Revista Novacer Edição 19 Novembro 2011

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Entrevista com o criador do forno Cedan, ceramista Paulo Dantas

Ano 2

Novembro/2011

Edição 19

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Queima consciente Cerâmicas do Ceará usam combustíveis renováveis

NovaCer ganha prêmio Top of Quality Brazil Nordeste tem atlas cerâmico Santa Catarina terá mais um sindicato de cerâmica


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SUMÁRIO

MEIO AMBIENTE 16: Cerâmicas do Ceará usam biomassa como combustível

EDITORIAL

DESENVOLVIMENTO

FEIRA

ENTREVISTA

12: Carta ao Ceramista

20: Novacer ganha prêmio Top of Quality Brazil

22: Congresso no Paraguai reúne mais de 150 pessoas

36: Tecnologia cearense

Conselho Editorial

revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869

Engº Edgard Más, Agenor de Noni Junior, Dr. Antônio Cubano Rissone, Engª Celina Oliveira Monteiro, Geol. Luciano Cordeiro Loyola, Harald Blaselbauer, Jamil Duailibi Filho, José Octavio Armani Paschoal, Luis Carlos Barbosa Lima, Paulo Henrique Manzini, Prof. Adriano Michael Bernardin, Prof. Sérgio Lanza, Sérgio Pagnan e Stefano Merlin.

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NovaCer • Ano 2 • Novembro • Edição 19

Diretor Geraldo Salvador Junior

direcao@novacer.com.br

Comercial Moara Espindola Salvador

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Administrativo Financeiro Wanessa Maciel

financeiro@novacer.com.br

Jornalista Responsável Aline Ventura - SC01781-JP

redacao@novacer.com.br

Jesus Cristo, O Messias

Diagramação & Arte Jefferson Salvador André Gil Jairo David

arte@novacer.com.br

Redação Aline Ventura | Juliana Nunes

redacao@novacer.com.br

Impressão Gráfica Coan Tiragem 3500 exemplares

Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


NOVEMBRO 2011 TECNOLOGIA

GESTÃO

54 : Inaugurado novo laboratório de cerâmica no Paraná

62: Cerâmica do Paraná recebe qualificação do PSQ

SUMÁRIO

www.novacer.com.br | twitter.com/#revistanovacer

Errata “Unicer de volta à Expoanicer”

Diferente do que foi publicado na matéria “Unicer de volta à Expoanicer”, na página 39, da edição 17, do mês de setembro de 2011, o entrevistado João Arnaldo não é o proprietário da empresa. João Arnaldo é Gerente de Vendas de Comércio Exterior da Unicer.

“Tecnologia alemã em cerâmica brasileira”

Diferente do que foi publicado na matéria “Tecnologia alemã em cerâmica brasileira”, na página 24, da edição 18 do mês de outubro de 2011, a nova unidade do Grupo Scarpinelli, em Jundiaí (SP), Gresca 3, começou a operar em setembro com a produção estimada em 9 mil toneladas por mês e não 9 milhões de blocos por mês como foi publicado. O engenheiro cerâmico que representa a Lingl no Brasil,l Moritz von Ysenburg, complementa que a capacidade do robô da Lingl é de 350 toneladas por dia.

“Movimento de qualidade”

A Revista NovaCer atentou-se a uma informação publicada na matéria “Movimento de Qualidade”, na página 17, parágrafo 8, da edição 18, de outubro de 2011, que trata sobre o assunto específico de vagonetas galvanizadas. Foram publicados trechos da entrevista com o Sr. Sérgio Ivan Contieri que não convém ser divulgados, o que gerou um desconforto ao setor. Nossa intenção, como editora de um dos maiores meios de comunicação da cerâmica vermelha é defender o setor e apoiar a profissionalização dos processos industriais. Nossa indústria dispõe de grandes empresas especializadas em fabricação de vagonetas galvanizadas que dominam o assunto como ninguém. Sempre apoiaremos a ideia de valorização dos nossos fabricantes de equipamentos que estão investindo pesado em suas empresas para a melhoria das cerâmicas.

ARTIGO TÉCNICO DESENVOLVIMENTO

24: Sindicer de Tocantins aguarda homologação do MPT 26: Santa Catarina terá mais um sindicato de cerâmica 28: Tecnologia em pauta na 5ª Stec 42: Nordeste tematlas cerâmico 56: Unibave promove semana acadêmica

44 Caracterização de massa cerâmica utilizada em indústria cerâmica de Goianinha - RN

CONSTRUÇÃO CIVIL

58: Ajuste fiscal reduz ritmo da construção

ECONOMIA E NEGÓCIOS 60: Cresce venda de cerâmica para os árabes

Fale com a NovaCer Comentários, sugestões de pauta, críticas ou dúvidas podem ser encaminhadas para os e-mails redacao@novacer.com.br ou direcao@novacer.com.br Na internet Todas as edições podem ser visualizadas no site www.novacer.com.br Anuncie na NovaCer Divulgue sua marca. Atendimento pelo e-mail comercial@novacer.com.br Assinaturas: +55 48 3045.7865

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Carta ao Ceramista A iniciativa das cerâmicas cearenses em optar pelo uso de biomassa e combustíveis provenientes dos planos de manejo para a queima ganhou a capa desta edição. A ação que tem diversos benefícios, entre eles, a preservação do meio ambiente e qualidade de queima, rendeu aos empresários vários prêmios que reconhecem as cerâmicas como sustentáveis. Atuantes no mercado de crédito de carbono, as empresas ajudam a mudar a imagem do setor, que há tempos assumiu o compromisso da reponsabilidade ambiental e se propôs a corrigir erros praticados no passado, que infelizmente, em algumas regiões ainda persistem. Publicado no mês de março pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o “Atlas de matérias-primas minerais cerâmicas do nordeste brasileiro”, reúne um cadastro com características e informações sobre a argila encontrada na região nordeste. O atlas é mais um referencial importante para o setor, que é tão carente de obras específicas como essa. Em breve, a Associação das Cerâmicas do Vale do Rio Tijucas e Camboriú (Acevale)

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dará lugar ao Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção do Vale do Rio Tijucas (Sincervale), no município de Canelinha. Santa Catarina passará a contar com três sindicatos. Mais de 100 cerâmicas integram a região de abrangência do Sincervale. A entrevista especial desta edição é com o vencedor de vários prêmios de inovação pela criação do forno Cedan. Paulo Dantas contou à NovaCer como foi o desenvolvimento do forno criado há 11 anos pelo ceramista. A equipe da NovaCer agradece o reconhecimento dos leitores por meio do prêmio Top of Quality Brazil, recebido no início do mês de outubro, na capital catarinense. Fomos premiados na categoria prestação de serviços. De acordo com o diretor da NovaCer, Geraldo Salvador Junior, o setor cerâmico é o principal detentor deste título, pois é a estrutura de nossa qualidade. Já estamos preparando a edição retrospectiva de 2011. Aguarde e aproveite a leitura! Os Editores

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MEIO AMBIENTE

Cerâmicas do Ceará usam biomassa como combustível Além de minimizar problemas ambientais, o uso de biomassa traz diversas vantagens para o ceramista

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Quando o assunto é meio ambiente, cada vez mais é notável o desejo de todo empresário de ter uma empresa sustentável. Como forma de por em prática este anseio, indústrias do setor de cerâmica vermelha têm se esforçado para preservar cada vez mais o meio ambiente. E uma das maneiras de contribuir com a atmosfera é pensar no combustível a ser utilizado na indústria cerâmica. Para minimizar os problemas ambientais, cerâmicas do Ceará optaram pelo uso de biomassa e combustíveis provenientes dos planos de manejo. Uma delas é a cerâmica Gomes de Mattos (CGM), em Crato. A empresa utiliza como energia térmica a biomassa proveniente dos planos de manejo florestal sustentável e combustíveis alternativos como pó de serraria, podas de árvore urbanas, podas de


sem nenhum plano de reflorestamento que compensasse o dano ambiental, mas agora o que é consumido de lenha nativa é proveniente de plano de manejo florestal. Sobre a biomassa, que é o combustível mais usado na cerâmica CGM, Dagonelle ressalta que o uso deste material trouxe redução de perda de material produzido, pois se passou a fabricar produtos mais uniformes, ou seja, com igualdade de queima e de boa qualidade. “Houve, também, redução da poluição por emissão atmosférica, pois o material de origem florestal de boa qualidade tem uma queima melhor e emite pouquíssimas partículas de fuligem”, relatou. Segundo o proprietário da cerâmica Torres-Sobral, Fernando Ibiapina, a empresa está instalando uma central de biomassa. Segundo ele, o combustível é 30% mais eficiente em termos de queima. “Estamos montando uma central de biomassa que deverá estar funcionamento em 30 dias”, informou. Para Sousa, da cerâmica Assunção, além de estar em dia com os órgãos ambientais, o uso de biomassa traz melhorias na qualidade dos produtos.

MEIO AMBIENTE

cajueiros, lenha de algaroba e eucalipto há aproximadamente dez anos. “A lenha de caatinga trata-se de um combustível renovável e sustentável, que está disponível na região. Além disso, é um produto que gera renda local. Quanto aos demais, são combustíveis descartados em áreas impróprias e hoje está gerando energia. A vantagem de utilizar esses combustíveis é o poder calorífico que os mesmos têm. Uns mais e outros menos, mas consideravelmente bons. Com a aquisição do pó de serraria, diminui-se o consumo de lenha nos fornos, pois ele rende e queima imediatamente após ser introduzido no forno contínuo. Hoje o uso da lenha é uma alternativa sustentável por se tratar de um combustível renovável e que atende ao protocolo de Quioto”, disse a tecnóloga em Saneamento Ambiental e responsável pelo setor de licenças ambientais da cerâmica, Dagonelle Gonzaga Lemos. Como forma de preservação ambiental, a cerâmica Assunção, em Aquiraz, também usa a biomassa na sua queima. Segundo o analista de sistemas responsável pelo projeto na unidade, Francisco Evanildo de Sousa, há aproximadamente quatro anos a empresa tem utilizado podas de cajueiro como combustível. Sousa informou que as principais vantagens deste combustível é o fato de ser renovável e de fácil acesso. Além destas, a Cerâmica Torres-Sobral, também leva em conta o uso do combustível quando o assunto é meio ambiente. A empresa utiliza lenha de planos de manejo florestal e resíduos de serrarias, construção civil e de indústrias em geral. “Usamos lenha por falta de opção de outro combustível e como usamos lenha manejada entendemos que desta forma estamos preservando a mata, pois a cada dez anos ela se renova. E a biomassa, por que além de ser um combustível que queima com mais eficiência teremos menos emissão de fumaça na atmosfera”, disse o proprietário da cerâmica, Fernando Ibiapina. De acordo com o engenheiro florestal da CGM, Stephenson Ramalho, a lenha nativa que é utilizada na cerâmica é usada em menor quantidade. Ele explica que, anteriormente, a origem dessa lenha era de desmatamentos

Em breve, uma central de biomassa deverá funcionar na cerâmica Torres

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MEIO AMBIENTE

Empresas sustentáveis no mercado Diversos prêmios na questão ambiental comprovam que a cerâmica Torres-Sobral e a Cerâmica Gomes de Mattos (CGM) são empresas sustentáveis no mercado. De acordo com Fernando Ibiapina, da Torres-Sobral, a empresa já recebeu várias premiações. Entre elas, o engenheiro civil destacou o Prêmio FIEC de Desempenho Ambiental, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, em 2009, e o prêmio Melhoria do Ar, do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) em 2010. Com produção mensal de 1,5 mil peças e há aproximadamente 30 anos no mercado, a Torres-Sobral atualmente trabalha com quatro fornos, um Hoffmam, dois Paulistinha e um Cedan de câmara. A área total da empresa, que fabrica blocos, lajes e elementos vazados, é de 9 mil metros quadrados. A cerâmica CGM também se destaca no mercado como sendo uma empresa sustentável. “Em março de 2011, recebemos o título de entidade colaboradora do Geopark Araripe, por contribuirmos com atividades de conservação, educação ambiental e geotu-

rismo”. Além disso, a indústria, que produz cerca de 3 milhões de peças por mês, já recebeu por quatro vezes consecutivas créditos de carbono, sendo em 2009 campeã no Brasil. “Isso ocorreu pelo fato da cerâmica ter reduzido emissões de carbono, através do trabalho voltado à eficiência energética no consumo de biomassa, a busca de combustíveis alternativos e renováveis, bem como a manutenção dos serviços socioambientais realizados pela empresa no âmbito regional”, esclareceu Dagonelle. Segundo a tecnóloga, a cerâmica deverá receber mais créditos de carbono ainda este ano. “Estamos com o projeto na plataforma para aprovação e provavelmente estará sendo aprovado ainda este ano”, disse Dagonelle. Há 24 anos no mercado, a CGM utiliza dois fornos Hoffman contínuo e um forno câmara. A empresa produz telhas, tijolos, lajotas e revestimentos, configurando um total de 22 produtos, pois existem modelos diferenciados para cada um, de acordo com a tecnóloga em Saneamento Ambiental, responsável pelo setor de licenças ambientais da cerâmica. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Novacer ganha prêmio Top of Quality Brazil Há um ano e meio no mercado, revista é reconhecida nacionalmente

Gerente comercial, Moara Espíndola, representou a equipe da NovaCer

A revista NovaCer recebeu no dia 7 de outubro, em Florianópolis, o prêmio Top of Quality Brazil na categoria prestação de serviços. Em sua 18ª edição, o prêmio reconhece e divulga Empresários receberam o certificado em Florianópolis (SC) no início de outubro

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o trabalho de empresários e profissionais que atuam com destaque e credibilidade gerando resultados positivos, que conquistam a melhoria da gestão e investem na área social e econômica do país, atuando em projetos sociais, geração de empregos e com excelência na qualidade nos produtos e serviços prestados. O prêmio foi recebido no Slaviero Hotel, na capital de Santa Catarina pela gerente comercial Moara Espíndola. A notícia foi comemorada pela equipe da NovaCer. Para o diretor da revista, Geraldo Salvador Júnior, quem ganha é o setor. “É fruto do trabalho em equipe na busca pela informação de excelência. O setor cerâmico é o principal detentor deste título, pois é a estrutura de nossa qualidade. Acima de tudo, acredito ser um presente de Deus”, disse. Receberam o Top of Quality empresas e profissionais de diversos segmentos atuantes no estado de Santa Catarina. O prêmio é promovido pela Cia Nacional de Eventos & Pesquisas que anualmente envia formulários de votação por meio de questionários a um banco de dados formado por empresas privadas e estatais de todo o país. Estas empresas indicam clientes, fornecedores, parceiros e outras empresas de diversos ramos de atividade. A votação também é feita por meio do site da companhia. Para a seleção, a organização escolhe e destaca produtos e serviços de empresas e instituições com as melhores condições de competitividade do mercado, com critérios que visem à qualidade. As categorias são comércio, indústria, profissionais. O evento é realizado anualmente em até três etapas nos grandes centros empresariais do país e trata-se de um reconhecimento espontâneo de opinião pública.


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Congresso no Paraguai reúne mais de 150 pessoas O tema deste ano foi Valorizando e priorizando o produto cerâmico Com o objetivo de reunir o setor, dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela qualidade da cerâmica e fazer um esforço para que a cerâmica seja um setor importante da economia nacional, o 4º Congresso de Cerâmica Vermelha foi realizado no dia 22 de outubro, em Assunção, no Paraguai. O evento, que ocorreu na União Industrial Paraguaia Santíssimo Sacramento, contou com aproximadamente 150 pessoas, entre conferencistas e expositores. O tema deste ano foi “Valorizando e priorizando o produto cerâmico”. “Elegemos este tema justamente porque a indústria ce-

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râmica está prestes a enfrentar um dos seus maiores perigos, que é a substituição da cerâmica vermelha por materiais não tradicionais e importados”, disse Maria Jose Gonzalez, uma das organizadoras do evento. Segundo a Câmara Paraguaia da Indústria Cerâmica (CPIC), foram 15 expositores. Do Brasil, estavam presentes na feira as fabricantes de máquinas e equipamentos Bonfanti, Boqcer Boquillas, Kromaq e Verdés. O encontro ainda contou com sete palestras. Foram elas, Serviços específicos para execução de curto e longo prazo do seguro social (IPS), Modelagem por extrusão de produtos cerâmicos, Reflorestamento para fins energéticos, Educação financeira, Controle de processos de produção da cerâmica vermelha, Qualidade e competitividade e Os benefícios da padronização de produtos para o desenvolvimento da indústria cerâmica. Para selecionar o conteúdo das palestras, foi levado em conta as necessidades


Boqcer Boquilhas foi uma das empresas brasileiras que participou do evento

FEIRAS

da indústria e a importância para o negócio dos temas desenvolvidos. A Boqcer Boquilhas, de Louveira (SP), foi uma das empresas brasileiras que participou do evento no Paraguai. “Nesse congresso conseguimos divulgar nosso trabalho e qualidade com uma palestra e exposição de alguns detalhes de nossas boquilhas. Os ceramistas ficaram muito contentes”, relatou o representante internacional da empresa, Demétrio Tassotti. Além disso, Tassotti informou que fez visitas em algumas cerâmicas de Assunção, para falar sobre a empresa. Em comparação com a feira do ano passado, neste ano, segundo Maria, o congresso teve acompanhamento de empresas que não estavam no ano anterior e mais palestras. “É um evento importante, pois é um dos setores bem organizados e unido. Com eventos como estes seguimos unindo e fortalecendo o setor”, relatou. O próximo congresso acontecerá em outubro de 2012, no Paraguai.

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D E S E N VO LV I M E N T O

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Sindicer de Tocantins aguarda homologação do MPT Fonte: Fieto

Empresários do Sindicato da Cerâmica do Estado do Tocantins (Sindicer-TO) reuniram-se no final do mês de setembro em assembleia extraordinária para discutir assuntos de interesse do setor. No encontro, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), em Palmas, os ceramistas discutiram temas como a homologação da entidade no Ministério Público do Trabalho em Brasília, convenção coletiva, assistência jurídica para os associados, impostos e as propostas do sindicato laboral (trabalhadores). O gerente da Unidade de Defesa dos Interesses da Indústria (Unidef), do Sistema Fieto, Jairo Mariano, falou sobre a importância da entidade estar regularizada. “A base de atuação de qualquer sindicato é, em primeiro lugar, a regularização junto ao Ministé-

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rio do Trabalho, pois a partir daí ele poderá requerer, no futuro, a inclusão como filiado ao conselho de representantes da Fieto”, observou. Mariano também destacou os benefícios das empresas estarem filiadas ao seu sindicato de representação. “Com a filiação as empresas irão conseguir diversos descontos, uma série de vantagens, que seguramente é fator de competitividade para elas atuarem com relação ao processo produtivo em si”, destacou. O presidente do Sindicer-TO, Edilberto da Silva Rocha, ressaltou o que deve mudar na prática com a homologação no Ministério Público do Trabalho. “A homologação do sindicato irá trazer vários benefícios. Nós teremos direito a voto na Fieto, teremos direito à cadeira, a mais representatividade e todas as ações do sindicato terão mais valia, por que tudo que vamos fazer, é alegado que o sindicato não tem registro”, disse. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O 26

Santa Catarina terá mais um sindicato de cerâmica Sindicato aguarda homologação do MTE para iniciar atividades

O estado de Santa Catarina em breve contará com mais um sindicato para indústrias de cerâmica. A personalidade jurídica do Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção do Vale do Rio Tijucas (Sincervale) está regularmente constituída. No entanto, precisa de homologação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para que possa praticar os atos típicos de sindicato. O pedido de homologação foi formulado e aguarda manifestação da autoridade competente. O Sincervale fica junto à Associação das Cerâmicas do Vale do Rio Tijucas e Camboriú (Acevale), que funciona na região desde 1993, no município de Ca-

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nelinha (SC). Segundo a diretoria da associação, a Acevale tem por finalidade a representação e a defesa dos interesses de seus associados em relação à atividade industrial - cerâmica - destes e de suas classes, especialmente promovendo ações estratégicas para fomentar o desenvolvimento, bem como para prevenir e combater problemas relacionados às respectivas atividades cerâmicas. A associação procura atender a todos os seus associados com a mesma igualdade com o objetivo não somente de promover os ceramistas e suas indústrias, como orientá-los e propor-lhes novos meios para que todo o município seja beneficiado. A Acevale, no entanto, será extinta em breve, sendo que o Sincervale ocupará seu lugar no município de Canelinha. Segundo a Acevale, de 104 cerâmicas, aproximadamente 70 são associadas ao sindicato. “O Sincervale está num momento de aperfeiçoamento da gestão administrativa do escritório. A gestão operacional será aperfeiçoada aos poucos. Com o sindicato, os projetos serão maiores, mais amplos e, claro, objetivando sempre o crescimento da classe econômica. Temos o objetivo de caminhar junto aos empresários buscando tudo aquilo que for do seu interesse e que possa melhorar a produção, a industrialização e as condições humanas da empresa”, relatou a diretoria do sindicato.


D E S E N VO LV I M E N T O

Até a criação do Sincervale, a Acevale trabalha em prol dos ceramistas. Entre as ações realizadas é possível destacar o EIA-RIMA - Estudo de Impacto Ambiental e Recuperação do Impacto Ambiental, projetos juntamente com órgãos ambientais e o curso de Gestão em Cerâmica, em andamento, que deve terminar em dezembro. O curso ofereceu formação a 35 empresários e envolveu mais de 100 colaboradores do ramo cerâmico. Atualmente, o estado de Santa Catarina conta com dois sindicatos fortes: o Sindicato da Indústria e Olaria da Cerâmica para Construção do Vale do Itajaí e o Sindicer de Morro da Fumaça.

Setor atuante na região do Vale do Rio Tijucas A região do Vale do Rio Tijucas conta com 104 cerâmicas. Destas, algumas com tecnologia mais avançadas. Segundo a Acevale, ainda existem muitos fornos modelo garrafão, paulistinha, mas algumas empresas usam tecnologia mais avançada, como fornos do tipo túnel, análise das matérias-primas na própria empresa e muitos equipamentos que começam a garantir uma produção equilibrada e com qualidade. A Acevale informou que apenas uma empresa na região tem laboratório na própria indústria. “As cerâmicas realizam as análises de seu material no laboratório do Senai/Tijucas. O custo com a implantação e com a manutenção de um laboratório é afetado em relação ao custo benefício na proporção da utilização e dos gastos com terceirização. Em muitos casos é mais viável economicamente a contratação desse serviço por empresas especializadas do que manter um laboratório na empresa”, disse a diretoria da associação. A maioria das cerâmicas da região é micro e pequena empresa. Segundo a Acevale, a mão de obra não é treinada, mas segue

a orientação interna da empresa, geralmente repassada pelo próprio proprietário. “É preciso admitir que há um déficit de mão de obra. As caraterísticas da atividade exercida pelos empregados não atraem as pessoas para essas atividades. Existem algumas cerâmicas que ainda trabalham com a mão de obra familiar, ou seja, pai repassando o conhecimento para os filhos, que repassam aos seus filhos e assim sucessivamente”. NC

Consultório odontológico dentro da Acevale presta atendimento aos funcionários, empresários e comunidade em geral

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D E S E N VO LV I M E N T O Presidente da Acervir, Amilcar Sontag, fez palestra sobre forno túnel

Tecnologia em pauta na 5ª Stec Evento levou ao público informações atualizadas sobre o setor cerâmico

Foi realizada de 18 a 21 de outubro, no Senai Mário Amato, em São Bernardo do Campo (SP), a 5ª Semana Tecnológica de Cerâmica (Stec). O objetivo do evento foi levar conhecimento tecnológico às diversas áreas da cadeia produtiva da cerâmica com a participação de palestrantes da própria indústria, além de promover a troca de conhecimentos da prática do dia a dia entre os participantes. Para o professor do Senai Mário Amato Rei-

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naldo Sutério, o evento, que teve a presença diária de 60 participantes, foi bastante produtivo. “A participação e interação entre palestrantes e público têm sido muito positiva e interessante para os diversos setores. A troca de informação técnica e o próprio relacionamento entre os participantes, além da ótima condição de desenvolvimento das técnicas e inovação que ocorrem nesses eventos trazem possibilidades diversas”, destacou. O empresário Amilcar Antônio Buldrin Sontag dividiu com o púbico da 5ª Stec, a experiência que teve com a implantação do forno túnel na cerâmica Mundi, em Salto (SP). “Como sofri muito com a implantação do forno em minha cerâmica, que é focada na produção de telhas, resolvi partilhar as minhas experiências com os interessados em entender o funcionamento do forno”.



D E S E N VO LV I M E N T O

Stec contou com público de 60 pessoas por dia

Na segunda vez que participou da Stec, o engenheiro mecânico Sontag, que também é presidente da Associação das Cerâmicas Vermelhas de Itu e Região (Acervir), focou os elementos constituintes do forno e suas funções no funcionamento e eficácia da queima, tema que, segundo ele, gera muitas dúvidas entre os ceramistas. Na palestra sobre o tipo mais moderno de forno do mercado, o ceramista explicou como avaliar o consumo térmico de um forno. O cálculo da eficácia de um forno é dado pela comparação entre o consumo teórico para a sinterização do material cerâmico e o consumo real. “Por exemplo, se um forno consome 20 metros cúbicos de lenha para sinterizar 12 mil telhas, que correspondam a uma massa total de 30 mil quilos, teremos 1 metro cúbico de lenha que é igual a 1,056 milhão de Kcal, que multiplicado pelos 20 metros dará 21,120 mi-

lhões de Kcal. Agora, se dividirmos as calorias gastas pela massa sinterizada teremos 704 Kcal/Kg. Esse valor pode ser comparado com o valor teórico de aproximadamente 205 Kcal/ Kg, que varia conforme o tipo de argila”, exemplificou Sontag. As principais características do forno túnel são do ponto de vista funcional, segundo o palestrante. O forno consiste em um túnel no qual as peças a serem queimadas se deslocam através de sua extensão. A zona de queima se localiza na parte central do túnel. “Do ponto de vista do consumo térmico, este forno é o que apresenta menor consumo energético, do ponto de vista técnico ele apresenta uma queima homogênea e ainda possui a facilidade de mecanizar ou até automatizar a carga e descarga do forno”, pontuou. Na avaliação do presidente da Acervir, o evento rendeu aprendizado e troca de conhecimento. “A semana tecnológica é um evento muito produtivo, pois reúne pessoas com larga experiência profissional. Ao mesmo tempo em que participo como palestrante, também aproveito para melhorar meus conhecimentos com os outros profissionais que participam do evento. Ainda sinto que muitos empresários deixam passar essa grande oportunidade de aprender e ter mais segurança na hora de investir. Creio que as pessoas estão acostumadas a pagar para aprender. Não vi ainda outro evento que disponibilize tanto aprendizado para os ceramistas como esse, que é voltado totalmente para a tecnologia”, elogiou.

Automatismo em foco “A importância da automatização nas cerâmicas” foi o tema da palestra do responsável pelo Departamento Comercial da Máquinas Man, de Marília (SP), Damião Mascarin Rodrigues. Pela primeira vez como palestrante da Stec, Rodrigues falou sobre a modernização das cerâmicas. Segundo Rodrigues, as características de uma cerâmica atual tem relação com o processo produtivo. “Os processos de produção modernos e a preocupação com o meio ambiente são pontos que dizem se uma cerâmica é moderna ou

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não. A extração de argila e a queima dos tijolos devem ser feitas de maneira que não agridam o meio ambiente. Ter todos os processos mecanizados e automatizados contribui para que não se tenha perda de material, energia, e etc. Todos esses fatores fazem com que se baixe ao máximo o custo dos produtos e a mão de obra, desde o preparo da massa até a queima e posteriormente a embalagem”, destacou. Durante a palestra, Rodrigues apresentou ao público automações em linhas de produção na cerâmica como o robô paletizador e


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O que seria das empresas, produtos e mercados sem o exercício de encontrar um novo olhar para as mesmas soluções, sem o hábito de planejar caminhos alternativos, novas rotas para crescimento, atendendo as necessidades de novos clientes, seja qual for o seu porte? A TEXFIBER preza pelo comprometimento com a qualidade e sua gama de serviços. Usamos a criatividade, a cultura do planejamento e o desprendimento para buscar o novo. Inovar, investir, planejar e automatizar são palavras para os próximos 30 anos da Indústria de Cerâmica Vermelha.


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Interação entre palestrantes e público foi um dos detaques do evento

o automatismo de carregamento de telhas em vagonetas. A busca por informações sobre automatismo no setor ceramista tem crescido nos últimos anos. A nova geração de ceramistas, na opinião de Rodrigues, está antenada nos meios tecnológicos, porém a conscientização sobre a necessidade da modernização não tem idade. “Todos que veem um vídeo de algum robô ou automatismo ficam bastante interessados em aplicar essa tecnologia em suas cerâmicas. E não precisa ser muito jovem não, pois há vários ceramistas com anos de experiência bastante conscientes dos benefícios da automatização”, avaliou. Para ele, o automatismo é a tendência. “Creio que tudo tem seu tempo, pois temos vários casos de filhos (de ceramistas) que querem automatizar a cerâmica e os pais (proprietários das cerâmicas) relutam. Mas não

adianta, conforme vai passando o tempo, pai e filho entram em acordo e acabam automatizando os equipamentos”, considerou o palestrante que é filho do empresário e projetista de equipamentos para cerâmica, Matheus Rodrigues, da Máquinas MAN. Eficiência energética, automatização, melhoria da competitividade e inovação na construção foram os principais assuntos da Semana Tecnológica, o que mostra o crescimento da indústria de cerâmica vermelha. “O setor no Brasil deu um pulo muito grande de uns anos pra cá, abrindo oportunidade para vários fabricantes de equipamentos e ceramistas. Daqui em diante a tendência é modernizar cada vez mais a linha de produção, diminuindo a mão de obra e fazendo com que os equipamentos e automatismos produzam cada vez mais”, opinou Rodrigues. Sobre os pontos positivos do evento, o representante da Máquinas Man destacou a oportunidade de conhecer pessoas, trocar ideias, assistir palestras de grandes fabricantes do setor e palestrantes de renome. “É um evento anual que a cada edição ganha mais força. Na Stec se reúnem muitas pessoas entendidas com quem podemos trocar informações e discutir o que se espera da cerâmica vermelha daqui pra frente, pois participaram engenheiros, arquitetos, ceramistas e alunos do curso, que podem facilmente se tornar gerentes de uma cerâmica ou até mesmo proprietários”, elogiou.

Secagem e queima mais modernas Princípios da secagem, secadores industriais para cerâmica vermelha, princípio de queima e forno túnel de chapa foram os assuntos abordados pelo diretor da Direxa do Brasil, empresa do Grupo Qualicer, Clement Cadier, em palestra na 5ª Stec. Formado em engenharia cerâmica na França, Cadier tem cinco anos de experiência em desenhos, dimensionamento e construção de fábricas completas para tijolos e telhas. De acordo com Cadier, existem várias tecnologias de secagem e queima que devem ser usadas em função de cada tipo de produto e matéria-prima. Quando se fala de se-

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cagem e queima, segundo ele, o que há de mais moderno hoje são os secadores rápidos de balancim, os secadores sobre vagão de forno com extrusão a duro, os secadores com autoviajantes tipo cone com motorização externa e o forno túnel de alta pressão de chapa e concreto. “Qualquer que seja a tecnologia utilizada é importante ter um controle do processo com sensores e dampers monitorados automaticamente por um PLC”, avisou o engenheiro. Cadier dividiu os secadores em grandes famílias que são a secagem natural com tempo que varia de 48 a 72 horas; o secador com


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construção mais rápida, maior homogeneidade e qualidade de queima, menor consumo dada à perfeita vedação com a solda da estrutura de aço, facilidade de regulagem totalmente automática e teto plano, que permite maior facilidade no carregamento automático do vagão e minimiza a passagem preferencial do ar na parte superior da carga. Para o especialista, o fato de uma cerâmica ser automatizada não basta para ela ser considerada moderna. “É preciso considerar o controle do processo. As cerâmicas modernas têm recursos para poder controlar os diferentes processos de fabricação da cerâmica vermelha”, completou. Foi a primeira vez que o engenheiro participou da Stec e ele espera que não tenha sido a última. “Esse tipo de evento só pode ser positivo para a cerâmica vermelha do Brasil, principalmente a longo prazo, pelo fato da grande participação de jovens. O setor está em uma fase de transição. O mercado está bom e há boas perspectivas para os próximos anos, pois os ceramistas estão investindo e tentando melhorar suas instalações”, finalizou. NC

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vagonetas e autoviajantes com 24 a 48 horas de secagem; o secador com autoviajantes moderno com 16 a 28 horas; o secador de câmara com 24 a 48 horas; o secador rápido de balancim com 2 a 5 horas e o secador túnel sobre vagão de forno com extrusão a duro com tempo 15 a 30 horas. “Cada tipo de secador e princípio de secagem tem a suas vantagens e desvantagens. O importante é ter os recursos para poder regular e controlar a secagem com cada tipo de argila e produto”, alertou. O forno com chapa casing, apresentado pelo engenheiro, é um forno túnel com uma estrutura particular em moldes. Cada molde é composto por uma chapa, concreto isolante e concreto refratário. A chapa tem a função estrutural e de lacre. O teto plano do túnel é estruturado pela chapa dobrada que tem a inércia necessária e os moldes são soldados continuamente um ao outro. “O resultado é o revestimento do forno perfeitamente lacrado impedindo fugas e permitindo um trabalho de alta pressão”, disse. Comparado ao forno túnel de alvenaria tradicional, este forno tem sua

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Tecnologia cearense NovaCer - Desde quando o senhor é ceramista e o que produz? Paulo Dantas - Sou ceramista há 25 anos, comecei produzindo só telhas extrusadas, depois blocos e telha prensada. Com a telha prensada fui pioneiro na região. Fiz o curso de Engenharia Elétrica, porém no penúltimo semestre tive que vir para o interior e acabei não concluindo o curso. NC - O que o atraiu para trabalhar no setor de cerâmica vermelha? PD - Um amigo me convidou para gerenciar uma cerâmica que estava com problemas. NC - Desde quando estuda e busca melhorias para o processo de produção da cerâmica vermelha? PD - Assim que comecei a trabalhar com cerâmica percebi que havia muitos processos arcaicos e que poderiam ser melhorados. Logo busquei conhecimentos técnicos em bibliotecas e cursos especializados em cerâmica vermelha.

O vencedor de vários prêmios de inovação pela criação do forno Cedan, Paulo Dantas, é ceramista há 25 anos no Ceará. Nesta edição ele deu uma pausa no trabalho para contar à NovaCer como surgiu a ideia de desenvolver o forno, como foi o processo de criação e deu detalhes da invenção, que desde o projeto piloto, já tem 11 anos. Dantas também falou um pouco sobre sua experiência no setor de cerâmica vermelha e como vê o setor no Ceará e no Brasil.

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NC - De acordo com sua experiência, quais são as maiores dificuldades dos ceramistas com relação ao processo produtivo de telhas e tijolos? PD - A grande dificuldade dos ceramistas é a falta de conscientização de que é necessário mudar, procurar novas técnicas, tanto na área de produção como na de gerenciamento, principalmente no setor pessoal. Eles precisam se conscientizar de que os problemas estão nas pontas, preparação de massa e queima dos produtos. Resolvendo esses dois itens, praticamente os problemas do processo produtivo se resolvem, e hoje temos vários recursos para isso. NC - O valor investido no combustível utilizado por uma cerâmica corresponde a quantos por cento do custo total do produto? Qual deve ser a porcentagem ideal? PD - Segundo algumas literaturas, no Brasil esse índice, em geral para fornos comuns, fica na ordem de 30 a 35% do custo do produto. Para sistemas rudimentares, mas bem contro-


NC - E o forno corresponde a quantos por cento do investimento em uma cerâmica atualmente? PD - Claro que essa relação vai variar em proporção à tecnologia que o empresário irá aplicar em suas instalações, mas em regra geral, próximo de 25 a 40% do total. NC - Quais são os tipos de fornos mais utilizados pelas cerâmicas vermelhas no Brasil? PD - Os fornos mais ultilizados são roffmann, redondos e retangulares de abóbodas, paulistinha, túnel e caieiras. NC - Quais são os tipos de fornos mais modernos e quais os tipos mais antigos? PD - Os mais antigos que conheço são os caieiras, fornos abertos em que o fogo é ateado por baixo do material e fica aberto no topo para a saída dos gases. Tem grande consumo de combustível e uma eficiência péssima na qualidade dos produtos. Os mais modernos que conheço para cerâmica vermelha são os fornos túnel, em que a região de queima fica estática e o material se move sobre vagonetas. Esse processo traz boa economia, mas é muito caro e necessita de bastante controle técnico. Outro muito moderno que está entrando no mercado de cerâmica vermelha é o forno a rolo, muito ultilizado por cerâmicas de piso, mas ainda pouco divulgado. NC - Quais são os mais econômicos? PD - Os fornos quanto mais modernos mais econômicos e pouco agressivos ao meio ambiente nas emissões de particulados pesados. Os fornos túnel e de câmaras (tipo cedan) são os mais econômicos. NC - Por que o nome forno Cedan? PD - O nome Cedan foi sugerido pelo Instituto Euvaldo Lodi juntamento com a Federação das Indústrias do estado do Ceará, pois em 2007 fizemos um trabalho de consolidação do forno Cedan juntamente com o Governo Federal, através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e essas instituições de apoio. Como o nome da minha empresa cerâmica é Cedan, o nome veio por consequência.

NC - Quando e por que surgiu a ideia de desenvolver o forno Cedan? PD - A construção do forno Cedan aconteceu por necessidade. Como já foi dito, o combustível é muito representativo no custo dos produtos, como também na qualidade e na poluição ambiental. Com essa visão de se tirar proveito desse item de custo do produto, tentei encontrar um forno que unisse custo benefício a todos esse fatores. Seguindo o princípio do forno roffmann foi feito o primeiro protótipo do forno Cedan, todo desenhado e imaginado por mim. O sucesso foi total, só que um projeto ainda muito caro em função da sua forma construtiva. Veio o segundo modelo em que juntei todos os melhores requisitos do anterior com uma construção bem mais barata. Nesse modelo encontrei o apoio do Governo Federal através da Finep com a grande contribuição do IEL e outras instituições. Todas foram importantes, Sebrae, Universidade Federal do Ceará, Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec), mas vale ressaltar o empenho do IEL.

ENTREVISTA

lados, esse custo é para ficar entre 5 a 7%.

Quanto mais modernos os fornos, mais econômicos e pouco agressivos ao meio ambiente NC - Quanto tempo o senhor levou para desenvolver o projeto do forno? Qual foi o maior desafio? PD - A primeira elaboração levou oito meses. A segunda mais seis meses. O maior desafio foi na própria estrutura do forno, pois tive que fazer passagens de ar de forma que não comprometessem a estrutura do forno, pois o grande problema são as dilatações térmicas que podem destruir o forno e comprometer seu funcionamento e vida útil. NC - Foi difícil? Algum imprevisto durante a elaboração do projeto? Pensou em desistir? PD - Não achei muito difícil. Tem algo em nós que não se explica a não se por mão de Deus. Tive noites de dormir com um problema e acordar pela madrugada com a solução. Acendi a

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ENTREVISTA

luz e anotei para não esquecer. Acredito muito em dons de Deus. Nunca passou pela minha cabeça desistir. NC - Se fosse elaborar o forno Cedan hoje, o que modificaria? PD - Já tenho uma versão que não tem crivo nem cinzeiro, sempre estou aperfeiçoando o projeto. Tudo hoje é uma constância de melhorias. Costumo dizer que todo projeto quando em funcionamento já está obsoleto, tem como melhorar e sempre é assim. NC - Qual era na época o diferencial do forno Cedan? Isso perdura até hoje? PD - O grande trunfo é a economia de combustível aliada à baixa poluição ambiental, o que cada vez melhora mais. NC - Qual o tamanho do forno e como ele funciona? Quantas câmaras integram o forno? PD - O tamanho do forno depende de fatores a serem predeterminados como a quantidade de peças a serem queimadas e tempo de sinterização do material. Cada caso é um caso. Para se ter uma ideia, hoje tenho forno com 12 a 24 câmaras nas dimensões que variam de 3 metros x 5 metros a 3,7 metros x 12 metros. Seu funcionamento baseia-se em aproveitar todo calor gerado no seu interior com o menor índice de perda de calor possível. O que mais gera economia no forno é o aquecimento do oxigênio que vai para a câmara que está queimando e passa pelas câmaras anteriores já queimadas. Nessa fase o oxigênio aquece e quando chega à zona de combustão já chega com bastante temperatura sofrendo um acréscimo de combustível para elevar até o patamar desejado (por volta de 850ºC). Passa por todo o material e segue para as câmaras seguintes aquecendo-as e esfriando. Quando chega à chaminé, essa temperatura fica na faixa de 60ºC. O ar tem que entrar frio (temperatura ambiente) e sair para a chaminé frio. NC - Qual combustível utiliza? PD - O combustível pode ser qualquer tipo. Esse forno já fica pronto para todos os tipos. Tenho ele queimando lenha grossa, fina, cavaco, serragem, coco de todos os tipos e também pode ser gás natural e óleo de todas as marcas.

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NC - Qual o tempo de queima? PD - O tempo de queima vai depender do tempo de sinterização de cada argila, que depende das características físicas e químicas de cada uma. Existe uma variação, mas o tempo médio é de 15 horas em cada câmara. NC - Quanto tempo leva para ser construído e como é construído? PD - A construção de um forno não pode ser em um tempo inferior a seis meses, pois a argamassa que praticamente é só argila com silte necessita de um tempo para secagem para adquirir resistência a dilatações. NC - Como é a manutenção do forno? PD - Sua manutenção é muito simples e barata, mas é claro que a construção e o material empregado vão alimentar ou diminuir essa manutenção. Em geral, bem mais simples que os fornos convencionais. NC - Como é a operação do forno? PD - A operação do forno pode ser manual ou automatizada. Hoje temos os dois tipos funcionado muito bem. Sua queima pode ser por cima ou pela lateral com lenha grossa ou fina. Normalmente se emprega um só alimentador de fogo por turno. NC - O que mais chama a atenção na eficiência do forno Cedan? PD - O maior resultado do forno realmente é seu consumo aliado à baixa poluição e à boa qualidade dos produtos. Em geral, seu consumo fica em 0,4m/st (estéreo) por mil peças de blocos 9x19x19 e 0,6m/st por mil peças de telha extrusada de 1,35 quilos a peça, com um resultado acima de 95% de peças de primeira qualidade utilizando-se lenha. NC - De que forma acontece o maior aproveitamento das peças de primeira qualidade com relação ao dimensionamento e às cores? PD - A qualidade da coloração e dimensionamento é em função da distribuição de calor mais homogêneo proveniente de uma distribuição melhor na zona de queima aliada a uma extração forçada por um exaustor de 15cv, que fica ligado à chaminé.

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Cermack/Fenix lançam extrator automático para telhas com regulagem externa das facas do rebarbador Com as facas independentes é possível a regulagem do rebarbador da mesma forma que é feita com o sistema manual. Este é o grande diferencial do equipamento, que permite uma regulagem perfeita no recorte da rebarba das telhas. Qual ceramista que após a instalação do extrator de telhas automático não teve e tem problemas na regulagem do rebarbador? Normalmente quando não se consegue uma regulagem perfeita do extrator, os fornecedores de automatismo logo culpam os fornecedores de formas, “as formas estão empenadas”. Então na tentativa de ajustar o extrator, os fornecedores de automatismos normalmente usam a lixadeira para rebaixar as formas ou solda para preencher os espaços para fechar o vácuo. Na maioria dos casos danificam as formas, isso porque os extratores oferecidos têm rebarbadores fechados, com uma membrana interna para criar o vácuo, assim a faca do rebarbador é construída numa única peça, o que torna quase impossível a regulagem, pois o cabeçote do rebarbador não tem recursos para ajustagem. Uma das vantagens do extrator automático Cermack/Fenix é que mesmo com as prensas desgastadas e desreguladas, o sistema evita problemas de rebarbas muito grossas ou corte nas telhas. Outra vantagem é a possibilida-

de de trocar o modelo de telhas sem a necessidade de fabricar um novo cabeçote com a membrana. “Basta substituir o estampo”. O cliente ganha tempo e economia, pois no sistema de rebarbador fechado é necessário enviar um par de forma para o fabricante, que normalmente pede até 150 dias para fabricar um novo cabeçote”. Outra vantagem é que neste sistema de extração através de ventosas não ocorre empenamento das telhas, pois é possível instalar , duas, quatro ou seis ventosas dependendo do modelo e tamanho da telha.

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NC - Até hoje quantos fornos Cedan já foram comercializados? Em quais estados ele está em funcionamento? PD - Hoje tenho fornos em muitos estados, como Ceará, Bahia, Pernambuco, Paraná, Maranhão, Piauí, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, Acre e Rio Grande do Norte. Um total próximo a 60 fornos. NC - O forno é acessível com relação ao preço? PD - O custo do forno em relação a outros é muito acessível, pois o investimento retorna em um prazo máximo de 20 meses. Só pelo que se deixa de comprar de combustível, fora os outros resultados com qualidade e mão de obra. NC - Quantos e quais prêmios o senhor conquistou pelo desenvolvimento do forno Cedan? PD - Segundo lugar da etapa nordeste do Prêmio Finep de inovação tecnológica em 2006 e primeiro lugar em 2007. Também em 2007 recebi a menção honrosa pela Finep e em 2008 o segundo lugar na categoria “Inovação e Produtividade” do Prêmio CNI. Ainda a premiação de reconhecimento pela Petrobrás em 2007 e a patente pela empresa Tavares marcas e patentes. NC - Como se sente pela criação de uma inovação? PD - É bom poder contribuir com o social, principalmente com uma classe tão desassistida de tecnologias condizentes com sua realidade financeira, pois o setor de cerâmica vermelha é um setor de poucos recursos e, no entanto, muitíssimo importante para a sociedade, pois

quem de nós não utiliza cerâmica vermelha para seu conforto em seu habitat familiar. Com essa expressão, sensibilizei um público e um jurado em Brasília na época que defendi meu projeto. Mas tudo tem seu preço. Hoje sofro com pessoas próximas que me tratam com desprezo. Segundo especialistas, existe na humanidade a falta de reconhecimento de pessoas que temos como amigos e me sinto em momentos incomodado. Sempre sou muito bem reconhecido por outras comunidades.

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ENTREVISTA

NC - Já criou outras invenções? Considera-se um inventor? PD - Sempre tive ideias inovadoras. Uma delas, que muito contribuiu para o setor de telha extrusada foi o cortador das rebarbas. Tive a ideia do fechamento e abertura da telha ao sair da extrusora através de dois carretéis deslizantes hora a ponta da telha, hora a cabeça. Essa invenção foi genial e simples, mas fundamental para se chegar a uma automação no cortador para telhas extrusadas. Tenho muitas ideias, não sei se sou um inventor. As pessoas me chamam assim, mas não gosto de me classificar.

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NC - O senhor costuma fazer palestras pelo Brasil para divulgar o forno Cedan? Em quais lugares e eventos já palestrou e como é o retorno por parte do púbico? PD - Já realizei várias palestras no Sebrae, sindicatos, associações, prefeituras e colégios. É uma sensação muito prazerosa, pois sou muito ouvido, o tema chama bastante atenção e sou muito solicitado durante a palestra e após, nos bastidores. NC - Como está atualmente o setor de cerâmica vermelha no Ceará? PD - O setor cerâmico no Ceará está cada dia mais organizado através de associações e sindicatos com muitas promoções de eventos, feiras e seminários. Hoje já contamos com arranjos produtivos locais, o que melhorou muito a sensibilidade dos empresários para a busca de novas tecnologias. Como o Brasil todo, este setor está expandindo muito, as empresas que existem estão ampliando suas capacidades de produção e surgindo outras novas. NC - O que tem a dizer sobre o setor de cerâmica vermelha no Brasil? Quais suas expectativas para os próximos anos? PD - Acreditamos que esse mercado fique estável até o ano 2016, mas ando muito pelo Brasil e me preocupo com o aumento de produção e novas empresas que surgem. Não podemos dimensionar esse crescimento de oferta de produto. Outro fator a levar em consideração são as crises internacionais que são imprevisíveis. Aconselho a quem fizer investimentos no setor que seja a curto prazo. A longo prazo que os investimentos sejam com pagamentos bastante suaves para que não tenha surpresa pela frente. Hoje temos linha de crédito com juros bastante atraentes e operacionais. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Nordeste tem atlas cerâmico Obra levanta oportunidades mineroindustriais a partir da caracterização de novos depósitos Com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) desenvolveu, entre 2009 e 2010, o projeto “Atlas de matérias-primas minerais cerâmicas do nordeste brasileiro”. O trabalho teve como objetivo cadastrar, caracterizar e disponibilizar informações que contribuam para um atendimento adequado das necessidades de consumo da região, bem como concorrer com indicações tecnico econômicas que ampliem as atividades extrativas e de transformação do setor mineA obra, gratuita, deve ser solicitada à CPRM

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Fonte: CPRM

rocerâmico do nordeste. Segundo o chefe da Divisão de Minerais e Rochas Industriais da CPRM, Ivan Mello, há mais de duas décadas têm sido marcantes os processos de interiorização da indústria cerâmica tradicional brasileira e com crescimento acima das taxas médias dos índices econômicos. Nesse contexto, a indústria cerâmica do nordeste brasileiro registra participação expressiva no atendimento à demanda regional e na troca de matérias-primas e produtos com produtores e consumidores de outras regiões do país. Os aspectos anteriores vêm sendo reforçados, mais recentemente, a partir da estabilização da economia nacional, do cenário econômico interno favorável, da ampliação do consumo, do maior atendimento à demanda habitacional reprimida, e do lançamento de programas governamentais de fomento à construção civil e obras de infraestrutura, como o PAC e Minha Casa Minha Vida. Ao mesmo tempo, a indústria cerâmica nordestina enfrenta desafios e encontra oportunidades próprias a um segmento mineroindustrial que é constituído majoritariamente por micro, pequenas e médias empresas. Parte desses desafios e oportunidades passa pela oferta e disponibilidade das substâncias minerais básicas necessárias aos processos de fabricação de cerâmica. A concepção geral do estudo levou em conta, como parâmetros balizadores centrais, a ampliação do conhecimento geológico e tecnológico sobre matérias-primas cerâmicas em produção no nordeste e o levantamento de oportunidades mineroindustriais, a partir da busca e caracterização de novos depósitos e da indicação de insumos alternativos.


importância dos bens minerais sociais, dentre os quais os insumos minerais cerâmicos, com aplicação direta na fabricação de vasta gama de produtos utilizados em processos construtivos de moradias e em obras de infraestrutura. “Atende também à diretriz da redução das desigualdades regionais verificadas em território brasileiro, tendo como vetor a extração e a transformação mineral sustentáveis”, disse Mello. O projeto Atlas das matérias-primas minerais cerâmicas do nordeste foi desenvolvido pela Dimini no âmbito da Diretoria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da CPRM. Para adquirir a obra, que é gratuita, os interessados devem fazer a solicitação à CPRM. De acordo com o gerente de relações institucionais e desenvolvimento da superintendência regional de São Paulo do CPRM, Lauro Pizzatto, o atlas é doado aos interessados. “A prioridade

Atlas traz fichas ilustradas com as características tecnológicas das matérias-primas

D E S E N VO LV I M E N T O

Além disso, como cenário de fundo, colaboraram as excelentes perspectivas comerciais, diante da crescente demanda regional e nacional, e do marcante interesse de produtores locais, nacionais e estrangeiros, estimulados pela situação atual do mercado e pelas possibilidades favoráveis decorrentes da geodiversidade dos terrenos nordestinos. Os segmentos produtivos focalizados, em razão do potencial de expansão de negócios e geração de emprego e renda, foram o de cerâmica vermelha, o de cerâmica de revestimentos, o de cerâmica branca (sanitários e isoladores elétricos) e colorifícios. Algumas substâncias foram especialmente consideradas, como as argilas para cerâmica vermelha; argilas formacionais fundentes para revestimentos; argilas plásticas de queima branca ou clara; o caulim; e feldspatos e rochas fundentes. O atlas é constituído por cinco capítulos: o primeiro apresenta os objetivos do trabalho e introduz os aspectos metodológicos utilizados; no segundo capítulo, é montado um panorama geral sobre a indústria cerâmica no nordeste, com destaque aos subsetores antes salientados; no terceiro capítulo, são focadas as matérias-primas cerâmicas mais interessantes ao trabalho, a partir da descrição de ocorrências, da potencialidade geológica e das características tecnológicas desses insumos; no quarto, apresenta-se um quadro sobre os desafios, as estratégias para desenvolvimento e perspectivas ligadas aos subsetores cerâmicos destacados; e o quinto capítulo é um catálogo de matérias-primas cerâmicas, constituído por fichas ilustradas que apresentam informações técnicas básicas sobre a natureza geológica e os modos de ocorrência dos depósitos estudados, as características tecnológicas das matérias-primas cadastradas e os usos cerâmicos para cada uma delas. O conjunto de resultados apresentados pelo trabalho busca estabelecer referência técnica e mercadológica para produtores e consumidores; concorrer para a oferta de produtos cerâmicos a preços menores na esfera regional; dar competitividade aos negócios da indústria cerâmica nordestina; incrementar possíveis exportações; e estimular a geração de emprego, renda e ganhos tributários. Mello destaca que o trabalho realizado está alinhado com a percepção da crescente

são empresas, entidades e sindicatos do setor minerocerâmico”, disse Pizzatto. O atlas foi publicado no mês de março deste ano e foram impressos 1000 exemplares. Destes 60% já foram distribuídos, conforme Pizzatto. NC

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ARTIGO TÉCNICO

Caracterização de massa cerâmica utilizada em indústria cerâmica de Goianinha - RN Trabalho apresentado no 55º Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado de 29 de maio a 1º de junho de 2011, em Porto de Galinhas, em Pernambuco

Resumo A preparação da massa cerâmica é uma das etapas mais importantes na fabricação dos produtos cerâmicos, uma vez que as características das matérias-primas utilizadas, bem como as proporções que as mesmas são adicionadas, influenciam diretamente as propriedades finais dos produtos cerâmicos e as condições operacionais de processamento. O objetivo desse trabalho é apresentar os resultados da caracterização de uma massa cerâmica utilizada na fabricação de tijolos de vedação por uma indústria de cerâmica vermelha do município de Goianinha (RN). Foram realizadas análises da composição química e mineralógica; análise térmica diferencial e termogravimétrica; análise granulométrica; avaliação da plasticidade; e a determinação das propriedades tecnológicas em corpos de prova queimados a 700, 900 e 1100°C. Os resultados demonstram que a massa cerâmica estudada possui características que permitem o uso na fabricação de blocos de vedação quando queimada em temperatura de 900°C.

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Autores: (1) J. C. C. Sales Júnior; (1) R. M. do Nascimento; (2) R. P. S. Dutra; (1) J. C. S. Andrade; (1) K. M. Saldanha (1) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN; (2) Universidade Federal da Paraíba UFPB Laboratório de Materiais Cerâmicos Núcleo de Tecnologia Industrial - Bloco 11

Introdução As características da massa cerâmica são um fator importantíssimo na produção de qualquer produto cerâmico. É na etapa de preparação da massa cerâmica que as propriedades do produto começam a ser definidas. O setor de cerâmica estrutural (vermelha), responsável pela fabricação de produtos como telha, tijolo e lajota, entre outros; geralmente utiliza uma massa cerâmica monocomponente, fazendo uso apenas da argila como matéria-prima(1). No entanto, raramente encontram-se, em uma única argila, todas as características desejáveis, sendo necessária a mistura de duas ou mais argilas para obtenção de uma massa cerâmica adequada do ponto de vista técnico. O problema é que a maior parte das empresas desse segmento desconhece as características das argilas por elas utilizadas e, portanto, não possuem subsídios técnicos para definir a formulação mais apropriada. O que ocorre na prática nessas empresas é o desenvolvimento de uma massa cerâmica baseado apenas nas experiências prévias, de forma totalmente empírica, o que pode gerar, entre outras coisas, produtos fora das especificações, por exemplo. Esse trabalho procurou avaliar as características químicas, mineralógicas, físicas e mecânicas de uma massa cerâmica utilizada por uma empresa do município de Goianinha (RN) na fabricação de blocos de vedação. O objetivo principal desse trabalho foi verificar se a massa cerâmica analisada possui, ou não, atributos para tal fim, além de verificar a faixa de temperatura de queima que essa massa cerâmica apresenta às melhores propriedades tecnológicas.


Figura 1 - Análises e ensaios realizados na caracterização da massa cerâmica

O material de estudo utilizado no desenvolvimento desse trabalho foi uma amostra da massa cerâmica utilizada para fabricação de blocos de vedação. O material foi coletado e fornecido pela própria empresa. A amostra recebida foi inicialmente submetida a um processo de secagem em estufa elétrica em 110 °C ± 5 °C por um período de 24 horas. Posteriormente foi realizada a desagregação utilizando almofariz e pistilo, para em seguida o material ser acondicionado em recipiente plástico. A caracterização da massa foi realizada mediante um conjunto de análises e ensaios que podem ser resumidos na Figura 1.

Análise granulométrica A análise granulométrica foi realizada em um granulômetro a laser da marca CILAS, modelo 920L. Nessa análise uma pequena fração da amostra pré-selecionada na peneira de 35 mesh (ABNT nº 40) e foi dispersa em meio aquoso sob perturbação mecânica (ultra-som) durante um minuto.

Avaliação da plasticidade Para a avaliação da plasticidade, foi utilizado o índice de plasticidade (IP) como referência. As determinações do limite de liquidez (LL) e do limite de plasticidade (LP) - parâmetros necessários para o cálculo do IP (Equação (A)) - seguiram os procedimentos estabelecidos pela norma ABNT 6459(2) e ABNT 7180(3),respectivamente. IP = LL − LP

Equação A Análise Química Na análise química, foi empregada a técnica de espectrometria por fluorescência de raios X (FRX). A análise foi realizada sob atmosfera a vácuo em um espectrômetro EDX720 da Shimadzu. Como análise complementar, foi determinada a perda de massa do material após a mesma ser submetida a uma temperatura de 900°C por 30 minutos. Um forno elétrico tipo mufla e uma balança analítica foram os equipamentos usados.

ARTIGO TÉCNICO

Materiais e métodos

Análise de fases Na detecção das fases cristalinas foi utilizado um difratômetro XRD-6000 da Shimadzu. A amostra enviada para análise foi passada na peneira 200 mesh (0,074 mm). Para análise de DRX, utilizou-se as seguintes condições: radiação de Cu-Kα, ângulo de varredura (2θ) de 5º a 75°, velocidade de 2°/min e passo de 0,02°. Os picos de DRX foram identificados por comparações com as cartas padrões do Joint Committee on Powder Diffraction Standards (JCPDS) cadastradas na Internacional Centre for Difraction Data (ICDD). A metodologia e o software desenvolvidos por Varela et at (2005)(4) foram adotados para análise racional da massa cerâmica.

Análises térmicas Para avaliação do comportamento térmico da massa cerâmica, foram realizadas a análise térmica diferencial (DTA) e termogravimétrica (TG). Na DTA foi usado um analisador termodiferencial modelo RB-3000 fabricado pela BP Engenharia. A amostra enviada para análise foi passada na peneira de 35 mesh (ABNT nº 40) e

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ARTIGO TÉCNICO

o ciclo térmico usado teve taxa de aquecimento de 10°C/min até a temperatura de 1000°C. A análise de TG foi obtida utilizando uma taxa de aquecimento de 10 °C/min até 1200°C. O equipamento foi um analisador termogravimétrico modelo ATG-50 da Shimadzu.

finida como a relação entre a massa de uma amostra e a soma dos volumes ocupados pelas partículas e pelos poros (volume total). A Equação (D) foi utilizada para o cálculo da MEA.

MEA ( g / cm 3 ) =

Pq Pu − Pi

Equação D

Propriedades tecnológicas Para determinação das propriedades tecnológicas (PTs), foram confeccionados três corpos de prova (CPs) para cada temperatura de queima. O material usado na conformação dos CPs foi passado previamente na peneira de 35 mesh e foi realizado um ajuste na umidade para 10% de água em peso. Os CPs foram obtidos por prensagem uniaxial de ação simples utilizando uma matriz metálica de cavidade retangular com dimensões de 6 cm x 2 cm. A pressão aplicada foi de 25 MPa por 30 segundos. Para cada CP foram utilizados 13 gramas de material. As sinterizações dos CPs foram realizadas em forno elétrico tipo mufla, modelo MA 385/2 da marca Marconi. Nos ciclos térmicos foi aplicada taxa de aquecimento de 10°C/min até a temperatura de queima, permanecendo nesse patamar por 30 minutos. As temperaturas de queima utilizadas foram 700, 900 e 1100°C. • Absorção de água (AA): Os CPs pós-queima foram submersos em água na temperatura ambiente durante o período de 24horas. O peso antes (Pq) e pós-ensaio (Pu) são os parâmetros usados na Equação (B) para o cálculo da AA.

AA (%) =

Pu − Pq × 100 Pq

Equação B

• Retração linear de queima (RLq): Na RLq foi usado um paquímetro digital, através do qual foram medidos os comprimentos dos CPs antes da queima (Ls) e pós-queima (Lq). O resultado da RLq pode ser calculado pela Equação (C).

Onde: Pu = peso do corpo de prova saturado; Pq = peso do corpo de prova queimado; e Pi = peso hidrostático do corpo de prova imerso em água. • Porosidade aparente: O método de Arquimedes foi usado na determinação da PA e a água na temperatura ambiente foi o fluido de imersão. A expressão matemática para o cálculo da PA pode ser vista na Equação (E).

PA (%) =

Pu − Pq × 100 Pu − Pi

Onde: Pu = peso do corpo de prova saturado; Pq = peso do corpo de prova queimado; e Pi = peso hidrostático do corpo de prova imerso em água. Tensão de ruptura em três pontos: O comportamento mecânico dos CPs foi analisado pelo ensaio de flexão em três pontos. O equipamento utilizado foi uma máquina de ensaios mecânicos da marca Zwick/Roell, modelo BZ 2.5/TS1T, com célula de carga com capacidade de 2,5 KN. O ensaio foi realizado com uma velocidade de carregamento de 0,5 mm/min e com distância fixa entre os apoios de 5 centímetros. Os resultados, dados em termos da tensão de ruptura à flexão (TRF), foram calculados pela expressão matemática mostrada na Equação (F). Equação F

TRF ( MPa ) = RLq (%) =

3C R × d 20 × l × h 3

Ls − Lq × 100 Ls

Equação C • Massa específica aparente: A massa específica aparente (MEA) é de-

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Equação E

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Onde: CR= carga de ruptura (Kgf); d = distância entre os apoios do suporte (cm); l = largura do corpo de prova (cm); h = altura do corpo de prova (cm).



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Resultados e Discussão Figura 2 - Resultado da análise granulométrica

plástica das massas cerâmicas é influenciada, entre outros fatores, pela quantidade de argilominerais presentes, a qual pode ser estimada pela fração argilosa presente no material (vide Tabela 1). A Tabela 3 traz o resultado da análise química da massa cerâmica. Como se observa existe forte presença do Si e Al, elementos que invariavelmente estão presentes nos materiais argilosos. Destaca-se também a presença do Fe e Ti, elementos que geralmente estão relacionados com a coloração do produto final; além do Ca e Mg. Tabela 3 - Análise química da massa cerâmica

Na Figura 2 é apresentado o perfil granulométrico da massa cerâmica analisada. Na Tabela 1 estão resumidas as principais informações extraídas da análise granulométrica. Os resultados mostram que a massa cerâmica possui uma

% em peso SiO

2

49,95

Al 2O 3

Fe 2O 3

K 2O

SO 3

CaO

MgO

TiO 2

Outros

P. F.

24,61

3,90

2,37

2,08

1,76

0,88

0,59

0, 33

13,52

Figura 3 - Difratograma da massa cerâmica

Tabela 1 - Principais informações da análise granulométrica Diâmetro Médio

Fração argilosa (< 2 µm)

(µm)

Silte (2 µm – 63 µm)

Areia (63 µm <)

% em volume

20,55

10,00*

82,00*

* Valores aproximados - leitura da curva cumulativa

8,00* “menor que” da Figura 2

distribuição de partículas que se concentram na faixa de tamanho dos siltes (2 µm – 63 µm), com cerca de 82% do volume total das partículas. De acordo com a classificação adotada por Dutra (2007)(1), a massa cerâmica pode ser considerada de granulação grosseira, pois possui um diâmetro médio de partículas acima de 15 µm. Na Tabela 2 são apresentados os resultados da avaliação da plasticidade. Segundo a classificação proposta por Jenkins apud Caputo (1981)(5), a massa cerâmica foi classificada em medianamente plástica. A capacidade

Na Figura 3 é apresentado o difratograma da amostra. A análise de DRX detectou picos de caulinita e mica moscovita, os quais fazem parte dos minerais argilosos; além de picos de quartzo e da fase anortita, representantes dos chamados minerais acessórios. Na Tabela 4 é mostrada a composição mineralógica da massa cerâmica. Observa-se que o principal mineral presente é a cau-

Tabela 2 - Resultado da avaliação da plasticidade da massa cerâmica

Tabela 4 - Composição mineralógica % em peso

Limite de Liquidez (LL) 36,72

48

Limite de Plasticidade (LP) 24,36

Índice de Plasticidade (IP) 12,36

Classificação Medianamente plástica

Quartzo

Anortita

Caulinita

Moscovita

Outros**

20,90

8,73

34,71

20,07

15,57

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(g


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F.

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10

95

75

25 5 0

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Figura 4 - Resultado da análise de DTA

Endo

ARTIGO TÉCNICO

linita, com destaque também para o alto teor de quartzo e mica moscovita que apresentam percentuais de 20,90% e 20,07%, respectivamente. O resultado da DTA é mostrado na Figura 4. No gráfico foram observados dois picos endotérmicos: o primeiro em torno

desidroxilação da estrutura caulinítica. As propriedades tecnológicas (PTs) são mostradas na Figura 6. Em todas as PTs o material analisado mostrou comportamentos anômalos, porém, concordantes, exceção feita à resistência mecânica. Por exemplo, a AA (Figura 6 (a)) passou de 16,3% quando queimado em 700°C para 19,8 % em 1100 °C, ou seja, houve um aumento da AA, fato geralmente atípico para a maioria das massas cerâmicas utilizadas na fabricação de blocos de vedação. Entretanto, o resultado da AA está coerente com o aumento na PA observado na Figura 6 (b). Resultados inesperados também foram observados na análise da RLq (Figura 6 (c)) e na MEA (Figura 6 (d)). Na RLq foram ob-

Figura 6(a) - Propriedades tecnológicas da massa cerâmica de 100°C referente à absorção de energia térmica para o processo de evaporação da água adsorvida na superfície das partículas da massa cerâmica; e o segundo por volta dos 500°C, que pode estar associado à eliminação das hidroxilas (OH-) presentes na estrutura caulinítica.Na Figura 5 é apreFigura 5 - Resultado da análise de TG

sentado o resultado da TG. Corroborando com o comentário feito sobre o resultado da DTA, a derivada da TG (DTG) mostra picos da taxa de perda de massa na mesma faixa de temperatura dos picos endotérmicos detectados na DTA, fato que confirma os fenômenos de perda de água livre e a

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tidos valores crescentemente negativos, ou seja, os CPs expandiram com aumento da temperatura. Atrelado a expansão dos CPs, houve uma diminuição na MEA passando de 1,70 g/cm3 em 700°C para 1,56 g/cm³ em 1100ºC. Como dito anteriormente, apenas a resistência mecânica não está coerente com os outros resultados das PTs, visto que, de regra, existe uma relação inversa entre o volume de poros (aqui quantificado pela PA) e a resistência mecânica dos materiais cerâmicos. Observa-se pela Figura 6 (e) que a TRF aumentou com o aumento da temperatura de queima, apesar da PA também aumentar.


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ARTIGO TÉCNICO

Figura 6(b)

Figura 6(c)

Figura 6(e)

Conclusões Os resultados demonstraram que a massa cerâmica se caracteriza por ser predominantemente caulinítica com uma granulometria grosseira, porém com uma fração argilosa significativa. A plasticidade da massa pode ser considerada adequada ao processo de fabricação dos blocos de vedação, entretanto as propriedades tecnológicas revelam um comportamento atípico da massa cerâmica, limitando-a para queimas em torno de 900°C.

Referências

Figura 6(d)

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(1) Dutra, R. P. S. Efeito da velocidade de aquecimento nas propriedades de produtos da cerâmica estrutural. Tese (Doutorado em Ciências e Engenharia de Materiais). Programa de Pós-Graduação em Ciências e Engenharia de Materiais, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007. (2) Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6459: Solo – Determinação do limite de liquidez. Rio de Janeiro, 1984, 6p. (3) Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7180: Solo – Determinação do limite de plasticidade. Rio de Janeiro, 1984, 3p. (4) Varela, M. L. et al. Otimização de uma metodologia para análise mineralógica racional de argilominerais. Cerâmica, São Paulo, v. 51, n. 320, Dez. 2005. (5) Caputo, H. P., 1981, “Mecânica dos Solos e suas Aplicações”, Ed. Livros Técnicos e Científicos S.A., 5ª Ed. Rio de Janeiro, 219 p. NC


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Inaugurado novo laboratório de cerâmica no Paraná Ceramistas têm mais uma opção para realização de ensaios O Núcleo de tecnologia cerâmica do Paraná (NTC-PR) foi inaugurado no dia 12 de outubro, em Prudentópolis. Aproximadamente 80 pessoas compareceram ao evento realizado na Churrascaria do Penteado. A inauguração contou quatro palestras, almoço e visita ao laboratório. Segundo o proprietário do novo laboratório do Paraná, Adilson Carlos Costa, o tema da primeira palestra foi “Isolamentos térmicos com manta cerâmica”, ministra-

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da por José Luis Botti, da Unifrax. Ele falou sobre as vantagens do revestimento com manta em relação aos tijolos refratários. A segunda palestra foi sobre “Como definir os equipamentos ideais na hora de investir”. Ministrada por Vidal Signorelli, da Gelenski, tratou sobre os avanços da informatização nas indústrias cerâmicas. Já a palestra “Software de gestão do processo de fabricação” foi proferida por Henry Cabral, da IBI. Ele falou sobre as necessidades de primeiro estudar o projeto ideal para a empresa. E a última foi a apresentação do NTC-PR. A palestra, ministrada por Adilson Carlos Costa, trouxe comentários técnicos sobre todos os ensaios e equipamentos do laboratório. Atualmente, o estado do Paraná conta com cerca de 400 cerâmicas. Segundo Costa, a intenção do laboratório é ser uma fábrica de soluções para estas indústrias cerâmicas, desde a jazida até a saída do produto final. O NTC-PR realiza consultorias em todo processo de fabricação, ensaios completos de produto acabado, ensaios preliminares em argilas, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, visando redução de custo e melhoria do produto final. Costa informou que para ensaios em argilas o laboratório conta com um misturador, laminador, extrusora, estufas, fornos e uma prensa EMIC (DL-10000). Para ensaios em produto acabado, o NTC-PR tem prensa EMIC (PC-100), esquadros, paquímetros digitais, calibrador e tanque de fervura. Costa, que trabalhou no laboratório do Senai de Ponta Grossa, afirma que levou cerca de um ano para começar a construir um laboratório próprio no Paraná. Ele conta que começou comprando os equipamentos e se preparando tecnicamente, não se esquecendo da parte comercial. “Sempre tive um sonho de ter o meu laboratório, afinal são 27 anos de experiência. Chegou a hora.


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Vou usar minha experiência para desenvolver trabalhos voltados para o meio ambiente, utilizando resíduos sólidos buscando sempre a sustentabilidade e fazendo com que as indústrias cerâmicas utilizem menos recursos naturais”. Entre os benefícios para as indústrias que utilizarem os serviços do NTC-PR, Costa destaca qualidades dos ensaios, coletas das amostras e rapidez nas entregas dos laudos, entre outros. O Núcleo de tecnologia cerâmica do Paraná (NTC-PR) tem 150 metros quadrados, divididos em cinco áreas de trabalho, e fica localizado à Rua Lécia Ucrainka, 581, Vila Mariana, em Prudentópolis, no Paraná. “O NTC-PR não tem vínculo com instituições, associações ou envolvimento com qualquer situação que envolva política. O NTC-PR foi construído para melhor atender os ceramistas. Nos preparamos para ser uma fábrica de soluções para os empresários da área de cerâmica e construção civil”, salientou Costa. NC

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Unibave promove semana acadêmica Processo seletivo para o curso de Engenharia Cerâmica está aberto até 18 de novembro Com o objetivo de ampliar e atualizar os conhecimentos dos acadêmicos, docentes e profissionais ligados à área cerâmica, o Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), realizou de 24 a 28 de outubro a semana acadêmica do curso de Engenharia Cerâmica. O evento foi realizado no auditório Edson Gaidzinski, no Instituto Maximiliano Gaidzinski, em Cocal do Sul (SC). Durante toda a semana, o evento contou com palestras, seminários, apresentação de trabalhos científicos, minicursos e mesa redonda, entre outros.

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Segundo a diretora do campus da Unibave, Andréia de Lima, a intenção da semana acadêmica também foi promover a integração tecnológica e a aproximação entre a universidade e as indústrias, além de divulgar o curso de Engenharia Cerâmica, que é o único da América Latina a formar engenheiros cerâmicos. O processo seletivo para ingresso no curso já está aberto. O período de inscrições vai até o dia 18 de novembro. Já a avaliação ocorrerá no dia 3 de dezembro, no campus da Unibave de Cocal do Sul. São oferecidas 55 vagas. “O curso está com boa repercussão nas indústrias do setor cerâmico, nossos acadêmicos estão quase todos contratados, sendo que nos solicitam mais para o próximo ano. A busca do engenheiro está cada vez maior e do cerâmico com o conhecimento da qualidade da formação dos nossos estão su-


até as mais altas tecnologias de cerâmicas finas, bem como as tecnologias modernas: aeroespacial, naval, vidros, refratários, biocerâmicas, semicondutores e supercondutores. Entre as disciplinas estudadas durante o curso está Introdução à Engenharia Cerâmica, Fundamentos dos Materiais, Máquinas e Equipamentos, Mineralogia, Gestão de Qualidade, Resistência dos Materiais, Propriedades dos Materiais Cerâmicos, Projetos Industriais e Controle de Automação Industrial, entre muitas outras. Além disso, os futuros engenheiros cerâmicos têm a oportunidade de cursar a nona fase do curso na Universidade de Aveiro, em Portugal, onde desenvolverão projetos já pré-elaborados no campus de Cocal do Sul. No último semestre, de janeiro a junho de 2011, dez estudantes estudaram na instituição que é considerada um dos maiores centros de estudos em cerâmica do mundo. Bruno Borges Frasson, Cassio Pedro Bom, Diógenes Honorato Piva, Douglas Borges da Silva, Mariana Volpato Cataneo, Marcelo Tramontin Sousa, Odenir Wagner, Pâmela Cabreira Milak, Rodrigo Ramos da Silva e Roger Honorato Piva foram os dez acadêmicos que ficaram seis meses em Aveiro e puderam trazer para o Brasil novidades e novas experiências sobre cerâmica. “É um grande diferencial oferecido pela instituição, tendo em vista o polo cerâmico do qual somos rodeados e também a importância de um curso que forma profissionais especializados para resolver problemas específicos da área cerâmica”, disse Karina. NC

Diretora do Campus, Andréia de Lima e a coordenadora do curso, Karina Donadel

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D E S E N VO LV I M E N T O

prindo estas vagas, porém estamos em poucos para suprir tantas solicitações”, disse a coordenadora do curso, Karina Donadel. Atualmente, a Unibave conta com 55 alunos distribuídos em quatro turmas. “A expectativa é que a procura aumente ainda mais. O curso se fará mais conhecido nacionalmente, pois é único no Brasil e a parceria entre indústria e universidade se estreitará, pela importância que vem sendo reconhecida por ambos” relatou Andréia. O valor da mensalidade do curso de Engenharia Cerâmica atualmente é de R$ 712. As aulas acontecem de segunda a sexta, das 19h às 22h35min. De acordo com a instituição, o intuito da graduação é proporcionar ao setor cerâmico uma demanda de profissionais capazes de desenvolver e de implementar novas tecnologias, novas estratégias de gestão, novos materiais e novos negócios, agregando valor e acessibilidade total ao mercado consumidor global. O curso tem ênfase na pesquisa, empreendedorismo e atuação nas indústrias cerâmicas de todos os segmentos. Jordana Inocente, acadêmica da segunda fase de Engenharia Cerâmica, conta que apesar de ser difícil estudar sobre o setor têm gostado da área. A estudante informou que nunca teve contato com cerâmica antes. “Eu comecei o curso aqui após uma visita deles na escola em que fiz o ensino médio e gostei. Acho que é um curso que tem futuro e que posso aprender bastante”, contou. Ao contrário de Jordana, Vanderlei Felizardo, também da segunda fase, já trabalha com cerâmica e viu no curso uma oportunidade de crescimento na empresa em que trabalha. Há cinco anos, o estudante atua no setor cerâmico como operador industrial. Com o curso, pretende continuar na indústria que trabalha, porém, trabalhar na área técnica. “Estou gostando muito do curso e entrei na graduação para me especializar melhor na área de cerâmica”. A graduação, que tem duração de cinco anos, formará o engenheiro cerâmico com capacidade para desenvolver novos produtos, formular massas e esmaltes cerâmicos, controlar a qualidade de matérias-primas, produtos e processo, chefiar equipes de pesquisas e desenvolvimento de métodos de processamento desde a cerâmica tradicional

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Ajuste fiscal reduz ritmo da construção O setor da construção civil está sentindo os efeitos da queda no ritmo de liberação de recursos públicos para obras de infraestrutura imposta pelo ajuste fiscal do governo. É o que mostra a Sondagem Indústria da Construção de setembro, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. Segundo a pesquisa, o indicador de nível de atividade do setor caiu em setembro na comparação com agosto, e ficou em 48 pontos. Pela metodologia da Sondagem, os indicadores variam de zero a cem pontos e valores acima de 50 pontos indicam aumento da atividade. Em agosto, o mesmo indicador havia sido de 50,1 pontos. A atividade da construção civil também foi mais baixa em setembro se comparada com o nível de atividade usual para aquele mês. O indicador ficou em 45,7 pontos, menor que os 48,4 pontos registrados em agosto. A queda da atividade foi generalizada. Atingiu pequenas, médias e grandes empresas dos três segmentos que compõem a pesquisa: construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados. Em setembro, a atividade entre as pequenas empresas foi de 48,7 pontos, ante 48,3 pontos das médias e 47 pontos das grandes. O segmento de atividade menos afetado foi

EM QUEDA Nível de atividade na construção civil (em pontos) 52,4 51,0 50,1 48,0

Fonte: CNI

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a construção de edifícios, que ficou próximo da estabilidade, com 49,8 pontos. O setor de serviços especializados alcançou 47,8 pontos. Com 46,5 pontos, as obras de infraestrutura puxaram os números para baixo. De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, as obras de infraestrutura tiveram significativa queda no nível de atividade porque os desembolsos públicos caíram, tanto pela troca de governo quanto pelo ajuste fiscal promovido pela União. “Esse setor é muito dependente das obras públicas. O ano passado foi de campanha, por isso teve uma aceleração das obras. Este ano teve a troca dos governos, então aqueles que entram param tudo para reavaliar as obras”, salientou Fonseca. Ele lembrou ainda que, do orçamento de R$ 65,2 bilhões da União para investimentos previstos para este ano, só 10,5% foram efetivamente pagos. “A velocidade de liberação do dinheiro é muito aquém do que o setor precisa, então a atividade cai e a expectativa também”, assinalou Luís Fernando Mendes, assessor econômico da presidência da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), parceira da CNI na pesquisa. EXPECTATIVAS - Apesar da queda na atividade, o empresário da construção civil continua otimista para os próximos seis meses. A expectativa do nível de atividade em outubro ficou em 57 pontos, ou seja, o empresariado espera um crescimento nos próximos seis meses. Em relação à criação de empreendimentos ou serviços, a expectativa ficou em 57,2 pontos. Também há expectativa de evolução positiva para a compra de insumos e matérias-primas, com 55,1 pontos, e do número de empregados, com 55,6 pontos. A Sondagem da Indústria da Construção foi feita no período de 3 a 18 do mês de outubro, com 353 empresas, das quais 173 pequenas, 138 médias e 42 grandes. NC


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ECONOMIA E NEGÓCIOS

Cresce venda de cerâmica para os árabes

Fonte: Anba

As exportações brasileiras de produtos cerâmicos para o mundo árabe cresceram 35% nos nove primeiros meses deste ano sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os valores, no entanto, não são muito expressivos. Foram US$ 5,3 milhões em vendas de janeiro a setembro de 2011, contra US$ 3,9 milhões no mesmo período de 2010. Os embarques incluíram tijolos, lajes ou placas, ladrilhos, produtos cerâmicos refratários, telhas, louças sanitárias e objetos de decoração. O maior volume das exportações foi em tijolos, placas e ladrilhos, com cerca de US$ 5 milhões. Estes produtos foram os principais também da pauta nos nove primeiros meses do ano passado.

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O volume de artigos cerâmicos exportados pelo Brasil para o mundo árabe até setembro foi de 8,1 mil toneladas. Em igual período de 2010, foram 6,7 mil toneladas. Ou seja, o crescimento ficou em 20%, abaixo do crescimento de receita, o que sinaliza que houve aumento de preços ou exportações de produtos com maior valor agregado. NC


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GESTÃO

Cerâmica do Paraná recebe qualificação do PSQ Depois de realizar diversas ações como instalação de laboratório, contratação de consultoria, readequação da massa cerâmica e a implantação de vários controles de produção, a cerâmica Irmãos Almeida, em Distrito Industrial Arapoti, no Paraná (SC), recebeu a qualificação do Programa Setorial de Qualidade (PSQ). Há um ano e meio a empresa buscava a qualificação que foi entregue em agosto deste ano. De acordo com o gerente administrador da cerâmica, José Antônio Ribeiro de Almeida, receber esta qualificação significa para a empresa o cumprimento do slogan “compromisso com a qualidade”. Com isso, Almeida relatou que espera agregar mais valor aos produtos da cerâmica, que fabrica blocos de seis e oito furos, blocos estruturais e capa de laje. Segundo Adilson Carlos Costa, do Núcleo de Tecnologia Cerâmica do Paraná (NTC-PR),

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com o PSQ a empresa agrega valor ao produto final, solidifica o produto no mercado, além de adequar-se as exigências da Caixa Econômica Federal e construtoras. A meta da cerâmica agora, segundo Almeida, é certificar toda linha de produtos da empresa. Há 20 anos no mercado, a indústria, que conta com 18 funcionários, produz aproximadamente 700 mil peças por mês. NC


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Recursos para inovação Senai investirá R$1,5 bilhão em novos laboratórios para inovação O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) vai investir R$ 1,5 bilhão, até 2014, para criar Institutos de Inovação, com 34 laboratórios destinados a ampliar a inovação nas empresas e dar apoio à futura Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a chamada Embrapa da indústria. O anúncio foi feito no dia 17 de outubro pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, após reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) , no escritório da CNI em São Paulo. A MEI, programa coordenado pela CNI com o objetivo de duplicar para 80 mil o número de empresas inovadoras no país, reúne regularmente os dirigentes das maiores empresas do país. “Os laboratórios abrangerão ampla área de atuação, como desenvolvimento de materiais, por exemplo”, informou Andrade. O secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Elias, que participou da reunião da MEI, revelou que as empresas que apresentarem projetos de inovação de produtos e processos à Embrapii terão garantido 1/3 dos investimentos necessários. Tais recursos virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O restante será completado pelo setor privado e

Fonte: Agência CNI

instituições de pesquisa ou laboratórios. Segundo Elias, inicialmente a Emprapii, que terá capital de R$ 90 milhões, será formada pelo Instituto de Pesquisa Tecnológica, Instituto Nacional de Tecnologia e o Senai-Cimatec (Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia), da Bahia. Mais 30 instituições de pesquisa e inovação serão conveniadas posteriormente à futura empresa. “Esses institutos e o Senai serão os pontos focais para o encaminhamento dos projetos, que terão de ser propostas para dar resultados e relevância à indústria brasileira”, explicou. O presidente da CNI ressaltou que a fase de viabilidade dos projetos de inovação é a mais complexa e difícil para as empresas por envolver altos riscos e, em consequência, possibilidade de perda dos investimentos. “Com o modelo da Embrapii, as empresas terão mais segurança para investir em inovação”, avaliou ele. Para o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que também participou da reunião da MEI, não há risco de redução dos investimentos em inovação, apesar da crise econômica internacional. “Os planos de investimento no Brasil estão firmes, estão mantidos. Não estamos vislumbrando desaceleração dos investimentos. Portanto, acreditamos na capacidade da economia brasileira de sustentar o crescimento, apesar dos efeitos da crise internacional” assegurou. NC

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