Itajaí, Centro, Norte e Planalto Catarinense (Sindicer/Rio do Sul), Claudio Luiz Kurth, comentou que em Santa Catarina existem em torno de 18 empresas que o regime de cadastramento é fora do simples, assim os custos estão muito desproporcionais, fazendo com que estas empresas fiquem com um custo mais alto, perdendo, inclusive, para outros setores, tornando inviável seu sistema. “Portanto, estamos buscando junto com a Secretaria da Fazenda uma redução no ICMS, com o objetivo que todas as empresas cerâmicas sejam beneficiadas com a redução do ICMS", explicou. Ele ainda informou que já foram realizadas duas reuniões na Secretaria da Fazenda e, na segunda, eles sinalizaram em torno de 5%. “A indústria iria pagar 5% do faturamento, e não iria se creditar de mais nada para o insumo dela. Porém, pelos números que foram levantados, 3% seria um número justo. Dessa forma, nós já estamos junto ao Sindicer/MF fazendo uma correspondência para levar junto a Secretaria da Fazenda para tentar lutar pelos 3%. Ou seja, para a empresa que sair do simples pagar 3%”. Outro assunto discutido foi a norma que fala sobre a absorção de água. Na reunião, Tavares comentou que a maioria dos fabricantes não consegue atender a porcentagem exigida pela norma para absorção de água, que é de 22%. Foi solicitado para ABNT uma revisão da norma para que a absorção de água seja de 25%. Também foi pauta durante a reunião a venda de energia elétrica. Tavares informou que a partir de junho o país passará por colapso de energia elétrica. “Já foi publicada a resolução de
Assessor e técnico cerâmico especializado na área de cerâmica vermelha e mineração Sandro Tavares
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ENTREVISTA
Gestão financeira e custos A entrevista especial deste mês é com a empresária e consultora Ana Alves. Com experiência em gestão empresarial por mais de 20 anos, é palestrante, instrutora e facilitadora, tendo ministrado cursos e palestras, além de consultoria, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Ceará, atuando, também, na Universidade Federal de Juiz de Fora e Universidade Federal do Ceará. Nesta entrevista, a empresária fala sobre gestão financeira e custos, planejamento estratégico, Business Plan e análises estatísticas, entre outros assuntos NC - As empresas do setor fazem planejamento financeiro? Ana Alves - O setor cerâmico vem passando por inúmeras transformações nas últimas décadas. Empresas, familiares em sua maioria, enxergavam a gestão empresarial como apenas um conceito subjetivo e muitas vezes distante do seu dia a dia. As decisões eram tomadas pelo “feeling” do proprietário, sem muita análise de seu histórico ou consequências destas decisões. O processo de inovação tecnológica crescente e o aumento da competitividade, principalmente, vem forçando a adaptação e mudança dos empresários quanto aos investimentos no setor. Neste cenário, no entanto, ainda percebemos uma marginalização do planejamento financeiro nas empresas, pois não é visto como prioridade em seu negócio e nem é tratado com a devida importância pelos gestores. NC - O que significa planejar? AA - Planejar é pensar, analisar, avaliar e criar ações estratégicas capazes de conduzir a organização ao sucesso. Planejamento financeiro, portanto, é criar um futuro desejável com informações do passado e condições do presente, preparando a empresa para as futuras crises e oportunidades. Quando a empresa não planeja onde quer chegar, qualquer lugar a que chegue será ao acaso. Um dos desafios de nossa consultoria, portanto, é conscientizar os empresários do setor sobre a importância de conhecer sua
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organização de forma completa e, fundamentalmente, conhecer suas informações financeiras a ponto de tomar decisões com baixo risco. NC - Qual a principal dica para desenvolver um bom planejamento financeiro na empresa? AA - Como já dizia um sábio da antiguidade: “Conhece-te a ti mesmo”. Muito mais do que uma dica, é uma necessidade que o empresário conheça de fato o seu negócio. Muitos empresários, por trabalharem há muitos anos no setor, e sempre da mesma forma, tendo informações do mercado e preço do produto, acreditam conhecer seu negócio. No entanto, quando questionamos sobre, por exemplo, quais suas metas de crescimento para o próximo ano, não ouvimos resposta. Para construir um bom planejamento financeiro, o empresário precisa admitir que isto é realmente importante para seu futuro e, em seguida, construir um base de informações de todas as operações financeiras da mesma. Registrando de forma sistematizada suas operações e classificando todas suas receitas e despesas, poderão, assim, analisar seu passado e projetar um futuro financeiro, levando em consideração também o que chamamos de ambiente externo à empresa: mercado, política, concorrência e demais forças externas. NC - O que é custo para uma empresa? AA - O custo de produção em uma empresa é o termômetro de sua lucratividade, além de
ENTREVISTA ser a referência principal para a formação do seu preço de venda. O custo deve ser levantado e analisado mensalmente, na medida em que sua variabilidade está diretamente ligada ao processo produtivo em si. Saber quanto custa meu produto é saber qual sua composição de gastos, é saber qual minha margem de lucro em relação ao preço de venda que pratico, é, enfim, ter a empresa em minhas mãos. NC - Como definir o preço de um produto? AA - Costumo afirmar que temos três métodos de formar o preço de um produto: descobrindo o preço do meu concorrente e decidindo o meu preço; jogando dados e decidindo por sorte ou conhecendo os meus custos de produção e definindo a margem de lucro que posso ter. A definição de custos, neste sentido, é o principal balizador do preço de venda, na medida em que passo a saber quanto estou ganhando, ou perdendo, em cada unidade vendida. O melhor processo de formação de preço é através do custo de produção e preço de mercado, avaliando o que é possível dentro do meu custo mínimo. NC - E Como definir preços, no caso de telhas e tijolos? AA - No caso de telhas e tijolos, portanto, a definição de preço passa, inicialmente, pela construção do custo de produção de cada item. Para isso, nossa metodologia implementa, na
empresa, uma série de controles de processos capazes de mensurar, ao final do mês, quanto custou produzir determinado produto e assim, saberemos a lucratividade real e podermos decidir sobre o preço a ser praticado. NC - Qual a importância de aprender sobre finanças? AA - O estudo de finanças compreende o registro e análise da vida econômica das organizações, metas a serem atingidas em determinado prazo, gerência das fontes de renda e dos investimentos destinados a gerar recursos que a sustentem. Por isso surge a necessidade de sua prática dentro das empresas, pois dessa forma o gestor poderá avaliar a situação da empresa, não só econômica, mas também se a empresa está vendendo bem, como anda o grau de inadimplência, poderá economizar em seus processos e atividades. É muito importante aplicar finanças em nossas empresas, de modo que elas realmente interfiram na composição de lucros, analisando suas obrigações a curto e longo prazo, seus investimentos, seus custos e despesas, transformando isso em uma rotina diária, observando através de suas demonstrações como e quando investir, bem como, analisar o que a economia fala, mostrando o mercado, suas variações e o que ela demanda para futuros investimentos. Uma empresa sem projeção financeira, sem controle eficiente, sem tomada de decisões não pode oferecer para
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ENTREVISTA
seu cliente um produto com qualidade, aliando bom preço e prazo de entrega. Dessa forma a empresa perde competitividade, abrindo espaço para a concorrência. NC - A falta de controle e falta de planejamento podem levar uma empresa ao fracasso. Nesse caso, o que uma empresa do setor cerâmico deve ter em mente quando o assunto é controle e planejamento? AA - Há alguns anos vivíamos a Era da Informação, com a democratização da internet, todos passaram a ter acesso a toda e qualquer informação. Atualmente, no entanto, vivemos a Era do Conhecimento que se reflete na atitude, ou seja, o que fazemos com tanta informação. O mundo vem se transformando em velocidade progressiva e assim também o mercado, as pessoas e as expectativas dos consumidores. É fato que não podemos mais administrar nossas empresas como nossos pais e avós faziam. Hoje as margens são menores e a competitividade cada vez maior. Assim, a única chance real de sobrevivência em um cenário tão dinâmico, caso sua empresa seja seu principal negócio, é controlar e planejar. Controlar seus processos produtivos e planejar de forma estratégica onde quer chegar. NC - Como o empresário pode fazer o planejamento de sua empresa? AA - Um passo essencial é a construção do Planejamento Estratégico. Planejar é pensar, antecipadamente, nas tendências internas e externas da organização, maximizando seus pontos fortes e solucionando seus pontos fracos. Para esta prática utiliza-se, com grandes resultados positivos, o Planejamento Estratégico que é uma metodologia de desenvolvimento de um Plano de Ação para a empresa buscar seu crescimento aproveitando as oportunidades do mercado e neutralizando as ameaças. O Planejamento Estratégico permitirá que a empresa defina qual sua razão de existir (Missão), onde quer chegar (Visão) e qual estratégia para alcançar seus objetivos (Plano de Ação). Assim, o Planejamento no setor cerâmico torna-se fundamental na medida em que o mercado encontra-se em transformação pelo surgimento de produtos concorrentes e pela crescente necessidade de investimentos em inovação tecnológica na produção. O planejamento não é uma previsão. Mas é exatamente por não podermos prever os acontecimentos
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que devemos planejar. NC - Como uma empresa de cerâmica pode ser bem-sucedida financeiramente? AA - Definir o sucesso, em si, é uma tarefa árdua e subjetiva. Enquanto sucesso para alguns empresários é atingir metas de crescimento anuais pré-determinadas em um planejamento estratégico, para outros pode ser conseguir apenas pagar suas contas ao final do mês. Do ponto de vista econômico e financeiro, o sucesso de uma empresa cerâmica é diretamente proporcional às suas conquistas anuais e crescimento econômico da mesma. Com um mercado mais ativo, um consumidor mais exigente e as margens de lucro mínimas, os desafios dos empresários do setor estão cada vez maiores. O grande diferencial é a construção de uma equipe capacitada e a busca de ajuda de profissionais competentes no setor, tanto na área técnica quanto de gestão.. NC - O que o ceramista precisa saber para vender de forma sustentável? AA - O termo “sustentabilidade”, nos dias de hoje, nos remete imediatamente a questões ambientais, energéticas e sociais. Porém, a sustentabilidade econômica na empresa também deve ser considerada de forma prioritária. Assim, vender de forma sustentável significa vender conhecendo sua lucratividade, conhecendo seus custos, tendo informação suficiente para decidir quais rumos tomar na organização. O ceramista, neste cenário, precisa implementar uma metodologia capaz de traduzir seus processos produtivos em dados que possam ser analisados, o que chamamos de indicadores de gestão. Construir esta base, passa por sabermos respostas para os seguintes itens: Se eu investir em novas tecnologias terei retorno? Em quanto tempo? É viável? Estou tendo lucro? Ter dinheiro em caixa significa que estou tendo lucro? Qual minha margem de lucratividade? Qual meu maior custo nos negócios? Produção? Distribuição? Lenha? Barro? Salários? Quanto o desperdício influenciou meu custo este mês? Saber identificar estas informações é ter o controle da empresa de forma sustentável, percebendo suas tendências e atuando estrategicamente em cada ponto. NC - Que tipos de processos de controles de custos e produtividade o ceramista pode implantar em sua cerâmica?
NC - O que significa Gestão Financeira? AA - Gestão Financeira compreende o registro e análise de todas as informações relacionadas ao uso de dinheiro nas operações da empresa, quer seja compras, produção, execução de serviços, despesas em geral, recebimentos, investimentos e retirada de lucro, entre outras. NC - Como o ceramista pode controlar e analisar os custos de sua cerâmica? AA - Importante deixarmos claro que o levantamento de custos, uma vez implantado na empresa, deve ser uma prática administrativa e financeira periódica. Deve ser feito mensalmente, com base em uma metodologia transparente com o levantamento de dados consistente e de forma bastante disciplinada. Os principais indicadores gerados nesta análise envolvem informações essenciais como: qual a produtividade, ou seja, a relação de tempo com número de tijolos crus produzidos; qual o tempo médio de secagem dos tijolos crus; qual a relação de perdas atuais; qual consumo de lenha na queima por milheiro; qual meu Fluxo de Caixa do período; qual tempo médio de preparação do barro; quais custos envolvidos em cada fase produtiva;
qual relação do volume do barro com o número de tijolos crus produzidos; qual o tempo de produção da máquina em todo processo, entre outros. A sugestão é que o processo de implantação da metodologia da análise de custos seja feita por um consultor em gestão, na medida em que podemos adaptar todo o processo de custos à realidade da empresa. NC - Como o ceramistas pode fazer o gerenciamento financeiro de sua empresa? AA - A primeira condição a ser atendida para se ter um gerenciamento financeiro eficiente é a organização, ou seja, o preparo para que todas as informações sejam conhecidas e estejam a disposição sempre que necessárias para a análise. O termo “controle” é um elemento da Gestão Financeira e, mesmo dando trabalho exercê-lo cotidianamente, é imprescindível, uma vez que possibilitará ao empresário obter o domínio da situação financeira da empresa. É importante que todos os valores de pagamento e de recebimento sejam registrados pela empresa. Essas informações irão auxiliar em tomadas de decisão futuras.
ENTREVISTA
AA - O primeiro passo é identificar o que a empresa possui de informações do setor de produção, criando controles de processos como produtividade real da maromba, consumo de barro por milheiro produzido e consumo de lenha na queima de um milheiro de tijolos, entre outros. Estas informações devem ser colhidas diariamente e repassadas ao controle de custos ao final do mês. Paralelamente, também devem existir ou serem implantados os controles financeiros. Estes, um pouco mais complexos, têm por objetivo mensurar os valores mensais dispendidos em cada conta de despesa da empresa. Para isso, utilizamos, normalmente, o fluxo de caixa, na medida em que traduz, diariamente, o fluxo de recursos da empresa, podendo ceder informações para a construção mensal do custo, como por exemplo, os salários de pessoal que trabalham diretamente na maromba, na queima, na administração e que devem ser ponderados no custo de acordo com a parte do processo produtivo. Por fim, todas as informações são concentradas em uma planilha de custos, que trará, como resultado, a informação precisa do custo do milheiro do tijolo ou telha ou o produto da empresa.
NC - Pensando em gerenciamento financeiro, quais rotinas, planilhas e ferramentas os ceramistas podem utilizar? AA - Para o Gerenciamento Financeiro de uma empresa pode-se utilizar recursos da informática, computadores, planilhas e programas, que contribuem em muito com a agilização, mas também podem ser utilizados controles mais simplificados, elaborados manualmente em cadernos e agendas. O importante é que em ambos os casos os controles sejam utilizados para análise do negócio. NC - Quais controles são esseciais na Gestão Financeira? AA - Como controles essenciais na Gestão Financeira dos ceramistas, podemos citar o Controle de Caixa, com registro de todas receitas e despesas da empresa e que deve ser conciliado diariamente com todos os recursos disponíveis na empresa. O fluxo de caixa é também um controle fundamental na gestão financeira. Este contempla os recebimentos e pagamentos previstos, inclusive também com previsão de vendas e de novas compras. Permite, ainda, uma análise das despesas por contas classificadas, ou seja, passamos a ter um histórico sobre os
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ENTREVISTA
percentuais de despesas principais como, por exemplo, qual porcentagem que a energia gasta na empresa representa nas despesas totais. NC - Qual a importância do fluxo de caixa dentro da empresa? AA - O fluxo de caixa é uma poderosa ferramenta de gestão financeira, pois é o registro das entradas e saídas de dinheiro na empresa, que tem uma função maior de planejamento financeiro, ou seja, ele indica quais decisões devem ser tomadas na falta ou sobra de recursos. Sem utilizarmos o fluxo de caixa, é praticamente impossível administrar a empresa financeiramente. NC - Como o empresário sabe qual o lucro de sua empresa? AA - Para saber o lucro, é preciso controle das vendas, dos estoques, e das despesas, sejam elas fixas ou variáveis. Uma recomendação é que, no caso das despesas fixas, seja utilizado o valor médio mensal, ou seja, o valor total de cada ano em relação aos meses de atividade em cada ano. As despesas fixas normalmente são aquelas que a empresa tem que pagar independentemente das vendas, por exemplo, aluguel, telefone, contador, salário do proprietário (pro labore), provisões (13º. salário, férias, manutenções, etc). O lucro de qualquer empresa, por conta das próprias operações, via de regra está nos estoques, nas contas a receber e até mesmo em investimentos já realizados. O gerenciamento financeiro permite sempre identificar quando o lucro estará disponível no caixa. NC - Que tipo de cuidados o empresário deve ter para não ter problemas financeiros? AA - Cuide de sempre receber as vendas realizadas, pois a inadimplência representa parte
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do lucro que poderá não estar à disposição da empresa. Cuide de evitar perda de mercadoria, matéria-prima, materiais em estoque, pois também significam perda de lucro. Tenha um bom planejamento de compras e gestão dos estoques para evitar que o lucro fique nos itens que não serão comercializados. Tenha rigor ao estabelecer o salário que o dono receberá (pro labore) e a disciplina de cumprir o que foi determinado. Muitos negócios têm problemas financeiros e estes muitas vezes estão relacionados com as necessidades financeiras de seus proprietários. O gerenciamento financeiro consiste também na apuração, no acompanhamento e na administração dos custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados. Tenha sempre o objetivo de reduzir esses custos, sem perder qualidade e eficiência, pois assim estará melhorando as margens de ganho. NC - Como o ceramista pode escolher os investimentos mais rentáveis dentro dos seus objetivos e perfil de risco? AA - Se a área da produção de uma empresa é o coração da mesma, a área financeira é todo o sistema sanguíneo da organização. A complexidade da área financeira deve ser valorizada e trabalhada com cuidado para que reflita a realidade do empreendimento. A análise de investimentos, portanto, é outro setor importante na gestão financeira. Sempre que um empresário moderno pretende realizar um investimento, seja em novas tecnologias para a produção com a aquisição de novas máquinas ou simplesmente um investimento no mercado financeiro, é muito importante que seja feita a análise de retorno do investimento. NC - Que ferramentas podem ser utilizadas para estudar a viabilidade de um investimento? AA - Uma ferramenta muito utilizada para o estudo de viabilidade de um investimento na compra de máquinas, reforma da empresa ou aumento da capacidade produtiva, por exemplo, é o que chamamos de “Business Plan” ou Plano de Negócios. O Plano de Negócios, como costumo afirmar, é a fotografia detalhada do novo investimento. Como uma planta de uma casa que está por construir, onde tudo deve ser planejado e pensado, o Plano de Negócios traduz em detalhes todas as ponderações do investimento, trazendo uma conclusão sobre a taxa de retorno do investimento.NC
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ARTIGO TÉCNICO
Características do resíduo de lavagem de bauxita para utilização na indústria de cerâmica vermelha Trabalho apresentado no 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica, de 19 a 22 de maio de 2013, em Natal, no Rio Grande do Norte
D. H. dos Santos1, J. A. da Silva Souza1, S. G e Gonçalves1, C. M. Azevedo, A. N. Macêdo1 1- UFPA Rua Silva Castro, N°: 541 – Bairro: Guamá
Resumo
A bauxita trata-se de uma rocha de coloração avermelhada, rica em alumínio, com mais de 40% de Alumina (Al2O3). A proporção dos óxidos de ferro determina a coloração da rocha. Assim, a bauxita branca contém de 2 a 4% de óxidos de ferro, diferentemente da bauxita vermelha que possui uma proporção que atinge cerca de 25%. A mina de bauxita de Paragominas está localizada no leste do estado do Pará. A mina iniciou sua fase de produção comercial em março de 2007, com capacidade de 5,4 milhões de toneladas por ano. A bauxita de Paragominas possui teores médios de 50% de Alumina Aproveitável, 4% de Sílica Reativa, granulometria abaixo de 65 polegadas e umidade de 12% a 13%. A mina utiliza o método strip mining de extração e tem usina de beneficiamento que inclui moagem e um mineroduto com 244 quilômetros de extensão para o transporte da bauxita, na forma de polpa com 50% de sólidos, à Hydro Alunorte. O beneficiamento da bauxita depende dos teores de concentração do minério, além de outras características e pode incluir a britagem, lavagem, etc., para que se torne adequado ao processamento posterior. Essas atividades, aliadas ao emprego de ciclones e peneiras de alta frequência, permitem aproveitar ao máximo a bauxita contida no minério bruto e separar boa parte das impurezas, como argila, sílica e outros resíduos. No ano de 2010, o estado do Pará irá
O beneficiamento da bauxita com objetivo de separar a sílica e a retirada do material argiloso, concentrando o minério em relação ao Al2O3, leva a produção de aproximadamente 30% em peso de resíduo, gerando até 10x106 ton/ano, é descartado na Mina de Miltônia pertencente a Hydro Alunorte no Município de Paragominas. Este material gentilmente cedido pela empresa foi submetido à caracterização fisioquímica com auxílio de análises por difratometria de Raios-X e Fluorescência e submetido aos ensaios para uso em cerâmica vermelha como: formação de corpos de prova padronizados e testes de secagem, queima visando a aplicação deste material na indústria cerâmica. O material mostrou-se formado principalmente de argila caulinitica com presença de mica e quartzo (SiO2), rica em minerais de ferro, principalmente goetita e limonita, com traços de hematita. Este material, rico em silico-aluminatos, possui grande potencial para ser utilizado em misturas com argilas da região para a produção de cerâmica vermelha, como mostra os resultados em misturas de até 60% em peso após a queima.
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Introdução
delo: UD150010.1LE, N° de série: 300579) - Prensa Hidráulica (Karl Kolb, modelo PW-40) - Peneiras (Marca: Bettel) - Forno Elétrico Redondo (Modelo SRT_ SRTP) Metodologia: Os materiais foram misturados em uma proporção igual a 60% de resíduo e 40%
Fotografia 1 Forma de moldes de aço 10 x 5 x 1 cm
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produzir 25.000.000 de toneladas de Bauxita (PINTO, 2009) Dentro do processo de lavagem da bauxita, é retirado principalmente um material argiloso e a sílica livre, esta lavagem gera aproximadamente 30% de resíduo que é caracterizado como uma mistura de argila e sílica semelhante as argilas cauliníticas encontradas na Amazônia com teor de álcali muito baixo e ferro em torno de 6% em Fe2O3 (SOUZA e NEVES, 2000). Este material, gerado em até 10x106 ton/ano é descartado na Mina de Miltônia pertencente a Hydro Alunorte no município de Paragominas, rico em silicoaluminatos, possui grande potencial para ser utilizado em misturas com argilas da região para a produção de cerâmica vermelha, como mostra os resultados em misturas de até 60% em peso após queima. Foram produzidos corpos de prova cerâmicos de 10cm x 5cm x 1cm que foram submetidos a análises de Densidade, Porosidade, Absorção de água, Retração linear e Tensão de Ruptura a flexão.
Fotografia 2 – Forma com o material sendo confeccionado
Materiais e métodos Materiais Os materiais utilizados foram o resíduo da lavagem da bauxita da Mina de Miltônia pertencente a Hydro Alunorte no Município de Paragominas e a argila retirada das margens do Rio Guamá. O resíduo da lavagem de bauxita foi seco em estufa a uma temperatura de 100°C durante 24h e a argila foi seca em estufa durante 24h a 100°C e depois foi desagregada em moinho de bolas por 20 minutos. Equipamentos: - Estufa de circulação de ar (Marca: Marconi, Modelo: MA 035/5, N° de série 101000540) - Moinho de bolas (Marca: Cimaq, Modelo:WORK INDEX, N° de série 005) - Balança Eletrônica (Marca: Urano, Mo-
de argila. Foram homogeneizados em uma bandeja e adicionou-se certa quantidade de água para ajudar na conformação dos corpos de prova que foram produzidos em forma de moldes de aço 10 x 5 x 1 cm (ver fotografias 1 e 2). Os corpos de prova foram colocados em estufa durante 24h a uma temperatura igual a 100°C e, posteriormente, sinterizados em duas temperaturas, 1100°C (ver fotografia 3) e 1200°C (ver fotografia 4). Após a sinterização, os corpos foram submetidos a ensaios físicos para determinação das propriedades cerâmicas do material - Testes Físicos (Propriedades Cerâmicas): Os teste físicos são de extrema importância, sendo através destes testes que se determina a qualidade do material. Os testes
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Fotografia 3 – Material sinterizado a 1100°C
Fotografia 4 – Material sinterizado a 1200°C foram realizado seguindo a seguinte ordem: 1. Retração Linear (RL) é utilizada para verificar a retração dos corpos após a sinterização, calculada através da seguinte equação:
Onde: L0 - comprimento inicial do corpo de prova em “cm” L1 - comprimento final do corpo após a queima em “cm” 2. Absorção de Água (Aa) é a medida de absorção de água obtida através da seguinte equação:
Mu - massa do corpo úmido em “g ” Ms - massa do corpo seco em “ g “ 3. Porosidade Aparente (Pa) determinada através da seguinte equação:
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Mi - medida do peso imerso do corpo em “g “ 4. Densidade (D) medida da densidade dos corpos calculada através da seguinte equação:
5. Tensão de Ruptura à Flexão (Trf), a medida de ruptura à flexão dos corpos foi determinada utilizando-se uma máquina desenvolvida no próprio laboratório por alunos como trabalho de conclusão de curso, e calculada utilizando a seguinte equação:
P - Força “Kgf” L - distância entre os pontos de apoio em “cm” b - largura do corpo de prova em “cm” h - espessura do corpo de prova em “cm”
Resultados e discussões A mistura foi sinterizada em duas temperaturas e os resultados dos testes físicos estão disposto na tabela 1. Podemos verificar que a retração linear e a porosidade estão muito altas, característica essa ocasionada pela presença gibsita que está presente em grande quantidade no material. Podemos verificar tal presença pelo resultado do difratograma de raios-x mostrado no gráfico 1. Verificamos também a presença
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de grande quantidade de caulinita, o que já era esperado, pois tal resíduo é gerado quando se está retirando este mineral da bauxita, para que quando a polpa de minério chegue ao processo Bayer a caulinita não possa one-
rar o processo sequestrando o NaOH. Existe também a presença de outros minerais importantes como a Hematita, a goetita e há a presença de quartzo, que é outro material danoso ao processo Bayer.
Tabela 1
Gráfico 1 – Digratograma de raio-X do resíduo da lavagem de bauxita
Conclusões - O resíduo da lavagem de bauxita se mostrou um material mostrou resultados satisfatórios mostrando que poderá ser utilizado na cerâmica vermelha, dando um destino a um material que seria nocivo ao meio ambiente. - A mistura feita com o resíduo e a argila mostraram uma alta retração linear e uma alta porosidade, característica essa relacionada ao teor de gibsita presente neste material. - Com o aumento da temperatura a mistura sofreu um aumento na sua densidade e diminuição na porosidade e absorção de água, ficando de acordo com a literatura e a retração linear, quando comparada ao corpo de prova sinterizado a 1100°C, teve um aumento significativo em seu valor.
Referências PINTO, L. F., 2009, “O Pará Mineral”, Jornal Pessoal, Belém, 10 de Outubro. SOUZA, J. A., NEVES, R. F., 2000, “Características do Resíduo de Lavagem de Bauxita de Porto Trombetas-Norte do Pará para utilização na Indústria Cerâmica”. In: 44° Congresso Brasileiro e do Merco Sul de Cerâmica, Águas de São Pedro, SP, Brasil. NC
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